BRPI0913654B1 - Processo de soldagem por fricção e mistura, ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça, elemento de estrutura para a construção aeronáutica - Google Patents

Processo de soldagem por fricção e mistura, ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça, elemento de estrutura para a construção aeronáutica Download PDF

Info

Publication number
BRPI0913654B1
BRPI0913654B1 BRPI0913654-1A BRPI0913654A BRPI0913654B1 BR PI0913654 B1 BRPI0913654 B1 BR PI0913654B1 BR PI0913654 A BRPI0913654 A BR PI0913654A BR PI0913654 B1 BRPI0913654 B1 BR PI0913654B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
welding
process according
alloy
tool
feedrate
Prior art date
Application number
BRPI0913654-1A
Other languages
English (en)
Inventor
Isabelle Bordesoules
Christian Hantrais
Jean-Pierre Armenio
Original Assignee
Constellium Issoire
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Constellium Issoire filed Critical Constellium Issoire
Publication of BRPI0913654A2 publication Critical patent/BRPI0913654A2/pt
Publication of BRPI0913654B1 publication Critical patent/BRPI0913654B1/pt

Links

Images

Classifications

    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B23MACHINE TOOLS; METAL-WORKING NOT OTHERWISE PROVIDED FOR
    • B23KSOLDERING OR UNSOLDERING; WELDING; CLADDING OR PLATING BY SOLDERING OR WELDING; CUTTING BY APPLYING HEAT LOCALLY, e.g. FLAME CUTTING; WORKING BY LASER BEAM
    • B23K20/00Non-electric welding by applying impact or other pressure, with or without the application of heat, e.g. cladding or plating
    • B23K20/12Non-electric welding by applying impact or other pressure, with or without the application of heat, e.g. cladding or plating the heat being generated by friction; Friction welding
    • B23K20/122Non-electric welding by applying impact or other pressure, with or without the application of heat, e.g. cladding or plating the heat being generated by friction; Friction welding using a non-consumable tool, e.g. friction stir welding
    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B23MACHINE TOOLS; METAL-WORKING NOT OTHERWISE PROVIDED FOR
    • B23KSOLDERING OR UNSOLDERING; WELDING; CLADDING OR PLATING BY SOLDERING OR WELDING; CUTTING BY APPLYING HEAT LOCALLY, e.g. FLAME CUTTING; WORKING BY LASER BEAM
    • B23K2101/00Articles made by soldering, welding or cutting
    • B23K2101/18Sheet panels
    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B23MACHINE TOOLS; METAL-WORKING NOT OTHERWISE PROVIDED FOR
    • B23KSOLDERING OR UNSOLDERING; WELDING; CLADDING OR PLATING BY SOLDERING OR WELDING; CUTTING BY APPLYING HEAT LOCALLY, e.g. FLAME CUTTING; WORKING BY LASER BEAM
    • B23K2103/00Materials to be soldered, welded or cut
    • B23K2103/08Non-ferrous metals or alloys
    • B23K2103/10Aluminium or alloys thereof
    • BPERFORMING OPERATIONS; TRANSPORTING
    • B23MACHINE TOOLS; METAL-WORKING NOT OTHERWISE PROVIDED FOR
    • B23KSOLDERING OR UNSOLDERING; WELDING; CLADDING OR PLATING BY SOLDERING OR WELDING; CUTTING BY APPLYING HEAT LOCALLY, e.g. FLAME CUTTING; WORKING BY LASER BEAM
    • B23K2103/00Materials to be soldered, welded or cut
    • B23K2103/18Dissimilar materials
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y10TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC
    • Y10TTECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER US CLASSIFICATION
    • Y10T428/00Stock material or miscellaneous articles
    • Y10T428/12All metal or with adjacent metals
    • Y10T428/12493Composite; i.e., plural, adjacent, spatially distinct metal components [e.g., layers, joint, etc.]
    • YGENERAL TAGGING OF NEW TECHNOLOGICAL DEVELOPMENTS; GENERAL TAGGING OF CROSS-SECTIONAL TECHNOLOGIES SPANNING OVER SEVERAL SECTIONS OF THE IPC; TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC CROSS-REFERENCE ART COLLECTIONS [XRACs] AND DIGESTS
    • Y10TECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER USPC
    • Y10TTECHNICAL SUBJECTS COVERED BY FORMER US CLASSIFICATION
    • Y10T428/00Stock material or miscellaneous articles
    • Y10T428/12All metal or with adjacent metals
    • Y10T428/12493Composite; i.e., plural, adjacent, spatially distinct metal components [e.g., layers, joint, etc.]
    • Y10T428/12736Al-base component

Landscapes

  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Mechanical Engineering (AREA)
  • Pressure Welding/Diffusion-Bonding (AREA)

Abstract

processo de soldagem por fricção de mistura de vibração. a invenção refere-se a um processo de soldagem por fricção de mistura de pelo menos uma primeira peça em uma liga metálica a com pelo menos uma segunda peça em uma liga metálica b dissemelhante, no qual se colam essa primeira e essa segunda peças ; com o auxílio de uma ferramenta em rotação que se desloca com uma velocidade denominada velocidade de avanço, se realiza uma junta entre essa primeira e essa segunda peça, caracterizado pelo fato de essa velocidade de avanço da ferramenta apresentar em regime permanente pelo menos dois modos alternados, um primeiro modo no qual se utiliza um primeira velocidade de avanço média v1, e um segundo modo no qual se utiliza uma segunda velocidade de avanço e média v2, as velocidades v1 e v2 sendo significativamente diferentes, tipicamente de pelo menos 30 % da mais elevada das velocidades de avanço, a mais fraca das velocidades de avanço podendo ser nula. as ligações soldadas, de acordo com a invenção, são vantajosas em particular para a realização de painéis ou de perfilados destinados à fabricação de veículos de transporte.

