BRPI0715628A2 - tratamento ultra-sânico da glaucoma - Google Patents

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Abstract

TRATAMENTO ULTRA-SâNICO DE GLAUCOMA. É aqui descrito um método de tratamento de glaucoma. O método inclui as etapas de fornecimento de um dispositivo ultra-sônico que emite energia ultra-sônica, a manutenção do instrumento ultra-sônico em uma localização externa à rede trabecular, a transmissão da energia ultra-sônica em uma freqúência até uma localização desejada por um tempo predeterminado, o deslocamento de material formado na rede trabecular, e a geração de calor que inicia alterações bioquímicas no olho.

Description

TRATAMENTO ULTRA-SÔNICO DE GLAUCOMA
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção está relacionada de forma geral ao tratamento de glaucoma e, mais particularmente, a um método para o tratamento de glaucoma com a utilização de energia ultra-sônica de baixa intensidade. FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
0 glaucoma de ângulo aberto existe quando a pressão no olho não é tolerada pelo paciente e está causando dano ao nervo óptico. O tratamento atual para o glaucoma de ângulo aberto se destina a reduzir a pressão intra-ocular a um nível que seja seguro para o olho do paciente, para
preservar a visão.
O glaucoma de ângulo aberto é tratado com agentes farmacêuticos. Outro método de tratamento, o tratamento com laser para o glaucoma de ângulo aberto, foi reservado para insucessos com o tratamento médico, mas vem ganhando terreno como tratamento primário. Outra abordagem, a cirurgia intra-ocular, está reservada para os casos em que o tratamento médico e/ou com laser não é bem sucedido.
Freqüentemente, a pressão aumentada no olho é causada por um bloqueio da capacidade do líquido para sair do olho, e não por um real aumento do próprio líquido. Como mostrado na FIG. 1, o bloqueio está tipicamente na parte da rede trabecular próxima ao canal de Schlemm, denominada rede justacanalicular. A rede é tipicamente bloqueada por alterações anatômicas, pigmento, restos da matriz extracelular ou material pseudo-esfoliativo.
O tratamento médico é dirigido à diminuição do líquido 3 0 (humor aquoso) ou ao aumento da capacidade de saída do líquido do olho. 0 tratamento médico não é curativo. Ele é usado de forma continua para diminuir a pressão. Porém, quando o tratamento é interrompido, a pressão se eleva. Além disso, o tratamento médico exige a adesão do paciente, possui efeitos colaterais indesejados, é caro, e pode interagir deficientemente com outros tratamentos médicos para o paciente.
0 tratamento com laser foi parcialmente bem sucedido em seu método original (argônio) . Um tratamento com laser mais recente como, por exemplo, trabeculoplastia seletiva a laser, está ganhando terreno. No entanto, o tratamento com laser é realizado dentro do olho, e trata a rede trabecular interna, não a externa. Com esse tratamento, há uma resposta fisiológica secundária que faz com que as células removam alguns restos depois da aplicação do laser.
Freqüentemente, após cirurgia de catarata moderna de hoje, há uma diminuição da pressão intra-ocular como um efeito colateral positivo não intencional. Quando o cristalino é removido, há mais espaço na frente do olho. A cirurgia de catarata moderna típica remove a catarata por emulsificação ultra-sônica do material cristaliniano. Esse método é conhecido como facoemulsificação. A cirurgia de catarata mais antiga, sem implantes, removia mais material de dentro do olho, mas a diminuição da pressão intra-ocular não era tão consistente quanto a que ocorre com cirurgia moderna de hoje ou atual. Acredita-se que o ultra-som usado para quebrar o material cristaliniano ajuda a deslocar o material formado. No entanto, este é apenas um efeito colateral e, como descrito abaixo, a energia ultra-sônica usada na facoemulsificação é suficientemente intensa para danificar o tecido.
