BRPI0721893B1 - Aqueous compositions for inactivation of sporulated and / or non-sporulated coccidian parasites - Google Patents

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“COMPOSIÇÕES AQUOSAS PARA INATIVAÇÃO DE PARASITAS COCCIDIANOS ESPORULADOS E/OU NÃO ESPORULADOS” O campo técnico da presente invenção se refere a uma composição aquosa para inativação de parasitas coccidianos esporulados e/ou não esporulados. Um objetivo adicional da presente invenção é um método para preparação da composição aquosa e um método para inativação dos coccídios esporulados e/ou não esporulados quando da aplicação da composição.
Coccídios são parasitas que formam esporo, os quais afetam os tratos intestinais dos animais. Os coccídios são parasitas intracelulares obrigatórios, o que significa que eles devem viver e se reproduzir dentro de uma célula animal. A doença causada pela infecção coccidiana é denominada coccidiose. Esta é uma doença parasitária que se difunde de animal para animal mediante contato com as fezes infectadas. O sintoma primário da doença é diarréia que é sangrenta em vários casos. Animais infectados mais velhos são assintomáticos, o que significa que eles não mostram sintomas da doença. Contudo, animais jovens ou imunocomprometidos podem sofrer de vários sintomas incluindo a morte.
Os coccídios podem infectar uma ampla variedade de animais incluindo os seres humanos e animais de criação. A coccidiose pode ser considerada uma doença parasitária primária com impactos econômicos significativos na produção de frangos, porcos e animais de criação. Estes impactos econômicos resultam do fato de que uma medicação profilática destinada à alimentação é necessária para evitar a dispersão da coccidiose nos animais de criação. Se a medicação profilática falhar e a conversão alimentar for fraca, os efeitos para um frango de grelha afetado são prejudiciais. São empregados correntemente os coccidiostáticos ou vacinas em medicação profilática na alimentação. Contudo, é também conhecido que os parasitas coccidianos se tornam crescentemente resistentes a estes produtos.
Os coccídios compreendem entre outras as famílias Eimeríidae e Lankesterellidae. Os coccídios responsáveis pela doença nos animais de criação são Eimeria, Tyzzeria, e Isospora; todos sendo gêneros dos coccídios. Estas ordens também compreendem outros agentes patogênicos que causam doença (Cyclospora, Cryptosporidium e Toxoplasma). Coccidiose aviária é causada primeiramente pelas espécies Eimeria. Eimeria tenella, neca-trix, macima, brunetti, acervulina, mivati, praecox, e mitis causam Coccodiose em galinhas (frangos para grelha), Eimeria anatis e danailovi causam doença em patos, Eimeria adenoi-des, gallopavoris, meleagridis, meleagrimitis causam doença nos perus. Existem muitas outras espécies de Eimeria que são especificamente responsáveis pela doença em outras a-ves (gansos, faisões, perdizes e outros). As espécies Eimeria são encontradas e causam doença nos porcos (Eimeria debliechi) e bovinos (Eimeria bovis, zuerníi e ellipsoidalis).
