BRPI0719536A2 - Método para utilização de uma unidade de camada genérica na rede de trabalho sinalizando uma reposição instantânea de decodificação durante uma operação em vídeo. - Google Patents

Description

"MÉTODO PARA UTILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE DE CAMADA GENÉRICA NA REDE DE TRABALHO SINALIZANDO UMA REPOSIÇÃO INSTANTÂNEA DE DECODIFICAÇÃO DURANTE UMA OPERAÇÃO EM VÍDEO"

REFERÊNCIA CORRELACIONADA COM PEDIDOS PARALELOS Este pedido reivindica o benefício do Pedido Provisório Norte-Americano N0 de Sé-

rie 60/851.953, depositado em 16 de Outubro de 2006, incluído como referência no presente relatório.

CAMPO TÉCNICO

A presente invenção relaciona-se ao campo de imagens móveis, especificamente a questão da armazenagem de imagens de referência utilizadas para a codificação de uma imagem móvel.

ANTECEDENTES

Muitos sistemas de codificação entre estruturas fazem uso de imagens de referên- cia pelo fato da utilização de tais imagens referenciais auxiliarem na redução do tamanho de um fluxo codificado de bits. Este tipo de resultado implica numa melhor eficiência da codifi- cação em relação à unicamente se empregar, por si próprias, técnicas de codificação den- tro de estruturas. Consequentemente, muitos padrões de codificação incorporam tanto téc- nicas de codificação entre estruturas como técnicas de codificação dentro de estruturas para a codificação de um fluxo de bits a partir de uma série de imagens móveis. Sabe-se que diferentes tipos de imagens de referência são empregados como padrões de codifica- ção, tal como uma imagem Ί", que é codificada através somente do emprego de elementos no interior da própria imagem (dentro de estruturas), uma imagem "B" que é codificada atra- vés do emprego de elementos a partir do interior da própria imagem e/ou elementos advin- dos de duas imagens de referência previamente codificadas (entre estruturas), e uma ima- gem "P" que é codificada através do emprego de elementos a partir de dentro da própria imagem e/ou elementos advindos de uma imagem de referência anterior (entre estruturas). Ambas imagens "B" e "P" podem fazer uso de múltiplas imagens de referência, mas com a diferença de que entre ambos tipos de imagens, a imagem "B" permite a utilização de pre- dição entremeada com, no máximo, dois sinais de predição com movimento compensado por bloco, enquanto que a imagem "P" permite a utilização de somente um componente de predição por bloco previsto.

Portanto, quando as imagens "B" ou "P" estão sendo codificadas e/ou decodifica- das, tais imagens dependem de outras estruturas de referência, de modo que tais imagens venham a ser devidamente codificadas ou construídas durante uma operação de decodifica- ção. O sistema de codificação/decodificação deveria dispor de algum tipo de localização de memória de maneira que a imagem de referência pudesse ser armazenada enquanto que estivessem sendo codificadas ou decodificadas outras imagens, em vista de tais imagens de referência. Obviamente, a certa altura, não se poderá fazer uso de uma imagem de referên- cia para uma operação de codificação devido a que as imagens a serem codificadas não mais utilizarão a imagem de referência durante as futuras operações de codificação.

Embora possam ser armazenadas todas as imagens de referência de forma per- manente em um dispositivo de armazenagem, tal solução faria um emprego ineficaz dos recursos da memória. Portanto, técnicas de memória conhecidas da área poderiam ser utili- zadas, tais como operações de memória FlFO, Método de Armazenagem de leitura/escrita em que o primeiro item armazenado é o primeiro lido, ou, LIFO, Método de Descrição de um Sistema de Fila que lê o último item armazenado primeiramente, para o caso de operação de um dispositivo de memória com a armazenagem de imagens de referência que auxiliari- am a reduzir o espaço necessário para tais imagens de referência ( através da dispensa de imagens de referência desnecessárias). Contudo, tais operações de memória podem gerar resultados indesejáveis quando se considerando o uso de um sistema de codificação com múltipla visualização em que as imagens que são codificadas e/ou decodificadas apresen- tam tanto uma relação de visualização faceada e temporal. Ou seja, o sistema de codifica- ção com múltipla visualização introduz o aspecto de apresentarem-se múltiplas visualiza- ções de imagens móveis, aonde cada visualização representa uma vista diferenciada de um respectivo objeto/cena. Então, uma imagem de referência pode ser utilizada na codificação ou decodificação de imagens associadas com duas visualizações diferenciadas. Por exemplo, a Figura 1 representa uma modalidade de exemplo de uma estrutura