Description

Domínio da Invenção
[0001] A presente invenção refere-se à soldagem das peças metá licas, segundo o processo de fricção de mistura. Mais precisamente ela se refere à soldagem entre elas de peças que apresentam características mecânicas muito diferentes.
Estado da Técnica
[0002] É geralmente conhecido que, quando da fabricação de pro dutos semiacabados e de elementos estruturais para a construção ae-ronáutica, certas propriedades requeridas não podem geralmente ser otimizadas simultaneamente independentemente umas das outras. Esse é, às vezes, o caso das propriedades reunidas sob o termo "resistência mecânica estática" (notadamente a resistência à ruptura Rm e o limite de elasticidade Rp0,2), por um lado, e propriedades reunidas sob o termo "tolerância aos danos" (notadamente a tenacidade e a resistência à propagação das fissuras), por outro lado. Para cada utilização considerada de um elemento de estrutura, um compromisso apropriado entre as propriedades mecânicas estáticas e as propriedades de tolerância aos danos deve ser buscado. Este é designado no caso por "compromisso de propriedades". Propriedades adicionais, tais como a resistência à corrosão, podem ser incluídas no compromisso de propriedades, se necessário, e, em certos casos, pode mesmo ser necessário definir um compromisso entre duas ou mais de duas propriedades no grupo de propriedades designado por "resistência mecânica estática" ou "tolerância aos danos", tais como o limite de elasticidade e o alongamento que tendem a ser incompatíveis. A necessidade de otimizar o compromisso de propriedades é particularmente importante para certas partes ou elementos estruturais para os quais os melhores resultados poderiam ser obtidos, caso a resistência mecânica estática fosse otimizada sobre uma extremidade geométrica e a tolerância aos danos fosse otimizada sobre a outra extremidade geométrica. A soldagem de peças, apresentando características ótimas para cada parte do elemento estrutural, permite obter elementos estruturais com características otimizadas.
[0003] O pedido de patente EP1799391 (Alcan Rhenalu) ensina um processo de fabricação de um elemento de estrutura que compreende pelo menos duas partes em liga de alumínio que apresentam diferentes compromissos de propriedades, pelo menos duas partes sendo soldadas e no qual uma dessas partes é (I) escolhida em uma liga de alumínio diferente das outras pelo menos duas partes e/ou (II) escolhida em um estado metalúrgico inicial diferente das outras pelo menos duas partes, e no qual pelo menos uma dessas duas partes foi pré-revenida antes de ser soldada, e no qual o elemento de estrutura sofreu um revenido pós-soldagem, conferindo um estado metalúrgico final a cada uma pelo menos dessas duas partes.
[0004] A soldagem por fricção e mistura foi iniciada, no início dos anos 90, por TWI (The Welding Institute) no Reino Unido, e conheceu um desenvolvimento rápido no domínio da ligação das ligas de alumínio. Seu princípio consiste em obter uma soldagem sem fusão por um forte cisalhamento do metal por meio de uma ferramenta rotativa que mistura os dois materiais a ligar. A diminuição do esforço de escoamentoé obtida inicialmente por um aquecimento do metal por fricção de um rebordo ("Shoulder") na superfície do metal antes do deslocamento da ferramenta que leva cada vez mais à soldagem. O rebordo permite também conter o metal e manter uma pressão, evitando a ejeção do metal fora da zona soldada.
[0005] O processo permite evitar os problemas de fissuração a quente, o que permite notadamente soldar ligas consideradas como não soldáveis por fusão, como, por exemplo, as ligas 2XXX ao magnésio ou as ligas 7XXX ao cobre, que são as ligas utilizadas habitualmente na construção aeronáutica.
[0006] Os parâmetros do processo de soldagem por fricção e mis turasão principalmente: a escolha da geometria da ferramenta, a velocidade de rotação e a velocidade de avanço da ferramenta (também denominada velocidade de soldagem) e a força aplicada à ferramenta. Esses parâmetros não são independentes, convém, por exemplo,, em geral aumentar a velocidade de rotação, quando a velocidade de soldagem aumenta. Por outro lado, a velocidade de soldagem ótima é, em geral, inversamente proporcional à espessura de soldagem (ver, por exemplo, "A soldagem por fricção-de mistura", R.CAZES, As técnicas do Engenheiro, BM 7746 1-9).
[0007] O pedido de patente DE 199 53 260 A1 descreve sistemati camente possibilidades de variação cíclica dos parâmetros velocidade de avanço, velocidade de rotação, força aplicada à ferramenta, altura da ferramenta sem precisar que variação selecionar e em que circunstâncias essa variação é vantajosa.
[0008] O pedido de patente US 2004 -046003 descreve uma varia ção cíclica da velocidade de rotação da ferramenta, de forma a melhorar a mistura de um metal plastificado.
[0009] A patente US 6.450.394 descreve um processo para formar elementos de estrutura de avião, utilizando a soldagem por fricção e mistura. Essa patente menciona a possibilidade de fazer variar a velocidade de avanço e a velocidade de rotação para adaptar as condições de soldagem a variações de espessura dos produtos.
[00010] Os parâmetros de soldagem devem ser adaptados à liga a soldar, em particular à sua dureza a quente ou em particular ao seu problema de escoamento a quente. Para cada liga em um estado metalúrgico determinado, pode-se obter para uma espessura de soldagem determinada das condições de soldagem ótimas em termos de velocidade de avanço e de velocidade de rotação da ferramenta. A velocidade de avanço ótima é em geral, a velocidade a mais elevada, permitindo uma qualidade de soldagem satisfatória, em particular isenta de porosidades e de defeitos de superfície. Quando se soldam dois materiais metálicos que têm características mecânicas, e em particular que têm problemas de escoamento a quente diferentes, utilizam-se, em geral, parâmetros de soldagem intermediários entre os parâmetros os mais adaptados para uma e para a outra das ligas. Todavia, torna- se difícil, até mesmo impossível, encontrar condições intermediárias satisfatórias em certos casos, em particular quando os problemas de escoamento a quente são muito diferentes entre os materiais a soldar.
[00011] Existe uma necessidade para um processo capaz de fornecer uma solução para o problema que consiste em soldar por soldagem por fricção e mistura duas ou mais de duas peças em ligas metálicas dissemelhantes, tendo, em particular, dificuldades de escoamento a quente muito diferentes.
Objeto da Invenção
[00012] A invenção tem por objeto um processo de soldagem por fricção e mistura de pelo menos uma primeira peça em uma liga metálica A com pelo menos uma segunda peça em uma liga metálica B dissemelhante, na qual: - se colam essas primeira e segunda peças; - com o auxílio de uma ferramenta em rotação que se desloca com uma velocidade denominada velocidade de avanço se realiza uma junta entre essas primeira e segunda peças; caracterizado pelo fato de essa velocidade de avanço apresentar em regime permanente pelo menos dois modos alternados, um primeiro modo no qual se utiliza uma primeira velocidade de avanço média V1 e um segundo modo no qual se utiliza uma segunda velocidade de avanço média V2, as velocidades V1 e V2 sendo significativamente diferentes, tipicamente de pelo menos 20 % e, de preferência, pelo menos 30 % da mais elevada das velocidades de avanço a mais baixa das velocidades de avanço podendo ser nula.
