BRPI0708277A2 - prendedor cego de parafuso mecanicamente travado - Google Patents

Abstract

PRENDEDOR CEGO DE PARAFUSO MECANICAMENTE TRAVADO. A presente invenção provê um prendedor cego de parafuso tendo um parafuso central. O parafuso central tem uma porção roscada e uma porção não roscada de modo a encaixar uma luva deformável e um corpo. Uma saliência se estende a partir da luva ou do corpo de modo a encaixar uma ranhura no parafuso central a fim de impedir o movimento axial do parafuso central com relação ao corpo e à luva. Uma porca de montagem opcional é posicionada entre a cabeça do corpo e as superfícies chatas de chave do parafuso central. A porca de montagem tem saliências que se encaixam nos elementos correspondentes na cabeça do corpo.

Description

"PRENDEDOR CEGO DE PARAFUSO MECANICAMENTE TRAVADO"

REFERÊNCIA CRUZADA COM PEDIDOS RELACIONADOS

O presente pedido reivindica a prioridade do Pedido de Patente Provisório U.S. N.60/777 379, intitulado "Mechanically Locked Blind Bolt Fastener" depositado em 28 de feve-reiro de 2006, e incorporado ao presente documento à guisa de referência.

CAMPO DA INVENÇÃO

A presente invenção refere-se, de modo geral a prendedores cegos, e mais especi-almente a prendedores cegos de parafuso mecanicamente travados.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

Os Prendedores cegos são utilizados em uma variedade de aplicações a fim de co-nectar duas ou mais peças de trabalho entre si. Na construção de modelos aerodinâmicos,tais como as superfícies de controle de aeronaves ou coisa do gênero, geralmente é dese-jada uma superfície substancialmente nivelada sobre o lado acessível dos painéis. Muitasvezes, porém, o acesso ao lado cego não é possível, o que poderá complicar a instalaçãodo prendedor. Nestes casos, o uso de um prendedor cego é adequado, uma vez que o a-cesso a apenas um lado do painel encontra-se disponível para a instalação do prendedor.

Os prendedores cegos típicos compreendem um corpo de porca roscada interna-mente e um parafuso central cilíndrico roscado externamente ou haste que passa no encai-xe roscado através de todo o corpo de porca. A extremidade inserida do parafuso centraltem uma cabeça de parafuso central alargada, enquanto a outra extremidade do parafusocentral tem uma porção de encaixe de chave de parafuso. Sendo assim, mediante a inser-ção do prendedor nas aberturas alinhadas de um par de peças de trabalho e mediante omovimento de giro do parafuso central com relação ao corpo de porca, o parafuso central semovimenta em uma direção para fora axial, através do corpo de porca. Este para fora axialtipicamente faz com que uma luva deformável em torno do parafuso central e intermediáriaao corpo de porca se deforme ao redor do nariz cônico do corpo de porca. A luva deformá-vel monta um formato tipo bulbo de modo a prover uma cabeça cega lateral contra a super-fície interna da peça de trabalho interna. O parafuso central é provido ainda com uma regiãoenfraquecida localizada ou ranhura de quebra adaptada para cortar o parafuso central emuma determinada localização e torque.

É vantajoso que a ranhura de quebra corte o parafuso central em uma relaçãosubstancialmente nivelada com a cabeça de corpo de prendedor depois de o prendedor sertotalmente ajustado. Particularmente, busca-se uma quebra exata do parafuso central nosprendedores com cabeças de corpo escariadas de modo a prover uma relação nivelada en-tre o prendedor ajustado e o painel externo, provendo, assim, uma superfície lisa aerodinâ-mica depois de o prendedor ser ajustado.