Em todas espécies de hospedeiro mencionadas, os sintomas clínicos podem variar. A patogenicidade depende da condição física do hospedeiro, idade e estado imune. Dentro do hospedeiro, os níveis de patogenicidade podem variar para as espécies Eimeria. Nos frangos de grelha, porcos e bezerros desmamados, os sinais clínicos são predominante-mente perda do desempenho e FCR (taxa de conversão alimentar). A Eimeria causa inflamações necróticas dos intestinos conduzindo à lesão cecal com sangramentos, lesão dos intestinos ou morte: novamente, o nível da enterite pode variar dentro da faixa da espécie. Eimeria teneila causa lesão cecal severa nos frangos de grelha com sangramentos. Eimeria acervulina causa lesão dos intestinos que pode conduzir à morte através da enterite necróti-ca nos frangos de grelha. Eimeria necatrix causa morte súbita nos frangos de grelha, etc. A Eimeria aviária é constituída de parasitas envolvidos com ciclos de vida complexos. De modo geral, os oócitos (ovos) sofrem esporogenia no ambiente, 24 horas após saírem no estrume. Os oócitos contêm quatro esporocistos, que contêm dois esporozoítos. A maturação em esporozoítos plenos ocorrerá após ingestão dentro do lúmen dos intestinos, após ingestão de água ou alimento contaminado com estrume. O processo de maturação dentro dos intestinos é melhorado por tripsina, biles e C02. Os esporozoítos entram, dependendo das espécies, no epitélio dos intestinos ou células epiteliais criptas dos intestinos para maturação intracelular adicional. Dentro das células hospedeiras, os esporozoítos sofrem reprodução assexual, (esquizogonia) resultando em merozoítos, que rompem a célula e infectam outras células dos intestinos. Os merozoítos entram nas células e diferenciam-se em organismos machos (microgamontes) ou fêmeas (macrogamontes). As macrogamontes rompem as células infectadas como oócitos, que podem ser fertilizados no lúmen intestinal e subsequentemente saem do lúmen, o que efetivamente recomeça o ciclo de vida da Eimeri-a. Períodos pré-latentes podem variar de 4 a 5 dias após infecção. O rendimento máximo do oócito varia de 6 a 9 dias após infecção. Os efeitos entéricos necróticos são causados apenas parcialmente pelo parasita protozóico. Os Esporozoítos e Merozoítos podem ser considerados como agulhas de inoculação que fazem com que outras bactérias patogênicas e não patogênicas (Salmonella pullorum, Staphylococcus albus, Escherichia coli a.o.) penetrem no tecido do intestino cecal e entrem no sangue e órgãos linfóides causando septice-mia e inflamação dos órgãos.
Embora os coccídios sejam específicos do hospedeiro e nem todos coccídios causem doença gastroentérica (diarréia, fezes com sangue, FCR reduzida, produção de ovos fraca), ainda permanece um organismo altamente contagioso afetando animais de criação mantidos em ambientes quentes, estreitos e úmidos. Principalmente dependendo do estado imune e especificidade do hospedeiro, os coccídios podem afetar animais de criação: aves, porcos, coelhos, seres humanos e mesmo peixes. A coccidiose nas aves é uma ameaça maior, enquanto a coccidiose na produção intensiva de porcos está aumentando. Nos fran- gos de grelha, perus as substituições periódicas nos coccidiostáticos alimentares previnem a doença clínica. Uma forte desvantagem destes coccidiostáticos é a toxicidade em ambos, os animais e seres humanos. Os coccídiostatos causam perda do desempenho (perda de peso, produção de ovos) e conversão alimentar reduzida, resultando de forma final em perdas econômicas. Os resíduos também podem apresentar um perigo possível à saúde para os seres humanos, portanto um regime de controle estrito ou dosagem e períodos de abstinência precisam ser estritamente implementados.
Uma segunda desvantagem é a resistência ao medicamento quando se usa anti-coccidiais, e a especificidade do organismo que é um problema quando múltiplas espécies invadiram os intestinos. Estes medicamentos podem ser classificados em duas classes: primeiro são as substâncias químicas que alteram ou influenciam o metabolismo dos parasitas, tais como, amprólio, clopidol a.o. Em segundo são os ionoforos de poliéter que alteram o transporte do íon através da membrana celular ou interrompem o equilíbrio osmótico, tal como, monensina, salinomicina a.o. Devido aos problemas de resistência ao medicamento, programas de transporte de vai e vem e rotação são usados. Nos criadouros de frangos de grelha, vacinas atenuadas vivas são fornecidas através da água de beber com 7-10 dias de idade. Como com os quimioterapêuticos, o uso das vacinas também traz desvantagens. Uma dosagem uniforme pode trazer dosagem menor ou maior nos animais, o que, em último caso pode causar doença quando um tipo virulento é usado. Além disso, o emprego de vacinas atenuadas vivas causa infecções subclínicas e abrigo dos oócitos no ambiente. Alguns fazendeiros utilizam tratamento com água coccidiocidal na idade de desafio máximo. Como os oócitos são duráveis (sob condições favoráveis, eles podem sobreviver por dois anos) e persistirão no ambiente mais do que, por exemplo, os vírus, a completa erradicação do desafio pode ser impossível. Isto não é necessário, uma vez que log 2 - log 3 ou mais oócitos são necessários para causar sintomas brandos. Contudo, a dose de redução do desafio é benéfica para aumentar a imunidade e diminuir os sinais da doença.