[00013] Um segundo objeto da invenção é uma ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça em ligas metálicas, capaz de ser obtida pelo processo de soldagem por fricção e mistura, de acordo com a invenção, caracterizada pelo fato de a energia de soldagem dessas primeira e segunda peças diferir de um fator pelo menos igual a 1,5 no estado metalúrgico utilizado quando da soldagem e para a espessura soldada.
[00014] Um outro objeto da invenção é um elemento de estrutura para a construção aeronáutica, compreendendo uma ligação, de acordo com a invenção.
Descrição das Figuras
[00015] A figura 1 representa um esquema geral que descreve o processo de soldagem por fricção e mistura.
[00016] A figura 2 representa um esquema da ferramenta utilizada quando dos testes. As cotas indicadas estão em mm.
[00017] A figura 3 representa uma vista em corte da soldagem do teste no1.
[00018] A figura 4 representa uma vista em corte da soldagem do teste no2.
[00019] A figura 5 representa uma vista em corte da soldagem do teste no41.
[00020] A figura 6 representa um extrato do registro da medida do binário e da velocidade de avanço para o teste 41.
[00021] A figura 7 é um extrato do registro da medida do binário e da velocidade de avanço para o teste 46.
[00022] A figura 8 é um extrato do registro da medida do binário e da velocidade de avanço para o teste 48.
Descrição da Invenção
[00023] A designação das ligas é feita em conformidade com os regulamentos de The Aluminium Association (AA), conhecidos do técnico. As definições dos estados metalúrgicos são indicadas na norma europeia EM 515.
[00024] Salvo menção contrária, as características mecânicas estáticas, em outros termos a resistência à ruptura Rm, o limite de elasticidade convencional a 0,2 % de alongamento Rp0,2 e o alongamento à ruptura A, são determinadas por um teste de tração, segundo a norma EM 10002-1, a retirada e o sentido do teste sendo definidos pela norma EM 485-1.
[00025] A figura 1 descreve uma operação de soldagem por fricção e mistura. Duas peças 20 e 21 são coladas. Uma ferramenta 1 submetida a uma força aplicada F na direção vertical 13 se desloca com uma velocidade de avanço V na direção horizontal, efetuando uma rotação no sentido 12 com uma velocidade de rotação R. O lado avanço é o lado no qual o sentido local da superfície da ferramenta devido à rotação da ferramenta e o sentido de soldagem 11 são idênticos, a peça 20 fica situada do lado avanço. O Lado retirada é o lado no qual o sentido ferramenta devido à rotação da ferramenta e o sentido de soldagem 11 são opostos, a peça 21 fica situada do lado retirada. A velocidade de rotação R da ferramenta é a velocidade à qual a ferramenta gira no sentido de rotação 12. A velocidade de avanço é a velocidade à qual a ferramenta se desloca no sentido de soldagem 11. No âmbito da invenção, denomina-se velocidade de avanço média a média das velocidades de avanço instantâneas durante um período determinado.
[00026] A operação de soldagem por fricção e mistura comporta tipicamente três fases, uma fase de encaixe durante a qual a ferramentaé colocada em contato com as peças a soldar, uma fase permanente durante a qual a ferramenta progride de forma regular sobre as peças a soldar e uma fase de encaixe durante a qual a ferramenta é afastada das peças a soldar. Regimes específicos em termos de velocidade de rotação e de velocidade de avanço podem ser, em certos casos, utilizados durante as fases de encaixe e de desencaixe. A presente invenção se refere ao regime permanente, isto é, os parâmetros de processo utilizados durante a fase permanente.
[00027] Para uma liga metálica determinada, em um estado metalúrgico determinado e para uma espessura soldada determinada, existemparâmetros de soldagem ótimos, permitindo obter uma soldagem, cuja qualidade visual tanto na superfície quanto em corte é satisfatória e cuja resistência mecânica é máxima, utilizando a velocidade de soldagem a mais elevada possível. Os parâmetros ótimos são definidos essencialmente pela velocidade de avanço, pela velocidade de rotação e pela força aplicada. Pode-se estimar que a determinação desses parâmetros ótimos é precisa a mais ou menos 10%. O binário medido necessário à rotação da ferramenta nessas condições ótimas é uma indicação das características reológicas da liga considerada. Por binário medido, entende-se no caso o binário medido, quando da soldagem à qual se subtraiu o binário medido, quando da rotação da ferramenta a vácuo. A partir dos parâmetros ótimos e do binário medido se define para uma liga determinada em um estado metalúrgico determinado e uma espessura soldada determinada uma energia de soldagem.
[00028] Energia de soldagem (J/m) = binário medido x velocidade de rotação x 2 π / velocidade de avanço.
[00029] O binário medido é expresso em N.m, a velocidade de rotação em rpm e a velocidade de avanço em m por minuto.
[00030] A tabela 1 do exemplo 1 dá os parâmetros ótimos para as ligas AA2050 no estado T3 e AA7449 no estado T6 para uma espessura soldada de 20 mm. A energia de soldagem da liga AA7740 no estado T6 é aproximadamente de três vezes superior àquela da liga AA2050 no estado T3 para a espessura soldada.
[00031] A presente invenção permite soldar peças em ligas metálicas dissemelhantes. Por ligas metálicas dissemelhantes, entendem-se em particular ligas metálicas para as quais a energia de soldagem é significativamente diferente, de um fator 1,5 até mesmo 2 ou 2,5. Pode tratar-se, por exemplo, de duas ligas de alumínio, cuja dificuldade de escoamento a quente é muito diferente, ou de uma liga de alumínio e de uma liga de titânio, ou ainda de aço ou de uma liga de cobre e de uma liga de titânio ou de alumínio. Dentre as ligas de alumínio que têm uma energia de soldagem elevada, a invenção é vantajosa em particular para as ligas das famílias 5XXX e 7XXX. A tabela 7 indica outras energias de soldagens medidas ou estimadas para chapas em liga AA7449, AA2022 e AA7040. Os resultados da tabela 7 mostram que a energia de soldagem das chapas ligadas, tais como descritas em EP1799391 não apresentavam uma energia de soldagem significati-vamente diferente.
[00032] A invenção é particularmente vantajosa para a soldagem por fricção e mistura de peças em ligas 7XXX tendo limite elástico superior a 500 MPa e, de preferência, superior a 530 MPa no estado metalúrgico final com uma outra liga metálica dissemelhante. Por estado metalúrgico final, entende-se o estado metalúrgico da peça após um eventual tratamento de revenido da liga soldada.
[00033] Dentre as ligas que têm uma energia de soldagem mais fraca, a invenção é vantajosa em particular para as ligas das famílias 2XXX, 6XXX e 8XXX. A invenção é particularmente vantajosa para a soldagem por fricção e mistura de peças em liga de alumínio de tipo alumínio lítio, isto é, contendo pelo menos 0,8 % em peso de lítio, com uma peça em liga metálica dissemelhante, em particular uma peça em ligas 7XXX tendo um limite elástico superior a 500 MPa no estado metalúrgico final.