No entanto, devido a inúmeros fatores, incluindo as variações de espessura de pai-nel combinada, às vezes a ranhura de quebra sobre o parafuso central se estende para a-lém da posição nivelada com a cabeça de corpo de prendedor. Por isso, quando ocorre umcisalhamento ou quebra na ranhura de quebra, uma porção do parafuso central restante seprojeta para além da cabeça de corpo de prendedor. Como resultado, muitas vezes é ne-cessário esmerilhar a cabeça de corpo de prendedor de modo que o parafuso central fiquenivelado com a cabeça de corpo de prendedor. A prevenção de tal saliência irá proporcionaruma economia de custos através da eliminação de operações e de força de trabalho adicio-nais necessários na aparagem, alisamento, e recorte da haste de parafuso central salientede modo a prover um acabamento nivelado.

Em contrapartida, o posicionamento da ranhura de quebra de modo a nivelar aquebra para abaixo da superfície de cabeça poderá resultar em cavidades que devem serenchidas. Mais uma vez, ao se eliminar a necessidade de se encher essas cavidades será proporcionada uma economia de custos através da eliminação de operações adicionais e deforça de trabalho necessária para a provisão de um acabamento nivelado. Além disso, asquebras baixas (o nivelamento abaixo) pode resultar em alguma perda de resistência nacabeça de prendedor.

Exigências adicionais são feitas aos prendedores quando usados em aviões. Porexemplo, os componentes de prendedores mecânicos de múltiplas peças utilizados em ae-ronaves na frente das entradas de ar de motor devem ser mecanicamente travados a fim deimpedir desenroscamento. Como resultado da trava mecânica dos prendedores, a probabili-dade de tais prendedores se afrouxarem e em seguida sendo ingeridos pelo motor é reduzi-da. Os prendedores roscados não cegos convencionais são tipicamente feitos com roscasde trava a fim de atingir esse objetivo. Os prendedores cegos de resistência menor, por ou-tro lado, muitas vezes incorporam um anel de trava a fim de atingir esse objetivo. Ambas asabordagens, no entanto, requerem etapas adicionais no processo de instalação dos prende-dores na aeronave e/ou requerem que componentes adicionais sejam incluídos com osprendedores. Além disso, não é economicamente viável incorporar um anel alta de trava emum prendedor cego de alta resistência; especialmente do tipo roscado descrito no presentedocumento.

De modo geral, as juntas estruturais devem ter uma resistência pelo menos equiva-lente aos painéis nos quais são instalados. Caso contrário, os prendedores irão falhar antesde os painéis falharem. Uma vez que as juntas de estrutura aérea são concebidas para otransporte de cargas de cisalhamento, as forças de cisalhamento de juntas devem corres-ponder ao material de estrutura que suporta a resistência à carga. A capacidade de carga decisalhamento de uma junta estrutural é normalmente medida usando-se as normas do De-senvolvimento e Padronização das Propriedades dos Materiais Metálicos (FAA/DODMMPDS) e realizando-se testes de acordo com o Método de Teste #4 MIL-STD-1312. Umgráfico de carga versus alongamento de uma única junta de prendedor é mostrado na Figura-5. Geralmente, quanto maior a carga limite e a carga de ruptura (ou seja, a curva maior),mais adequado será o prendedor para aplicações estruturais.

Ter uma carga de aperto relativamente grande na junta aumenta a resistência es-trutural. Além disso, a carga de aperto residual grande permite que os prendedores fechemas aberturas entre os painéis e mantém os painéis fortemente presos entre si, conforme de-sejado. As altas cargas de aperto também reduzem o movimento microscópico entre os pai-néis de metal durante as operações de vôo, minimizando, assim, a probabilidade de racha-duras de colisão e de fadiga se desencaixarem.

Os compósitos laminados de fibra de carbono são cada vez mais prevalentes nasestruturas aéreas. Basicamente, os compósitos laminados de fibra de carbono provêm pesomais leve e correspondente economia de combustível. Os compósitos, no entanto, não po-dem suportar as elevadas tensões de compressão-induzidas pela instalação de prendedoresconvencionais concebidos para uma estrutura metálica. É, portanto, desejado espalhar ascargas de aperto de prendedor sobre uma grande região dos painéis a fim de minimizar astensões de contato, e ao mesmo tempo manter as alta cargas de aperto.

