BRPI0722312A2 - Lentes intracorneanas tendo um furo central. - Google Patents

Lentes intracorneanas tendo um furo central. Download PDF

Info

Publication number
BRPI0722312A2
BRPI0722312A2 BRPI0722312-9A BRPI0722312A BRPI0722312A2 BR PI0722312 A2 BRPI0722312 A2 BR PI0722312A2 BR PI0722312 A BRPI0722312 A BR PI0722312A BR PI0722312 A2 BRPI0722312 A2 BR PI0722312A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
lens
hole
diameter
optical
inlet
Prior art date
Application number
BRPI0722312-9A
Other languages
English (en)
Inventor
Vladimir Feingold
Alexei Kosmynine
Original Assignee
Biovision Ag
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Biovision Ag filed Critical Biovision Ag
Publication of BRPI0722312A2 publication Critical patent/BRPI0722312A2/pt
Publication of BRPI0722312A8 publication Critical patent/BRPI0722312A8/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61FFILTERS IMPLANTABLE INTO BLOOD VESSELS; PROSTHESES; DEVICES PROVIDING PATENCY TO, OR PREVENTING COLLAPSING OF, TUBULAR STRUCTURES OF THE BODY, e.g. STENTS; ORTHOPAEDIC, NURSING OR CONTRACEPTIVE DEVICES; FOMENTATION; TREATMENT OR PROTECTION OF EYES OR EARS; BANDAGES, DRESSINGS OR ABSORBENT PADS; FIRST-AID KITS
    • A61F2/00Filters implantable into blood vessels; Prostheses, i.e. artificial substitutes or replacements for parts of the body; Appliances for connecting them with the body; Devices providing patency to, or preventing collapsing of, tubular structures of the body, e.g. stents
    • A61F2/02Prostheses implantable into the body
    • A61F2/14Eye parts, e.g. lenses, corneal implants; Implanting instruments specially adapted therefor; Artificial eyes
    • A61F2/145Corneal inlays, onlays, or lenses for refractive correction
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61FFILTERS IMPLANTABLE INTO BLOOD VESSELS; PROSTHESES; DEVICES PROVIDING PATENCY TO, OR PREVENTING COLLAPSING OF, TUBULAR STRUCTURES OF THE BODY, e.g. STENTS; ORTHOPAEDIC, NURSING OR CONTRACEPTIVE DEVICES; FOMENTATION; TREATMENT OR PROTECTION OF EYES OR EARS; BANDAGES, DRESSINGS OR ABSORBENT PADS; FIRST-AID KITS
    • A61F2/00Filters implantable into blood vessels; Prostheses, i.e. artificial substitutes or replacements for parts of the body; Appliances for connecting them with the body; Devices providing patency to, or preventing collapsing of, tubular structures of the body, e.g. stents
    • A61F2/02Prostheses implantable into the body
    • A61F2/14Eye parts, e.g. lenses, corneal implants; Implanting instruments specially adapted therefor; Artificial eyes
    • A61F2/15Implant having one or more holes, e.g. for nutrient transport, for facilitating handling
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61FFILTERS IMPLANTABLE INTO BLOOD VESSELS; PROSTHESES; DEVICES PROVIDING PATENCY TO, OR PREVENTING COLLAPSING OF, TUBULAR STRUCTURES OF THE BODY, e.g. STENTS; ORTHOPAEDIC, NURSING OR CONTRACEPTIVE DEVICES; FOMENTATION; TREATMENT OR PROTECTION OF EYES OR EARS; BANDAGES, DRESSINGS OR ABSORBENT PADS; FIRST-AID KITS
    • A61F2/00Filters implantable into blood vessels; Prostheses, i.e. artificial substitutes or replacements for parts of the body; Appliances for connecting them with the body; Devices providing patency to, or preventing collapsing of, tubular structures of the body, e.g. stents
    • A61F2/02Prostheses implantable into the body
    • A61F2/14Eye parts, e.g. lenses, corneal implants; Implanting instruments specially adapted therefor; Artificial eyes
    • A61F2/16Intraocular lenses
    • A61F2/1613Intraocular lenses having special lens configurations, e.g. multipart lenses; having particular optical properties, e.g. pseudo-accommodative lenses, lenses having aberration corrections, diffractive lenses, lenses for variably absorbing electromagnetic radiation, lenses having variable focus

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Ophthalmology & Optometry (AREA)
  • Vascular Medicine (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Transplantation (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Biomedical Technology (AREA)
  • Heart & Thoracic Surgery (AREA)
  • Cardiology (AREA)
  • Oral & Maxillofacial Surgery (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Prostheses (AREA)
  • Eyeglasses (AREA)

