BRPI0922745B1

BRPI0922745B1 - Ventoinha para turbomáquina de aeronave e turbomáquina para aeronave

Info

Publication number: BRPI0922745B1
Application number: BRPI0922745-8A
Authority: BR
Inventors: Olivier BELMONTE; Lionel René Henri Weller
Original assignee: Snecma
Priority date: 2008-12-10
Filing date: 2009-12-09
Publication date: 2020-03-31
Also published as: FR2939470B1; RU2511767C2; EP2366060A1; JP2012511660A; JP5484484B2; WO2010066791A1; US8985952B2; FR2939470A1; BRPI0922745A2; CN102227544A; EP2366060B1; CA2746249C; RU2011128343A; CN102227544B; CA2746249A1; US20110223008A1

Abstract

ventoinha para turbomáquina de aeronave e turbomáquina para aeronave a presente invenção se refere a uma ventoinha (1) para turbomáquina de aeronave, que compreende um cone de entrada equipado com um sistema de equilíbrio provido de uma pluralidade de furos de alojamento de massa, e que compreende também pelo menos uma massa de equilíbrio (44) montada em um dos furos (42). de acordo com a invenção, o sistema de equilíbrio compreende por outro lado meios de fixação (46, 48) que exercem uma pressão que aplica a massa de equilíbrio (44) no fundo de seu furo de alojamento de massa (42), esse último sendo realizado cego no cone de entrada (20), de maneira a desembocar no interior desse último.

Description

“VENTOINHA PARA TURBOMÁQUINA DE AERONAVE E TURBOMÁQUINA PARA AERONAVE”

DOMÍNIO TÉCNICO [0001] A presente invenção se refere de modo geral a uma ventoinha para turbomáquina. Mais especialmente, ela se refere ao sistema de equilíbrio que equipa a ventoinha, que permite o equilíbrio final da turbomáquina.

ESTADO DA TÉCNICA ANTERIOR [0002] Na arte anterior, é efetivamente conhecido equipar a ventoinha de um turborreator com um flange anular de equilíbrio que leva massas judiciosamente posicionadas, a fim de realizar o equilíbrio final do turborreator.

[0003] Em referência às figuras 1 e 2, é representada uma realização clássica e conhecida da arte anterior.

[0004] Nessas figuras, é possível, portanto, ver uma ventoinha 1 de eixo longitudinal ou de rotação 2, que corresponde também ao eixo longitudinal do turborreator associado. Essa ventoinha compreende um disco de ventoinha 4 centrado no eixo 2, pás de ventoinha 6 adaptadas no disco 4 e espaçadas umas das outras de acordo com uma direção circunferencial ou tangencial, esquematizada pela flecha dupla 8.

[0005] Desse modo, as pás 6 são acionadas em rotação com o disco 4, em torno do eixo de rotação 2. Ela compreende por outro lado, de modo conhecido, setores que forma plataforma (não representados) adaptados fixamente no disco 4, entre duas pás 6 diretamente consecutivas na direção circunferencial 8, esses setores definindo parcialmente uma superfície inter-pás destinada a se ajustar com um fluxo anular de ar que atravessa a ventoinha, também denominado corrente do turborreator. A direção desse fluxo ou dessa corrente 22, que corresponde globalmente à direção principal de escoamento dos gases dentro do turborreator, é representada pela flecha 14, e é também assimilável a uma direção axial da ventoinha 1.

[0006] Por outro lado, a ventoinha 1 é também equipada com um dispositivo anular de retenção de pás 16, que permite a retenção das pás 6 na direção axial 14,

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2/11 para a montante. Com referência a isso, é notado que em toda a descrição, os termos “a montante” e “a jusante” devem ser considerados de acordo com a direção principal de escoamento 14 dos gases dentro do turborreator.

