BRPI0520386B1 - Device for animal sperm collection and artificial vagina - Google Patents

Abstract

dispositivo para coleta de esperma animal e vagina artificial. o dispositivo (1), para a coleta de esperma animal compreende uma estrutura rígida (2) adaptável a uma vagina artificial (v) e à qual são fixados meios de filtração (3) e um receptáculo coletor (4), sendo os meios de filtração (3) posicionados no interior do receptáculo coletor (4) os meios de filtração formam uma bolsa de filtração, preferencialmente cônica, que torna possível reter o sêmen e permite que as fraçães líquidas do esperma, incluindo a "fração rica" que contém os espermatozôides, passem para o receptáculo coletor (4).

Description

"DISPOSITIVO PARA COLETA DE ESPERMA ANIMAL E VAGINA ARTIFICIAL" Campo da invenção [0001] Esta invenção se refere à coleta de esperma animal. Tem por objeto um novo dispositivo para coleta de esperma animal, que é adaptável a uma vagina artificial e que torna possível a filtração do esperma animal recolhido. Este dispositivo coletor é preferencialmente para ser usado uma única vez.

Estado da técnica [0002] Para recolher uma amostra de esperma de um animal tal como, por exemplo, um porco selvagem, um touro, um garanhão, um coelho, etc. é atualmente habitual usar vaginas artificiais que possibilitam a estimulação do pênis do animal e provocam a ejaculação deste.

[0003] Atualmente, existem muitas variantes de vaginas artificiais, cujas estruturas são mais ou menos complexas e que são geralmente adaptadas à espécie animal da qual se pretende uma amostra de esperma.

[0004] Por exemplo, no pedido de patente européia EP 0 699 422, propõe-se uma vagina artificial descartável com uma estrutura muito simples, feita de um tubo de espuma não tóxica de poliuretano, polietileno ou silicone.

[0005] Também são conhecidas vaginas artificiais mais sofisticadas que possibilitam uma estimulação automática do pênis, em particular através de uma câmara de pressão variável alimentada por um fluido tal como água ou ar.

[0006] Por exemplo, o pedido de patente internacional WO 02/13723 revela uma vagina artificial que implementa uma câmara de ar estanque e que possibilita uma estimulação localizada do pênis do animal através de pulsações.

[0007] A patente francesa FR 946 822 descreve uma outra variante conhecida de concretização de uma vagina artificial para a coleta de esperma animal, que implementa uma câmara de pressão cheia com água ou ar.

[0008] Qualquer que seja a estrutura da vagina artificial usada para a coleta do esperma animal, é necessário associar-lhe um sistema coletor para o qual o esperma flui, à medida que sai da vagina artificial.

[0009] No pedido de patente européia EP 0 699 422 acima citado, este sistema coletor é, por exemplo (figura 1), um tubo cilíndrico que é encaixado no extremo tubular da vagina artificial de espuma. Este tubo coletor compreende, mais particularmente, uma parte cilíndrica que é fechada, do lado oposto ao da vagina artificial, por uma parte cônica para a qual flui a amostra de esperma. Numa outra forma de concretização (figura 2), o sistema coletor divide-se em duas peças: um tubo cilíndrico aberto em ambos os extremos e encaixado na saída da vagina artificial; um receptáculo separado.

[0010] Na patente francesa FR 946 822 acima citada, o sistema coletor é um receptáculo rígido inserido no extremo do tubo da vagina artificial e mantido em posição por fixadores.

[0011] O esperma animal compreende essencialmente duas substâncias diferentes: uma substância líquida e uma substância que forma uma espécie de gel e é comumente designada por sêmen. A substância líquida compreende essencialmente três frações liquidas: uma primeira fração líquida é essencialmente feita de urina contendo bactérias; uma segunda fração liquida, também comumente denominada "fração rica", é um liquido cremoso contendo espermatozóides; uma terceira fração liquida é o chamado "fluido seminal" que alimenta os espermatozóides da fração rica. A chamada fração rica é a fração útil para a inseminação artificial após a etapa de coleta. Ao invés, o sêmen é inútil para a inseminação. Portanto, é necessário separar o sêmen das frações liquidas do esperma.

