BR112021013256A2 - Métodos e dispositivos para triagem de deficiência de deglutição - Google Patents

Métodos e dispositivos para triagem de deficiência de deglutição Download PDF

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Abstract

métodos e dispositivos para triagem de deficiência de deglutição. é apresentado um dispositivo integrado para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição, que pode (i) receber os primeiros dados vibracionais para um primeiro conjunto de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo, (ii) comparar ao menos uma porção dos primeiros dados vibracionais e/ou ao menos uma porção dos segundos dados vibracionais derivados dos primeiros dados vibracionais contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição, (iii) atribuir uma probabilidade de segurança de deglutição e uma probabilidade de eficiência de deglutição a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, (iv) determinar uma classificação de segurança de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de segurança de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e (v) determinar uma classificação de eficiência de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de eficiência de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODOS E DISPOSITIVOS PARA TRIAGEM DE DEFICIÊNCIA DE DEGLUTIÇÃO".
ANTECEDENTES
[0001] A presente invenção refere-se, de modo geral, a métodos e dispositivos que usam dados vibracionais, como dados acústicos e/ou dados de acelerometria, para triagem da deficiência de deglutição. Mais especificamente, um dispositivo integrado usa dados vibracionais para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição.
[0002] A disfagia é caracterizada por controle motor involuntário deficiente do processo de deglutição e pode causar "penetração", que é a entrada de material estranho nas vias aéreas. A invasão das vias aéreas pode ser acompanhada de "aspiração", na qual o material estranho entra nos pulmões e pode levar a sérios riscos à saúde.
[0003] As três fases da atividade de deglutição são oral, faríngea e esofágica. A fase faríngea é tipicamente comprometida em pacientes com disfagia. A fase faríngea deficiente da deglutição na disfagia é uma condição de saúde prevalente (38% da população acima de 65 anos) e pode resultar em aspiração prandial (entrada de alimentos nas vias aéreas) e/ou resíduos faríngeos que, por sua vez, podem representar sérios riscos à saúde, como pneumonia por aspiração, desnutrição, desidratação e até mesmo morte. A aspiração da deglutição pode ser silenciosa (isto é, sem quaisquer sinais aparentes de dificuldade de deglutição, como tosse), especialmente em crianças com disfagia e pacientes com acidente vascular cerebral agudo, tornando difícil a detecção por meio de julgamento clínico perceptivo.
[0004] A triagem da disfagia é um processo usado para identificar aqueles pacientes que estão em risco de aspiração, desnutrição ou desidratação, e que precisam de uma avaliação clínica adicional por um profissional treinado no diagnóstico e no manejo da disfagia. A triagem por si só é inadequada para detectar a presença ou a ausência de disfagia ou aspiração; entretanto, os pacientes com problemas de deglutição precisam ser identificados tão cedo quanto possível para permitir que pacientes com deficiência mais grave sejam manejados sem demora. A triagem para disfagia é essencial na admissão inicial para desenvolver planos de tratamento, determinar se é necessário restringir alimentos e fluidos para o paciente, e se um tubo nasogástrico (NG) será necessário, bem como outras questões relacionadas a alimentação e nutrição, aspiração e deglutição de alimentos.
[0005] Embora uma ampla variedade de testes para triagem e avaliação da deglutição esteja disponível para uso, nenhum tem sensibilidade e especificidade aceitáveis para assegurar a detecção exata da disfagia.
[0006] Várias análises mostraram uma falta de consenso em relação ao melhor instrumento de triagem a ser usado. A maioria dos exames de cabeceira para deglutição se mostrou desprovida de sensibilidade suficiente para ser usada para propósitos de triagem, independentemente das populações de pacientes examinadas. Nenhum protocolo de triagem de cabeceira mostrou fornecer valor preditivo adequado para a presença de aspiração. Vários componentes de exame individuais demonstraram sensibilidade razoável, mas a reprodutibilidade e a consistência desses protocolos não foram estabelecidas. Estudos de validação da triagem de disfagia relatados na literatura têm várias limitações graves. É importante notar, também, que entre um terço e metade dos pacientes que aspiram em seguida a um acidente vascular cerebral são aspiradores silenciosos (isto é, penetração de alimentos abaixo do nível das cordas vocais verdadeiras, sem tosse ou qualquer sinal externo de dificuldade).
[0007] Em 2010, a Joint Commission (que acredita as organizações e programas de cuidados com a saúde nos Estados Unidos) retirou o padrão de desempenho de triagem de disfagia para acidente vascular cerebral agudo porque o Fórum Nacional de Qualidade ("National Quality Forum") não poderia endossar o padrão, afirmando não haver "nenhum padrão quanto ao que constitua uma ferramenta de triagem de disfagia válida, e nenhum teste clínico foi concluído que identifique a triagem de deglutição ideal". A triagem de disfagia foi removida das diretrizes para acidente vascular cerebral do programa "Get with the Guidelines". Entretanto, a remoção das recomendações da Joint Commission não significa que as triagens não devam ser executadas; de fato, a Joint Commission recomenda pesquisas adicionais para melhorar os métodos de triagem da disfagia.
[0008] O estudo da deglutição por videofluoroscopia (EDVF) é considerado há muito tempo como o método clínico de referência (padrão ouro) na avaliação de disfagia. O EDVF visualiza dinamica- mente as fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. O EDVF fornece uma avaliação abrangente da deglutição, determinando não só se o paciente está aspirando, mas também possibilitando uma análise dos mecanismos patofisiológicos que levam à aspiração. Penetração, aspiração e resíduo são mais comumente classificados de acordo com a escala de classificação de Rosenbek, et al. Entretanto, o EDVF exige equipamento e equipe especializados e envolve a exposição à radiação. Alguns pacientes são pouco adequados ao EDVF, como aqueles que estão medicamente frágeis e podem ser incapazes de serem transportados para radiologia (por exemplo, pacientes com acidente vascular cerebral agudo complexo e pacientes em UTI).
[0009] A avaliação endoscópica por fibra óptica da deglutição (FEES - "Fiber-optic endoscopic evaluation of swallowing") é uma outra avaliação instrumental da deglutição, com o uso de um nasolaringoscópio flexível que é passado através das narinas, sobre o véu palatino e para dentro da faringe. Estudos recentes sugerem que a FEES é uma ferramenta segura, confiável e preditiva para avaliação da disfagia em pacientes com acidente vascular cerebral agudo. A principal desvantagem da FEES, em comparação com o EDVF é que não é coberta a totalidade do ato de deglutição e, além disso, a vista endoscópica é prejudicada por um curto período de tempo durante a deglutição. A FEES é, agora, provavelmente a ferramenta de uso mais frequente para a avaliação objetiva da disfagia na Alemanha. Ela permite a avaliação da eficácia e da segurança de deglutição, a determinação de estratégias de alimentação adequadas e a avaliação da eficácia de diferentes manobras de deglutição. As diretrizes de práticas de manejo para cuidado e reabilitação de pacientes adultos de AVC endossadas pela AHA/ASA (AHA/ASA-Endorsed Practice Guidelines Management of Adult Stroke Rehabilitation Care) recomendam considerar o exame endoscópico por fibra óptica da deglutição (FEES) como uma alternativa ao EDVF.
[0010] Uma avaliação clínica (ou de cabeceira) da deglutição (ACD) é uma avaliação comportamental da função de deglutição, geralmente executada por um fonoaudiólogo. Essa avaliação é um método prático de avaliação, mas tem limitações e depende de avaliação subjetiva por médicos experientes. 40% das variáveis tipicamente usadas em uma ACD não são suportadas pelos dados, e apenas 44% das medidas tipicamente usadas pelos médicos exibiram confiabilidade adequada intra e interexaminadores.
[0011] Os testes de triagem de cabeceira para disfagia são seguros, relativamente simples e facilmente repetidos, mas têm variação na sensibilidade (42% a 92%), na especificidade (59% a 91%) e na confiabilidade interexaminadores (ĸ 0 a 1,0). Eles são, também, insatisfatórios na detecção de aspiração silenciosa. A exatidão do teste de deglutição de água (WST - "Water Swallow Test"), que é atualmente a ferramenta usada com maior frequência na triagem de pacientes em risco de disfagia em ambientes clínicos, foi repetidamente questionada durante os últimos anos. Duas meta-análises conduzidas por Ramsey, et al. e Bours, et al. sugeriram que, quando comparada a EDVF ou FEES, a sensibilidade do WST para detecção de aspiração está marcadamente abaixo de 80% em quase todos os estudos analisados. Essa observação também se aplica à especificidade e também a valores preditivos negativos e positivos.
[0012] A maioria das abordagens de triagem de deglutição envolve observações de qualidade de voz, função voluntária da tosse, clareza da voz, função da língua e deglutições de água ou de outros estímulos. Espera-se que os médicos que administram o teste identifiquem anormalidades nesses parâmetros, inclusive tosse pós-deglutição ou voz molhada. A comparação cega dos resultados entre um protocolo padronizado de triagem de deglutição no qual foi solicitado aos médicos que julgassem esses parâmetros e o EDVF simultâneo revelou que nenhum dos parâmetros de triagem era adequado para tomada de decisão, para detecção de disfagia faríngea ou para detecção de penetração e aspiração laríngea.
[0013] O Teste de triagem da deglutição de cabeceira de Toronto (TOR-BSST - "Toronto Bedside Swallowing Screening Test") relata uma sensibilidade de 91% (IC de 95%, 71,9 a 98,7) e uma especificidade de 67% (IC de 95%, 49,0 a 81,4). As limitações desse teste incluem viabilidade questionável, definições operacionais limitadas, uma pequena amostra de validação com apenas 20% dos indivíduos (n=68) no teste contribuindo para a validação, e tempo estendido entre a triagem e o teste de referência. Esta última limitação é especialmente importante na população de acidente vascular cerebral devido à rápida evolução da disfagia, especialmente no período agudo. A triagem de deglutição Gugging (GUSS - "Gugging Swallow Screen") foi validada em um pequeno estudo em pacientes com acidente vascular cerebral agudo (aplicados por fonoaudiólogos em 19 pacientes e por enfermeiros em 30 pacientes) e mostrou excelente sensibilidade de 100% e especificidade de 50% na validação com fonoaudiólogos e sensibilidade de 100% e especificidade de 69% na validação com enfermeiros. As limitações incluem uma falta de informações de confiabilidade para enfermeiros, viabilidade desconhecida dada a complexidade (o teste consiste em duas partes incluindo 3 subtestes executados sequencialmente, começando com alimentos semissólidos, então líquidos e finalmente texturas sólidas), e um pequeno tamanho de amostra no estudo de validação.
[0014] Notavelmente, a maioria dos métodos de triagem foram desenvolvidos para, e testados em, pacientes de acidente vascular cerebral. A usabilidade clínica e a exatidão desses métodos em outras populações em risco de disfagia podem ser questionadas. Por exemplo, os resultados de uma pesquisa autoadministrada de 836 fonoaudiólogos certificados de todos os cinquenta estados nos EUA mostraram que embora os respondentes relatassem estar regularmente envolvidos na avaliação da deglutição e no fornecimento de cuidados àqueles que receberam ventilação mecânica, a maioria das avaliações de diagnóstico por fonoaudiólogos (60%; 95% de IC = 59 a 62%) foram realizados com o uso de técnicas clínicas com exatidão incerta.
[0015] Considerando as limitações do exame clínico de deglutição, a ACD não pode ser usada como um método de referência para a validação de novas ferramentas de triagem, deixando EDVF e FEES como os únicos padrões de referência de escolha válidos.
[0016] O desenvolvimento de uma ferramenta para triagem de deglutição exata e completamente automatizada permanece um desafio difícil.
SUMÁRIO
[0017] Em uma modalidade genérica, a presente invenção fornece um dispositivo integrado para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição. O dispositivo compreende um processador configurado para: (i) receber os primeiros dados vibracionais (por exemplo, dados acústicos e/ou dados de acelerometria) para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo (por exemplo, um único teste, como um teste de água com quatro goles ou um teste de mel com três goles), (ii) comparar os dados de deglutição selecionados do grupo que consiste em ao menos uma porção dos primeiros dados vibracionais, ao menos uma porção dos segundos dados vibracionais derivados dos primeiros dados vibracionais, e uma combinação dos mesmos contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição, (iii) atribuir uma probabilidade de segurança de deglutição e uma probabilidade de eficiência de deglutição a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição são atribuídas a correspondente probabilidade de segurança de deglutição e a correspondente probabilidade de eficiência de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, a fim de fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, (iv) determinar uma classificação de segurança de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de segurança de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada e, de preferência, a classificação de segurança de deglutição é a classificação de segurança de deglutição única para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e (v) determinar uma classificação de eficiência de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de eficiência de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada e, de preferência, a classificação de eficiência de deglutição é a classificação de eficiência de deglutição única para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
[0018] O dispositivo compreende adicionalmente uma interface de usuário configurada para fornecer uma ou mais primeiras saídas, compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
[0019] Uma vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente invenção é um método objetivo e não invasivo para detectar a deglutição deficiente em um paciente em risco de disfagia orofaríngea de origem não congênita, não cirúrgica e não oncológica.
[0020] Uma outra vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente invenção é um teste de triagem tendo alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo.
[0021] Ainda outra vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente invenção é um método de triagem para o qual as características operacionais são estabelecidas contra um padrão de referência clínica como um método de avaliação de disfagia validado, exato e confiável.
[0022] Mais uma outra vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente invenção é um dispositivo de triagem de deglutição tendo a maior sensibilidade possível com um nível de especificidade aceitável.
[0023] Uma outra vantagem de uma ou mais modalidades fornecidas pela presente invenção é um teste de triagem para detectar aspiração silenciosa.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0024] A Figura 1 é um diagrama que mostra os eixos de aceleração nas direções anterior-posterior e superior-inferior.
[0025] A Figura 2 é um diagrama esquemático de uma modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição durante o funcionamento.
[0026] A Figura 3A é um exemplo de uma tela de interface para selecionar entre água e bebida espessada em uma primeira modalidade de um dispositivo para triagem da deficiência de deglutição.
