BR112021013995A2 - Sistema e método para medição digital de visão estéreo - Google Patents

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The Royal Institution For The Advancement Of Learning/ Mcgill University
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Abstract

sistema e método para medição digital de visão estéreo. a presente invenção refere-se a sistema e método para medição de visão estéreo. um estímulo visual tridimensional é gerado. o estímulo visual é composto por uma pluralidade de elementos de ponto espacialmente filtrados configurados para isolar a função estéreo. o estímulo visual é, então, apresentado a um usuário através de um dispositivo de exibição e dados de entrada são recebidos em resposta à visualização do estímulo visual pelo usuário conforme apresentado. um desempenho estéreo do usuário é, então, determinado a partir dos dados de entrada.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SISTEMA E MÉTODO PARA MEDIÇÃO DIGITAL DE VISÃO ESTÉREO". Pedidos Relacionados
[001] Este pedido reivindica prioridade ao pedido de patente provisório nº U.S. 62/793.632 depositado em 17 de janeiro de 2019, cujo relatório descritivo está incorporado aqui a título de referência. Campo da Técnica
[002] A presente invenção refere-se ao campo de visão, e mais particularmente à medição de visão estéreo. Antecedentes da Técnica
[003] Em visão binocular normal, o cérebro usa da entrada dos dois olhos em conjunto. A distância entre os olhos significa que a imagem projetada em uma retina do olho é levemente diferente daquela no outro olho. Essas diferenças dependem das distâncias relativas entre o observador e os recursos (por exemplo, objetos) que formam as imagens retinianas. O cérebro tem capacidade para usar a disparidade horizontal entre recursos visto nos dois olhos, de modo a julgar a distância para aquele recurso. A habilidade para fazer isso é, frequentemente, avaliada como parte da série de testes usados para monitorar a saúde do sistema visual. Desempenho fraco relativo a algum padrão aceito pode indicar: i) a imagem retiniana capturada em um ou ambos os olhos é degradada, ii) há uma falha no processamento realizado para combinar as imagens dos dois olhos, ou iii) há uma falha na extração das informações de disparidade.
[004] Para alguns pacientes que sofrem de distúrbios de visão binocular, o córtex visual suprime uma imagem do olho mais fraco em favor daquilo visto pelo olho dominante. No caso específico de ambliopia, se refere ao olho ambliópico como aquele que é suprimido e o olho vizinho como aquele que é dominante. A supressão do olho ambliópico pode continuar mesmo quando essas ópticas do olho são corrigidas (por exemplo, com lentes corretivas) de modo a ter acuidade aceitável. Assim, quando alguém cobre o olho vizinho (por exemplo, com um tapa-olho), a imagem do olho ambliópico pode ser usada para ver o mundo tão bem quanto pelo olho vizinho. No entanto, uma vez que o tapa-olho é removido e ambos os olhos são usados para visão, a supressão, tipicamente, retorna. Isso resulta em uma perda de visão estéreo além de uma perda de qualidade de visão.
[005] As imagens usadas para um teste de visão estéreo fornecem, tipicamente, informações que o indivíduo precisa usar em uma resposta, e através da medição da resposta, alguém pode determinar a habilidade do indivíduo em ver estéreo. Uma imagem de teste exemplificativa pode ser uma na qual diversos objetos diferentes são apresentados com diferentes disparidades e, então, se pergunta ao indivíduo qual dos objetos parece mais próximo. Para um indivíduo com visão estéreo disfuncional, a falha em ver diferentes profundidades pode ser frustrante, e há uma tentação, seja consciente ou inconsciente, em determinar uma resposta de maneira alternativa. Sem um projeto cuidadoso, dicas não estéreo podem ser introduzidas nos testes de visão estéreo que permite aos pacientes com cegueira estéreo alcançarem um nível de desempenho aceitável. Introduzir disparidade no estímulo exige que os recursos a serem apresentados em profundidade sejam movidos em diferentes direções nas imagens apresentadas aos dois olhos. Esse movimento pode resultar em alterações na disposição local ou densidade de recursos que indicam a região da exibição onde a manipulação foi realizada. Para estímulos de bordas nítidas apresentados com o uso de óculos vermelho/verde, as muitas bordas dos recursos aos quais a disparidade é aplicada podem parecer coloridas. Além disso, quando uma tentativa é feita para apresentar estímulos de bordas nítidas em disparidades precisas (quando suas posições caem entre dois pixels), isso pode resultar em uma aparência "desfocada" que entrega os recursos que foram manipulados. Como um exemplo final: uma vez que a imagem do olho fraco pode ser percebida ao se fechar o olho vizinho, o indivíduo pode ver de maneira eficaz a alteração em disparidade nos objetos no par de imagens ao piscar o olho vizinho. Isso pode permitir que um indivíduo saiba qual resposta dar, mesmo se a visão estéreo não for responsável pela resposta. Um teste robusto de visão estéreo precisa minimizar o desempenho de qualquer paciente que não realiza a tarefa com base em uma impressão de profundidade a partir da disparidade estereoscópica.
[006] Além disso, testes de visão estéreo tradicionais podem não ser úteis para pacientes que têm baixa acuidade visual em um ou ambos os olhos. Isso é especialmente um problema para pacientes ambliópicos em que as ópticas do olho mais fraco podem ser corrigidas, porém, a visão ainda é ruim. As imagens apresentadas em testes anteriores de visão estéreo podem ter, de modo geral, bordas brutas. Essas bordas brutas são carregadas por finos detalhes (frequências espaciais altas) que podem não ser vistos por um paciente com acuidade visual baixa. Eles irão, em vez disso, as ver desfocada. A perda resultante de informações a partir do estímulo de teste estéreo coloca esses indivíduos em uma desvantagem em comparação com aqueles com acuidade apropriadamente corrigida. Isso causa, então, uma confusão na medição. Assim, pode não estar claro se um desempenho relativamente fraco no teste de visão estéreo ocorre devido a um problema com a visão estéreo, ou se é simplesmente uma consequência de o indivíduo ter acuidade fraco em um ou ambos os olhos.
[007] As técnicas atualmente disponíveis para testar a visão estéreo não dão a medida do erro associado à sensibilidade medida. Técnicas existentes também têm uma faixa limitada de disparidades que podem ser testadas. A utilidade dessas técnicas para medir estéreo é, portanto, reduzida, particularmente em casos onde a visão estéreo é prejudicada. Pacientes com estéreo relativamente fraco podem sair da faixa testável e podem ser marcados por engano como com "cegueira estéreo". Por outro lado, pacientes podem ter visão estéreo que é boa demais para ser medida com precisão por testes atuais. Esse será o caso se eles ainda tiverem capacidade para realizar o teste mesmo que para a menor disparidade apresentada. Além disso, devido a sua faixa de testagem limitada e ausência de qualquer medição de erro, evita-se que técnicas existentes sejam usadas como medidas de resultado primárias em ensaios clínicos em que melhoramentos na visão estéreo são buscados como um resultado de tratamento. Ademais, técnicas atuais apresentam indivíduos com estímulos a partir de um livro que contém apenas um limitado conjunto de disparidades. Isso evita a medição precisa da visão estéreo em indivíduos cujas habilidades caem entre níveis predeterminados.
[008] Como resultado, não há, atualmente, teste estéreo disponível que meça de forma precisa a estereoacuidade sobre uma faixa ampla de disparidades com uma medição de erro associado. Isso é um problema particular para medir indivíduos que têm baixa estereoacuidade e exigem grandes disparidades para ver em profundidade e em condições em que uma alteração em estereoacuidade como resultado de doença ou tratamento precisa ser avaliada. Portanto, há espaço para melhoramento. Sumário
[009] De acordo com um primeiro aspecto amplo, é fornecido um sistema para medição de visão estéreo. O sistema compreende uma unidade de processamento e uma memória não transitória comunicativamente acoplada à unidade de processamento e que compreende instruções de programa legíveis por computador executáveis pela unidade de processamento para gerar um estímulo visual tridimensional, sendo que o estímulo visual é composto por uma pluralidade de elementos de ponto espacialmente filtrados configurados para isolar a função estéreo, apresentar, através de um dispositivo de exibição, o estímulo visual a um usuário, receber dados de entrada em resposta à visualização do estímulo visual pelo usuário conforme apresentado e determinar um desempenho estéreo do usuário a partir dos dados de entrada.
[0010] De acordo com um segundo aspecto amplo, é fornecido um método implantado por computador para medição de visão estéreo, sendo que o método compreende, em um dispositivo de computação, gerar um estímulo visual tridimensional, sendo que o estímulo visual é composto por uma pluralidade de elementos de ponto espacialmente filtrados configurados para isolar a função estéreo, apresentar, através de um dispositivo de exibição, o estímulo visual a um usuário, receber dados de entrada em resposta à visualização do estímulo visual pelo usuário conforme apresentado e determinar um desempenho estéreo do usuário a partir dos dados de entrada.