de imagem de referência utilizada em um sistema de Codificação em Vídeo com Múltipla Visualização. Em termos específicos, a estrutura apresentada refere-se ao emprego de oito visualizações diferenciadas (S0-S7) em função dos tempos (T0-T100), de acordo com o es- quema de codificação para múltiplas visualizações (MVC) proposto no documento de A. Ve- tro, Y. Su, H. Kimata, A. Smolic, intitulado "Join Multiview Video Model (JMVM) 1.0", docu- mento JVT-T208, Klagenfurt, Áustria, Julho de 2006. E este padrão de codificação com múl- tipla visualização é baseado na codificação pelo padrão de Codificação Avançada em Vídeo (AVC) (G. Sullivan, T. Wiegand, A. Luthre, "Draft of Version 4 of H.264/AVC (ITU-T Recom- mendation H.264 and ISO/IEC 14496-10 (MPEG-4 part 10) Advanced Video Coding)", Pal- ma de Majorca, Espanha 18-22, Outubro de 2004). A grande diferença entre ambos padrões é que o AVC não endereça as imagens de codificação com múltiplas visualizações enquanto que o padrão MVC endereça.

Em referência novamente a Figura 1, pode-se observar, por exemplo, que quando codificando-se a imagem associada com a visualização S1 em T1, que a imagem a ser codi- ficada está relacionada as imagens (imagens de referência) advindas da mesma visualiza- ção (S1 em TO e S1 em T2), e que a imagem a ser codificada está relacionada as imagens advindas de imagens a partir de uma visualização diferenciada (SO em T1 e S2 em T1). Por- tanto, quando se codificando a imagem associada com S1, T1, faria sentido se manter as imagens de referência (S1 em TO1 S1 em 12, SO em T1 e S2 em T1) em um dispositivo de memória, tal como uma memória intermediária, memória de registro, RAM, e elementos do gênero, aonde tais imagens decodificadas seriam armazenadas em um dispositivo denomi- nado memória intermediária de imagem (DPB).

Uma maneira de se gerenciar as imagens de referência em um DPB é se proceder a utilização de um elemento de sintaxe (comando) que possa ser gerado externamente e comunicado junto a um codificador para liberar parte da memória do DPB. Na especificação AVC, pode-se fazer uso da camada genérica na rede de trabalho (NAL) aonde se insere um comando no NAL de forma a se indicar uma reposição instantânea da decodificação (IDR) que é utilizada para indicar que todas as imagens de referência armazenadas no DPB en- contram-se "sem utilização como referências". Isto significa dizer que, eventualmente, todas as imagens de referência no DPB deveriam ser removidas após ter-se recebido um IDR. As imagens IDRs podem proceder assim devido que elas estão associadas com as imagens "I" ou "SI" (fatiadas) que se localizam na codificação dentro de estruturas(e não na codificação entre estruturas). Portanto, tipicamente, a primeira imagem na seqüência das imagens codi- ficadas compreende de uma imagem IDR.

Contudo, as atuais implementações de IDRs são ineficientes quando endereçando a questão de uma situação de codificação MVC em que pode ser necessária a codificação de múltiplas visualizações. Por exemplo, assume-se que uma visualização SO compreende de uma visualização com compatibilidade AVC. Caso uma imagem ID com compatibilidade AVC esteja presente em um tempo T16 em uma visualização S0, não está claro se somente as imagens de referência na visualização SO deveriam ser indicadas como "sem utilização como referências". Ou seja, sob os princípios correntes associados com as imagens IDR para AVC e MVC, todas as imagens de referência armazenadas de qualquer visualização no DPB deveriam ser indicadas como "sem utilização como referências" e removidas do DPB, o que implicaria em um resultado indesejável.

SUMÁRIO

Esses e outros empecilhos e desvantagens do estado anterior da técnica são ende- reçados pelos princípios presentes, os quais são direcionados a um método e aparelhagem para a reutilização da informação de movimento disponível na forma de um elemento de predição de estimativa de movimento para a codificação em vídeo.

