INTRODUÇÃO
[1] O presente relatório descritivo refere-se a uma patente de invenção para elevador, pertencente ao campo dos equipamentos especiais usados em veículos automotor, que recebeu disposição para uso exclusivo para acessibilidade, principalmente em veículos de transporte público, e para proporcionar melhor utilização e outras vantagens que ficarão evidentes neste relatório.
ESTADO DA TÉCNICA
[2] A questão de prover equipamentos para acessibilidade aos mais variados locais a portadores de necessidades especiais, como: cadeirantes, usuários de muletas e prótese, pessoas com dificuldade de locomoção e outros, tem sido alvo de inúmeras providências, como a provisão de espaços públicos com pisos mais bem cuidados, adoção de rampas para acesso a edificações, instalações sanitárias apropriadas, reserva de locais adequados em auditórios, teatros, cinemas, praças de esporte e outros, equipamentos específicos nos meios de transporte, particularmente, transporte público e outros. Nos meios de transporte público, principalmente nos ônibus e similares, um equipamento que tem sido largamente utilizado são elevadores.
[3] Os elevadores para acessibilidade normalmente encontrados prestam-se à sua função, mas podem apresentar alguns inconveni-entes. Um inconveniente comum é que esses elevadores, muitas vezes, têm dupla função: servem como elevador para os portadores e como escada para os não-portadores de necessidades especiais. Nessa condição, podem ocorrer dificuldades durante o uso do equipamento. Ainda, o equipamento, devido à dupla, função é intensamente solicitado e exposto podendo assim ter sua conservação comprometida. Elevadores desse tipo podem ser vistos nos documentos MU 8600053-5, MU 7701420-0 entre outros.
[4] Outro inconveniente consiste no fato de que muitas soluções de elevadores usuais tomam espaço relativamente grande no salão de passageiros do veículo de transporte público e acarretam, con-sequentemente, diminuição de assentos, o que é indesejável.
[5] Ainda, muitos elevadores usuais têm construção e fabricação relativamente complexas, instalação complicada no veículo de transporte e exigem grande quantidade de manutenção, o que tam-bém é indesejável.
[6] Observa-se também que muitos dos elevadores apresentam operação relativamente complicada.
[7] Um fator de desestímulo a adoção de elevadores usuais são os seus custos relativamente elevados de aquisição, operação e manutenção.
[8] Diante disso, tem sido desejável que tais inconvenientes do estado da técnica sejam solucionados, principalmente relativamente a veículos de transporte público, que têm que ter uma relação custo benefício adequada para manter a tarifa a nível compatível com os usuários, geralmente de baixa renda.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO
[9] Assim, o objetivo da presente patente é prover um elevador para acessibilidade para veículos de transporte público que supere os inconvenientes usuais, relativamente à construção, instalação e operação.
[10] Outro objetivo é prover um elevador de construção e fabricação simples.
[11] Outro objetivo é prover um elevador com custos adequados de aquisição operação e manutenção.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO
[12] Tendo em vista os inconvenientes, acima aludidos, verificados nos elevadores para acessibilidades usuais e no propósito de superá- los e visando atender aos objetivos relacionados, foi desenvolvido o elevador para acessibilidade para veículos de transporte público, objeto da presente patente, o qual é compreendido, substancialmente: por uma plataforma manualmente escamoteável e basculante e de elevação automática; por um braço de suporte, escamoteio e elevador da plataforma; e por um compartimento alojador da plataforma em desuso, situado sob região do assoalho do salão de passageiros do veículo, junto à porta de acesso exclusivo de acessibilidade.
[13] Essa construção do elevador supera os inconvenientes do estado da técnica, como acima aludido, já que é exclusivo para acessibilidade de portadores de necessidades especiais, não atuando como escada para usuários não-portadores, sem, entretanto, interferir de modo expressivo nas características construtivas e operacionais usuais do veículo receptor, atendendo assim a um dos objetivos principais do equipamento.