[0011] De acordo com um terceiro aspecto amplo, é fornecida uma mídia legível por computador não transitória que tem armazenado nela código de programa executável por pelo menos um processador para gerar um estímulo visual tridimensional, sendo que o estímulo visual é composto por uma pluralidade de elementos de ponto espacialmente filtrados configurados para isolar a função estéreo, apresentar, através de um dispositivo de exibição, o estímulo visual a um usuário, receber dados de entrada em resposta à visualização do estímulo visual pelo usuário conforme apresentado e determinar um desempenho estéreo do usuário a partir dos dados de entrada. Breve Descrição dos Desenhos
[0012] Recursos e vantagens adicionais da presente invenção se tornarão aparentes a partir da seguinte descrição detalhada, tida em combinação com os desenhos anexos, nos quais:
[0013] A Figura 1 é um fluxograma de um método para medição digital de visão estéreo, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0014] A Figura 2 é um diagrama esquemático que ilustra um estímulo visual tridimensional, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0015] As Figuras 3A-3B ilustram pontos de log-Gabor isotrópicos exemplificativos e o perfil de luminância correspondente de um corte transversal horizontal através dessa imagem, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0016] As Figuras 4A-4F ilustram o efeito de desfoque nos pontos de log-Gabor das Figuras 3A-3B, em comparação com pontos com borda bruta de um tamanho similar, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0017] As Figuras 5A-5D ilustram projetos propostos para potenciais regiões-alvo em estímulo, de acordo com modalidades ilustrativas;
[0018] As Figuras 6A-6C são uma plotagem de uma função psicométrica exemplificativa, uma plotagem de um método de extrapolação exemplificativo e uma plotagem de uma função composta exemplificativa, respectivamente, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0019] A Figura 7 é um diagrama esquemático de um sistema de computação exemplificativo para implantar o método da Figura 1, de acordo com uma modalidade ilustrativa;
[0020] As Figuras 8A-8C são pontos de log-Gabor isotrópicos de acordo com a presente descrição;
[0021] As Figuras 9A-9C são pontos de Diferença de Gaussianas de acordo com a presente descrição;
[0022] A Figura 10 é um diagrama esquemático da construção de uma Diferença de Gaussianas de acordo com a presente descrição;
[0023] As Figuras 11A-11B são anéis de passa-banda de acordo com a presente descrição;
[0024] As Figuras 12A-12C são formatos de passa-banda de acordo com a presente descrição;
[0025] As Figuras 13A-13B são diagramas que ilustram a construção de passa-banda espacialmente filtrada
[0026] A Figura 14 é um projeto proposto para um estímulo visual de acordo com a presente descrição; e
[0027] As Figuras 15A-15D ilustram um estímulo visual de acordo com a presente descrição.
[0028] Será notado que ao longo dos desenhos anexos, recursos semelhantes são identificados por numerais de referência semelhantes. Descrição Detalhada
[0029] São descritos no presente documento sistemas e métodos para medição digital de visão estéreo. Com o uso dos sistemas e métodos descritos no presente documento, medições de estereoacuidade podem ser usadas como uma medida de ponto final, assim, se permite ensaios clínicos quando a função binocular é o objetivo. Os sistemas e métodos descritos no presente documento também podem fornecer uma medida de confiança no limiar de estereoacuidade (uma medição de erro). De fato, os sistemas e métodos descritos podem permitir uma grande faixa contínua de disparidades a serem testadas. Estímulos visuais podem ser gerados em qualquer disparidade dentro da faixa de disparidades, o que permite a medição precisa de limiar estéreo.
[0030] Os sistemas e métodos descritos no presente documento podem, portanto, ser usados por profissionais médicos (por exemplo, em clínicas por oftalmologistas e optometristas) para avaliar visão estéreo em pacientes. Os sistemas e métodos descritos no presente documento também podem ser usados como uma primária medida de ponto final para resultados em ensaios clínicos que buscam tratar função binocular anômala. Além disso, os sistemas e métodos descritos no presente documento também podem ser usados para exame escolar (projetado para detectar a presença de um problema visual em um ou ambos os olhos que impediriam a visão estéreo) e/ou avaliação ocupacional para testar a habilidade em realizar tarefas que dependem do desempenho visual (por exemplo, dirigir, pilotar).
[0031] Com referência à Figura 1, um método 100 para medição digital de visão estéreo, de acordo com uma modalidade, será descrito agora. Na etapa 102, um estímulo visual tridimensional (3D) composto por elementos de ponto espacialmente filtrados é gerado. O estímulo visual é, então, apresentado a um indivíduo (também denominado no presente documento um usuário) na etapa 104 com o uso de um dispositivo e/ou sistema de exibição 3D adequado, em que diferentes imagens são mostradas aos dois olhos do indivíduo. Dados relacionados ao indivíduo são, então, coletados e analisados na etapa 106 para alcançar a medição de visão estéreo para o indivíduo.
[0032] Conforme mostrado na Figura 2, o estímulo 200 compreende uma pluralidade de pontos 202 que são ondeletas circulares espacialmente em passa-banda resistentes aos efeitos de desfoque. A disposição de pontos é apresentada dentro de um quadro de “trava de fusão” 204. O propósito desse quadro é incentivar a convergência apropriada dos olhos no plano da tela. A beira padronizada de alto contraste deve ser prontamente fundida entre os dois olhos. O quadro 204 pode ser apresentado de modo idêntico a ambos os olhos. Consequentemente, convergir apropriadamente as imagens pode ajudar os olhos. O quadro 204 é mostrado como uma beira padronizada de alto contraste, porém, a mesma pode assumir outras formas, tais como uma beira sólida, uma beira tracejada, uma beira em ziguezague ou uma beira curvada. Ademais, o quadro 204 pode ser separado dos pontos 202 por espaço em branco. Esse espaço pode evitar que o paciente compare recursos (tais como os pontos 202) com o quadro 204, de modo a descobrir com mais facilidade a disparidade do alvo. De outra forma, o paciente pode comparar de maneira consciente ou subconsciente a disparidade no quadro e nos pontos ou comparar as porções monocularmente visíveis dos recursos dentro do estímulo visual. O estímulo visual 200 é gerado de modo que a habilidade de estereopse do paciente seja isolada. O estímulo é projetado para minimizar quaisquer outras dicas que o indivíduo poderia usar para realizar uma dada tarefa estéreo. Conforme usado no presente documento, o termo tarefa estéreo se refere a um teste de visão estéreo no qual o indivíduo apresenta e é incitado a responder ao estímulo 200, conforme será abordado mais abaixo.
[0033] Em particular, o estímulo 200 é gerado na etapa 102 ordenando-se os pontos 202 em uma grade quadrada com um espaçamento médio definido (não mostrado) entre os pontos 202. Cada ponto 202 é aleatoriamente atribuído de modo a ser um ponto preto ou branco antes de ser posicionado na grade. As coordenadas x e y que controlam a colocação de cada ponto 202 são tremidas por amostras aleatórias de uma distribuição uniforme, desse modo, se coloca os pontos 202 dentro de uma faixa de deslocamento de ponto de uma dada posição original. Isso permite quebrar a impressão de uma estrutura de grade regular. Assegurando-se que a faixa de deslocamento é menor que metade do espaçamento de ponto a ponto, se torna possível evitar que pontos adjacentes 202 se sobreponham, pelo menos antes da disparidade ser introduzida.
[0034] Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que embora a Figura 2 ilustre uma mistura de pontos que contêm aqueles com uma aparência tanto "preta" quanto "branca", um estímulo 200, de acordo com a presente descrição pode incluir apenas uma sombra de ponto em algumas modalidades. Os pontos 202 podem ser coloridos de modo que a visualização deles através de óculos coloridos (por exemplo, óculos vermelho/verde) afere sua aparência. Uma apresentação estereoscópica pode ser alcançada apresentando-se as imagens de olho esquerdo e direito com o uso de diferentes cores (anáglifo). Colocar filtros coloridos em frente de cada olho pode, então, permitir que apenas a imagem apropriada seja vista por cada olho. Em algumas modalidades, a cor dos pontos 202 pode não estar prontamente aparente quando eles são vistos a olho nu.
[0035] Conforme abordado acima, o estímulo visual pode ser composto por elementos de ponto espacialmente filtrados. Em geral, um elemento de ponto espacialmente filtrado pode ser qualquer elemento composto por um ou mais pontos gerados com o uso de um filtro espacial. Um elemento de ponto espacialmente filtrado pode compreender uma modulação de pixels que têm um centro e uma ou mais bordas. O espectro de amplitude passa-banda pode resultar em uma aparência desfocada para as diferentes regiões no ponto. O elemento espacialmente filtrado pode ser configurado de modo que seu centro possa estar localizado em uma posição entre os pixels de um dispositivo de exibição no qual é exibido. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que elementos espacialmente filtrados podem assumir uma variedade de formas; diversas formas exemplificativas são abordadas abaixo: As Figuras 3A-3B e 8A-8C ilustram pontos de log- Gabor, as Figuras 9A-9C e 10 ilustram Diferença de Gaussianas (pontos de DoG), as Figuras 11A-11C ilustram pontos de anel e as Figuras 12A- 12C e 13 ilustram elementos de ponto espacialmente filtrados arbitrariamente conformados. No entanto, qualquer tipo de elemento espacialmente filtrado pode ser usado sem que se afaste do escopo da presente descrição.