Uma infecção coccidiana causa imunidade do rebanho, o que é bem conhecido na agricultura. Contudo, cada espécie coccidiana possui sua própria especificidade e propriedades antigênicas: como com muitos outros agentes patogênicos protozoários, a Eimeria é capaz de alterar rapidamente as propriedades antigênicas e/ou genéticas, portanto causando heterogeneidades genéticas maiores. Estas propriedades são um aspecto inerente para sobrevivência. Outra questão é a durabilidade dos oócitos. A maior parte dos desinfetantes se torna ineficaz devido à estrutura do oócito. As paredes do oócito consistem em uma camada externa densa de 10 nm e camada interna de 90 nm. A primeira constitui 25% da massa de parede total e contém moléculas orgânicas bipolares (ácidos graxos, alcoóis gra-xos, fosfolipídeos) e colesterol como um estabilizador fluido. A estrutura da camada de célula externa permite a passagem apenas de moléculas não carregadas e pequenas. A cama- da interna é composta principalmente de glicoproteínas moleculares maiores resultando em uma membrana totalmente impenetrável, muito forte. A camada externa protetora impede efetivamente a penetração de moléculas carregadas e/ou maiores, portanto a maior parte dos desinfetantes líquidos não será eficaz. O último, provavelmente o melhor método de erradicação de coccídios é o gerenciamento doméstico, que se baseia primeiramente na prevenção. Os oócitos são transmitidos através do estrume. Assim, um gerenciamento bom do estrume ajuda a reduzir um desafio de coccídios. Os oócitos coccidianos são ubíquos em qualquer ambiente de fazenda e possuem um potencial de reprodução grande, sendo difícil manter os animais isentos de coccídios. Os oócitos esporulam prontamente, porém sua viabilidade é reduzida dentro de 3 semanas por níveis altos de amônia. Basicamente, os fazendeiros removem o bolo de estrume do local e deixam ao ar por 3 semanas e subsequentemente preparam novo estrume isento de oócitos antes de introduzir um novo rebanho. Uma limpeza completa entre os rebanhos, a troca de roupa entre os ambientes fechados e outras medidas higiênicas adicionalmente diminuem a possibilidade de infestação por coccídios. A completa erradicação do desafio pode ser impossível e não desejável para melhorar a imunidade do rebanho. Grandes doses de oócitos de Eimeria são obrigatórias (100-1.000) para causar infestações clínicas. Adicionalmente, os oócitos dos coccídios são fortes e resistem à maioria dos desinfetantes. Um estudo mostrou que as substâncias químicas que se seguem são ineficazes e assim não adequadas à erradicação: ácido peracético, al-deido fórmico, hidróxido de potássio, ácido sulfúrico, dicromato de potássio, iodeto de potássio, formalina, iodofórmio, ácido cresílico, hipoclorito de sódio, cloreto de benzalcônio, aldeído glutárico, substâncias fenólicas, compostos de amônio quaternário e sulfato de cobre. O US 5.985.875 descreve derivados de 1,2,4-triazina-3,5 diona, sua produção e uso na inativação dos protozoários parasitários, tais como, coccídios. O JP 2004-210726 descreve o uso de substâncias químicas com base em cloro, como dióxido de cloro na presença de uma solução tampão de ácido fosfórico citrato de sódio para inativação dos coccídios. O documento descreve o uso de dióxido de cloro em concentrações entre 100 e 6.400 ppm, preferivelmente 200 a 800 ppm. O dióxido de cloro é um gás muito reativo e tóxico. A toxicidade resulta da energia de oxidação forte do composto e do fato de que o composto libera cloro e oxigênio quando reage. A concentração máxima de gás dióxido de cloro gasoso em qualquer ambiente de trabalho está de acordo com a definição da German Research Foundation, não sendo superior a 0,1 ppm.