[0012] Numa variante de concretização (figura 2) da patente francesa FR 946 822 acima citada, é proposto levar-se a cabo esta separação providenciando um orifício de descarga para o sêmen no tubo interposto entre a vagina artificial e o receptáculo para fluido seminal. No pedido de patente internacional WO 02/13723, faz-se a sugestão de interpor um filtro entre a saída da vagina artificial e o receptáculo (do tipo taça) para o fluido seminal.

Objetivos da invenção [0013] Esta invenção tem o objetivo principal de propor um novo dispositivo para a coleta de esperma animal, que é adaptável a uma vagina coletora artificial e que torna possível filtrar o esperma animal.

[0014] Um objetivo complementar da invenção é propor um dispositivo para a coleta de esperma animal, que torne possível evitar qualquer risco de contacto do esperma animal e, em particular, das frações líquidas, com um elemento exterior e, em particular, com o operador que trata da coleta e/ou com o animal e/ou com o ar circundante que poderá estar poluído, melhorando, portanto, as conduções de higiene da operação de coleta.

[0015] Um outro objetivo complementar da invenção é propor um dispositivo para coleta de esperma animal, com uma filtração melhorada do esperma animal, evitando o risco de obstrução do meio de filtração pelo sêmen.

[0016] Um outro objetivo complementar da invenção é propor um dispositivo descartável para coleta de esperma animal. Sumário da invenção [0017] Todos ou parte dos objetivos acima mencionados são atingidos pelo dispositivo coletor que é alvo das reivindicações em anexo.

[0018] O dispositivo da invenção, para coleta de esperma animal, compreende principalmente uma estrutura adaptável a uma vagina artificial e à qual são fixados meios para filtração e um receptáculo coletor, sendo os meios de filtração posicionados no interior do receptáculo coletor.

[0019] Por conseguinte, a estrutura do dispositivo da invenção satisfaz uma função dupla: possibilita a fácil e rápida adaptação do dispositivo à saída de uma vagina artificial; serve de suporte comum aos meios de filtração e ao receptáculo coletor.

[0020] A invenção tem por objeto uma vagina artificial e um dispositivo para coleta de esperma animal, sendo o dispositivo de coleta adaptável, preferencialmente de modo amovível, à vagina artificial.

Breve descrição das figuras [0021] Outras características e vantagens da invenção surgirão mais claramente da leitura da descrição detalhada que se segue, de uma variante preferencial de concretização da invenção, descrição que é feita a título de exemplo não limitativo e não exaustivo, da invenção, e com referência aos desenhos anexos nos quais: [0022] A figura 1 é uma representação em perspectiva de um dispositivo coletor concebido de acordo com uma variante preferencial de concretização da invenção, e do extremo tubular (saida) de uma vagina coletora artificial concebida para ser montada com tal dispositivo coletor;

[0023] A figura 2 é uma representação em perspectiva da peça que constitui a estrutura do dispositivo coletor da figura 1;

[0024] A figura 3 é uma vista em corte longitudinal, segundo o plano III-III, da estrutura da figura 2;

[0025] A figura 4 é uma vista em corte longitudinal, segundo o plano IV-IV, da estrutura da figura 2;

[0026] A figura 5 é uma representação em perspectiva do anel de fixação do dispositivo coletor da figura 1;

[0027] A figura 6 é um detalhe de uma vista em corte de uma secção transversal do anel de fixação da figura 5 e do anel de adaptação do dispositivo da figura 1; e [0028] A figura 7 é uma vista em corte longitudinal do dispositivo coletor e da vagina artificial, da figura 1, quando se encontram montados.