De acordo com um aspecto dos princípios presentes, um codificador é fornecido pa- ra emprego em um ambiente de codificação em vídeo para múltiplas visualizações, desem- penhando operações de gerenciamento de memória em uma memória intermediária de ima- gem decodificada, em que tais operações de gerenciamento de memória irão remover as imagens de referência associadas com uma visualização particular com base mediante a informação de controle. Esses e outros aspectos, características e vantagens dos princípios presentes se tornarão evidentes a partir da descrição detalhada a seguir das modalidades de exemplo, que devem ser lidas em conexão com os desenhos de acompanhamento.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Para uma melhor compreensão dos princípios presentes de acordo com as figuras de exemplo que se seguem temos:

A Figura 1 apresenta uma codificação de múltiplas visualizações para uma modali- dade de exemplo de visualizações de imagens de vídeo em tempos diferentes, em que tais imagens de vídeo são codificadas utilizando-se imagens de referência na maneira indicada na figura.

A Figura 2 apresenta uma modalidade de códigos empregados para a designação de unidades NAL de acordo com os princípios da presente invenção.

A Figura 3 apresenta uma modalidade de pseudocódigo para um elemento de sin- taxe ref_píc_list_reordering( ) utilizado de acordo com os princípios da presente invenção.

A Figura 4 apresenta uma modalidade de pseudocódigo para um elemento de sin- taxe mark_view_only() utilizado de acordo com os princípios da presente invenção.

A Figura 5 descreve uma modalidade de exemplo de um sistema de codificação a ser empregado de acordo com os princípios da presente invenção.

A Figura 6 compreende de uma modalidade de exemplo de uma codificação para a utilização de imagens IDR de acordo com os princípios da presente invenção.

DESCRIÇÃO DETALHADA

Os princípios da invenção podem ser aplicados entre e dentro de quaisquer estrutu- ras com base no padrão de codificação. O termo "imagem" que é empregado ao longo deste relatório é utilizado na forma de um termo genérico para descrever os vários formatos de informação da imagem de vídeo que pode ser identificada na área como uma "estrutura", "campo", e "fatia", bem como querer significar o próprio termo "imagem". Deve-se observar que embora o termo imagem esteja sendo empregado para representar vários elementos de informação de vídeo, o AVC se refere ao emprego de fatias em que tais imagens de refe- rência podem ser utilizadas fatiadas a partir da mesma imagem, na forma de uma "imagem de referência", e a despeito de como uma imagem possa vir a ser subdividida, os princípios da presente invenção ainda se aplicam.

Os princípios da invenção abaixo são descritos, tipicamente, em conjunto com os elementos conhecidos como Camadas Genéricas na Rede de Trabalho, conforme definidas no AVC. Deve-se entender que os princípios da invenção se aplicam, igualmente, a uma multiplicidade de formatos que podem ser utilizados para a transmissão de dados, tal como um pacote de dados, compreendendo de uma parte principal e uma carga útil, um fluxo de bits que desloca-se tanto entre os pacotes de controle e de dados, e elementos do gênero.

Inclusa na descrição da invenção, uma imagem de referência é definida como a in- formação de imagem de vídeo codificada que é empregada para codificar uma imagem. In- clusa na operação de muitos sistemas de codificação em vídeo, uma imagem de referência é armazenada em uma memória, tal como o DPB. De maneira ao pleno gerenciamento de quais imagens de referência se manter e quais eliminar, um DPB faz uso de comandos co- nhecidos na forma de uma operação de comando de gerenciamento de memória (MMCO), que são utilizados para designarem condições de estados da memória (tipicamente através de um codificador) para a armazenagem de imagens de referência. Por exemplo, as condi- ções de estado da memória para um codificador AVC/MVC incluem os termos: imagem de referência de curta duração, imagem de referência de longa duração, ou a imagem é assina- lada como não utilizada como uma imagem de referência (em cuja situação a imagem de referência deverá ser removida caso o DPB esteja necessitando de memória). As condições de estado de imagens de referência armazenadas podem ser alteradas conforme mais ima- gens venham sendo codificadas, por exemplo, uma imagem de referência que seja designa- da como sendo de curta duração enquanto uma imagem esteja sendo codificada pode ser identificada como sendo uma imagem de referência de longa duração quando uma segunda imagem estiver sendo codificada.

Ainda, na descrição da presente invenção, vários comandos (elementos de sintaxe) que fazem uso do tipo de linguagem C de formatação são detalhados nas figuras que utili- zam a nomenclatura adiante para os componentes descritivos em tais comandos:

u(n): inteiro não indexado fazendo uso de η bits. Quando η é "v" na tabela de sinta- xe, o número de bits varia em uma maneira dependente do valor de outros elementos de sintaxe. O processo de análise para este componente descritivo é especificado pelo valor de retorno da função, read_bits(n), interpretada como uma representação binária de um inteiro não indexado tendo primeiramente escrito o bit mais significativo.

ue(v): inteiro não indexado, elemento de sintaxe codificado Exp-Golomb com o primeiro bit à esquerda.

se(v): inteiro indexado, elemento de sintaxe codificado Exp-Golomb com o primeiro bit à esquerda.