Os prendedores cegos existentes que incorporam um anel de trava não conseguemprover um ou mais dos aspectos acima mencionados. Os parafusos cegos do tipo arrasto,por exemplo, incorporam componentes de luva recozidos em banda para um reforço porrecalque controlado contra uma superfície de painel. Este amolecimento da luva necessari-amente se estende ao plano de cisalhamento, reduzindo a resistência e/ou rigidez de junta.Além disso, a natureza do tipo arrasto destes prendedores faz com que uma maior parte dacarga de aperto de instalação relaxe após a fratura da ponta de pino durante a instalação.Especificamente, a ponta de pino dos prendedores do tipo arrasto tende a se recolher apósuma fratura da ponta de pino.

Os rebites cegos existentes induzem a uma pequena carga de aperto ou a uma pe-quena capacidade de junta de lâminas e têm reforço por recalque lateral cego extremamen-te pequeno em comparação aos parafusos cegos. Estes são geralmente adequados emaplicações de baixa resistência em uma estrutura de metal secundária (por exemplo, nassuperfícies de controle), mas não são suficientemente fortes para uma estrutura primáriaaltamente carregada (por exemplo, a fuselagem e juntas de asa).

Informações adicionais serão apresentadas na descrição que se segue, e em partetornar-se-ão óbvias a partir da descrição, ou poderão ser aprendidas por meio da prática dapresente invenção. A presente invenção supera as deficiências dos prendedores conheci-dos. Uma pessoa com habilidade simples na técnica também apreciará as vantagens adi-cionais da presente invenção.

SUMÁRIO DA INVENÇÃOA presente invenção provê com vantagem um prendedor cego de parafuso tendoum parafuso central para uma trava mecânica de corpo em uma luva para a trava mecânicade corpo. O parafuso central se encaixa de maneira roscada na luva. O corpo é posicionadoentre uma região de chave do parafuso central e a luva. O parafuso central tem uma ranhurapara o recebimento de uma porção de nariz do corpo a fim de travar mecanicamente o para-fuso central no corpo. A luva tem uma saliência (ou região de nariz) a fim de encaixar umaranhura no corpo de modo a travar mecanicamente a luva no corpo. Em uma modalidadepreferida, o parafuso central se trava mecanicamente em um corpo formado integralmente ena luva de modo a impedir que o parafuso central se desenrosque da luva e/ou do corpo.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

O funcionamento da presente invenção poderá ser melhor compreendido por meioda referência à descrição detalhada a seguir tomada em conjunto com as ilustrações emanexo, nas quais:

A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um prendedor cego de parafuso de uma modalidade da presente invenção.

A Figura 2 é uma vista em seção transversal do prendedor cego de parafuso da Fi-gura 1.

A Figura 3 ilustra as vistas laterais, em perspectiva e de topo de um prendedor cegode parafuso de uma modalidade da presente invenção.

A Figura 4 ilustra uma vista explodida, uma vista lateral e uma vista em seçãotransversal tomada de modo geral ao longo da linha C-C de um prendedor cego de parafusoem uma modalidade da presente invenção.

A Figura 5 é um gráfico de carga de cisalhamento de junta de sobreposta versusalongamento de uma única junta de prendedor tendo um prendedor cego de parafuso deuma modalidade da presente invenção.

A Figura 6 é uma vista em seção transversal de um prendedor cego de parafusotendo uma luva alongada em uma modalidade da presente invenção.

A Figura 7 é uma vista explodida e uma vista lateral montada de um prendedor ce-go de parafuso de uma modalidade da presente invenção.

A Figura 8 é uma vista de topo, uma vista lateral e uma vista em seção transversal,geralmente tomada ao longo da linha A-A de um prendedor cego de parafuso em uma mo-dalidade da presente invenção.

