BR202020000445U2 - Espaçador inalatório com válvula de oxigênio - Google Patents

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Abstract

espaçador inalatório com válvula de oxigênio. a invenção trata-se de uma válvula para fluxo de oxigênio (7) localizada no dispositivo de entrada (6) do espaçador inalatório (1) que compreende um conduto (5) que se estende entre a entrada (2) para conexão a um dispositivo inalador através da qual um usuário pode inalar e a saída (3) antecedida por uma membrana unidirecional de fluxo (4).

Description

ESPAÇADOR INALATÓRIO COM VÁLVULA DE OXIGÊNIO
[001] Produto hospitalar e domiciliar, para a saúde, preferencialmente descartável e se reutilizável necessária a desinfecção e esterilização recomendada. Produto atóxico e sustentável.
[002] Modelo diferido dos atuais devido a presença de válvula de oxigênio localizada no dispositivo de entrada do espaçador.
Finalidade
[003] Auxiliar na administração de medicamentos inalatórios em aerossol, disponíveis em aplicadores pressurizados, sem ser necessária a interrupção do suplemento de oxigênio utilizado pelo paciente em dependência aguda ou crônica de oxigenoterapia. Atualmente os espaçadores não dispõem desse recurso.
Composição
[004] Compreende um conduto que se estende entre a entrada que possui uma válvula de fluxo adicional de O2 e orifício para conexão a um dispositivo inalatório até a saída que é antecedida por uma válvula ou membrana de segurança que garante o fluxo unidirecional do medicamento (para a inspiração), impedindo que o ar exalado retorne ao paciente por meio de uma barreira contra o retorno. Em decorrência evita-se a diluição do medicamento no próximo ciclo e acionamento do spray, garantindo a integralidade da deposição da dose ofertada.
[005] Independentemente do tipo de interface indicada ao paciente (máscara oronasal ou o próprio dispositivo de saída que tem também a função de bucal) os mesmos devem manter-se bem acoplados para que a válvula de segurança garanta seu adequado funcionamento realizando a abertura na exalação do ar e fechamento para não retorno do mesmo, evitando assim a retenção de CO2 e adequada oxigenação suplementar.
Aplicação
[006] Acoplado a face, cavidade oral ou cânula de traqueostomia atua direcionando o jato do spray proporcionando a retenção das grandes partículas (propelente) a fim de evitar sua deposição na região oral e rinofaringe do usuário. Permite assim que simultaneamente as menores partículas (substância ativa) alcancem as vias aéreas de pequeno calibre, mais distais e ou inferiores otimizando sua deposição.
Válvula de Oxigênio
[007] Dispositivo criado a partir da necessidade de indivíduos e ou pacientes predominantemente hospitalizados, em cuidados domiciliares ou dependentes agudos ou crônicos de oxigenoterapia de receber o tratamento medicamentoso inalatório sem ser necessária a interrupção da oxigenoterapia suplementar.
[008] A válvula é estrategicamente localizada na área de entrada do espaçador a fim de manter o fluxo unidirecional das partículas sem alterar a efetividade da deposição nas vias aéreas. Evita a suspensão da terapia de oxigênio suplementar e suas consequências. Pode também ser mais eficaz na redução de dispersão de aerossóis. Tem formato cônico, é rígida e possui ranhuras em seu corpo para que a extensão acoplada tenha boa aderência não permitindo seu deslocamento durante a sua utilização. Possui uma tampa maleável para sua oclusão quando inutilizada.
[009] A definição de hipoxemia é questão controversa. A OMS considera hipoxemia quando a saturação periférica de oxihemoglobina (SpO2) for < 90%, enquanto as Diretrizes Brasileiras em Pneumonia Adquirida na Comunidade na Criança definem a SpO2 < 92% como um fator determinante na indicação de internação, na transferência de pacientes para UTI, bem como no uso da oxigenoterapia. Estudos demonstram associação entre valores da oximetria na admissão de pacientes com pneumonia e taxa de mortalidade em 30 dias e admissão na UTI. (LIMA et al, 2015).