Conseqüentemente, há necessidade de um tratamento de glaucoma que inclua um método de aplicação de energia ultra-sônica ao olho para deslocar o material formado e iniciar processos bioquímicos para reduzir e remover restos extracelulares, diminuindo, dessa forma, a pressão, e que possa ser realizado sem danificar os tecidos. SUMÁRIO DAS MODALIDADES PREFERIDAS
De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção, é fornecido um método de tratamento de glaucoma. 0 método inclui as etapas de fornecimento de um dispositivo ultra-sônico que emite energia ultra-sônica, manutenção do instrumento ultra-sônico em uma localização externa à rede trabecular, transmissão da energia ultra-sônica em uma freqüência até uma localização desejada por um tempo predeterminado, deslocamento do material formado na rede trabecular, e geração de calor que inicia alterações bioquímicas no olho. Em uma modalidade preferida, a ponta é arredondada ou a ponta inclui uma superfície corneana curva, uma superfície escleral curva e uma crista.
De acordo com outro aspecto da presente invenção, é fornecido um dispositivo ultra-sônico manual que inclui uma caneta, um transdutor ultra-sônico disposto na caneta, uma fonte de energia, um bastão que se estende a partir do transdutor ultra-sônico, e uma ponta localizada na extremidade do bastão. A energia ultra-sônica é transferida do transdutor ultra-sônico até a ponta. Em uma modalidade preferida, a caneta é anexada ao transdutor ultra-sônico em
um ponto neutro.
De acordo com outro aspecto da presente invenção, é fornecido um método de tratamento de glaucoma em um olho humano que inclui uma lente intra-ocular com uma superfície exterior, uma córnea, uma esclera e uma rede trabecular. O método inclui as etapas de implantação da lente intra- ocular, o fornecimento de um dispositivo ultra-sônico que emite energia ultra-sônica, a manutenção do dispositivo ultra-sônico em uma localização afastada da lente intra- ocular, a transmissão da energia ultra-sônica em uma freqüência até uma localização desejada por um tempo predeterminado, o deslocamento do material formado na rede trabecular, e a geração de calor que inicia alterações bioquímicas dentro do olho. BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
A invenção pode ser mais bem compreendida por referência aos desenhos que a acompanham, nos quais:
A FIG. 1 é uma visão de uma porção do interior de um
olho ;
A FIG. 2 é uma visão de uma porção do interior de um olho que inclui instrumentos usados em facoemulsificação; A FIG. 3 é uma visão em perspectiva de um dispositivo
ultra-sônico usado para o tratamento de glaucoma que é usado na parte externa do olho, de acordo com a modalidade preferida da presente invenção;
A FIG. 4 é um corte transverso de uma visão superior lateral do dispositivo da FIG. 3;
A FIG. 4a é um detalhe superior lateral da ponta do dispositivo da FIG. 3 com um bastão curvo;
A FIG. 4b é uma visão em perspectiva de outra
modalidade da ponta; 3 0 A FIG. 4c é uma visão da extremidade da ponta da FIG. 4b;
A FIG. 4d é um corte transverso de uma visão superior lateral da ponta da FIG. 4b;
A FIG. 5 é uma visão em perspectiva do dispositivo ultra-sônico da FIG. 3, juntamente com uma fonte de energia; e
A FIG. 6 é uma visão superior lateral de um dispositivo ultra-sônico usado para o tratamento de glaucoma que é usado de forma intra-ocular, de acordo com outra modalidade preferida da presente invenção.
Numerais semelhantes se referem a partes semelhantes em todas as várias visões dos desenhos. DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS
São aqui descritas modalidades preferidas de um método para o tratamento ultra-sônico de glaucoma. O método inclui o uso de ferramentas que também são mostradas nas FIGS. 3 - 6 .
Geralmente, o método inclui o fornecimento de energia ultra-sônica a uma área desejada do olho para deslocar material da rede trabecular, reduzindo, dessa forma, a pressão dentro do olho. Os métodos descritos atualmente são usados para reduzir a pressão que se forma no olho descrita acima.