[14] O presente elevador apresenta ainda características de cons-trução, instalação e operação que favorecem sua maior conservação, uma vez que é acondicionado em compartimento fechado exclusivo quando em posição de repouso ou transporte, atendendo a outro objetivo da disposição.
[15] Ainda, suas características de construção, instalação e operação permite maior número de assentos no carro, uma vez que o espaço reservado para o cadeirante pode ficar no mesmo lado da porta dedicada ao elevador, o que atende outro objetivo da disposição.
[16] O presente elevador apresenta construção que o torna mais leve em relação a outros e fabricação, instalação e operação simples atendendo outro objetivo da disposição.
DESENHOS ILUSTRATIVOS DA INVENÇÃO
[17] Os desenhos anexos referem-se ao elevador para acessibilidade para veículos de transporte público, objeto da presente patente, nos quais:
[18] A fig. 1 mostra uma vista geral do elevador e sua montagem no veículo receptor;
[19] A fig. 2 mostra o elevador isoladamente, em perspectiva e com referências numéricas indicativas dos seus subconjuntos principais;
[20] A fig. 3 mostra a mesma figura anterior, porém com referências numéricas indicativas de dispositivos dos subconjuntos principais;
[21] As figs. 4, 5, 6 mostram detalhes de um dispositivo de trava e articulação das armações de pega-de-mão para o cadeirante quando está sendo elevado pelo elevador;
[22] As fig. 7, 8, 9 mostram um detalhe de dispositivo came e de braços de transmissão de uma aba traseira de acesso e contenção;
[23] A fig. 10 mostra um conjunto de cames e micro chaves elétricas de sensoriamento do funcionamento do equipamento;
[24] As figs. 11 e 12 e detalhes “A” e “B” das mesmas mostram um dispositivo de trava do braço pantográfico que suporta uma plataforma do elevador;
[25] A fig. 13 mostra o painel de comando elétrico portátil;
[26] A fig. 14 mostra um esquema do circuito elétrico do equipa-mento;
[27] As figs. 15 a 22 mostram os vários passos do funcionamento do elevador; e
[28] A fig. 23 mostra um detalhe de um dispositivo rampa-trava, objeto de outro pedido de patente do mesmo requerente, que é a-plicado na presente invenção e que é citado aqui somente como re-ferência.
DESCRIÇÃO DETALHADA COM BASE NAS FIGURAS
[29] Conforme ilustram as figuras acima relacionadas, o elevador 1, objeto da presente patente, destina-se a promover acessibilidade para portadores de necessidades especiais, como: cadeirantes, usuários de muletas e prótese, pessoas com dificuldade de locomoção e similares, principalmente para veículos de transporte público 100, como ônibus e outros.
[30] Em essência, referido elevador 1 é compreendido, substanci-almente (figs. 1): por plataforma 2, manualmente escamoteável e que tem partes, plataforma dianteira 5 e armações de pega-de-mão 6, 7 (descritas mais adiante) manualmente basculante; dita plataforma sendo automaticamente baixada ou elevada; por braço pantográfico 50 de suporte, escamoteio e de elevação/abaixamento da plataforma 2, em uma extremidade do qual está fica montada articulada e a extremidade oposta de dito braço 50 fica montada articulada em coluna-suporte 51; e por compartimento inferior 101 de a- condicionamento da plataforma 2 em repouso ou transporte, em uma lateral da entrada do qual fica disposta a coluna 51; dito com-partimento 101 situado sob região 102 do assoalho do salão de passageiros do veículo 100 disposta em frente das portas 103 de acesso ao salão, especial para o elevador 1; dito compartimento 101 dotado ainda de portinholas 104; referido elevador 1 é, portanto, semiautomático dotado de dispositivos para movimentação manual e mecanismo de movimentação automática eletro-hidráulico.