Portanto, a desvantagem do método descrito no JP 2004-210726 é que altas concentrações de dióxido de cloro devem ser utilizadas a fim de inativar suficientemente os pa- rasitas coccidianos. Os inventores da presente invenção realizaram experimentos para diminuir o limite de concentração do dióxido de cloro em uma solução que ainda é eficaz, inati-vando os parasitas coccidianos. Foi verificado que as concentrações abaixo de 120 ppm de dióxido de cloro são ineficazes para erradicar organismos coccidianos.
Portanto, o objetivo técnico da presente invenção foi o de prover uma composição para a inativação dos parasitas coccidianos o que compreende menos dióxido de cloro e é, portanto, menos tóxico aos animais e usuários. O objetivo técnico d presente invenção é obtido por uma composição aquosa para inativação dos parasitas coccidianos esporulados e não esporulados compreendendo 15 a 115 ppm de dióxido de cloro e 0,01 a 1% em peso de um agente tensoativo aniônico possuindo um ou mais grupos alquila C6-Ci8 e um ou mais grupos arila.
Os inventores da presente invenção verificaram surpreendentemente que, quando se mistura uma solução aquosa compreendendo dióxido de cloro com um agente tensoativo aniônico possuindo um ou mais grupos alquila C6-C18 e um ou mais grupos arila, esta solução é capaz de inativar parasitas coccidianos esporulados e/ou não esporulados, mesmo se a concentração de dióxido de cloro estiver abaixo de 120 ppm na solução.
Este resultado poderia não ser esperado porque se tem o conhecimento de que a-penas concentrações maiores de dióxido de cloro acima de 200 ppm e preferivelmente ao redor de 800 ppm inativariam completamente os parasitas coccidianos esporulados e/ou não esporulados. Os experimentos dos inventores mostram que o dióxido de cloro sozinho não inativará, se a concentração do dióxido de cloro na solução for inferior a 120 ppm.
Além disto, os inventores também investigaram se combinações de dióxido de cloro com outros agentes tensoativos como, por exemplo, sulfonatos alquila, óxidos de amina, poliálcoois etoxilados, compostos amônio quaternários, lauril sulfano hidróxi, e sulfatos de éter alquila possuem um efeito em combinação com concentrações inferiores de dióxido de cloro. Contudo, nestes casos, foi verificado que os parasitas coccidianos esporulados e/ou não esporulados podem não ser inativados.
Em uma modalidade preferida, a composição aquosa de acordo com a invenção compreende 20 a 100 ppm de dióxido de cloro, mais preferivelmente 25 a 50 ppm de dióxido de cloro. É adicionalmente preferido que a composição compreenda 0,05 a 0,5% em peso, preferivelmente 0,1 a 0,3% em peso do agente tensoativo.
Em uma modalidade preferida, adicional, o agente tensoativo aniônico é um agente tensoativo de sulfonato possuindo um ou mais grupos alquila C6-C18 e um ou mais grupos fenila. Exemplos destes sulfonatos são, por exemplo, sulfonatos de alquil arila, succinatos de enxofre e isetionatos. Podem ser utilizados como sulfonatos de alquil arila, os sulfonatos de cumeno, sulfonatos de xileno, sulfonatos de naftila e sulfonatos de alquil benzeno, os quais são substituídos com um ou mais grupos alquila C6-C18.
Na modalidade mais preferida, o agente tensoativo aniônico é um dissulfonato de óxido de difenil alquila C6-Cig e/ou um sulfonato de alquil (sulfofenóxi) benzeno. A composição, de acordo com a invenção é aplicada a uma superfície contaminada com coccídios por 1 minuto à 1 hora, preferivelmente 15 minutos a 45 minutos. A composição é aplicada, preferivelmente, por aspersão sobre a superfície contaminada.