[0027] A Figura 3B é um exemplo de uma tela de interface para inserir informações do paciente e exibir instruções na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0028] A Figura 3C é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um primeiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0029] A Figura 3D é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do primeiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0030] A Figura 3E é um exemplo de uma tela de interface mostrando uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição do primeiro bolus, e para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um segundo bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0031] A Figura 3F é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do segundo bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0032] A Figura 3G é um exemplo de uma tela de interface mostrando uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição do segundo bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0033] A Figura 3H é um exemplo de uma tela de interface mostrando uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição do primeiro e do segundo bolus, e para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um terceiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0034] A Figura 3I é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do terceiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0035] A Figura 3J é um exemplo de uma tela de interface mostrando as classificações de segurança de deglutição e as classificações de eficiência de deglutição do primeiro, segundo e terceiro bolus, e para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um quarto bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0036] A Figura 3K é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do quarto bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0037] A Figura 3L é um exemplo de uma tela de interface mostrando as classificações de segurança de deglutição e as classificações de eficiência de deglutição do primeiro, segundo, terceiro e quarto bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0038] A Figura 3M é um exemplo de uma tela de resumo na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0039] A Figura 3N é um exemplo de uma tela de interface para selecionar um tipo específico de bebida espessada, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0040] A Figura 3O é um exemplo de uma tela de interface para inserir informações do paciente e exibir instruções na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0041] A Figura 3P é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um primeiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0042] A Figura 3Q é um exemplo de uma tela de interface para inserir informações do paciente e exibir instruções na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0043] A Figura 3R é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um primeiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0044] A Figura 4A é um exemplo de uma tela de interface para selecionar entre água e bebida espessada em uma segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0045] A Figura 4B é um exemplo de uma tela de interface para inserir informações do paciente e exibir instruções na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0046] A Figura 4C é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um primeiro bolus, na primeira modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0047] A Figura 4D é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do primeiro bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0048] A Figura 4E é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um segundo bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0049] A Figura 4F é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do segundo bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0050] A Figura 4G é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um terceiro bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0051] A Figura 4H é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do terceiro bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0052] A Figura 4I é um exemplo de uma tela de interface mostrando um erro de análise para o terceiro bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0053] A Figura 4J é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a administração de um quarto bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0054] A Figura 4K é um exemplo de uma tela de interface para aceitar informações inseridas pelo usuário, isto é, informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição do quarto bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0055] A Figura 4L é um exemplo de uma tela de interface mostrando a conclusão da deglutição do primeiro, segundo, terceiro e quarto bolus, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0056] A Figura 4M é um exemplo de uma tela de interface mostrando uma única classificação de segurança de deglutição e uma única classificação de eficiência de deglutição, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0057] A Figura 4N é um exemplo de uma tela de resumo na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0058] A Figura 4O é um exemplo de uma tela de interface para selecionar um tipo específico de bebida espessada, na segunda modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0059] A Figura 5 é um diagrama esquemático de uma modalidade de um método de triagem de deficiência de deglutição.
[0060] As Figuras 6A e 6B são diagramas esquemáticos de uma metodologia para identificar os primeiros quatro pares combinados (isto é, os primeiros quatro eventos de deglutição mensuráveis tanto por EDVF como por acelerometria) em uma modalidade de um método de triagem de deficiência de deglutição.
[0061] A Figura 7 é uma fotografia de uma modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0062] A Figura 8 é um diagrama esquemático de arquitetura básica para processamento e transmissão do sinal de medição, em uma modalidade de um dispositivo para triagem de deficiência de deglutição.
[0063] A Figura 9 é um fluxograma representando o progresso do participante através do teste clínico aqui revelado.
DESCRIÇÃO DETALHADA Definições
[0064] Algumas definições são fornecidas mais adiante neste documento. No entanto, as definições podem estar situadas na seção
"Modalidades", abaixo, e o cabeçalho "Definições", acima, não significa que tais revelações na seção "Modalidades" não sejam definições.
[0065] Como usadas nesta descrição e nas reivindicações em anexo, as formas singulares "um", "uma", "o" e "a" incluem referências no plural a não ser que o contexto determine claramente o contrário. Um exemplo de contexto que determina o contrário é o termo "único" que aqui significa "apenas um", por exemplo uma "única classificação de segurança de deglutição" e uma "única classificação de eficiência de deglutição" para um conjunto de dados significam, respectivamente, "apenas uma classificação de segurança de deglutição" e "apenas uma classificação de eficiência de deglutição" para aquele conjunto de dados, e excluem a presença de classificações de segurança de deglutição adicionais e classificações de eficiência de deglutição adicionais para aquele conjunto de dados.
[0066] Como usado aqui, "cerca de" é entendido como se referindo aos números em um intervalo de numerais, por exemplo, a faixa de - 10% a +10% do número de referência, de preferência, de -5% a +5% do número de referência, com mais preferência, de -1% a +1% do número de referência, com a máxima preferência, de -0,1% a +0,1% do número de referência. Além disso, todas as faixas numéricas do presente documento devem ser entendidas com incluindo todos os números inteiros, fracionários ou não fracionários, dentro da faixa.
[0067] As palavras "compreender", "compreende" e "compreendendo" serão interpretadas inclusivamente em vez de exclusivamente. De modo semelhante, os termos "incluem", "que inclui(em)" e "ou" devem todos ser interpretados como inclusivos, a menos que tal interpretação esteja claramente excluída pelo contexto. Uma descrição de um dispositivo "compreendendo" vários componentes não exige que os componentes estejam fisicamente fixados um ao outro em todas as modalidades.
[0068] No entanto, os dispositivos aqui revelados podem não conter nenhum elemento que não foi especificamente revelado. Dessa forma, uma descrição de uma modalidade que usa o termo "compreendendo" é também uma descrição de modalidades "consistindo essencialmente" e "consistindo" nos componentes identificados. De modo similar, os métodos apresentados na presente invenção podem ser desprovidos de qualquer etapa que não seja especificamente aqui revelada. Dessa forma, uma descrição de uma modalidade que usa o termo "compreendendo" é também uma descrição de modalidades "consistindo essencialmente" e "consistindo" nas etapas identificadas.
[0069] O termo "e/ou" utilizado no contexto de "X e/ou Y" deve ser interpretado como "X," ou "Y" ou "X e Y." Quando aqui utilizados, os termos "exemplo" e "como", particularmente quando seguidos de uma lista de termos, são meramente exemplificadores e ilustrativos, e não devem ser considerados exclusivos ou abrangentes. Qualquer modalidade aqui revelada pode ser combinada com qualquer outra modalidade aqui revelada, salvo explicitamente indicado em contrário.
[0070] Adjetivos numéricos como "primeiro" e "segundo" são usados meramente para distinguir os componentes. Esses adjetivos numéricos não implicam na presença de outros componentes, de um posicionamento relativo ou de qualquer implementação cronológica. Nesse sentido, a presença de "segundos dados de acelerometria" não implica que os "primeiros dados de acelerometria" estejam necessariamente presentes. Ainda nesse sentido, "segundos dados de acelerometria" podem ser obtidos e/ou usados antes de, depois de ou simultaneamente a quaisquer "primeiros dados de acelerometria".
[0071] Os termos "depois", "então" e "subsequente" meramente significam que o evento ocorre em um momento posterior ao evento mencionado. Esses termos não implicam que o evento ocorra imediatamente em seguida ao evento mencionado, e qualquer quantidade de tempo pode decorrer para que um evento ainda seja "após" o evento mencionado. Além disso, esses termos não implicam na ausência de um evento interveniente, embora essa situação (por exemplo, "diretamente após" ou "imediatamente após") seja abrangida pelos termos "depois", "então" e "subsequente".
[0072] Como usado aqui, um "bolus" é um único gole ou bocado de um alimento ou bebida. Como usado aqui, "aspiração" é a entrada de alimento ou bebida na traqueia e nos pulmões, e pode ocorrer durante a deglutição e/ou após a deglutição (aspiração pós-deglutição). A aspiração pós-deglutição geralmente ocorre como um resultado de resíduo faríngeo que permanece na faringe após a deglutição.
[0073] Como usado aqui, "segurança de deglutição" significa a quantidade de uma dose de bebida, em um evento de deglutição, que chega ao estômago, em relação à quantidade da dose de bebida que chega aos pulmões, se houver. "Eficiência de deglutição" significa quanto resíduo de bebida é deixado para trás na garganta e/ou pelos pulmões, se houver, após um evento de deglutição, em relação à dose total da bebida. A "ineficiência de deglutição" é definida como a presença de resíduo visível na faringe ao final de qualquer deglutição, preenchendo ao menos 50% das valéculas e/ou dos seios piriformes.
[0074] Como usado aqui, "em tempo real" significa que o resultado é fornecido dentro de dez segundos do evento de deglutição, de preferência dentro de cinco segundos, com mais preferência dentro de dois segundos e, com a máxima preferência, dentro de um segundo. Modalidades
[0075] Um aspecto da presente invenção é um dispositivo integrado para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição. Um outro aspecto da presente invenção é um método de triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição.
[0076] Em algumas modalidades, o método e o dispositivo podem ser empregados em um ou mais dentre o aparelho e/ou o método para detectar aspiração revelados na patente US N° 7.749.177, de Chau et al., o método e/ou o sistema de segmentação e análise de duração de tempo de sinais de acelerometria de deglutição em eixo duplo revelados na patente US N° 8.267.875, de Chau et al., o sistema e/ou o método para detectar a atividade de deglutição revelados na patente US N°
9.138.171, de Chau et al., ou o método e/ou o dispositivo para detecção de deficiência de deglutição revelado na patente US n° 9.687.191, de Chau et al., cada uma das quais está aqui incorporada a título de referência em sua totalidade.
[0077] Conforme discutido com mais detalhes mais adiante neste documento, o dispositivo pode incluir um sensor configurado para produzir sinais que indicam atividades de deglutição (por exemplo, um acelerômetro de eixo duplo ou um sensor acústico). O sensor pode ser posicionado externamente no pescoço de um ser humano, de preferência anterior à cartilagem cricoide do pescoço. Uma variedade de meios pode ser aplicada para posicionar o sensor e manter o sensor em tal posição, por exemplo, fita dupla-face. De preferência, o posicionamento do sensor é tal que os eixos geométricos de aceleração são alinhados às direções anterior-posterior e superior-inferior, conforme mostrado na Figura 1.
[0078] A Figura 2 ilustra, de modo geral, um exemplo não limitador de um dispositivo 100 para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição. O dispositivo 100 pode compreender um sensor 102 (por exemplo, um acelerômetro de eixo duplo ou um sensor acústico) para ser fixado em uma área da garganta de um candidato, a fim de capturar dados vibracionais durante a deglutição, por exemplo dados e/ou sinais de acelerometria em eixo duplo. Os dados de acelerometria podem incluir, mas não se limitam a, sinais de vibração da garganta capturados ao longo do eixo anterior-posterior (A-P) e/ou do eixo superior-inferior (S-I). O sensor 102 pode ser qualquer acelerômetro conhecido pelo versado na técnica, por exemplo um acelerômetro de eixo único (o qual pode ser girado no paciente para obter dados vibracionais de eixo duplo), como um acelerômetro de eixo único EMT 25-C, ou um acelerômetro de eixo duplo, como um acelerômetro de eixo duplo ADXL322 ou ADXL327. A presente invenção não se limita a uma modalidade específica do sensor 102. Adicionalmente nesse sentido, o versado na técnica entenderá que as revelações no presente documento referentes aos dados de acelerometria são aplicáveis também a outros dados vibracionais, como dados acústicos, e podem ser executadas com o uso de outros dados vibracionais, como dados acústicos.
[0079] O sensor 102 pode estar operacionalmente acoplado a um ou mais processadores 106 (doravante "o processador 106", embora qualquer número de processadores esteja contemplado). O processador 106 está configurado para processar os dados capturados, a fim de determinar a eficiência de deglutição e a segurança de deglutição. O processador 106 pode ser um dispositivo distintamente implementado operacionalmente acoplado ao sensor 102 para comunicação de dados ao mesmo, por exemplo através de uma ou mais mídias de comunicação de dados, como fios, cabos, fibras ópticas e similares, e/ou através de um ou mais protocolos de transferência de dados sem fio. Em algumas modalidades, o processador 106 pode ser implementado integralmente com o sensor 102.
[0080] De modo geral, o processamento dos dados vibracionais (por exemplo, sinais de acelerometria de eixo duplo) compreendem ao menos um dentre (i) um processo no qual ao menos uma porção do sinal A-P e ao menos uma porção do sinal S-I são analisados individualmente calculando-se as meta-características de cada sinal separadamente do outro canal, ou (ii) um processo que combina ao menos uma porção dos dados vibracionais eixo-específicos para o eixo A-P com ao menos uma porção dos dados vibracionais eixo-específicos para o eixo S-I e, então, extrai meta-características dos dados combinados.
[0081] O processador 106 do dispositivo 100 está, de preferência, configurado para receber primeiros dados vibracionais (por exemplo, dados de acelerometria ou dados acústicos) para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo. O sensor 102 do dispositivo 100 pode ser um acelerômetro comunicativamente conectado ao processador 102, a fim de fornecer os primeiros dados vibracionais para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
[0082] Em uma modalidade, o processador 106 usa um ou mais limites de temporização. Por exemplo, um primeiro limite de temporização pode ser aplicado quando o dispositivo 100 está pronto para recepção dos primeiros dados vibracionais. Nesse sentido, o dispositivo 100 pode indicar prontidão para recepção dos primeiros dados vibracionais de um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição e, então, o processador 106 pode usar o primeiro limite de temporização para recepção de informações inseridas pelo usuário indicando que o bolus correspondente é administrado (por exemplo, seleção de um botão "iniciar"). Como exemplos não limitadores, o dispositivo 100 pode indicar prontidão para recepção dos primeiros dados vibracionais e, então, fornecer quinze minutos, de preferência dez minutos, com mais preferência cinco minutos, para que o usuário insira informações no dispositivo 100 indicando que o bolus correspondente foi administrado. Em uma modalidade específica, o dispositivo 100 pode fornecer uma mensagem de erro e/ou interromper a triagem, se o primeiro limite de temporização for excedido antes da recepção das informações inseridas pelo usuário pelo usuário indicando que o bolus correspondente foi administrado.
[0083] Adicional ou alternativamente, um segundo limite de temporização pode ser aplicado após as informações inseridas pelo usuário indicando que o bolus correspondente foi administrado. Nesse sentido, o dispositivo 100 pode aceitar as informações inseridas pelo usuário indicando que o bolus correspondente foi administrado (por exemplo, seleção de um botão "iniciar") e, então, o processador 106 pode usar o segundo limite de temporização para receber informações inseridas pelo usuário indicando que o evento de deglutição correspondente está concluído. Como exemplos não limitadores, o dispositivo 100 pode receber as informações inseridas pelo usuário indicando que o bolus correspondente foi administrado e, então, fornecer cinco minutos, de preferência um minuto, com mais preferência trinta segundos (ou mesmo menos) para o usuário inserir informações no dispositivo 100 indicando que o evento de deglutição correspondente está concluído. Em uma modalidade específica, o dispositivo 100 pode fornecer uma mensagem de erro e/ou interromper a triagem se o segundo limite de tempo for excedido antes das informações inseridas pelo usuário indicarem que o evento de deglutição correspondente está concluído.