[0007] A montante das pás de ventoinha 6, a ventoinha 1 apresenta um cone de entrada 20 centrado no eixo 2, e do qual a superfície exterior 19 substancialmente cônica é destinada a se ajustar com a corrente 22 precitada. Esse cone 20, acionado em rotação de acordo com o eixo 2 com o disco de ventoinha 4, pode ser realizado em uma ou várias partes adjacentes, por exemplo uma parte a montante 20a proveniente do vértice do cone, e uma parte a jusante 20b adjacente às pás de ventoinha, como visível nas figuras 1 e 2.

[0008] A parte a jusante 20b, também denominada virola traseira de capô, pode, além de sua função de definição de uma parte da superfície exterior 19 de delimitação da corrente 22, também integrar uma função adicional de sistema de equilíbrio do turborreator.

[0009] De fato, essa parte a jusante 20b forma um flange anular de equilíbrio acoplado em rotação com o disco de ventoinha 4 de acordo com o eixo de rotação 2, equipado com uma pluralidade de furos de alojamento de massa 24 espaçados circunferencialmente uns dos outros. A título de exemplo indicativo, são por exemplo trinta e seis furos transpassantes 24 que são previstos na extremidade radial externa do flange de equilíbrio 20b. Como está visível nas figuras 1 e 2, nas realizações da arte anterior, os furos de alojamento de massa 24 desembocam, portanto, ao nível de sua extremidade radial externa na corrente 22.

[0010] Em funcionamento, os furos 24 alojam cada um deles uma massa de equilíbrio 26 em forma de parafuso, cujas dimensões são escolhidas de maneira a que as massas associadas permitam um equilíbrio ótimo do turborreator, que compensa o desequilíbrio residual. Assim, de modo conhecido pelo profissional, é o comprimento de haste dos parafusos que é adaptado em função da massa desejada, esses parafusos sendo alojados em seus furos associados com a cabeça de parafusos orientada radialmente para o exterior.

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3/11 [0011] No entanto, se essa configuração permite obter um equilíbrio ótimo do turborreator, ela não deixa de apresentar inconvenientes. Em primeiro lugar, é indicado que a natureza transpassante dos furos 24, que implica que eles desembocam na corrente 22, necessita que cada um desses furos seja obturado por um parafuso de equilíbrio 26, a fim de evitar vazamentos da corrente na direção do interior do cone de entrada 20. Consequentemente, o grande número de parafusos de equilíbrio 26 que decorre dessa restrição, por exemplo trinta e seis, é extremamente prejudicial em termos de massa.

[0012] Além disso, mesmo quando os parafusos 26 são colocados no lugar, a superfície exterior 19 de definição da corrente 22 não apresenta um perfil aerodinâmico perfeito, visto que vazios 28 subsistem ao nível da extremidade radial externa dos furos de fixação de massa, como está claramente visível nas figuras 1 e 2. Esses vazios 28, dos quais os fundos são constituídos pelas cabeças de parafusos associadas, provêm essencialmente da disposição na direção radial dos parafusos, combinada com a natureza substancialmente cônica da superfície 19. Com esse perfil aerodinâmico prejudicado pelos vazios 28, o escoamento de ar no cone de entrada claramente não é otimizado. Daí resulta arrasto, e consequentemente perdas de desempenho da turbomáquina.

EXPOSIÇÃO DA INVENÇÃO [0013] A invenção tem, portanto, como objetivo corrigir pelo menos parcialmente os inconvenientes mencionados acima, relativos às realizações da arte anterior.