[0036] Em uma modalidade, os pontos 202 são pontos de log-Gabor isotrópicos definidos no domínio de Fourier com energia igual em cada orientação e um espectro de frequência espacial de passa-banda, conforme mostrado nas Figuras 3A-3B. O espectro de frequência espacial é Gaussiano em um eixo geométrico de frequência logarítmica. Em comparação com o uso de pontos quadrados ou circulares de borda bruta, o uso de pontos de log-Gabor tem algumas vantagens. Primeiro, estímulos com fronteiras de luminância de borda em degrau são vulneráveis a qualquer desfoque introduzido pelo sistema visual de indivíduos com acuidade visual abaixo do padrão. Isso é demonstrado nas Figuras 4A-4F quando a fileira superior mostra o estímulo proposto (Figura 4A) composto por pontos de log-Gabor de passa-banda e a fileira inferior mostra um estímulo equivalente (Figura 4D) composto por pontos circulares de borda bruta. A segunda coluna (Figuras 4B e 4E) mostra o efeito de desfocar os estímulos apresentados na primeira coluna. A terceira coluna mostra como o desfoque afeta os espectros de amplitude (Figuras 4C e 4F) dos estímulos. A partir dos espectros, pode ser visto que os estímulos de log-Gabor são mais resistentes aos efeitos de desfoque. Um teste piloto com os pontos de log-Gabor de passa-banda revelado no presente documento mostrou, ainda, que limiares estéreo não foram afetados pela remoção de todas as informações de frequência espacial acima de 4 c/deg.
[0037] As Figuras 3A-3B ilustram pares de pontos de log-Gabor. As Figuras 8A-8C ilustram pontos de log-Gabor únicos. Os pontos podem ser espacialmente passa-banda, que se refere às frequências espaciais, ou à variação em luminância sobre o espaço, presente nos pontos.
[0038] A Figura 3A ilustra dois pontos de log-Gabor no domínio espacial. Um ponto esquerdo pode ter um pico negativo para uma luminância inferior e parecer preto em seu centro e um ponto esquerdo pode ter um pico positivo para uma luminância superior e parecer branco em seu centro. Esses pontos podem ser especificamente pontos de log-Gabor isotrópicos definidos no domínio de Fourier com energia igual em cada orientação e um espectro de frequência espacial de passa-banda.
[0039] A Figura 3B ilustra os mesmos pontos no domínio de frequência. Uma transformada de Fourier pode ser usada para converter os pontos entre o domínio espacial e o domínio de frequência. O espectro de frequência espacial de passa-banda pode ser, obviamente, visto na Figura 3B. Um filtro de alta passagem pode remover frequências inferiores, um filtro de baixa passagem pode remover frequências superiores e um filtro passa-banda pode incluir tanto um filtro de alta passagem quanto um filtro de baixa passagem. Como pode ser visto na Figura 3B, um filtro passa-banda pode ser aplicado nesse caso. Luminância acima de 1 e abaixo de -1 pode ser filtrada. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que um filtro passa-banda que usa diferentes valores altos e baixos também pode ser usado sem que se afaste do escopo da presente descrição.
[0040] No domínio espacial, uma imagem filtrada de baixa passagem pode parecer desfocada e uma imagem filtrada de alta passagem pode incluir apenas detalhes menores, tais como bordas. Uma imagem filtrada passa-banda pode combinar ambos desses efeitos. Esses efeitos podem ser vistos na Figura 8C quando o espectro de amplitude do log-Gabor tem um pico, com a amplitude em queda em ambas as frequências superiores e inferiores as desse pico.
[0041] Em outras palavras, os pontos são espacialmente filtrados uma vez que algum controle foi exercido sobre a contribuição de diferentes frequências espaciais para sua constituição. No caso específico de passa-banda espacialmente, há uma faixa específica de frequências espaciais que formam o ponto. Os pontos podem ser, ainda,
pontos de log-Gabor. Isso tem um significado específico para o formato do espectro de amplitude, ou da amplitude em cada frequência espacial. Uma transformada logarítmica pode ser realizada no eixo geométrico de frequência e o espectro de amplitude pode ser definido como uma Gaussiana nesse eixo geométrico de frequência logarítmica.
[0042] As Figuras 8A-8C ilustram um ponto de log-Gabor único, no domínio espacial, no domínio de Fourier e como um espectro de amplitude, assumido como uma fatia radial do centro até a borda da Figura 8B, respectivamente. O domínio espacial mostrado na Figura 8A pode ser o que está visível em um estímulo visual construído com o uso do ponto de log-Gabor.
[0043] Um ponto de log-Gabor pode ser construído no domínio de Fourier, conforme mostrado na Figura 8B. O valor em cada ponto na transformada de Fourier mostrada no mesmo pode indicar a contribuição da frequência espacial (f) e da orientação (Ɵ) para a imagem. A transformada de Fourier (F) pode ser representada pela seguinte equação.
(1)
[0044] Na equação (1), f0 pode ser a frequência espacial de pico e b pode controlar a largura de banda. Conversão do domínio de Fourier mostrado na Figura 8B para o domínio espacial mostrado na Figura 8A pode gerar um elemento de ponto de log-Gabor que pode, então, ser usado para construir estímulos visuais.
[0045] Deve-se notar, a partir da Equação (1), que a amplitude deve ser infinitesimamente pequena quando f = 0. Para fins práticos, a amplitude pode ser considerada zero. Isso é importante, na medida em que significa que para o ponto de log-Gabor, nunca deve haver uma alteração geral em luminância de tela como resultado da adição de um ponto ao visor. As áreas de luminância aumentada serão equilibradas por áreas de luminância diminuída. Isso pode ter vantagens particulares para exibições visuais. Isso significa que não importa a disposição de pontos espacialmente em passa-banda na tela, a luminância geral não será afetada. Por exemplo, a comutação das posições de ponto para criar a disparidade nas imagens pode causar aumentos locais ou diminuições na densidade dos pontos. Se os pontos alteraram a luminância local do estímulo, então, essas alterações de densidade também causariam regiões do estímulo que foram significativamente mais claras ou escuras que o resto. Isso pode fornecer uma dica não estéreo que permitiria que o paciente localizasse regiões na exibição onde a disparidade é manipulada.
[0046] Além dos pontos de log-Gabor abordados acima, outros pontos espacialmente filtrados podem ser usados para construir estímulos visuais. De fato, os pontos de log-Gabor podem ser apenas um dentre um vasto número de opções para pontos espacialmente filtrados. Pode haver interesse particular em desenvolver os estímulos visuais usados no presente documento com controle exercido sobre seu espectro de amplitude. Isso pode permitir que desenvolvedores projetem estímulos visuais com características desejadas. Por exemplo, informações de alta frequência espacial, que podem não ser úteis aos pacientes com fraca acuidade, podem ser removidas. É possível desenvolver tais estímulos no domínio de Fourier ou no domínio espacial.
[0047] Outro exemplo de pontos espacialmente filtrados pode ser pontos de Diferença de Gaussianas (DoG). As Figuras 9A-9C ilustram um ponto de DoG, no domínio espacial, no domínio de Fourier e como um espectro de amplitude, assumido como uma fatia radial do centro até a borda da Figura 9B, respectivamente. Como pode ser visto na Figura 9B, o elemento de DoG pode incluir uma porção central e uma porção de margem.
[0048] A DoG é uma função popular que tem uma história de uso para realizar filtragem espacial em imagens. Como com os log-Gabors apresentados acima, elementos de DoG podem ser usados para substituir diretamente pontos em estímulos visuais. Alternativamente, estímulos podem ser gerados com pontos, que podem se aproximar das funções delta e, então, aqueles pontos podem ser filtrados com uma função de DoG.
[0049] Um elemento de DoG pode ser criado subtraindo-se uma Gaussiana de outra Gaussiana. As duas Gaussianas podem ter a mesma média, porém, um diferente desvio padrão. A Figura 10 ilustra uma Diferença de Gaussiana (linha sólida) criada subtraindo-se uma Gaussiana de margem (linha tracejada) de uma Gaussiana central (linha cinza).
[0050] A distância radial de cada pixel do centro do ponto a ser gerado pode ser dada pela Equação (2) abaixo. O centro do ponto pode ser definido em rx,y=0.
(2)
[0051] A Gaussiana central pode ser definida pela Equação (3) e a Gaussiana de margem pode ser definida pela Equação (4), abaixo.
(3) (4)
[0052] σmargem pode ser maior que σcentro e os dois sigmas podem controlar o formato da DoG. A DoG pode ser criada tomando-se a diferença da Gaussiana central e da Gaussiana de margem com o uso da Equação (5).
(5)
[0053] Na Equação (5), a pode controlar a contribuição relativa da Gaussiana de margem. O valor de a pode ser definido para resultar em uma DoG que não tem alteração global em luminância escolhendo-se o valor de a que resulta em amplitude mínima em f = 0. Isso é ilustrado nas Figuras 9A-9C. Consequentemente, é possível alcançar um espectro de amplitude similar (consultar a Figura 9C) com pontos de DoG, como com pontos de log-Gabor.
[0054] Embora os exemplos anteriores mostrem apenas pontos espacialmente filtrados isolados em uma disposição de grade, deve-se entender que esses pontos também podem ser dispostos em outras formas. Podem, então, ser usados para criar formatos espacialmente em passa-banda, conforme mostrado nas Figuras 13A-13B. Os formatos espacialmente em passa-banda podem ser considerados elementos de ponto espacialmente filtrados. É matematicamente equivalente a i) dispor os pontos espacialmente filtrados para formar um formato específico (Figura 13B), ou ii) começar com uma imagem de linha nítida do formato desejado e, então, convulsionar essa imagem com um único ponto espacialmente filtrado (Figura 13A). Um método adicional para gerar formatos espacialmente em passa-banda é para definir matematicamente contornos de formato e, então, tornar esses contornos de modo que seu corte transversal tenha uma forma específica. Duas formas possíveis para esses cortes transversais usariam do corte transversal de log-Gabor mostrado na Figura 8B ou do corte transversal de DOG mostrado na Figura 9B. Outras funções descritas abaixo também podem ser usadas.