[00034] Peças em liga selecionada no grupo constituído de AA2X39, AA2X24, AA2X98, AA2X95, AA2X96, AA2X50, AA6X56, AA6X82 podem ser soldadas por soldagem por fricção e mistura com peças em liga selecionada no grupo constituído de AA7X49, AA7X55, AA7X50, AA7X75, AA7X85, AA5X82 no âmbito da presente invenção. Por AA7X49, entendem-se as ligas AA7049, AA7149, AA7249, AA7349, AA7449, Mutatis mutandis para as outras ligas citadas. Uma liga de titânio preferido é a liga Ti-6A1-4V.
[00035] De acordo com a invenção, peças em ligas metálicas dis-semelhantessão soldadas por fricção de mistura por um processo no qual: - se colam as peças; - com o auxílio de uma ferramenta em rotação que se desloca com uma velocidade denominada velocidade de avanço se realiza uma junta entre as peças, a velocidade de avanço da ferramenta apresentando em regime permanente pelo menos dois modos alternados, um primeiro modo no qual se utiliza um primeira velocidade de avanço média V1 e um segundo modo no qual se utiliza uma segunda velocidade de avanço média V2, as velocidades V1 e V2 sendo significativamente diferentes, tipicamente de pelo menos 20 % e de preferência pelo menos 30 % da mais elevada das velocidades de avanço, a mais fraca das velocidades de avanço podendo ser nula.
[00036] As peças podem ser coladas por qualquer geometria que permite realizar uma junta de soldagem por fricção e mistura, a precisão da colagem não sendo crítica. A soldagem é executada essencialmente sobre peças colocadas borda a borda, mas aceita outras con- figurações de juntas, tais como, por exemplo, a soldagem com piscadela (soldagem de ângulo ou em T) ou a soldagem por superposição.
[00037] De forma surpreendente, os presentes inventores constataram que a alternância de um tempo quente (para o qual a velocidade de avanço é baixa e até nula) e de um tempo frio (para o qual a velocidade de avanço é elevada) permite solucionar a diferença importante de dificuldade de escoamento das ligas a soldar. As velocidades V1 e V2 devem ser significativamente diferentes tipicamente de pelo menos 20 % e, de preferência, de pelo menos 30 % para observar o efeito buscado. Em um modo de realização vantajoso da invenção, a diferença entre V1 e V2 é pelo menos igual a 30 mm/min.
[00038] De maneira preferida, os primeiro e segundo modos são alternados no meio de um ciclo, cuja duração T é inferior a 15 segundos e, de preferência, compreendida entre 0,1 e 10 segundos e, de forma vantajosa, entre 0,5 e 7 segundos. O número de ciclos realizados por mm de soldagem depende da velocidade de soldagem utilizada, ela própria dependente, em particular da composição das ligas metálicas e da espessura das peças, ele é tipicamente de 15 ciclos para 50 mm de soldagem.
[00039] De maneira preferida, o primeiro modo é mantido por uma duração T1 e o segundo modo é mantido por uma duração T2, T1 e T2 sendo pelo menos igual a 20 % da duração T. As durações T1 e T2 representam com efeito uma proporção suficiente da duração do ciclo para que o efeito sobre a qualidade de soldagem seja observado. Em um modo de realização vantajoso da invenção, as durações T1 e T2 são sensivelmente iguais, isto é, não diferem de mais de 20 %. De uma forma preferida os parâmetros T1, T2, expressos em segunda e V1, V2, expressos em mm/s obedecem à relação: 1 < (T1V1 - T2V2)2 < 400. Tipicamente, o avanço realizado durante o tempo frio (velocida-de de avanço elevada) é da ordem de 3 mm, enquanto que o avanço realizado durante o tempo quente (velocidade de avanço lento) é inferior a 1 mm.
[00040] Os parâmetros a utilizar para a soldagem podem ser avaliados sobre a base dos parâmetros ótimos determinados para cada peça considerada isoladamente. Um parâmetro importante é a velocidade de avanço média de soldagem em regime permanente. A título de exemplo, quando se utilizam unicamente dois modos que têm por velocidades de avanço média V1 e V2 no decorrer das durações T1 e T2, tem-se V = (T1 x V1 + T2 x V2) / (T1 + T2)., De maneira vantajosa, utiliza-se como velocidade de avanço média V em regime permanente uma velocidade compreendida na faixa definida pela velocidade de avanço ótimo da peça que requer a energia de soldagem a mais elevada mais ou menos 20 %.
[00041] Os tempos quente e frio podem ser amplificados, combinando uma variação da velocidade de rotação à variação da velocidade de avanço. Todavia, é vantajoso utilizar uma velocidade de rotação da ferramenta sensivelmente constante em regime permanente. Com efeito, o motor da aparelhagem de soldagem por fricção e mistura suporta mal as variações de velocidade de rotação da ferramenta e essasvariações acionam uma degradação sensível da duração de vida da aparelhagem. Os presentes inventores pensam, por outro lado, que a qualidade de soldagem e sua reprodutibilidade são melhores quando a velocidade de rotação da ferramenta é sensivelmente constante em regime permanente.
[00042] De maneira preferida, a velocidade de rotação da ferramentaestá compreendida na faixa definida pela velocidade de rotação da ferramenta ótima da peça que requer a energia de soldagem a mais elevada mais ou menos 20 %. Os presentes inventores constataram que, quando a velocidade de rotação é superior à velocidade de rotação da ferramenta ótima da peça que requer a energia de soldagem a mais elevada mais 20 %, a temperatura atingida durante o tempo quente pode tornar-se muito elevada e um risco de flash existe e, por outro lado, o binário medido pode ser instável, o que pode se traduzir por uma qualidade de soldagem irregular.
[00043] A posição relativa dos elementos a soldar pode,para certos binários de ligas, ter um efeito sobre a qualidade da soldagem. Em uma realização vantajosa da invenção a peça que requer a energia de soldagem a mais elevada é colocada do lado retirada.
[00044] A invenção pode ser aplicada à soldagem de peças de qualquer espessura. Todavia, a invenção é particularmente vantajosa, quando a espessura de soldagem está compreendida entre 1 e 40 mm, de preferência entre 10 e 30 mm e de maneira ainda mais preferida entre 12 e 20 mm. As velocidades de soldagens são adaptadas à espessura soldada. Em um modo de realização vantajoso, no qual as primeira e segunda peças são em liga de alumínio, a diferença entre V1 e V2 expressa em mm/min é pelo menos igual a 600/e, na qual e é a espessura de soldagem expressa em mm.
[00045] A invenção permite obter ligações soldadas por soldagem por fricção e mistura que não teriam podido ser obtidas pelo processo, segundo a técnica anterior, pois a qualidade da soldagem e as propriedadesmecânicas teriam sido insuficientes. Assim, a invenção permite obter uma ligação soldada por soldagem por fricção e mistura entre uma primeira peça e uma segunda peça em ligas metálicas caracterizada pelo fato de a energia de soldagem das primeira e segunda peças difere de um fator pelo menos igual a 1,5 no estado metalúrgico utilizado, quando da soldagem para a espessura soldada.
[00046] A ligação soldada, de acordo com a invenção, apresenta vantajosamente um alongamento de pelo menos 1,5 % e, de preferência, de pelo menos 2,5 % para um comprimento de extensômetro L0 = 80 mm e/ou uma resistência à ruptura Rm igual a pelo menos 46 % e, de preferência, a pelo menos 48 % da resistência à ruptura da peça que apresenta a resistência à ruptura a mais elevada.