Será observado que termos como "frontal", "posterior", "superior", "inferior", "lateral", "para cima" e "para baixo" aqui usados visam simplesmente facilitar a descrição, e referem-se à orientação dos componentes mostrados nas figuras. Deve-se entender que qualquer orientação dos instrumentos e dos componentes destes aqui descrita está dentro do escopo da presente invenção. 10
A FIG. 2 mostra a facoemulsificação sendo realizada em um olho. Como é descrito, foi demonstrado que a técnica de facoemulsificação causa uma diminuição da pressão no olho. No entanto, a intensidade do ultra-som usada na facoemulsificação é bem vigorosa, e é projetada para esculpir o tecido cristaliniano ou romper sua anatomia. Como pode ser observado na FIG. 2, o instrumento está, na verdade, em contato com o cristalino. Além disso, o instrumento de ultra-som comumente usado para a facoemulsificação possui uma ponta que é afilada e aguda, é projetada para se envolver com o tecido no olho diretamente, e possui três entradas para ultra-som, irrigação e aspiração.
Em uma modalidade preferida da presente invenção, os instrumentos (descritos abaixo) concentram a energia do ultra-som a uma distância do tecido e não entram em contato com ele diretamente. Além disso, a intensidade do ultra-som é, de preferência, significativamente menos vigorosa do que a facoemulsificação e, portanto, cria energia acústica em uma intensidade bem mais suave. Por último, a área específica e o foco do tratamento são a rede trabecular na porção anterior do globo ocular, e não o cristalino do olho, como na facoemulsificação.
As forças obtidas pelo tratamento com ultra-som são complexas, mas se enquadram em duas categorias principais: acústico-mecânicas, e geradas por calor. Por exemplo, veja o Pedido de Patente U.S. N0 11/220.128 para Bachem, e Patente U.S. N0 6.162.193 para Ekberg, cujas totalidades são aqui incorporadas por referência. 0 ultra-som cria 3 0 microbolhas que podem implodir vigorosamente e, desse modo, criar calor e um micromovimento violento. Isso é conhecido como cavitação. A criação de microbolhas e a subseqüente implosão com calor podem ser estáveis ou instáveis (transitória). A cavitação estável tem menos probabilidade de causar a necrose celular e dano tecidual. Além disso, há um efeito da frente de onda do ultra-som que cria um fenômeno de transmissão continua (streaming) que permite o movimento de partículas dentro de um líquido.
0 dispositivo 10 para o tratamento de glaucoma por ultra-som descrito abaixo inclui um equilíbrio, de tal forma que a freqüência, a potência e a duração do ultra-som propagado possuem o equilíbrio ótimo de cavitação, calor e transmissão acústica contínua controlados para agir na rede trabecular. O efeito é tal que os restos, ou outras estruturas oclusivas, podem ser deslocados para criar um fluxo de saída maior pelas forças mencionadas acima. Além disso, a natureza do calor gerado e a reação inflamatória subseqüente são dirigidas para iniciar cascatas de reações bioquímicas que levam à remodelagem da matriz extracelular 2 0 e à indução de macrófagos para a remoção de restos extracelulares para aumentar ainda mais o efeito de longo
prazo do tratamento.
São aqui descritos dois tipos de instrumentos usados para tratar por ultra-som o olho, um para imediatamente após cirurgia de catarata (intra-ocular) , e outro para uso na superfície do olho (externo), que pode ser usado sem ter que penetrar no interior do olho.
Em relação às FIGS. 3-5, é mostrado um dispositivo ou sonda 10 para o tratam ento na parte externa da superfície do olho. Geralmente, o dispositivo 10 inclui um cabo de
30 alimentação 12, uma fonte de energia 13 e um transdutor ultra-sônico 14 abrigados dentro de uma caneta 16. Contempla-se que pode ser usada corrente alternada (AC) ou corrente direta (DC). No entanto, em uma modalidade preferida, é fornecida corrente direta (DC) (que pode ser de corrente alternada e depois convertida em DC, ou pode ser de um conjunto de baterias) . Será subentendido por aqueles habilitados na técnica que o tipo de transdutor ultra-sônico não é uma limitação para a presente invenção. Por exemplo, a energia ultra-sônica pode ser fornecida por energia piezelétrica, por líquidos, cristais etc. Veja, por exemplo, a Patente U.S. N0 6.616.030 para Miller, que é aqui incorporada por referência em sua totalidade. No exemplo mostrado nas figuras, o transdutor ultra-sônico 14 usa tecnologia piezelétrica. A energia ultra-sônica produzida pelo transdutor 14 é transmitida por um bastão 2 0 e até a ponta 18. De preferência, a ponta 18 é romba e arredondada com uma superfície que permite a interface de gel ou líquido apropriada com a superfície ocular. A ponta romba é preferida em relação à ponta aguda da técnica estabelecida para evitar laceração da superfície ocular
exterior ou a córnea.