[010] Segundo PÁDUA et al (2003), as manifestações cardiovasculares da hipoxemia incluem elevações iniciais da frequência cardíaca, do débito cardíaco e vasodilatação arterial difusa, seguidos por depressão miocárdica, bradicardia, choque circulatório, arritmias e parada cardíaca. À medida que a hipoxemia se acentua, manifestações neurológicas, tais como diminuição da função cognitiva, deterioração da capacidade de julgamento, agressividade, incoordenação motora e mesmo coma e morte, podem surgir.
[011] Levando-se em conta que, pacientes sob cuidados intensivos, com diagnóstico de insuficiência respiratória aguda ou hipoxemica frequentemente estão sob alguma forma de oferta de O2 e necessitam da administração dos aerossóis em doses de ataque, uma ou mais administrações em curtos intervalos de tempo ou até mesmo mantendo-se assim por dias até resposta clínica de estabilidade esperada, a supressão recorrente da oxigenoterapia pode trazer repercussões hemodinâmicas e clinicas negativas aos mesmos, aumentar tempo e gastos com internação além da sensação de desconforto ou dispneia referida.
[012] De acordo com o Guideline on the Management of Critically Ill Adults with Coronavírus Disease (2019) - COVID-19 da European Society of Intensive Care Medicine e Society of Critical Care Medicine, publicado em 20 de março de 2020, os procedimentos geradores de aerossol na unidade de terapia intensiva (UTI) incluem a administração de nebulização a jato.
[013] Segundo a Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória (Assobrafir) (2020), a aerossolterapia tem sido utilizada no tratamento das afecções do trato respiratório, seja no ambiente domiciliar, ambulatorial ou hospitalar. Tal modalidade de administração medicamentosa por via inalatória visa a deposição direta de fármacos no interior do trato respiratório, com redução do tempo de resposta e de efeitos colaterais, quando comparados às outras formas de administração. Nos nebulizadores a jato, o aerossol é gerado quando uma alta taxa de fluxo de gás (oxigênio, ar comprimido medicinal ou ar ambiente) choca-se com uma interface líquida, produzindo a pulverização das partículas que a compõem. Já nos nebulímetros dosimetrados não há a dependência de fonte de gás ou alimentação elétrica para funcionar, consistindo em um reservatório pressurizado que contêm a droga em solução, que é pulverizada pela compressão gerada no interior do espaçador.
[014] Diversos recursos são propostos para melhora da ventilação e oxigenação de pacientes com formas leves e moderadas de insuficiência respiratória, mas sua utilização no
contexto da COVID-19 exige a avaliação do risco de produção de aerossol e consequente contaminação de profissionais de saúde e outros pacientes. Vale ressaltar que a capacidade do dispositivo minimizar esse risco deve ser considerada durante seu processo de escolha.
Listagem de sequências
A invenção trata-se de uma válvula para fluxo de oxigênio (7) oclusa por tampa quando inutilizada (8) localizada no dispositivo de entrada (6) que acoplada ao corpo do espaçador inalatório (1) que compreende um conduto (5) que se estende entre o dispositivo de entrada com orifício (2) para conexão a um nebulímetro dosimetrado que ao ser acionado permite ao usuário por meio do dispositivo de saída acoplado (3) antecedido por uma membrana unidirecional de fluxo (4) inalar o aerossol.

Claims (3)

  1. O espaçador inalador caracterizado por compreender um sistema com dispositivo de entrada para conexão de um dispersor aerossol que flui em direção ao orifício de saída antecedido por uma membrana unidirecional, a partir da qual o indivíduo pode inalar as partículas do medicamento pode gerar queda na saturação de Oxigênio durante sua utilização.
  2. A válvula de oxigênio caracterizada por uma entrada que permite o acoplamento de um sistema de circuito de oxigenioterapia, ocluída por tampa própria quando não utilizada, produzida em formato cônico triplo fundido garantirá a oferta de oxigênio ao paciente que fará uso diminuindo a desaturação.
  3. O espaçador inalador com válvula de oxigênio, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo acoplamento junto ao paciente com o fluxo de oxigênio tende a reduzir a dispersão de aerossol e garantir um adequado aproveitamento do fármaco.
BR202020000445-5U 2020-01-09 Espaçador inalatório com válvula de oxigênio BR202020000445Y1 (pt)

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