[31] A partir da posição de repouso ou de transporte (A), na qual a plataforma 2 apresenta-se alojada dentro do compartimento 101, (figs. 15,16) referida plataforma 2 é apta a realizar, após abertura das portinholas 104, substancialmente os seguintes movimentos acionados manualmente por um operador (figs. 15 a 22): 1) - Primeiro movimento angular horizontal em torno da coluna 51 entre a posição de repouso (A) e posição de início/fim de uso (B), ao fim do qual a plataforma 2 apresenta-se dobrada, elevada e em frente ao compartimento 101 (fig. 17) . 2) - Segundo movimento, no qual a plataforma 2 disposta na posição de início de uso (B) tem a plataforma dianteira 5 e armações de pega-de-mão 6 e 7 (descritas mais adiante) basculadas para posição de uso (fig. 18). A partir disso, a plataforma 2 passa a ser movida automaticamente através do braço 50 e pelo operador atuando em um painel de comando portátil 11 (descrito mais adiante) e realiza: 3) - Terceiro movimento, no qual a plataforma 2 é baixada até posição abaixada de embarque/desembarque (C), junto ao chão (fig. 19) e um passageiro 200, a ser embarcado no veículo 100, entra na mesma (fig. 21) ou a plataforma 2 é erguida até posição de máxima elevação (D) junto ao assoalho do salão de passageiros do veículo 100 (fig. 20) e um passageiro 200, que vai desembarcar deste, entra na mesma (fig. 22). 4) - Quarto movimento, no qual a plataforma 2, portando o passageiro 200, se for o caso, é elevada da posição abaixada (C) até posição de máxima elevação (D) (fig. 22) ou, se for ocaso, é abaixada desta até posição abaixada (C) (fig. 21). 5) -Quinto movimento de retorno, no qual a plataforma 2, vazia, é abaixada da posição máxima elevação (D) ou elevada da posição abaixada (C) para a posição de fim de uso (B), em frente ao compartimento 101. A partir desse ponto, a plataforma 2 passa a ser movida manualmente novamente e realizados os seguintes movimentos: 6) - Sexto movimento de basculamento da armação de pega-de-mão 7, da plataforma dianteira 5 e da outra armação de pega-de-mão 6. 7) - Sétimo movimento angular horizontal do braço 50 e plataforma 2 dobrada em torno da coluna 51 entre a posição de fim de uso (B) e a posição de repouso ou transporte (A) dentro do compartimento 101 e fechamento das portinholas 104 deste. Após isso, o elevador 1 está pronto para realizar outro ciclo de funcionamento.
[32] Para o elevador 1 funcionar da forma como resumidamente descrito acima, a sua plataforma 2 é formada, essencialmente (fig. 2): por primeira plataforma traseira 3 dotada de armação-suporte lateral, esquerda, vertical 4, na qual se liga articuladamente a extremidade do braço 50; por segunda plataforma dianteira basculante 5 montada articulada na borda anterior da plataforma traseira 3 e que pode ser basculada manualmente entre uma posição rebatida até posição coplanar e em frente de dita plataforma traseira 3; por armações de pega-de-mão laterais, articuladas, esquerda 6 e direita 7, aquela articulada na armação-suporte 4 e esta articulada na borda direita (oposta a armação-suporte 4) da plataforma traseira 3; por abas de acesso e anteparo articuladas, anterior 8 e traseira 9, (fig. 3) montadas na borda anterior da plataforma dianteira articulada 5 e borda traseira da plataforma traseira 3, respectivamente; por dispositivo 10 de travamento do braço 50 nas posições extremas de seu curso: repouso ou transporte (A) dentro do compartimento 101 e de início de uso (B) fora do compartimento 101 e ortogonal ao plano de sua entrada; e por painel de comando portátil 11 (fig. 13).
[33] Detalhando, as plataformas traseira 3 e dianteira basculante 5 são formadas substancialmente por chassi e piso. A plataforma di-anteira basculante 5 tem a face oposta ao piso dotada e alça de pega 20 para movimentação manual.