[0014] Para fazer isso, a invenção tem primeiramente como objeto uma ventoinha para turbomáquina de aeronave, que compreende um cone de entrada de turbomáquina que apresenta uma superfície exterior destinada a se ajustar com uma corrente da turbomáquina, um disco de ventoinha assim como pás de ventoinha montadas no dito disco com o qual elas giram de acordo com um eixo de rotação da ventoinha, a dita ventoinha compreendendo por outro lado um sistema de equilíbrio acoplado em rotação com o disco de ventoinha de acordo com o dito eixo de rotação, o dito sistema de equilíbrio sendo equipado com uma pluralidade de furos de alojamento de massa espaçados circunferencialmente uns dos outros, e

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4/11 compreendendo também pelo menos uma massa de equilíbrio montada em um dos ditos furos de alojamento de massa. De acordo com a invenção, o dito sistema de equilíbrio compreende por outro lado meios de fixação que exercem uma pressão que aplica a dita massa de equilíbrio no fundo de seu furo de alojamento de massa, esse último sendo realizado cego no cone de entrada, de maneira a desembocar no interior desse último.

[0015] A ventoinha de acordo com a invenção é notável pelo fato de que os furos de alojamento de massa de equilíbrio não desembocam mais na corrente da turbomáquina, da qual eles permanecem efetivamente isolados pelo próprio cone de entrada. Em outros termos, a superfície exterior aerodinâmica do cone se situa, portanto, radialmente exteriormente em relação aos fundos dos furos de alojamento de massa, esses últimos sendo, portanto, mascarados em relação à corrente por essa superfície exterior do cone.

[0016] Assim, o fato de que os furos de alojamento de massa sejam mascarados pelo cone de entrada, e não mais previstos transpassantes nesse último, implica vantajosamente que a superfície exterior de definição da corrente não apresenta mãos os vazios de alojamento de massa descritos precedentemente em relação com as realizações da arte anterior. O escoamento de ar no cone de entrada é, portanto, otimizado, o que gera globalmente uma diminuição do arrasto, e conseqüentemente um aumento dos desempenhos da turbomáquina.

[0017] Além disso, o fato de prever furos de alojamento de massa cegos que não desembocam na corrente implica que não é mais necessário alojar uma massa em cada furo, contrariamente às realizações anteriores. Consequentemente, é possível, mesmo preferido, chegar a um equilíbrio prevendo a colocação no lugar de massas somente em alguns dos furos previstos com essa finalidade, levando assim vantajosamente a uma redução sensível da massa do sistema de equilíbrio, e da ventoinha que integra esse sistema. Em certas condições, o equilíbrio poderia mesmo ser efetuado com uma única massa alojada em um dos furos.

[0018] É de preferência previsto que em funcionamento, pelo menos um dos ditos furos de fixação de massa, e ainda mais preferencialmente uma pluralidade

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5/11 desses mesmos furos, são deixados livres.

[0019] Por outro lado, uma outra originalidade da presente invenção reside no modo pelo qual cada massa de equilíbrio é retida em seu furo associado. Ela é de fato aplicada no fundo de seu furo cego, por pressão aplicada por meios de fixação previstos com essa finalidade, e que podem tomar qualquer forma considerada apropriada pelo profissional. Preferencialmente, esses meios de fixação são montados no cone de entrada.

[0020] Com referência a isso, é precisado que os ditos meios de fixação e a massa de equilíbrio com a qual eles operam junto formam um conjunto mássico de equilíbrio. Cada um dos elementos que constituem o conjunto tem, portanto, uma influência na massa global desse conjunto. No entanto, mesmo se poderia ser de outra maneira, é preferencialmente feito de modo com que a massa dos meios de fixação seja idêntica para todos os conjuntos mássicos do sistema de equilíbrio, implicando então que somente as massas de equilíbrio têm uma influência na massa global dos conjuntos.

[0021] De preferência, os ditos meios de fixação compreendem uma peça que forma porca e um parafuso de pressão atarraxado na dita peça, a dita porca sendo retida ao dito cone na direção do parafuso de pressão. Em um tal caso, é, portanto, o parafuso que vem exercer a pressão sobre a massa de equilíbrio a fim de aplicá-la no fundo de seu furo cego de alojamento.

[0022] De preferência, os ditos furos de alojamento de massa desembocam no fundo de uma canelura centrada no eixo de rotação, e a dita canelura apresenta respectivamente, de um lado e de outro de seu fundo, duas paredes laterais formadas de maneira a constituir meios de retenção da porca na dita canelura.