Em uma modalidade preferida, a caneta 16 é anexada ao transdutor em um ponto neutro, de modo a não interferir, ou diminuir, a produção de ultra-som dentro da caneta; mas evitando o contato com a ponta 18 para permitir energia máxima. Como mostrado na FIG. 4, há um espaço entre a caneta 16 e o bastão 20 e/ou a ponta 18. A caneta 16 pode ser anexada ao transdutor, por exemplo, por fechos 3 0 rosqueados 22, rebites, ou semelhantes. Como mostrado nas FIGS. 3-5, a caneta 16 possui um formato de modo a se encaixar facilmente na mão do usuário. Em uma modalidade preferida, a caneta 16 inclui um cabo 24 que se estende a partir dela que pode ser segurado pela segunda mão do usuário. Com esse design, o usuário pode segurar a caneta 16 com uma das mãos e usar a outra para guiar o dispositivo 10 usando o cabo 24. Isso dá uma maior capacidade para manipular o dispositivo 10 da forma desejada. 0 cabo 24 pode ser reto ou curvo (como é mostrado na FIG. 3) . A caneta 16 também pode incluir uma depressão ou depressões ou outras adições ergonômicas para fazer com que a caneta 16 seja segurada mais facilmente.
Em uma modalidade exemplar, o instrumento possui comprimento de 9 cm da parte de trás da caneta até a ponta, e a ponta é arredondada até aproximadamente um diâmetro de 4 mm. No entanto, isso não é uma limitação para a presente invenção.
Como mostrado na FIG. 4, em uma modalidade preferida, o bastão 2 0 é reto. No entanto, em outra modalidade, o bastão 2 0 pode ser curvo ou angulado. Como mostrado na FIG. 4a, o ângulo pode ser de cerca de 90 graus. No entanto, o ângulo também pode ser entre 0 e 90 graus. A energia ultra- sônica é transmitida diretamente até a ponta 18 e, com o bastão reto 20, fornece movimento para frente e para trás (como um pistão ou uma perfuratriz). 0 bastão 2 0a curvo em um ângulo de 90 graus permite um movimento que é paralelo ao eixo do bastão, e causa um movimento de deslizamento
para frente e para trás na ponta 18.
Em relação às FIGS. 4b-4d, como será observado por aqueles habilitados na técnica, a córnea e a esclera 10
15
possuem raios de curvatura diferentes. Como resultado, forma-se um ângulo no local em que se unem (veja a FIG. 2) . Como mostrado nas FIGS. 4b-4c, em outra modalidade, a ponta 18a pode ser modelada de modo a se adaptar ou se encaixar na junção da córnea e esclera (conhecida como limbo). Como mostrado na FIG. 4c, a ponta 18a inclui uma crista 70, uma seção corneana 72 e uma seção escleral 74. Os raios de curvatura da seção corneana 72 e da seção escleral 74 simulam os da córnea e da esclera típicas. Como é mostrado na FIG. 4c, a crista 70 tem uma ligeira curvatura para combinar com a curva natural da córnea. Em uso, a crista 7 0 é colocada na junção da córnea com a esclera (no limbo), a seção corneana 72 repousa contra a córnea e a seção escleral repousa contra a esclera. Será subentendido que a crista 70, a seção corneana 72 e a seção escleral 74 possuem bordas suaves e arredondadas de modo a evitar danos ao olho.