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "LENTES IN- TRACORNEANAS TENDO UM FURO CENTRAL".
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
A presente invenção refere-se a lentes intracorneanas, e aos métodos para corrigir a visão através da inserção de uma lente intracornea- na em um olho de um paciente.
É conhecido prover uma alternativa aos óculos e às lentes de contato extraoculares, usando lentes intraoculares ou intracorneanas para corrigir deficiências na acuidade visual.
As lentes intraoculares (IOLs) são tipicamente providas por esta-
rem inseridas na câmara do olho, no saco capsular, ou entre a íris e o crista- lino do olho. As lentes intraoculares geralmente compreendem uma porção central com poder de correção óptica, e uma porção de suporte periférico. A porção de suporte, conhecida como háptica, geralmente é provida para aju- 15 dar a manipular as lentes e geralmente também permite manter a lente em uma determinada posição dentro do olho.
A Publicação do Pedido de Patente U.S. Nq 2004/0085511 Al (Uno et al.) descreve uma lente intraocular provida para ser inserida na câ- mara posterior do olho. A lente tem uma porção óptica e uma porção de su- 20 porte. Quando a lente é disposta em um olho, as bordas da porção de supor- te contatam as bordas externas da câmara posterior, entre as bordas da íris e do corpo ciliar. A porção de suporte é dimensionada para manter a porção óptica devidamente alinhada com a íris. A poção óptica é dimensionada de modo que a abertura da íris nunca exceda o diâmetro da porção óptica. O 25 interior do olho é preenchido com humores aquosos, e a lente compreende sulcos e poros para permitir o fluxo do humor aquoso dentro do olho.
A Publicação PCT/US05/14439, dos presentes inventores, des- creve uma lente intraocular provida para ser inserida na câmara anterior ou posterior de um olho. A lente tem uma porção óptica e uma porção de supor- 30 te/háptica. As lentes dispostas na câmara anterior do olho são mantidas em posição no olho pela interação da porção háptica com o ângulo iridocornea- no do olho. As lentes dispostas na câmara posterior do olho são mantidas em posição no olho pela interação da porção háptica com o ângulo entre as bordas da íris e do corpo ciliar do olho. As lentes incluem sulcos e poros pa- ra permitir um fluxo do humor aquoso dentro do olho. Além disso, a porção háptica das lentes compreende rótulos de orientação. As lentes podem ser 5 inseridas no olho em uma configuração dobrada e desdobrada no interior do olho. Os rótulos de orientação ajudam o cirurgião a determinar a posição das faces anterior e posterior das lentes.
As lentes intracorneanas diferem em vários aspectos das lentes intraoculares. As lentes intracorneanas são providas para ser inseridas den- 10 tro da córnea em vez de dentro das câmaras do olho. Uma vez que as lentes intracorneanas são providas para serem inseridas no interior da córnea, as mesmas são menores do que as lentes intraoculares. Uma vez que as lentes intracorneanas e as lentes intraoculares têm posições diferentes em relação ao cristalino do olho, uma lente intracorneana e uma lente intraocular devem 15 ter diferentes propriedades ópticas para corrigir uma mesma anomalia de um olho.
A figura 1 mostra uma seção transversal de um olho com uma córnea 2. Uma variedade de dispositivos tem sido desenvolvida para prepa- rar uma abertura na córnea de um olho tendo alterações visuais. Uma lente 20 intracorneana é então colocada e mantida na abertura da córnea, por exem- plo, como mostrado na figura 2. A figura 2 mostra uma lente intracorneana 4 em uma abertura 6 de uma córnea 2 de um olho.
Conforme mencionado anteriormente, as lentes intraoculares têm porções de suporte que interagem com as bordas naturais das câmaras 25 de olho para alinhar as lentes com os olhos. No entanto, uma lente intracor- neana é inserida em uma abertura artificial na córnea, que não tem bordas naturais com os quais a lente poderia interagir para alinhar a lente com o olho.
No entanto, é geralmente necessário alinhar precisamente uma lente intracorneana com um eixo predeterminado do olho para obter a corre- ção desejada de uma anomalia do olho.
A Publicação PCT2001US25376 de Feingold descreve um dis- positivo provido para o corte em uma córnea de uma bolsa que é precisa- mente posicionada e dimensionada, e as lentes intracorneanas providas pa- ra serem inseridas em tais bolsas. Em uma modalidade preferida, a bolsa é substancialmente circular com uma abertura lateral de acesso menor que um 5 diâmetro da bolsa. As lentes são providas para ter um diâmetro menor do que o diâmetro externo da bolsa da córnea, e para o inchaço ao diâmetro da bolsa uma vez na córnea. Isto promove a retenção da lente em uma posição alinhada na córnea.
No entanto, todas as lentes intracorneanas não podem ser pro- vidas para inchaço, uma vez introduzida na córnea. Além disso, o corte de uma bolsa tendo uma posição e dimensões precisas pode ser difícil e/ou demorado.
Assim, há uma necessidade de um dispositivo ou um método que permita o implante de uma lente intracorneana sem ter que usar uma lente provida para inchaço, uma vez introduzida na córnea, ou sem ter que cortar uma bolsa de posição e dimensões precisas na córnea.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção satisfaz a necessidade acima referida, pro- vendo uma lente tendo um furo central com um tamanho pequeno o suficien- te para evitar prejuízo às propriedades ópticas da lente, e grande o suficiente para permitir que o cirurgião veja o furo e alinhe o furo com uma marca que mostra um eixo do olho, quando do implante da lente na córnea.
Em particular, a presente invenção provê uma lente provida para ser implantada em uma córnea, compreendendo uma porção óptica tendo 25 um eixo óptico e um furo através da lente; em que o furo é concêntrico com o eixo óptico e no qual a dimensão e a forma do furo são escolhidas de mo- do que o furo não prejudique as propriedades ópticas da lente, e continue visível àquele que manipula a lente.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o furo tem um diâmetro compreendido entre 50 e 500 micrômetros.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o eixo óptico da lente passa pelo centro da lente. De acordo com uma modalidade da presente invenção, o furo tem um diâmetro maior do que 100 micrômetros.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o furo tem um diâmetro menor do que 200 micrômetros.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a lente
compreende pelo menos uma porção circular não-óptica, sem nenhuma po- tência óptica e sendo concêntrica com o furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a porção não-óptica é cercada pela porção óptica.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o furo é
um furo único.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o diâme- tro do furo varia ao longo da profundidade do furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a primei- 15 ra porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um cone, o diâmetro do furo decrescendo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro di- âmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e uma segun- da porção das paredes do furo segue uma segunda porção de um cone, 20 aumentando do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na ou- tra entrada do furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a primei- ra porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um centro de toro, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, 25 em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e uma se- gunda porção das paredes do furo segue uma segunda porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a primei-
ra porção das paredes do furo segue uma porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e sendo que uma segunda porção das paredes do furo segue uma porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra en- trada do furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, uma ter- ceira porção das paredes do furo, entre a primeira e a segunda porções das paredes do furo, segue um cilindro tendo um diâmetro igual ao diâmetro in- terno.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, as pare-
des do furo seguem um cone a partir de uma entrada do furo para a outra entrada para o furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, as pare- des do furo seguem um cilindro a partir de uma entrada do furo para a outra
entrada do furo.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, cada uma das superfícies anterior e posterior da lente compreende pelo menos uma porção de um dos seguintes tipos de superfície: superfície esférica, com um único foco; superfície esférica, com dois ou mais focos; superfície
não esférica, com uma zona focal progressiva; superfície tórica; e superfície plana.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, pelo menos uma das superfícies anterior e posterior compreende uma porção escalonada.