Descrição detalhada [0029] Na figura 1 encontra-se uma representação de uma variante preferencial de concretização de um dispositivo 1 para a coleta de esperma animal, dispositivo esse descartável e adaptável a uma vagina coletora artificial V, de modo a obter o esperma animal à medida que sai de tal vagina. A figura 7 representa esquematicamente o dispositivo coletor 1 montado na vagina artificial V. Nas figuras 1 e 7, a vagina V foi representada de modo muito esquemático através de um elemento tubular, sabendo-se que a estrutura desta vagina V não tem importância para a invenção. Efetivamente, a invenção pode ser implementada com qualquer tipo de vagina coletora artificial que torne possivel estimular o pênis de um animal (em particular, de um porco selvagem, touro, garanhão, coelho, etc.). Por exemplo, o dispositivo coletor 1 pode ser concebido para ser adaptado a uma vagina artificial manual descartável de estrutura muito simples, do tipo descrito, por exemplo, na patente francesa FR 946 822. O dispositivo coletor 1 também pode ser concebido para ser adaptado a uma vagina artificial mais sofisticada, do tipo descrito, por exemplo, no pedido de patente internacional WO 02/13723.

[0030] Com referência à figura 1, o dispositivo coletor 1 compreende uma estrutura rígida 2, meios de filtração 3, um receptáculo 4 e um anel de fixação 5.

[0031] Com referência à figura 2, a estrutura rígida 2 é constituída por um anel de adaptação 20, que delimita uma passagem interna 21 para o fluxo do esperma animal (seta F) com origem na vagina artificial, e por uma armadura 22 que tem aproximadamente a forma de U, que se prolonga na direção do fluxo de esperma. Com referência à figura 7, assim que o anel de adaptação 20 é montado na saída da vagina artificial V, a passagem interna 21 comunica com a cavidade interna da vagina artificial V e prolonga-a.

[0032] A geometria do anel de adaptação 20 é determinada em função da geometria da saída da vagina coletora artificial V na qual deve ser montado o dispositivo coletor 1. No caso, sendo cilíndrica a saida da vagina V, o anel 20 apresenta uma secção circular. No entanto, a invenção não se limita à implementação de um anel com secção circular, podendo tal anel ser substituído por qualquer peça de adaptação que delimite uma passagem para o fluxo de esperma e que apresente uma geometria adaptada à saida da vagina coletora artificial na qual deve ser montado o dispositivo de coleta segundo a invenção.

[0033] No exemplo de concretização constante das figuras, o anel de adaptação 20 compreende, na parede externa 20b, dois pinos de montagem 23 diametralmente opostos. Com referência à figura 1, estes pinos de montagem 23 são concebidos para, respectivamente, trabalharem junto com os rasgos D talhados na vagina artificial V, de modo a tornar possível uma montagem rápida do tipo baioneta. A invenção não se limita a esta estrutura particular de meios de montagem rápida, podendo os pinos 23 e os rasgos D ser substituídos por qualquer tipo conhecido de meios de montagem rápida que tornem possível o bloqueamento da translação do anel 20 em relação à vagina V. Por exemplo, numa outra variante de concretização, a montagem do anel 20 na vagina artificial V pode ser obtida por um simples ajustamento com aperto.

[0034] Mais preferencialmente, a estrutura 2 (anel de adaptação 20 / armadura 22 / pinos 23) é um componente que é uma peça única feita, por exemplo, de plástico.

[0035] Com referência à figura 3, os meios de filtração 3 são feitos a partir de um meio de filtração em tecido e, mais particularmente, por tecido não-tecido, que forma uma bolsa de filtração. A função destes meios de filtração 3 é bloquear o sêmen dentro da bolsa de filtração e deixar passar para o receptáculo coletor 4 as frações liquidas do esperma, incluindo a "fração rica" que contém os espermatozóides. O tipo de fibras que constituem o tecido não-tecido não tem importância para a invenção. As fibras do tecido não-tecido de filtração 3 podem ser, por exemplo, fibras sintéticas feitas de polipropileno, polietileno etc., e/ou fibras de algodão natural, e/ou fibras artificiais do tipo viscoso. 0 uso de um tecido não-tecido para realizar a filtração torna possível, tirando-se o melhor partido, a produção de filtros descartáveis. No entanto, a invenção não se limita à implementação de um tecido não-tecido. 0 tecido não-tecido de filtração 3 pode ser substituído por qualquer meio de filtração equivalente que possibilite a separação do sêmen do resto do esperma animal.