[34] As armações de pega-de-mão, esquerda 6 e direita 7, da pla-taforma traseira 3, são em “U” invertido e ficam sujeitas a respectivos dispositivos de articulação e trava manuais 21 (fig. 3), que as travam na posição vertical de uso.
[35] Cada dispositivo 21 é formado por articulações 22 (fig. 4, 5, 6), que ligam as extremidades da armação 6 e 7 na armação- suporte 4 e na lateral da plataforma traseira 3 respectivamente; ditas articulações 22 propiciam que as armações 6, 7 se movimentem entre posições vertical de uso e rebatida de repouso, sendo que a armação 6 é rebatida sobre a plataforma dianteira 5 rebatida sobre a plataforma traseira 3 e a armação 7 é rebatida sobre a plataforma traseira 3 e fica entre esta e plataforma dianteira 5 rebatida sobre a plataforma traseira 3.
[36] Cada dispositivo de articulação e trava 21 compreende também uma trava de tipo pino molejado, formado: por bloco com alojamento passante 23 montado no lado superior da armação 4 ou na borda da plataforma traseira 3 e adjacente a um dos ramos verticais da armação 6 ou 7; por pino de trava 24 montado atravessado e deslizante no alojamento passante do bloco 23, uma extremidade do qual tem manopla 25 de pega para o operador; o trecho intermediário de dito pino fica alojado no alojamento passante do bloco 23 e sujeito a mola de retorno (não ilustrada); e a extremidade oposta 26 de dito pino fica disposta na saída do alojamento passante do bloco 23 adjacente ao ramo vertical da armação 6, 7 e atua como uma lingueta de travamento que pode ser acoplada ou desacoplada de um furo de bloqueio 27 previsto em dito ramo vertical da armação 6, 7. Na aposição de repouso, a mola do pino de trava 24 projeta a sua extremidade 26 (lingueta) para fora do alojamento passante do bloco 23 e, se for o caso, acopla-a no furo 27.
[37] A aba anterior 8 da plataforma dianteira basculante 5 se move entre posição vertical, na qual funciona como anteparo (trava-roda) de segurança para cadeira de roda durante o movimento de subida ou descida do elevador e posição horizontal, na qual funciona como rampa de acesso ou saída do usuário da plataforma dianteira bas- culante 5. Para tanto, a aba de acesso e anteparo anterior 8 se move e posiciona-se automaticamente através de dispositivo de movi-mentação e posicionamento 12 (fig. 3), que é acionado ante o contato com o chão, quando a plataforma 2 está na posição abaixada (C) de embarque/desembarque do passageiro 200. Esse dispositivo é objeto de outro pedido de patente da mesma requerente, protocolado sob número BR 20 2014 026043-4, citado aqui como referência.
[38] A aba traseira 9 da plataforma traseira 3 se move entre posição rebatida sobre a plataforma traseira 3; posição verticalizada, na qual atua como anteparo de segurança; e posição horizontal, na qual funciona como rampa de acesso ou saída do usuário da plataforma traseira 3. Para tanto, a aba de acesso e anteparo traseira 9 é travada na posição rebatida sobre a plataforma traseira 3 através de trava manual 13 e movida entre a posição vertical e horizontal através de dispositivo de came e braços de transmissão 14 acionado quando da subida e descida da plataforma 2.
[39] A trava manual 13 (fig. 3) da aba de acesso e anteparo articu-lada traseira 9 é compreendida: por um pino 28 montado na lateral da aba 9 oposta à lateral adjacente à armação 4 e por alavanca de travamento 29 montada na lateral da plataforma 3, formada por ex-tremidade inferior articulada na plataforma 3, garra intermediária que recebe o pino 28 e extremidade superior de pega.