A Figura 9 é vista lateral e uma vista em perspectiva em seção transversal geral-mente ao longo de uma linha B-B de um prendedor cego de parafuso ter uma porção debulbo em uma modalidade da presente invenção, na qual o corpo e a luva são integralmenteformados.

A Figura 10 é uma vista esquemática de uma vista lateral e de uma vista em seçãotransversal tomada em geral ao longo da linha D-D do prendedor cego de parafuso da Figu-ra 9 antes da instalação.

DESCRIÇÃO DETALHADA

Embora a presente invenção seja descrita com referência às modalidades descritasno presente documento, deve ficar claro que a presente invenção não deve ser limitada atais modalidades. Por conseguinte, a descrição das modalidades em questão é ilustrativa dapresente invenção e não deve limitar o âmbito de aplicação da invenção conforme reivindi-cado.

Será feita a seguir referência em detalhe às modalidades da presente invençãoconforme ilustradas nas figuras em anexo. As Figuras 1 a 4 ilustram uma modalidade dapresente invenção tendo um prendedor cego de parafuso travado mecanicamente 10. Oprendedor cego de parafuso travado mecanicamente 10 compreende um parafuso central20, um corpo 30, uma luva deformável 40, e, pelo menos, uma trava mecânica 50. O parafu-so central 20 se encaixa de maneira roscada na luva deformável 40 e se encaixa de maneirarotativa ao corpo 30. O corpo 30 pode ser integralmente formado com a luva deformável 40em um único corpo deformável, ou, de maneira alternativa, o corpo 30 pode ser separado daluva deformável 40.

O parafuso central 20 compreende superfícies chatas de chave de parafuso central22 e uma cabeça de parafuso central 21. As superfícies chatas de chave de parafuso central22 podem ser dimensionadas e formadas para encaixe com uma ferramenta de chave (nãomostrada). A cabeça de parafuso central 21 é uma cabeça alargada que pode ser posicio-nada adjacente às superfícies chatas de chave 22. O parafuso central 20 pode ter uma por-ção não roscada 23 próxima e adjacente à cabeça de parafuso central 21. O parafuso cen-tral 20 tem uma porção roscada 24 adjacente à porção não roscada 23 e distai da cabeça deparafuso central 21. Em uma modalidade, a porção não roscada 23 termina na porção ros-cada 24. A porção roscada 24 do parafuso central 21 pode ter roscas 25 de modo a se en-caixar de maneira roscada na luva deformável 40. Em um modalidade preferida, a roscas 25são roscas de contraforte a serem descritas em mais detalhes abaixo.

As Figuras 1 a 4 ilustram ainda o parafuso central 21 tendo uma ranhura de quebrade parafuso central 26. A ranhura de quebra de parafuso central 26 é uma região ou porçãoenfraquecida do parafuso central 20. Para este fim, a ranhura de quebra de parafuso central26 é enfraquecida de tal modo que o parafuso central 20 se quebrará quando uma quanti-dade pré-selecionada de tensão é aplicada ao parafuso central 20 durante a instalação doprendedor cego de parafuso 10. Em uma modalidade exemplar, a quebra do parafuso cen-trai 20 é concebida para ocorrer após a conclusão da instalação do prendedor cego de para-fuso 10. Por exemplo, o parafuso central 20 se quebra na ranhura de quebra de parafusocentral 26, quando o torque necessário para deformar a luva 40 excede a força de torção daranhura de quebra de parafuso central 26.

O corpo 30 tem uma cabeça 32, tal como uma cabeça alargada, conforme ilustradonas Figuras 1 a 4. A cabeça 32 é adaptada para se assentar ou ficar próximo a um topo deuma cavidade no lado de acesso de, por exemplo, um par de painéis estruturais presos en-tre si. A cabeça 32 pode ser de um tipo saliente, assentada sobre a superfície do painel late-ral de acesso. A cabeça 32 pode ter elementos de chave de corpo 33. De preferência, oselementos de chave de corpo 33 são fendas ou ranhuras dimensionadas para encaixar umaferramenta de chave (não mostrada). Os elementos de chave 33 se encaixam em uma ex-tremidade da ferramenta de chave que pode ser usada para direcionar o parafuso central20. Os elementos de chave 33 podem ser utilizados para impedir a rotação do corpo 30 comrelação ao parafuso central 20.

