BRPI1003540A2

BRPI1003540A2 - dispositivo de dissecção venosa

Info

Publication number: BRPI1003540A2
Application number: BRPI1003540-0A
Authority: BR
Inventors: Jose Eduardo Domingues
Original assignee: Jose Eduardo Domingues
Priority date: 2010-09-03
Filing date: 2010-09-03
Publication date: 2012-05-29
Also published as: WO2012027807A1; US20120059403A1

Abstract

DISPOSITIVO DE DISSECçãO VENOSA. Notadamente de um dispositivo (1) sem emendas, preferencialmente fabricado em polímero, formado por uma haste (2) ergonómica, seguida de uma região central (3) substancialmente elíptica, com ranhuras (4) para melhor manuseio, que sege para uma ponteira (5) com gancho (6) extremo responsável por expor a veia doente.

Description

"DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA"

Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de um inédito "DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA", notadamente de um instrumental descartável projetado especificamente para ser utilizado no tratamento cirúrgico de varizes essenciais dos membros inferiores, mais conhecido como cirurgia vascular periférica cujo destaque é formatar instrumental único com a extremidade em gancho na dimensão adequada àquele caso, tornando o procedimento mais simples, preciso e seguro.

Basicamente, varizes são veias que se dilatam pelos mais variados motivos. As varizes podem se apresentar em diversas formas, desde as minúsculas até aquelas que conformam nódulos que saltam à pele, sendo mais comum nas mulheres, mas também, em menor índice, nos homens. Em suma, as varizes prejudicam a circulação sangüínea provocando dor e cansaço nas pernas. Para cada tipo de varizes há uma forma de tratamento mais adequada, podendo ser clínico ou cirúrgico.

No que diz respeito à cirurgia vascular periférica, o atual estado da técnica mostra completa estagnação. Os procedimentos particularizam há vários anos, por pequenas incisões na pele, realizadas por bisturi a frio, sobre a região afetada. Tais incisões proporcionam a exposição útil, para fora da pele, das veias varicosas, ocasião em que são capturadas, seccionadas e retiradas por segmentos, na sua totalidade.

Ao serem expostas, as veias doentes são dissecadas com o auxilio de um dispositivo não cirúrgico de maneira rudimentar, popularmente denominado de "agulha de crochê".

Kafejian et al., publicaram, em 1976, trabalho em que utilizaram a agulha de crochê para exteriorizar as veias varicosas por incisões diminutas.

É claro que a técnica a laser é eficaz, porém sendo indicada para a retirada da veia safena e não a ressecção de colaterais varicosas.

Apesar de ser largamente utilizada, a agulha de crochê utilizada nos procedimentos é uma adaptação grosseira não condizente com o ambiente hospitalar, apresentando limitação prática e potências danos. Uma das limitações mais proeminentes se refere à reduzida variedade dimensional de tais agulhas, de maneira que veias muito pequenas são inatingíveis e inoperáveis.

Por sua vez, pelo fato de ser um instrumento fabricado com uma liga metálica regular, torna-o suscetível a fadiga de material podendo decorrer para deformação ou quebra por uso, fragmentação da superfície em pequenas partes que causa perda de uniformidade, ferrugem e por fim o acúmulo de resíduos e impurezas de procedimentos anteriores, potencialmente infectantes, alojados na ponta da agulha, como, por exemplo, sangue, fragmentos de veia, fragmentos de tecido subcutâneos, etc. Soma-se a estes aspectos negativos, o fato de a liga ser totalmente inadequada para o uso em autoclaves, estufas e dispositivos de esterilização de uso comuns em hospitais e clínicas, o que causa degradação progressiva a cada higienização, pois este instrumento não é descartável.

Também são conhecidos outros instrumentos alternativos, como a pinça de Petean mais eficientes em incisões maiores.

O estado da técnica antecipa documentos de patentes referentes a dispositivos de delaminação ou dissecção para outras finalidades que não a cirurgia vascular periférica como o Pl 0511315-6 "Dispositivo de Delaminação Epitelial".

Refere-se a um dispositivo útil no campo de oftalmologia. Os dispositivos e métodos para usá-los envolvem separar ou levantar o epitélio corneal do olho em uma camada substancialmente contínua para formar uma aba ou bolso.