Em uma modalidade alternativa, a ponta pode incluir um elemento de aquecimento que permite que o calor criado pela energia de ultra-som seja intensificado. Como é conhecido na técnica, a necrose de tecido e a dor são iniciadas em aproximadamente 42,5 graus centígrados. Como mencionado acima, é desejável aquecer suficientemente o tecido-alvo para causar processos bioquímicos favoráveis.
Conseqüentemente, o elemento de aquecimento pode ser fornecido para aquecer o tecido até um nível favorável para permitir a ocorrência dos processos bioquímicos descritos acima, mas abaixo de um nível que crie necrose de tecido e dor.
Com referência às FIGS. 1 e 2 para a anatomia do olho
20
30 10
e FIG. 3, em uso, o dispositivo 10 é usado para aplicar ultra-som dirigido ou concentrado à área sobreposta à rede. Em outra modalidade, a energia ultra-sônica pode ser não concentrada. Por exemplo, o ultra-som concentrado pode ser aplicado a 63.500 Hz usando 4 watts de potência. Como pode ser observado na FIG. 2, a rede está localizada perto da área onde a córnea e a esclera se encontram. De preferência, é colocado um gel ou líquido anestésico e/ou de condução no olho (ou na ponta 18) , e depois a energia acústica ultra-sônica é aplicada na freqüência desejada, a qual, por sua vez, é transmitida à rede trabecular, deslocando, dessa forma, o material que está bloqueando a passagem de líquido e aquecendo a rede para iniciar as proteínas de choque térmico, estimular metaloproteinases da matriz e induzir atividade de macrófagos e/ou outros processos bioquímicos desejados.
Em operação, o dispositivo 10 é movido 360° em torno do olho sobre a área límbica, enquanto se fornece energia ultra-sônica ao olho. No entanto, em uma modalidade preferida, a ponta 18 não é passada em torno da área límbica do olho em um caminho de 360°, mas, em vez disso, o usuário pára em diversos pontos predeterminados e aplica a energia ultra-sônica em uma freqüência predeterminada, por uma duração predeterminada em uma potência predeterminada. 2 5 Por exemplo, o usuário pode parar em doze pontos espaçados igualmente, de forma similar às horas em um relógio. Em outra modalidade, com uma ponta de aproximadamente 4 mm, somente oito áreas de tratamento podem ser suficientes.
A duração do tempo, o número de áreas de tratamento e a intensidade da energia de ultra-som dependem de casos
30 individuais. Em uma modalidade exemplar, o procedimento pode ser realizado a cerca de 63.500 Hz com 4 watts de potência, por intervalos de cerca de vinte segundos, em cerca de doze pontos em torno do olho. No entanto, esses números não são uma limitação para a presente invenção. Além disso, em alguns casos, pode ser necessário que, após esse tratamento, seja realizada uma massagem corneana anterior para ajudar o fluxo de humor aquoso através da rede para ajudar a limpar a via.
Em operação, a energia ultra-sônica é fornecida da seguinte forma. Em uma modalidade preferida, a faixa de freqüência da energia ultra-sônica é de cerca de 20.000 a 100.000 Hz. Em uma modalidade mais preferida, a faixa de freqüência é de cerca de 50.000 a 70.000 Hz. Na modalidade mais preferida, faixa de freqüência é de cerca de 62.000 a 66.000 Hz. Em uma modalidade preferida, a faixa de duração é de cerca de 5 a cerca de 35 segundos. Em uma modalidade mais preferida, a faixa de duração é de cerca de 12 a cerca de 27 segundos e, na modalidade mais preferida, a faixa de duração é de cerca de 18 a cerca de 22 segundos. Em uma modalidade preferida, é fornecida potência na faixa de cerca de 1 a cerca de 6 watts, com cerca de 4 watts sendo a mais preferida. Como foi descrito acima, essas faixas serão diferentes para casos individuais e, portanto, essas não são uma limitação para a presente invenção.