[0055] Elementos de estímulo que têm formatos espacialmente em passa-banda, de acordo com a presente descrição, pode ser criados adaptando-se a quarta ordem derivada da função Gaussiana. A frequência espacial de tais funções pode ser definida por σ, conforme dado pela Equação (6) abaixo.
(6)
[0056] Na Equação (6), f0 pode controlar a frequência espacial de pico do espectro de amplitude. Dsq, a distância quadrada através do corte transversal, relativa a seu centro x0, para cada posição x pode, então, ser definida pela Equação (7).
(7)
[0057] Dsq, a distância quadrada pode ser usada para definir a luminância em cada posição no corte transversal C. C pode ser definido pela Equação (8).
(8)
[0058] As Figuras 11A-11D ilustram um exemplo de um elemento de ponto espacialmente filtrado que tem um formato de anel produzido com o uso de um corte transversal definido pela Equação 8. A Figura 11A mostra o ponto de anel no domínio espacial. Isso é o que seria visível em um estímulo feito com o uso de tais pontos de anel. O ponto de anel tem a aparência de dois anéis escuros estreitos que ensanduicham um anel claro mais amplo. Isso também pode ser visto na Figura 11C, que gera um corte transversal horizontal tomado pelo centro da Figura 11A. O desvio de luminância positivo do anel claro central é equilibrado pelo desvio negativo dos anéis escuros adjacentes. Isso resulta em não haver deslocamento geral em luminância quando esse estímulo é adicionado à exibição. As transições entre os regiões claras e escuras parecem suaves, na medida em que não há frequências espaciais superiores presentes para gerar a impressão de bordas nítidas.
[0059] A Figura 11B mostra a transformada de Fourier da Figura 11A. Similar aos pontos espacialmente filtrados, a energia de estímulo está localizada em uma banda circular ao redor da origem. O espectro de amplitude é apresentado na Figura 11D. Tem uma forma de passa- banda similar àquela mostrada anteriormente para os estímulos de log- Gabor e Diferença de Gaussianas. Consequentemente, o ponto de anel pode fornecer as mesmas vantagens que os outros pontos descritos acima.
[0060] Em algumas modalidades, o ponto de anel pode ser gerado tomando-se a coordenada de cada pixel relativo ao centro do ponto de anel. Em algumas modalidades, as coordenadas de cada pixel podem ser dadas em coordenadas Cartesianas, e o centro do ponto de anel pode ser (0,0). Usar essas coordenadas, uma distância radial do centro do ponto pode ser calculada para cada pixel com o uso de equação (9) e a luminância em cada posição radial pode ser relacionada à luminância na posição Cartesiana correspondente pela equação (10).
(9) (10)
[0061] O método descrito acima para criar pontos de anel pode ser estendido para gerar elementos de ponto arbitrariamente conformados. Por exemplo, as Figuras 12A-12C ilustram um ponto de anel, um elemento quadrado anular e um elemento cruzado anular. Os contornos dos pontos anulares podem ou não ser definidos matematicamente, por exemplo, como uma série de componentes de modelo de frequência radial como Fourier.
[0062] O quadrado anular mostrado na Figura 12B pode ser criado da mesma maneira que a função de anel delineada acima com o uso das equações (9) e (10). A equação de raio pode ser levemente modificada do que é dado na equação (9) e a equação (11) abaixo pode ser usada.
(11)
[0063] O cruzamento anular mostrado na Figura 12C é um exemplo do que pode ser alcançado com os componentes de modelo de frequência radial. Devido a seu raio em um dado pixel depende de qual posição angular do pixel ao redor do centro da imagem, o ângulo deve ser computado a partir das coordenadas x e y cartesianas, conforme mostrado abaixo na equação (12).
(12)
[0064] Assim, o formato é definido, similar ao anel na equação (10), por seu raio. No entanto, o raio é determinado para cada valor de Ɵ x,y na imagem. O cruzamento anular é gerado pela equação (13) abaixo.
(13)
[0065] Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que é possível gerar uma variedade de formatos a partir de componentes sinusoidais que seguem esses exemplos.
[0066] Mesmo para formatos que não podem ser representados com o uso de uma soma de componentes anulares, conforme demonstrado na Equação (13), é possível produzir um elemento espacialmente filtrado. A Figura 13A ilustra quanto um ponto pode ser gerado. O contorno desejado pode ser produzido; nesse exemplo, o contorno é um triângulo. O contorno pode servir como uma imagem de fonte. O contorno pode, então, ser filtrado com um kernel de filtro espacialmente passa-banda. As funções de log-Gabor ou DoG descritas acima podem ser usadas como o kernel de filtro. A convolução da imagem de fonte com o kernel de filtro pode resultar em um formato anular espacialmente em passa-banda que tem o dado contorno. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que uma ampla variedade de pontos podem ser produzidos dessa maneira. Em algumas modalidades, pontos podem ser projetados para funções particulares.
[0067] Qualquer um dos tipos de elementos de ponto abordados acima podem ser usados para produzir um estímulo visual 200 conforme mostrado, por exemplo, na Figura 2. Estímulos visuais, de acordo com a presente descrição, serão abordados em mais detalhes abaixo.
[0068] Em algumas modalidades, um estímulo visual 200 pode ser criado renderizando-se primeiro uma imagem repleta de pontos de espaço reservado. Os pontos de espaço reservado podem aproximar funções delta. A imagem pode, então, ser convolvida com uma das funções descritas acima, por exemplo, com uma função de log-Gabor. A convolução pode substituir todo ponto de espaço reservado por um elemento de ponto espacialmente filtrado 202 em seu local. Esse método pode ser particularmente eficiente. Alternativamente, uma pluralidade de elementos de ponto espacialmente filtrados 202 podem, primeiro, ser renderizados e podem, então, ser colocados em locais aleatórios. Essas etapas podem produzir um estímulo visual 200 com elementos de ponto espacialmente filtrados 202 aleatoriamente posicionados.
[0069] Pode, então, ser necessário criar a impressão de disparidade entre o que é apresentado ao olho esquerdo e o que é apresentado ao olho direito quando o estímulo visual 200 é visualizado. O estímulo visual 200 pode ser modificado com o uso das seguintes etapas para produzir tal impressão.
[0070] Para gerar a impressão de disparidade, as coordenadas x finais dos pontos 202 na grade 204 podem ser ainda ajustadas de acordo com a disparidade (ou profundidade) desejada dos pontos 202 relativa à superfície da tela na qual os estímulos são apresentados, também denominada no presente documento o plano de fixação. Mudar os pontos de olho esquerdo e direito para dentro (isto é, mover o ponto de olho esquerdo para o direito e o ponto de olho direito para o esquerdo) dá a impressão de disparidade cruzada (isto é, de um ponto estar mais próximo do que o plano de fixação). Mudar os pontos 202 para fora dá a impressão de disparidade não cruzada (isto é, de um ponto estar mais distante do que o plano de fixação). A Figura 5A ilustra o projeto de quatro potenciais regiões-alvo em estímulo e mostra que as disparidades dos pontos 202 pode ser manipulada dentro dos limites de um formato de cunha. Isso dá a impressão de uma cunha flutuante. Uma tarefa atribuída a um paciente que visualiza o estímulo visual pode compreender identificar onde no estímulo uma cunha aparece em uma profundidade diferente do resto do estímulo. A tarefa pode se tornar mais fácil tornando-se a disparidade maior e, assim, a diferença em profundidades maior, e mais difícil tornando-se a diferença em profundidades menor.
[0071] Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que a Figura 5A ilustra apenas uma modalidade exemplificativa de um modelo de controle para disparidade de ponto. Os pontos 202 na grade 204 podem ser comutados para produzir qualquer formato conhecido na técnica, conforme abordado acima com relação às cunhas 502 mostradas na Figura 5A.
[0072] As Figuras 5B-5D ilustram outras modalidades de regiões- alvo. A Figura 5B ilustra quatro símbolos: um pentágono, uma estrela, um triângulo e um quadrado. Em algumas modalidades, uma região- alvo pode ser dada no formato de um desses símbolos ou qualquer outro símbolo conhecido na técnica. Pode ser pedido a um paciente para identificar o símbolo, fornecer um local do símbolo ou determinar se o símbolo parece estar flutuando em frente ou atrás do resto do estímulo visual. A Figura 5C ilustra a letra E em quatro diferentes orientações. Em algumas modalidades, a região-alvo pode ser dada no formato de uma letra ou outro símbolo cuja orientação pode ser claramente reconhecida. Pode ser pedido a um paciente para identificar um local e/ou orientação do símbolo ou determinar se o símbolo parece estar flutuando em frente ou atrás do resto do estímulo visual. A Figura 5D ilustra quatro letras diferentes. Em algumas modalidades, a região- alvo pode ser dada no formato de uma letra ou número e pode-se pedir para um paciente identificar e/ou localizar a letra ou número ou para determinar se ela parece estar flutuando em frente ou atrás do resto do estímulo visual.