Outra modalidade da presente invenção se refere a um método
para corrigir as propriedades ópticas de uma córnea de um olho ao longo de um eixo predeterminado do olho, o método compreendendo:
a marcação da córnea do olho na interseção da superfície da córnea com o eixo predeterminado;
a criação na espessura da córnea de uma abertura provida para
o recebimento de uma lente na proximidade do eixo predeterminado, sendo que as dimensões da abertura permitem que a posição da lente seja adap- tada na abertura;
a inserção de uma lente, tal como provido em qualquer uma das reivindicações 1 a 17, na abertura; e
o alinhamento do furo da lente com a marcação da córnea.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
A figura 1 é uma seção transversal de um olho.
A figura 2 é uma vista em seção da porção anterior de um olho tendo uma lente intracorneana disposta na córnea do olho.
A figura 3 é uma vista em seção transversal de uma bolsa cor- neano para o recebimento de uma lente intracorneana.
A figura 4 mostra uma vista em elevação de uma lente de acordo com uma modalidade da presente invenção.
A figura 4b mostra uma seção transversal da lente da figura 4a.
A figura 4c é uma vista aproximada do centro da figura 4b.
A figura 4d ilustra uma área de furo de uma modalidade em par-
ticular.
A figura 5a ilustra um método de acordo com a presente inven- ção.
A figura 5b é uma vista de topo de um olho tendo uma córnea com uma lente intracorneana de acordo com a presente invenção.
A figura 5c é uma vista em seção transversal da córnea da figura
5b.
A figura 5d é uma outra vista em seção transversal da córnea da
figura 5b.
A figura 6a mostra uma vista em elevação de uma lente de acor-
do com outra modalidade da presente invenção.
A figura 6b mostra uma seção transversal da lente da figura 6a.
A figura 6c é uma vista aproximada do centro da figura 6b.
A figura 7a mostra uma vista em elevação de uma lente de acor- do com outra modalidade da presente invenção.
A figura 7b mostra uma seção transversal da lente da figura 7a.
A figura 7c é uma vista aproximada do centro da figura 7b. A figura 8a mostra uma vista em elevação de uma lente de acor- do com outra modalidade da presente invenção.
A figura 8b mostra uma seção transversal da lente da figura 8a.
A figura 8c é uma vista aproximada do centro da figura 8b.
A figura 9a mostra uma vista em elevação de uma lente de acor-
do com outra modalidade da presente invenção.
A figura 9b mostra uma seção transversal da lente da figura 9a.
A figura 9c é uma vista aproximada do centro da figura 9b.
A figura 10a mostra uma vista em elevação de uma lente de a- cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 10b mostra uma seção transversal da lente da figura
10a.
A figura 10c é uma vista aproximada do centro da figura 10b.
A figura 11a mostra uma vista em elevação de uma lente de a- cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 11b mostra uma seção transversal da lente da figura
11a.
A figura 11c é uma vista aproximada do centro da figura 11b.
A figura 12a mostra uma vista em elevação de uma lente de a- cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 12b mostra uma seção transversal da lente da figura
12a.
A figura 12c é uma vista aproximada da borda da figura 12b.
A figura 13a mostra uma vista em elevação de uma lente de a- cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 13b mostra uma seção transversal da lente da figura
13a.
A figura 13c é uma vista aproximada da borda da figura 13b.
A figura 14 ilustra como os raios de Iuz atravessam uma modali- dade da lente nas figuras 12a - c.
A figura 15 ilustra como os raios de Iuz atravessam uma outra modalidade da lente nas figuras 12a - c. A figura 16a mostra uma vista em elevação de uma lente de a- cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 16b mostra uma seção transversal da lente da figura 16a e ilustra como os raios de Iuz atravessam a lente.
A figura 17a mostra uma vista em elevação de uma lente de a-
cordo com outra modalidade da presente invenção.
A figura 17b mostra uma primeira seção transversal da lente da figura 17a e ilustra como os raios de Iuz atravessam a seção transversal da lente.
A figura 17c mostra uma segunda seção transversal da lente da
figura 17a e ilustra como os raios de Iuz atravessam a seção transversal da lente.
DESCRIÇÃO DETALHADA
A presente invenção apresenta um meio para permanentemente, 15 porém de forma reversível, corrigir os defeitos de visão, dispondo uma lente em uma bolsa de uma córnea. As várias modalidades corrigem miopia, hi- permetropia, astigmatismo, presbiopia, ou uma combinação desses defeitos. É preciso entender que a presente invenção não se limita ao tratamento desses defeitos, e que o tratamento de outras condições do olho está tam- 20 bém dentro do âmbito de aplicação da presente invenção. A correção pode ser permanente, caso a mesma permaneça satisfatória, e também pode ser revertida removendo a lente da córnea.
As lentes de acordo com a presente invenção são, por exemplo, providas para serem inseridas em uma bolsa da córnea, como formada com 25 o dispositivo Ceratótomo de bolsa corneana apresentado na Publicação PCT2001US25376 de Feingold. Conforme detalhado a seguir, a bolsa da córnea deve ser ligeiramente maior do que as lentes para deixar espaço pa- ra ajustar a posição da lente na bolsa.
A figura 3 mostra uma seção transversal de uma córnea 2 na qual em uma bolsa ou abertura 6 foi cortada. Uma abertura de acesso 8 permite entrar na abertura 6.
A figura 4a mostra uma lente refrativa 40 de acordo com uma modalidade da presente invenção. Conforme detalhado a seguir, a lente 40 é provida para ser inserida na abertura de uma córnea, como mostrado na fi- gura 3. A lente 40 é uma lente esférica, na qual ambas as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como mostrado na figura 4b. A lente 5 40 é composta por uma porção óptica circular única 42 detendo força óptica. A porção óptica 42 tem um eixo óptico 44. Conforme detalhado a seguir, em algumas modalidades da presente invenção, a lente pode incluir uma porção não-óptica, concêntrica ou não com o eixo 44, dentro ou ao redor da porção óptica. A lente pode ter um diâmetro dentre 1,5 e 6 milímetros.
A lente 42 compreende ainda um furo 46, que é concêntrico com
o eixo óptico da lente 44 e que atravessa a lente 40. De acordo com a pre- sente invenção, a dimensão e a forma do furo são escolhidas de modo que o furo não prejudique as propriedades ópticas da lente, e se mantém visível a uma pessoa (tal como um cirurgião) que manipula a lente. O furo tem de pre- 15 ferência um diâmetro compreendido entre 50 e 500 micrômetros. Ainda, de preferência, o furo tem um diâmetro compreendido entre 100 e 200 micrôme- tros. Ainda, de preferência, o furo tem um diâmetro de 150 micrômetros. Os inventores descobriram que, surpreendentemente, um furo com as dimen- sões preferidas não prejudica as propriedades ópticas da lente (não é per- 20 cebido pelo paciente), e ao mesmo tempo se mantém visível a um cirurgião que manipula a lente. Esta descoberta foi contra intuitiva, uma vez que se poderia pensar que um furo grande o suficiente para ser visto pelo cirurgião teria de ser tão grande que prejudicaria as propriedades ópticas da lente, por exemplo, induzindo a ofuscação de borda a partir da borda do furo. No en- 25 tanto, este não é o caso com as dimensões preferidas do furo. Para a pre- sente invenção, considera-se que se o furo não induz a uma ofuscação sig- nificativa que possa ser percebida por um usuário tendo um olho com a len- te, o furo não prejudica as propriedades ópticas da lente.
Como mostrado na figura 4c, as paredes do furo podem seguir um cilindro a partir de uma entrada do furo para a outra entrada do furo. A fim de reduzir a ofuscação induzida pelo furo, o tamanho e a forma do furo são de preferência escolhidos de modo a minimizar a área de reflexão de superfície do furo. A figura 4d mostra, por exemplo, que, para uma espessu- ra da lente ao redor do furo de 0,03 milímetros e um furo com um diâmetro de 150 micrômetros, a área de superfície do furo é de 0,014 milímetros qua- drado. A espessura da lente ao redor do furo pode ser compreendida entre 5 0,07 milímetros e 0,005 milímetros. Os inventores descobriram que tal área de superfície de furo não gera uma ofuscação que seja percebida por um usuário tendo um olho com a lente.
Conforme detalhado a seguir, as paredes do furo podem tam- bém ser diferentes de um cilindro simples a fim de reduzir ainda mais a área de reflexão de superfície do furo.
Uma lente de acordo com a presente invenção permite imple- mentar um método de correção das propriedades ópticas de uma córnea de um olho ao longo de um eixo predeterminado do olho de acordo com uma modalidade da invenção. Esse método é, por exemplo, ilustrado na figura 5a.