Essas faixas são de intensidades suficientemente baixas para evitar danos ao olho. No entanto, em uma modalidade preferida, a energia ultra-sônica aplicada às estruturas do olho gera calor e transmissão acústica continua acústico-mecânica ou cavitação estável que é 10
transmitida à rede e ajuda a deslocar o material formado, e inicia alterações bioquímicas para reestruturar a matriz extracelular e induzir atividade de macrófagos, como descrito acima.
Em uma modalidade preferida, para evitar a contaminação ou a disseminação de um paciente para outro, a ponta exposta 18 ou 18a do dispositivo 10 pode ser coberta com uma pequena dedeira ou com um preservativo. Com essa cobertura sobre a ponta, há pouco ou nenhum decréscimo da elevação da temperatura do tratamento em relação a quando o tratamento é realizado sem um preservativo, ou semelhante.
Em relação à FIG. 6, é mostrado um dispositivo para o tratamento dentro do olho. Esse dispositivo é usado preferivelmente após cirurgia de catarata, na medida em que a entrada no interior do olho já ocorreu. No entanto, essa não é uma limitação para a presente invenção. Durante a cirurgia de catarata, o cristalino é substituído por uma lente intra-ocular. O dispositivo intra-ocular 50 se destina ao tratamento dentro do olho. Como descrito acima,
2 0 há tipicamente uma diminuição da pressão no olho após
cirurgia de catarata.
0 dispositivo intra-ocular 50 preferivelmente inclui entradas de anexação 52 e 54 para a introdução do líquido de irrigação e aspiração do líquido de irrigação, respectivamente. No entanto, é contemplado que as entradas 52 e 54 podem ser omitidas em uma modalidade.
O dispositivo intra-ocular 50 também inclui um cabo da fonte de energia 56 para o módulo do transdutor (similar àquele no dispositivo 10) do ultra-som, que fica contido em
3 0 uma caneta 58. 10
Localizada em uma extremidade da caneta 58, oposta à extremidade das entradas de anexação 54 e 56, está uma ponta 64 que preferivelmente inclui entradas 60 e 62 que permitem o fluxo de entrada do líquido da entrada de anexação 52 e para dentro e para fora do olho, respectivamente.
A ponta 64 é projetada acusticamente com a concavidade ou a convexidade apropriadas para permitir a concentração do ultra-som 25 dentro da rede trabecular. Ela também pode ser energia ultra-sônica não concentrada. Em uma modalidade preferida, a ponta 64 inclui uma ponta em cone invertido que fornece a habilidade para concentrar a energia ultra- sônica e dirigi-la para o ângulo da câmara anterior. Em uma modalidade, a extremidade da ponta 64 pode ser aberta para irrigação, eliminando, dessa forma, a necessidade de uma porta para fluxo de entrada 60. Em outra modalidade, a ponta 64 pode ser sólida para permitir melhores características do ultra-som. De preferência, a ponta 64 não é aguda para evitar dano indesejável da lente intra- ocular ou de outras partes do interior do olho.
Em uso, após a realização da cirurgia de catarata e da substituição do cristalino por uma lente intra-ocular, o dispositivo 50 é usado para aplicar energia ultra-sônica no ângulo da câmara anterior, que é a área onde a íris e a córnea se encontram, e está diretamente acima (como orientada na FIG. 2) da rede trabecular. Líquido é introduzido como desejado dentro do olho, e depois a energia acústico-mecânica é transmitida à rede trabecular usando o dispositivo 50. 0 dispositivo 50 é mantido acima da íris e da lente intra-ocular (de preferência, ele nunca
30 10
entra em contato com a íris ou com a lente intra-ocular) e a energia ultra-sônica é concentrada e dirigida ao ângulo da câmara anterior, e depois é movida para tratar 3 60 graus do ângulo da câmara anterior (similar à descrição acima com o dispositivo externo 10). A onda de líquido pulsada vibra o material intra-trabecular livre e lava a rede. Uma entrada de aspiração coexistente 62 permite que o material deslocado, por exemplo, pigmento, material pseudo- esfoliativo etc. na câmara anterior seja removido.