Em uma modalidade adicionalmente preferida, a composição, de acordo com a invenção pode ser aplicada na forma de uma espuma, de modo que o usuário é capaz de ver a superfície onde a composição é aplicada. Em outra modalidade preferida, a composição é colorida para a mesma finalidade, a saber, também a identificação da superfície onde a solução foi aplicada.
Adicionalmente, a invenção também se refere a um método para preparação da composição aquosa de acordo com a invenção. Isto é realizado pela combinação de uma parte de clorito compreendendo clorito de metal alcalino e uma segunda parte de uma solução ácida compreendendo 1 a 5% em peso, preferivelmente 1,5 a 3% em peso de um ácido carboxílico fraco, 2 a 10% em peso, preferivelmente 3 a 8% em peso e mais preferido de 4 a 7% em peso do ácido fosfórico, e 10 a 25% em peso, preferivelmente 13 a 20% em peso e mais preferivelmente 15 a 18% em peso de um agente tensoativo aniônico possuindo um ou mais grupos alquila C6-C13e um ou mais grupos fenila e diluição da mistura com água.
Em uma modalidade preferida, o agente tensoativo aniônico pode ser adicionado separadamente à parte de clorito e à solução ácida. A parte de clorito compreendendo o clorito de metal alcalino, que é preferivelmente clorito de sódio, pode ser uma solução aquosa compreendendo 2 a 15% em peso de clorito de metal alcalino, preferivelmente 5 a 10% em peso de clorito de metal alcalino. A parte de clorito também pode ser um sólido compreendendo clorito de metal alcalino e uma carga. A carga é preferivelmente carbonato de sódio. Se a parte clorito for uma parte sólida ela pode estar na forma de um comprimido, um grânulo ou um pó. A solução ácida compreende um ácido carboxílico fraco que é selecionado do grupo consistindo em ácido acético, ácido cítrico, ácido lático, ácido glicólico, ácido tartárico e ácido propiônico e suas misturas.
Adicionalmente, a solução ácida compreende ácido fosfórico. A combinação de um ácido carboxílico fraco e um ácido fosfórico é necessária para liberar o dióxido de cloro contínua e lentamente por reação do clorito de metal alcalino com os ácidos.
Adicionalmente, a solução ácida pode compreender o agente tensoativo aniônico possuindo um ou mais grupos alquila C6-Ci8 e um ou mais grupos fenila. Este agente tensoativo aniônico é preferivelmente um agente tensoativo sulfonato, preferivelmente um agente tensoativo sulfonato aromático e mais preferivelmente um dissulfonato de óxido de difenil alquil C6-C18 e/ou um sulfonato alquil C6-Ci8 (sulfofenóxi) benzeno. A composição que é fabricada por combinação da parte clorito e da solução ácida é adicionalmente diluída com água para preparar a solução aquosa de uso para inativar parasitas coccidianos esporulados e/ou não esporulados. A diluição é realizada em uma taxa de 1:10 a 1:1000, preferivelmente 1:50 a 1:500. A composição aquosa de acordo com a invenção também pode ser preparada com outros métodos semelhantes, por exemplo, outros compostos de liberação de dióxido de cloro ou eletrólise de liberação de dióxido de cloro, onde uma corrente elétrica dentro de um cassete no qual solução de clorito de sódio flui, liberará dióxido de cloro em um ambiente aquoso. A solução ácida e/ou a solução compreendendo agente aniônico pode compreender, adicionalmente, aditivos, tais como, espessantes, agentes de solubilização e agentes de tamponamento. Contudo, é importante que estes aditivos sejam selecionados cuidadosamente, de modo que eles não reajam com a parte clorito da solução, após mistura da parte clorito e da parte ácida da solução.
Os exemplos que se seguem são providos para ilustrar adicionalmente a invenção.