[0084] O dispositivo 100 pode compreender adicionalmente um gabinete. O processador 106 pode estar posicionado dentro do gabinete e/ou estar mecanicamente conectado ao gabinete. O dispositivo 100 compreende adicionalmente, de preferência, uma interface de usuário 104 que pode estar posicionada dentro do gabinete e/ou mecanicamente conectada ao gabinete, e a interface de usuário 104 pode compreender um elemento de entrada 105 (por exemplo, um teclado ou touchpad). O elemento de entrada 105 pode estar configurado para aceitar informações inseridas pelo usuário identificando parâmetros de triagem, como um tipo de sensor que fornece os dados de acelerometria e/ou um tipo de bebida administrada ao paciente durante a triagem. O dispositivo 100 compreende adicionalmente, de preferência, um elemento de memória 107 que pode ser posicionado dentro da carcaça e/ou mecanicamente conectado à carcaça. Análise em Nível de Bolus
[0085] Em uma primeira modalidade da triagem de deglutição que pode ser executada pelo dispositivo 100, o processador 106 pode classificar cada evento de deglutição da primeira pluralidade de eventos de deglutição que são executados sucessivamente. A classificação de cada evento de deglutição é a análise em "nível de bolus" na presente invenção.
[0086] Nessa modalidade, cada evento de deglutição pode ser classificado com base nas meta-características extraídas do evento de deglutição correspondente. Ao aplicar esta abordagem, os eventos de deglutição podem ser eficazmente classificados como um evento de deglutição normal ou um evento de deglutição potencialmente deficiente (por exemplo, inseguros e/ou ineficientes). De preferência, a classificação é automática, de modo que nenhuma informação inserida pelo usuário seja necessária para que os sinais de acelerometria de eixo duplo sejam processados e usados para classificação do evento de deglutição pelo dispositivo 100. Cada um dos eventos de deglutição pode ser classificado independentemente dos outros eventos de deglutição a fim de fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição podendo, portanto, ser feitos em qualquer ordem e podendo, portanto, ser usados para monitoramento. De preferência, a classificação pelo processador 106 da pluralidade de eventos de deglutição ocorre em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0087] Na primeira modalidade, o processador 106 pode comparar dados de deglutição (por exemplo, pelo menos uma porção dos primeiros dados de acelerometria e/ou pelo menos uma porção dos segundos dados de acelerometria derivados dos primeiros dados de acelerometria) contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição. O processador 106 pode classificar cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição com uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição baseada ao menos parcialmente na comparação dos dados de deglutição contra os critérios de classificação predefinidos. A classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada, e a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada. O processador 106 pode emitir as classificações, de preferência na interface de usuário 104 do dispositivo 100.
[0088] Na primeira modalidade, cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode ser classificado independentemente dos outros eventos de deglutição para fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição. De preferência, a classificação pelo processador 106 de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição ocorre em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0089] Na primeira modalidade, a interface de usuário 104 do dispositivo 100 está, de preferência, configurada para fornecer uma ou mais primeiras saídas, compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição. De preferência, cada uma dentre as uma ou mais primeiras saídas pela interface de usuário 104 ocorre em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0090] Na primeira modalidade, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104 para identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para o primeiro evento de deglutição simultaneamente, uma em relação à outra. Em uma modalidade, o processador 106 está configurado para usar a interface de usuário 104 para fornecer uma ou mais segundas saídas de usuário que compreendem ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida.
[0091] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104 para instruir a administração de uma primeira dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da primeira dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um primeiro evento de deglutição que corresponde à primeira dose de bebida. Então, a interface de usuário 104 pode instruir a administração de uma segunda dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da segunda dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um segundo evento de deglutição que corresponde à segunda dose de bebida.
[0092] Na primeira modalidade, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104, após identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para o segundo evento de deglutição, a fim de instruir a administração de uma terceira dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da terceira dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um terceiro evento de deglutição que corresponde à terceira dose de bebida. O processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104, após identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para o terceiro evento de deglutição, a fim de instruir a administração de uma quarta dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da quarta dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um quarto evento de deglutição que corresponde à quarta dose de bebida. Em algumas modalidades, essa análise em nível de bolus pode ser executada para até seis bolus ou mesmo mais.
[0093] Na primeira modalidade, a pelo menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada pode compreender uma primeira classificação de segurança de deglutição, indicativa de um evento seguro, e uma segunda classificação de segurança de deglutição, indicativa de um evento inseguro. A pelo menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada pode compreender uma primeira classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento eficiente, e uma segunda classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento ineficiente. As uma ou mais primeiras saídas podem compreender pelo menos um ícone exibido na interface de usuário 104 para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição. Pelo menos uma porção do pelo menos um ícone pode ser de uma primeira cor para a primeira classificação da segurança de deglutição (por exemplo, verde) ou de uma segunda cor diferente da primeira cor para a segunda classificação da segurança de deglutição (por exemplo, vermelho). Pelo menos uma porção do pelo menos um ícone pode ser de uma terceira cor para a primeira classificação da eficiência de deglutição (por exemplo, verde) ou de uma quarta cor diferente da terceira cor para a segunda classificação da eficiência de deglutição (por exemplo, vermelho).
[0094] Na primeira modalidade, o elemento de memória 107 pode armazenar e/ou fazer upload da classificação de segurança de deglutição e da classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo. O dispositivo 100 pode ser usado para monitorar o primeiro indivíduo mediante triagem periódica do primeiro indivíduo e gravação dos resultados das triagens periódicas no elemento de memória 107.
[0095] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para exibir uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, por exemplo ao menos um dia depois, ao menos uma semana depois, ao menos um mês depois, ou ao menos um ano depois. O processador 106 pode estar configurado para comparar as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição. Em algumas modalidades, tais comparações periódicas podem ser usadas para monitorar o relativo progresso ou declínio de um paciente.
[0096] Na primeira modalidade, o dispositivo 100 pode fazer a triagem do indivíduo quanto à segurança de deglutição e à eficiência de deglutição para cada uma dentre uma pluralidade de bebidas, como uma ou mais dentre água (50 mPa.s ou menos, por exemplo 1 mPa.s), néctar (51 a 350 MPa.s), mel (351 a 1.750 mPa.s) ou pudim (>1.750 mPa.s) e, com a máxima preferência, fazer a triagem de cada tipo de bebida separadamente (isto é, inicialmente fazer a triagem de um ou mais bolus de uma primeira bebida e, então, fazer a triagem de um ou mais bolus de uma segunda bebida). A pluralidade de bebidas pode ser submetida a triagem em qualquer ordem. O dispositivo 100 pode fazer a triagem do primeiro indivíduo para um ou mais tipos de bebidas em um primeiro momento e, então, fazer novamente a triagem do indivíduo para os um ou mais tipos de bebidas periodicamente depois disso, por exemplo com ao menos um dia, ao menos uma semana, ao menos um mês, ou ao menos um ano entre triagens.
[0097] Por exemplo, a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode ser executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade. O processador 106 pode estar configurado para fazer a triagem de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, e a segunda pluralidade de eventos de deglutição pode ser executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade. O processador 106 pode estar configurado para armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo. O processador 106 pode estar configurado para armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
[0098] O dispositivo 100 pode ser usado para triar e/ou monitorar uma pluralidade de indivíduos, por exemplo, o primeiro indivíduo, um segundo indivíduo e, opcionalmente, indivíduos adicionais. De preferência, os indivíduos são submetidos a triagem autonomamente (isto é, os resultados de triagem são separados para cada indivíduo em relação aos resultados de triagem dos outros indivíduos). Cada um dentre a pluralidade de indivíduos pode ter seu próprio perfil e, de preferência, pode ser submetido a triagem no mesmo dia que os outros indivíduos, se for desejado. O dispositivo 100 pode ser ligado a uma nuvem e, dessa forma, usar os dados provenientes da pluralidade de indivíduos para construir meta-análises e melhorar o algoritmo.
[0099] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para exibir uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo diferente do primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição. O dispositivo 100 pode armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo. O processador 106 pode estar configurado para comparar as classificações de segurança e eficiência de deglutição para o primeiro indivíduo com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para o segundo indivíduo, de preferência enquanto são registradas similaridades ou diferenças nas características dos indivíduos, como um ou mais dentre idade, gênero, altura, peso e condição médica.
[0100] As Figuras 3A a 3N ilustram, de modo geral, exemplos não limitadores de telas exibidas na primeira modalidade. As telas são exibidas pelo dispositivo 100, por exemplo, na interface de usuário 104, e cada bolus é classificado como um evento separado em relação aos outros bolus. A Figura 3A ilustra, de modo geral, que o dispositivo 100 pode exibir uma pluralidade de tipos de bebida e pode permitir que um usuário identifique o tipo de bebida que será usada no exame subsequente. Esse é um sistema de medição pontual, isto é, cada deglutição não tem qualquer impacto sobre as outras deglutições. O dispositivo 100 pode iniciar com o líquido mais espesso e, então, com o líquido ralo e água, ou ao contrário. Além disso, um monitoramento contínuo é possível (por exemplo, alguém pode precisar receber néctar pela manhã, néctar no almoço e pudim antes do anoitecer). A Figura 3B ilustra, de modo geral, que o dispositivo 100 pode responder à seleção de água como o tipo de bebida com a exibição de uma tela de interface que permite a entrada de informações do paciente, como um número de identificação de paciente e/ou um nome de paciente, e fornece instruções para a triagem subsequente.
[0101] Após o usuário inserir informações instruindo o dispositivo 100 a iniciar a triagem, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface para administrar o primeiro bolus, conforme mostrado na Figura 3C. O usuário pode fornecer informações indicando que o paciente está tomando goles do primeiro bolus (por exemplo, "Iniciar") e, então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite ao usuário identificar quando o paciente concluiu a deglutição do primeiro bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 3D. Em uma modalidade, o usuário tem um limite de tempo, como dez minutos ou cinco minutos, para selecionar "Iniciar", caso contrário o processo atinge um "tempo esgotado", por exemplo entra em pausa ou em parada. Em uma modalidade, um limite de tempo, como trinta segundos, é dado ao usuário para identificar que o paciente completou a deglutição e, se o limite de tempo for excedido, a análise é automaticamente iniciada.
[0102] Conforme mostrado na Figura 3E, as classificações do primeiro bolus podem ser exibidas. Nesse exemplo não limitador, a análise dos dados de acelerometria para o primeiro bolus indicou que o paciente não teve um problema de segurança de deglutição ou um problema de eficiência de deglutição para o primeiro bolus, e o dispositivo 100 exibe essas classificações adequadamente. O usuário pode inserir informações indicando que o paciente toma goles do segundo bolus (por exemplo, "Iniciar"). Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do segundo bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 3F. Nesse exemplo não limitador, a análise dos dados de acelerometria para o segundo bolus indicou que o paciente teve um problema de segurança de deglutição, mas não um problema de eficiência de deglutição para o segundo bolus, e o dispositivo 100 exibe essas classificações adequadamente, conforme mostrado na Figura 3G.
[0103] Conforme mostrado na Figura 3H, as classificações do primeiro bolus e do segundo bolus podem ser exibidas separadamente, e o usuário pode inserir informações indicando que o paciente toma goles do terceiro bolus (por exemplo, "Iniciar"). O usuário pode interromper ou cancelar o teste a qualquer momento, por exemplo mediante informações inseridas pelo usuário nas telas mostradas nas Figuras 3G e 3H.
[0104] Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do terceiro bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 3I. Conforme mostrado na Figura 3J, as classificações do primeiro bolus, do segundo bolus e do terceiro bolus podem ser exibidas separadamente, e o usuário pode inserir informações indicando que o paciente toma goles do quarto bolus (por exemplo, "Iniciar"). Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do quarto bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 3K.
[0105] Conforme mostrado na Figura 3L, as classificações do primeiro bolus, do segundo bolus, do terceiro bolus e do quarto bolus podem ser exibidas separadamente. Conforme mostrado na Figura 3M, pode ser fornecido um resumo de triagem.
[0106] Após a triagem ser concluída para um tipo de bebida, a tela de seleção de bebida (por exemplo, Figura 3A) pode ser exibida novamente. Se for selecionada uma bebida espessada, então um tipo específico de bebida espessada pode ser selecionado, conforme mostrado na Figura 3N. Então, a triagem pode ser repetida para esse tipo de bebida diferente em relação à bebida da triagem anterior, por exemplo prosseguindo através de uma ou mais das telas mostradas nas Figuras 3B a 3M. Obviamente, as instruções exibidas são, de preferência, específicas para o tipo específico de bebida, conforme ilustrado de modo geral na tela para néctar representada na Figura 3O (que pode ser seguida pela tela mostrada na Figura 3P) e na tela para mel representada na Figura 3Q (que pode ser seguida pela tela mostrada na Figura 3R). Por exemplo, as instruções ilustradas de modo geral na Figura 3B são para água, mas para a administração de uma bebida espessada podem, em vez disso, abordar a preparação da bebida espessada, por exemplo como diluir um pó que forma a bebida espessada (Figuras 3O e 3Q).
[0107] Por exemplo, se a triagem com água fornecer um resultado vermelho, então uma bebida espessada pode ser testada. Como outro exemplo, se a triagem com água fornecer um resultado verde, a triagem pode parar sem seguir adiante ou, opcionalmente, a triagem pode continuar com uma bebida espessada ou outro teste de água, fornecendo assim o uso personalizado das medidas.
[0108] As telas e seu conteúdo mostrado nas Figuras 3A a 3N meramente se destinam apenas a propósitos ilustrativos. Qualquer número de bolus pode ser usado, e a modalidade exemplificadora que usa quatro bolus não é limitadora. Em algumas modalidades, se um dos bolus não puder ser analisado, tiver baixa qualidade para o sinal de acelerometria correspondente (por exemplo, cortado ou ruidoso), ou não obtiver uma deglutição, um bolus adicional pode ser empregado. Por exemplo, se quatro bolus forem administrados e um dos bolus não puder ser analisado, tiver baixa qualidade para o sinal de acelerometria correspondente (por exemplo, cortado ou ruidoso), ou não obtiver uma deglutição, um quinto bolus pode ser empregado. Além disso, um número diferente de bolus pode ser usado, dependendo do tipo de bebida selecionado. Por exemplo, a análise de água pode empregar quatro bolus, e a análise de uma bebida espessada pode empregar três bolus ou quatro bolus.
[0109] A primeira modalidade da triagem que pode ser realizada pelo dispositivo 100 pode ser implementada no método exemplificador não-limitador apresentado a seguir. O método pode compreender receber, no dispositivo 100 que compreende o processador 106, os primeiros dados de acelerometria para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo. O método pode compreender transmitir os primeiros dados de acelerometria ao dispositivo 100 a partir do sensor 102 (por exemplo, um acelerômetro comunicativamente conectado ao dispositivo 100).