[0023] De preferência, a dita canelura se abre radialmente para o interior, mas poderia alternativamente se abrir na direção axial, ou qualquer outra direção.

[0024] De preferência, a dita massa de equilíbrio apresenta uma extremidade em forma de porção esférica, complementar da forma do fundo do furo de alojamento contra o qual ela é aplicada. Isso permite assegurar uma boa retenção da massa de equilíbrio, da qual a outra extremidade opera junto então com os meios de fixação, a

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6/11 saber preferencialmente o parafuso de pressão. Uma extremidade de massa em forma de porção cônica seria também possível, prevista também complementar da forma do fundo do furo de alojamento contra o qual ela é aplicada.

[0025] De preferência, o dito cone é feito de alumínio ou uma de suas ligas. Em um tal caso, é notado que os parafusos de pressão não entram diretamente em contato com o cone, mas sim exercem uma pressão via a massa de equilíbrio associada, o que reduz os riscos de deterioração do cone.

[0026] De preferência, o dito cone de entrada é realizado a partir de uma porção a montante montada fixamente em uma porção a jusante que forma virola, e o dito sistema de equilíbrio é implantado na dita porção a jusante que forma virola.

[0027] De preferência, o dito cone de entrada compreende um flange anular de fixação adaptado fixamente no dito disco de ventoinha, mesmo se ele poderia ser adaptado fixamente em qualquer outro elemento do bloco giratório da ventoinha, sem sair do âmbito da invenção.

[0028] De preferência, a ventoinha compreende por outro lado um anel de retenção das pás de ventoinha que permite reter axialmente essas pás em relação ao dito disco de ventoinha, o dito anel de retenção sendo acoplado em rotação com o dito disco de ventoinha, e de preferência também com o dito flange anular de fixação do cone.

[0029] De preferência, o dito cone de entrada se estende para a jusante até as ditas pás de ventoinha, em uma ou várias peças. Como mencionado acima, é possível fabricar o cone de entrada em uma parte a montante proveniente do vértice do cone e uma parte a jusante adjacente às pás de ventoinha, o interesse residindo nesse caso na possibilidade de otimizar independentemente essas partes, por exemplo em função dos níveis de solicitações mecânicas/térmicas suscetíveis de ser encontradas por essas últimas.

[0030] Finalmente, a invenção tem também como objeto uma turbomáquina para aeronave que compreende uma ventoinha tal como descrita acima, a dita turbomáquina sendo preferencialmente um turborreator.

[0031] Outras vantagens e características da invenção aparecerão na descrição

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7/11 detalhada não limitativa abaixo.

[0032] Essa descrição será feita em referência aos desenhos anexos entre os quais:

- a figura 1, já descrita, representa uma vista em corte longitudinal de uma parte de ventoinha para turborreator de acordo com uma realização clássica e conhecida da arte anterior;

- a figura 2, já descrita, representa uma vista parcial em perspectiva da ventoinha mostrada na figura 1;

- a figura 3 representa uma vista em perspectiva da virola traseira de capô destinada a equipar uma ventoinha para turborreator, de acordo com um modo de realização preferido da presente invenção;

- a figura 4 representa uma vista em corte longitudinal de uma parte da virola traseira de capô mostrada na figura 3, tomada de acordo com a linha IV-IV;

- a figura 5 é uma vista em perspectiva que mostra uma parte do interior da virola traseira de capô da figura 3; e

- a figura 6 é uma vista parcial ampliada daquela mostrada na figura 5, que mostra essencialmente um conjunto mássico de equilíbrio que opera junto com um dos furos de alojamento do sistema de equilíbrio que equipa a virola traseira de capô.