Na etapa 1, marca-se a córnea do olho, na interseção da super- fície da córnea e de um eixo predeterminado, ao longo da qual as proprieda- des ópticas da córnea devem ser corrigidas. A marcação pode ser feita so- bre a superfície externa da córnea, usando um laser, um dispositivo agudo 20 e/ou apontado, usando pigmentação ou deixando um dispositivo marcador temporariamente preso ou aderido à superfície da córnea.
Na etapa 2, cria-se, na espessura da córnea, uma abertura pro- vida para o recebimento de uma lente, como a abertura mostrada na figura
3. A abertura pode ser criada com um Ceratótomo de bolsa corneana, como 25 descrito na Publicação PCT2001US25376, que é incorporada ao presente documento à guisa de referência, em sua totalidade; ou usando um laser. O laser pode ser usado e orientado sob o controle do computador, como é bem conhecido na técnica. A abertura corneana pode ser formada por meio de métodos semelhantes aos usados durante os procedimentos de LASIK (ce- 30 ratomileuse in situ assistido por laser). De maneira alternativa, uma bolsa corneana pode ser formada usando um laser e uma máscara que molda a bolsa, conforme apresentado na Publicação PCT2007US63568 de Feingold, que é incorporada ao presente documento à guisa de referência. De maneira alternativa, uma bolsa corneana pode ser formada manualmente pelo cirur- gião com instrumentos de mão.
Um retalho corneano (não mostrado) pode ser formado como uma alternativa a uma abertura corneana.
As dimensões da abertura devem ser tais que permitam que a posição da lente seja adaptada na abertura. A profundidade em que a aber- tura é feita abaixo da superfície externa da córnea é escolhida com relação ao que deve ser corrigido nas propriedades ópticas da córnea, ao tipo de 10 lente a ser usada, etc. A ordem das etapas 1 e 2 pode ser invertida, se for o caso.
Na etapa 3, insere-se, na abertura, uma lente de acordo com a presente invenção, com uma porção óptica tendo um eixo óptico e um furo através da lente, sendo que o furo é concêntrico com o eixo óptico e no qual 15 a dimensão e a forma do furo são escolhidas de modo que o furo não preju- dique as propriedades ópticas da lente, e se mantenha visível àquele que manipula a lente. A lente é provida para corrigir as propriedades ópticas da córnea quando inserida na abertura e com o eixo da lente alinhado sobre o eixo predeterminado do olho. A lente e a abertura são tais que, ao centralizar 20 o furo sobre a marcação da córnea, alinha-se o eixo da lente sobre o eixo predeterminado do olho. Um fluido pode ser inserido na abertura para facili- tar a introdução da lente. Uma cânula ou uma pequena espátula pode ser usada para mover a lente para a sua posição desejada.
Em seguida, na etapa 4, alinha-se o furo da lente com a marca- 25 ção da córnea. As dimensões do furo são tais que o furo fique ainda visível àquele que manipula a lente através da parte da córnea acima da abertura onde a lente se encontra. Os inventores notaram que, se o diâmetro do furo for muito grande, pode se tornar difícil alinhar de forma precisa o furo com a marcação da córnea. Isto se dá, por exemplo, porque as bordas do furo fi- 30 cam demasiadamente distantes da marcação para saber se as mesmas es- tão igualmente distantes da marcação. Ainda por esta razão, o diâmetro do furo é de preferência das dimensões acima referidas. A abertura da córnea é autovedante e após alguns dias, o epité- Iio cobre o acesso da abertura.
A figura 5b mostra uma vista de topo de um olho 50 tendo uma córnea 52 com uma lente intracorneana 54, de acordo com a presente in- venção, em uma abertura corneana 56.
A figura 5c é uma vista em seção transversal da córnea da figura 5b ao longo de um plano C-C, incluindo o eixo predeterminado 58 do olho; e a figura 5d é uma vista em seção transversal da córnea da figura 5b ao lon- go de um plano D-D incluindo também o eixo predeterminado 58 do olho e 10 perpendicular ao plano C-C. O eixo predeterminado do olho pode ser centra- lizado ou não com relação à córnea, dependendo da anomalia a ser corrigi- da.
É conhecido que as células da córnea recebem nutrientes atra- vés da difusão a partir do fluido Iacrimal na porção externa e do humor a- quoso na porção interna e também a partir das neurotrofinas supridas pelas fibras nervosas que enervam a mesma. O oxigênio é recebido através do ar. É conhecido formar lentes intracorneanas de um material biocompatível que permite uma difusão de gás suficiente para permitir a oxigenação adequada dos tecidos internos dos olhos (tais materiais podem incluir silicone hidrogel, uretanos ou acrílicos). No entanto, os inventores notaram que, quando uma lente intracorneana é implantada em uma córnea, a provisão de um furo de acordo com a presente invenção na lente parece reforçar a transferência dos nutrientes para dentro da córnea, o que é benéfico para a córnea e, por e- xemplo, facilita a cicatrização da córnea após um implante de lente. Além disso, os inventores notaram que, ao prover um fluxo através do furo, ne- nhuma névoa ou turvação pode ser observada na córnea, após um período de cicatrização.
Vantajosamente, o furo de uma lente de acordo com a presente invenção passa pelo centro da lente. Os inventores notaram que, em particu- lar, quando a lente tem a forma geral de um domo, com uma superfície côn- cava e uma superfície convexa, a disposição do furo no centro da lente pa- rece reforçar ainda mais a transferência de nutrientes para dentro da córnea, o que é ainda mais benéfico para a córnea.
A figura 6 mostra uma lente 60 de acordo com outra modalidade da presente invenção. A lente 60 é uma lente esférica, na qual ambas as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na 5 figura 6b. A lente 60 inclui uma porção óptica circular 62 com um eixo óptico 64 e um furo 66 coaxial ao eixo 64. A lente 60 também inclui uma porção não-óptica circular 68 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 62, e concêntrica com a porção óptica 62.
Em algumas outras modalidades da presente invenção, as posi- ções da porção óptica (como a porção óptica 62 da modalidade da figura 6a) e a porção não-óptica (como a porção não-óptica 68 na modalidade da figura 6a) podem ser invertidas.
Algumas outras modalidades da presente invenção podem com- preender um certo número de porções ópticas e não-ópticas concêntricas alternadas de qualquer maneira (1 -1, 1-2, 2-1, etc.).
Em algumas outras modalidades da presente invenção, a porção não-óptica pode ser não concêntrica com o eixo da porção óptica.
Como mostrado na figura 6c, as paredes do furo podem seguir um cilindro a partir de uma entrada do furo para a outra entrada para o furo. No entanto, conforme detalhado a seguir, as paredes do furo também podem ser formadas diferentemente a fim de reduzir o risco de se criar uma ofusca- ção sobre as paredes do furo.
A figura 7a mostra uma lente 70 de acordo com outra modalida- de da presente invenção. A lente 70 é uma lente esférica, na qual ambas as 25 superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na figura 7b. A lente 70 inclui uma porção óptica circular 72 com um eixo óptico 74 e um furo 76 coaxial ao eixo 74. A lente 70 também inclui uma porção não-óptica circular 78 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 72, e concêntrica com a porção óptica 72.
Como mostrado na figura 7c, o diâmetro do furo 76 varia ao lon-
go da profundidade do furo. Uma primeira porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um toro: o diâmetro do furo diminui a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro inter- no menor que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo. Uma segunda porção das paredes do furo segue uma se- gunda porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um 5 segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo. O raio de curvatura do círculo envolvido do toro pode ser compreendido entre 0,01 milímetros e
0,002 milímetros. Uma terceira porção das paredes do furo, entre a primeira e a segunda porções das paredes do furo, é cilíndrica e tem um diâmetro igual ao diâmetro interno. Na figura 7c, o primeiro e segundo diâmetros ex- ternos são mostrados iguais. No entanto, os mesmos também podem ser diferentes.
A lente mostrada nas figuras 7a - c é esférica. No entanto, con- forme detalhado a seguir, uma lente de acordo com a presente invenção po- de também ser asférica.
Figura 8a mostra uma lente 80 de acordo com outra modalidade
da presente invenção. A lente 80 é uma lente esférica, na qual ambas as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na figura 8b. A lente 80 inclui uma porção óptica circular 82 com um eixo óptico 84 e um furo coaxial 86 com o eixo 84. A lente 80 também inclui uma porção 20 não-óptica circular 88 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 82, e concêntrica com a porção óptica 82.
