BRPI0620217A2 - métodos e sistemas para lixiviar e liberar lentes oftálmicas de hidrogel de silicone com soluções tensoativas - Google Patents

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BRPI0620217A2
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Douglas G Vanderlaan
Dharmesh K Dubey
James D Ford
Frank F Molock
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Abstract

MéTODOS E SISTEMAS PARA LIXIVIAR E LIBERAR LENTES OFTáLMICAS DE HIDROGEL DE SILICONE COM SOLUçõES TENSOATIVAS. A presente invenção refere-se a métodos e sistemas para processar lentes de hidrogel usando soluções aquosas como auxiliares de lixiviação e como auxiliares de liberação.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODOS E SISTEMAS PARA LIXIVIAR E LIBERAR LENTES OFTÁLMICAS DE HIDROGEL DE SILICONE COM SOLUÇÕES TENSOATIVAS".
Campo da Invenção
A presente invenção refere-se a um processo para produzir len- tes oftálmicas feitas de hidrogéis de silicone. Mais especificamente, a pre- sente invenção refere-se a métodos e sistemas para Iixiviar componentes de uma lente oftálmica e liberar as lentes das partes de molde nas quais elas foram formadas.
Fundamentos da Invenção
Bem se sabe que lentes de contato podem ser usadas para me- lhorar a visão. Várias lentes de contato já foram comercialmente produzidas em muitos anos. Os primeiros desenhos de lentes de contato eram talhados de materiais duros. Emboraessaslentesaindasejamusadasnos diasde hoje em algumas aplicações, elas não são adequadas para todos os pacien- tes por ser pouco confortável e de permeabilidade a oxigênio relativamente baixa. Os últimos desenvolvimentos no campo deram origem a lentes de contato moles, à base de hidrogéis.
Lentes de contato de hidrogel são bastante populares hoje em dia. Essas lentes freqüentemente são mais confortáveis de usar do que as lentes de contato feitas de materiais duros. Lentes de contato moles e ma- leáveis podem ser produzidas formando-se uma lente em um molde multi- partes onde as partes combinadas formam um topografia consistente com a lente final desejada.
Moldes multipartes usados para moldar hidrogéis na forma de um artigo útil, tal como uma lente oftálmica, podem incluir por exemplo uma primeira porção de molde com uma superfície convexa que corresponde a uma curva posterior de uma lente oftálmica e uma segunda porção de molde com uma superfície convexa que corresponde a uma cürva anterior da lente oftálmica. Para preparar uma lente usando tais porções de molde, uma formulação não curada de lente de hidrogel é colocada entre as superfícies côncava e convexa das porções de molde e subseqüentemente curada. A formulação de lente de hidrogel pode ser curada, por exemplo, por exposi- ção a qualquer um de calor e luz ou a ambos. O hidrogel curado forma uma lente de acordo com as dimensões das porções de molde.
Subsequente à cura, a prática tradicional diz que as porções de molde são separadas e a lente permanece aderida a uma das porções de molde. Um processo de liberação solta a lente da parte de molde restante.
A etapa de extração remove os componentes e diluentes não reagidos (do- ravante denominados "UCDs") da lente e afeta a viabilidade clínica da lente. Se os UCDs não forem extraídos da lente, eles podem deixar a lente des- confortável ao uso.
De acordo com a técnica anterior, a liberação da lente do molde pode ser facilitada por exposição da lente a soluções aquosas ou salinas que agem para intumescer a lente e relaxar a adesão da lente ao molde. A exposição à solução aquosa ou salina pode adicionalmente servir para ex- trair os UCDs e assim deixar a lente mais confortável ao uso e clinicamente aceitável.
Novos desenvolvimentos no campo conduziram a lentes de con- tato que são feitas de hidrogéis de silicone. Os processos de hidratação conhecidos usando soluções aquosas para efetuar a liberação e a extração não se mostraram eficientes com lentes de hidrogel de silicone. Conse- quentemente, foram feitas tentativas para liberar lentes de silicone e remo- ver UCDs usando solventes orgânicos. Foram descritos processos nos quais uma lente é imergida em um álcool (ROH), cetona (RCOR'), aldeído (RCHO), éster (RCOOR1), amida (RCONR1R") ou N-alquila pirrolidona por 20 horas - 40 horas e na ausência de água, ou em uma mistura com água co- mo um componente secundário (vide, por exemplo, a Patente US N0 5.258.490).
No entanto, embora se tenha conseguido um certo sucesso com os processos conhecidos, o uso de soluções orgânicas altamente concen- tradas pode apresentar desvantagens, incluindo, por exemplo: riscos de se- gurança; risco aumentado de manutenção em uma linha de produção; alto custo da solução de liberação; e a possibilidade de danos colaterais, devido à explosão.
Por conseguinte, seria vantajoso encontrar um método de pro- dução de uma lente de contato de hidrogel de silicone que requeira o uso de pouco ou nenhum solvente orgânico, evite o uso de agentes inflamáveis, que libere eficazmente as lentes dos moldes nos quais elas foram formadas, e que remova os UCDs das lentes.
Sumário da Invenção
Por conseguinte, a presente invenção fornece métodos de lixivi- ação de uma lente oftálmica de hidrogel de silicone de UCDs sem mergulhar a lente em solventes orgânicos. De acordo com a presente invenção, a libe- ração de uma lente de hidrogel de silicone de um molde no qual a lente é formada é facilitada pela exposição da lente a uma solução aquosa de uma quantidade eficaz de um ou mais tensoativos. Além disso, a lixívia de UCDs da lente também é facilitada pela exposição da lente a uma solução aquosa de uma quantidade eficaz de um ou mais tensoativos.
Além disso, a presente invenção refere-se de um modo geral a lentes oftálmicas feitas de materiais que incluem hidrogéis de silicone umec- táveis formados a partir de uma mistura reacional que inclui pelo menos um polímero hidrofílico de alto peso molecular e pelo menos um monômero con- tendo silicone funcionalizado com hidroxila. Em algumas modalidades, as lentes oftálmicas são formadas a partir de uma mistura reacional incluindo um polímero hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila.
Em outras modalidades, a presente invenção refere-se a um método de preparação de uma lente oftálmica que inclui misturar um políme- ro hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monô- mero contendo silicone funcionalizado com hidroxila para formar uma solu- ção límpida, e curar a referida solução. Algumas modalidades podem por- tanto incluir uma ou mais das etapas de (a) misturar um polímero hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila; e (b) curar o produto da etapa (a) para formar um dispositivo biomédico e curar o produto da etapa (a) para formar um dispositivo biomédico umectável.
Em algumas modalidades, a presente invenção refere-se ainda a uma lente oftálmica formada a partir de uma mistura reacional incluindo pelo menos uni monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila e uma quantidade de polímero hidrofílico de alto peso molecular suficiente para incorporar na lente, sem tratamento da superfície, um ângulo de conta- to de avanço menor que cerca de 80 graus.
Descrição Detalhada da Invenção
Foi agora descoberto que uma lente oftálmica de hidrogel de silicone pode ser liberada de um molde no qual ela foi curada por exposição da lente curada a uma solução aquosa de uma quantidade eficaz de um au- xiliar de liberação. Foi também descoberto que a remoção adequada dos matèriais lixiviáveis da lente oftálmica de hidrogel de silicone pode ser efetu- ada por exposição da lente curada a uma solução aquosa de uma quantida- de eficaz de um auxiliar de lixiviação.
Definições
Conforme usado neste relatório, "remoção adequada de materi- ais lixiviáveis" significa que pelo menos 50% dos materiais lixiviáveis foram removidos de uma lente depois de tratamento da lente.
Conforme usado neste relatório, "material lixiviável" inclui UCDs e outro material que não tenha se ligado ao polímero e pode ser extraído da matriz polimérica, por exemplo, por lixiviação com água ou com um solvente orgânico.
Conforme usado neste relatório, um "auxiliar de lixiviação" é qualquer composto que se usado em uma quantidade eficaz em uma solu- ção aquosa para tratar uma lente oftálmica pode produzir uma lente com uma quantidade adequada de remoção de materiais lixiviáveis.
Conforme usado neste relatório o termo "monômero" é um com- posto contendo pelo menos um grupo polimerizável e um peso molecular médio de aproximadamente menor que 2000 Dáltons, medido por detecção do índice de refração por cromatografia de permeação em gel. Portanto, monômeros podem incluir dímeros e em alguns casos oligômeros, inclusive oligômeros feitos de mais de uma unidade monomérica.
Conforme usado neste relatório, o termo "lente oftálmica" refere- se a dispositivos que residem no interior do olho ou no olho. Esses disposi- tivos podem proporcionar correção ótica, cuidado de feridas, distribuição de medicamento, funcionalidade diagnostica, realce ou efeito cosmético ou uma combinação destas propriedades. O termo lente inclui porém sem limi- tação lentes de contato moles, lentes de contato duras, lentes intra-oculares, lentes revestidas ("overlay lenses"), inserções oculares, e inserções óticas.
Conforme usado neste relatório, um "auxiliar de liberação" é um composto ou mistura de compostos, excluindo solventes orgânicos, que, quando combinado com água, diminui o tempo necessário para liberar uma lente oftálmica de um molde, comparado com o tempo necessário para libe- rar tal lente usando uma solução aquosa que não compreende o auxiliar de liberação.
Conforme usado neste relatório, "liberada de um molde" significa uma lente que é completamente separada do molde, ou está apenas ligei- ramente presa de modo que ela pode ser removida com leve agitação ou afastada com um cotonete.
Conforme usado neste relatório, o termo "tratar" significa expor uma lente curada a uma solução aquosa incluindo pelo menos um de: um auxiliar de lixiviação e um auxiliar de liberação.
Conforme usado neste relatório e também definido acima, o termo "UCD" significa componentes e diluentes não reagidos.
Tratamento
De acordo com a presente invenção, tratamento pode incluir ex- posição de uma lente curada a uma solução aquosa que inclui pelo menos um de: um auxiliar de lixiviação e um auxiliar de liberação. Em várias moda- lidades, o tratamento pode ser efetuado, por exemplo, por imersão da lente em uma solução ou por exposição da lente a uma corrente de solução. Em várias modalidades, o tratamento também pode incluir, por exemplo, um ou mais de: aquecimento da solução; agitação da solução; aumento do nível de auxiliar de liberação na solução até um nível suficiente para causar a libera- ção da lente; agitação mecânica da lente; e aumento do nível de auxiliar de lixiviação na solução até um nível suficiente para facilitar a remoção ade- quada dos UCDs da lente.
A título de exemplos não limitativos, várias implementações po- dem incluir liberação e remoção de UCD que é realizada por meio de um processo intermitente onde as lentes são submergidas em uma solução con- tida em um tanque fixo por um período de tempo especificado ou por meio de um processo vertical onde as lentes são expostas a um corrente contínua de uma solução que inclui pelo menos um de um auxiliar de lixiviação e um auxiliar de liberação.