A luva 40 pode ser uma luva deformável capaz de formar um bulbo de modo a pro-ver força sobre o lado cego de, por exemplo, uma peça de trabalho ou painel. A luva 40 po-de ser feita de um material maleável que tem a capacidade de se expandir sem quebrar. Porexemplo, o aço inoxidável AISI 304 recozido pode ser submetido a um esforço de aproxima-damente 100 %, sem quebrar. De maneira alternativa, um titânio comercialmente puro, oaço inoxidável de Série 300, e o aço resistente à corrosão e ao calor A-286 podem ser usa-dos. Evidentemente, combinações destes e de outros materiais conforme conhecidos àque-les com conhecimento simples na técnica podem ser utilizadas.

A luva 40 tem um furo cônico ou escalonado 42. Preferencialmente, o furo 42 temroscas 43, por exemplo, roscas fêmea de modo a se encaixar de maneira roscada nas ros-cas 25 do parafuso central 21. Em uma modalidade, as roscas fêmea 43 do furo 42 são ros-cas de contraforte que podem se encaixar de maneira correspondente na porção roscada 24do parafuso central 20. As roscas de contraforte incorporam um flanco de forte pressão eum flanco superficial de não-pressão. Por exemplo, as roscas de contraforte têm um flancode pressão de aproximadamente entre 75 e 90 graus fora do eixo geométrico central do pa-rafuso central 20 que é incorporado às roscas 43. Em tal modalidade, o flanco de não-pressão pode ser de aproximadamente 45 graus. Além disso, o passo da rosca ou roscaspor polegada de cada flanco pode ser similar ao utilizado para uma rosca de 60 graus usadonos parafusos cegos roscados existentes, tais como, o MIL-S-8879 e o MIL-S-7742. O perfilde contraforte resulta em um componente radial inferior de força de modo que as roscasfêmea 43 da luva 40 fiquem impedidas de se expandir radialmente na mesma medida queas roscas convencionais se expandem. Um grande componente radial de força pode fazercom que as roscas 43 da luva de 40 se desencaixem das roscas macho 24 do parafuso cen-tral 21, podendo resultar em uma ligação estrutural mais fraca. Com as roscas convencio-nais, a solução típica é aumentar o número de roscas; no entanto, o aumento no número deroscas aumenta o comprimento e o peso de instalação do prendedor. Com vantagem, asroscas de contraforte evitam a expansão radial indesejável da porção roscada de luva 43com uma quantidade mínima de encaixe de rosca. O comprimento do encaixe é motivadopela força de cisalhamento das roscas, em vez de ser limitado pela expansão radial.

Com referência ainda às Figuras 1 a 4, e particularmente com referência à Figura 2,a trava mecânica 50 mostrada na primeira modalidade compreende uma trava de parafusode corpo na parte central 51 e uma trava de luva no corpo 52. A trava de parafuso de corpona parte central 51 compreende uma ranhura externa 53 no parafuso central 20 encaixávelem uma saliência 54 do corpo 30. A ranhura externa 53 parafuso central 20 é dimensionadae formada de modo a corresponder à saliência 54 do corpo 30. Uma região de nariz ajusta-da por expansão ou um corpo torcido faz com que a saliência 54 sobre o corpo 30 trave me-canicamente o parafuso central 20 no corpo 30. A trava mecânica do parafuso central 20 nocorpo 30 pode impedir que o parafuso central 20 se desenrosque e/ou de outro modo sedesencaixe da luva 40.