EXPOSIÇÃO DETALHADA DE MODOS DE REALIZAÇÃO PREFERIDOS [0033] Em referência às figuras 3 a 6, é possível perceber uma parte de uma ventoinha 1 para turborreator de aeronave, de acordo com um modo de realização preferido da presente invenção. Mais precisamente, trata-se da parte a jusante 20b do cone de entrada, também denominada virola traseira de capô, que não somente desempenha a função de definição de uma parte da superfície exterior 19 de delimitação da corrente 22, mas é também destinada a levar o sistema de equilíbrio do turborreator.

[0034] Os outros elementos da ventoinha 1 não foram representados para alguns deles ou somente parcialmente para outros, mas devem ser considerados, para esse modo de realização preferido, como idênticos ou similares àqueles

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8/11 descritos em referência às figuras 1 e 2 que ilustram a arte anterior. Aliás, nas figuras, os elementos que levam as mesmas referências numéricas correspondem a elementos idênticos ou similares.

[0035] Essa virola traseira de capô 20b, de preferência realizada de uma só vez em alumínio ou em uma de suas ligas, compreende, portanto, uma extremidade a montante destinada a ser fixada em uma parte a jusante do cone de entrada, enquanto que sua extremidade a jusante é destinada a aflorar as pás de ventoinha até as quais ele se estende. Além disso, assim como na arte anterior descrita precedentemente, a virola 20b apresenta um flange anular de fixação, referenciado 40 nas figuras. Esse flange 40, que se estende radialmente para o interior, é montado fixamente no disco de ventoinha 4, a fim de ser solidarizado em rotação com esse último, de acordo com o eixo longitudinal 2. Isso é efetuado de maneira clássica, por exemplo por cavilhas que atravessam os dois flanges. Com referência a isso, assim como na arte anterior representada nas figuras 1 e 2, esses dois flanges podem ser dispostos de um lado e de outro do anel 16 de retenção das pás de ventoinha, permitindo reter axialmente essas pás em relação ao disco de ventoinha

4. Aqui, o anel 16, fixado no flange 40 do cone e ao disco 4 o tornando solidário em rotação desses dois elementos, se situa, portanto, no interior da virola 20b, o que o isola da corrente 22.

[0036] Assim, esses dois elementos 16, 34 podem partilhar os mesmos meios de fixação 38 no bloco giratório de ventoinha.

[0037] Como mostrado na figura 3, é possível fazer de modo com que o cone 20 mascare também o anel 16 de retenção das pás de ventoinha, essa possibilidade podendo ser adotada que o anel 16 seja ou não realizado de uma só vez com o flange 34.

[0038] Uma das particularidades da invenção reside no fato de que o sistema de equilíbrio que equipa a ventoinha, destinado a assegurar o equilíbrio final do turborreator, é disposto no interior do cone, e mais precisamente dentro de um espaço interior 41 de sua parte a jusante 20b, de maneira a ser mascarado da corrente 22.

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9/11 [0039] Mais precisamente, o sistema apresenta uma pluralidade de furos de alojamento de massa 42, feitos na virola 20b, esses furos 42 sendo cegos e desembocando dentro do espaço interior definido por essa virola, que são preferencialmente orientados de acordo com a direção radial da ventoinha.

[0040] Essa disposição específica é escolhida de modo que os furos de alojamento de massa 42 sejam isolados da corrente 22 que se ajusta à virola 20b, a saber que não desembocam nessa última, ou ainda mascarados dessa última.

[0041] Além dos furos 42 espaçados circunferencialmente uns dos outros na espessura da virola 20b, o sistema de equilíbrio compreende também pelo menos um conjunto mássico de equilíbrio que opera junto com um dos furos 42. Um ou vários desses conjuntos mássicos são, portanto, montados na virola traseira de capô 20b, respectivamente em associação com furos de alojamento 42, seu número sendo função do equilíbrio exigido. Uma das vantagens da presente invenção reside na possibilidade, que é por outro lado preferencialmente escolhida, de estabelecer um equilíbrio final do turborreator deixando para isso livres um ou vários furos 42, a fim de obter um ganho de massa. Em um tal caso, a ausência de obturação dos furos que não alojam nenhuma massa não gera problema de vazamento ao nível da corrente 22, visto que esses furos permanecem isolados dessa última, em especial graças à superfície exterior 19 deslocada radialmente para o exterior.