Em algumas modalidades, a solução pode ser aquecida com um trocador de calor ou outro aparelho de aquecimento para facilitar ainda mais a lixiviação da lente e a liberação da lente de uma parte do molde. Por e- xemplo, aquecimento pode incluir o aumento da temperatura de uma solu- ção aquosa até o ponto de ebulição enquanto uma lente de hidrogel e a par- te de molde à qual a lente está aderida são submersas na solução aquosa aquecida. Outras modalidades podem incluir ciclização controlada da tem- peratura da solução aquosa.
Algumas modalidades também incluem a aplicação de agitação física para facilitar a lixiviação e a liberação. Por exemplo, pode-se fazer com que a parte de molde de lente à qual a lente está aderida vibre ou se desloque para trás e para frente dentro de uma solução aquosa. Outras modalidades podem incluir ondas ultra-sônicas através da solução aquosa.
Esteseoutrosprocessossimilarespodemproporcionarummeio aceitável de liberação da lente e remoção dos UCDs da lente antes de ela ser embalada. Liberação
De acordo com a presente invenção, a liberação de uma lente de hidrogel de silicone é facilitada por tratamento da lente com uma solução incluindo um ou mais auxiliares de liberação combinados com água a con- centrações eficazes para causar a liberação da lente. Em algumas modali- dades, a liberação pode ser facilitada pela solução de liberação fazendo uma lente de hidrogel de silicone intumescer 10% ou mais onde a percenta- gem de intumescimento é igual a 100 vezes o diâmetro da lente em solução auxiliar de liberação/diâmetro da lente em solução salina tamponada com borato.
Em algumas modalidades, o auxiliar de liberação pode incluir álcoois, tais como, por exemplo, C5 a C7 álcoois. Algumas modalidades também podem incluir álcoois que são úteis como auxiliares de liberação e incluem álcoois primários, secundários e terciários com um a 9 carbonos. Exemplos de tais álcoois incluem metanol, etanol, n-propanol, 2-propanol, 1- butanol, 2-butanol, f-butanol, 1-pentanol, 2-pentanol, 3-pentanol, 2-metil-1- butanol, álcool í-amílico, álcool neopentílico, 1-hexanol, 2-hexanol, 3- hexanol, 2-metil-l-pentanol, 3-metil-1pentanol, 4-metil-1-pentanol, 2-metil-2- pentanol, 3-metil-2-pentanol, 3-metil-3-pentanol, 1-heptanol, 2-heptanol, 3- heptanol, 4-heptanol, 1-octanol, 2-octanol, 1-nonanol, e 2-nonanol. Em al- gumas modalidades, fenóis também podem ser usados.
Além disso, em algumas modalidades da presente invenção au- xiliares de lixiviação, que estão discutidos mais adiante, também podem ser combinados com álcoois para melhorar a taxa de liberação. Em alguns ca- sos auxiliares de lixiviação podem ser usados como auxiliares de liberação sem a adição de álcoois. Por exemplo, auxiliares de lixiviação a concentra- ções maiores que cerca de 12%, ou quando usados para liberar lentes com diluentes solúveis em água tais como álcool t-amílico. Materiais de lente
Lentes oftálmicas adequadas para uso com a presente invenção incluem aquelas feitas de hidrogéis de silicone. Os hidrogéis de silicone ofe- recem benefícios aos usuários de lentes oftálmicas em relação aos hidro- géis convencionais. Por exemplo, eles tipicamente oferecem permeabilida- de a oxigênio muito mais alta, Dk, ou oxigênio oxigênio/transmissibilidade, Dk/I, onde I é a espessura da lente. Tais lentes causam inchaço corneano reduzido devido à hipoxia reduzida, e pode causar menos vermelhidão lim- bica, maior conforto e apresentar um risco reduzido de respostas adversas tais como infecções bacterianas. Hidrogéis de silicone são tipicamente fei- tos por combinação de monômeros ou macrômeros contendo silicone com monômeros ou macrômeros hidrofílicos.
Exemplos de monômeros contendo silicone incluem SiGMA (á- cido 2-propènóico, éster 2-metil-,2-hidróxi-3-[3-[1,3,3,3-tetrametil-1- [(trimetilsilil)óxi]disiloxanil]propóxi]propílico), α,ω-bismetacriloxipropilpolidime- tilsiloxano, mPDMS (polidimetilsiloxano terminado em mono-n-butil termina- do em monometacriloxipropil) e tris (3-metacriloxipropiltris(trimetilsilóxi) silano).
Exemplos de monômeros hidrofílicos incluem HEMA (2- hidroxietilmetacrilato), DMA (Ν,Ν-dimetilacrilamida) e NVP (N- vinilpirrolidona).
Em algumas modalidades, polímeros de alto peso molecular po- dem ser adicionados a misturas de monômeros e funcionam como agentes umectantes internos. Algumas modalidades também podem incluir compo- nentes ou aditivos adicionais, que geralmente são conhecidos na literatura. Aditivos podem incluir, por exemplo: compostos e monômeros absorventes de ultravioleta, tinturas reativas, compostos antimicrobianos, pigmentos, fo- tocrômicos, agentes de liberação, combinações dos mesmos e outros.
Os monômeros e macrômeros de silicone são misturados com os monômeros ou macrômeros hidrofílicos, colocados em moldes de lentes oftálmicas, e curados por exposição do monômero a uma ou mais condições capazes de causar a polimerização do monômero. Tais condições podem incluir, por exemplo: calor e luz, onde a luz pode incluir ou mais de: luz visí- vel, ionizante, actínico, de raios X, de feixe eletrônico ou ultravioleta (dora- vante "UV"). Em algumas modalidades, a luz utilizada para causar polimeri- zação pode ter um comprimento de onda de cerca de 250 a cerca de 700 nm. Fontes de radiação adequadas incluem lâmpadas UV, lâmpadas fluo- rescentes, lâmpadas incandescentes, lâmpadas de vapor de mercúrio, e luz solar. Nas modalidades onde um composto absorvente de UV está incluído na composição monomérica (por exemplo, como um bloqueador de UV), a cura pode ser conduzida por meio de diferentes de irradiação de UV (tal como, por exemplo, por luz visível ou calor). Em algumas modalidades a fonte de radiação usada para facili- tar a cura pode ser selecionada de UVA (cerca de 315 - cerca de 400 nm), UVB (cerca de 280 - cerca de 315) ou luz visível (cerca de 400 -cerca de 450 nm), a baixa intensidade. Algumas modalidades também podem incluir uma reação que a mistura inclui um composto absorvente de UV.
Em algumas modalidades, onde as lentes são curadas usando calor então um iniciador térmico pode ser adicionado à mistura de monôme- ros. Tais iniciadores podem incluir um ou mais de: peróxidos tais como pe- róxido de benzoíla e compostos azóicos tais como AIBN (azobisisobutironiri- la).
Em algumas modalidades, as lentes podem ser curadas usando luz UV ou visível e um fotoiniciador pode ser adicionado à mistura de mo- nômeros. Tais fotoiniciadores podem incluir, por exemplo, alfa-hidróxi ceto- nas aromáticas, alcoxioxibenzoínas, acetofenonas, óxidos de acil fosfina, e uma amina terciária mais uma dicetona, misturas dos mesmos e outros. Exemplos ilustrativos de fotoiniciadores são 1-hidroxiciclohexil fenil cetona, 2-hidróxi-2-metil-1-fenil-propan-1-ona, oxido de bis(2,6-dimetoxibenzoil)-2,4- 4-trimetilpentil fosfina (DMBAPO), oxido de bis(2,4,6-trimetilbenzoil)- fenilfosfina (Irgacure 819), oxido de 2,4,6-trimetilbenzildifenil fosfina e oxido de 2,4,6-trimetilbenzioil difenilfosfina, éster metílico de benzoína e uma combinação de canforaquinona e benzoato de 4-(N,N-dimetilamino) etila. Sistemas iniciadores de luz visível comercialmente disponíveis incluem Irga- cure 819, Irgacure 1700, Irgacure 1800, Irgacure 819, Irgacure 1850 (todos da Ciba Specialty Chemicals) e o iniciador Lucirin TPO (disponível na BASF). Fotoiniciadores de UV comercialmente disponíveis incluem Darocur 1173 e Darocur 2959 (Ciba Specialty Chemicals).
Em algumas modalidades, também pode ser útil incluir diluentes na mistura de monômeros, por exemplo para aumentar a solubilidade dos vários componentes, ou para aumentar a claridade ou ò grau de polimeriza- ção do polímero a ser formado. Modalidades podem incluir álcoois secun- dários e terciários como diluentes.
São conhecidos vários processos para processamento da mistu- ra reacional na produção de lentes oftálmicas, que incluem moldagem por rotação e moldagem estática. Em algumas modalidades, um método para produzir uma lente oftálmica a partir de um polímero inclui moldagem de hi- drogéis de silicone. A moldagem de hidrogéis de silicone pode ser eficiente e oferece um controle preciso do formato final de uma lente hidratada.
A moldagem de uma lente oftálmica a partir de um hidrogel de silicone pode incluir a colocação de uma quantidade medida da mistura de monômeros em uma parte de molde côncava. Uma parte de molde convexa é então colocada sobre o monômero e pressionada para fechar e formar uma cavidade que define o formato de uma lente de contato. A mistura de monômeros no interior das partes de molde é curada para formar uma lente de contato. Conforme usado neste relatório, curar a mistura de monômeros inclui um processo ou uma condição que permite ou facilita a polimerização da mistura de monômeros. Exemplos de condições que facilitam a polimeri- zação incluem uma ou mais de: exposição à luz e aplicação de energia tér- mica.
Quando as metades do molde são separadas a lente tipicamen- te adere a uma ou à outra metade do molde. É tipicamente difícil remover fisicamente a lenta dessa metade de molde, e geralmente é preferível colo- car essa metade de molde em um solvente para liberar a lente. O intumes- cimento da lente que resulta quando a lente absorve um pouco desse sol- vente tipicamente facilita a liberação da lente do molde.
Lentes de.hidrogel de silicone podem ser feitas usando diluentes relativamente hidrófobos tais como 3,7-dimetil-3-octanol. Se alguém tenta liberar tais lentes em água, tais diluentes impedem a absorção de água, e não permitem intumesçimento suficiente para causar a liberação da lente.