C: representa a categoria pela qual se aplica um elemento de sintaxe, ou seja, a qual nível deverá ser aplicado um campo em particular.

O relatório presente ilustra os princípios presentes. Deve-se apreciar que os técni- cos especializados na área deverão ser capazes de projetar várias disposições, que muito embora não sejam explicitamente descritas ou apresentadas no momento, personificam os princípios presentes e encontram-se inseridas dentro do seu espírito e escopo.

Todos os exemplos e a linguagem condicional empregada neste relatório destinam- se a finalidades educacionais vindo em auxílio ao leitor da compreensão dos princípios pre- sentes e dos conceitos acrescidos pelos inventores para o desenvolvimento da área, e são estabelecidos sem limitados aos exemplos e condições especificamente descritos.

Mais ainda, todas as declarações no relatório quanto aos princípios, aspectos, e modalidades dos princípios presentes, bem como os seus exemplos, pretendem englobar os seus equivalentes funcionais e estruturais. Em acréscimo, pretende-se que tais equivalentes incluam tanto os equivalentes presentemente conhecidos, bem como os equivalentes a vi- rem a ser desenvolvidos no futuro, ou seja, quaisquer elementos desenvolvidos que execu- tem a mesma função, a despeito da estrutura. A Figura 2 descreve a sintaxe que é utilizada para um NAL, conforme empregado

no AVC, aonde um fluxo de bits com compatibilidade AVC contém imagens codificadas que empregam tipos de unidades NAL de 1 ou 5, conforme mostradas. As imagens codificadas MVC fazem uso de tipos de unidades NAL de 20 e 21 para as imagens codificadas. Ambos os tipos de unidade NAL de 1 e 20 representam imagens sem IDR (fatias) para os padrões de codificação em vídeo respectivos, enquanto que os tipos de unidades NAL de 5 e 21 re- presentam imagens IDR. Quando um codificador recebe os tipos de unidades tanto de 5 ou de 21 em um NAL( por exemplo, em um fluxo de bits), o codificador irá assumir o estado de condição das imagens de referência armazenadas no DPB alteradas para "sem utilização como referências".

Em uma modalidade da presente invenção, propõe-se que uma unidade NAL de-

nominada de uma unidade NAL de sufixo seja utilizada com uma NAL. Uma unidade NAL de sufixo é definida como uma unidade NAL que segue outra unidade NAL na ordem de deco- dificação e contém informação descritiva da unidade NAL anterior, que por sua vez, é referi- da como a unidade NAL associada. Preferencialmente, a seqüência da unidade NAL de su- fixo é imediatamente acompanhada da unidade NAL associada.

Conforme descrição adicional, uma unidade NAL de sufixo apresentará um elemen- to de sintaxe nal_ref_idc igual a 20 ou 21. Quando o elemento de sintaxe svc_mvc_flag for igual a 0, a unidade NAL de sufixo apresentará um elemento de sintaxe dependencyjd e um elemento de sintaxe qualityjevel, ambos iguais a 0, e não deverá conter uma fatia codi- ficada. Quando o elemento de sintaxe svc_mvc_flag tornar-se igual a 1, o NAI de sufixo de- verá apresentar um elemento de sintaxe viewjevel igual a 0, e não deverá conter informa- ção da imagem codificada (fatia), porém, podendo incluir a informação de controle. Uma unidade NAL de sufixo pertence a mesma imagem codificada como no caso da unidade NAL associada.

A sintaxe para uma unidade NAL de sufixo é mostrada na Figura 3 definindo a es-

trutura de uma função slice_ layer_ in_ svc _ mvc _extension _ rbsp (). Esta unidade NAI de sufixo é capaz de ser utilizada por um codificador com compatibilidade MVC para extrair informação presente na unidade NAL, obtendo informação sobre a unidade NAL associada, e levando a termo a ação apropriada.

Portanto, uma nova sintaxe é proposta em que na unidade NAL de sufixo, a infor- mação encontra-se presente para indicar qual visualização deverá ser afetada pela chama- da IDR. Ou seja, a nova sintaxe irá possibilitar que as imagens de referência (em um DPB) que se destinam a uma visualização associada, sejam indicadas como "sem utilização como referências", enquanto que as imagens de referência armazenadas para uma outra visuali- zação permaneçam com suas condições de estado da memória.