[0073] As Figuras 15A-15D ilustram uma exibição visual exemplificativa de acordo com a presente descrição. A exibição mostrada nessas Figuras pode ser similar àquela mostrada na Figura 2. Especificamente, a exibição visual pode compreender uma pluralidade de elementos de ponto, dispostos primeiro em uma grade, então, deslocamento por uma quantidade aleatória, e finalmente com um subconjunto deslocado de modo a produzir disparidade entre o que é visto por cada olho. A Figura 15C ilustra a exibição visual como seria mostrada a um paciente em um dispositivo de exibição. Um paciente visualizaria a exibição visual com o uso de óculos que tem uma lente vermelha sobre o olho esquerdo e uma lente verde ou azul sobre o olho direito. Em algumas modalidades, óculos diferentes, por exemplo, óculos com lentes de cores diferentes, podem ser usados. As Figuras 15A e 15B ilustram, respectivamente, o que os olhos esquerdo e direito veriam individualmente. A Figura 15D ilustra o que seria visto por um paciente com visão estereoscópica quando visualizam a Figura 15C com os óculos. A saber, o paciente veria uma porção em formato de cunha da exibição visual deslocada em frente ao quadro do dispositivo de exibição.
[0074] Deve-se notar a partir das Figuras 15A-15D que seria difícil de trapacear em tal teste. A região em formato de cunha que se estende da página quando vista por um paciente com visão estereoscópica com o uso de óculos coloridos não pode ser identificada através de nenhum outro meio ao ver as Figuras 15A-15C. Em vez disso, todas as regiões do estímulo visual parecem conter elementos de ponto aleatoriamente posicionados e diferenças não podem ser prontamente detectadas entre o estímulo de olho esquerdo mostrado na Figura 15A e o estímulo de olho direito mostrado na Figura 15B.
[0075] Alguns testes de visão estéreo anteriores apresentados em visores digitais se limitaram a apresentar apenas estímulos em disparidades que podem ser alcançadas comutando-se os recursos de estímulo a um número inteiro de pixels (por exemplo, Hess, To, Zhou, Wang & Cooperstock, 2015. Stereo vision: the haves and have-nots. i- Perception 6, 1–5; Rodriguez-Vallejo, Llorens-Quintana, Montagud, Furlan & Monsoriu, 2016. Fast and reliable stereopsis measurement at multiple distances with iPad. arXiv 1609.06669). Isso limita bastante a faixa e número de disparidades que podem ser testadas. Também significa que as disparidades que podem ser testadas dependem das propriedades do dispositivo serem usadas, o que é desvantajoso para criar um teste que possa ser executado em múltiplos dispositivos. Para produzir disparidades mais precisas, pode ser desejável comutar os pontos 202 em uma quantidade que não é um número inteiro de pixels. Por exemplo, disparidades muito pequenas podem exigir que os pontos 202 sejam comutados em menos que um pixel. Para alcançar isso, a interpolação de subpixel pode ser usada. No entanto, para os estímulos de borda bruta usados em testes anteriores isso tem o efeito colateral de desfocar os pontos que são apresentados em profundidade. Essa dica não estéreo pode permitir que o paciente trapaceie. O projeto proposto no presente documento evita esse problema de duas maneiras. Primeiro, a aparência "difusa" intrínseca dos pontos espacialmente filtrados 202 dos inventores torna qualquer desfoque leve introduzido pela interpolação de subpixel muito mais difícil de perceber. Segundo, a profundidade pode ser incorporada nos estímulos propostos tanto ao mover a cunha-alvo 502 para frente (disparidade cruzada) e o fundo para trás (disparidade não cruzada) na mesma quantidade. Isso significa que o mesmo grau de interpolação é aplicado em todos os pontos 202 no estímulo.
[0076] Quando o estímulo é apresentado ao indivíduo (na etapa 104 da Figura 1), a imagem que passa pelo olho do indivíduo é filtrada pela função de transferência óptica do olho do indivíduo antes da imagem alcançar a retina do indivíduo. Isso tem o efeito de desfocar qualquer entrada. A interpolação de subpixel tira vantagem disso, ao apresentar estímulos que parecem (após o desfoque óptico) ser posicionados entre dois pixels na tele. Visto que o desfoque óptico é relativamente amplo em comparação com o espaçamento de pixel a pixel na exibição, isso permite a apresentação de disparidades abaixo do limite de resolução da tela. Constatou-se que a interpolação fornece uma aproximação melhor para uma imagem apresentada na disparidade desejada (que a interpolação de subpixel emula) quando aplicada nos pontos de log- Gabor 202 propostos do que quando aplicada em pontos de pixel de borda bruta.
[0077] Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que os tipos de elementos de ponto espacialmente filtrados descritos acima, que têm bordas desfocadas podem ser particularmente vantajosos para alcançar a interpolação de subpixel. A interpolação de subpixel pode permitir que mais comutações por minuto dos pontos 202 sejam feitas, do que poderia ser feito com o uso de estímulos visuais de borda bruta. Em particular, os centros dos elementos de ponto espacialmente filtrados podem ter capacidade para serem movidos com aumentos de subpixel. Tais vantagens podem ser alcançadas com o uso de qualquer tipo de elemento de ponto espacialmente filtrado. Por outro lado, elementos de borda bruta podem ser apenas móveis com aumentos de pixels, e podem, desse modo, ser limitados pela resolução da exibição na qual são mostrados.
[0078] Com referência, novamente, à Figura 1, a etapa 104 de apresentar o estímulo visual ao indivíduo será descrita, ainda, agora. O estímulo visual pode ser renderizado em qualquer disposição de visualização dicóptica adequada que permite que diferentes imagens sejam mostradas aos dois olhos do indivíduo. Em particular, o estímulo visual pode ser apresentado com o uso de um sistema de exibição fornecido ao indivíduo. Por exemplo, o estímulo visual pode ser renderizado em um dispositivo eletrônico (por exemplo, na tela de um computador do tipo desktop, computador portátil, computador do tipo laptop, computador do tipo tablet, em um visor montado na cabeça, em um visor lenticular, ou semelhantes). Em algumas modalidades, o estímulo visual pode ser visualizado com o uso de óculos especializados. O dispositivo eletrônico controla ilustrativamente a apresentação dos estímulos, e mais particularmente controla a disparidade apresentada ao indivíduo com o uso de um procedimento adaptativo para localizar o limiar estéreo do indivíduo. Em particular, o dispositivo apresenta o estímulo composto por elementos de ponto espacialmente filtrados de modo a reduzir o efeito de acuidade sobre o limiar estéreo obtido. O dispositivo, então, analisa os dados obtidos a partir do indivíduo após a apresentação do estímulo (etapa 106 da Figura 1), com o uso de um procedimento de encaixe com base na probabilidade máxima de que também obtenha uma medida de confiança nos limiares (a medição de erro) que são calculados a partir dos dados do indivíduo.
[0079] Na criação da impressão de profundidade a partir da disparidade estereoscópica, diferentes imagens são mostradas aos dois olhos do indivíduo na etapa 104, com o uso de um dispositivo e/ou sistema de exibição 3D adequado. Em uma modalidade, isso pode ser alcançado apresentando-se os estímulos na etapa 104 em uma tela associada a um computador, conforme abordado acima. Por exemplo, um monitor de computador de visor de cristal líquido (LCD) com uma taxa de atualização de 120 Hz pode ser usado. A tela pode ser sincronizada através de qualquer sistema adequado, tal como o sistema NVIDIA 3D Vision® 2, com óculos especializados usados pelo indivíduo para ver o estímulo visual conforme apresentado. Em uma modalidade, óculos com obturadores sem fio são usados. No entanto, deveria ser entendido que outros óculos adequados (por exemplo, óculos de cristal líquido ferroelétrico) podem se aplicar e que esses óculos podem ser conectados à tela de maneira sem fio ou não. Alternando-se entre as imagens de olhos esquerdo e direito na tela em tempo com "abertura" e "fechamento" dos olhos esquerdo e direito dos óculos, é possível estimular os olhos do indivíduo separadamente com estímulos mostrados na mesma tela. Tal teste de visão estéreo pode ser gravado com o uso de qualquer linguagem de programação adequada (tal como Matlab/Octave, Python ou semelhantes) e a apresentação de estímulos na tela pode ser controlada com o uso de qualquer caixa de ferramentas adequada (tal como Psychtoolbox para Matlab/Octave) ou através de software bespoke.
[0080] Em outra modalidade, o teste de visão estéreo pode ser apresentado em um dispositivo de computação manual ou portátil (por exemplo, um computador do tipo tablet) e a apresentação de estímulo alcançada com o uso de anáglifo vermelho/verde. Os estímulos podem ser gerados nas versões de olhos esquerdo e direito removendo-se informações dos canais de cor vermelha ou verde. As duas imagens resultantes podem, então, ser sobrepostas com o uso de software de computador adequado. Visualização com óculos 3D de filtro vermelho/verde usados pelo indivíduo permite, então, que as imagens separadas sejam visualizadas pelos dois olhos do indivíduo (com alguma diafonia). Deve-se entender que outras modalidades podem se aplicar. Por exemplo, o teste de visão estéreo pode ser apresentado em um computador do tipo tablet lenticular, polarizado ou dicroico ou com o uso de um sistema de projeção dicroica.
[0081] Em ainda outra modalidade, o teste de visão estéreo pode ser apresentado em um visor montado na cabeça. Por exemplo, o fone de ouvido de realidade virtual Oculus Rift pode ser usado para apresentar os estímulos aos dois olhos do indivíduo na etapa 104. Nessa modalidade, óculos especializados não precisariam ver o estímulo visual conforme apresentado.