Alternativamente, hidrogéis de silicone podem ser feitos usando diluentes relativamente hidrofílicos e solúveis em água tais como etanol, t- butanol ou álcool t-amílico. Quando tais diluentes são usados e a lente e o molde são colocados em água, o diluente pode dissolver com mais facilida- de e a lente pode se soltar em água com maior facilidade do que se fossem usados diluentes mais hidrófobos. Material lixiviável
Depois de uma lente ser curada o polímero formado tipicamente contém uma certa quantidade de material que não é ligado nem incorporado ao polímero. O material lixiviável não ligado ao polímero pode ser extraído da matriz polimérica por exemplo por lixiviação com água ou com um sol- vente orgânico (doravante "material lixiviável"). Tal material lixiviável pode não ser conveniente para o uso da lente de contato no olho. Por exemplo, o material lixiviável pode ser lentamente liberado de uma lente de contato quando a lente de contato for usada no olho e pode causar irritação ou al- gum efeito tóxico no olho do usuário. Em alguns casos, o material lixiviável também pode aflorar na superfície de uma lente de contato onde ele pode formar uma superfície hidrófoba e pode atrair resíduos de lágrimas, ou pode interferir na umectação da lente.
Um pouco do material pode ficar fisicamente aprisionado na ma- triz polimérica e pode ser impossível removê-lo por exemplo por extração com água ou com um solvente orgânico. Conforme usado neste relatório, material aprisionado não é considerado material lixiviável.
Material lixiviável tipicamente inclui quase todo ou todo material incluído na mistura de monômeros que não possui funcionalidade polimeri- zável. Por exemplo, um diluente pode ser um material lixiviável. O material lixiviável também pode incluir impurezas não polimerizáveis que estavam presentes no monômero. A medida em que a polimerização vai chegando ao fim, a taxa de polimerização tipicamente vai diminuir e uma pequena quantidade do monômero pode nunca polimerizar. O monômero que nunca polimeriza pode ser incluído no material que será lixiviado da lente polimeri- zada. O material lixiviável também pode incluir pequenos fragmentos de polímero, ou oligômeros. Oligômeros podem resultar de reações finais no início da formação de qualquer cadeia polimérica dada. Por conseguinte, os materiais lixiviáveis podem incluir qualquer um ou todos de uma mistura dos componentes descritos acima, que podem variar entre si em termos de suas propriedades tais como toxicidade, peso molecular ou solubilidade em água. Auxiliares de lixiviação De acordo com a presente invenção, a lixiviação de uma lente de hidrogel de silicone é facilitada pela exposição da lente a uma solução incluindo um ou mais auxiliares de lixiviação combinados com água a con- centrações eficazes para remover os UCDs da lente.
Por exemplo, em algumas modalidades, as lentes oftálmicas podem ser submetidas a um tratamento expondo as lentes a um auxiliar de lixiviação e um espectrômetro de massa GC pode ser usado para medir o nível de um ou mais UCDs nas lentes oftálmicas. O espectrômetro de mas- sa GC pode determinar se o tratamento com auxiliar de lixiviação particular é eficaz para reduzir uma quantidade de UCDs particulares presentes nas lentes para uma quantidade limiar máxima.
Por conseguinte, em algumas modalidades, um espectrômetro de massa GC pode ser usado para verificar o limiar máximo de UCDs, tais como SiMMA, mPDMS, SiMMA glicol, e epóxido, de aproximadamente 300 ppm. Um período de tempo mínimo de tratamento de hidratação necessário para reduzir a presença de tais UCDs para 300 ppm ou menos em lentes específicas pode ser determinado pelas medições periódicas. Em modali- dades adicionais, outros UCDs, tais como, por exemplo, D30 ou outros dilu- entes, podem ser medidos para detectar a presença de uma quantidade máxima de aproximadamente 60 ppm. As modalidades também podem in- cluir ajustar uma quantidade limiar de um UCD particular no nível de detec- ção mínimo determinável pelo equipamento de teste.
Exemplos.de auxiliares de lixiviação, de acordo com a presente invenção incluem: álcoois etoxilados ou ácidos carboxílicos etoxilados, glico- sídeos ou açúcares etoxilados, opcionalmente com cadeias de carbono C8 a C14 presas, óxidos de polialquileno, sulfatos, carboxilatos ou óxidos de ami- na de compostos C8-C10. Exemplos incluem oxido de cocoamidopropilami- na, C12-14 álcool graxo etoxilado com 10 óxidos de etileno, dodecil sulfato de sódio, éter polioxietileno-2-etílico, polipropileno glicol, éter monometílico de polietileno glicol, metil glicosídeo dioleato etoxilado, e o n-octilsulfato de sal sódico, etilhexil sulfato sal sódico.
Para ilustrar a invenção incluíu-se os exemplos a seguir. Esses exemplos não limitam a invenção. Eles apenas sugerem um método de prá- tica da invenção. Aqueles com conhecimentos em lentes de contato, assim como em outras áreas, podem encontrar outros métodos de prática da in- venção, esses métodos são considerados dentro do escopo desta invenção.
Polímero hidrofílico de alto peso molecular
Conforme usado neste relatório, "polímero hidrofílico de alto pe- so molecular" refere-se a substâncias com um peso molecular médio pon- derai não inferior a cerca de 100.000 Dáltons, onde as referidas substâncias mediante incorporação em formulações de hidrogel de silicone aumentam a umectabilidade dos hidrogéis de silicone curados. O peso molecular médio ponderai preferido desses polímeros hidrofílicos de alto peso molecular é maior que cerca de 150.000, mais preferivelmente entre cerca de 150.000 e cerca de 2.000.000 Dáltons, ainda mais preferivelmente entre cerca de 300.000 e cerca de 1.800.000 Dáltons, mais preferivelmente ainda entre cerca de 500.000 e cerca de 1.500.000 Dáltons.
Alternativamente, o peso molecular dos polímeros hidrofílicos da invenção também podem ser expressos pelo valor K, com base em medidas da viscosidade cinemática, conforme descrito em Encyclopedia of Polymer Science and Engineering, N-Vinyl Amide Polymers, Second edition, Vol. 17, p.p. 198-257, John Wiley & Sons Inc. Quando expressos desta maneira, monômeros hidrofílicos com valores K maiores que cerca de 46 e de prefe- rência entre cerca de 46 e cerca de 150. Os polímeros hidrofílicos de alto peso molecular estão presentes nas formulações desses dispositivos em uma quantidade suficiente para fornecer lentes de contato, que sem modifi- cação superficial ficam substancialmente livres de deposições superficiais durante o uso. Períodos de uso típicos incluem pelo menos cerca de 8 ho- ras, e de preferência usados vários dias consecutivos, e mais preferivelmen- te por 24 horas ou mais sem remoção. Substancialmente livre de deposição superficial significa que, quando vista com um lâmpada fendida, pelo menos cerca de 70% e de preferência pelo menos cerca de 80%, e mais preferi- velmente cerca de 90% das lentes usadas na população de pacientes apre- sentam deposições classificadas como sem deposição ou pequenas deposi- ções durante o período de uso.
Quantidades adequadas de polímero hidrofílico de alto peso mo- lecular incluem de cerca de 1 a cerca de 15 por cento em peso, mais prefe- rivelmente cerca de 3 a cerca de 15 por cento, ainda mais preferivelmente cerca de 5 a cerca de 12 por cento, com base no total de todos os compo- nentes reativos.
Exemplos de polímeros hidrofílicos de alto peso molecular inclu- em porém sem limitação poliamidas, polilactonas, poliimidas, polilactamas e poliamidas, polilactonas, poliimidas e polilactamas funcionalizadas, tais co- mo DMA funcionalizada por copolimerização de DMA com uma quantidade molar menor de um monômero hidroxila-funcional tal como HEMA, e em seguida reação dos grupos hidroxila do copolímero resultante com materiais contendo grupos polimerizáveis por radicais, tais como isocianato de meta- crilato etila ou cloreto de metacriloíla. Prepolímeros hidrofílicos feitos de DMA ou n-vinil pirrolidona com metacrilato de glicidila também podem ser usados. O anel de metacrilato de glicidila pode ser aberto para dar um diol que pode ser usado junto com outro prepolímero hidrofílico em um sistema misto para aumentar a compatibilidade do polímero hidrofílico de alto peso molecular, do monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila e de quaisquer outros grupos que confiram compatibilidade. Os polímeros hidrofílicos de alto peso molecular preferidos são aqueles que contêm uma porção cíclica em seu esqueleto, mais preferivelmente, uma amida cíclica ou uma imida cíclica. Polímeros hidrofílicos de alto peso molecular incluem porém sem limitação poli-N-vinil pirrolidona, poli-N-vinil-2-piperidona, poli-N- vinil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-metil- 2-piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2-piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2- caprolactama, poli-N-vinil-3-etil-2-pirrolidona, e poli-N-vinil4,5-dimetil-2- pirrolidona, polivinilimidazol, poli-N-N-dimetilacrilamida, álcool polivinílico, ácido poliacrílico, oxido de polietileno, poli 2 etil oxazolina, polissacarídeos de heparina, polissacarídeos, misturas e copolímeros (incluindo bloco ou aleatório, ramificado, multicadeias, em forma de favo de mel ou em forma de estrela) dos mesmos onde poli-N-vinilpirrolidona (PVP) é particularmente preferida. Também podem ser usados copolímeros tais como copolímeros de enxerto de PVP.
Os polímeros hidrofílicos de alto peso molecular oferecem u- mectabilidade aumentada, e particularmente umectabilidade aumentada in vivo aos dispositivos médicos da presente invenção. Sem querer ater-se a qualquer teoria, acreditamos que os polímeros hidrofílicos de alto peso mo- lecular são receptores de ligação de hidrogênio que em ambientes aquosos se ligam à água através do hidrogênio, ficando assim efetivamente mais hi- drofílicos. A ausência de água facilita a incorporação do polímero hidrofílico na mistura reaciònal. À parte os polímeros hidrofílicos de alto peso molecu- lar especificamente mencionados, espera-se que qualquer polímero de alto peso molecular seja útil nesta invenção desde que quando o referido polí- mero for adicionado a uma formulação de hidrogel de silicone, o polímero hidrofílico (a) substancialmente não se separe em fase da mistura reaciònal e (b) confira umectabilidade ao polímero curado resultante. Em algumas modalidades é preferível que o polímero hidrofílico de alto peso molecular seja solúvel no diluente às temperaturas de processamento. Os processos de fabricação que usam água ou diluentes solúveis em água podem ser pre- feridos por sua simplicidade e custo reduzido. Nestas modalidades políme- ros hidrofílicos de alto peso molecular que são solúveis em água às tempe- raturas de processamento são preferidos.