[40] O dispositivo de came e braços de transmissão 14 da aba de acesso e anteparo articulada traseira 9 é formado (figs. 7, 8, 9 ): por pino de articulação 30 localizado no canto anterior inferior da armação-suporte 4; por disco de came 31 engrenado em na articulação dianteira 53” (descrita mais adiante) do braço pantográfico 50, ambos montados no pino e articulação 30; por conjunto de braços verticalizados dispostos na lateral da plataforma traseira 3 compre-endido: por braço dianteiro 32 que funciona como seguidor do disco de came 31; por braço intermediário 33 ambos com trechos inter-mediários articulados em placa suporte disposta no lado inferior da armação 4 e por braço verticalizado traseiro 34 com extremidade inferior articulada em suporte situado no canto traseiro esquerdo da plataforma traseira 3; por conjunto de braços horizontalizados, for-mado: por braço dianteiro 35 montado articulados entre as extremi-dades superiores dos braços verticalizados 32 e 33, braço traseiro 36 montado articulado entre as extremidades inferior e superior dos braços verticalizados intermediário 33 e traseiro 34, respectivamente; por pino 37 (fig. 7) montado na lateral da aba 9 e sujeito ao braço traseiro 34; dita aba 9 articulada em eixo 38 montado no lado traseiro da plataforma traseira 3 e sujeita a mola de retorno 39 que funciona por torção, montada entorno do eixo e com extremidades ancoradas na aba 9 e plataforma traseira 3. Referido conjunto de came e braços de transmissão 14 incorpora dispositivos de regulagem para compensar as variações de curso vertical decorrentes das diversas dimensões entre os ônibus receptores.
[41] O braço 50 é uma armação pantográfica composta, essenci-almente (fig. 2): por braço superior 52 e inferior 53; e por um cilindro hidráulico 54, disposto entre ambos. Referidos braços superior 52 e inferior 53 têm as extremidades traseiras montadas articuladamente através de respectivas articulações 52’ e 53’ em uma base 55, a qual fica montada articulada em torno de um eixo vertical constitutivo da coluna 51, o qual tem flanges extremos 56 de fixação, através de parafusos, sobre o piso do compartimento 101 e sob a região de assoalho 102 do salão de passageiros do veículo. Referida base 55 é formada por luva 55’ montada articulada em torno da coluna 51 e por duas abas paralelas 55” montadas na luva e entre as quais ficam montados eixos das articulações 52’ e 53’. As extremidades dianteiras de ditos braços superior 52 e inferior 53 ficam montadas articuladamente, através de articulações dianteira 52”, 53”, no eixo horizontal 30 e eixo horizontal 30’, este localizado no lado superior próximo ao canto dianteiro superior da armação-suporte 4. O cilindro hidráulico 54 tem a extremidade da carcaça montada articuladamente através de articulação traseira 54’ na mencionada base 55 e a extremidade da haste montada articuladamente através de articulação 54" em suporte inferior localizado próximo à extremidade dianteira do braço superior 52.
[42] A articulação dianteira 52” do braço superior 52 fica montada no eixo 30’ e é solidária com três discos de cames de sensoriamento 57, 58, 59 (fig. 10) também montados no eixo 30’ e que acionam três respectivas micro chaves elétricas 57’,58’, 59’ do circuito elétrico de acionamento do elevador. Dito conjunto de cames compreende: Came 57: Identifica se o elevador está acima ou abaixo da posição de recolher (stowed position). Came 58: Identifica quando elevador está na posição de recolher (stowed position). Came 59: Final de curso superior (regulável em função do dimensional de cada ônibus). A regulagem fina dos cames é feita através de parafusos individuais 57”, 58”,59” para cada função. Uma vez regulados, os cames são fixados na posição através de um único conjunto de porca e parafuso de travamento 59”” aplicado em furos dos cames.