Exemplos Materiais e Métodos Foram empregadas fêmeas de camundongo Balb/C de 20 g para os experimentos. Como parasita foi empregado Eimeria papillata que é um coccídio não específico para ca-mundongos, conseqüentemente apropriado para os fins deste experimento. O meio de flutuação foi preparado contendo 124,5 g de NaCI e 435,8 g de sacarídeo que foi diluído com água e completado até 1 litro, frescos foram preparados. Subseqüentemente os camundon-gos Balb/C foram infectados com 20.000 oócitos esporulados. A partir do quarto dia após infecção, o excremento de camundongo fresco é coletado e isolado por flutuação. O meio de flutuação residual é removido por lavagem três vezes com água limpa. Oócitos de infecção esporulados foram incubados a 25°C por uma semana. Após esporulação completa os oócitos podem ser adicionalmente empregados para infecção ou eles podem também ser armazenados a 4°C em uma solução a 2% de dicromato de potássio.
Uma solução de dióxido de cloro é preparada por mistura de uma solução contendo clorito de sódio e uma solução ácida. Dióxido de cloro é produzido por reação. A solução compreende 120 ppm de dióxido de cloro. Soluções de dióxido de cloro são produzidas por diluição adicional de 40, 20, 10, 4, 1 e 0,5 ppm que são imediatamente empregadas nos experimentos.
Exemplo 1: Incubação de oócitos esporulados frescos em uma solução compreendendo dióxido de cloro Oócitos de Eimeria papillata foram filtrados de excrementos frescos de camundon-go e incubados por 60 minutos com solução de dióxido de sódio produzida recentemente em concentrações de 40, 20, 10, 4, 1, 0,5 ppm a temperatura ambiente. Após período de incubação de 60 minutos, as suspensões de oócito foram lavadas com água e cultivadas para esporulação em 1 mL de água. As sondas foram incubadas por uma semana a 25°C.
Foi empregada como controle uma amostra de oócito não esporulada e não tratada que foi também incubada por uma semana a 25°C. Após sete dias, foi verificado se havia ocorrido esporulação. (Vide tabela 1).
Tabela 1 Os resultados do experimento mostram que em concentrações abaixo de 40 ppm ocorreu uma esporulação completa ou parcial. Isto significa que uma inativação completa do coccídio não é possível com dióxido de cloro, apenas em concentrações inferiores a 40 ppm em um período de incubação de 60 minutos. O exemplo de controle mostra que uma esporulação completa ocorreu para a amostra não tratada.
Da mesma forma, os experimentos foram realizados com a composição aquosa de acordo com a invenção compreendendo dióxido de cloro e como agente tensoativo aniônico o Dofax 2A1 (Dow Chemicals) que ê uma mistura de um sal oxibis dissódio(dodecil benze-nossulfonato) e um sal dodecil (sulfofenoxi)dissódio do ácido benzeno sulfônico. A composição compreende 0,5 a 25 ppm de dióxido de cloro e 0,2% em peso do agente tensoativo aniônico. (Vide tabela 2 ).
Tabela 2 Os resultados mostram que a composição de acordo com a invenção, compreendendo uma concentração baixa de dióxido de cloro e o agente tensoativo dissulfonato de óxido difenila é eficaz contra coccídios em concentrações de 20 ppm e superiores, quando um período de incubação de 60 minutos é empregado. Em uma concentração de 10 ppm, é observada esporulação parcial, enquanto em concentrações abaixo de 4 ppm é observada esporulação completa.
Segue-se destes experimentos que em concentrações acima de 15 ppm de dióxido de cloro, os oócitos não esporulados de coccídios podem ser completamente inativados. Como resultado, as concentrações de dióxido de cloro acima de 15 ppm são capazes de inativar completamente os oócitos.
Exemplo 2: Infeccão com oócitos esporulados Uma série adicional de experimentos foi realizada a fim de avaliar o padrão de ina-tivação dos oócitos esporulados. Para esta finalidade, 30.000 oócitos foram inoculados por 60 minutos com a composição contendo dióxido de cloro em níveis variando entre 4 e 40 ppm de dióxido de cloro. Após aquelas suspensões serem lavadas com água por três vezes, 20.000 oócitos foram administrados oralmente a um camundongo. Um camundongo foi empregado por concentração. Além disto, dois camundongos foram tratados, cada um com 20.000 oócitos esporulados, não tratados, para fins de controle. A partir do quarto dia após a infecção, as amostras dos excrementos dos camundongos foram ingeridas diariamente, e a presença dos oócitos de Eimeria papillata foram examinadas. (Vide tabela 3).