Monômero contendo silicone funcionalidade com hidroxila
Conforme usado neste relatório um "monômero contendo silico- ne funcionalizado com hidroxila" é um composto contendo pelo menos um grupo polimerizável com um peso molecular médio aproximadamente menor que 5000 Dáltons medido por cromatografia de permeação em gel, detecção do índice de refração, e de preferência menor que cerca de 3000 Dáltons, que é capaz de compatibilizar os monômeros contendo silicone incluídos na formulação de hidrogel com o polímero hidrofílico. A funcionalidade hidroxi- Ia é muito eficiente em melhorar a compatibilidade hidrofílica. Por conse- guinte, em uma modalidade preferida os monômeros contendo silicone fun- cionalizados com hidroxila da presente invenção compreendem pelo menos um grupo hidroxila e pelo menos um grupo "-Si-O-Si-". É preferível que o silicone e seu oxigênio preso respondam por mais de cerca de 10 por cento em peso do referido monômero contendo silicone funcionalizado com hidro- xila, mais preferivelmente mais de cerca de 20 por cento em peso.
A proporção de Si para OH no monômero contendo silicone fun- cionalizado com hidroxila também é importante para dar um monômero con- tendo silicone funcionalizado com hidroxila que vai dar o grau de compatibi- lização desejado. Se a proporção da porção hidrófoba para OH for alta de- mais, o monômero de silicone funcionalidade com hidroxila pode ser pobre na compatibilização do polímero hidrofílico, resultando em misturas reacio- nais incompatíveis. Por conseguinte, em algumas modalidades, a proporção de Si para OH é menor que cerca de cerca de 15:1, e de preferência entre cerca de 1:1 a cerca de 10:1. Em algumas modalidades álcoois primários proporcionaram compatibilidade melhorada em comparação a álcoois se- cundários. Os especialistas na técnica vão perceber que a quantidade e a escolha do monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila vão depender de quanto polímero hidrofílico é necessário para obter a umectabi- Iidade desejada e o grau até onde o monômero contendo silicone é incom- patível com o polímero hidrofílico.
Em algumas modalidades, as misturas reacionais da presente invenção podem incluir mais de um monômero contendo silicone funcionali- zado com hidroxila. Para monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila funcional o R1 preferido é hidrogênio, e os R2, R3, R4 preferidos são C1-6alquil e triC1-6alquilsilóxi, mais preferidos metil e trimetilsilóxi. Para multifuncional (difuncional ou mais) R1-R4 independentemente compreen- dem grupos polimerizáveis etilenicamente insaturados e mais preferivelmen- te compreendem um acrilato, um estiril, um C1-6alquilacrilato, acrilamida, C-1- 6alquilacrilamida, N-vinil lactama, N-vinilamida, C2-12alquenil, C2- 12alquenilfenil, C2-12alquenilnaftil, ou C2-6alquenilfenil C1-6alquil. Em algumas modalidades R5 é hidroxila, --CH2OH ou CH2CHOHCH2OH.
Em algumas outras modalidades, R6 é um C1-6alquil divalente, C1-6alquilóxi, C1-6alquiloxiC1-6alquil, feniíeno, naftaleno, Cm2 cicloalquila, C1- 6alcoxicarbonila, amida, carbóxi, C1-6 alquilcarbonila, carbonil, C1-6alcóxi, C1- 6alquil substituído, C1-6alquilóxi substituído, C1-6alquilóxiC1-6alquila substituí- da, fenileno substituído, naftaleno substituído, C1-12cicloalquila substituída, onde os substituintes são selecionados de um ou mais membros do grupo que consiste em C1-6 alcoxicarbonila, C1-6alquila, C1-6alcóxi, amida, halogê- nio, hidroxila, carboxila, C1-6alquilcarbonila e formila. O R6 particularmente preferido é um metil divalente (metileno).
Em algumas modalidades, R7 compreende um grupo reativo de radicais livres, tal como um acrilato, um estiril, vinila, éter vinílico, um grupo itaconato, um C1-6alquilacrilato, acrilamida, C1-6alquilacrilamida, N-vinil lac- tama, N-vinilamida, , C2-12alquenil, C2-12alquenilfenil- , C2-12alquenilnaftila, ou C2-6alquenilfenilCi-6alquila ou um grupo reativo catiônico tal como grupos éter vinílico ou epóxido. O R7 particularmente preferido é metacrilato.
Em algumas modalidades, R8 é um C1-6alquil divalente, C1- 6alquilóxi, C1-6alquiloxiC1-6alquil, fenileno, naftaleno, C1-12cicloalquil, C1- 6alcoxicarbonil, amida, carbóxi, C1-6alquilcarbonil, carbonila, C1-6alcóxi, C1- ealquil substituído, C1-6alquilóxi substituído, C1-6alquiloxiC1-6alquil substituído, fenileno substituído, naftaleno substituído, C1-12cicloalquil substituído, onde os substituintes são selecionados de um ou mais membros do grupo que consiste em C1-6alcoxicarbonil, C1-6alquil, C1-6alcóxi, amida, halogênio, hidro- xila, carboxil, C1-6alquilcarbonil e formila. O R8 particularmente preferido é C1-6alquiloxiC1-6alquil.
Exemplos de monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila de fórmula I incluem ácido 2-propenóico, éster 2-metil-,2-hidróxi-3- [3-[1,3,3,3-tetrametil-1-[(trimetilsilil)óxi]dissiloxanil]propóxi]propílico (também chamado de (3-metacrilóxi-2-hidroxipropilóxi)propilbis(trimetilsilóxi)metilsila- no-)2. O composto, (3-metacrilóxi-2-hidroxipropilóxi)propilbis(trimetilsilóxi) metilsilano pode ser formado a partir de um epóxido, que produz uma mistu- ra 80:20 do composto mostrado acima e (2-metacrilóxi-3- hidroxipropilóxi)propilbis(trimetilsilóxi)metilsilano. Em algumas modalidades da presente invenção é preferível ter uma certa quantidade do hidroxila pri- mária presente, de preferência mais de 10% em peso e mais preferivelmen- te pelo menos cerca de 20% em peso.
Outros monômeros contendo silicone funcionalizados com hi- droxila adequados incluem (3-metacrilóxi-2-hidroxipropilóxi)propil- tris(trimetilsilóxi)silano 3 bis-3-metacrilóxi-2-hidroxipropiloxipropil polidimetil- siloxano 4 3-metacrilóxi-2-(2-hidroxiethóxi)propilóxi)propilbis(trimetilsilóxi) metilsilano 5 N,N,N,,N,-tetracis(3-metacrilóxi-2-hidroxipropil)-.alfa.,.ômega.-- bis-3-aminopropil-polidimetilsiloxano.
Os produtos da reação de metacrilato de glicidila com polidime- tilsiloxanos amino-funcionais também podem ser usados como um monôme- ro contendo silicone hidroxila-funcional. Outras estruturas adicionais que podem ser monômeros contendo silicone funcionalizados com hidroxila a - dequados incluem aquelas similares a compostos com a seguinte estrutura: 6 onde n=1-50 e R independentemente compreende H ou um grupo insatu- rado polimerizável, com pelo menos um R compreendendo um grupo poli- merizável, e pelo menos um R, e de preferência 3 - 8 R, compreendendo H. Esses componentes podem ser removidos do monômero funcionalizado com hidroxila por meio de métodos conhecidos tais como cromatografia em fase líquida, destilação, recristalização ou extração, ou sua formação pode ser evitada pela escolha cuidadosa das condições reacionais e das propor- ções dos reagentes.
Monômeros de silicone funcionalizados com hidroxila adequa- das encontram-se comercialmente disponíveis na Gelest, Inc. Morrisville, Pa. Monômeros de silicone funcionalizados com hidroxila multifuncionais adequadas encontram-se comercialmente disponíveis na Gelest1 lnc, Mor- risville, Pa. ou podem ser feitos usando-se procedimentos conhecidos.
Embora monômeros contendo silicone funcionalizados com hi- droxila tenham se mostrado particularmente adequados para dar polímeros compatíveis para dispositivos biomédicos, e particularmente dispositivos of- tálmicos, qualquer monômero contendo silicone funcionalizado que, quando polimerizado e/ou transformado em um artigo final é compatível com os componentes hidrofílicos selecionados pode ser usado. Monômeros con- tendo silicone funcionalizados adequados podem ser selecionados usando- se o seguinte teste de compatibilidade de monômero. Neste teste um gra- ma de cada polidimetilsiloxano terminado com monobutil, terminado com mono-3-metacriloxipropila (mPDMS PM 800-1000) e um monômero a ser testado são misturados em um grama de 3,7-dimetil-3-octanol a cerca de 20 graus C. Uma mistura de 12 partes em peso de K-90 PVP e 60 partes em peso de DMA é adicionada em gotas à solução de componente hidrófobo, com agitação, até a solução ficar nebulosa depois de três minutos de agita- ção. A massa da mistura adicionada de PVP e DMA é determinada em gramas e registrada como o índice de compatibilidade do monômero. Qual- quer monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila tendo um índice de compatibilidade maior que 0,2 grama, mais preferivelmente maior que cerca de 0,7 grama e ainda mais preferivelmente maior que cerca de 1,5 grama será adequado para uso nesta invenção.
Uma "quantidade eficaz" ou uma "quantidade eficaz compatibili- zante" dos monômeros contendo silicone funcionalizados com hidroxila da invenção é a quantidade necessária para compatibilizar ou dissolver o polí- mero hidrofílico de alto peso molecular e os outros componentes da formu- lação polimérica. Portanto, a quantidade de monômero contendo silicone hidroxila-funcional vai depender em parte da quantidade de polímero hidrofí- lico que é usada, com mais monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila sendo necessária para compatibilizar concentrações mais altas de polímero hidrofílico. Quantidades eficazes de monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila na formulação polimérica incluem cerca de 5% (por cento em peso, com base na percentagem em peso dos componentes reativos) a cerca de 90%, de preferência cerca de 10% a cerca de 80%, mais preferivelmente, cerca de 20% a cerca de 50%.
Além dos polímeros hidrofíiicos de alto peso molecular e dos monômeros contendo silicone funcionalizados com hidroxila da invenção outros monômeros hidrofíiicos e hidrófobos, reticuladores, aditivos, diluen- tes, iniciadores de polimerização podem ser usados para preparar os dispo- sitivos biomédicos da invenção. Além do polímero hidrofílico de alto peso molecular e do monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila, as formulações de hidrogel podem incluir monômeros contendo silicone adicio- nais, monômeros hidrofílicos, e reticuladores para dar os dispositivos bio- médicos da invenção.
Monômeros contendo silicone adicionais
Em relação aos monômeros contendo silicone adicionais, análo- gos amídicos úteis de TRIS podem incluir 3-metacriloxipropiltris (trimetilsilóxi)silano (TRIS), polidimetilsiloxanos terminados com monometa- criloxipropil, polidimetilsiloxanos, 3-metacriloxipropilbis(trime- tilsilóxi)metilsilano, metacriloxipropilpentametil dissiloxano e combinações dos mesmos sãò particularmente úteis como monômeros contendo silicone adicionais da invenção. Os monômeros contendo silicone adicionais podem estar presentes em quantidades de cerca de 0 a cerca de 75 % em peso, mais preferivelmente de cerca de 5 a cerca de 60 e ainda mais preferivel- mente de cerca de 10 a 40 % em peso.