[43] O dispositivo 10 (fig. 3) de travamento do movimento angular horizontal do braço 50 em relação à coluna 51 nas posições extremas do seu curso, posição de repouso ou transporte (A) e posição de início de uso (B) é compreendido, essencialmente (figs. 11,12) por um conjunto de manete de acionamento, composto: por manete propriamente dita 60 localizada na extremidade anterior do braço inferior 53 do braço 50; por cabo de acionamento 61 derivado da manete, estendido ao longo do braço 53 até o conjunto da coluna de articulação 51; por trava 62 sujeita ao cabo, localizada junto a esta última e formada: por bloco 63 dotado de furo passante vertical e montado na luva 55’ do suporte 55 de articulação do braço 50 em torno da coluna 51; por pino de trava 64 montado deslizante no furo do bloco 63 em cuja extremidade superior fica presa a extremidade do cabo 61; o trecho intermediário de dito pino 64, situado dentro do furo do bloco 63, fica sujeito a uma mola de retorno e a extremidade oposta 65 de dito pino 64 fica na saída do furo do bloco 63 e funciona como uma lingueta de trava que se acopla a alternativamente, conforme a posição do braço 50, em dois furos de trava 66 previstos em uma base 67 em relação à qual o bloco 63 se move quando do movimento da luva 55’ (que tem montado o bloco 63) do braço 50 em torno da coluna 51, entre as posições de repouso ou transporte (A) da plataforma 2 (dentro do compartimento 101) e de início de uso (B) (fora do compartimento 101 e em frente à entrada deste).
[44] O circuito elétrico do elevador 1, além das micro chaves 57’, 58’, 59’ comutadas pelos cames 57, 58, 59, acima descritas, compreende painel de comando portátil 11 (fig. 13) dotado: de primeiro botão 70 de subida da plataforma; segundo botão 71 de descida da plataforma; terceiro botão 72 de nivelamento da plataforma com o compartimento 101 para seu acondicionamento; chave liga-desliga 73 e LED 74, indicativo de funcionamento.
[45] Na extremidade de articulação do braço 50 (fig. 11, DET. A) ficam montadas micro chaves de segurança compreendendo: primeiro conjunto de micro chave 80 e aba de acionamento 81 solidária à luva de articulação 55’ do braço 50, arranjadas para quando estes se dispõem em posição ortogonal ao plano da entrada do compartimento 101 e a plataforma 2 na posição de início de uso B em frente ao compartimento 101, referida micro chave 81 habilita eletricamente as funções de controle.
[46] Segundo conjunto de micro chave 82 e aba 83 de sensorização do elevador em sua posição de repouso ou transporte (A). O sinal elétrico do elevador 1 é compartilhado com o veículo 100, o qual pode utilizar para ativar funções como: buzzer, pisca de sinalização, bloqueio da aceleração do carro.
[47] Sobre o ramo horizontal da armação-suporte 4 é prevista uma lâmpada 90 (fig. 3) de sinalização de funcionamento do elevador 1.
[48] A figura 14 mostra um diagrama do circuito elétrico do equi-pamento.
[49] Descrita a construção do elevador 1 a descrição que se segue refere-se a seu funcionamento (figs. 15 a 22).
[50] Assim, quando o elevador 1 está na posição de repouso ou transporte (A) dentro do compartimento 101 do veículo 100 (figs. 15, 16), a trava 62 do dispositivo 16 de travamento do movimento angular horizontal do braço 50, bloqueia referido elevador 1 dentro do compartimento 101 e o conjunto de micro chave 82-83 indica essa posição. Nessa posição, o braço 50 fica paralelo e adjacente ao plano da entrada do compartimento 101 e a plataforma 2 atrás do braço 50. A plataforma 2 apresenta-se dobrada, ou seja, a aba de acesso e anteparo traseira 9 apresenta-se rebatida sobre a plataforma traseira 3 e travada nessa posição através da trava 13. A armação de pega- de-mão 7 apresenta-se rebatida sobre a plataforma 3. A plataforma dianteira basculante 5 apresenta-se rebatida sobre a plataforma traseira 3 e a armação de pega-de-mão 6 apresenta-se rebatida sobre a plataforma dianteira basculante 5. O braço pantográfico 50 apresenta-se na posição horizontal, dentro e adjacente à entrada do compartimento 101, longitudinal ao veículo 100 e com o cilindro hidráulico 54 parcialmente distendido.