[0110] Na primeira modalidade, o método pode compreender comparar, no dispositivo 100 (por exemplo, no processador 106), dados de deglutição (por exemplo, pelo menos uma porção dos primeiros dados de acelerometria e/ou pelo menos uma porção dos segundos dados de acelerometria derivados dos primeiros dados de acelerometria) contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição. O método pode compreender classificar cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição com uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição baseada ao menos parcialmente na comparação dos dados de deglutição com os critérios de classificação predefinidos, sendo que a classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada, e a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada.
[0111] Na primeira modalidade, o processador 106 pode classificar cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição independentemente dos outros eventos de deglutição, a fim de fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, por exemplo, a análise de cada deglutição não tem qualquer impacto sobre a análise das outras deglutições. A classificação pelo processador 106 de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode ocorrer em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0112] Na primeira modalidade, o método pode compreender produzir, a partir do dispositivo 100 (por exemplo, a partir da interface de usuário 104), uma ou mais primeiras saídas, compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição. As uma ou mais primeiras saídas que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição podem ocorrer em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0113] O dispositivo 100 pode compreender um gabinete, e cada um dentre o processador 106 e a interface de usuário 104 pode estar posicionado dentro do gabinete e/ou estar mecanicamente conectado ao gabinete.
[0114] Na primeira modalidade, o método pode compreender aceitar as informações inseridas pelo usuário no dispositivo 100 (por exemplo, na interface de usuário 104), sendo que as informações inseridas pelo usuário identificam pelo menos um parâmetro selecionado do grupo que consiste em um tipo de sensor que fornece os primeiros dados de acelerometria e um tipo de bebida consumido durante a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
[0115] Na primeira modalidade, o método pode compreender produzir, a partir do dispositivo 100, uma ou mais segundas saídas que compreendem ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e sendo que cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida. Por exemplo, o método pode compreender instruir a administração de uma primeira dose de bebida, então identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um primeiro evento de deglutição que corresponde à primeira dose de bebida, então instruir a administração de uma segunda dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um segundo evento de deglutição que corresponde à segunda dose de bebida. O dispositivo 100 (por exemplo, a interface de usuário 104) pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para o primeiro evento de deglutição simultaneamente, uma em relação à outra. O método pode compreender, após a identificação da classificação de segurança de deglutição e da classificação de eficiência de deglutição para o segundo evento de deglutição, instruir a administração de uma terceira dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um terceiro evento de deglutição que corresponde à terceira dose de bebida. O método pode compreender, após a identificação da classificação de segurança de deglutição e da classificação de eficiência de deglutição para o terceiro evento de deglutição, instruir a administração de uma quarta dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um quarto evento de deglutição que corresponde à terceira dose de bebida.
[0116] Na primeira modalidade, as classificações de segurança de deglutição predeterminadas podem compreender uma primeira classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento seguro e uma segunda classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento inseguro, e as classificações de eficiência de deglutição predeterminadas podem compreender uma primeira classificação de eficiência de deglutição indicativa de um evento eficiente e uma segunda classificação de eficiência de deglutição indicativa de um evento ineficiente. As uma ou mais primeiras saídas podem compreender ao menos um ícone para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que ao menos um ícone é exibido na interface de usuário 104 do dispositivo 100, sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone pode ser de uma primeira cor para a primeira classificação de segurança de deglutição ou de uma segunda cor, diferente da primeira cor, para a segunda classificação de segurança de deglutição, e sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone pode ser de uma terceira cor para a primeira classificação de eficiência de deglutição ou de uma quarta cor, diferente da terceira cor, para a segunda classificação de eficiência de deglutição.
[0117] Na primeira modalidade, o método pode compreender armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo (por exemplo, no elemento de memória 107). O método pode compreender adicionalmente: fazer a triagem, com o dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo a primeira pluralidade de eventos de deglutição executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade, e sendo a segunda pluralidade de eventos de deglutição executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade. De preferência, o método compreende armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 (por exemplo, no elemento de memória 107), em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo; armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 (por exemplo, no elemento de memória 107), em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
[0118] Na primeira modalidade, o método pode compreender comparar, no processador 106, as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com classificações de segurança e eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição. O método pode compreender: fazer a triagem, no dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição; e armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100, em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo (por exemplo, no elemento de memória 107).
[0119] Na primeira modalidade, o método pode compreender: fazer a triagem, no dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição; e comparar, no processador 106, as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
[0120] O método revelado acima é um exemplo não limitador, e a primeira modalidade da triagem de deglutição pode, opcionalmente, usar uma ou mais dentre as etapas reveladas acima, pode não ter uma ou mais das etapas reveladas acima, e/ou pode usar uma ou mais etapas adicionais não reveladas acima. Análise em Nível de Paciente
[0121] Em uma particularmente preferencial segunda modalidade, a qual é alternativa à primeira modalidade, os dados em nível de bolus são extrapolados para dados em nível de paciente ("combinação"). A extrapolação dos dados em nível de bolus para um único resultado quanto à segurança de deglutição do paciente e um único resultado quanto à eficiência de deglutição do paciente é uma análise "em nível de paciente" na presente invenção.
[0122] Em algumas modalidades, a cada bolus é dada uma classificação binária, e os resultados combinados são determinados com base no número de resultados de classificação em nível de bolus (por exemplo, vários eventos de deglutição segura, vários eventos de deglutição insegura, vários eventos de deglutição eficiente, ou vários eventos de deglutição ineficiente). Entretanto, em uma modalidade preferencial, a cada evento de deglutição pode-se atribuir uma probabilidade ou um percentil com base nas meta-características extraídas correspondentes. Embora os eventos de deglutição individuais possam, opcionalmente, ser classificados como seguros ou inseguros e/ou como eficientes ou ineficientes, de preferência essas classificações opcionais não são exibidas pelo dispositivo nesta modalidade preferencial.
[0123] Em vez disso, a probabilidade ou o percentil de cada evento de deglutição em relação à segurança pode ser combinado com as probabilidades ou os percentis dos outros eventos de deglutição em relação à segurança para determinar um único resultado de segurança para o paciente, por exemplo comparando-se a média geométrica das probabilidades de segurança de deglutição a um limite predeterminado. A probabilidade ou o percentil de cada evento de deglutição em relação à eficiência pode ser combinado com as probabilidades ou os percentis dos outros eventos de deglutição em relação à eficiência para determinar um único resultado de eficiência para o paciente, por exemplo comparando-se a média geométrica das probabilidades de eficiência de deglutição a um limite predeterminado. Consequentemente, na forma preferencial da segunda modalidade, a triagem vai de um conjunto probabilístico de resultados em nível de bolus para um resultado binário em nível de paciente.
[0124] Em outras palavras, a segunda modalidade do dispositivo 100 analisa, de preferência, os dados de acelerometria da primeira pluralidade de eventos de deglutição para determinar uma probabilidade ou um percentil de cada evento de deglutição em relação à segurança e uma probabilidade ou um percentil de cada evento de deglutição em relação à eficiência. Após a conclusão da primeira pluralidade de eventos, o dispositivo 100 usa essas probabilidades ou esses percentis para determinar um único resultado para a segurança de deglutição do paciente e um único resultado para a eficiência de deglutição do paciente. De preferência, a probabilidade ou o percentil de cada evento de deglutição não é exibido ao usuário, por exemplo, não exibido no dispositivo 100 ou em qualquer aparelho em comunicação com o dispositivo 100. Conforme mencionado acima, os eventos de deglutição individuais podem opcionalmente ser classificados como seguros ou inseguros e/ou como eficientes ou ineficientes mas, de preferência, essas classificações opcionais não são exibidas pelo dispositivo 100.
[0125] A segunda modalidade do dispositivo 100 pode indicar se cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição forneceu ou não um sinal utilizável, por exemplo, se um sinal de acelerometria for 1) uma deglutição ausente, 2) uma deglutição cortada no início, 3) uma deglutição cortada no final ou 4) sinal com ruídos. Cada um desses quatro sinais inutilizáveis é descrito como um sinal de "cinzento" na presente invenção.
[0126] De preferência, as determinações são automáticas, de modo que sejam necessárias informações mínimas inseridas pelo usuário (se houver) para que os sinais de acelerometria em eixo duplo sejam processados e usados para determinar uma probabilidade ou um percentil de cada evento de deglutição em relação à segurança, e uma probabilidade ou um percentil de cada evento de deglutição em relação à eficiência e, então, um único resultado para a segurança de deglutição do paciente e um único resultado para a eficiência de deglutição do paciente. Por exemplo, em algumas modalidades, as únicas informações necessárias inseridas pelo usuário são a identificação de quando cada bolus foi administrado e a subsequente identificação de quando a deglutição de cada bolus foi concluída.
[0127] Na segunda modalidade do dispositivo 100, a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode-se atribuir uma probabilidade ou um percentil em relação à segurança de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, para fornecer medições pontuais independentes quanto a segurança para a primeira pluralidade de eventos de deglutição. A cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode-se atribuir uma probabilidade ou um percentil em relação à eficiência de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, para fornecer medições pontuais independentes quanto a eficiência para a primeira pluralidade de eventos de deglutição. De preferência, a determinação pelo processador 106 da probabilidade ou percentil em relação à segurança de deglutição e da probabilidade ou percentil em relação à eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição ocorre em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente. A probabilidade ou o percentil para segurança e a probabilidade ou o percentil para eficiência podem ser armazenados pelo dispositivo 100 e/ou transferidos por upload para uma nuvem.
[0128] Na segunda modalidade, a interface de usuário 104 do dispositivo 100 está, de preferência, configurada para fornecer uma ou mais primeiras saídas, compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam se cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição forneceu ou não um sinal utilizável. De preferência, cada uma dentre as uma ou mais primeiras saídas pela interface de usuário 104 ocorre em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente. O dispositivo 100 pode, opcionalmente, armazenar o sinal.
[0129] Na segunda modalidade do dispositivo 100, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104 para fornecer uma ou mais segundas saídas de usuário que compreendem ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida.
[0130] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104 para instruir a administração de uma primeira dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da primeira dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar se um primeiro evento de deglutição correspondente à primeira dose de bebida forneceu ou não um sinal utilizável. Então, a interface de usuário 104 pode instruir a administração de uma segunda dose de bebida (e, opcionalmente, aceitar subsequentemente informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da segunda dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar se um segundo evento de deglutição correspondente à segunda dose de bebida forneceu ou não um sinal utilizável.
[0131] Na segunda modalidade, o processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104, após identificar se o segundo evento de deglutição forneceu ou não um sinal utilizável, a fim de instruir a administração de uma terceira dose de bebida (e, opcionalmente, subsequentemente aceitar informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da terceira dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar se o terceiro evento de deglutição correspondente à terceira dose de bebida forneceu ou não um sinal utilizável. O processador 106 pode estar configurado para usar a interface de usuário 104, após identificar se o terceiro evento de deglutição forneceu ou não um sinal utilizável, a fim de instruir a administração de uma quarta dose de bebida (e, opcionalmente, subsequentemente aceitar informações inseridas pelo usuário indicando que a deglutição da quarta dose está concluída). Então, a interface de usuário 104 pode identificar se um quarto evento de deglutição correspondente à quarta dose de bebida forneceu ou não um sinal utilizável.
[0132] Na segunda modalidade, as uma ou mais primeiras saídas pelo dispositivo 100 podem compreender ao menos um ícone exibido na interface de usuário 104 para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição. Ao menos uma porção do ao menos um ícone pode ser de uma primeira cor para indicar um sinal utilizável (por exemplo, azul) ou de uma segunda cor diferente da primeira cor para indicar nenhum sinal ou um sinal inutilizável (por exemplo, cinzento).
[0133] Conforme observado acima, a segunda modalidade é particularmente preferencial e extrapola os dados em nível de bolus, por exemplo o percentil ou a probabilidade determinados para cada evento de deglutição, para dados em nível de paciente, por exemplo, um único resultado de segurança e um único resultado de eficiência para a primeira pluralidade de eventos de deglutição. Consequentemente, o processador 106 pode classificar a primeira pluralidade de eventos de deglutição com uma única classificação de segurança de deglutição e uma única classificação de eficiência de deglutição com base, pelo menos parcialmente, no percentil ou na probabilidade determinados para cada evento de deglutição.
[0134] Por exemplo, na segunda modalidade do dispositivo 100, o processador 106 pode comparar a média geométrica das probabilidades de segurança de deglutição a um limite predeterminado. A comparação pode ser usada para identificar uma única classificação de segurança de deglutição a partir de ao menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada. Na segunda modalidade do dispositivo 100, o processador 106 pode comparar a média geométrica das probabilidades de eficiência de deglutição a um limite predeterminado. A comparação pode ser usada para identificar uma única classificação de eficiência de deglutição a partir de ao menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada. O processador 106 pode fornecer uma ou mais terceiras saídas que identificam as classificações, de preferência na interface de usuário 104 do dispositivo 100. Se apenas um ponto de dados for usado, o resultado em nível de bolus é também o resultado em nível de paciente.
[0135] Na segunda modalidade do dispositivo 100, as classificações de segurança de deglutição predeterminadas compreendem uma primeira classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento seguro e uma segunda classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento inseguro. As classificações de eficiência de deglutição predeterminadas podem compreender uma primeira classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento eficiente, e uma segunda classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento ineficiente. As uma ou mais terceiras saídas podem compreender pelo menos um ícone exibido na interface de usuário 104 após a conclusão da primeira pluralidade de eventos de deglutição. Pelo menos uma porção do pelo menos um ícone pode ser de uma primeira cor para a primeira classificação da segurança de deglutição (por exemplo, verde) ou de uma segunda cor diferente da primeira cor para a segunda classificação da segurança de deglutição (por exemplo, vermelho). Pelo menos uma porção do pelo menos um ícone pode ser de uma terceira cor para a primeira classificação da eficiência de deglutição (por exemplo, verde) ou de uma quarta cor diferente da terceira cor para a segunda classificação da eficiência de deglutição (por exemplo, vermelho).
[0136] Na segunda modalidade, o elemento de memória 107 pode armazenar a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição a primeira pluralidade de eventos de deglutição em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo. O dispositivo 100 pode ser usado para monitorar o primeiro indivíduo mediante triagem periódica do primeiro indivíduo e gravação dos resultados das triagens periódicas no elemento de memória 107. Os resultados das triagens periódicas podem ser usados para modular a dieta; por exemplo, se a deglutição do paciente se torna pior ao longo do tempo, um produto mais espesso pode ser necessário, ou o inverso.
[0137] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para exibir uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, por exemplo ao menos um dia depois, ao menos uma semana depois, ao menos um mês depois, ou ao menos um ano depois. O processador 106 pode estar configurado para comparar a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, respectivamente. Tais comparações periódicas podem ser usadas para monitorar o relativo progresso ou declínio de um paciente.