Monômeros hidrofílicos
Adicionalmente, os componentes reacionais da presente inven- ção também podem incluir quaisquer monômeros hidrofílicos usados para preparar hidrogéis convencionais. Por exemplo monômeros contendo gru- pos acrílicos (CH2.dbd.CRCOX, onde R é hidrogênio ou C1-6alquil e X é O ou N) ou grupos vinila (-C.dbd.CH2) podem ser usados. Exemplos de monô- meros hidrofílicos adicionais são Ν,Ν-dimetilacrilamida, metacrilato de 2- hidroxietila, monometacrilato de glicerol, metacrilamida de 2-hidroxietila, monometacrilato de polietileno glicol, ácido metacrílico, ácido acrílico, N-vinil pirrolidona, N-vinil-N-metil acetamida, N-vinil-N-etil acetamida, N-vinil-N-etil formamida, N-vinil formamida e combinações dos mesmos.
Além dos monômeros hidrofílicos adicionais mencionados aci- ma, é possível usar polioxietileno polióis com um ou mais dos grupos hidro- xila terminais substituídos por um grupo protetor contendo uma ligação poli- merizável. Exemplos incluem polietileno glicol, alquila glicosídeo etoxilado e bisfenol A etoxilado, reagido com um ou mais equivalentes molares de um grupo de capeamento de extremidade tal como metacrilato de isocianatoeti- la, anidrido metacrílico, cloreto de metacriloíla, cloreto de vinilbenzoíla, e outros, produzem um polietileno poliol com um ou mais grupos olefínicos polimerizáveis terminais ligados ao polietileno poliol através de porções de ligação tais como grupos carbamato, uréia ou éster.
Ainda outros exemplos incluem os monômeros de carbonato de vinila ou carbamato de vinila hidrofílicos, monômeros de oxazolona hidrofíli- cos e polidextrana.
Monômeros hidrofílicos adicionais podem incluir N1N- dimetilacrilamida (DMA), metacrilato de 2-hidroxietila (HEMA), metacrilato de glicerol, 2-hidroxietil metacrilamida, N-vinilpirrolidona (NVP), monometacrila- to de polietileno glicol, ácido metacrílico, ácido acrílico e combinações dos mesmos. Monômeros hidrofílicos adicionais podem estar presentes em quantidades de cerca de 0 a cerca de 70 % em peso, mais preferivelmente de cerca de 5 a cerca de 60 e mais preferivelmente de cerca de 10 a 50 % em peso.
Reticuladores
Reticuladores adequados são compostos com dois ou mais gru- pos funcionais polimerizáveis. O reticulador pode ser hidrofílico ou hidrofó- bico e em algumas modalidades da presente invenção misturas de reticula- dores hidrofílicos e hidrofóbicos mostraram dar hidrogéis de silicone com claridade ótica melhorada (nebulosidade reduzida comparada com uma Ien- 1 te fina CSI). Exemplos de reticuladores hidrofílicos adequados incluem compostos com dois ou mais grupos funcionais polimerizáveis, assim como grupos funcionais hidrofílicos tais como grupos poliéter, amida ou hidroxila. Exemplos específicos incluem TEGDMA (tetraetilenoglicol dimetacrilato), TrEGDMA (dimetacrilato de trietilenoglicol), dimetacrilato de etilenoglicol (EGDMA), dimetilacrilamida de etilenodiamina, dimetacrilato de glicerol e combinações dos mesmos. Exemplos de reticuladores hidrofóbicos ade- quados incluem monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila multifuncional, copolímeros em blocos de poliét-polidimetilsilaxano multifun- cionais, combinações dos mesmos e outros. Reticuladores hidrofóbicos es- pecíficos incluem polidimetilsiloxano terminado com acriloxipropila (n=10 ou 20) (acPDMS), macrômero de siloxano funcionalizado com hidroxilacrilato, PDMS terminado com metacriloxipropil, dimetacrilato de butanodiol, divinil benzeno, 1,3-bis(3-metacriloxipropil)- tetracis(trimetilsilóxi) dissiloxano e mis- turas dos mesmos. Reticuladores preferidos incluem TEGDMA, EGDMA, acPDMS e combinações dos mesmos. A quantidade de reticulador hidrofíli- co usada geralmente é de cerca de O a cerca de 2 % em peso e de prefe- rência de cerca de 0,5 a cerca de 2 % em peso e a quantidade de reticula- dor hidrofóbico é de cerca de O a cerca de 5 % em peso, que pode ser alter- nativamente indicada em % em mol de cerca de 0,01 a cerca de 0.2 mmol/g de componentes reativos, de preferência de cerca de 0,02 a cerca de 0,1 e mais preferivelmènte de 0,03 a cerca de 0,6 mmol/g.
O aumento do nível de reticulador no polímero final mostrou re- duzir a quantidade de névoa. No entanto, a medida em que a concentração de reticulador aumenta acima de cerca de 0,15 mmol/g de componentes reativos o módulo pode aumentar acima dos níveis geralmente desejados (maiores que cerca de 620 kPa (90 psi)). Portanto, em algumas modalida- des da presente invenção a composição reticuladora e a quantidade são selecionadas de maneira a dar uma concentração de reticulador na mistura reacional entre cerca de 0,01 e cerca de 0,1 mmol/g de reticulador.
Componentes adicionais ou aditivos, que geralmente são co- nhecidos na literatura também podem ser incluídos. Aditivos incluem porém sem limitação compostos e monômeros absorventes de ultravioleta, tinturas reativas, compostos antimicrobianos, pigmentos, fotocrômicos, agentes de liberação, combinações dos mesmos e outros.
Componentes adicionais incluem outros componentes permeá- veis a oxigênio tais como monômeros contendo ligação tripla carbono- carbono e monômeros contendo flúor que são conhecidos na literatura e incluem (met)acrilatos contendo flúor, e mais especificamente incluem, por exemplo, ésteres C2-Ci2 alquílicos contendo flúor de ácido (met)acrílico tais como (met)acrilato 2,2,2-trifluoretila, (met)acrilato de 2,2,2,2',2",2'- hexafluorisopropila, (met)acrilato de 2,2,3,3,4,4,4-heptafluorbutila, (met)acrilato de 2,2,3,3,4,4,5,5,6,6,7,7,8,- 8,8-pentadecafluoroctila, (met)acrilato de 2,2,3,3,4,4,5,5,6,6,7,7,8,8,9,9-hexadecafluornonil e outros. Diluentes
Os componentes reacionais (monômero contendo silicone fun- cionalizado com hidroxila, polímero hidrofílico, reticuladores e outros com- ponentes) geralmente são misturados e reagidos na ausência de água e, opcionalmente, na presença de pelo menos um diluente para formar uma mistura reacional. O tipo e a quantidade de diluente usado também afetam as propriedades do polímero e do artigo resultantes. A névoa e a umectabi- idade do artigo final podem ser melhoradas escolhendo-se diluentes relati- vamente hidrofóbicos e/ou diminuindo-se a concentração de diluente usada. Como discutido acima, o aumento da hidrofobicidade do diluente também pode permitir que componentes pobremente compatíveis (medidos pelo tes- te de compatibilidade) sejam processados para formar um polímero e artigo compatíveis. No entanto, a medida em que o diluente fica mais hidrofóbico, as etapas de processamento necessárias para substituir o diluente por água vão requerer o uso de solventes diferentes de água. Isto pode aumentar de forma indesejável a complexidade e o custo do processo de produção. Dessa forma, é importante escolher um diluente que ofereça a compatibili- dade desejada aos componentes com o nível necessário de conveniência de processamento. Diluentes úteis na preparação dos dispositivos desta invenção incluem éteres, ésteres, alcanos, halogenetos de alquila, silanos, • amidas, álcoois e combinações dos mesmos. Amidas e álcoois são diluen- tes preferidos, e álcoois secundários e terciários são diluentes alcoólicos mais preferidos. Exemplos de éteres úteis como diluentes para esta inven- ção incluem tetrahidrofurano, éter metílico de tripropileno glicol, éter metílico de dipropileno glicol, éter n-butílico de etileno glicol, éter n-butílico de dietile- no glicol, éter metílico de dietileno glicol, éter fenílico de etileno glicol, éter metílico de propileno glicol, acetato de éter metílico de propileno glicol, ace- tato de éter metílico de dipropileno glicol, éter n-propílico de propileno glicol, éter n-propílico de dipropileno glicol, éter n-butílico de tripropileno glicol, éter n-butílico de propileno glicol, éter n-butílico de dipropileno glicol, éter n- butílico de tripropileno glicol, éter fenílico de propileno glicol, éter dimetílico de dipropileno glicol, polietileno glicóis, polipropileno glicóis e misturas dos mesmos. Exemplos de ésteres úteis para esta invenção incluem acetato de etila, acetato de butila, acetato de amila, lactato de metila, lactato de etila, lactato de i-propila. Exemplos de alquila halogenetos úteis como diluentes para esta invenção incluem cloreto de metileno. Exemplos de silanos úteis como diluentes para esta invenção incluem octametilciclotetrassiloxano.
Exemplos de álcoois úteis como diluentes para esta invenção incluem aqueles tendo a fórmula 7 onde R, R1 e R" são independentemente selecionados de H, um alquila monovalente linear, ramificado ou cíclico com 1 a 10 carbonos que pode ser opcionalmente substituído com um ou mais grupos que inclüem halogênios, éteres, ésteres, arilas, aminas, amidas, al- quenos, alquinos, ácidos carboxílicos, álcoois, aldeídos, cetonas ou outros, ou quaisquer dois ou três de R, R e R" podem se juntar para formar uma ou mais estruturas cíclicas, tal como alquila com 1 a 10 átomos de carbono que também podem ser substituído da maneira descrita, com a condição de que não mais de um R, R1 ou R" seja H.
É preferível que R, R1 e R" sejam independentemente selecio- nados de H ou de grupos alquila linear, ramificado ou cíclico não-substituído com 1 a 7 átomos de carbono. É mais preferível que R, R1, e R" sejam in- dependentemente selecionados de grupos alquila linear, ramificado ou cícli- co não-substituído com 1 a 7 átomos de carbono. Em certas modalidades, o diluente preferido tem 4 ou mais, mais preferivelmente 5 carbonos no total, porque os diluentes de peso molecular mais alto têm volatilidade mais baixa, e são menos inflamáveis. Quando um de R, R' e R" é H, a estrutura forma um álcool secundário. Quando nenhum de R, R1 e R" é H, a estrutura forma um álcool terciário. Álcoois terciários são mais preferidos que álcoois se- cundários. Os diluentes são de preferência inertes e facilmente descoláveis pela água quando o número total de carbonos é cinco ou menos. Exemplos de álcoois secundários úteis incluem 2-butanol, 2-propanol, mentol, ciclohe- xanol, ciclopentanol e exonorborneol, 2-pentanol, 3-pentanol, 2-hexanol, 3- hexanol, 3-metil-2-butanol, 2-heptanol, 2-octanol, 2-nonanol, 2-decanol, 3- octanol, norborneol, e outros.