[51] Para colocar o elevador 1 em uso, primeiramente, este é movido manualmente pelo operador. Assim o operador abre as portinholas 104 do compartimento 101 e aciona o manete 60 do dispositivo 16 (figs. 11, 12) de travamento do movimento angular horizontal do braço 50 e leva a trava 62 para a posição destravada. Articula horizontalmente por noventa graus o braço 50 e plataforma 2 em torno da coluna 51 até a posição de início/fim de uso (B) (fig. 17), na qual o braço 50 fica ortogonal ao plano da entrada do compartimento 101, lateralmente a esta e a plataforma 2 lateralmente ao braço, disposta elevada e em frente a dita entrada do compartimento 101. No fim desse movimento, a plataforma 2 está na posição de início de uso (B) e o conjunto de micro chave 80-81 habilita o sistema de controle do equipamento.
[52] Na posição de início de uso (B), o operador bascula manual-mente a plataforma 2 até esta ficar inteiramente desdobrada (fig. 18). Para isso, primeiramente, o operador articula a armação de pega-de- mão 6 até a posição vertical, na qual está é bloqueada pelo seu dispositivo de trava manual 21 (figs. 4,5,6). Em seguida, o operador pega alça 20 da plataforma dianteira 5 e bascula esta da posição rebatida sobre a plataforma 3 para a posição coplanar e em frente a esta. No passo seguinte, o operador articula a armação de pega-de- mão 7 para a posição vertical na qual é fixada pelo seu dispositivo de trava manual 21. Ao fim libera a aba de acesso e contenção traseira 9 dispondo o seu dispositivo de trava 13 na posição destravada (fig. 3). Ao fim dessa operação inicial, a plataforma 2 está desdobrada, disposta na posição (B) de início de uso e elevada em relação ao chão (fig. 18). A partir dessa posição, entra a fase de funcionamento automático comandada a partir do painel de comando portátil 11 e conjunto de cames 57, 58, 58, e micro chaves elétricas 57’, 58’, 59’ comandas por estes. Assim o operador, via o painel de comando 11, dá a partida aos vários movimentos e as micro chaves 57’, 58’, 59’ sensorizam esses movimentos.
[53] Se o objetivo da operação do elevador 1 é embarcar um pas-sageiro no veículo 100, a plataforma 2 é baixada da posição de início de uso (B) até a posição de embarque/desembarque (C) junto ao chão (Fig. 19), onde o passageiro entra na plataforma 2. Se o objetivo é desembarcar um passageiro que está dentro do veículo 100, a plataforma 2 é erguida da posição de início de uso (B) até a posição de máxima altura de embarque/desembarque (D) (Fig. 20) ao nível e junto do assoalho da região 102 do salão de passageiro do veículo 100, em frente a porta 103. Esse movimento é proporcionado pelo cilindro hidráulico 54 do braço pantográfico 50 cuja haste é distendida ou recolhida para baixar ou elevar a plataforma 2, respectivamente.
[54] Quando a plataforma 2 está na posição baixada de embar- que/desembarque (C) junto ao chão (fig. 21), o dispositivo de movi-mentação e posicionamento 12 da aba dianteira 8 toca o chão e, automaticamente, esta é baixada, contra a força de uma mola do dispositivo 12, para posição que atua como rampa, que facilita o acesso de um passageiro 200 à plataforma dianteira 5. Simultane-amente, o dispositivo de came e braços de transmissão 14, sob a interferência da articulação dianteira 53” do braço inferior 53 do braço 50, move a aba traseira 9 para a posição de contenção, a qual fica vertical e atua como barreira de contenção durante o embarque do passageiro 200 na plataforma 2 e particularmente quando este chega à plataforma traseira 3.