[0042] Cada conjunto mássico compreende uma massa de equilíbrio 44 alojada no furo 42 associado a esse conjunto, assim como meios de fixação que operam junto com a virola e que exercem uma pressão sobre a massa 42 a fim de aplicá-la no fundo de seu furo 42.

[0043] Nesse modo de realização preferido, os meios de fixação compreendem uma platina 46 que forma porca, assim como um parafuso de pressão 48 atarraxado na porca, de preferência de maneira a ser coaxial ao furo 42 no qual é alojada a massa 44 sobre a qual ele exerce uma pressão.

[0044] Para manter a platina 46 em relação à virola 20b, na direção radial de pressão, essa virola é equipada com uma canelura 50 centrada no eixo 2, os furos de alojamento 42 desembocando no fundo 52 dessa canelura. Essa última se abre

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10/11 radialmente para o interior, seu fundo 52 sendo, portanto, também orientado de acordo com essa mesma direção. Ela é não somente delimitada por seu fundo 52, mas também por duas paredes laterais 54 dispostas de um lado e de outro desse último. Essas paredes 54 são formadas de maneira a constituir meios de retenção para a platina 46, criando projeções que estreitam a abertura da canelura, por exemplo sob a forma de bordas salientes 56.

[0045] Assim, como mostrado na figura 6, cada platina 46 pode ser inserida na canelura 50 ao nível de um entalhe 58 previsto com essa finalidade nas paredes laterais 54, de preferência por movimento radial para o exterior dessa platina. Em seguida, ela é deslocada circunferencialmente na canelura deslizando para isso na fenda anular delimitada entre o fundo 52 e as bordas salientes de retenção 56, esse deslocamento sendo interrompido quando a platina 46 se situa em frente a seu furo de alojamento 42 associado.

[0046] O aperto do parafuso 48 através da platina 46 permite aplicar a massa de equilíbrio pré-instalada no fundo do furo 42, com a extremidade radial externa desse parafuso exercendo uma pressão sobre essa massa, de preferência estando em contato direto com essa última. Por reação, a platina 46 vem se aplicar contra as bordas salientes de retenção 56, garantindo a ausência de um desaperto da montagem durante o funcionamento do turborreator.

[0047] Como mencionado precedentemente, somente alguns furos 42 podem ser equipados comum conjunto mássico de equilíbrio, os outros furos permanecendo livres. De preferência, para todos os conjuntos mássicos utilizados, as platinas 46 e os parafusos 48 são de forma e massa idênticas, somente as massas 44 influenciando, portanto, a massa global dos conjuntos mássicos. A título de exemplo indicativo, é possível ver que a massa 44 do conjunto mostrado nas figuras 4 e 5 é menor do que a massa 44 do conjunto mostrado na figura 6.

[0048] De qualquer modo, é de preferência feito de modo com que a extremidade radial externa de cada massa 44 se apresente sob a forma de uma porção esférica 44a, em contato com uma forma complementar prevista para o fundo do furo 42. No modo de realização preferido descrito, cada furo compreende bem um

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11/11 fundo que apresenta uma porção esférica que se ajusta à porção esférica 44a da massa, mas que não constitui a integralidade desse fundo. De fato, o fundo é aqui equipado com um espaço morto 60, por exemplo de forma cônica, que forma a continuidade da porção esférica e que não é preenchido pela massa 44 quando essa última é aplicada no fundo do furo 42.