Propõe-se um elemento de sintaxe mark_view_only em uma modalidade da presen- te invenção, sendo mostrado na Figura 4, especificando o comportamento em que uma ima- gem IDR irá apresentar no DPB. Quando o elemento de sintaxe mark_view_only é igual a 1 na unidade NAL de sufixo, todas as imagens de referência presentes no DPB que estejam associadas com uma visualização associada com o elemento de sintaxe viewjd, presente na mesma unidade NAL de sufixo, são assinaladas como "sem utilização como referências". Quando o elemento de sintaxe mark _view _only é igual a O, todas as imagens de referência presentes no DPB são assinaladas como "sem utilização como referências".

Em uma modalidade opcional da presente invenção, quando uma imagem IDR en- contra-se presente nas unidades NAL MVC (tipo 21), propõe-se impor a restrição de que esta imagem IDR venha somente a assinalar imagens a partir de sua própria visualização como sem utilização para referência.

Em uma modalidade opcional adicional, pode-se desenvolver uma unidade NAL de prefixo, em que tal unidade viria a ser transmitida antes da unidade NAL associada. Em uma modalidade opcional adicional, o tipo de comando expresso acima para a seleção de uma visualização particular está associado a um IDR que pode ser embutido em qualquer parte junto a uma unidade NAL, aonde o dado do usuário pode ser definido na forma de coman- dos anexos, de acordo com os princípios da presente invenção.

Deve-se compreender ainda que uma modalidade alternativa da presente invenção propõe que um pacote de controle possa vir a ser desenvolvido por si mesmo no interior de um fluxo de bits, aonde tal pacote seria empregado para indicar quais imagens de referência haveriam de ser indicadas como "sem utilização como referências". Especificamente, o pa- cote de controle deveria conter uma sintaxe da forma, remove_reference_view (ou um co- mando semelhante para este comando proposto), aonde um valor associado com o coman- do indicaria quais imagens de referência (via a visualização ou visualizações associadas) seriam removidas de um DPB.

Esta sintaxe pode ser desenvolvida para o fornecimento de uma palavra de controle indicando quais visualizações ou visualização devem ser removidas do DPB, simultanea- mente. Por exemplo, caso uma seqüência de vídeo apresente oito visualizações (iniciando com a visualização 0) associadas com ela, os valores utilizados para remoção das imagens de referência associadas com as visualizações (iniciando com a visualização 0) 1,4, e 5 se- riam definidos de acordo com valor de oito bits, tal como (11001101). Tal valor seria deriva- do começando da esquerda para a direita; a uma visualização 0 seria dado o valor de "1", cujas imagens de referência associadas com a visualização 0 seriam para serem mantidas. Movimentando-se para a direita para a visualização 1, a tal visualização é dado um valor "0". Contudo, dentro desta modalidade da presente invenção, o DPB removeria todas as ima- gens de referência no DPB que estivessem associadas com a visualização 1. Deve-se apre- ciar que outros comandos e valores podem ser implementados pelos especialistas da área, de acordo com os princípios desta modalidade.

A Figura 5 descreve uma modalidade exemplar de um sistema de codificação a ser utilizado de acordo com os princípios da presente invenção. Em uma versão simplificada do diagrama de blocos 500 na Figura 5, apresenta-se a operação entre um codificador 505, memória intermediária de codificação 510, e memória intermediária de imagem decodificada 515, e formatador de dados 520. Durante uma operação de codificação (tanto codificação quanto decodificação), uma imagem que esteja sendo presentemente codificada pelo codifi- cador 505 é apresentada na memória intermediária de codificação 510, enquanto que ima- gens de referência previamente codificadas são armazenadas na memória intermediária 515 de imagem decodificada. Conforme descrito anteriormente, o AVC descreve a utilização de comandos conhecidos como operações de controle de gerenciamento da memória (MMCO) que possibilitam ao codificador 505 especificar como as imagens de referência devem ser preservadas na memória intermediária 515 da imagem decodificada. Ou seja, quando uma imagem está sendo decodificada, tais MMCOs são introduzidos na parte principal da ima- gem sendo presentemente codificada, no sentido de especificar o que deveria ser feito com as imagens de referência que apareceram antes de tal imagem. Esta operação é conhecida como "assinalar". Estes comandos podem ser utilizados pelo codificador 505 no futuro para determinar-se o que precisa ser feito com uma imagem de referência que se encontre pre- sente na memória intermediária 515 da imagem decodificada. Deve-se observar que embora o termo imagem esteja sendo empregado para representar vários elementos de informação em vídeo, o AVC se refere ao uso de fatias, em que tais imagens de referência utilizam fati- as a partir da mesma imagem como uma "imagem de referência", e a despeito de como uma imagem pode ser subdividida, os princípios da presente invenção se aplicam.