[0036] Mais particularmente, o tecido não-tecido de filtração 3 é fixado à estrutura 2, sendo, por exemplo, colado e/ou fixado em toda a volta da parede interna 20a do anel de adaptação 20 e colado e/ou fixado aos braços 22a, 22b e 22c da armadura 22 em forma de U. Mais preferencialmente, para simplificar a produção, o tecido não-tecido 3 é formado por duas peças idênticas 30, 31 simétricas entre si. A estrutura 2 torna possível, tirando-se o melhor partido, formar um cone de filtração (figura 3) com o tecido não-tecido de filtração 3. Este cone de filtração compreende uma abertura para a entrada de esperma, de secção circular correspondente à secção interna do anel de adaptação 20.

[0037] A armadura 22 torna possível, tirando-se o melhor partido, manter a forma da bolsa de filtração 3 ao longo de toda a sua altura h.

[0038] Mais preferencialmente, com referência à figura 4, o comprimento (1) do braço 22a, que forma a base do U da armadura 22, é ligeiramente inferior ao diâmetro interno do anel de adaptação 20 e os dois braços laterais 22b e 22c diametralmente opostos, da armadura 22, são ligeiramente divergentes entre si na direção do anel de adaptação 20, o que torna possível conferir à bolsa de filtração 3 a forma de um funil (cone) . Contudo, a invenção não se limita a uma armadura em forma de U com braços laterais divergentes, antes podendo ser substituída por qualquer tipo de armadura que torne possível manter a forma da bolsa de filtração ao longo de toda a sua altura. Em particular, e não exaustivamente, numa outra variante de concretização, os dois braços laterais 22b e 22c, da armadura 22, podem ser aproximadamente paralelos.

[0039] O receptáculo 4 é, tirando-se o melhor partido, uma bolsa de coleta flexível descartável, feita, por exemplo, de plástico. Com referência à figura 1, esta bolsa coletora 4 tem uma forma tubular, é aberta num extremo 40 e fechada no extremo oposto 41. Esta bolsa coletora 4 é feita deslizar sobre o anel de adaptação 20 ao ser fixada na parede externa 20b deste anel 20. Por conseguinte, a bolsa de filtração 3 fica alojada dentro da bolsa coletora 4, não ficando as duas bolsas 3 e 4 fixas uma à outra.

[0040] Mais particularmente, no exemplo preferencial de concretização ilustrado nas figuras anexas, a fixação da bolsa coletora 4 ao anel de adaptação 20 é realizada através do anel de fixação 5, que é feito deslizar sobre o anel de adaptação 20 e fixar-se neste, sendo a bolsa coletora 4 feita deslizar e entalar-se entre os dois anéis 20 e 5.

[0041] Mais particularmente, com referência às figuras 2, 5 e 6, o anel de fixação 5 compreende duas saliências internas 50 diametralmente opostas que funcionam em conjunto com uma ranhura 20c talhada na parede externa 20b do anel de adaptação 20, de modo a tornar possível o bloqueio, devidamente posicionado, do anel de fixação 5 em relação ao anel de adaptação 20. Na figura 5, apenas uma das duas saliências 50 é visível, encontrando-se a outra saliência, oposta, encoberta.