[0138] Na segunda modalidade, o dispositivo 100 pode fazer a triagem do indivíduo quanto à segurança de deglutição e à eficiência de deglutição para cada uma dentre uma pluralidade de bebidas, como uma ou mais dentre água (50 mPa.s ou menos, por exemplo 1 mPa.s), néctar (51 a 350 MPa.s), mel (351 a 1.750 mPa.s) ou pudim (>1.750 mPa.s) e, com a máxima preferência, fazer a triagem de cada tipo de bebida separadamente (isto é, inicialmente fazer a triagem de um ou mais bolus de uma primeira bebida e, então, fazer a triagem de um ou mais bolus de uma segunda bebida). O dispositivo 100 pode fazer a triagem do primeiro indivíduo para um ou mais tipos de bebidas em um primeiro momento e, então, fazer novamente a triagem do indivíduo para os um ou mais tipos de bebidas periodicamente depois disso, por exemplo com ao menos um dia, ao menos uma semana, ao menos um mês, ou ao menos um ano entre triagens.
[0139] Por exemplo, a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode ser executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade. O processador 106 pode estar configurado para fazer a triagem de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, e a segunda pluralidade de eventos de deglutição pode ser executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade. O processador 106 pode estar configurado para armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo. O processador 106 pode estar configurado para armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo. As triagens periódicas da primeira e da segunda bebidas para o primeiro indivíduo podem ser executadas, isto é, com ao menos um dia, ao menos uma semana, ao menos um mês ou ao menos um ano entre as triagens, e os resultados dessas triagens de múltiplas bebidas também podem ser armazenados no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
[0140] O dispositivo 100 pode ser usado para triar e/ou monitorar uma pluralidade de indivíduos, por exemplo, o primeiro indivíduo, um segundo indivíduo e, opcionalmente, indivíduos adicionais. De preferên- cia, os indivíduos são submetidos a triagem autonomamente (isto é, os resultados de triagem são separados para cada indivíduo em relação aos resultados de triagem dos outros indivíduos). Cada um dentre a pluralidade de indivíduos pode ter seu próprio perfil e, se for desejado, pode ser submetido a triagem no mesmo dia que os outros indivíduos.
[0141] Por exemplo, o processador 106 pode estar configurado para exibir uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo diferente do primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição. O dispositivo 100 pode armazenar (por exemplo, no elemento de memória 107) a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo. O processador 106 pode estar configurado para comparar as classificações de segurança e eficiência de deglutição para o primeiro indivíduo com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para o segundo indivíduo, de preferência enquanto são registradas similaridades ou diferenças nas características dos indivíduos, como um ou mais dentre idade, gênero, altura, peso e condição médica.
[0142] As Figuras 4A a 4O ilustram, de modo geral, exemplos não limitadores de telas exibidas na segunda modalidade. As telas são exibidas pelo dispositivo 100, por exemplo na interface de usuário 104, e uma probabilidade ou um percentil para segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil para eficiência de deglutição são determinados para cada bolus separadamente dos outros bolus. A Figura 4A ilustra, de modo geral, que o dispositivo 100 pode exibir uma pluralidade de tipos de bebida e pode permitir que um usuário identifique o tipo de bebida que será usada no exame subsequente. A Figura 4B ilustra, de modo geral, que o dispositivo 100 pode responder à seleção de água como o tipo de bebida com a exibição de uma tela de interface que permite a entrada de informações do paciente, como um número de identificação do paciente, um nome do paciente e/ou uma data de nascimento do paciente, e fornece instruções para a triagem subsequente.
[0143] Após o usuário inserir informações instruindo o dispositivo 100 a iniciar a triagem, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface para administrar o primeiro bolus, conforme mostrado na Figura 4C. O usuário pode fornecer informações indicando que o paciente está tomando goles do primeiro bolus (por exemplo, "Iniciar") e, então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite ao usuário identificar quando o paciente concluiu a deglutição do primeiro bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 4D. Em uma modalidade, um limite de tempo, como trinta segundos, é dado ao usuário para identificar que o paciente completou a deglutição e, se o limite de tempo for excedido, os dados de acelerometria associados ao bolus correspondente não são analisados.
[0144] Conforme mostrado na Figura 4E, pode-se exibir se o primeiro bolus forneceu um sinal utilizável. Neste exemplo não limitador,
o primeiro bolus forneceu um sinal utilizável e, dessa forma, uma saída correspondente é fornecida pela interface de usuário 104 (por exemplo, um ícone com uma cor azul). Se o primeiro bolus forneceu um sinal utilizável, os dados de acelerometria para o primeiro bolus podem ser analisados para determinar uma probabilidade ou um percentil para segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil para eficiência de deglutição, mas o dispositivo 100 não exibe essas determinações. A leitura pode ser vermelha ou verde. O usuário pode inserir informações indicando que o paciente toma goles do segundo bolus (por exemplo, "Iniciar"). Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do segundo bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 4F.
[0145] Conforme mostrado na Figura 4G, pode-se exibir se o segundo bolus forneceu um sinal utilizável. Neste exemplo não limitador, o segundo bolus forneceu um sinal utilizável e, dessa forma, uma saída correspondente é fornecida pela interface de usuário 104 (por exemplo, um ícone com uma cor azul). Se o segundo bolus forneceu um sinal utilizável, os dados de acelerometria para o segundo bolus podem ser analisados para determinar uma probabilidade ou um percentil para segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil para eficiência de deglutição, mas o dispositivo 100 não exibe essas determinações. O usuário pode inserir informações indicando que o paciente toma goles do terceiro bolus (por exemplo, "Iniciar"). Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do terceiro bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 4H.
[0146] Conforme mostrado na Figura 4I, pode-se exibir se o terceiro bolus forneceu um sinal utilizável. Neste exemplo não limitador, o terceiro bolus não forneceu um sinal utilizável; e, portanto, uma saída correspondente é fornecida pela interface de usuário 104 (por exemplo, um ícone cinzento com um símbolo "X"), e o erro pode ser identificado (por exemplo, nenhum gole detectado, ausência de fim ou início de deglutição, ou sinal com ruído excessivo). Se o terceiro bolus forneceu um sinal utilizável, os dados de acelerometria para o terceiro bolus podem ser analisados para determinar uma probabilidade ou um percentil para segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil para eficiência de deglutição, mas o dispositivo 100 não exibe essas determinações.
[0147] Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário forneça informações indicando que o paciente está tomando goles do quarto bolus (por exemplo, "Iniciar"), conforme mostrado na Figura 4J. Então, o dispositivo 100 pode exibir uma tela de interface que permite que o usuário identifique quando o paciente concluiu a deglutição do quarto bolus (por exemplo, "Concluído"), conforme mostrado na Figura 4K. Conforme mostrado na Figura 4L, pode-se exibir se o quarto bolus forneceu um sinal utilizável. Neste exemplo não limitador, o quarto bolus forneceu um sinal utilizável e, dessa forma, uma saída correspondente é fornecida pela interface de usuário 104 (por exemplo, um ícone com uma cor azul). Se o quarto bolus forneceu um sinal utilizável, os dados de acelerometria para o segundo bolus podem ser analisados para determinar uma probabilidade ou um percentil para segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil para eficiência de deglutição, mas o dispositivo 100 não exibe essas determinações. Se um dos quatro bolus não forneceu um sinal utilizável, de preferência o bolus não é repetido mas, em vez disso, as classificações são feitas com base nos outros três bolus.
[0148] O sinal inutilizável, aqui descrito como um sinal "cinzento",
não tem qualquer impacto sobre o resultado. O sinal cinzento não significa que o resultado será verde ou vermelho, significando apenas, em vez disso, que há uma medição inutilizável. Se forem recebidos três sinais cinzentos e um sinal utilizável, a análise em nível de bolus será equivalente a uma análise em nível do paciente. Para água, por exemplo, quando quatro deglutições são usadas e uma ou mais das mesmas fornecem um sinal cinzento (por exemplo, a terceira deglutição), as uma ou mais deglutições que fornecem um sinal cinzento são excluídas (Figura 4L). Os goles restantes têm uma probabilidade individual, em nível de bolus, para serem vermelhos ou verdes e, quando combinados ao nível do paciente, o dispositivo 100 retornará um resultado binário de vermelho ou verde, de acordo com as regras de combinação incorporadas ao algoritmo.
[0149] De preferência, quando um sinal cinzento é recebido, o dispositivo 100 não repete a medição e, em vez disso, prossegue diretamente para a próxima medição. Por exemplo, se o terceiro bolus fornecer um sinal cinzento, o dispositivo 100, de preferência, não repete o terceiro bolus e, em vez disso, prossegue diretamente para o quarto bolus.
[0150] Conforme mostrado na Figura 4M, a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição podem ser exibidas. Conforme observado acima, o dispositivo calcula essas classificações únicas com base ao menos parcialmente nas probabilidades ou nos percentis de cada um dos eventos de deglutição. Quaisquer erros podem também ser identificados. Conforme mostrado na Figura 4N, pode ser fornecido um resumo de triagem.
[0151] Após a triagem ser concluída para um tipo de bebida, a tela de seleção de bebida (por exemplo, Figura 4A) pode ser exibida novamente. Se for selecionada uma bebida espessada, então um tipo específico de bebida espessada pode ser selecionado, conforme mostrado na Figura 4O. Então, a triagem pode ser repetida para esse tipo de bebida diferente em relação à bebida da triagem anterior, por exemplo prosseguindo através de uma ou mais das telas mostradas nas Figuras 4B a 4N. Obviamente, as instruções exibidas são, de preferência, específicas para o tipo específico de bebida. Por exemplo, as instruções ilustradas de modo geral na Figura 4B são para água, mas para a administração de uma bebida espessada podem, em vez disso, abordar a preparação da bebida espessada, por exemplo como diluir um pó que forma a bebida espessada.
[0152] As telas e seu conteúdo mostrado nas Figuras 4A a 4O meramente se destinam apenas a propósitos ilustrativos. Qualquer número de bolus pode ser usado, e a modalidade exemplificadora que usa quatro bolus não é limitadora. Além disso, um número diferente de bolus pode ser usado, dependendo do tipo de bebida selecionado. Por exemplo, a análise de água pode empregar quatro bolus, e a análise de uma bebida espessada pode empregar três bolus.
[0153] A Figura 5 ilustra um exemplo não limitador de um método 500 para a segunda modalidade do dispositivo de triagem de deglutição 100 revelado acima. Na Etapa 502, os dados de acelerometria em eixo duplo, tanto para o eixo S-I quanto para o eixo A-P, são capturados ou fornecidos para um ou mais eventos de deglutição, por exemplo dados de acelerometria em eixo duplo provenientes do sensor 102. Com o uso da acelerometria, pode-se integrar o sinal para derivar a velocidade e, de modo similar, pode-se integrar a velocidade para derivar o deslocamento. Ainda assim, outros tipos de sensores podem ser implementados adicional ou alternativamente.
[0154] Na Etapa 504, a segunda modalidade do dispositivo de triagem de deglutição 100 pode opcionalmente processar os dados de acelerometria em eixo duplo para condicionar os dados de acelerometria e, dessa forma, facilitar o processamento adicional dos mesmos. Por exemplo, os dados de acelerometria em eixo duplo podem ser filtrados, ser submetidos a remoção de ruídos e/ou ser processados para remoção de artefatos de sinal ("dados pré-processados"). Em uma modalidade, os dados de acelerometria em eixo duplo são submetidos a um filtro inverso, o qual pode incluir vários filtros passa-baixa, passa- banda e/ou passa-alta, seguidos por amplificação de sinal. Uma sub- rotina redutora de ruído pode, então, ser aplicada aos dados submetidos a filtro inverso, de preferência processando ondaletas de sinal e iterando para encontrar um erro quadrático médio mínimo.
[0155] O pré-processamento pode compreender uma sub-rotina para remover dos dados os artefatos de movimento, por exemplo em relação ao movimento da cabeça pelo paciente. Adicional ou alternativamente, outros artefatos de sinal, como vocalização e fluxo sanguíneo, podem ser removidos dos dados de acelerometria em eixo duplo. No entanto, o método 500 não se limita a uma modalidade específica do pré-processamento dos dados de acelerometria, e o pré- processamento pode compreender qualquer método conhecido para filtrar, remover ruídos e/ou remover artefatos de sinal.
[0156] Na Etapa 506, a segunda modalidade do dispositivo de triagem de deglutição 100 pode segmentar, de modo automático ou manual, os dados de acelerometria (brutos ou pré-processados) em eventos de deglutição distintos. De preferência, os dados de acelerometria são automaticamente segmentados. Adicional ou alternativamente, a segmentação manual pode ser aplicada, por exemplo, através de inspeção visual dos dados. O método 500 não se limita a um processo específico de segmentação, e o processo de segmentação pode ser qualquer processo de segmentação conhecido pelo versado na técnica.
[0157] Na Etapa 508, a segunda modalidade do dispositivo de triagem de deglutição 100 pode executar representação baseada em metacaracterísticas dos dados de acelerometria. Por exemplo, uma ou mais características do domínio de tempo-frequência podem ser calculadas para cada conjunto de dados específico ao eixo. Combinações de características extraídas podem ser aqui consideradas, sem que se afaste do escopo geral e da natureza da presente invenção. De preferência, diferentes características são extraídas para cada conjunto de dados específico ao eixo mas, em algumas modalidades, as mesmas características podem ser extraídas em cada caso. Além disso, outras características podem ser consideradas para extração de características, por exemplo incluindo uma ou mais características de domínio de tempo, de frequência e/ou de tempo-frequência (por exemplo, média, variância, frequência central, etc.).
[0158] Na Etapa 510 (que é opcional), a segunda modalidade do dispositivo de triagem de deglutição 100 pode selecionar um subconjunto das metacaracterísticas, de preferência com base na análise anterior de conjuntos de características extraídas similares derivadas durante o treinamento e/ou a calibração do classificador. Por exemplo, as características ou componentes/níveis de característica mais proeminentes extraídos do conjunto de dados para treinamento do classificador podem ser retidos como mais propensos a fornecer resultados classificáveis quando aplicados a novos dados de teste e são, portanto, selecionados para definir um conjunto de características reduzido a fim de treinar o classificador e, por fim, habilitar a classificação. Por exemplo, no contexto de decomposições de ondaletas ou outras decomposições de sinal desse tipo, técnicas como análise discriminante linear, análise de componentes principais ou outras dessas técnicas efetivamente implementadas para qualificar uma quantidade e/ou qualidade de informações disponíveis a partir de um dado nível de decomposição podem ser usadas no conjunto de dados de treinamento para pré-selecionar componentes ou níveis de características mais propensos a fornecer o mais alto nível de informações utilizáveis na classificação de sinais recentemente capturados. Esses componentes/níveis de características pré- selecionados podem, então, ser usados para treinar o classificador para classificações subsequentes. Por fim, essas características pré- selecionadas podem ser usadas na caracterização dos critérios de classificação para classificações subsequentes.