Uma vez que as imagens sejam codificadas, elas podem ser enviadas como parte de um fluxo de dados, em que tais dados são formatados em um fluxo de bits para trans- missão através de uma rede de trabalho fazendo uso do formatador de dados 520. Prefe- rencialmente, o dado é transmitido na forma de unidades NAL que são ainda transmitidas em um fluxo de transporte (tal como pacotes IP, ou um Fluxo de Transporte MPEG-2, e e- Iementos do gênero), aonde o formatador de dados 520 transmite as unidades NAL nos pa- cotes de transporte. Portanto, o formatador de dados 520 pode transmitir tanto a informação da imagem codificada quanto os comandos endereçados acima na forma de unidades NAL1 aonde tais unidades NAL podem ser unidades NAL de prefixo e/ou sufixo. Adicionalmente, o formatador de dados 520 pode acrescentar o comando de informação IDR no interior de qualquer porção com capacidade de definição pelo usuário de uma unidade NAL. Deve-se compreender que o formatador de dados 520 pode colocar também os comandos de dados endereçados acima na parte principal de um pacote de dados, em uma carga útil de um pacote de dados, ou em uma combinação de ambos em um pacote de transporte.

Em uma modalidade de exemplo da presente invenção, o formatador de dados 520 é capaz de receber um fluxo de bits codificado dos pacotes de transporte, e formatar tais dados recebidos em unidades NAL capacitadas a serem decodificadas pelo codificador 505 na forma de dados de imagens de vídeo codificadas (construindo-se uma seqüência de i- magens móveis). Ou seja o formatador de dados 520 pode Ier as unidades NAL para deter- minar quais imagens representam as imagens IDR e/ou o codificador 505 compreende a unidade que é empregada para leitura do dado NAL para assinalar as imagens de referên- cia, associadas com uma visualização particular, na forma de “sem utilização como referên- cias”. O codificador 505 opera nesta modalidade opcional, o codificador 505 é empregado para decodificar o fluxo de bits recebido, em que a memória intermediária de imagem de codificação 510 e a memória intermediária 515 de imagem decodificada são para serem empregadas de acordo com a maneira definida com respeito aos padrões de codificação em vídeo AVC e MVC.

A Figura 6 compreende de uma modalidade de exemplo da presente invenção des- crita dentro de um fluxograma 600, que representa um método para o emprego de imagens IDR. Na etapa 605, o dado de imagem para uma imagem a ser codificada é processado pelo codificador 505. Conforme o dado de imagem vá sendo codificado, o codificador 505 na eta- pa 610 adiciona um comando designando se a imagem sendo codificada irá representar uma imagem de reposição instantânea de decodificação. Parte deste comando irá indicar se a imagem (se ela representa um IDR) virá a afetar a todas as imagens de referência que estão armazenadas (ou que sejam para serem armazenadas no DPB 515), ou se as ima- gens de referência armazenadas associadas com uma visualização particular, são para se- rem indicadas como “sem utilização como referências”.

O formatador de dados 520 utiliza o comando desenvolvido pelo codificador na eta- pa 610, e transmite tal comando IDR em uma NAL (preferencialmente, na forma de NAL de sufixo, conforme descrito anteriormente, embora possam ser empregados outros formatos de transmissão, de acordo com os princípios da invenção) na etapa 615.

Na etapa 620, um formatador de dados 520 semelhante recebe o fluxo de dados codificado, em que o formatador de dados faz a leitura do NAL para determinar se o NAL recebido representa um IDR, e quais imagens de referência armazenadas (conforme identi- ficação por meio da visualização) viriam a serem afetadas pela operação IDR. Na etapa 625, o codificador 505, conforme vá decodificando a informação da imagem codificada a partir de um NAL associado recebido (em uma modalidade preferida), implementa o comando IDR para assinalar as imagens de referência armazenadas como “sem utilização como referên- cias”, conforme identificadas no NAL de sufixo por visualização. Na etapa 630, o DPB 515 implementa tal comando e assinala as imagens de referência armazenadas selecionadas no comando IDR como “sem utilização como referências”, aonde o DPB 515 irá, eventualmen- te, remover tais imagens de referência.