A trava de luva no corpo 52 compreende uma borda 56 da luva 40 que se encaixa,pelo menos, em uma ranhura 57 do corpo 30. Conforme melhor mostrado na Figura 2, aborda 56 da luva 40 se estende entre as extremidades do corpo 30. Por exemplo, a borda56 estende ao longo da borda exterior entre as extremidades do corpo 30 de modo a encai-xar a ranhura 57 do corpo 30. A borda 56 da luva 40 se encaixa na ranhura 57 de modo atravar mecanicamente a luva 40 no corpo 30. Como deve ficar evidente, nenhuma dessastravas de luva no corpo 52 é necessária quando o corpo 30 e a luva 40 são formados comoum componente integral, conforme descrito em mais detalhe a seguir.

Com referência às Figuras 9 e 10, a trava mecânica 50 mostrada em uma outramodalidade incorpora apenas uma trava de parafuso de corpo na parte central 51 na qual aluva e o corpo são integralmente formados em um único corpo deformável 80. Uma saliência90 do corpo deformável 80 se encaixa em uma ranhura 92 do parafuso central 20. O parafu-so central 20 gira com relação ao corpo deformável 80. A saliência 90 e a ranhura 92 seencaixam de modo a impedir que o parafuso central 20 se desenrosque ou de outra formase desloque axialmente para fora da luva integral 40 e do corpo 30. Por conseguinte, as ra-nhuras 92 e a saliência 90 impedem o movimento axial do parafuso central 20 com relaçãoao corpo deformável 80 e à luva 40.

Sendo assim, a trava mecânica 50 inclui uma saliência 54, 90 sobre o corpo, a qualse encaixa na ranhura externa 53, 92 do parafuso central 20 de modo a impedir mecanica-mente o movimento axial do parafuso central 20 com relação ao corpo (quer seja provido umcorpo integral 80 ou um corpo de duas peças 30, 40). Com o corpo de duas peças, a luva 40é roscada sobre o parafuso central 20 até que a borda dianteira 56 se justaponha à extremi-dade da ranhura de corpo 57 adjacente à cabeça 32 do corpo 30. A luva 40 é torcida ou a-justada por expansão na ranhura 57 de tal modo que o diâmetro externo, D, do prendedorcego de parafuso 10 fique substancialmente uniforme em tamanho desde a cabeça 32 docorpo 30 ao fim da luva 40 distante da cabeça 32.

A Figura 6 ilustra uma outra modalidade do prendedor cego de parafuso 110. Nessamodalidade, a luva 140 se estende para além da ranhura de trava 157 no corpo 130 de mo-do a formar uma porção de extensão 149 na luva 140. O corpo 130 tem uma segunda ra-nhura 139 adjacente à ranhura 157 de modo a acomodar a porção de extensão 149 da luva140. De preferência, a segunda ranhura 139 tem uma seção transversal retangular em for-mato. A segunda ranhura 139 do corpo 130 pode ser de qualquer forma de modo a encaixaro corpo 130.

Uma saliência 156 da luva 140 se encaixa na ranhura 157 do corpo 130 de modo atravar mecanicamente a luva 140 no corpo 130. A porção de extensão 149 da luva 140 re-sulta em uma maior resistência ao cisalhamento da junta de sobreposta ao manter a travade luva no corpo 152 durante a instalação do prendedor 10, 110. Em termos específicos,quando da aplicação do torque no parafuso central 20, a porção de extensão porção 149mantém o encaixe entre a luva 140 e o corpo 130 por mais tempo que os prendedores con-vencionais.

Em uma junta de sobreposta, os painéis de separação fazem com que o prendedorcego de parafuso 110 gire. Tal rotação resulta em cargas mais elevadas contra uma metadeda cabeça cega por parte do painel de ponta lateral. Essas cargas atuam no sentido de ar-rastar a luva 140 para fora da ranhura 157, deste modo quebrando ou deslocando a trava deluva no corpo 152. A segunda ranhura 139 é posicionada de maneira apertada e se justapõeao corpo 130 de modo a atrasar ou de outra forma impedir o desencaixe prematuro da travade luva no corpo 152. Em uma modalidade, a segunda ranhura 139 é posicionada de modoque a trava de luva no corpo 152 se desencaixe em um momento predeterminado ou comuma quantidade de torque aplicada durante a instalação.