[0159] Consequentemente, onde o dispositivo foi configurado para operar a partir de um conjunto de características reduzido, conforme descrito acima, esse conjunto de características reduzido pode ser caracterizado por um subconjunto de características predefinido ou critérios de redução de características que resultaram da implementação anterior de uma técnica de redução de características no conjunto de dados de treinamento do classificador. Os dados recém- adquiridos podem, assim, prosseguir através das várias etapas de pré- processamento e segmentação descritas acima (Etapas 504, 506), sendo os vários eventos de deglutição assim identificados e então processados para extração de características na Etapa 508 (por exemplo, conjunto completo de características), e aquelas características correspondentes ao subconjunto pré-selecionado sendo retidas na etapa 510 para classificação na etapa 512.
[0160] Embora a abordagem exemplificadora acima contemple uma seleção distinta das características mais proeminentes, outras técnicas podem também ser prontamente aplicadas. Por exemplo, em algumas modalidades, os resultados do processo de redução de características podem, em vez disso, ser manifestados em uma série ou vetor ponderado para associação ao conjunto de características extraídas na atribuição de um peso ou nível de significância específico para cada componente ou nível de característica extraído durante o processo de classificação. Em particular, a seleção dos componentes de características mais proeminentes a serem usados para classificação pode ser implementada através de análise discriminante linear (ADL) (e/ou outra análise) no conjunto de dados para treinamento do classificador. Consequentemente, a extração e a redução de características podem ser usadas de maneira eficaz para distinguir deglutições seguras de deglutições potencialmente inseguras e deglutições eficientes de deglutições potencialmente ineficientes. Nesse sentido, a extração das características selecionadas a partir de novos dados de teste pode ser comparada a critérios de classificação predefinidos estabelecidos como uma função dessas mesmas características selecionadas conforme anteriormente extraídas e reduzidas a partir de um conjunto de dados de treinamento adequado, a fim de classificar os novos dados de teste como representativos de deglutições seguras versus deglutições inseguras e/ou deglutições eficientes versus deglutições ineficientes. Conforme será entendido pelo versado na técnica, podem ser usados outros conjuntos de características, como características no domínio de frequência, de tempo e/ou de tempo-frequência.
[0161] Na etapa 512, a segunda modalidade do dispositivo de triagem compara características extraídas (ou um subconjunto reduzido/ponderado das mesmas) de dados específicos de deglutição capturados a critérios de classificação predefinidos, para atribuir uma probabilidade ou um percentil de segurança de deglutição e uma probabilidade ou um percentil de eficiência de deglutição a cada evento de deglutição, embora essas determinações não sejam exibidas.
[0162] O método 500 pode, opcionalmente, compreender uma Etapa 516 de sub-rotina de treinamento/validação, na qual um conjunto de dados representativo de múltiplas deglutições é processado de modo que cada conjunto de dados específico de deglutição passe, por fim, pelo pré-processamento, a extração de características e a redução de características aqui revelados. De preferência, essa etapa é usada meramente para configurar o dispositivo 100 e não é executada quando o dispositivo 100 é implementado pelo usuário comercial do dispositivo
100.
[0163] Nessa etapa opcional, um circuito de validação pode ser aplicado ao classificador baseado em análise discriminante com o uso de um teste de validação cruzada. Após todos os eventos terem sido classificados e validados, critérios de saída podem ser gerados para classificação futura sem necessariamente aplicar validação adicional aos critérios de classificação. Alternativamente, a validação de rotina pode ser implementada, ou para refinar o significado estatístico de critérios de classificação, ou novamente como uma medida para acomodar alterações de equipamento e/ou protocolo específicas (por exemplo, recalibração de equipamentos específicos, por exemplo mediante a substituição do acelerômetro por um acelerômetro de tipo/modelo igual ou diferente, alteração das condições de operação, novos módulos de processamento, como sub-rotinas de pré- processamento adicional, remoção de artefatos, extração/redução adicional de características, etc.).
[0164] Na Etapa 514, probabilidades/percentis de segurança de deglutição de cada evento de deglutição podem ser processados em conjunto para calcular e produzir uma única determinação de segurança de deglutição. As probabilidades/percentis de eficiência de deglutição de cada evento de deglutição são processados em conjunto para calcular e produzir uma única determinação da eficiência de deglutição.
[0165] Por exemplo, a interface de usuário 104 do dispositivo 100 pode compreender um visor que identifica os eventos de deglutição agregados como indicativos de deglutição segura ou deglutição insegura, e identifica os eventos de deglutição agregada como indicativos de deglutição eficiente ou deglutição ineficiente. A tela pode usar imagens como texto, ícones, cores, luzes acesas e apagadas e similares. Alternativa ou adicionalmente, a interface de usuário 104 pode compreender um alto-falante que usa sinais auditivos. A presente invenção não se limita a uma modalidade específica da saída, e a saída pode ser qualquer meio pelo qual a interface de usuário 104 identifica a única classificação de segurança de deglutição e a única classificação de eficiência de deglutição para um usuário do dispositivo 100, como um médico ou um paciente.
[0166] A saída pode, então, ser fornecida a um médico que pode determinar, por exemplo, tratamento adequado, testes adicionais e/ou restrições dietárias propostas ou outras restrições relacionadas. Por exemplo, um médico pode ajustar a alimentação mediante alteração na consistência ou no tipo de alimento e/ou no tamanho e/ou na frequência dos bocados oferecidos ao paciente. Nesse sentido, um médico pode determinar um tipo de bebida aceitável para o indivíduo se um tipo de bebida específico tiver fornecido melhor segurança de deglutição e/ou melhor eficiência de deglutição em relação a outros tipos de bebida (por exemplo, um tipo de bebida aceitável pode ser um ou mais dentre água, néctar, mel ou pudim).
[0167] Tipos alternativos de sensores de vibração além de acelerômetros podem ser usados com modificações adequadas para serem o sensor 102. Por exemplo, um sensor pode medir o deslocamento (por exemplo, um microfone), enquanto o processador 106 registra sinais de deslocamento ao longo do tempo. Como outro exemplo, um sensor pode medir a velocidade, enquanto o processador 106 registra sinais de velocidade ao longo do tempo. Esses sinais podem, então, ser convertidos em sinais de aceleração e processados conforme aqui revelado na presente invenção e/ou por outras técnicas de extração e classificação de características, adequadas ao tipo de sinal recebido.
[0168] Na segunda modalidade do dispositivo 100, o método 500 pode compreender receber, no dispositivo 100 que compreende o processador 106, os primeiros dados de acelerometria para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo. O método pode compreender transmitir os primeiros dados de acelerometria ao dispositivo 100 a partir do sensor 102 (por exemplo, um acelerômetro comunicativamente conectado ao dispositivo 100).
[0169] Na segunda modalidade do dispositivo 100, o método 500 pode compreender comparar, no dispositivo 100, dados de deglutição (por exemplo, pelo menos uma porção dos primeiros dados de acelerometria e/ou pelo menos uma porção dos segundos dados de acelerometria derivados dos primeiros dados de acelerometria) contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição. O método 500 pode compreender atribuir uma probabilidade ou um percentil de segurança de deglutição a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, com base ao menos parcialmente na comparação dos dados de deglutição contra os critérios de classificação predefinidos. O método 500 pode compreender atribuir uma probabilidade ou um percentil de eficiência de deglutição a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, com base ao menos parcialmente na comparação dos dados de deglutição contra os critérios de classificação predefinidos.
[0170] A segunda modalidade do dispositivo 100 classifica, de preferência, cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, para fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição. A classificação pelo dispositivo 100 de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição pode ocorrer em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0171] O método 500 pode compreender classificar cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição com uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição baseada ao menos parcialmente na comparação dos dados de deglutição com os critérios de classificação predefinidos, sendo que a classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada, e a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de ao menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada.
[0172] Em uma modalidade preferencial, o método 500 compreende produzir, a partir do dispositivo 100 (por exemplo, a partir da interface de usuário 104), uma ou mais primeiras saídas, compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição. As uma ou mais primeiras saídas que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição podem ocorrer em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
[0173] Em uma modalidade, o dispositivo compreende um gabinete, e cada um dentre o processador 106 e a interface de usuário 104 está posicionado dentro do gabinete e/ou mecanicamente conectado ao gabinete.
[0174] O método 500 pode compreender aceitar as informações inseridas pelo usuário no dispositivo 100 (por exemplo, na interface de usuário 104), sendo que as informações inseridas pelo usuário identificam pelo menos um parâmetro selecionado do grupo que consiste em um tipo de sensor que fornece os primeiros dados de acelerometria e um tipo de bebida consumido durante a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
[0175] Em uma modalidade, o método 500 compreende produzir, a partir do dispositivo 100, uma ou mais segundas saídas que compreendem ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e sendo que cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida. Por exemplo, o método 500 pode compreender instruir a administração de uma primeira dose de bebida, então identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um primeiro evento de deglutição que corresponde à primeira dose de bebida, então instruir a administração de uma segunda dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um segundo evento de deglutição que corresponde à segunda dose de bebida. O dispositivo 100 (por exemplo, a interface de usuário 104) pode identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para o primeiro evento de deglutição simultaneamente, uma em relação à outra. O método 500 pode compreender, após a identificação da classificação de segurança de deglutição e da classificação de eficiência de deglutição para o segundo evento de deglutição, instruir a administração de uma terceira dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um terceiro evento de deglutição que corresponde à terceira dose de bebida. O método 500 pode compreender, após a identificação da classificação de segurança de deglutição e da classificação de eficiência de deglutição para o terceiro evento de deglutição, instruir a administração de uma quarta dose de bebida e, então, identificar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para um quarto evento de deglutição que corresponde à terceira dose de bebida.
[0176] Em uma modalidade, as classificações de segurança de deglutição predeterminadas compreendem uma primeira classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento seguro e uma segunda classificação de segurança de deglutição indicativa de um evento inseguro, e as classificações de eficiência de deglutição predeterminadas compreendem uma primeira classificação de eficiência de deglutição indicativa de um evento eficiente e uma segunda classificação de eficiência de deglutição indicativa de um evento ineficiente. As uma ou mais primeiras saídas podem compreender ao menos um ícone para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que ao menos um ícone é exibido na interface de usuário 104 do dispositivo 100, sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone pode ser de uma primeira cor para a primeira classificação de segurança de deglutição ou de uma segunda cor, diferente da primeira cor, para a segunda classificação de segurança de deglutição, e sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone pode ser de uma terceira cor para a primeira classificação de eficiência de deglutição ou de uma quarta cor, diferente da terceira cor, para a segunda classificação de eficiência de deglutição.
[0177] Em uma modalidade, o método 500 compreende armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo (por exemplo, no elemento de armazenamento 107). O método 500 pode compreender adicionalmente: fazer a triagem, com o dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo a primeira pluralidade de eventos de deglutição executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade, e sendo a segunda pluralidade de eventos de deglutição executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade. De preferência, o método 500 compreende armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 (por exemplo, no elemento de armazenamento 107), em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo; armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100 (por exemplo, no elemento de armazenamento 107), em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
[0178] O método 500 pode compreender comparar, no dispositivo 100, as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição. O método 500 pode compreender: fazer a triagem, no dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição; e armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para cada um dentre a segunda pluralidade de eventos de deglutição no dispositivo 100, em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo (por exemplo, no elemento de armazenamento 107).
[0179] Em uma modalidade, o método 500 compreende: fazer a triagem, no dispositivo 100, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição; e comparar, no dispositivo 100, as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com as classificações de segurança e eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
[0180] Conforme mencionado acima, a particularmente preferencial segunda modalidade do exame aqui revelado atribui uma probabilidade ou um percentil a cada evento de deglutição e, então, usa essas probabi- lidades/percentis para determinar uma única classificação de segurança de deglutição e uma única classificação de eficiência de deglutição. O processo de atribuir uma probabilidade ou um percentil a cada evento de deglutição pode ser baseado na comparação entre as leituras do dispositivo 100 e as leituras do EDVF a fim de criar um algoritmo.
[0181] De preferência, as leituras do dispositivo 100 são comparadas a leituras de EDVF mediante a administração sequencial de bolus, a medição de leituras de EDVF e leituras de acelerometria (sistema de detecção de disfagia, ou DDS - "Dysphagia Detection System") simultaneamente registradas para cada bolus, identificação dos primeiros quatro pares combinados de cada sequência de bolus (isto é, os primeiros quatro eventos de deglutição mensuráveis tanto por EDVF como por DDS) e, então, finalização da administração. Os primeiros quatro pares combinados são usados tanto em nível de paciente como de bolus. De preferência, as leituras são feitas de modo substancialmente simultâneo entre EDVF e DDS. A diferença de tempo mensurável (por exemplo, várias centenas de ms) pode ser calculada e, então, levada em conta durante o cálculo subsequente para se obter sincronização perfeita entre EDVF e DDS.
[0182] As Figuras 6A e 6B ilustram, de modo geral, uma modalidade de uma metodologia para identificação dos primeiros quatro pares combinados. O painel esquerdo representa a comparação entre os primeiros quatro pares combinados em um teste clínico a fim de determinar um algoritmo para atribuir uma probabilidade ou um percentil a cada evento de deglutição, e o painel direito representa como o algoritmo é implementado em uma modalidade comercial do dispositivo usando os mesmos resultados de deglutição que o estudo clínico. O termo "pares combinados" não significa que o resultado de EDVF e DDS seja igual para um evento de deglutição; em vez disso, "pares combinados" significa que o evento de deglutição é mensurável tanto por EDVF como por DDS.
[0183] Com referência à Figura 6A, no caso do Exemplo 5 em que há um evento em preto e, desse modo, dados inutilizáveis, o dispositivo usa, portanto, os quintos dados de deglutição, se houver um par combinado. Se houver mais de um evento em preto (por exemplo, no Exemplo 12 da Figura 6B), haverá apenas três pares combinados. No Exemplo 13 da Figura 6B, existem apenas dois pares combinados utilizáveis, etc.
[0184] Nas Figuras 6A e 6B, a cor verde identifica uma deglutição segura e/ou eficiente, e a cor vermelha identifica uma deglutição insegura e/ou ineficiente. A cor cinzenta identifica um evento de deglutição para o qual o DDS não poderia fazer uma determinação, por exemplo um evento de deglutição incompleto e/ou medições incompletas de um evento de deglutição. Exemplos não limitadores incluem uma deglutição ausente, um sinal cortado no início, um sinal cortado no final, RSR (relação sinal/ruído) insatisfatória e pico de ruído. A cor preta (usada apenas durante o teste clínico) identifica erro humano e, portanto, dados inutilizáveis para o evento de deglutição.