Como mostrado na figura 8c, o diâmetro do furo varia ao longo da profundidade do furo. Uma primeira porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um toro: o diâmetro do furo diminui a partir de um 25 primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro inter- no menor que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo. Uma segunda porção das paredes do furo segue uma se- gunda porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo. O raio de curvatura do 30 círculo envolvido do toro pode ser compreendido entre 0,025 mm e 0,0025 mm. Na figura 8c, o primeiro e segundo diâmetros externos são mostrados iguais. No entanto, os mesmos também podem ser diferentes. A figura 9a mostra uma lente 90 de acordo com outra modalida- de da presente invenção. A lente 90 é uma lente esférica, na qual ambas as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na figura 9b. A lente 90 inclui uma porção óptica circular 92 com um eixo óptico 5 94 e um furo 96 coaxial com o eixo 94. A lente 90 também inclui uma porção não-óptica circular 98 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 92, e concêntrica com a porção óptica 92.
Como mostrado na figura 9c, o diâmetro do furo varia ao longo da profundidade do furo. Uma primeira porção das paredes do furo segue 10 uma porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um pri- meiro diâmetro externo, em uma entrada do furo na face anterior da lente, para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo. Uma segunda porção das paredes do furo segue uma porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro in- 15 terno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo na face posterior da lente. A porção do cone seguida pelas paredes de furo pode pertencer a um cone formado pela rotação de um triângulo tendo um ângulo de 10 a 30 graus em torno do eixo do furo.
A figura 10a mostra uma lente 100 de acordo com outra modali- 20 dade da presente invenção. A lente 100 é uma lente esférica, na qual ambas as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na figura 10b. A lente 100 inclui uma porção óptica circular 102 com um eixo óptico 104 e um furo 106 coaxial com o eixo 104. A lente 100 também inclui uma porção não-óptica circular 108 sem nenhuma potência óptica, dentro da 25 porção óptica 102 e concêntrica com a porção óptica 102.
Como mostrado na figura 10c, o diâmetro do furo varia ao longo da profundidade do furo. Uma primeira porção das paredes do furo segue uma porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um pri- meiro diâmetro externo, em uma entrada do furo na face posterior da lente, 30 para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo. Uma segunda porção das paredes do furo segue uma porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro in- terno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo na face anterior da lente.
A figura 11a mostra uma lente 110 de acordo com outra modali- dade da presente invenção. A lente 110 é uma lente esférica, na qual ambas 5 as superfícies interna e externa são porções de uma esfera, como ilustrado na figura 11b. A lente 110 inclui uma porção óptica circular 112 com um eixo óptico 114 e um furo 116 coaxial com o eixo 114. A lente 110 também inclui uma porção não-óptica circular 118 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 112 e concêntrica com a porção óptica 112.
Como mostrado na figura 11c, o diâmetro do furo varia ao longo
da profundidade do furo. Uma primeira porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediá- 15 ria dentro do furo. A segunda porção das paredes do furo segue uma segun- da porção de um cone, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo. Na figura 11c, o primei- ro e segundo diâmetros externos são mostrados iguais. No entanto, os mesmos podem também ser diferentes.
De acordo com uma modalidade (não ilustrada), as paredes do
furo podem seguir um cone a partir de uma entrada do furo para a outra en- trada para o furo.
Todas as lentes mostradas nas figuras 4a-c e 6a-c a 11a-c são lentes esféricas nas quais ambas as superfícies interna e externa são por- 25 ções de uma esfera. No entanto, a presente invenção não se limita a tais lentes. Por exemplo, uma lente de acordo com a presente invenção pode ser uma lente difrativa, por exemplo, uma lente multi passo, e inclui uma série de seções anulares de lente entre a borda externa da lente e a porção central da lente. A maior faixa e controle de refração permitida por uma lente multi 30 passo é particularmente útil para a correção da presbiopia através do méto- do e aparelho da presente invenção.
As cristas anulares da lente multi passo resistem ao desloca- mento lateral, mas uma lente multi passo também pode receber característi- cas de retenção. Uma lente multi passo pode ter uma superfície externa (an- terior ou posterior), que é uma porção de uma esfera, enquanto a outra su- perfície externa é composta de uma série de seções anulares de lentes de tamanho menor.
A figura 12a mostra uma lente multi passo de espessura reduzi- da 120 de acordo com uma modalidade da presente invenção. A superfície externa da lente 120 é uma porção de uma esfera, conforme ilustrado na figura 12b. A lente 120 compreende uma porção óptica circular 122 com um 10 eixo óptico 124 e um furo 126 coaxial com o eixo 124. A lente 120 compre- ende ainda uma porção não-óptica circular 128 sem nenhuma potência ópti- ca, dentro da porção óptica 122 e concêntrica com a porção óptica 122. Con- forme detalhado na figura 12c, a porção óptica 122 é dotada de uma série de anéis concêntricos circulares 1220, 1222, 1224, 1226, etc. formados sobre a 15 superfície interna da lente em uma disposição escalonada. Na modalidade mostrada na figura 12c, os anéis concêntricos 1220, 1222, 1224, 1226, etc. seguem, cada qual, um plano perpendicular ao eixo 124. Além disso, os a- néis concêntricos 1220, 1222, 1224, 1226, etc. são conectados uns aos ou- tros por meio das paredes 1221, 1223, 1225, 1227, etc. que seguem, cada 20 qual, um cilindro tendo o mesmo eixo da lente. As junções entre os anéis 1220, 1222, 1224, 1226, etc. e as paredes cilíndricas 1221, 1223, 1225, 1227, etc. podem ser arredondadas. A borda externa da lente 120 pode, por exemplo, ser chanfrada e seguir uma porção de um cone 1201 que é con- cêntrico com o eixo 124.
O formato do furo 126 não é mostrado nas figuras 12 a-c. No
entanto, o furo de uma lente de acordo com a presente invenção pode ter qualquer uma das formas mostradas nas figuras acima ou qualquer outra força apropriada.
O número e o tamanho dos anéis 1220, 1222, 1224, 1226, etc. mostrados nas figuras 12 a-c são dados apenas como um exemplo. Qual- quer número e tamanho apropriado pode ser usado. Além disso, cada anel é mostrado seguindo planos paralelos, porém, se for o caso, cada anel ou al- guns dos mesmos poderá seguir um plano não paralelo com os demais, ou uma porção de um cone, de uma esfera, de um toro, de uma superfície elíp- tica, parabólica ou hiperbólica ou de um poliedro (com superfícies planas ou não planas).
Além disso, os anéis 1220, 1222, 1224, 1226, etc. são mostra-
dos circulares e concêntricos, mas, se for o caso, os mesmos podem ter, cada qual, um formato diferente e ser, por exemplo, elípticos ou ter centros diferentes.
A figura 13a mostra uma lente multi passo de espessura reduzi- da 130 de acordo com uma outra modalidade da presente invenção. A su- perfície externa da lente 130 é uma porção de uma esfera, conforme ilustra- do na figura 13b. A lente 130 compreende uma porção óptica circular 132 com um eixo óptico 134 e um furo 136 coaxial com o eixo 134. A lente 130 compreende ainda uma porção não-óptica circular 138 sem nenhuma potên- cia óptica, dentro da porção óptica 132 e concêntrica com a porção óptica 132. Conforme detalhado na figura 13c, a porção óptica 132 é dotada de uma série de porções de cones concêntricos de tamanho decrescente 1322, 1324, 1326, etc. formadas sobre a superfície interna da lente em uma dispo- sição escalonada e tendo, cada qual, o mesmo eixo do eixo 134 da lente. Na modalidade mostrada na figura 13c, a porção de cones 1322, 1324, 1326, etc. é conectada entre si pelas paredes 1323, 1325, 1327, etc. que seguem, cada qual, um cilindro tendo o mesmo eixo da lente. As junções entre a por- ção de cones 1322, 1324, 1326, etc. e as paredes cilíndricas 1323, 1325, 1327, etc. podem ser arredondadas. Na figura 13c, um anel plano 1320 co- necta a borda da lente e a borda mais externa da porção de cone 1322. A borda externa da lente 130 pode, por exemplo, ser chanfrada e seguir uma porção de um cone 1301 que é concêntrico com o eixo 124.
De acordo com algumas modalidades da presente invenção, a porção de cones pode, de maneira alternativa, ser porções de esferas ou porções de superfícies tóricas, elípticas, parabólicas, ou hiperbólicas. De maneira alternativa, cada porção de cone pode ser substituída por uma série de porções de cone de ângulos diferentes. O número e tamanho dos cones mostrados nas figuras são dados apenas como um exemplo. Qualquer nú- mero e tamanho apropriados poderá ser usado.