Um efeito colateral do método de vibrar de forma ultra-sônica o olho aqui descrito é que a energia ultra- sônica pode alterar o gel vítreo na parte posterior do olho, e causar descolamento vítreo, ou seja, a separação do gel vítreo da retina.
Será subentendido que o uso do dispositivo interno é
similar ao do dispositivo externo 10 (incluindo freqüências, durações, potências, localizações etc.), exceto que o dispositivo interno é usado dentro do olho após uma lente intra-ocular ter sido implantada. O
tratamento pode ser realizado em um paciente diretamente após implantação da lente intra-ocular (ou diretamente após cirurgia de catarata) , ou pode ser efetuado em um paciente que teve uma lente intra-ocular implantada em uma data anterior.
As modalidades descritas acima são modalidades
exemplares da presente invenção. Aqueles habilitados na técnica podem agora fazer vários usos a partir das modalidades descritas acima, sem se afastar dos conceitos da invenção aqui revelados. Conseqüentemente, a presente invenção deve ser definida exclusivamente pelo escopo das
30 reivindicações a seguir

Claims (18)

1. Método de tratamento de glaucoma em um olho humano que inclui uma córnea, uma esclera, um limbo e uma rede trabecular, o método caracterizado por compreender as etapas de: a. fornecimento de um dispositivo ultra-sônico que emite energia ultra-sônica; b. manutenção do instrumento ultra-sônico em uma localização externa à rede trabecular; c. transmissão da energia ultra-sônica em uma freqüência até uma localização desejada por um tempo predeterminado; d. deslocamento do material formado na rede trabecular; e e. geração de calor que inicia alterações bioquímicas dentro do olho.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dispositivo é mantido contra o olho.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dispositivo possui uma ponta, e em que a ponta inclui uma superfície corneana curva, uma superfície escleral curva e uma crista.
4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as etapas (a) a (e) são realizadas em diversas localizações em torno do limbo.
5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a freqüência é entre cerca de 20.000 Hertz e cerca de 100.000 Hertz.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o tempo é entre cerca de 5 segundos e cerca de 35 segundos.
7. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o calor gerado não ultrapassa cerca de 42,5 graus centígrados.
8. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o dispositivo ultra-sônico compreende uma caneta que inclui um cabo que se estende a partir dela.
9. Dispositivo ultra-sônico manual para o tratamento de glaucoma, caracterizado por compreender: a. uma caneta, b. um transdutor ultra-sônico disposto na caneta, c. uma fonte de energia, d. um bastão que se estende a partir do transdutor ultra-sônico, e e. uma ponta localizada na extremidade do bastão, em que a energia ultra-sônica é transferida do transdutor ultra-sônico até a ponta.
10. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a ponta é arredondada.
11. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a ponta inclui uma superfície corneana curva, uma superfície escleral curva e uma crista.
12. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a caneta inclui um cabo que se estende a partir dela.
13. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o cabo compreende um bastão fino que se estende para fora da caneta.
14. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a caneta é anexada ao transdutor ultra-sônico em um ponto neutro.
15. Dispositivo ultra-sônico manual, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que a crista é curva.
16. Método de tratamento de glaucoma em um olho humano que inclui uma lente intra-ocular com uma superfície exterior, uma córnea, uma esclera e uma rede trabecular, o método caracterizado por compreender as etapas de: a. implantação da lente intra-ocular; b. fornecimento de um dispositivo ultra-sônico que emite energia ultra-sônica; c. manutenção do dispositivo ultra-sônico em uma localização afastada da lente intra-ocular; d. transmissão da energia ultra-sônica em uma freqüência até uma localização desejada por um tempo predeterminado; d. deslocamento do material formado na rede trabecular; e e. geração de calor que inicia alterações bioquímicas dentro do olho.
17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a freqüência é entre cerca de 20.000 Hertz e cerca de 100.000 Hertz.
18. Método, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o tempo é entre cerca de 5 segundos e cerca de 35 segundos.
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