[0185] De preferência, a classificação de segurança de deglutição única fornecida pelo dispositivo 100 não tem por base se mais dentre os eventos de deglutição foram classificados como seguros ou se mais dentre os eventos de deglutição foram classificados como inseguros. De modo similar, a classificação de eficiência de deglutição única fornecida pelo dispositivo 100 não tem por base se mais dentre os eventos de deglutição foram classificados como eficientes ou mais dentre os eventos de deglutição foram classificados como ineficientes. Ao contrário, mais dentre os eventos de deglutição podem ser classificados como seguros, ou mesmo todos podem ser classificados como seguros, mas a classificação de segurança de deglutição única fornecida pelo dispositivo 100 pode, ainda assim, ser uma deglutição insegura. De modo similar, mais dentre os eventos de deglutição podem ser classificados como ineficientes, ou mesmo todos podem ser classificados como seguros, mas a classificação de segurança de deglutição única fornecida pelo dispositivo 100 pode, ainda assim, ser uma deglutição insegura. Nesse sentido, um ou mais dentre os eventos de deglutição podem ser classificados como seguros e/ou eficientes, e ainda assim seus dados de acelerometria podem estar muito próximos de inseguros e/ou ineficientes, de modo que o cálculo "combinado" resulta na classificação de segurança de deglutição única como sendo insegura e/ou na classificação de eficiência de deglutição única como sendo ineficiente.
[0186] Para atribuir uma probabilidade ou um percentil a cada evento de deglutição, um modelo de análise discriminante linear (ADL) pode ser construído com o uso das características computadas dos dados de acelerometria para teste e treinamento. Por exemplo, as características podem ser extraídas do sinal de acelerometria para cada evento de deglutição, como aqueles relacionados aos componentes de movimento da cabeça e movimento de deglutição do sinal, à direção do som, às estimativas de velocidade e posicionamento do acelerômetro e à entropia do sinal. Cada característica pode ser validada independentemente de outras. O modelo ADL é um modelo estatístico que é usado para classificação. O modelo constrói limites discriminantes lineares no espaço de característica de entrada, a fim de separar um dado conjunto de observações nas classes marcadas. O modelo pode fazer as seguintes suposições: Presume-se que a covariância entre valores de característica através de diferentes classes seja igual, e presume-se que a distribuição condicional de classe seja de natureza gaussiana multivariada. Os modelos podem ser construídos com diferentes conjuntos de características para cada combinação de tipo de bolus e problemas de segurança e eficiência. Modalidade Preferencial do Dispositivo
[0187] Conforme mostrado na Figura 7, uma modalidade preferencial do dispositivo 100 para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição é um dispositivo portátil e não-invasivo 700 projetado para uso no leito hospitalar. O dispositivo portátil e não invasivo 700 pode executar qualquer modalidade do método revelado acima. O dispositivo portátil e não invasivo 700 pode compreender ao menos três componentes básicos: uma unidade sensora 702 ("Cabeça do sensor" que pode funcionar de modo similar ao sensor 102); uma unidade de fixação 704 ("Fixação do sensor") que é, de preferência, de uso único e/ou descartável; e um tablet móvel e/ou uma unidade de mão
707.
[0188] A unidade sensora 702 compreende, de preferência, um acelerômetro de eixo duplo encerrado em um gabinete que pode ser fixado à parte frontal do pescoço de um paciente, logo abaixo da cartilagem da tireoide. Em uma modalidade, a unidade sensora 702 compreende um invólucro de plástico moldado e uma unidade sensora de placa de circuito impresso (PCB - "printed circuit board") que compreende um acelerômetro analógico de 3 eixos.
[0189] A unidade de fixação 704 pode aderir a unidade sensora 702 ao pescoço do paciente. Em uma modalidade, a unidade de fixação 704 compreende um emplastro adesivo conectado a uma peça de fixação, como uma peça de plástico moldado.
[0190] A unidade sensora 702 pode ser conectada por um primeiro cabo 706 a um conversor A/D 708 que então pode se conectar por um segundo cabo 710 ao tablet móvel e/ou à unidade de mão 707. O tablet móvel e/ou a unidade de mão 707 podem fornecer um ou mais dentre a interface de usuário 104, o elemento de entrada 105, o processador 106 ou o elemento de memória 107, de preferência todos esses elementos.
[0191] Um aplicativo de software dedicado no tablet móvel e/ou na unidade de mão 707 pode processar os dados de aceleração pré-condi- cionados e exibir os um ou mais resultados de diagnóstico. O dispositivo portátil e não invasivo 700 pode ser usado para avaliações de um ponto no tempo ou diariamente pelos médicos, para avaliar as alterações na condição de deglutição de um paciente. Qualquer interface de usuário adequada pode ser apropriada ao uso com o dispositivo 700.
[0192] A unidade sensora 702 pode ser fixada ao pescoço do paciente para monitorar as vibrações provenientes da garganta. O aplicativo de software no tablet móvel e/ou na unidade de mão 707 pode comparar essas vibrações àquelas típicas de pacientes saudáveis e de pacientes com segurança de deglutição deficiente. Como medida adicional, o software de aplicação pode ser projetado para comparar as vibrações àquelas típicas de pacientes saudáveis e de pacientes com eficiência de deglutição deficiente. Indicações de segurança de deglutição (risco de penetração e aspiração, que descreve proteção deficiente das vias aéreas) e eficiência de deglutição (que descreve a capacidade de fazer passar um bolus através da faringe em duas deglutições ou menos, sem deixar resíduos na garganta) podem ser processadas e exibidas na unidade de mão.
[0193] Uma modalidade preferencial de uma avaliação realizada com o uso do dispositivo compreende um paciente que toma uma série de goles de uma bebida, conforme orientado por um médico, o qual é instruído pelo software de interface no tablet. Cada gole pode ser processado e transferido para o software de aplicação que pode ser alojado no tablet móvel. De preferência, os dados são analisados, e o sistema produz uma avaliação da segurança e eficiência de deglutição. O processo de captura de sinal de medição é representado na Figura
8.
[0194] Em uma modalidade, o conversor A/D 708 pode ser conectado por meio de um cabo condutor e destinado a ser colocado sobre uma mesa durante a avaliação. Em uma outra modalidade, o conjunto de conversor A/D 708 pode ser incorporado a um "colar" onde o conversor A/D 708 fica suspenso na frente do paciente. O conversor A/D 708 pode ser um componente reutilizável.
[0195] Em outra modalidade, uma configuração sem fio pode remover o segundo cabo 710 que conecta o tablet móvel e/ou a unidade de mão 707 à unidade sensora 702 e ao conversor A/D 708. Essa configuração pode permitir a transferência sem fio de dados de sinal do sensor para o tablet móvel e/ou a unidade portátil 707, por exemplo, por meio de uma conexão sem fio Bluetooth e, de preferência, em conformidade com todos os padrões de software, transferência de dados e segurança elétrica/EMC.
[0196] Em uma modalidade preferencial do tablet, o tablet móvel e/ou a unidade de mão 707 compreendem um tablet comercialmente disponível que pode executar o software de aplicativo. A incorporação do tablet móvel e/ou da unidade de mão 707 pode ser desenvolvida em conformidade com todos os padrões de aplicativos móveis, software, transferência de dados e segurança elétrica/EMC.
[0197] Em uma modalidade preferencial, o dispositivo 700 (por exemplo, o tablet móvel e/ou a unidade de mão 707) pode compreender uma arquitetura que permite transferência e armazenamento de dados, monitoramento do sistema, atualização de software, gerenciamento de dispositivo e conexão com sistemas de registro de saúde eletrônico. Exemplo
[0198] O estudo clínico a seguir apresenta dados científicos que desenvolvem e suportam uma ou mais modalidades do dispositivo para testar a segurança de deglutição e a eficiência de deglutição aqui reveladas ("Sistema de detecção de disfagia", ou "DDS"). Especificamente, a modalidade testada do DDS é um dispositivo portátil e não invasivo projetado para uso clínico. Um acelerômetro de eixo duplo está contido no gabinete plástico de uma unidade sensora que é fixada à parte frontal do pescoço de um paciente, logo abaixo da borda inferior palpável da cartilagem da tireoide, por meio de uma unidade de fixação descartável de uso único. As vibrações são registradas nos eixos superior-inferior e anterior-posterior. Para este estudo, a unidade sensora foi conectada através de um cabo a um conversor A/D que, então, foi conectado a um computador laptop.
[0199] O estudo foi uma coleta e exploração prospectiva de sinais de acelerômetro de eixo duplo coletados pelo DDS durante deglutições sincronizadas no tempo com o Estudo da deglutição por videofluoroscopia (EDVF). O EDVF foi usado como o padrão clínico de referência para determinar o verdadeiro estado de deglutição dos indivíduos participantes.
[0200] O objetivo primário do teste era fornecer os dados necessários para o desenvolvimento do algoritmo classificador, a fim de classificar os sinais de deglutição capturados com o uso de um acelerômetro de eixo duplo em termos de segurança de deglutição deficiente e eficiência de deglutição deficiente em indivíduos com risco de disfagia orofaríngea.
[0201] O objetivo principal consistiu nos seguintes subobjetivos:
1. Processamento e filtragem de sinais.
2. Segmentação a fim de isolar regiões de interesse. Os eventos de deglutição para um bolus específico podem consistir adicionalmente em múltiplas subdeglutições. O objetivo da segmentação foi isolar regiões no sinal de acelerômetro correspondentes a cada subdeglutição.
3. Extração de características dos sinais de acelerômetro que seriam usados como preditores no algoritmo de classificação.
4. Seleção de características e construção de modelo preditivo.
5. Verificação de robustez do algoritmo final.
6. Estimativa da exatidão do classificador com o uso da área sob a curva (ASC) da curva de características de operação do receptor (COR) do classificador usando divisões aleatórias de treinamento e teste.
7. Fornecimento de evidências referentes à equivalência entre sinais de acelerômetro para deglutições de água e de bário ralo. Essa evidência é necessária pois o teste precisa ser executado com o uso de bário para permitir a avaliação simultânea por EDVF (o método clínico de referência), mas o uso pretendido do DDS é com água.
[0202] O objetivo secundário era avaliar o impacto do volume do gole e da reologia do bolus sobre classificadores baseados em acelerometria.
[0203] Os pontos finais relacionados ao objetivo principal para desenvolver o algoritmo classificador:
1. Exatidão de classificação em termos de área sob a curva (ASC) da curva de características de operação do receptor (COR) no nível de bolus.
2. Limite ótimo para a probabilidade de previsão no nível de bolus e para determinar sensibilidade e especificidade correspondentes.
[0204] Em relação ao procedimento do estudo, foi solicitado a indivíduos elegíveis que deglutissem até seis goles distintos de água, durante os quais foram registrados sinais de acelerometria. Imediatamente após os goles de água, os indivíduos foram submetidos ao EDVF usando até 6 goles de agente de contraste de bário ralo e até 3 bolus cada de bário espessado até três consistências diferentes com o uso de Thicken Up Clear (TUC), um espessante em pó contendo goma xantana (Nestlé Health Science): ligeiramente espesso (1,2 g de TUC/100 mL), moderadamente espesso (2,4 g de TUC/100 mL) e extremamente espesso (3,6 g de TUC/100 mL). Os sinais de acelerometria foram simultaneamente registrados durante as deglutições executadas no EDVF.
[0205] Goles de água, de bário líquido ralo e de bário moderadamente espesso foram tomados ou de um único copo de 7 oz (contendo ~4 oz de fluido), ou como goles únicos de uma série de copos separados de 7 oz (cada qual contendo ~4 oz de fluido). Para água, bário líquido ralo e bário moderadamente ralo, os indivíduos inscritos foram aleatoriamente selecionados para um método de administração com um único copo versus uma série de copos. Os volumes de ingestão foram medidos de acordo. O bário moderadamente espesso e o extremamente espesso foram tomados com uma colher. Em todos os casos, o volume do gole foi medido pelos pesos dos copos após cada gole ou colherada.
[0206] O protocolo de videofluoroscopia incluiu critérios de interrupção destinados a manter a segurança do paciente. Após a segunda observação de uma determinada consistência entrando nas vias aéreas, bolus adicionais dessa consistência foram interrompidos. Adicionalmente, após a quinta observação de material entrando nas vias aéreas (independentemente da consistência), a videofluoroscopia foi interrompida.
[0207] Após 100 indivíduos terem completado o teste, foi conduzida uma análise para testar se os métodos de administração com copo único versus múltiplos copos mostraram diferença sistemática em termos de volume de gole. Dados provenientes de 931 bolus de 95 indivíduos foram considerados para esta análise. Verificou- se que a diferença no volume de gole entre os dois métodos era estatisticamente não significativa com o uso de um modelo misto linear, ajustando-se para volume de gole pré-teste, gênero, e número de bolus. A diferença ajustada foi estimada como 1,03 ml (SE = 1,12, valor p = 0,789). O teste continuou depois disso usando apenas o método de copo único.
[0208] Em relação à coleta e análise de dados EDVF, os exames EDVF foram realizados na vista lateral, de acordo com um protocolo padrão, usando ou fluoroscopia contínua ou fluoroscopia pulsada a trinta pulsos por segundo, e foram registrados em um computador portátil a uma velocidade de quadros de trinta quadros por segundo. Os registros de videofluoroscopia foram transferidos eletronicamente ao laboratório de pesquisa de reabilitação da deglutição de Toronto (Swallowing Rehabilitation Research Laboratory, Toronto Reabilitation Institute – University Health Network) para processamento e análise. O processo de análise envolveu uma revisão da qualidade de imagem inicial e a identificação de códigos de tempo correspondentes ao início e ao fim dos eventos para cada bolus. Os registros foram, então, submetidos a splicing em clipes no nível de bolus em Matlab. A cada clipe de bolus foi atribuído um número aleatório para propósitos de classificação. Um total de 4.229 clipes de bolus foram analisados em duplicata por pares de classificadores. Os classificadores eram fonoaudiólogos licenciados que haviam sido treinados para serem competentes em cada uma das tarefas de classificação de acordo com um procedimento operacional padrão.
[0209] A segurança de deglutição foi categorizada para todas as subdeglutições para cada bolus, com o uso da Escala de penetração- aspiração (PAS - "Penetration-Aspiration Scale") de 8 pontos. Pontuações de 1 e 2 nesta escala não refletem nenhuma preocupação de segurança. Escores de 3 a 5 são classificados como "penetração", por meio da qual o material entra no espaço supraglótico, mas não se desloca abaixo das cordas vocais verdadeiras. Escores de 6 a 8 são classificados como "aspiração", de modo que o material percorre abaixo das dobras vocais verdadeiras. Um escore de 8 indica "aspiração silenciosa", onde não há tosse ou resposta de desobstrução da garganta pelo paciente. Os escores PAS foram subsequentemente reduzidos a um escore de segurança de deglutição binário, com escores de 1 e 2 classificados como "seguros" e escores de 3 e acima classificados como "inseguros".