Tabela 3: Dpi = dias após infecção +++ = excreção em massa dos oócitos ++ = excreção de muitos oócitos + = excreção de alguns oócitos = nenhum oócito detectável Os resultados mostram que com concentrações de dióxido de cloro entre 4 e 40 ppm, a excreção dos oócitos de Eimeria papillata não pode ser evitada nos camundongos Balb/C após o tratamento dos oócitos com estas concentrações de dióxido de cloro em períodos de incubação de 60 minutos.
Foram realizados experimentos em concentrações de 120 ppm e 240 ppm. Nestes experimentos foi verificado que nenhum oócito foi detectável. Nestas concentrações os coc-cídios são efetivamente exterminados.
Os mesmos experimentos foram realizados com a composição aquosa de acordo com a invenção. Foi utilizada uma composição possuindo uma concentração de dióxido de cloro entre 4 ppm e 25 ppm e a concentração de um agente aniônico conforme desc-rito no exemplo 1. (Vide tabela 4).
Tabela 4: Dpi = dias após infecção +++ = excreção em massa dos oócitos ++ = excreção de muitos oócitos + = excreção de alguns oócitos = nenhum oócito detectável Os resultados na Tabela 4 mostram que com o emprego das composições descritas pela invenção nas concentrações de dióxido de cloro superiores a 20 ppm a composição inativa completamente os coccídios, uma vez que nenhum oócito é desenvolvido ou detectado nos excrementos dos camundongos. Em concentrações abaixo de 15 ppm partindo do quarto dia após infecção, muitos oócitos são excretados. Portanto, nestas concentrações, não existe inativação completa.
Reivindicações

Claims (14)

1. Composição aquosa para inativação de parasitas coccídios esporulados e/ou não esporulados, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende 15 a 115 ppm de dióxido de cloro e 0,01 a 1 % em peso de um tensoativo aniônico selecionado do grupo que consiste em um dissulfonato de óxido de difenil alquila C6 a CiS e/ou um sulfonato de alquil C6-Ci8 (sulfofenóxi) benzeno, e misturas destes.
2. Composição aquosa, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição compreende 20 a 100 ppm de dióxido de cloro.
3. Composição aquosa, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição compreende 0,05 a 0,5% em peso de tensoativo.
4. Método para preparação da composição aquosa, conforme definida na reivindicação 1, CARACTERIZADO pela combinação de: (a) uma parte de clorito compreendendo um clorito de metal alcalino; {b) uma solução ácida compreendendo: (b1) 1 a 5% em peso de um ácido carboxílico fraco; e (b2) 2 a 10% em peso de ácido fosfórico; e (c) 10 a 25% em peso do tensoativo aniônico, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, e diluição da mistura com água,
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte de clorito é uma solução aquosa compreendendo 2 a 15% em peso de um clorito de metal alcalino.
6. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte de clorito é um sólido compreendendo clorito de metal alcalino e uma carga.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADO pelo fato de que a carga é carbonato de sódio.
8. Método, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADO pelo fato de que a parte de clorito é uma parte sólida na forma de um comprimido, um grânulo ou um pó.
9. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o ácido carboxílico fraco é selecionado a partir do grupo consistindo em ácido acético, ácido cítrico, ácido glicólico, ácido tartárico e ácido propiônico ou suas misturas.
10. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o clorito de metal alcalino é clorito de sódio.
11. Composição aquosa, CARACTERIZADA pelo fato de que é para inativação de parasitas coccídios esporulados e/ou não esporulados obtidos pelo método conforme definido na reivindicação 4.
12. Método para inativação de coccídios esporulados e/ou não esporulados, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende a aplicação da composição, conforme detimda na reivindicação 1, a uma superfície contaminada com coccidios por 1 minuto a 1 hora.
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato de que a composição é aplicada à superfície contaminada por 15 minutos a 45 minutos.
14. Composição aquosa, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a composição compreende 15 a 50 ppm de dióxido de cloro.

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