Exemplos de álcoois terciários úteis incluem t-butanol, álcool t- amílico, 2-metil-2-pentanol, 2,3-dimetil-2-butanol, 3-metil-3-pentanol, 1- metilciclohexanol, 2-metil-2-hexanol, 3,7-dimetil-3-octanol, 1-cloro-2-metil-2- propanol, 2-metil-2-heptanol, 2-metil-2-octanol, 2-2-metil-2-nonanol, 2-metil- 2-decanol, 3-metil-3-hexanol, 3-metil-3-heptanol, 4-metil-4-heptanol, 3-metil- 3-octanol, 4-metil-4-octanol, 3-metil-3-nonanol, 4-metil-4-nonanol, 3-metil-3- octanol, 3-etil-3-hexanol, 3-metil-3-heptanol, 4-etil-4-heptanol, 4-propil-4- heptanol, 4-isopropil-4-heptanol, 2,4-dimetil-2-pentanol, 1-metilciclopentanol, 1-etilciclopentanol, 1-etilciclopentanol, 3-hidróxi-3-metil-1-buteno, 4-hidróxi-4- metil-1-ciclopentanol, 2-fenil-2-propanol, 2-metóxi-2-metil-2-propanol 2,3,4- trimetil-3-pentanol, 3,7-dimetil-3-octanol, 2-fenil-2-butanol, 2-metil-1-fenil-2- propanol e 3-etil-3-pentanol, e outros.
Um único álcool ou misturas de dois ou mais dos álcoois listados acima ou dois ou mais álcoois de acordo com a estrutura acima podem ser usados como o diluente para fazer os polímeros desta invenção.
Em certas modalidades, os diluentes alcoólicos preferidos são álcoois secundários e terciários com pelo menos 4 carbonos. Em particular, alguns diluentes alcoólicos podem incluir t-butanol, álcool t-amílico, 2- butanol, 2-metil-2-pentanol, 2,3-dimetil-2-butanol, 3-metil-3-pentanol, 3-etil-3- pentanol, 3,7-dimetil-3-octanol.
Diluentes também podem incluir: hexanol, heptanol, octanol, nonanol, decanol, álcool t-butílico, 3-metil-3-pentanol, isopropanol, álcool t- amílico, lactato de etila, lactato de metila, lactato i-propila, 3,7-dimetil-3- octanol, dimetil formamida, dimetil acetamida, dimetil propionamida, N metil pirrolidinona e misturas dos mesmos.
Em algumas modalidades da presente invenção o diluente é solúvel em água nas condições de processamento e são facilmente removi- do por lavagem da lente com água em um curto período de tempo. Diluen- tes solúveis em água adequados incluem 1-etóxi-2-propanol, 1-metil-2- propanol, álcool t-amílico, éter metílico de tripropileno glicol, isopropanol, 1- metil-2-pirrolidona, Ν,Ν-dimetilpropionamida, lactato de etila, éter metílico de dipropileno glicol, misturas dos mesmos e outros. O uso de um diluente so- lúvel em água permite que o processo de moldagem subsequente seja con- duzido usando apenas água ou soluções aquosas que compreendem água como um componente substancial.
Em algumas modalidades, a quantidade de diluente geralmente pode ser menor que cerca de 50 % em peso da mistura reacional e de pre- ferência menor que cerca de 40% e mais preferivelmente entre cerca de 10 e cerca de 30%. Em algumas modalidades, o diluente também pode incluir componentes adicionais tais como agentes de liberação e pode incluir um auxiliar de desbloqueio de lente solúvel em água ("water soluble and aid in lens deblocking").
Iniciádores de polimerização podem incluir, por exemplo, com- postos tais como: Iauril peróxido, benzoil peróxido, percarbonato de isopropi- la, azobisisobutironitrila, e outros, que geram radicais livres a temperaturas moderadamente elevadas, e sistemas fotoiniciadores tais como alfa-hidróxi cetonas aromáticas, alcoxioxibenzoínas, acetofenonas, óxidos de acil fosfi- na, e uma amina terciária mais uma dicetona, misturas dos mesmos e ou- tros. Exemplos ilustrativos de fotoiniciadores são 1-hidroxiciclohexil fenil ce- tona, 2-hidróxi-2-metil-1-fenil-propan-1-ona, oxido de bis(2,6- dimetoxibenzoil)-2,4-4-trimetilpentil fosfina (DMBAPO), oxido de bis(2,4,6- trimetilbenzoil)-fenilfosfina (Irgacure 819), oxido de 2,4,6-trimetilbenzildifenil fosfina e oxido de 2,4,6-trimetilbenzioil difenilfosfina, éster metílico de benzo- ína e uma combinação de canforaquinona e 4-(N,N-dimetilamino)benzoato etila. Sistemas iniciádores de luz visível comercialmente disponíveis incluem Irgacure 819, Irgacure 1700, Irgacure 1800, Irgacure 819, Irgacure 1850 (to- dos da Ciba Specialty Chemicals) e o iniciador Lucirin TPO (disponível na BASF). Fotoiniciadores de UV comercialmente disponíveis incluem Darocur 1173 e Darocur 2959 (Ciba Specialty Chemicals). O iniciador é usado na mistura reacional em quantidades eficazes para iniciar a fotopolimerização da mistura reacional, por exemplo, de cerca de 0,1 a cerca de 2 partes em peso por 100 partes de monômero reativo. A polimerização da mistura rea- cional pode ser iniciada usando a escolha apropriada de calor ou luz visível ou ultravioleta ou outro meio dependendo do iniciador de polimerização u- sado. Alternativamente, a iniciação pode ser conduzida sem fotoiniciador usando, por exemplo, um feixe eletrônico. No entanto, quando se usa um fotoiniciador, algumas modalidades podem incluir uma combinação de 1- hidroxiciclohexil fenil cetona e óxido de bis(2,6-dimetoxibenzoil)-2,4-4- trimetilpentil fosfina (DMBAPO), e o método de iniciação de polimerização pode incluir luz visível. Outras modalidades podem incluir: óxido de bis(2,4,6-trimetilbenzoil)-fenilfosfina (Irgacure 819.RTM.).
Em algumas modalidades, a presente invenção pode incluir ain- da lentes oftálmicas das fórmulas: 1% em peso dos componentes HFSCM HMWHP SCM HM 5-90 1-15, 3-15 ou 5-12 0 0 10-80 1-15, 3-15 ou 5-12 0 0 20-50 1 -15, 3-15 ou 5-12 0 0 5-90 1 -15, 3-15 ou 5-12 0-80, 5-60 ou 10- 0-70, 5-60 ou 10- 40 50 10-80 1-15, 3-15 ou 5-12 0-80, 5-60 ou 10- 0-70, 5-60 ou 10- 40 50 20-50 1-15, 3-15 ou 5-12 0-80, 5-60 ou 10- 0-70, 5-60 ou 10- 40 50 HFSCM é monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila HMWHP é polímero hidrofílico de alto peso molecular SCM é monômero contendo silicone HM é monômero hidrofílico.
As percentagens em peso acima podem ser baseadas em todos os componentes reativos. Dessa forma, em algumas modalidades, a pre- sente invenção pode incluir um ou mais de: hidrogéis de silicone, dispositi- vos biomédicos, dispositivos oftálmicos e lentes de contato, cada uma de uma ou mais das composições listadas na tabela, que descreve noventa faixas composicionais possíveis. Cada uma das faixas consideradas podem receber o prefixo "cerca de", pelo que as combinações de faixas apresenta- das com a condição de que os componentes listados, e quaisquer compo- nentes adicionais totalizem 100 % em peso.
Uma faixa dos monômeros contendo silicone combinados (mo- nômeros contendo silicone funcionalizados com hidroxila e monômeros con- tendo silicone adicionais) pode variar de cerca de 5 a 99 por cento em peso, mais preferivelmente de cerca de 15 a 90 por cento em peso, e em algumas modalidades cerca de 25 a cerca de 80 por cento em peso dos componen- tes reacionais. Uma faixa do monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila pode variar de cerca de 5 a cerca de 90 por cento em peso, de preferência cerca de 10 a cerca de 80, e mais preferivelmente cerca de 20 a cerca de 50 por cento em peso. Em algumas modalidades uma faixa do monômero hidrofílico pode variar de cerca de 0 a cerca de 70 por cento em peso, mais preferivelmente cerca de 5 a cerca de 60 por cento em peso, e ainda mais preferivelmente cerca de 10 a cerca de 50 por cento em peso dos componentes reativos. Em outras modalidades uma faixa do polímero hidrofílico de alto peso molecular pode variar de cerca de 1 a cerca de 15 por cento em peso, ou cerca de 3 a cerca de 15 por cento em peso, ou cer- ca de 5 a cerca de 12 por cento em peso. Todas as percentagens em peso aproximadas baseiam-se no total de todos os componentes reativos.
Em algumas modalidades, uma faixa de diluente vai de cerca de O a cerca de 70 por cento em peso, ou cerca de 0 a cerca de 50 por cento em peso, e ou cerca de 0 a cerca de 40 por cento em peso e em algumas modalidades, entre cerca de 10 e cerca de 30 por cento em peso, com base no peso de todos os componentes na mistura reacional. A quantidade de diluente necessária varia dependendo da natureza e das quantidades relati- vas dos componentes reativos.
Em algumas modalidades, os componentes reativos compreen- dendo ácido 2-propenóico, 2-metil-,2-hidróxi-3-[3-[1,3,3,3-tetrametil-1- [(trimetilsilil)óxi]disiloxanil]propóxi]propil éster "SiGMA" .cerca de.28% em peso dos componentes reacionais); (polidimetilsiloxano terminado com mo- no-n-butil terminado com monometacriloxipropila PM 800-1000, "mPDMS" (.cerca de.31% em peso); Ν,Ν-dimetilacrilamida, "DMA" (.about.24% em pe- so1 ); metacrilato de 2-hidroxietila, "HEMA" (.cerca de.6% em peso); tetraeti- lenoglicoldimetacrilato, "TEGDMA" (.cerca de. 1,5% em peso), polivinilpirroli- dona, "K-90 PVP" (.cerca de.7% em peso); com o equilíbrio compreendendo pequenas quantidades de aditivos e fotoiniciadores. A polimerização tam- bém pode ser conduzida na presença de cerca de 23% (% em peso dos monômeros combinados e mistura de diluentes) do diluente 3,7-dimetíl-3- octanol.