Assim, por exemplo, os especialistas da área poderão apreciar que os diagramas de blocos apresentados neste relatório descritivo representam vistas conceituais de conjun- tos de circuitos ilustrativos personificando os princípios presentes. De forma similar, aprecia- rão que quaisquer fluxogramas, esquemas de fluxogramas, diagramas de transição de esta- do, pseudocódigos, e elementos do gênero representam vários processos que podem ser representados substancialmente na mídia de leitura por computador e assim sendo execu- tados por um computador ou processador, sejam ou não explicitamente apresentados tais computadores ou processadores.

As funções dos vários elementos mostradas nas figuras podem ser fornecidas atra- vés do uso de hardware projetado, bem como de hardware capaz de executar software em associação com o software apropriado. Quando provido de um processador, as funções po- dem ser fornecidas através de um único processador projetado, através de um único pro- cessador compartilhado, ou através de uma pluralidade de processadores individuais, al- guns dos quais podendo ser compartilhados. Mais ainda, o uso explícito do termo “proces- sador” ou “controlador” não deve ser concebido para se fazer referência exclusiva ao hard- ware capaz de executar software, e pode implicitamente incluir, sem limitação, hardware para processador de sinais digitais (“DSP”), memória fixa (“ROM”) para armazenagem de software, e memória de acesso aleatória (“RAM”), e memória não-volátil.

Podem ser incluídos outros tipos de hardware, convencionais e/ou comerciais. Simi- larmente, quaisquer comutadores mostrados nas figuras são de finalidades somente concei- tuais. Suas funções podem ser levadas adiante através da operação da lógica do programa, através de lógica projetada, através da interação do controle de programa e da lógica proje- tada, ou mesmo manualmente, a técnica particular sendo selecionável pelo implementador, conforme mais bem especificamente compreendido a partir do texto.

Nas reivindicações deste relatório, qualquer elemento expresso como um meio para o desempenho de uma função específica destina-se a englobar qualquer maneira de de- sempenho daquela função incluindo, por exemplo, a) uma combinação de elementos de circuito que desempenham aquela função ou b) software em qualquer formato, incluindo, firmware, micro-códigos ou elementos do gênero, combinados com o conjunto de circuitos apropriado para a execução daquele software que executa a função. Os princípios presen- tes definidos conforme tais reivindicações baseiam-se no fato de que as funcionalidades providas pelos vários meios recitados são combinadas e trazidas em conjunto na maneira pelas quais as reivindicações assim se referem.

No relatório descritivo, a referência a “primeira modalidade” ou “uma modalidade” dos princípios presentes representa que uma característica, estrutura, fator, particulares, e assim por diante, descritos em conexão com a modalidade são incluídos, pelo menos, em uma modalidade dos princípios presentes. Assim, o surgimento da frase “em uma primeira modalidade” ou “em uma modalidade” dando-se em vários lugares ao longo do relatório descritivo não está querendo fazer referência necessariamente a mesma modalidade.

Essas e outras características dos princípios presentes podem ser prontamente ve- rificados por um especialista da área com base nos ensinamentos aqui prestados. Deve-se compreender que os ensinamentos dos princípios presentes podem ser implementados em vários formatos de hardware, software, firmware, processadores para finalidades especiais, ou combinações dos mesmos.

Mais preferencialmente, os ensinamentos dos princípios presentes são implemen- tados na forma de uma combinação de hardware e software. Mais ainda, o software pode ser implementado na forma de um programa de aplicação praticamente embutido em uma unidade de armazenagem de programas. O programa de aplicação pode ser carregado, e executado, através de uma máquina apresentando qualquer tipo de arquitetura adequada. Preferencialmente, a máquina deve ser implementada em uma plataforma para computado- res apresentando hardware consistindo de uma ou mais unidades de processamento central ("CPU”), uma memória de acesso aleatório (“RAM”), e interfaces de entrada/saída (“1/0). A plataforma para computadores pode incluir ainda um sistema operacional e código para mi- cro instruções. Os vários processos e funções descritos neste relatório podem tanto fazer parte do código de micro instruções ou fazer parte do programa de aplicação, ou ser uma combinação dos mesmos, com execução sendo feita por uma CPU. Em acréscimo, várias outras unidades periféricas podem ser conectadas junto à plataforma para computadores, tal como uma unidade de armazenagem de dados e uma unidade de impressão.