[0049] A forma de cada massa de equilíbrio 44 é escolhida em função da massa desejada no local dado, para um equilíbrio final otimizado. De preferência, cada massa 44 compreende pelo menos a porção esférica 44a, como é o caso para a massa 44 representada nas figuras 4 e 5, e pode eventualmente ser prolongada radialmente para o interior por uma porção cilíndrica 44b, como é o caso para a massa 44 representada na figura 6. Nessa última configuração, a porção cilíndrica 44b, de preferência de seção circular, se estende no máximo até a abertura do furo, correspondendo ao fundo da canelura 50 de alojamento das platinas 46.

[0050] Naturalmente, diversas modificações podem ser trazidas pelo profissional à invenção que acaba de ser descrita, unicamente a título de exemplos não limitativos.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Ventoinha (1) para turbomáquina de aeronave, que compreende um cone de entrada (20) de turbomáquina que apresenta uma superfície exterior (19) destinada a se ajustar com uma corrente (22) da turbomáquina, um disco de ventoinha (4) assim como pás de ventoinha (6) montadas no dito disco com o qual elas giram de acordo com um eixo de rotação (2) da ventoinha, a dita ventoinha compreendendo por outro lado um sistema de equilíbrio acoplado em rotação com o disco de ventoinha (4) de acordo com o dito eixo de rotação (2), o dito sistema de equilíbrio sendo equipado com uma pluralidade de furos de alojamento de massa (42) espaçados circunferencialmente uns dos outros, e compreendendo também pelo menos uma massa de equilíbrio (44) montada em um dos ditos furos de alojamento de massa (42), caracterizada pelo fato de que o dito sistema de equilíbrio compreende por outro lado meios de fixação (46, 48) que exercem uma pressão que aplica a dita massa de equilíbrio (44) no fundo de seu furo de alojamento de massa (42), esse último sendo realizado cego no cone de entrada (20), de maneira a desembocar no interior desse último.
2. Ventoinha de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de fixação e a massa de equilíbrio com a qual eles operam junto formam um conjunto mássico de equilíbrio.
3. Ventoinha de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que os ditos meios de fixação compreendem uma peça que forma porca (46) e um parafuso de pressão (48) atarraxado na dita peça, a dita porca sendo retida ao dito cone na direção do parafuso de pressão.
4. Ventoinha de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que os ditos furos de alojamento de massa (41) desembocam no fundo de uma canelura (50) centrada no eixo de rotação (2), e pelo fato de que a dita canelura apresenta respectivamente, de um lado e de outro de seu fundo (52), duas paredes laterais (54) formadas de maneira a constituir meios de retenção da porca (46) na dita canelura.
5. Ventoinha de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de

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2/3 que a dita canelura (50) se abre radialmente para o interior.
6. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a dita massa de equilíbrio (44) apresenta uma extremidade em forma de porção esférica, complementar da forma do fundo do furo de alojamento contra o qual ela é aplicada.
7. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dito cone (20) é feito de alumínio ou uma de suas ligas.
8. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dito cone de entrada (20) é realizado a partir de uma porção a montante (20a) montada fixamente em uma porção a jusante (20b) que forma virola, e pelo fato de que o dito sistema de equilíbrio é implantado na dita porção a jusante que forma virola.
9. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que em funcionamento, pelo menos um dos ditos furos de alojamento de massa (42) é deixado livre.
10. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dito cone de entrada compreende um flange anular de fixação (40) adaptado fixamente no dito disco de ventoinha (4).
11. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que ela compreende por outro lado um anel de retenção das pás de ventoinha (16) que permite reter axialmente essas pás (6) em relação ao dito disco de ventoinha (4), o dito anel de retenção (16) sendo acoplado em rotação com o dito disco de ventoinha (4).
12. Ventoinha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o dito cone de entrada (20) se estende para a jusante até as ditas pás de ventoinha (6).
13. Turbomáquina para aeronave caracterizada pelo fato de que ela compreende uma ventoinha como definido em qualquer uma das reivindicações precedentes.

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14. Turbomáquina de aeronave de acordo com a reivindicação 13, caracterizada pelo fato de que ela é um turborreator.