Em algumas modalidades, as polimerizações para as formula- ções acima podem ser conduzidas na presença de álcool t-amílico como um diluente compreendendo cerca de 29 por cento em peso da mistura reacio- nal não curada. Processamento
As modalidades podem incluir lentes oftálmicas da presente in- venção que são preparadas por misturação do polímero hidrofílico de alto peso molecular, do monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxi- la, mais um ou mais dos seguintes: os monômeros contendo silicone adicio- nais, os monômeros hidrofílicos, os aditivos ("componentes reativos"), e os diluentes (coletivamente, a "mistura reacional"), com um iniciador de polime- rização e cura da mistura reacional por condições apropriadas para formar um produto que pode ser subseqüentemente transformado em um formato predefinido por torneamento, corte e outros. Alternativamente, a mistura reacional pode ser colocada em um molde e subseqüentemente curada e transformada em um artigo apropriado.
São conhecidos vários processos para processamento da mistu- ra reacional na produção de lentes de contato, que incluem moldagem por rotação e moldagem estática. Em algumas modalidades, o método para produção de lentes de contato do polímero desta invenção é a moldagem dos hidrogéis de silicone. Durante a moldagem, a mistura reacional é colo- cada em um molde com o formato do hidrogel de silicone final desejado, i.e., polímero intumescido em água, e a mistura reacional é submetida a condi- 1 ções nas quais os monômeros polimerizam, para dessa forma produzir uma mistura polímero/diluente no formato do produto desejado final. Em segui- da, esta mistura polímero/diluente é tratada com uma solução para remover o diluente e finalmente substituí-lo por água, produzindo um hidrogel de sili- cone com um tamanho e formato finais que são bastante semelhantes ao tamanho e formato do artigo de polímero/diluente moldado original. Cura
Um outro aspecto de algumas modalidades da presente inven- ção inclui a cura das formulações de hidrogel de silicone de maneira a for- necer umectabilidade aumentada. De acordo com a presente invenção, foi descobertos que o tempo de gel para um hidrogel de silicone pode ser corre- lacionado às condições de cura para fornecer um dispositivo oftálmico u- mectável, e especificamente uma lente de contato. Conforme usado neste relatório, o tempo de gel é o tempo que leva para uma rede de polímero reti- culado ser formada, resultando na viscosidade da mistura reacional de cura se aproximando do infinito e na mistura reacional ficando não fluida. O pon- to de gel ocorre a um grau de conversão específico, independente das con- dições reacionais, e portanto pode ser usado como um indicador da veloci- dade da reação. Foi descoberto que, para uma mistura reacional dada, o tempo de gel pode ser usado para determinar as condições de cura que conferem a umectabilidade desejável. Portanto, em algumas modalidades da presente invenção, a mistura reacional pode ser curada em um tempo de gel ou acima de um tempo de gel que fornece umectabilidade melhorada, e em algumas modalidades umectabilidade suficiente pf ("pf sufficient wettabi- lity") para o dispositivo resultante ser usado sem revestimento hidrofílico nem tratamento superficial ("tempo de gel mínimo"). Em algumas modalida- des, umectabilidade melhorada pode ser uma redução no ângulo de contato dinâmico de avanço de pelo menos 10% em relação a uma formulação sem polímero de alto peso molecular. Em algumas modalidades, portanto, são preferidos tempos de gel mais longos uma vez que eles proporcionam u- mectabilidade melhorada e flexibilidade de processamento aumentada.
Os tempos de gel podem variar para diferentes formulações de hidrogel de silicone. As condições de cura também afetam o tempo de gel. Por exemplo, em algumas modalidades, a concentração de reticulador vai influenciar o tempo de gel, onde aumentar as concentrações de reticulador diminui o tempo de gel. Aumentar a intensidade da radiação (para fotopoli- merização) ou a temperatura (para polimerização térmica), a eficiência da iniciação (seja escolhendo um iniciador ou uma fonte de irradiação mais efi- ciente, ou um iniciador que absorve com mais força na faixa de irradiação selecionada) também vai diminuir o tempo de gel. A temperatura e o tipo e a concentração de diluente também podem afetar o tempo de gel de manei- ras conhecidas pelos especialistas na técnica.
Em algumas modalidades, um tempo de gel mínimo pode ser determinado escolhendo uma dada formulação, variando um dos fatores acima e medindo o tempo de gel e os ângulos de contato. O tempo de gel mínimo pode ser portanto o ponto acima do qual a lente resultante geral- mente é umectável. Abaixo do tempo de gel mínimo, a lente pode não ser umectável. Nó contexto deste relatório, para uma lente de contato, "geral- mente umectável" é uma lente que apresenta um ângulo de contato dinâmi- co de avanço menor que cerca de 80 graus, e em algumas modalidades menor que 70 graus e em ainda outras modalidades menor que cerca de 60 graus. Por conseguinte, os especialistas na técnica são perceber que o ponto de gel mínimo definido neste relatório pode ser uma faixa, levando em consideração a variabilidade experimental estatística.
Em certas modalidades, com o uso de irradiação de luz visível tempos de gel mínimos de pelo menos cerca de 30 segundos mostraram-se vantajosos.
Em algumas modalidades, um molde contendo a mistura reacio- nal é exposto à radiação ionizante ou actínica, por exemplo feixes de elé- trons, raios X, luz UV ou visível, i.e., radiação eletromagnética ou radiação de partículas com um comprimento de onda na faixa de cerca de 150 a cer- ca de 800 nm. Em algumas modalidades, a fonte de radiação é luz UV ou visível com um comprimento de onda de cerca de 250 a cerca de 700 nm. Fontes de radiação adequadas podem incluir lâmpadas UV1 lâmpadas fluo- rescentes, lâmpadas incandescentes, lâmpadas de vapor de mercúrio, e luz solar. Nas modalidades em que um composto absorvente de UV está inclu- ído na composição (por exemplo, como um bloqueador de UV) a cura é conduzida por meios diferentes de irradiação UV (tais como por luz visível ou calor). Em algumas modalidades preferidas a fonte de radiação pode ser selecionada de UVA (cerca de 315 - cerca de 400 nm), UVB (cerca de 280 - cerca de 315) ou luz visível (cerca de 400 - cerca de 450 nm), à baixa inten- sidade.
Em outras modalidades, a mistura reacional inclui um composto absorvente de UV1 é curada usando luz visível e baixa intensidade. Confor- me usado neste relatório o termo "baixa intensidade" significa aquelas entre cerca de 0,1 mW/cm2 e cerca de 6 mW/cm2 e de preferência entre cerca de 0,2 mW/cm2 e 3 mW/cm2. O tempo de cura pode portanto ser relativamen- te longo, geralmente mais de cerca de 1 minuto e de preferência entre cerca de 1 e cerca de 60 minutos e ainda mais preferivelmente entre cerca de 1 e cerca de 30 minutos. Em algumas modalidades, uma cura de baixa intensi- dade e relativamente lenta pode proporcionar dispositivos oftálmicos compa- tíveis que apresentam resistência duradoura à deposição de proteínas in vivo.
Em algumas modalidades, a temperatura à qual a mistura rea- cional é curada pode ser aumentada para acima da temperatura ambiente, onde a névoa dò polímero resultante diminui. Temperaturas eficazes para reduzir a névoa incluem temperaturas às quais a névoa da lente resultante é diminuída em pelo menos cerca de 20% comparada com uma lente da mesma composição feita a 25 graus C. Por conseguinte, em algumas mo- dalidades, temperaturas de cura adequadas podem incluir temperaturas maiores que cerca de 25 graus C. Especificamenteasmodalidadespodem incluir faixas entre cerca de 25 graus C e 70 graus C e entre cerca de 40 graus C e 70 graus C. O ajuste preciso das condições de cura (temperatura, intensidade e tempo) podem depender dos componentes do material de len- te selecionados e, com referência aos ensinamentos aqui contidos, o espe- cialista na técnica sabe como determiná-las. A cura pode ser conduzida em uma zona de cura ou em uma multiplicidade de zonas de cura, e de prefe- rência deve ser suficiente para formar uma rede polimérica a partir da mistu- ra reacional. Tipicamente, a rede polimérica resultante pode ser intumesci- da com o diluente e ter a forma da cavidade do molde.
Embora a presente invenção tenha sido descrita a partir do as- pecto de um ou mais processos, deve ficar entendido que a presente inven- ção também incorpora aparelhos e sistemas, tais como, a título de exemplo não limitativo: maquinaria de manipulação de moldes, torres de hidratação, tanques de imersão, sistemas de controle automático, dispensadores de monômeros, túneis de cura, trocadores de calor, e outros, que podem ser usados para implementar uma ou mais das etapas descritas neste relatório. Exemplos: Lentes feitas de acordo com as descrições acima e com 24 par- tes de Ν,Ν-dimetilacrilamida e 0,48 ppm de CGI 1850, usando partes de molde côncavas combinadas com moldes convexos. Depois da fotocura, as partes de molde foram removidas, e as lentes na parte de molde côncava foram colocadas em soluções aquosas em agitação conforme mostrado na Tabela 1. Cada solução aquosa incluía um tensoativo indicado na coluna assinalada "Agente" na Tabela 1. O tempo até as lentes liberarem e separa- rem completamente dos moldes foi medido e está adicionalmente mostrado na Tabela 1.
Como indicado na Tabela 1, a exposição a soluções aquosas incluindo tensoativos tem adicionalmente o efeito de Iixiviar D30 das lentes.
As lentes foram agitadas nas respectivas soluções aquosas pelo tempo indicado na Tabela 1, e em seguida removidas e extraídas com iso- propanol para remover o diluente D30 residual. O extrato de isopropanol foi analisado quanto à presença D30, e os resultados estão mostrados na Ta- bela 1 como a percentagem do nível encontrado em lentes de controle não lixiviadas.
Tabela 1
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Claims (60)

1. Método para liberar uma lente oftálmica compreendendo sili- cone de uma parte do molde, o método compreendendo: expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compreen- dendo cerca de 20% ou mais de um primeiro agente de liberação compre- endendo Texapon 845; e aquecer a referida primeira solução aquosa à qual a lente oftálmica é expos- ta.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, adicionalmente compreendendo as etapas de: remover os componentes e os diluentes não reagidos de uma lente oftálmica por meio da exposição da lente à primeira solução aquosa; e enxaguar a referida lente oftálmica através de contato com uma segunda solução aquosa até a referida lente compreender um nível de componentes e diluentes não reagidos que esteja abaixo de um limiar predeterminado.
3. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a lente é exposta à primeira solução aquosa por aproximadamente 20 minutos ou mais.
4. Método de acordo com a reivindicação 2, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem uma solução aquosa tamponada.