[00047] As ligações soldadas, segundo a invenção, são vantajosas em particular para a realização de painéis ou de perfilados destinados à fabricação de veículos de transporte. Em particular, as ligações, de acordo com a invenção, são úteis para a fabricação de veículos ferroviários, de veículos de transporte público, de transporte marítimo, de veículos automóveis e de veículos aéreos. As ligações soldadas, segundo a invenção, encontram aplicações particularmente vantajosas na construção aeronáutica, no que se refere à fabricação de elementos de estrutura. O termo "elemento de estrutura" se refere a um elemento utilizado em construção mecânica para o qual as características mecânicas estáticas e/ou dinâmicas têm uma importância particular para o desempenho e a integridade da estrutura, e para o qual um cálculo da estrutura é geralmente prescrito ou efetuado. Trata-se tipicamente de uma peça mecânica cuja falha é capaz de colocar em perigo a segurança dessa construção, de seus usuários, ou de terceiros. Para um avião, esses elementos de estrutura compreendem notadamente os elementos que compõem a fuselagem (tais como o revestimento de fuselagem (fuselagem skin, em inglês), os enrijecedores ou longarinas de fuselagem (stringers), as divisórias estanques (bulkheads), as armações de fuselagem (circunferencial frames), as asas (tais como o revestimento de velame (wing skin), os enrijecedores (stringers ou stiffeners), (as nervuras (ribs) e longarinas (spars) e a empenagem composta notadamente de estabilizadores horizontais e verticais (horizontal ou vertical stabilisers), assim como os perfis de piso (floor beams), os trilhos de bancos (seat tracks) e as portas.
EXEMPLOS Exemplo 1
[00048] Nesse exemplo, realizaram-se linhas de soldagem por fric- ção e mistura. Determinou-se a velocidade de soldagem ótima, a velocidade de rotação ótima e a energia de soldagem para chapas de espessura 40 mm em liga AA2050 no estado T351 e em liga AA7449 no estado T6, para uma espessura de soldagem de 20 mm, como auxílio de uma ferramenta cônica com 3 superfícies planas na parte superior a 120 oprofundos de 0,5 mm, cujas características geométricas em corte transversal são dadas na figura 2 (cotas indicadas em mm), sobre uma máquina MTS Istir®. Uma usinagem de 0,2 mm foi feita de ambos os lados das chapas para eliminar os óxidos de superfície. As condições ótimas correspondem à velocidade de soldagem a mais elevada que pode ser atingida, obtendo uma qualidade de soldagem satisfatória tanto em corte (em particular sem porosidades, ver a figura 4), quanto em superfície (em particular sem flashs, ver a figura 3). Os resultados obtidos são dados na tabela 1. Tabela 1: condições de soldagem por fricção e mistura ótimas
Figure img0001
EXEMPLO 2
[00049] Nesse exemplo, tentaram-se soldar por fricção de mistura com a mesma máquina e a mesma ferramenta que no exemplo 1 chapas em liga AA2050 no estado T351 com chapas em liga AA7449 no estado T6. As chapas estavam fixadas sobre a mesa de soldagem como auxílio de 3 flanges de cada lado. A velocidade de soldagem e a velocidade de rotação da ferramenta foram mantidas constantes em regime permanente. Os parâmetros utilizados para os diferentes testes são fornecidos na tabela 2, assim como os resultados obtidos. Tabela 2. Testes de soldagem por fricção de mistura à velocidade de avanço constante.
Figure img0002
[00050] A figura 3 representa um corte da soldagem obtida para o teste 1. A compacidade da junta é boa, mas são observados numerosos defeitos em superfície denominados "flashs" 30. A figura 4 é um corte da soldagem obtida para o teste 2. A qualidade de superfície é satisfatória (ausência de flashs), mas a compacidade da junta é defeituosa: observam-se numerosas porosidades na zona 31.
Exemplo 3
[00051] Nesse exemplo, realizaram-se soldagens por fricção de mistura, de acordo com a invenção, com a mesma máquina e a mesma ferramenta que nos exemplos 1 e 2 de chapas em liga AA2050 no estado T351 com chapas em liga AA7449 no estado T6.
[00052] As chapas estavam fixadas sobre mesa de soldagem como auxílio de 3 flanges de cada lado. A chapa em liga 2050 T3 estava disposta do lado avanço e aquela em liga 7449 T6 do lado retirada. Os parâmetros utilizados para os diferentes testes foram fornecidos na tabela 3, assim como os resultados obtidos. As figuras 6, 7 e 8 mos- tram um extrato do registro da medida do binário e da velocidade de avanço para os testes 41, 46 e 48, respectivamente. Tabela 3: testes de soldagem por fricção e mistura à velocidade de avanço pulsada.
Figure img0003
[00053] Os melhores resultados foram obtidos para o teste 41. A figura 5 é um corte da soldagem obtida para o teste 41. Ela é caracterizada pela ausência de flashs e por uma compacidade satisfatória. Para o teste 46, a presença de alguns flashs foi observada, assim como alguns defeitos de compacidade, todavia essas características são julgadas corretas. Para o teste 48, o aspecto de superfície é correto (presença de alguns flashs) e a compacidade da junta é boa. A figura 6 mostra que o binário medido para o teste 41 é estável e reprodutível para cada ciclo, o que indica que a soldagem pode ser realizada sem dificuldade em um comprimento considerável. As figuras 7 e 8 mostram que os binários medidos para os testes 46 e 48 são menos estáveis que no caso do teste 41, o que indica que dificuldades poderiam ser encontradas para uma soldadura de grande comprimento.
[00054] As características mecânicas estáticas dos testes 2 e 41 foram medidas (comprimento de extensômetro L0 = 80 mm), após um revenido pós-soldagem de 18 horas a 155 °C e são reportadas na tabela 4. As características mecânicas de amostras não soldadas em liga 2050 e 7449 no mesmo estado metalúrgico são também apresentadas na tabela 4. O alongamento atingido é muito mais elevado do que para a ligação realizada segundo o processo da invenção. Observa-se também um aumento significativo da resistência à ruptura. Tabela 4. Características mecânicas estáticas medidas para os testes 2 e 41.
Figure img0004
Exemplo 4
[00055] Nesse exemplo, soldaram-se por fricção de mistura nas condições definidas no teste 41 chapas em liga AA2050 no estado T8 com chapas em liga AA7449 no estado T6. Duas condições de reveni- do foram utilizadas para atingir no estado T8, as condições indicadas na tabela 5. Tabela 5. Testes de soldagem realizados com diferentes revenidos pré- e pós-soldagem
Figure img0005
[00056] Para os três testes 51, 54 e 57, as soldagens obtidas apresentaram um bom aspecto de superfície, assim como uma compacidade satisfatória.
[00057] As características mecânicas obtidas (comprimento de ex- tensômetro L0 = 80 mm) são apresentadas na tabela 6. Tabela 6. Características medidas para os testes 51,54 e 57.
Figure img0006
Figure img0007
Exemplo 5
[00058] Nesse exemplo, determinou-se ou estimou-se por comparação com outras ligas a velocidade de soldagem ótima, a velocidade de rotação ótima e a energia de soldagem para chapas de espessura 13,5 ou 16 mm em liga AA2022 no estado T851, em liga AA7040 no estado T6 em liga AA7749 no estado T6, para uma espessura de soldagem de 13,5 ou 16 mm. As condições ótimas correspondem à velocidade de soldagem a mais elevada que pode ser atingida, obtendo-se uma qualidade de soldagem satisfatória tanto em corte (em particular sem porosidades, ver a figura 4), quanto em superfície (em particular sem flashs, ver a figura 3). Os resultados obtidos são dados na tabela 7 Tabela 7: condições de soldagem por fricção e mistura ótimas *: valor estimado.
Figure img0008