A formação de uma luva lateral cega é controlada por meio do furo cônico ou esca-lonado 42, que faz com que a luva 40 se deforme para fora próximo da superfície externa dopainel interior ou da superfície lateral cega. A deformação ou formação de bulbo da luva 40garante que a luva 40, 140 se assente firmemente contra o painel. O recozimento de bandapode ser evitado de modo que a resistência ao cisalhamento não seja comprometida. Demaneira vantajosa, a carga de aperto residual é quase máxima durante a formação do refor-ço por recalque lateral cego da luva 40, 140, devido a um mínimo ou ausência de recolhi-mento axial após uma fratura de torção na ranhura de quebra.

Em ainda uma modalidade mostrada nas Figuras 7 e δ, o prendedor cego de para-fuso 210 incorpora uma porca de montagem 270. A porca de montagem 270 pode ser provi-da em qualquer uma dentre as modalidades da presente invenção de modo a impedir a ro-tação do corpo durante a instalação do prendedor 10, 110, 210. A unidade de montagem270 pode ser posicionada entre a cabeça 32 do corpo 30 e uma porção de chave 229 doparafuso central 20. Em uma modalidade, a porca de montagem 270 é posicionado de modoa se encaixar de maneira apertada entre a cabeça 32 e a porção de chave 229. Em umamodalidade preferida, a porca de montagem 270 não possui roscas internas.

A porca de montagem 270 tem saliências 272 de modo a encaixar os elementoscorrespondentes 36 da cabeça 32 do corpo 30. Em uma modalidade preferida, as saliências272 são pré-formadas de modo a encaixar com chave os elementos correspondentes 36, osquais podem ser, por exemplo, fendas ou recessos correspondentes em tamanho e formatoàs saliências 272 da porca de montagem 270. A porca de montagem 270 é posicionada detal modo que as saliências 272 se encaixem na cabeça 32 do corpo 30 após a montagem. Afalha em posicionar anteriormente as saliências 272 nos elementos correspondentes 36 po-derá impedir que a cabeça 21 do parafuso central 20 se assente de maneira adequada nacabeça 32 do corpo 30, quando a porca de montagem 270 permanece não assentada du-rante todo o processo de instalação.

Em ainda uma outra modalidade alternativa, a porca de montagem 270 poderia in-corporar uma porção deformável elevada porção adjacente à cabeça de corpo 32. Esta por-ção deformável se deformaria na cabeça 32 do corpo 30 durante a montagem dos compo-nentes de prendedor ou, de maneira alternativa, durante a instalação.

Em ambos os casos, a porca de montagem 270 é encaixada por um, e impedida derotação em função de um, alojamento fixo de ferramenta. A porca de montagem 270 temsaliências 272 ou uma porção deformável estendida capaz de encaixar os elementos cor-respondentes 36 ou recessos na cabeça 32 do corpo 30 de modo a impedir a rotação docorpo 30. A porca de montagem 270 fica presa, por exemplo, axialmente entre a cabeça 32do corpo 30 e a porção de chave 229 do parafuso central 20. Para este fim, a unidade deporca 270 permanece encaixada na cabeça 32 do corpo 30 durante sua instalação. A por-ção frangível do parafuso central 20 e da porca de montagem 270 são descartáveis após aconclusão da instalação.

A presente invenção foi descrita acima, e, obviamente, modificações e alteraçõesvirão à mente mediante a leitura e entendimento do presente relatório descritivo. As reivindi-cações, como se seguem, são concebidas no sentido de incluir todas as modificações e al-terações desde que as mesmas recaiam dentro do âmbito das reivindicações ou seus equi-valentes.