5. Método de acordo com a reivindicação 4, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem cloreto de sódio, ácido bórico, borato de sódio, fosfato de dihidrogênio sódio, citrato de sódio, acetato de sódio, bicarbonato de sódio ou qualquer combinação dos mesmos.
6. Método de acordo com a reivindicação 2, em que o limiar predeterminado compreende um limiar de detecção de componentes e diluentes não reagidos.
7. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a referida lente oftálmica compreende uma lente de contato compreendendo de 0 a cerca de 90 por cento de água.
8. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a referida lente oftálmica compreende ainda um diluente e o referido método compreende ainda remover o referido diluente da referida lente oftálmica.
9. Método de acordo com a reivindicação 8, em que a referida lente oftálmica tem um tamanho funcional e incha durante a referida remoção do diluente.
10. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a referida lente oftálmica é tingida.
11. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a referida lente oftálmica compreende um padrão de colorante.
12. Método de acordo com a reivindicação 2, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo um polímero hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila.
13. Dispositivo biomédico de acordo com a reivindicação 2, em que a quantidade eficaz do referido monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila varia de cerca de 5% a cerca de 90%.
14. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo cerca de 1 % a cerca de 15% de polímero hidrofílico de alto peso molecular.
15. Método de acordo com a reivindicação 1 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: poli-N-vinil pirrolidona, poli-N-vinil-2-piperidona, poli-N-vinil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2- caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2-piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2- piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-etil-2- pirrolidona, e poli-N-vinil-4,5-dimetil-2-pirrolidona, polivinilimidazol, poli-N-N- dimetilacrilamida, álcool polivinílico, ácido poliacrílico, óxido de polietileno, poli 2 etil oxazolina, polissacarídeos de heparina, polissacarídeos, misturas e copolímeros dos mesmos.
16. Método de acordo com a reivindicação 2 em que a etapa de enxaguar a lente oftálmica compreende expor a lente oftálmica três vezes a pelo menos 35 ml de água desionizada.
17. Método de acordo com a reivindicação 2 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: N,N-dimetilacrilamida, metacrilato de 2-hidroxietila, metacrilato de glicerol, metacrilamida de 2- hidroxietila, monometacrilato de polietileno glicol, ácido metacrílico, ácido acrílico, N-vinil pirrolidona, N-vinil-N-metil acetamida, N-vinil-N-etil acetamida, N-vinil-N-etil formamida, N-vinil formamida, monômeros de vinil carbonato hidrofílicos, monômeros de carbamato de vinila, monômeros de oxazolona hidrofílicos e polidextrana.
18. Método de acordo com a reivindicação 2 em que a primeira solução aquosa é aquecida até cerca de 90°C ou mais.
19. Método de acordo com a reivindicação 2 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compreende imergir a lente na primeira solução aquosa.
20. Método de acordo com a reivindicação 2 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compreende derramar a primeira solução aquosa sobre a lente.
21. Método para liberar uma lente oftálmica compreendendo silicone de uma parte do molde, o método compreendendo: expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compreendendo cerca de 20% ou mais de um primeiro agente de liberação compreendendo 1,2-hexanediol; e aquecer a referida primeira solução aquosa à qual a lente oftál- mica é exposta.
22. Método de acordo com a reivindicação 21, adicionalmente compreendendo as etapas de: remover os componentes e os diluentes não reagidos de uma lente oftálmica por meio da exposição da lente à primeira solução aquosa; e enxaguar a referida lente oftálmica através de contato com uma segunda solução aquosa até a referida lente compreender um nível de componentes e diluentes não reagidos que esteja abaixo de um limiar predeterminado.
23. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a lente é exposta à primeira solução aquosa por aproximadamente 20 minutos ou mais.
24. Método de acordo com a reivindicação 22, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem uma solução aquosa tamponada.
25. Método de acordo com a reivindicação 24, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem cloreto de sódio, ácido bórico, borato de sódio, dihidrogênio fosfato de sódio, citrato de sódio, acetato de sódio, bicarbonato de sódio ou qualquer combinação dos mesmos.
26. Método de acordo com a reivindicação 22, em que o limiar predeterminado compreende um limiar de detecção de componentes e diluentes não reagidos.
27. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a referida lente oftálmica compreende uma lente de contato compreendendo de 0 a cerca de 90 por cento de água.
28. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a referida lente oftálmica compreende ainda um diluente e o referido método compreende ainda remover o referido diluente da referida lente oftálmica.
29. Método de acordo com a reivindicação 28, em que a referida lente oftálmica tem um tamanho funcional e incha durante a referida remoção do diluente.
30. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a referida lente oftálmica é tingida.
31. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a referida lente oftálmica compreende um padrão de colorante.
32. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo um polímero hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila.
33. Dispositivo biomédico como definido na reivindicação 22 em que a quantidade eficaz do referido monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila varia de cerca de 5% a cerca de 90%.
34. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo cerca de 1% a cerca de 15% de polímero hidrofílico de alto peso molecular.
35. Método de acordo com a reivindicação 22 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: poli-N-vinil pirrolidona, poli-N-vinil-2-pipéridona, poli-N-vinil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2- caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2-piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2- piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-etil-2- pirrolidona, e poli-N-vinil-4,5-dimetil-2-pirrolidona, polivinilimidazol, poli-N-N- dimetilacrilamida, álcool polivinílico, ácido poliacrílico, oxido de polietileno, poli 2 etil oxazolina, polissacarídeos de heparina, polissacarídeos, misturas e copolímeros dos mesmos.
36. Método de acordo com a reivindicação 22 em que a etapa de enxaguar a lente oftálmica compreende expor a lente oftálmica três vezes a pelo menos 35 ml de água desionizada.
37. Método de acordo com a reivindicação 22 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: N,N-dimetilacrilamida, metacrilato de 2-hidroxietila, metacrilato de glicerol, 2-hidroxietil metacrilamida, monometacrilato de polietileno glicol, ácido metacrílico, ácido acrílico, N-vinil pirrolidona, N-vinil-N-metil acetamida, N-vinil-N-etil acetamida, N-vinil-N-etil formamida, N-vinil formamida, monômeros de vinil carbonato hidrofílicos, monômeros de carbamato de vinila, monômeros de oxazolona hidrofílicos e polidextrana.
38. Método de acordo com a reivindicação 22 em que a primeira solução aquosa é aquecida até cerca de 90°C ou mais.
39. Método de acordo com a reivindicação 22 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compre- ende imergir a lente na primeira solução aquosa.
40. Método de acordo com a reivindicação 22 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compre- ende derramar a primeira solução aquosa sobre a lente.
41. Método para liberar uma lente oftálmica compreendendo silicone de uma parte do molde, o método compreendendo: expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compreendendo cerca de 20% ou mais de um primeiro agente de liberação compreendendo Sulfotex OA; e aquecer a referida primeira solução aquosa à qual a lente oftál- mica é exposta.
42. Método de acordo com a reivindicação 41, adicionalmente compreendendo as etapas de: remover os componentes e os diluentes não reagidos de uma lente oftálmica POR MEIO DA exposição da lente à primeira solução aquosa; e enxaguar a referida lente oftálmica através de contato com uma segunda solução aquosa até a referida lente compreender um nível de componentes e diluentes não reagidos que esteja abaixo de um limiar predeterminado.
43. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a lente é exposta à primeira solução aquosa por aproximadamente 20 minutos ou mais.
44. Método de acordo com a reivindicação 42, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem uma solução aquosa tamponada.
45. Método de acordo com a reivindicação 44, em que o referido primeiro líquido, o referido segundo líquido, ou ambos compreendem cloreto de sódio, ácido bórico, borato de sódio, dihidrogênio fosfato de sódio, citrato de sódio, acetato de sódio, bicarbonato de sódio ou qualquer combinação destes.
46. Método de acordo com a reivindicação 42, em que o limiar predeterminado compreende um limiar de detecção de componentes e diluentes não reagidos.
47. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a referida lente oftálmica compreende uma lente de contato compreendendo de 0 a cerca de 90 por cento de água.
48. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a referida lente oftálmica compreende ainda um diluente e o referido método compreende ainda remover o referido diluente da referida lente oftálmica.
49. Método de acordo com a reivindicação 48, em que a referida lente oftálmica tem um tamanho funcional e incha durante a referida remoção do diluente.
50. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a referida lente oftálmica é tingida.
51. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a referida lente oftálmica compreende um padrão de colorante.
52. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo um polímero hidrofílico de alto peso molecular e uma quantidade eficaz de um monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila.
53. Dispositivo biomédico como definido na reivindicação 42 em que a quantidade eficaz do referido monômero contendo silicone funcionalizado com hidroxila varia de cerca de 5% a cerca de 90%.
54. Método de acordo com a reivindicação 42, em que a lente oftálmica é formada a partir de uma mistura reacional compreendendo cerca de 1% a cerca de 15% de polímero hidrofílico de alto peso molecular.
55. Método de acordo com a reivindicação 42 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: poli-N-vinil pirrolidona, poli-N-vinil-2-piperÍdona, poli-N-vinil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2- caprolactama, poli-N-vinil-3-metil-2-piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2- piperidona, poli-N-vinil-4-metil-2-caprolactama, poli-N-vinil-3-etil-2- pirrolidona, e poli-N-vinil-4,5-dimetil-2-pirrolidona, polivinilimidazol, poli-N-N- dimetilacrilamida, álcool polivinílico, ácido poliacrílico, oxido de polietileno, poli 2 etil oxazolina, polissacarídeos de heparina, polissacarídeos, misturas e copolímeros dos mesmos.
56. Método de acordo com a reivindicação 42 em que a etapa de enxaguar a lente oftálmica compreende expor a lente oftálmica três vezes a pelo menos 35 ml de água desionizada.
57. Método de acordo com a reivindicação 42 adicionalmente compreendendo a etapa de formar a lente oftálmica por cura de um monômero compreendido do grupo que consiste em: N,N-dimetilacrilamida, metacrilato de 2-hidroxietila, metacrilato de glicerol, 2-hidroxietil metacrilamida, monometacrilato de polietileno glicol, ácido metacrílico, ácido acrílico, N-vinil pirrolidona, N-vinil-N-metil acetamida, N-vinil-N-etil acetamida, N-vinil-N-etil formamida, N-vinil formamida, monômeros de vinil carbonato hidrofílicos, monômeros de carbamato de vinila, monômeros de oxazolona hidrofílicos e polidextrana.
58. Método de acordo com a reivindicação 42 em que a primeira solução aquosa é aquecida até cerca de 90°C ou mais.
59. Método de acordo com a reivindicação 42 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compre- ende imergir a lente na primeira solução aquosa.
60. Método de acordo com a reivindicação 42 em que a etapa de expor a referida lente oftálmica a uma primeira solução aquosa compre- ende derramar a primeira solução aquosa sobre a lente.
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