Claims (20)

1. Processo de soldagem por fricção e mistura de pelo menos uma primeira peça (20) em uma liga metálica A com pelo menos uma segunda peça (21) em uma liga metálica B dissemelhante, no qual: - se colam essas primeira e segunda peças (20, 21); - com o auxílio de uma ferramenta (1) em rotação que se desloca com uma velocidade denominada velocidade de avanço se realiza uma junta entre essa primeira e essa segunda peça (20, 21); caracterizado pelo fato de essa velocidade de avanço da ferramenta (1) apresentar em regime permanente pelo menos dois modos alternados, um primeiro modo no qual se utiliza uma primeira velocidade de avanço média (V1) e um segundo modo no qual se utiliza uma segunda velocidade de avanço média (V2), as velocidades (V1 e V2) sendo significativamente diferentes, tipicamente de pelo menos 20 % e, de preferência, pelo menos 30 % da mais elevada das velocidades de avanço, a mais baixa das velocidades de avanço podendo ser nula.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a diferença entre V1 e V2 é pelo menos igual a 30 mm/min.
3. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que esse primeiro e esse segundo modos são alternados no meio de um ciclo cuja duração T é inferior a 15 segundos e, de preferência, está compreendida entre 0,1 e 10 segundos.
4. Processo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o primeiro modo é mantido por uma duração T1 e o segundo modo é mantido por uma duração T2, T1 e T2 sendo pelo menos igual a 20 % da duração T.
5. Processo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que os parâmetros T1, T2 expressos em segundo e V1, V2, expressos em mm/s obedecem à relação: 1 < (T1V1 - T2V2)2 < 400.
6. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que se determina para cada uma dessas peças (20, 21) uma velocidade de avanço ótima e no qual a velocidade de avanço médio de soldagem V em regime permanente está compreendida na faixa definida pela velocidade de avanço ótima da peça que requer a energia de soldagem a mais elevada mais ou menos de 20 %.
7. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a velocidade de rotação da ferramenta (1) é sensivelmente constante em regime permanente.
8. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que se determina para cada peça (20, 21) considerada isoladamente uma velocidade de rotação da ferramenta (1) ótima e no qual a velocidade de rotação da ferramenta (1) está compreendida na faixa definida pela velocidade de rotação da ferramenta (1) ótima da peça que requer a energia de soldagem a mais elevada mais ou menos de 20%.
9. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a peça (20, 21) que requer a energia de soldagem a mais elevada é colocada Lado retirada.
10. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que essa primeira peça (20) é em liga de alumínio.
11. Processo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que essa segunda peça (21) é em liga de alumínio.
12. Processo, de acordo com a reivindicação 11, caracteri- zado pelo fato de que a diferença entre V1 e V2 expressos em mm/mn é pelo menos igual a 600/e, na qual e é a espessura de soldagem expressa em mm.
13. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 ou 12, caracterizado pelo fato de que essa primeira peça (20) é em liga 7XXX e seu limite elástico é superior a 500 MPa no estado metalúrgico final.
14. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 13, caracterizado pelo fato de que essa segunda peça (21) é em liga alumínio-lítio.
15. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que a espessura de soldagem está compreendida entre 1 e 40 mm, e de preferência entre 10 e 30 mm.
16. Ligação soldada entre uma primeira peça (20) e uma segunda peça (21) em ligas metálicas, capaz de ser obtida pelo processo de soldagem por fricção e mistura, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizada pelo fato de a energia de soldagem dessa primeira e dessa segunda peças (20, 21) diferir de um fator pelo menos igual a 1,5 no estado metalúrgico, utilizado quando da soldagem e para a espessura soldada.
17. Ligação soldada, de acordo com a reivindicação 16, ca-racterizada pelo fato de seu alongamento ser de pelo menos 1,5 % e, de preferência, de pelo menos 2,5 % para um comprimento de exten- sômetro L0 = 80 mm e/ou sua resistência ser igual a pelo menos 46 % e, de preferência, a pelo menos 48 % da resistência à ruptura da peça, apresentando a resistência à ruptura a mais elevada.
18. Ligação soldada, de acordo com qualquer uma das rei-vindicações 16 ou 17, caracterizada pelo fato de essa primeira peça (20) ser em liga 7XXX e seu limite clássico ser superior a 500 MPa no estado metalúrgico final.
19. Ligação soldada, de acordo com qualquer uma das rei-vindicações 16 a 18, caracterizada pelo fato de essa segunda peça (21) ser em liga alumínio-lítio.
20. Elemento de estrutura para a construção aeronáutica, caracterizado por compreender uma ligação, como definida em qualquer uma das reivindicações 16 a 19.
BRPI0913654-1A 2008-06-30 2009-06-16 Processo de soldagem por fricção e mistura, ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça, elemento de estrutura para a construção aeronáutica BRPI0913654B1 (pt)