Claims (20)

1. Prendedor cego de parafuso, CARACTERIZADO pelo fato de compreender:- um parafuso central tendo uma porção de encaixe de chave em uma extremidadee uma porção roscada na extremidade oposta;- uma ranhura localizada entre a porção de encaixe de chave e a porção roscada;- um corpo tendo um furo para o recebimento do parafuso central, o corpo tendouma cabeça alargada em uma extremidade; e- uma saliência que se estende internamente para dentro do furo de modo a encai-xar a ranhura e limitar o movimento axial do parafuso central.

2. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 1,CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda:- uma ranhura de quebra no parafuso central, a ranhura de quebra se fraturandoquando uma determinada quantidade de torque é aplicada ao parafuso central.

3. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 1,CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda:- uma luva deformável mecanicamente travada no corpo.

4. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 3,CARACTERIZADO pelo fato de que a luva deformável e o corpo são integralmente forma-dos em um corpo deformável.

5. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 4,CARACTERIZADO pelo fato de que uma porção do parafuso central é encaixada de manei-ra roscada dentro do furo do corpo deformável.

6. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 5,CARACTERIZADO pelo fato de que o furo do corpo deformável é um furo escalonado.

7. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 6,CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo deformável tem roscas de contraforte.

8. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 1,CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda:- uma porca de montagem posicionada entre o cabeça alargada do corpo e a por-ção de chave do parafuso central.

9. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 8,CARACTERIZADO pelo fato de que a porca de montagem tem saliências que se encaixamna cabeça alargada do corpo.

10. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 9,CARACTERIZADO pelo fato de que a cabeça alargada tem elementos correspondentes quese encaixam nas saliências da porca de montagem.

11. Prendedor cego de parafuso, CARACTERIZADO pelo fato de compreender:- um parafuso central tendo uma porção de encaixe de chave em uma extremidadee uma porção roscada na extremidade oposta;- um corpo tendo um furo para o recebimento do parafuso central, o corpo tendouma cabeça alargada, e- uma porca de montagem tendo saliências capazes de se encaixarem na cabeçaalargada do corpo.

12. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 11,CARACTERIZADO pelo fato de que a cabeça alargada do corpo tem recessos para um en-caixe correspondente com as saliências da porca de montagem.

13. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 11,CARACTERIZADO pelo fato de que a porca de montagem se encaixa na cabeça alargadado corpo, e é capaz de impedir a rotação do corpo.

14. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 11,CARACTERIZADO pelo fato de que o corpo possui uma saliência que encaixa uma ranhurano parafuso central.

15. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 14,CARACTERIZADO pelo fato de compreender ainda:- uma luva deformável conectada ao corpo.

16. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 15,CARACTERIZADO pelo fato de que a luva deformável e o corpo são integralmente forma-dos em um corpo deformável.

17. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 15,CARACTERIZADO pelo fato de a luva deformável tem uma saliência em encaixe de cunhacom o corpo de modo a travar mecanicamente o corpo na luva deformável.

18. Prendedor cego de parafuso mecanicamente travado, de acordo com a reivindi-cação 17, CARACTERIZADO pelo fato de que uma porção da luva deformável e o parafusocentral se encaixam de maneira roscada nas roscas de contraforte.

19. Prendedor cego de parafuso, CARACTERIZADO pelo fato de compreender:- um parafuso central tendo uma porção de encaixe de chave e uma porção rosca-da posicionadas nas extremidades opostas do parafuso central;- uma ranhura no parafuso central localizado entre as extremidades do parafusocentral;- um corpo deformável tendo um furo através do mesmo de modo a se encaixar demaneira roscada no parafuso central;- uma saliência no corpo que se estende para a ranhura do parafuso central de mo-do a limitar o movimento axial do parafuso central; e- uma porca de montagem tendo saliências de modo a se encaixar no corpo defor-mável.

20. Prendedor cego de parafuso, de acordo com a reivindicação 19,CARACTERIZADO pelo fato de que o furo é cônico.