[55] Durante a subida da plataforma 2, o dispositivo de movimen-tação e posicionamento 12 da aba dianteira 8 perde o contato com o chão e sua mola dispõe automaticamente a aba 8 na posição verticalizada que atua como barreira de contenção que protege um cadeirante 200 durante o movimento. Simultaneamente, o dispositivo de came e braços de transmissão 14, sob a interferência da articu-lação dianteira 53” do braço inferior 53 do braço 50, vai gradativa-mente baixando a aba traseira 9 para a posição de rampa, que, ao fim do movimento, quando a plataforma 2 chega na posição de máxima altura de embarque/desembarque (D) (fig. 22), dita aba traseira 9 faz uma “ponte” entre a plataforma traseira 3 e o assoalho do salão de passageiros do veículo 100, proporcionando acesso seguro para o passageiro 200.
[56] A descrição acima descreve os movimentos das abas 8 e 9 em uma operação de embarque de um passageiro, que se inicia na posição abaixada (C). Em uma operação de desembarque, que se inicia na posição de máxima elevação (D), os movimentos são os mesmos, mas em ordem inversa.
[57] Terminada a operação de embarque quando a plataforma 2 está na posição de máxima elevação (D) ou operação de desembarque na qual a plataforma 2 está na posição mais baixa (C); dita plataforma 2 é retornada (baixada ou elevada) para posição de início/fim de uso (B) em frente do compartimento 101. Nessa posição, a plataforma 2 volta a ser dobrada manualmente através do rebatimento da aba 9 sobre plataforma traseira 3, rebatimento armação de pega-de-mão 7 sobres esta, rebatimento da plataforma dianteira articulada 5 sobre plataforma traseira 3, rebatimento armação de pega-de-mão 6 sobre a plataforma dianteira articulada 5. O braço pantográfico 50 é destravado da posição pela trava 62 acionada através do manete 60 e dito braço 50 e plataforma dobrada 2 são articulados horizontalmente para dentro do compartimento 101, as portas 104 deste são fechadas. A porta 103 do salão de passageiro para o elevador é fechada e, no caso de embarque, o cadeirante 200 ocupa o espaço junto à mesma, e o veículo 100 volta a mover- se tendo embarcado o cadeirante 200.
[58] Dentro da construção básica acima descrita, pleiteia-se que o elevador 1, objeto da presente patente, possa receber modificações de construção, dimensionamento, materiais, configurações funcionais e ornamentais, sem que fuja do âmbito de proteção.
[59] Dentro disso, ao invés de o elevador 1 ser semiautomático, conforme descrição acima, pode ter suas funções habilitadas de modo inteiramente automático, através de chaves elétricas e outros dispositivos adequadamente arranjados. O dispositivo de trava 12 da aba 8 (fig. 23), ilustrado aqui como referência, compreende substancialmente, conforme descrito no pedido de patente BR 20 2014 026043-4 citado como referência, acima aludido: por uma aba constitutiva da rampa-trava propriamente dita 10 (presente aba 8) disposta articulada na borda anterior de entrada e saída da plataforma 104; e por mecanismo de acionamento elástico 20-30, formado: por dois acionadores laterais 20 engrenados em respectivas extremidades da rampa-trava 10 e dispostos nas laterais dos cantos anteriores da plataforma 104; por dispositivo elástico 30 de acionamento do retorno automático dos acionadores 20 e estes da rampa-trava 10, compreendido substancialmente por eixo 31 que tem montado o acionar 20; mola 32 com extremidade montada no eixo e a outra extremidade na estrutura da plataforma 104 e bucha central 33 que liga as extremidades dos eixos 31 e centraliza o movimento do dispositivo rampa-trava 1 propiciando o acionamento deste através dos dois ou de apenas um dos acionadores laterais 20.