O MU 7601078-3 "Dissector Esférico com Termo Cautério". Refere-se a um instrumento cirúrgico que devido a sua disposição angulada com uma esfera metálica na sua extremidade facilita o reconhecimento e a dissecação segura e tranqüila das estruturas ductais e vasculares junto à vesícula biliar.

Ciente do estado da técnica, suas lacunas e limitantes, o inventor, pessoa afeita à matéria em apreço, após estudos e análises, criou o "DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA" em questão, que trata de um instrumento cirúrgico descartável, preferencialmente fabricado em polímero, cuja construtividade o torna apropriado para dissecção de veias varicosas de quaisquer tamanhos e calibres, uma vez que a extremidade em gancho apresenta uma variedade dimensional que cobre todas as faixas das referidas veias verificadas empiricamente, em que as dimensões são correlacionadas com diferenciações de cor.

O dispositivo inventando apresenta como vantagens mais preponderantes:

> Projetado especificamente para uso hospitalar em procedimentos de varizes em membros inferiores;

> Descartável - evita infecções e outras complicações recorrentes de várias esterilizações comuns aos modelos conhecidos;

> Mais leve por ser em polímero;

> Resistente contra quebras e deformações;

> Não sujeito a fragmentação de superfície;

> Anatômico e ergonômico - propicia melhor maneabilidade para o profissional;

> Manobras cirúrgicas mais precisas; > Ganchos certeiros - menor quantidade de tentativas de exposição das veias, assegurando procedimentos mais rápidos e seguros e menor agressividade às veias;

> Identificação dimensional (frenchs) por cores (padronização reconhecida pelos órgãos competentes), o que facilita rápida visualização quando do procedimento;

> Ótimo para aplicação em veias de reduzido calibre.

Portanto, o dispositivo torna a intervenção em varizes mais simples, precisa e segura evitando contratempos ao paciente e ao profissional.

A seguir, explica-se a invenção com referência aos desenhos anexos, nos quais estão representadas de forma ilustrativa e não limitativa:

Fig. 1: Vista em perspectiva do dispositivo de dissecção venosa;

Fig. 2: Vista superior do dispositivo de dissecção venosa;

Fig.3: Vista lateral do dispositivo de dissecção venosa;

Fig.4: Detalhe da área central de pega do dispositivo de dissecção venosa;

Fig.5: Vista lateral do dispositivo de dissecção venosa em uma variação construtiva com a haste mais encorpada.

O "DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA ", objeto desta solicitação de patente, consiste essencialmente de um dispositivo (1) sem emendas, preferencialmente fabricado em polímero, formado por uma haste (2) ergonômica, seguida de uma região central (3) substancialmente elíptica, com ranhuras (4) para melhor manuseio, que sege para uma ponteira (5) com gancho (6) extremo responsável por expor a veia doente.

Mais particularmente, o dispositivo (1) monobloco, ou seja, sem emendas é projetado para cirurgia de varizes é fabricado em polímero maciço ou então com polímero com alma metálica, que apresenta uma haste (2) maciça de seção octogonal que segue um plano normal até a região central (3) de contato entre os dedos do profissional e o dispositivo (1) propriamente dito. Para tanto, tal região apresenta um delineamento elíptico com acabamento superficial ranhurado (4), a fim de melhorar / incrementar a aderência e consequentemente a firmeza durante o procedimento. Da referida região central (3) deriva uma ponteira (5), que termina formatando um gancho (6) apropriado para expor a veia com problema. O dispositivo (1) será fornecido com ganchos (6) de faixas dimensionais adequadas aos calibres das veias verificadas empiricamente, sendo que cada faixa corresponderá a determinada cor normatizada pelos órgãos competentes.

Em uma variação construtiva, a haste (2) do dispositivo é mais encorpada, o que obriga fazer uma aproximação (7) angulada em direção a região central (3).

Claims

1. "DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA", caracterizado por ser monobloco, fabricado em polímero maciço ou então com polímero com alma metálica, que apresenta uma haste (2) maciça de seção octogonal que segue seguindo um plano normal até a região central (3) de delineamento elíptico com acabamento superficial ranhurado (4), de onde deriva uma ponteira (5) que termina formatando um gancho (6) apropriado para expor a veia com problema.

2.

"DISPOSITIVO DE DISSECÇÃO VENOSA", de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por apresentar a haste (2) mais encorpada, o que obriga fazer uma aproximação (7) angulada em direção a região central (3).