BRPI1002898A2 - pastilha saneante para vaso sanitário - Google Patents

Abstract

PASTILHA SANEANTE PARA VASO SANITáRIO Para a preparação da pastilha utilizada em vasos sanitários, é necessária uma mistura de compostos químicos, estequimetricamente balanceados, estes compostos estão no estado sólido e são secos a peso constante, para eliminar a umidade presente. Esta pastilha é preparada em duas fases de preparação, na primeira fase consiste na mistura em pó dos componentes, homogeneizados mecanicamente. Na segunda realiza- se a compactação para formação desta pastilha saneante.

Description

"PASTILHA SANEANTE PARA VASO SANITÁRIO"

A presente invenção diz respeito a um processo em que umà pastilha compactada é utilizada como um tratamento químico da urina, em vaso sanitário. Esta pastilha terá aplicação direta em vaso sanitário, evitando um número excessivo de descargas, minimizando os efeitos da urina, inibindo, odor, cor e microrganismos presentes na urina.

A avaliação de desempenho adequada partiu do estabelecimento de indicadores ambientais que permitam aferir a evolução nos parâmetros de qualidade ambiental relacionados aos efeitos do processo de descarga em residências. Os indicadores ambientais são usados para se ter uma radiografia da qualidade ambiental e dos recursos naturais, além de avaliar as condições e as tendências ambientais rumo ao desenvolvimento sustentável. (MERICO, 1997).

A metodologia do processo para produção da pastilha saneante baseia-se em diversas reações de substâncias com propriedades inibidoras de cor e odor, deixando um ambiente no interior do vaso sanitário com aspecto e odor agradável, mesmo urinando algumas vezes, antes do acionamento da descarga.

No The Merck Index (MERCK, 2006) verificou-se uma enorme variedade de substâncias com propriedades anti-sépticas, desinfetantes e desodorizantes que poderão ser utilizadas com eficiência sem causar danos ao meio ambiente e à estação de tratamento.

Foram testadas substâncias orgânicas e inorgânicas puras, de fácil aquisição e custos baixos, produzidos no Brasil, tais como: sais, óxidos, hidróxidos, solventes, ácidos, enzimas, corantes, essências, e outros, que atendam as necessidades especificadas.

Cada substância foi testada com precisão analítica de maneira a reagir com os componentes da urina em quantidades estequiometricamente corretas.

A Tabela 1 relaciona os componentes e as quantidades estequiometricamente definidas. <table>table see original document page 3</column></row><table>

Todos os componentes sólidos, puros e secos a peso constante, foram misturados em quantidades estequiométricas para obter um concentrado homogêneo e estável à temperatura ambiente.

Esses componentes em forma de pó foram levados a um misturador de forma a homogeneizá-los adequadamente a fim de garantir uma melhor eficiência da reação.

Após este processo esta mistura é prensada, obtendo um produto com a configuração de um comprimido.

Sabe-se que o H2Tart (Ácido Tartárico) reage com Bicarbonatos e Carbonatos de Sódio formando Na2Tart (Tartarato de Sódio), conforme as reações 1 e 2. O Ácido Tartárico reagirá também com o Hidróxido de Cálcio em pequena quantidade devido à reatividade superior do sódio, de acordo com a reação 3.

H2Tart +2 NaHCO3 -> Na2Tart + 2H20 + 2C02 reação (1)

H2Tart + Na2CO3 -> Na2Tart + H2O + CO2 reação (2)

2H2Tart + Ca(OH)2 CaTart + 2H20 reação (3)

Na urina fresca a maior parte do nitrogênio aparece na forma de uréia, CO(NH2)2. A hidrólise da uréia é catalisada pela uréase, uma enzima que muitos microorganismos possuem. Durante a hidrólise o pH aumenta e são produzidos Amônia e íons Bicarbonato, de acordo com a reação 4.

<formula>formula see original document page 4</formula> reação (4)

O íon amônio fica em equilíbrio químico com a amônia dissolvida, reação 5.

<formula>formula see original document page 4</formula> reação (5)

A amônia dissolvida fica em equilíbrio com a amônia em fase gasosa, reação 6. NH3(aq) NH3(g) reação (6)

A Amônia reagirá com o Ácido Tartárico originando o Tartarato de Amônio, NH4Tart, de acordo com a reação 7.

<formula>formula see original document page 4</formula> reação (7)

O NH4Tart perde NH3 lentamente exposto ao ar e apresenta alta solubilidade em água (79g / 100 mL H2O a 30°C). Dessa forma é possível eliminar os odores característicos ocasionados pela presença de amônia no vaso sanitário.

O Sulfato de Alumínio reagirá com o Ácido Tartárico a fim de promover a decantação dos mesmos conforme a reação 8.

<formula>formula see original document page 4</formula> reação (8)

O Ácido Sulfurico formado será neutralizado pelo NaHCO3 presente na formulação em quantidade suficiente, reação 9.

<formula>formula see original document page 4</formula> reação (9)

0 Hidróxido de Cálcio reagirá com parte do Sulfato de Alumínio de modo promover a decantação dos sólidos formados na outras reações, de acordo com reação 10. Al2(SO4)3Caq) + Ca(OH)2 ->. CaSO4(S) + Al(OH)3(s) reação (10)

A presença de NaDCC (Dicloroisocianurato de sódio), também conhecido como Cloro Orgânico, contém de 55% a 60% de cloro disponível cuja ação bactericida se dá no intervalo de pH entre 6 e 10.

Diversos estudos demonstram a grande eficiência da utilização do NaDCC como agente de desinfecção em unidades de tratamento de água e este produto está regulamentado pela agência nacional de vigilância sanitária através da portaria N°. 152, de 26/02/199 e Resolução N0 150, de 28/05/1999.

O princípio ativo do NaDCC é ácido, portanto tende a baixar o pH inicial da água, ao contrário do Hipoclorito, que por ser alcalino, tende a aumentar o pH da água.

<formula>formula see original document page 5</formula>

Figura 1: Dicloroisocianurato de sódio (C3 Cl2NaNa O3)

Na reação de hidrolise do NaDCC o anel cianúrico (CA) é visto nas reações a seguir.

<formula>formula see original document page 5</formula> Ao se preparar uma solução de NaDCC, uma grande parte do cloro disponível fica livre, o restante fica combinado sob forma de mono ou dicloroisocianurato. À medida que o cloro livre é consumido por microorganismos, materiais orgânicos ou nitrogenados, o ácido hipocloroso é liberado, compensando a perda de cloro.

Bibliografia

MERICO, L. F. K. Proposta metodológica de avaliação do desenvolvimento econômico na região do Yale do Itajaí (SC) através de indicadores ambientais. In.: Revista Dynamis, FURB, Blumenau, vol. 5, n.19, 1997.

THE MERCK INDEX, 14ed. Editor Merck Research Laboratories, 2006.

Claims (3)

Patente de Invenção: "PASTILHA SANEANTE PARA VASO SANITÁRIO"

1. O processo de preparação da pastilha utilizada para a redução do número de descargas sanitárias é caracterizado pela utilização de substâncias químicas, estas citadas no relatório descritivo, em um balanço estequiométrico preciso, entre os reagentes.

2. O processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela formação e viabilização de um composto químico sólido e seco, no formato de uma pastilha e a composição desta.

3. O processo de acordo com as reivindicações 1 e 2: é caracterizado por uma pastilha que inibe odor, cor e os microorganismos presentes na água contida em vaso sanitário, após despejo de urina humana.