[0082] Deve-se entender que o teste de visão estéreo descrito no presente documento pode ser desenvolvido com o uso de um estímulo estático (conforme descrito acima) ou um estímulo dinâmico. No caso de um estímulo dinâmico, os pontos (referência 202 na Figura 2) seriam apresentados (por exemplo, na tela do dispositivo) para um tempo de vida aleatório (por exemplo, entre 100 e 300 milissegundos) antes de desaparecerem. Cada vez que um ponto 202 desaparece, o mesmo seria substituído por um novo ponto 202 que aparece em outro local (com uma disparidade apropriada para seu local no estímulo). Esse estímulo dinâmico pode incluir mais informações do que o estímulo estático, e pode, consequentemente, ajudar os indivíduos a realizar uma dada tarefa estéreo. Além disso, o estímulo dinâmico pode reduzir a habilidade do indivíduo em escrutinar os estímulos para qualquer dica não estéreo para auxiliar a identificação auxiliar do local-alvo. Isso assegurará, ainda, que os limiares medidos reflitam apenas na sensibilidade do indivíduo para disparidade estereoscópica.
[0083] Em uma modalidade, a tarefa estéreo a ser realizada pelo indivíduo é introduzida com uma dica não estéreo adicional para permitir que indivíduo com estéreo fraco aprendam como a tarefa funciona antes do teste começar. Ensaios adicionais com uma dica não estéreo podem ser aleatoriamente introduzidos durante a testagem, que, por exemplo, motiva crianças com fraca visão estéreo a continuar a tentar realizar a tarefa. Também pode haver um ajuste embutido para indivíduos cujos olhos são desalinhados para levar os estímulos em conta.
[0084] O teste de visão estéreo descrito no presente documento pode consistir em uma sequência de ensaios em que o indivíduo é apresentado a um estímulo que contém um alvo em um dos quatro locais. Em cada ensaio, o indivíduo pode ser incitado a selecionar qual local contém o alvo, definido pela modulação da disparidade dos pontos (referência 202 na Figura 2). Em ensaios em que os indivíduos não estão certos do local do alvo, o indivíduo pode ser instruído a conjecturar. Na versão de computador do tipo desktop do teste (descrito no presente documento acima), o indivíduo pode responder ao pressionar um botão em um teclado. Para a versão de computador do tipo tablet do teste (descrito no presente documento acima), o indivíduo pode ter capacidade de encostar na tela no local-alvo. Deve-se entender que o teste também pode ser estendido para receber respostas verbais (por exemplo, "superior", "inferior", "esquerda" e "direita") do indivíduo.
[0085] Após responder, o indivíduo é apresentado ao próximo estímulo. A disparidade dos estímulos pode ser controlada por um par de rotinas de escada que responderão aos sucessos do indivíduo tornando a tarefa estéreo mais difícil (disparidade menor) e responderão à falhas tornando a tarefa estéreo mais fácil (disparidades maiores). Após cada ensaio, a disparidade do estímulo é gravada, juntamente com a possibilidade de o local-alvo ser identificado com sucesso. Isso é usado posteriormente para calcular a disparidade na qual o indivíduo poderia identificar com confiança o alvo. Uma estimativa aproximada online do limiar estéreo calculada a partir de reversões de escada (disparidades nas quais o indivíduo fez a transição de realizar respostas incorretas para respostas corretas, ou vice-versa) também pode ser obtida.
[0086] Para os primeiros poucos ensaios de cada sessão de teste, os estímulos podem apresentar uma dica adicional ao local do alvo. A amplitude de contraste dos pontos 202 nas regiões-não alvo é reduzida, de modo que mesmo sem qualquer sensibilidade ao estéreo o alvo ainda esteja aparente. Isso pode ser realizado para ajudar a treinar o indivíduo em como realizar a tarefa que será exigida dele no experimento. Conforme abordado no presente documento acima, os ensaios também podem ser aleatoriamente introduzidos com dicas adicionais durante o teste para manter indivíduos com cegueira estéreo motivados. Os dados desses ensaios podem ser descartados antes de qualquer análise de função estéreo ser realizada.
[0087] Cada escada rastreia o número de ensaios que o indivíduo respondeu, assim como o número de reversões (quando a tarefa mudou de se tornar mais fácil para se tornar mais difícil ou vice-versa). Ao alcançar o número máximo de ensaios ou o número máximo de reversões, a escada termina. Quando ambas as escadas terminam, a parte principal da coleta de dados está concluída.
[0088] Também pode ser possível realizar um teste adicional da habilidade do indivíduo em discriminar entre disparidade cruzada e não cruzada em algum fator acima do limiar (por exemplo, três vezes o limiar). Nesse caso, cunhas em disparidade estão presentes em todos os quatro locais-alvo (conforme mostrado na Figura 5), com os pontos de fundo em uma disparidade de zero. Três das cunhas estão em uma direção de disparidade (cruzada ou não cruzada) com uma cunha que não combina restante na outra direção. O indivíduo, então, identifica aquele que não combina. Esse testará até o indivíduo ter alcançado um determinado número de respostas (por exemplo, 12) ou um número menor de respostas corretas (por exemplo, 6). O comportamento do indivíduo pode, então, ser convertido para uma medida de desempenho nessa tarefa de discriminação de disparidade cruzada/não cruzada.
[0089] Os dados coletados durante o experimento (na etapa 106 da Figura 1) podem, então, ser apresentados de qualquer maneira adequada. As Figuras 6A-6C ilustram um método para apresentar e analisar os dados coletados. Em uma modalidade, os dados coletados formam uma tabela com três colunas: disparidades de estímulo (em segundos de arco) em uma primeira coluna, número de ensaios testados em cada disparidade em uma segunda coluna e número de respostas corretas em cada disparidade em uma terceira coluna. Os dados podem, então, ser encaixados em uma função psicométrica adequada (tal como uma função logística) 602, conforme mostrado na Figura 6A, com o uso de qualquer rotina de encaixe adequada conforme abordado no presente documento acima. O encaixe de função psicométrica 602 emite uma estimativa do limiar de disparidade do indivíduo. Reamostragem também pode ser usada para calcular o erro padrão e intervalos de confiança da estimativa de limiar.
[0090] Ademais, esses limiar e erro podem ser usados para avaliar quando a análise comum falhou e uma medida de uma análise secundária mais robusta deve ser usada em seu lugar. Essa análise secundária pode realizar um cálculo nas pontuações de porcentagem correta alcançadas pelo paciente em cada disparidade para dar uma medida de desempenho que forma uma escala composta com a faixa de limiares que pode ser obtida a partir do encaixe de função psicométrica. Com o melhoramento em desempenho, um paciente pode fazer a transição dessa parte da escala para a parte onde seu desempenho pode ser caracterizado por uma função psicométrica.
[0091] Em outras palavras, deve-se entender que, para alguns indivíduos, pode não ser possível restringir com sucesso o encaixe de uma função psicométrica como em 602. Nesse caso, o erro associado à estimativa de limiar será grande. No entanto, mesmo nesse caso, pode ser útil ter capacidade para fornecer alguma medida do desempenho do indivíduo. Conforme abordado acima, uma análise robusta pode ser necessária em tal caso. Em algumas modalidades, uma medida adequadamente robusta pode ser derivada calculando-se a área entre os dados de porcentagem correta do indivíduo (em que um ponto adicional mais à direita se estende do polígono horizontalmente até algum valor x arbitrariamente alto) e a linha que representa o desempenho casual (também denominado no presente documento a linha de “conjectura” de 25%). Essa área pode ser calculada com o uso de integração trapezoidal. A Figura 6B ilustra o método de medição com base em área robusta. Na Figura 6B, o eixo geométrico x pode ser log2 transformado antes de calcular as áreas. Para evitar que pontos discrepantes tenham uma influência indevida no cálculo de área, reamostragem não paramétrica pode ser realizada a partir dos dados de ensaio por ensaio brutos e a mediana de área calculada a partir desses conjuntos de dados de bootstrap reamostrados pode ser usada. A área calculada se mostrou altamente correlacionada com o limiar de função psicométrica adequado. Os limiar e erro do encaixe de função psicométrica podem ser usados para avaliar quando a análise comum (tal como o encaixe de função logística) falhou e uma medida de uma análise mais robusta deve ser usado em seu lugar. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que o método de integração trapezoidal ilustrado pela Figura 6B é meramente um método de extrapolação exemplificativo. Outros métodos podem ser usados para analisar os dados nos quais uma função não pode ser encaixada sem que se afaste do escopo da presente descrição.
[0092] Ademais, essa medida secundária pode ser utilizada para criar uma escala de desempenho composta (ou eixo geométrico de desempenho composto). Essa escala pode ter uma primeira parte que corresponde aos limiares estimados a partir da função psicométrica como em 602 (até um dado máximo) e uma segunda parte onde a escala se estende para incluir valores de uma análise mais robusta. A Figura 6C ilustra essa escala composta, na qual uma primeira porção dá os níveis de desempenho que podem ser medidos através do encaixe de uma função psicométrica. A segunda porção da escala extrapola os valores de limiar, em que o local do indivíduo nessa parte da escala é determinado com o uso do método de área limitada. Com o melhoramento em desempenho, um paciente pode fazer a transição dessa parte da escala para a parte onde seu desempenho pode ser caracterizado por uma função psicométrica.