Deve-se compreender ainda que, devido a alguns componentes e métodos do sis- tema constituinte descritos nos desenhos de acompanhamento serem preferencialmente implementados no software, as conexões atuais entre os componentes do sistema ou os blocos da função de processo podem diferir dependendo da maneira pela qual os princípios presentes são programados. Dado os ensinamentos aqui restados, um especialista na área pertinente será capaz de contemplar estas e outras implementações ou configurações se- melhantes dos princípios presentes.

Embora as modalidades ilustrativas tenham sido descritas com referência aos de- senhos de acompanhamento, deve-se compreender que os princípios presentes não se en- contram limitados a estas modalidades precisas, e que várias alterações e modificações 5 podem ser realizadas nas mesmas por um especialista na área pertinente sem ocorrer o desvio do escopo ou espírito dos princípios presentes. Todos tipos de tais mudanças e mo- dificações pretendem se inserir dentro do escopo dos princípios presentes estabelecidos conforme as reivindicações apensas.

Claims (17)

1. Método para codificação de dados em vídeo correspondendo a uma seqüência de imagens móveis, CARACTERIZADO por compreender as etapas de: codificar a informação (605) em vídeo correspondendo a uma imagem em vídeo, em que a referida imagem em vídeo corresponde, pelo menos, a uma visualização de múlti- plas visualizações; gerar informação (610) indicando se, pelo menos, uma imagem de referência arma- zenada de uma segunda visualização de uma múltipla visualização deve ser eliminada.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de com- preender as etapas adicionais de: transmitir a referida informação em vídeo codificada e referida informação indicando se uma imagem de referência armazenada deve ser eliminada.

3. Método, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADO pela referida etapa de transmissão transmitir a referida informação em vídeo codificada em uma primeira unida- de de camada genérica na rede de trabalho (NAL) e referida informação gerada em uma segunda unidade NAL.

4. Método, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pela referida uni- dade NAL consistir de uma unidade NAL associada e a segunda NAL consistir de uma uni- dade NAL de sufixo.

5. Método, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADO pelo fato da referi- da etapa de transmissão transmitir a referida informação em vídeo codificada em uma carga útil de um pacote de transporte e referida informação indicando, pelo menos, se uma ima- gem referência armazenada de uma segunda visualização deve ser eliminada.

6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, CARACTERIZADO pelo fato das referidas, primeira e segunda, visualizações consistirem de diferentes visualizações de uma múltipla visualização.

7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, CARACTERIZADO pelo fato das referidas, primeira e segunda, visualizações, consistirem da mesma visualização de uma múltipla visualização.

8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, CARACTERIZADO pelo fato da referida informação indicar se uma imagem de referência armazenada de uma segunda visualização deve ser eliminada, assinalando tal imagem de referência como “não utilizada como referência”.

9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 8, CARACTERIZADO pelo fato da informação adicional ser gerada e transmitida indicando se uma imagem de referência armazenada de uma terceira visualização, que é diferente das referidas, primeira e segunda visualizações, deve de ser eliminada.

10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 9. CARACTERIZADO pelo fato da referida imagem codificada consistir de uma imagem deco- dificada de reposição instantânea.

11. Método para decodificação de um fluxo de bits recebido representando uma se- quência de múltipla visualização de imagens em vídeo, CARACTERIZADO por compreen- der as etapas de: processamento da informação (620) junto ao referido fluxo de bits de forma a deco- dificar a informação de imagem em vídeo codificada associada com uma primeira visualiza- ção de uma múltipla visualização; determinação de se a referida ínformação( 625) existe no referido fluxo de bits ne- cessita da eliminação de, pelo menos, uma imagem de referência armazenada associada com uma segunda visualização de uma múltipla visualização.

12. Método, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de compreender a etapa adicional de: eliminar, pelo menos, uma imagem de referência referida associada com uma se- gunda visualização a partir de uma memória.

13. Método, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato da re- ferida etapa de eliminação ser realizada devido a, pelo menos, uma imagem de referência referida ser denominada como sendo “sem utilização para referência”.

14. Método, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato de compreender a etapa adicional de: reter na referida memória, pelo menos, uma imagem de referência associada com uma terceira visualização a partir de uma memória, em que as referidas, segunda visualiza- ção e terceira visualização, representam diferentes visualizações.

15. Método, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADO pelo fato da re- ferida memória compreender de uma memória intermediária de imagem decodificada.

16. Método, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato da re- ferida informação indicar que a referida imagem codificada consiste de uma imagem decodi- ficada de reposição instantânea.

17. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 11 a 16, CARACTERIZADO pelo fato da referida primeira visualização e a referida segunda visuali- zação consistirem da mesma visualização.