[0042] A produção do dispositivo coletor é feita do seguinte modo. O cone de filtração da figura 3 é produzido (montagem do tecido não-tecido de filtração 3 na estrutura 2). A seguir, a bolsa coletora 4 é posicionada fazendo-a deslizar sobre o anel de adaptação 20, da estrutura 2 deste cone de filtração. Então, o anel de fixação 5 é colocado no seu sitio fazendo-o deslizar sobre o anel de adaptação 20 e ajustar-se neste de tal forma que as saliências 50 ficam posicionadas dentro da ranhura 20c do anel 20. A bolsa coletora 4 fica imobilizada ao ser entalada entre os dois anéis 20 e 5. Deve notar-se que, por motivo de simplificação, a bolsa coletora 4 não é mostrada na figura 6.

[0043] As saliências 50 e a ranhura 20c podem ser substituídas por quaisquer meios equivalentes que tornem possível fixar hermeticamente a bolsa coletora 4 ao anel de adaptação 20. A titulo exemplificativo, e não exaustivo, o anel de fixação 5, numa outra variante de concretização da invenção, pode ser eliminado e substituído por colagem e/ou selagem a quente da bolsa coletora 4 ao anel de adaptação 20.

[0044] Mais preferencialmente, a bolsa coletora 4 compreende uma linha de pré-corte periférica 42 (figura 1), Posicionada próximo do anel de adaptação 20 e que torna Possível separar facilmente a bolsa coletora 4 em duas partes, assim que o esperma animal tenha sido recolhido.

[0045] O dispositivo coletor 1, segundo a invenção, do qual se descreveu uma variante preferencial de concretização com referência às figuras anexas, é usado do seguinte modo.

[0046] Antes da operação de coleta do esperma animal, o dispositivo coletor 1 é montado na vagina coletora artificial V. A vagina artificial V é feita deslizar no pênis do animal (porco selvagem, touro, coelho, etc.) e é levada a cabo a usual operação de colheita do esperma animal, estimulando o pênis do animal, de uma forma que dispensa explicação, por meio de tal vagina artificial V. Segundo o tipo de vagina artificial, a estimulação pode ser manual ou automática (câmara de pressão alimentada por um fluido).

[0047] Quando o animal tiver expelido o seu esperma por ejaculação, este flui para o interior do cone de filtração (2, 3) do dispositivo coletor segundo a invenção. Assim que termina a ejaculação do esperma animal, a vagina artificial V equipada com dispositivo coletor 1 é retirada, e, se necessário, deixa-se que todo o esperma animal flua por gravidade para o cone de filtração (2, 3) do dispositivo coletor 1. O filtro de tecido não tecido 3 do cone de filtração bloqueia o sêmen e permite a passagem das frações liquidas do esperma, incluindo a "fração rica" que contém os espermatozóides reprodutores. Tais frações líquidas fluem por gravidade, para a bolsa coletora 4, ao passarem através do filtro de tecido não-tecido.

[0048] Mais particularmente, ao ser mantida a forma do tecido não-tecido de filtração 3, pela estrutura 2, o sêmen desce e acumula-se no fundo do filtro de tecido não-tecido 3 (isto é, na região do braço 22a da estrutura 2) sem obstruir o filtro, tirando-se o melhor partido. Esta acumulação de sêmen no fundo do filtro de tecido não-tecido 3 não cria obstáculo à passagem das frações liquidas do esperma através da parede de tecido não-tecido do filtro. Por conseguinte, comparada, por exemplo, com uma solução técnica na qual uma bolsa de filtração feita de tecido não-tecido ou equivalente é fixada ao interior de uma bolsa coletora flexível, sem ser mantida na sua forma, a filtração é melhorada, evitando-se o risco de formação de obstáculos pelo sêmen.

[0049] Uma vez que a totalidade das frações líquidas do esperma tenham passado através do filtro de tecido não-tecido 3, a bolsa coletora 4 é cortada manualmente, segundo a linha de pré-corte 42, de modo a destacar a parte da bolsa 4 localizada por baixo da linha de corte 42, que contém as frações líquidas. A operação de coleta das frações líquidas do esperma (incluindo a "fração rica") fica então terminada. Todas estas operações de coleta são realizadas, tirando-se o melhor partido, sob condições de higiene ótimas, ao evitar-se qualquer risco de contacto do esperma animal com um elemento exterior à vagina artificial e ao dispositivo coletor e, em particular, com o operador que realiza a coleta e/ou com o animal e/ou com o ar circundante que poderá estar poluído.