As figuras 12a-c e 13a-c mostram lentes tendo uma superfície anterior que é uma porção de uma esfera, e uma superfície posterior escalo- 5 nada. No entanto, uma lente de acordo com a presente invenção pode, de maneira alternativa, ter uma superfície posterior que vem a ser uma porção de uma esfera, e uma superfície anterior escalonada. Uma lente de acordo com a presente invenção pode ter ainda, de maneira alternativa, superfícies anterior e posterior escalonadas.
Uma lente de acordo com a presente invenção pode ter um
comprimento focal único. Estas lentes são, de modo geral, suficientes para corrigir a miopia simples ou a hipermetropia.
A figura 14 ilustra como os raios de Iuz 140 atravessam a porção superior de uma seção transversal de uma lente 120, tal como mostrado nas figuras 12a-c, em uma modalidade na qual a lente é uma lente tendo um ú- nico ponto focal 142.
No entanto, as lentes tendo variações no índice refrativo ou no formato da lente, ou ambas as coisas, podem ser usadas, com vantagem, como parte da presente invenção no sentido de estabelecer uma lente multi- 20 focal. O comprimento focal de tal lente não é constante, mas sim varia atra- vés da expansão da lente. Esta multifocalidade da lente pode ser usada para compensar a presbiopia, ao fazer com que uma porção da Iuz que entra no olho seja focada se a fonte estiver distante, enquanto uma outra porção da Iuz é focada quando a fonte está perto (como quando ao ler). A efetividade 25 de tais lentes de comprimento focal variado se baseia no posicionamento confiável da lente, conforme é provido pela presente invenção, a fim de evi- tar o desalinhamento da lente, e simplificar a adaptação a uma pluralidade de comprimentos focais por parte das instalações de processamento visual. Por exemplo, a presbiopia pode ser compensada ao situar uma pequena 30 área, por exemplo, menor que 3 mm de diâmetro, da lente de redução de comprimento focal no centro da córnea. Tal localização terá um efeito maior em condições de alta Iuz (conforme é típico para a leitura), quando a pupila fica pequena, e proporcionalmente menos efetiva sob condições de menor iluminação, tal como ao dirigir à noite, quando a pupila fica grande. Deste modo, a localização da lente com relação à pupila deve ser mantida; e o cé- rebro se adaptará mais facilmente a um foco não uniforme do olho que é pelo menos constante.
A figura 15 ilustra como os raios de Iuz 150 atravessam a porção superior de uma seção transversal de uma lente 120, tal como mostrado nas figuras 12 a-c em uma modalidade na qual a lente é uma lente de três pon- tos focais 152, 154 e 156.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, a multi-
focalidade pode também ser obtida usando uma lente não multi passo tendo superfícies não esféricas.
A figura 16a mostra uma vista em elevação de uma lente não multi passo tendo superfícies não esféricas. Uma seção transversal da parte 15 superior de tal lente é mostrada na figura 16b. A lente 160 das figuras 16a-b compreende uma porção de domo central não esférica 162 que define uma primeira zona focal 164 ao longo do eixo 165 da lente. A porção central 162 é envolvida por uma porção anular periférica não esférica 166 que define uma segunda zona focal 167 ao longo do eixo 166 da lente. Um furo 168 de 20 acordo com a presente invenção atravessa o centro da lente. As superfícies não esféricas podem ser tais que uma seção transversal das superfícies ao longo do eixo da lente siga uma porção de uma elipse, uma parábola, ou uma hipérbole.
De acordo com uma modalidade da presente invenção, o com- 25 primento focal variado das superfícies tóricas da lente pode ser usado para corrigir o astigmatismo. As lentes de acordo com a presente invenção podem ser lentes multifocais que simultaneamente corrigem ou compensam várias combinações de defeitos inclusive miopia, hiperopia, astigmatismo e presbi- opia.
A figura 17a mostra tal lente 170 de acordo com a presente in-
venção. A superfície anterior externa da lente 170 segue uma superfície tóri- ca complexa. A lente 170 compreende uma porção óptica circular 172 com um eixo óptico 174 e um furo 176 coaxial com o eixo 174. A lente 170 com- preende ainda uma porção não-óptica circular 178 sem nenhuma potência óptica, dentro da porção óptica 172 e concêntrica com a porção óptica 172.
A figura 17b mostra uma metade de uma seção transversal 170 ao longo de um plano A-A paralelo ao eixo 174 mostrado na figura 17a. A figura 17b mostra uma metade de uma seção transversal da lente 170 ao longo de um plano C-C paralelo ao eixo 174 mostrado na figura 17a.
A superfície externa da lente 170 segue uma primeira superfície tórica ao longo do plano A-A e uma segunda superfície tórica ao longo do plano C-C.
Conforme detalhado na figura 17b, a porção óptica 172 é consti- tuída de uma série de anéis circulares concêntricos formados sobre a super- fície interna da lente em uma disposição escalonada, por exemplo, de uma maneira similar à mostrada na modalidade das figuras 12a-c.
Como mostrado na figura 17b, que também ilustra como os raios
de Iuz atravessam a lente, a primeira superfície tórica coopera com a super- fície interna escalonada da lente de tal modo que a lente 170 tenha um pri- meiro ponto focal 1701 no plano A-A. Por outro lado, conforme ilustrado na figura 17c, a segunda superfície tórica coopera com a superfície interna es- 20 calonada da lente de tal modo que a lente 170 tenha um segundo ponto fo- cal 1702 no plano C-C.
De acordo com a presente invenção, as lentes podem ser feitas de um material biocompatível que permite uma difusão de gás suficiente pa- ra permitir uma oxigenação adequada dos tecidos internos do olho (tais ma- 25 teriais podendo incluir silicone, hidrogéis, uretanos ou acrílicos). Os materiais que podem ser usados na formação das lentes intraoculares são, de modo geral, conhecidos na técnica, como descrito na Patente U.S. Nq 5 217 491, cuja descrição é incorporada a título de referência ao presente documento. De preferência, as lentes de acordo com a presente invenção são deformá- 30 veis.
É preciso entender que o que se encontra acima se refere a mo- dalidades exemplares da presente invenção, podendo ser feitas modifica- ções sem se afastar do âmbito de aplicação das reivindicações a seguir.
Por exemplo, cada qual dentre as superfícies anterior e posterior de uma lente de acordo com a presente invenção pode ter pelo menos uma porção de qualquer dentre os seguintes tipos de superfície: esférica com um 5 único foco; esférica com dois ou mais focos; não esférica com uma zona fo- cal progressiva; tórica; asférica e plana. Além disso, cada porção das super- fícies anterior e posterior de uma lente de acordo com a presente invenção pode ser lisa ou escalonada.
O raio de curvatura das superfícies anterior e posterior de uma 10 porção de uma lente de acordo com uma modalidade da presente invenção pode ser idêntico ou pode ser diferente. Além disso, uma superfície de uma porção de uma lente pode ter múltiplos raios de curvatura ao longo do perí- metro da seção, o que poderá permitir que a lente compense uma aberração esférica corneana.
Ainda, uma modalidade da presente invenção pode compreen-
der uma lente intracorneana tendo uma porção óptica conforme descrita a- cima; e uma porção háptica que envolve a dita porção óptica, sendo que a porção háptica é corrugada. A lente intraocular pode compreender uma por- ção interna em forma de domo; e uma porção externa tendo uma pluralidade 20 de abas dispostas perifericamente sobre a porção externa, sendo que por- ção em domo é espaçada no sentido axial a partir da pluralidade de abas. Uma modalidade da presente invenção pode compreender ainda uma lente intracorneana tendo uma porção óptica central; e uma porção háptica exter- na, sendo que a porção háptica inclui uma porção anular disposta adjacente 25 à, e radial externa a partir da, porção óptica; um par de corrugações arquea- das dispostas adjacentes à, e radiais externas a partir da, porção anular, o par de corrugações arqueadas internas sendo disposto nos lados opostos da porção óptica; e um par de corrugações arqueadas externas dispostas adja- centes ao, e no sentido radial externo a partir do, par de corrugações arque- 30 adas internas. A porção háptica pode compreender pelo menos um canal de irrigação disposto dentro da dita porção háptica. As corrugações arqueadas dos pares de corrugações podem ser concêntricas. Cada uma das lentes descritas acima compreende um único fu- ro. No entanto, modalidades da presente invenção podem compreender fu- ros adicionais em outras partes da lente. Os furos adicionais podem, por e- xemplo, ser providos para a transferência de nutrientes, mas não para ali- 5 nhamento, e podem ter um diâmetro inferior ao diâmetro do furo central. Isto tornaria os furos periféricos pequenos demais para serem vistos por uma pessoa que manipula a lente, mas ajudaria a não prejudicar as propriedades ópticas da lente.
A presente invenção não se limita às modalidades previamente descritas, contudo é definida pelas reivindicações que se seguem.