[0093] Em uma modalidade, o resultado geral da análise dos dados de indivíduo (conforme realizado na etapa 106 da Figura 1 e conforme abordado no presente documento acima) pode, portanto, consistir no seguinte: (1) um gráfico da função psicométrica como em 602, que permite que a pessoa administre o teste para ter uma visualização do desempenho do indivíduo; (2) uma estimativa do limiar para detectar a disparidade estereoscópica, com o erro padrão associado e intervalos de confiança; (3) uma medida derivada da área entre os pontos de dados do indivíduo e a linha de conjectura de 25%, usada como um indicador auxiliar de desempenho estéreo em indivíduos cujos dados podem não ser encaixados; e (4) uma pontuação na tarefa de discriminação de direção de profundidade, sendo que a pontuação está entre 6/6 (isto é, uma pontuação perfeita) e 0/12 (isto é, uma pontuação abaixo da casualidade, que seria 3/12).
[0094] Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que o método ilustrado nas Figuras 6A-6C e descrito acima pode ser usado com qualquer tipo de teste para visão estéreo. A saber, dados podem ser coletados em diferentes níveis de disparidade, o que indica o desempenho do paciente em cada nível. Os dados podem, então, ser encaixados com uma função psicométrica logística 602, conforme mostrado na Figura 6, com o uso de qualquer rotina de encaixe adequada conforme abordado no presente documento acima. Os dados coletados podem vir de um teste de visão estéreo abordado no presente documento ou de qualquer outro tipo de teste de visão estéreo conhecido na técnica. Tal análise pode permitir que dados mais precisos sejam coletados de pacientes com o uso de métodos de teste novos e tradicionais.
[0095] Os sistemas e métodos descritos no presente documento podem ser estendidos ainda para realizar medições de habilidade estéreo em diferentes locais no campo visual. Isso poderia servir como uma ferramenta de diagnóstico para doenças que causam uma perda local em sensibilidade para disparidade. Por exemplo, afecções que afetam a retina de um olho evitariam que um indivíduo tivesse capacidade de usar as informações de disparidade no local afetado. Isso pode permitir que deformações da retina sejam identificadas em um estágio anterior ao que seria possível de outra forma.
[0096] Conforme abordado acima, a presente descrição mede a habilidade de um paciente em detectar a profundidade de disparidade em imagens. A percepção de profundidade a partir de disparidade exige entradas compatível de regiões correspondentes da retina nos dois olhos. Quando uma doença da retina deteriora a qualidade da saída de um olho (ou de outra maneira faz com o mesmo não corresponda mais à saída do outro olho), isso prejudicará a estereoacuidade no local da deterioração. Exemplos de doenças que poderiam degradar a retina dessa maneira incluem degeneração macular, glaucoma e retinopatia diabética. Tratamento adequado dessas doenças é auxiliado tanto por detecção precoce quanto pela habilidade em monitorar a progressão da doença. Na atual prática clínica, a saúde de diferentes regiões do campo visual pode ser avaliada de diversas maneiras. Essas incluem a grade de Amsler, em que uma grade quadrada é apresentada ao paciente e se pede que eles relatem quaisquer anormalidades em sua aparência. A Perimetria de Hiperacuidade Preferencial funciona sobre um princípio similar; o paciente é apresentado a uma fileira de pontos e se pede que ele indique quaisquer desvios de uma linha reta. Ambos desses testes dependem do relato subjetivo do paciente de sua percepção visual. Também existem testes de campo visual nos quais um paciente é apresentado a alvos (luzes piscantes ou outros estímulos de contraste de luminância) em diferentes locais em seu campo visual e pontua em sua habilidade para detectar alvos em cada local. Esses testes não identificarão casos em que a percepção é visível, porém, destorcida ou quando as áreas posteriores do cérebro "perceptivamente preenchem" a região destorcida ou não responsiva. Ademais, cada olho deve ser testado separadamente.
[0097] Métodos de acordo com a presente descrição usam a sensibilidade à disparidade binocular para identificar regiões do campo visual onde a estereoacuidade é significativamente pior que o esperado em visão binocular saudável normal. Isso pode indicar que uma anormalidade retiniana em um ou ambos os olhos afeta a visão nesse local. Uma vez que as comutações posicionais que resultam na percepção de profundidade podem ser muito pequenas, o teste dos inventores deve ser sensível às alterações retinianas relativamente menores que interferem nessas comutações. Os presentes métodos são com base em um algoritmo ideal para testar as áreas de interesse no campo visual em um curto período de tempo. O teste também tem a vantagem de que ambos os olhos são testados simultaneamente, o que reduz, ainda, o tempo necessário para identificar se um paciente exige exames adicionais. O mapa obtido de sensibilidade através do campo visual não depende do relato do paciente de onde ele enxerga uma percepção anômala. Em vez disso, é um teste mais objetivo de sua habilidade enxergar a disparidade estereoscópica em cada local.
[0098] Teste de habilidade estéreo através do campo visual pode ser conduzido em uma disparidade única, após estabelecer que o indivíduo tem capacidade para detectar com confiança essa disparidade no teste original. Em uma modalidade, os alvos podem ser discos apresentados em dez locais ao redor de um ponto de fixação. Em cada ensaio, pode ser mostrado ao indivíduo de um a quatro discos. O indivíduo pode responder com o número de discos que ele enxerga. Um algoritmo de minimização de entropia pode, então, realizar quais discos o indivíduo consistentemente falha em contar de ensaio em ensaio. Isso permite que o programa foque nesses locais (isto é, locais onde há um defeito suspeito) para teste adicional.
[0099] Em algumas modalidades, os sistemas e métodos que medem a habilidade estéreo em diferentes locais podem ser usados para medir a degeneração macular, a retinopatia diabética, ou outras afecções que causam degeneração assimétrica dos olhos.
[00100] Em algumas modalidades, o teste através do campo visual pode ser conduzido em múltiplas disparidades. Por exemplo, o método de teste inteiro que usa discos descritos acima pode ser realizado em múltiplas disparidades. Tal teste pode determinar a disparidade que um paciente tem capacidade de reconhecer em cada local no campo visual. Consequentemente, pode permitir que um mapa da habilidade estéreo dos olhos seja feito. Esse mapa pode permitir que as áreas de fraqueza onde a degeneração é provável de ter ocorrido sejam identificadas. Em algumas modalidades, testes através do campo visual podem ser conduzidos em uma única disparidade. Tais testes podem envolver outras variações, por exemplo, no tamanho dos alvos ou na duração na qual os alvos são exibidos. Esses testes também podem permitir que limiares de capacidade em diferentes regiões sejam estabelecidos. Consequentemente, os presentes sistemas e métodos podem não só permitir que áreas de fraqueza/força sejam identificadas, mas também pode permitir que a fraqueza/força seja medida para diferentes áreas através do campo visual do olho.
[00101] Em algumas modalidades, os testes podem identificar uma área na qual os olhos têm diferentes forças. Isso pode indicar que um olho está danificado/lesionado/degenerado nesse local. O teste pode indicar qual olho está degenerado ou outros procedimentos de imagem ou teste podem ser usados para determinar qual olho está degenerado.
[00102] A Figura 7 é uma modalidade exemplificativa de um dispositivo de computação 700 para implantar o método 100 descrito acima com referência à Figura 1. O dispositivo de computação 700 compreende uma unidade de processamento 702 e uma memória 704 que armazenou nela instruções executáveis por computador 706. A unidade de processamento 702 pode compreender quaisquer dispositivos adequados configurados para fazer com que uma série de etapas sejam realizadas de modo que as instruções 706, quando executadas pelo dispositivo de computação 700 ou outro aparelho programável, possa fazer com que funções/ações/etapas especificadas no método descrito no presente documento sejam executadas. A unidade de processamento 702 pode compreender, por exemplo, qualquer tipo de microprocessador ou microcontrolador de propósito geral, um processador de processamento de sinal digital (DSP), uma CPU, um circuito integrado, uma matriz de porta de campo programável (FPGA), um processador reconfigurável, outros circuitos de lógica programável ou adequadamente programados, ou qualquer combinação dos mesmos.
[00103] A memória 704 pode compreender qualquer mídia de armazenamento legível por máquina conhecida adequada ou outra. A memória 704 pode compreender mídia de armazenamento legível por computador não transitória, por exemplo, porém, sem limitação, um sistema, aparelho ou dispositivo eletrônico, magnético, óptico, eletromagnético, infravermelho ou semicondutor, ou qualquer combinação adequada dos supracitados. A memória 704 pode incluir uma combinação adequada de qualquer tipo de memória de computador que está localizada interna ou externamente no dispositivo, por exemplo memória de acesso aleatório (RAM), memória somente de leitura (ROM), memória eletro-óptica, memória magneto-óptica, memória somente de leitura programável apagável (EPROM), e memória somente de leitura programável eletricamente apagável (EEPROM), RAM Ferroelétrica (FRAM) ou semelhantes. A memória 704 pode compreender qualquer meio de armazenamento (por exemplo, dispositivos) adequado para armazenar de maneira recuperável instruções legíveis por máquina 706 executáveis pela unidade de processamento 702.