[0050] Quando o dispositivo coletor 1 segundo a invenção é destacável da vagina artificial, tal como nos exemplos ilustrados na figura 1, assim que tenham sido realizadas as operações de coleta acima mencionadas, o dispositivo coletor 1 contendo o sêmen é retirado e é descartado quando este dispositivo é descartável.

[0051] É importante que o dispositivo coletor 1 segundo a invenção seja destacável da vagina artificial quando tal vagina não é descartável e é para ser reutilizada e/ou quando se pretender recuperar o dispositivo coletor 1 para uma nova utilização. Nos outros casos (dispositivo coletor descartável e vagina coletora artificial descartável), não é necessário que o dispositivo coletor 1 seja destacável da vagina artificial V.

[0052] A invenção não se limita à variante preferencial de concretização que acabou de ser descrita de modo detalhado com referência às figuras anexas, antes estendendo-se a qualquer outra variante de concretização coberta pelas reivindicações anexas.

REIVINDICAÇÕES

Claims (15)

1. Dispositivo para a coleta de esperma animal, dito dispositivo compreendendo uma estrutura rígida (2) à qual são fixados meios de filtração (3) e um receptáculo coletor (4), ditos meios de filtração (3) sendo posicionados no interior do receptáculo coletor (4), caracterizado pelo fato de a referida estrutura rigida (2) compreender uma peça de adaptação (20) para a montagem da estrutura com uma vagina artificial (V) e a uma armadura (22) que mantém a forma dos meios de filtração (3) ao longo de toda a sua altura (h) , a referida peça de adaptação (20) tendo uma geometria adaptada a um saida da vagina artificial (V) e delimitando uma passagem (21) para o fluxo do esperma animal.

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a peça de adaptação (20) compreender meios de montagem rápida (23) para a sua adaptação a uma vagina artificial (V).

3. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de os meios de filtração (3) serem feitos de um material têxtil.

4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de os meios de filtração (3) serem feitos de tecido não-tecido.

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de a armadura (22) se prolongar na direção do fluxo do esperma, sendo que os meios de filtração (3) se encontram fixados à parede interna (20a) da peça de adaptação e à armadura (22), e sendo o receptáculo coletor (4) deslizante sobre a estrutura (2) e sendo fixado à parede externa (20b) da peça de adaptação (20).

6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de a peça de adaptação (20) e a armadura (22) serem feitas da mesma peça única.

7. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de a armadura (22) apresentar uma forma em U.

8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado pelo fato de os meios de filtração (3) formarem uma bolsa de filtração aproximadamente cônica.

9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 8, caracterizado pelo fato de compreender um anel de fixação externo (5), que é deslizante sobre a peça de adaptação (20) e é a ela fixado, ficando o receptáculo coletor (4) posicionado bloqueado entre o anel de fixação (5) e a peça de adaptação (20).

10. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de o anel de fixação (5) ser ajustado e apertado na peça de adaptação (20) da estrutura.

11. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10, caracterizado pelo fato de a estrutura (2), e, conforme o caso, o anel de fixação (5), serem feitos de plástico.

12. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 11, caracterizado pelo fato de o receptáculo coletor (4) ser uma bolsa flexível aberta em um (40) dos seus extremos.

13. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de a bolsa coletora (4) compreender uma linha de pré-corte periférica (42) para a sua separação em duas partes.

14. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de ser descartável.

15. Vaqina artificial, e dispositivo para coleta de esperma animal, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 14, caracterizado pelo fato de o dispositivo coletor (1) ser adaptável, preferencialmente, de modo removível, à vaqina artificial (V).