Claims (18)

1. Lente provida para ser implantada em uma córnea, compre- endendo: uma porção óptica tendo um eixo óptico; e um furo através da lente, em que o furo é concêntrico com o eixo óptico e no qual a dimensão e a forma do furo são escolhidas de modo que o furo não prejudique as propriedades ópticas da lente, e permaneça visível àquele que manipula a lente.
2. Lente, de acordo com a reivindicação 1, na qual o furo tem um diâmetro compreendido entre 50 e 500 micrômetros.
3. Lente, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, na qual o eixo óptico da lente passa pelo centro da lente.
4. Lente, de acordo com as reivindicações 1 a 3, na qual o furo tem um diâmetro maior do que 100 micrômetros.
5. Lente, de acordo com as reivindicações 1 a 4, na qual o furo tem um diâmetro menor do que 200 micrômetros.
6. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, em que a lente compreende pelo menos uma porção não-óptica circular, sem nenhuma potência óptica e sendo concêntrica com o furo.
7. Lente, de acordo com a reivindicação 6, na qual a porção não- óptica é envolvida pela porção óptica.
8. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, na qual o furo é um único furo.
9. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, na qual o diâmetro do furo varia ao longo da profundidade do furo.
10. Lente, de acordo com a reivindicação 9, na qual uma primei- ra porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro di- âmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e em que uma segunda porção das paredes do furo segue uma segunda porção de um co- ne, aumentando a partir do diâmetro interno para uma segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo.
11. Lente, de acordo com a reivindicação 9, na qual uma primei- ra porção das paredes do furo segue uma primeira porção de um toro, o di- âmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e em que uma se- gunda porção das paredes do furo segue uma segunda porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo.
12. Lente, de acordo com a reivindicação 9, na qual uma primei- ra porção das paredes do furo segue uma porção de um cone, o diâmetro do furo diminuindo a partir de um primeiro diâmetro externo, em uma entrada do furo, para um diâmetro interno menor do que o primeiro diâmetro externo, em uma posição intermediária dentro do furo, e em que uma segunda por- ção das paredes do furo segue uma porção de um toro, aumentando a partir do diâmetro interno para um segundo diâmetro externo, na outra entrada do furo.
13. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 12, na qual uma terceira porção das paredes do furo, entre a primeira e a segunda porções das paredes do furo, segue um cilindro com um diâmetro igual ao diâmetro interno.
14. Lente, de acordo com a reivindicação 9, na qual as paredes do furo seguem um cone a partir de uma entrada do furo para a outra entra- da para o furo.
15. Lente, de acordo com a reivindicação 8, na qual as paredes do furo seguem um cilindro a partir de uma entrada do furo para a outra en- trada do furo.
16. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, na qual cada uma das superfícies anterior e posterior da lente compre- ende pelo menos uma porção de um dentre os seguintes tipos de superfície: - superfície esférica, com um único foco; - superfície esférica, com dois ou mais focos; - superfície não esférica, com uma zona focal progressiva; - superfície tórica; e - superfície plana.
17. Lente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, na qual pelo menos uma das superfícies anterior e posterior compreende uma porção escalonada.
18. Método para corrigir as propriedades ópticas de uma córnea de um olho ao longo de um eixo predeterminado do olho, o método compre- endendo: - marcar a córnea do olho na interseção da superfície da córnea com o eixo predeterminado; - criar na espessura da córnea uma abertura provida para o re- cebimento de uma lente na proximidade do eixo predeterminado, em que as dimensões da abertura permitem que a posição da lente seja ajustada na abertura; - inserir uma lente, tal como definida em qualquer uma das rei- vindicações 1 a 17, na abertura e alinhar o furo da lente com a marcação da córnea.
BRPI0722312A 2007-12-12 2007-12-12 Lentes intracorneanas tendo um furo central. BRPI0722312A8 (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
PCT/US2007/087316 WO2009075685A1 (en) 2007-12-12 2007-12-12 Intracorneal lenses having a central hole