Applications Claiming Priority (5)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR08/03662 2008-06-30
FR0803662A FR2933016B1 (fr) 2008-06-30 2008-06-30 Procede de soudage par friction malaxage pulse
US8684008P 2008-08-07 2008-08-07
US61/086,840 2008-08-07
PCT/FR2009/000713 WO2010004109A2 (fr) 2008-06-30 2009-06-16 Procédé de soudage par friction malaxage pulsé

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BRPI0913654A2 BRPI0913654A2 (pt) 2020-09-15
BRPI0913654B1 true BRPI0913654B1 (pt) 2021-09-28

Family

ID=40303430

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI0913654-1A BRPI0913654B1 (pt) 2008-06-30 2009-06-16 Processo de soldagem por fricção e mistura, ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça, elemento de estrutura para a construção aeronáutica

Country Status (8)

Country Link
US (1) US7938309B2 (pt)
EP (1) EP2318173B1 (pt)
CN (1) CN102076455B (pt)
BR (1) BRPI0913654B1 (pt)
CA (1) CA2728049C (pt)
ES (1) ES2418484T3 (pt)
FR (1) FR2933016B1 (pt)
WO (1) WO2010004109A2 (pt)

Families Citing this family (5)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
GB2493744B (en) * 2011-08-17 2014-08-27 Messier Dowty Ltd Improved aircraft landing gear assembly and method of manufacture
JP7101122B2 (ja) * 2016-10-31 2022-07-14 川崎重工業株式会社 摩擦撹拌点接合装置及び摩擦撹拌点接合方法
US10688592B1 (en) * 2017-09-05 2020-06-23 United Launch Alliance L.L.C Friction stir welding of aluminum alloys
CN107617817A (zh) * 2017-11-01 2018-01-23 广东柳泰焊接科技有限公司 一种轻合金厚板的焊接方法
FR3075675B1 (fr) 2017-12-22 2020-01-03 Constellium Issoire Outil pour realiser une soudure par friction malaxage