[00104] Embora ilustrado nos diagramas de bloco como grupos de componentes discretos que se comunicam entre si através de conexões de sinal de dados distintas, será entendido por aqueles versados na técnica que as presentes modalidades são fornecidas por uma combinação de componentes de hardware e software, em que alguns componentes são implantados por uma dada função ou operação de um sistema de hardware ou software, e muitos dos caminhos de dados ilustrados são implantados por comunicação de dados dentro de um aplicativo de computador ou sistema operacional. A estrutura ilustrada é, assim, fornecida para eficiência de ensinamento da presente modalidade.
[00105] A Figura 14 ilustra uma modalidade alternativa de um estímulo visual, que pode usar qualquer um dos formatos descritos acima. Em particular, esse estímulo visual pode usar pontos de anel ou pontos de formato arbitrário, tais como aqueles ilustrados nas Figuras 11-12.
[00106] Pontos de anel, tais como aqueles descritos nas Figuras 11A-11B podem ser usados em uma variação do teste estéreo. No teste de estímulos variáveis, o indivíduo pode ser apresentado a quatro anéis com o uso de uma apresentação dicóptica ilustrada na Figura 14. A "imagem de olho esquerdo" pode ser apresentada ao olho esquerdo e a "imagem de olho direito" pode ser apresentada ao olho direito. Isso pode ser realizado com o uso de duas telas, com o uso de óculos especializados, conforme descrito acima, ou com o uso de qualquer outro meio conhecido na técnica. As posições dos anéis podem ser comutadas de modo as apresentar em disparidade estereoscópica. Ambas as imagens podem incluir um anel padronizado que cerca os anéis de estímulos, que podem ser definidos em disparidade zero. O anel padronizado pode definir um plano de referência. O paciente que visualiza os anéis pode receber a tarefa para detectar qual anel está em um plano de profundidade diferente dos outros anéis. Na modalidade exemplificativa mostrada na Figura 14, o anel mais à esquerda pode ser o alvo. Pontos arbitrariamente conformados, tais como aqueles ilustrados nas Figuras 12A-12C também podem ser usados com esse teste estéreo.
[00107] Esse teste estéreo pode ser usado para investigar questões que são difíceis de investigar com o uso dos pontos descritos acima. Por exemplo, os pontos de anel podem ser gerados em uma tela menor que o necessário para o teste estéreo de ponto aleatório. Além disso, a correspondência entre os anéis vistos pelos dois olhos pode ser menos ambígua do que é o caso para estímulos de ponto aleatório. O procedimento de medição, tais como rotinas de escada, e a análise, tal como encaixe e reamostragem para conseguir intervalos de confiança, podem ser similares àqueles usados na versão com pontos aleatórios.
[00108] Os métodos e sistemas abordados acima podem apresentar diversas vantagens. Em particular, podem evitar a trapaça em testes de visão estéreo. Conforme abordado acima, os testes de ponto aleatório podem incluir uma pluralidade de pontos que são em grande parte iguais entre os dois olhos, porém, que incluem uma pequena porcentagem de pontos que são comutados. Ademais, os pontos podem ter bordas desfocadas. De maneira similar, os anéis descritos acima têm bordas difusas e luminância que tem média de zero. Consequentemente, tanto no teste de ponto aleatório quanto no teste de anel, pode ser difícil para um paciente reconhecer a resposta-alvo através de meios diferentes da visão estéreo. Portanto, pacientes que não têm visão estéreo responderão incorretamente enquanto os pacientes que têm visão estéreo responderão corretamente. Isso pode evitar que o teste retorne falsos negativos ou falsos positivos e o torna mais preciso. O mesmo também pode tornar os testes mais valiosos para telemedicina ou aplicações de exame, em que um médico ou outro operador não supervisiona o teste. Isso pode ampliar o grupo de pacientes para os quais os testes podem ser usados.
[00109] Ademais, os métodos e sistemas descritos no presente documento podem ser mais adequados para pacientes com baixa acuidade visual do que sistemas e métodos tradicionais. Conforme mostrado nas Figuras 4A-4F, um paciente com baixa acuidade visual sente menos deficiência ao olhar para uma imagem de pontos espacialmente filtrados do que ao olhar para uma imagem de pontos de borda bruta. Devido às bordas dos pontos espacialmente filtrados já serem desfocadas, o paciente não é desfavorecido pela perda de informações de alta frequência. Isso pode permitir que elas sejam usadas com pacientes com baixa acuidade visual sem ter que corrigir ou compensar a baixa acuidade visual. Isso pode ampliar os potenciais pacientes para os quais os sistemas e métodos podem ser usados e/ou permitir que os mesmos sejam usados sem etapas adicionais para corrigir a acuidade visual. A natureza de passa-banda dos pontos abre mais a possibilidade de teste em uma faixa de frequências espaciais de "pico", de modo a avaliar a visão estéreo em diferentes escalas espaciais.
[00110] Ademais, os métodos e sistemas descritos no presente documento podem permitir que elementos dos estímulos visuais sejam movidos em aumentos de subpixel. Isso pode permitir que medições mais precisas de função estéreo sejam feitas. Em particular, pode permitir que o ponto no qual um paciente faz a transição de ter capacidade para ver estereoscopicamente para não ter capacidade de ver estereoscopicamente seja identificado. Os métodos de análise descritos no presente documento podem permitir, ainda, que tais medições precisas sejam feitas em diversas circunstâncias, com o uso de uma variedade de testes.
[00111] Deve-se notar que a presente invenção pode ser realizada como um método, pode ser embutida em um sistema e/ou em uma mídia legível por computador. As modalidades da invenção descritas acima devem ser apenas exemplificativas. O escopo da invenção deve, portanto, ser limitado apenas pelo escopo das reivindicações anexas.

Claims (16)

REIVINDICAÇÕES
1. Método implantado por computador para medição de visão estéreo, caracterizado pelo fato de que compreende, em um dispositivo de computação que inclui uma unidade de processamento e uma memória comunicativamente acoplada à unidade de processamento: fornecer um estímulo visual tridimensional, em que o estímulo visual tridimensional é composto por uma pluralidade de elementos espacialmente filtrados configurados para isolar a função estéreo; apresentar, através de um dispositivo de exibição, o estímulo visual tridimensional a um usuário; receber dados de entrada em resposta à visualização do estímulo visual tridimensional pelo usuário conforme apresentado; e determinar um desempenho estéreo do usuário a partir dos dados de entrada.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que fornecer o estímulo visual tridimensional compreende um ou mais dentre: gerar o estímulo visual tridimensional; e recuperar da dita memória o estímulo visual tridimensional.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os elementos espacialmente filtrados são elementos de ponto espacialmente filtrados.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que os elementos de ponto espacialmente filtrados compreendem um ou mais elementos selecionados dentre o grupo que consiste em: elementos de ponto de log-Gabor isotrópicos, elementos de ponto de Diferença de Gaussianas, elementos de ponto de anel, uma convolução de um filtro espacial e um objeto de imagem, e elementos de pelo menos duas sombras.
5. Método, de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracterizado pelo fato de que fornecer o estímulo visual tridimensional inclui gerar o estímulo visual tridimensional colocando-se os elementos de ponto espacialmente filtrados em uma grade e, então, deslocando- se cada um dos elementos de ponto espacialmente filtrados em uma quantidade aleatória.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que um ou mais dentre os elementos de ponto espacialmente filtrados tem seu centro deslocado de um pixel do dispositivo de exibição de modo a apresentar esse elemento a uma disparidade de subpixel.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o estímulo visual tridimensional é uma imagem anaglífica de cor para visualizar filtros de vidro de cor.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que uma porção da pluralidade de elementos espacialmente filtrados aparece em um primeiro local para um primeiro olho e em um segundo local para um segundo olho e a porção está localizada em uma região única do estímulo visual tridimensional.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que um ou mais dentre a pluralidade de elementos espacialmente filtrados aparecerem deslocados de dois ou mais dentre a pluralidade de elementos espacialmente filtrados.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que fornecer o estímulo visual tridimensional inclui gerar:
dispondo-se uma pluralidade de pontos de espaço reservado em uma grade; movendo-se cada um dentre a pluralidade de pontos de espaço reservado em uma quantidade aleatória; e realizando-se convolução dos pontos de espaço reservado com uma função para produzir a pluralidade de elementos espacialmente filtrados.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que ainda compreende: repetir as etapas de fornecer o estímulo visual tridimensional, sendo que todos os estímulos visuais tridimensionais têm uma primeira disparidade; apresentar o estímulo visual tridimensional ao usuário; receber os dados de entrada; e determinar o desempenho estéreo do usuário.
12. Método, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que todos os estímulos visuais tridimensionais têm pelo menos uma disparidade diferente da primeira disparidade.
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que ainda compreende gravar o desempenho estéreo do usuário em cada disparidade e encaixar uma função psicométrica logística em uma plotagem da disparidade contra o desempenho em cada disparidade.
14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que ainda compreende identificar um limiar no qual um paciente tem capacidade para visão estereoscópica com base na função psicométrica logística e estimar um erro associado através de reamostragem.
15. Mídia legível por computador, caracterizada pelo fato de que tem armazenado nela código de programa executável por pelo menos um processador configurado para realizar o método, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14.
16. Sistema, caracterizado pelo fato de que é para a medição de visão estéreo que inclui: uma unidade de processamento; e uma memória comunicativamente acoplada à unidade de processamento e que compreende instruções de programa legíveis por computador executáveis pela unidade de processamento para realizar o método, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14.
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