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BRPI0722312A2 true BRPI0722312A2 (pt) 2014-04-22
BRPI0722312A8 BRPI0722312A8 (pt) 2017-10-10

Family

ID=40755766

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI0722312A BRPI0722312A8 (pt) 2007-12-12 2007-12-12 Lentes intracorneanas tendo um furo central.

Country Status (9)

Country Link
US (1) US20120271412A1 (pt)
EP (1) EP2227714B1 (pt)
CN (1) CN101896853B (pt)
BR (1) BRPI0722312A8 (pt)
CA (1) CA2703871C (pt)
ES (1) ES2426451T3 (pt)
IL (1) IL205240A0 (pt)
MX (1) MX2010006475A (pt)
WO (1) WO2009075685A1 (pt)

Families Citing this family (14)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
JP3143218B2 (ja) * 1992-07-28 2001-03-07 株式会社クボタ 苗詰め装置
US9277863B2 (en) 2008-12-01 2016-03-08 Perfect Vision Technology (Hk) Ltd. Methods and systems for automated measurement of the eyes and delivering of sunglasses and eyeglasses
JP6076599B2 (ja) * 2008-12-01 2017-02-08 パーフェクト・ビジョン・テクノロジー・(ホンコン)・リミテッドPerfect Vision Technology (Hk) Ltd. 眼を屈折矯正するための方法及び装置
US9649032B2 (en) 2008-12-01 2017-05-16 Perfect Vision Technology (Hk) Ltd. Systems and methods for remote measurement of the eyes and delivering of sunglasses and eyeglasses
EP2332494A1 (de) 2009-12-09 2011-06-15 Neoptics AG Applikator zur Einführung von Linsen
DE102011106289A1 (de) * 2011-07-01 2013-01-03 Carl Zeiss Meditec Ag Hornhautimplantat
TWI588560B (zh) 2012-04-05 2017-06-21 布萊恩荷登視覺協會 用於屈光不正之鏡片、裝置、方法及系統
EP2664300B1 (de) * 2012-05-14 2020-10-28 Presbia Ireland Limited Intracorneallinse
ES2529321T3 (es) 2012-07-06 2015-02-19 Neoptics Ag Sistema para la inserción de una lente intracorneal
US9201250B2 (en) 2012-10-17 2015-12-01 Brien Holden Vision Institute Lenses, devices, methods and systems for refractive error
SG11201502115RA (en) 2012-10-17 2015-05-28 Holden Brien Vision Inst Lenses, devices, methods and systems for refractive error
EP3191023A4 (en) * 2014-09-09 2018-04-11 Staar Surgical Company Intraocular lens with central hole improved fluid flow and minimized light scattering
US10444539B2 (en) 2016-05-11 2019-10-15 Perect Vision Technology (Hk) Ltd. Methods and systems for determining refractive corrections of human eyes for eyeglasses
TWI748612B (zh) * 2020-08-26 2021-12-01 亨泰光學股份有限公司 角膜塑型鏡片在平行弧(Alignment Curve)之結構

Family Cites Families (12)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US5217491A (en) 1990-12-27 1993-06-08 American Cyanamid Company Composite intraocular lens
JPH0829740A (ja) * 1994-07-18 1996-02-02 Shigeya Takahashi ピンホール式乱視用コンタクトレンズ
IL110740A (en) * 1994-08-22 1997-03-18 Hanita Lenses Multifocal contact lens
US6280470B1 (en) * 1995-10-20 2001-08-28 Gholam A. Peyman Intrastromal corneal modification
US5628794A (en) * 1996-03-08 1997-05-13 Lindstrom; Richard L. Multifocal corneal implant lens having a hydrogelo coating
US5980040A (en) * 1997-06-30 1999-11-09 Wesley Jessen Corporation Pinhole lens and contact lens
EP1173790A2 (en) 1999-03-01 2002-01-23 Boston Innovative Optics, Inc. System and method for increasing the depth of focus of the human eye
JP2004538088A (ja) 2000-06-02 2004-12-24 フェインゴールド・ウラジミール 角膜切開刀
US6702807B2 (en) * 2001-09-10 2004-03-09 Minu, L.L.C. Ablatable intracorneal inlay with predetermined refractive properties
JP4112944B2 (ja) 2002-10-29 2008-07-02 株式会社ニデック 眼内レンズ
US7455691B2 (en) 2004-11-03 2008-11-25 Biovision, Ag Intraocular and intracorneal refractive lenses
US20090012506A1 (en) 2006-03-09 2009-01-08 Vladimir Feingold Laser mask for creating a corneal pocket

Also Published As

Publication number Publication date
CN101896853A (zh) 2010-11-24
BRPI0722312A8 (pt) 2017-10-10
WO2009075685A1 (en) 2009-06-18
IL205240A0 (en) 2010-11-30
ES2426451T3 (es) 2013-10-23
US20120271412A1 (en) 2012-10-25
EP2227714A1 (en) 2010-09-15
EP2227714B1 (en) 2013-06-19
CA2703871C (en) 2016-01-26
MX2010006475A (es) 2010-09-28
CN101896853B (zh) 2012-07-04
EP2227714A4 (en) 2012-04-04
CA2703871A1 (en) 2009-06-18

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BRPI0722312A2 (pt) Lentes intracorneanas tendo um furo central.
US20230293290A1 (en) Intraocular lens system
US7455691B2 (en) Intraocular and intracorneal refractive lenses
ES2349797T3 (es) Lente oftálmica multifocal con apertura inducida.
US6589280B1 (en) Method for producing a multifocal corneal surface using intracorneal microscopic lenses
US7645299B2 (en) Intracorneal lens system having connected lenses
CA2821968C (en) Ophthalmic lens, systems and methods having at least one rotationally asymmetric diffractive structure
US20030014107A1 (en) Multifocal phakic intraocular lens
US20110218623A1 (en) Small Diameter Inlays
WO2011065986A1 (en) Adjustable multifocal intraocular lens system
US11547552B2 (en) Small diameter corneal inlays
EP1060715A1 (en) Corneal implant for changing refractive properties
RU2444334C1 (ru) Интракорнеальные линзы с центральным отверстием
WO2008023274A2 (en) Method of forming a corneal pocket
US11607308B2 (en) Multi-curvature edge for ophthalmic lenses
US20220192820A1 (en) Intraocular lens with rotational resistance and negative dysphotopsia mitigation
US20220346941A1 (en) Ophthalmic lens with mitigation & reduction of dysphotopsias
AU2522600A (en) Corneal implant for changing refractive properties

Legal Events

Date Code Title Description
B25A Requested transfer of rights approved

Owner name: PRESBIA IRELAND LIMITED (IE)

B06A Patent application procedure suspended [chapter 6.1 patent gazette]
B11B Dismissal acc. art. 36, par 1 of ipl - no reply within 90 days to fullfil the necessary requirements