Family Cites Families (7)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US6516992B1 (en) * 1996-05-31 2003-02-11 The Boeing Company Friction stir welding with simultaneous cooling
GB9713209D0 (en) * 1997-06-20 1997-08-27 British Aerospace Friction welding metal components
DE19953260A1 (de) * 1999-11-05 2001-05-10 Vesselin Michailov Impuls-Rührreibschweißen (Impulse Friction Stir Welding)
JP4130734B2 (ja) * 2001-09-17 2008-08-06 株式会社日立製作所 セラミックス分散鉄基合金の接合構造物とその製造法
US7216793B2 (en) * 2003-08-22 2007-05-15 Edison Welding Institute, Inc. Friction stir welding travel axis load control method and apparatus
US6913186B2 (en) * 2003-09-11 2005-07-05 The Boeing Company Apparatus and method for friction stir welding with a variable speed pin
WO2006030123A2 (fr) * 2004-09-14 2006-03-23 Alcan Rhenalu Element de structure soude comprenant au moins deux parties en alliages d'aluminium differents ou presentants un etat metallurgique different, procede de fabrication d'un tel element

Also Published As

Publication number Publication date
CA2728049A1 (fr) 2010-01-14
CA2728049C (fr) 2016-08-16
US7938309B2 (en) 2011-05-10
BRPI0913654A2 (pt) 2020-09-15
CN102076455A (zh) 2011-05-25
ES2418484T3 (es) 2013-08-14
FR2933016B1 (fr) 2010-12-24
CN102076455B (zh) 2014-07-23
WO2010004109A2 (fr) 2010-01-14
WO2010004109A3 (fr) 2010-04-22
FR2933016A1 (fr) 2010-01-01
US20090324991A1 (en) 2009-12-31
EP2318173A2 (fr) 2011-05-11
EP2318173B1 (fr) 2013-04-03

Similar Documents

Publication Publication Date Title
ES2327257T3 (es) Elemento de estructura soldado, procedimiento de fabricacion y utilizacion de este.
Da Silva et al. Material flow and mechanical behaviour of dissimilar AA2024-T3 and AA7075-T6 aluminium alloys friction stir welds
BRPI0913654B1 (pt) Processo de soldagem por fricção e mistura, ligação soldada entre uma primeira peça e uma segunda peça, elemento de estrutura para a construção aeronáutica
Gonçalves et al. Friction spot welding of carbon fiber-reinforced polyamide 66 laminate
Zhang et al. Microstructure and mechanical properties of dissimilar Al–Cu joints by friction stir welding
Hou et al. Influences of rotation speed on microstructures and mechanical properties of 6061-T6 aluminum alloy joints fabricated by self-reacting friction stir welding tool
Campanelli et al. Metallurgy and mechanical performance of AZ31 magnesium alloy friction spot welds
Li et al. Characteristics of the reverse dual-rotation friction stir welding conducted on 2219-T6 aluminum alloy
Kubit et al. Refill friction stir spot welding of 7075-T6 aluminium alloy single-lap joints with polymer sealant interlayer
BRPI1010800B1 (pt) Processo de ligação pós-soldagem de peças em liga de alumínio com deformação a frio seguido de um revenido pós-soldagem do conjunto da zona soldada
Reimann et al. Refilling termination hole in AA 2198–T851 by refill friction stir spot welding
Meng et al. Interface characteristic and tensile property of friction stir lap welding of dissimilar aircraft 2060-T8 and 2099-T83 Al–Li alloys
Ni et al. Role of tool design on thermal cycling and mechanical properties of a high-speed micro friction stir welded 7075-T6 aluminum alloy
Li et al. Effects of welding speed on microstructures and mechanical properties of AA2219-T6 welded by the reverse dual-rotation friction stir welding
Li et al. Design of tool system for the external nonrotational shoulder assisted friction stir welding and its experimental validations on 2219-T6 aluminum alloy
US11766738B2 (en) Friction stir welding process
Zettler et al. Effect of tool geometry and process parameters on material flow in FSW of an AA 2024-T351 alloy
EP3851238A1 (en) Method, product and apparatus
WĘGLOWSKI et al. The effect of process parameters on residual stress in a friction stir processed cast aluminium alloy AlSi9Mg
Ahmed et al. On increasing productivity of micro-friction stir welding with aid of tool shoulder micro-features
GB2593272A (en) Friction stir welding process
Mahany et al. Influence of Tool Rotational Speed and Axial Load in Friction Stir Welding (Fsw) of High Strength Aluminum Alloys
Kalemba et al. Natural aging behavior of friction stir welded Al-Zn-Mg-Cu aluminum alloys
Wang et al. Fatigue behavior of friction spot stir welding with no-keyhole of aluminum alloy
Liu et al. Research on reverse dual rotation friction stir welding process

Legal Events

Date Code Title Description
B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according [chapter 6.6 patent gazette]
B25D Requested change of name of applicant approved

Owner name: CONSTELLIUM FRANCE (FR)

B25G Requested change of headquarter approved

Owner name: CONSTELLIUM FRANCE (FR)

B25D Requested change of name of applicant approved

Owner name: CONSTELLIUM ISSOIRE (FR)

B25G Requested change of headquarter approved

Owner name: CONSTELLIUM ISSOIRE (FR)

B06U Preliminary requirement: requests with searches performed by other patent offices: procedure suspended [chapter 6.21 patent gazette]
B09A Decision: intention to grant [chapter 9.1 patent gazette]
B16A Patent or certificate of addition of invention granted [chapter 16.1 patent gazette]

Free format text: PRAZO DE VALIDADE: 20 (VINTE) ANOS CONTADOS A PARTIR DE 16/06/2009, OBSERVADAS AS CONDICOES LEGAIS. PATENTE CONCEDIDA CONFORME ADI 5.529/DF, QUE DETERMINA A ALTERACAO DO PRAZO DE CONCESSAO.