[0210] A eficiência de deglutição descreve o grau em que uma pessoa é capaz de engolir e fazer passar um bolus através da faringe dentro de duas deglutições ou menos, sem deixar resíduo. Neste estudo, três critérios foram usados para rotular a deglutição de um bolus como ineficiente: a) Qualquer caso onde foram vistas mais de duas subdeglutições para um bolus foi classificado como ineficiente. b) O acúmulo de resíduo valecular acima de uma classificação subjetiva de 1 (correspondendo ao resíduo subjetivamente julgado como preenchendo mais de 50% do espaço disponível nas valéculas) foi considerado ineficiente. c) O acúmulo de resíduo nos seios piriformes acima da classificação subjetiva de 1 (correspondendo ao resíduo subjetivamente julgado como preenchendo mais de 50% do espaço disponível nos seios piriformes) foi considerado ineficiente.
[0211] Além das classificações de resíduo (0 = nenhum, 1 = até 50% cheio, 2 = > 50% cheio), foram feitas medições de resíduo baseadas em pixels, fornecendo um cálculo mais preciso do grau em que cada espaço estava cheio (% cheio) e possibilitando o cálculo da gravidade do resíduo, de acordo com a Escala de razão de resíduos normalizada, que incorpora a normalização de medidas de resíduo e de alojamento espacial a uma referência escalar anatômica (o comprimento da coluna cervical de C2 a C4).
[0212] A classificação EDVF foi executada em nível de bolus, isto é, cada bolus foi independentemente classificado por classificadores de EDVF no laboratório central. Os classificadores foram cegos quanto à identificação do indivíduo. Os resultados em nível de bolus foram, então, combinados ao nível de paciente. Qualquer evento único de invasão das vias aéreas ao longo dos bolus para uma consistência específica resultaria em um participante com nível "inseguro" para aquela consistência. De modo similar, qualquer evento único de ineficiência de deglutição ao longo dos bolus para uma dada consistência resultaria em um participante com nível de "ineficiente" para aquela consistência.
[0213] O desenvolvimento do algoritmo de classificação pode ser descrito em termos dos seguintes componentes: 1. Pré-processamento dos sinais de DDS; 2. Segmentação para isolar a região de atividade de deglutição; 3. Extração de características; e 4. Execução de experimentos de classificação para estimar a exatidão preditiva do classificador.
1. Pré-processamento de Sinal
[0214] Os sinais de acelerometria foram coletados a uma frequência de amostragem de 10 kHz. Foi mostrado que a maior parte da potência de sinal nas observações de acelerometria de deglutição em eixo duplo está concentrada abaixo de 100 Hz. Neste estudo, os sinais de acelerometria foram submetidos a eliminação de ruídos via decomposição de ondaletas em 10 níveis com 8 ondaletas-mãe de Daubechies e reconstruídos com limiarização suave.
[0215] A aproximação e o detalhe dos coeficientes de ondaleta foram usados, também, para extrair os componentes de sinal correspondentes ao movimento da cabeça, e para identificar segmentos de vocalização dentro dos sinais de deglutição capturados.
[0216] Especificamente, os coeficientes de ondaleta de aproximação no nível 10 foram usados para reconstruir os componentes de sinal contendo frequências menores que 5 Hz que são relatadas como sendo o conteúdo de frequência que caracteriza o movimento da cabeça. Para isolar o componente de sinal com conteúdo de frequência caracterizando vocalização, suprimiu-se tudo exceto os coeficientes de ondaleta de detalhes que correspondem à faixa de frequências de 40 a 650 Hz (coeficientes de detalhe de nível 5 a 8).
[0217] Dentro do componente de vocalização extraído do sinal (conteúdo de 40 a 650 Hz), os segmentos ativos foram identificados através de uma busca de pico, e aqueles segmentos com duração entre 0,4 e 1 segundo foram identificados como segmentos de vocalização.
2. Segmentação
[0218] Cada bolus consumido por um participante pode ter sido ingerido por meio de uma ou mais subdeglutições. A segmentação envolve identificar, para cada bolus, o local de uma ou múltiplas regiões de atividade de deglutição. A segmentação foi executada independentemente por cada uma das três equipes, e depois mesclada com o uso da união dos segmentos reconhecidos pelos três algoritmos de segmentação.
[0219] O algoritmo não supervisionado dividiu o sinal do bolus em segmentos menores e removeu quaisquer segmentos com picos de sinal muito grandes, eliminando artefatos de fontes de sinal não relacionados à deglutição. As deglutições dos candidatos foram identificadas a partir dos segmentos restantes por meio de um método de agrupamento fuzzy c-means que separou segmentos com alto desvio padrão daqueles com baixo desvio padrão. Os sinais provenientes dos eixos S-I e A-P (os dois eixos ortogonais do sensor) foram segmentados separadamente, e a intersecção dos segmentos de deglutição candidatos de cada eixo compreendeu os resultados finais de segmentação.
[0220] O algoritmo supervisionado envolveu dividir os sinais de bolus em segmentos com igual comprimento de 1,3 segundo de duração, com a possibilidade de uma sobreposição entre segmentos consecutivos de 0,3 segundo e, então, usar o teste de igualdade com modelo. Uma divisão aleatória dos dados resultou em pequenos conjuntos de treinamento e de teste. Os segmentos foram extraídos entre os tempos de início e parada do EDVF e também das regiões de não deglutição. Esses segmentos foram chamados de modelos de deglutição e modelos de não deglutição, respectivamente. Para bolus de teste, os segmentos de deglutição foram então identificados com o uso de uma medida de similaridade com modelos de deglutição/não deglutição. Finalmente, a limiarização adaptável e a mesclagem de segmentos (para segmentos vizinhos muito curtos) foram feitas antes da finalização do segmento de deglutição para cada bolus.
[0221] Uma outra abordagem não supervisionada envolveu a transformação polar dos sinais dos eixos geométricos S-I e A-P, um filtro passa-baixa de Hz e um filtro passa-alta de 0,5 Hz, com o uso de modelos ocultos de Markov (MOM) para encontrar segmentos de deglutição iniciais e, com o uso do algoritmo EM (algoritmo de maximização de expectativa) para classificar segmentos diferentes em regiões de deglutição ou de não deglutição, com base na correlação entre os dois eixos geométricos e a amplitude de sinal.
3. Extração e Seleção de Características
[0222] Os algoritmos de extração de características foram implementados em Matlab por dois grupos de análise de sinal independentes. Um total de mais de 100 características diferentes foram calculadas para cada sinal de bolus em seguida à segmentação. As características com a capacidade para discriminar entre deglutição saudável e deficiente foram selecionadas com base em experiência. As características incluem algumas que são baseadas nos eixos geométricos S-I e A-P separadamente, bem como aquelas que combinaram informações de ambos os eixos. Características de domínio de tempo, de frequência e de tempo-frequência foram incluídas para consideração.
[0223] As mais de 100 características diferentes foram reduzidas a um conjunto mínimo de características proeminentes com o uso de uma regressão binomial regularizada com penalidade líquida elástica, e foi obtida a ordenação de importância.
[0224] Em seguida a esta redução, modelos de Análise discriminante linear (ADL) e modelos de Máquina de vetores de suporte (MVS) foram ajustados aos conjuntos de treinamento e usados para predição sobre os conjuntos de teste. Esse processo foi executado
1.000 vezes. Para cada divisão de treinamento e teste, a ASC das curvas COR para aumentar o número de características foi traçada para o conjunto de treinamento, bem como para o conjunto de teste, a fim de observar tendências de sobreajuste. O número de características a serem incluídas para cada modelo de classificação foi determinado de maneira conservadora, a fim de evitar o sobreajuste.
4. Estimativa da Exatidão de Classificação
[0225] Após a seleção de características, a exatidão de classificação do ADL e de outros modelos foi calculada com o uso de validação cruzada que foi repetida 10.000 vezes. Durante cada passagem da validação cruzada, os sinais de bolus de 20% dos participantes foram separados para serem o conjunto de teste, e os bolus dos 80% restantes dos participantes foram usados para treinar o classificador. Essa divisão aleatória foi estratificada pelo estado do paciente derivado dos resultados de VFS. O classificador foi treinado com o uso da metodologia de Análise discriminante linear. Usando o mesmo conjunto de características, outros modelos classificadores, como SVM, também foram testados quanto à exatidão.
[0226] O ajuste de limiar foi aplicado ao classificador resultante para identificar o limiar de probabilidade que produziria precisões em nível de bolus no conjunto de treinamento que estariam mais alinhadas com os níveis de sensibilidade/especificidade-alvo de 90%/60%. O conjunto de teste foi subsequentemente passado pelo classificador com o nível de limiar ajustado aplicado, e foram calculadas a sensibilidade e a especificidade do nível de bolus resultantes. As precisões no nível de bolus dos conjuntos de teste em todas as 10.000 passagens foram calculadas para fornecer a sensibilidade final e os níveis de especificidade para o classificador. Resultados Características do Paciente
[0227] 344 indivíduos foram avaliados quanto à elegibilidade para participar, e 12 não atenderam aos critérios de inclusão / exclusão. 305 dos 344 indivíduos inicialmente inscritos tinham ao menos 2 bolus com dados completos (isto é, sinais de EDVF e DDS simultaneamente registrados). A Figura 9 relata o fluxo de participantes através do estudo.
[0228] As características demográficas são delineadas na Tabela 1 abaixo. A idade média dos participantes do estudo foi de 70 anos e 50% eram mulheres. Um total de 107 pacientes (32,2%) tiveram acidente vascular cerebral, e 18 (5,4%) apresentaram lesão cerebral aguda diferente de acidente vascular cerebral. 207 (62,3%) dos participantes são agrupados em "Outros", representando todos os pacientes inscritos acima de 50 anos que apresentaram diferentes condições médicas além de lesão/acidente vascular cerebral agudo. Acidente vascular Outra lesão Outros, idade Combinado cerebral cerebral ≥ 50
N (N = 107) (N = 18) (N = 207) (N = 332) Sexo 332 Mulheres 48 (45%) 4 (22%) 113 (55%) 165 (50%) Homens 59 (55%) 14 (78%) 94 (45%) 167 (50%) Idade 332 70 ± 14 67 ± 11 73 ± 11 72 ± 12 EDVF gravado 332 Tabela 1. Características demográficas dos indivíduos que foram submetidos a videofluoroscopia por subgrupo de diagnóstico. Os dados são mostrados de acordo com a seguinte convenção x ± s representa a média ± um desvio padrão.
[0229] No total, após as exclusões terem sido removidas, os resultados de EDVF estavam disponíveis para 305 participantes. O protocolo de videofluoroscopia incluiu critérios de interrupção destinados a manter a segurança do paciente, portanto nem todos os participantes completaram o protocolo completo de seis bolus líquidos ralos, três bolus ligeiramente espessos, três bolus moderadamente espessos e três bolus extremamente espessos. Adicionalmente, problemas de qualidade de vídeo (como sombras de ombro obstruindo a visão e problemas com a ativação da fluoroscopia no final ou no início da operação) significam que alguns clipes não puderam ser classificados. Segurança e Eficiência de Deglutição
[0230] 1.730 deglutições ralas (bolus), 872 bolus ligeiramente espessos, 833 bolus moderadamente espessos e 794 bolus extremamente espessos foram analisados quanto a segurança e eficiência de deglutição. A prevalência de segurança ou eficiência de deglutição deficiente em nível de participante foi determinada a partir da análise de bolus em EDVF, da seguinte forma: - Os participantes foram considerados como tendo deglutição deficiente ou eficiência com estímulos ralos, se ao menos um bolus deficiente na série de uma a seis deglutições tiver sido deficiente quanto a segurança ou eficiência, respectivamente. - Os participantes foram considerados como tendo deglutição deficiente ou eficiência com estímulos ligeiramente espessos, moderadamente espessos ou extremamente espessos, se ao menos um bolus deficiente na série de uma a seis deglutições tiver sido deficiente quanto a segurança ou eficiência, respectivamente.
[0231] A Tabela 2, abaixo, mostra a prevalência de deglutições inseguras e problemas de eficiência em nível de bolus e em nível de participante, por tipo de estímulo. Os dados demonstraram que os problemas de segurança de deglutição diminuíram substancialmente com o aumento da viscosidade dos estímulos, resultando em menos dados disponíveis para o desenvolvimento do classificador destinado a consistências moderadamente e extremamente espessas.
Número de pontos de dados Segurança prejudicada Eficiência prejudicada disponíveis Nível de Nível do Nível de Nível do Consistência do bolus participante bolus participante Bolus Participantes estímulo n % n % n % n % Ralo (1 a 6 bolus) 1.730 305 125 7,2% 70 23,0% 115 6,7% 60 19,7% Ligeiramente espesso 872 302 51 5,9% 42 13,9% 86 9,9% 54 17,9% Moderadamente 833 281 17 2,0% 14 5,0% 75 8,9% 51 18,2% espesso Extremamente 794 268 11 1,4% 10 3,7% 67 8,4% 48 17,9% espesso Tabela 2. Prevalência de prejuízo à segurança da deglutição e prejuízo à eficiência da deglutição no nível do bolus e do indivíduo, por tipo de estímulo.
[0232] A eficiência de deglutição geralmente não é abordada pela triagem da disfagia, que se concentra na segurança e no risco de aspiração. Os indivíduos que têm eficiência de deglutição deficiente podem exigir mais tempo para completar uma refeição e estão em risco de desnutrição. Os dados sugerem que a ineficiência da deglutição é uma questão prevalente e importante que exige estudo adicional.
[0233] A diferença entre a prevalência de segurança deficiente em nível de bolus versus nível de participante, conforme determinado pelo EDVF, é explicada pela variabilidade de deglutição intrapaciente: em pacientes com disfagia, nem todas as deglutições são deficientes. Tal variabilidade intrapaciente na deglutição (entre bolus na série de deglutições) é muito importante considerar o design do ensaio de validação de DDS: manter o foco na precisão em nível de bolus e usar registro simultâneo de DDS e EDVF são ambos importantes para assegurar uma validação confiável. Número Ótimo de Bolus para Detectar a Segurança de Deglutição
[0234] Não há consenso entre especialistas sobre qual é o número ideal de bolus para avaliação de deglutição.
[0235] A fim de determinar o número ideal de bolus para detectar a segurança de deglutição para estímulo ralo em nível de paciente, foi analisada a porcentagem cumulativa de deficiência da segurança de deglutição detectada no nível dos participantes (Tabela 3 abaixo). A porcentagem cumulativa após quatro bolus foi de 22,16% aumentando até 25,6% após seis bolus com uma curva em achatamento de ganho na porcentagem cumulativa.
Bolus N em risco N. Nenhum Porcentagem cumulativa de primeira evento participante com de deficiência detectada detecção deficiência (%) (%) 1 305 23 7,54 7,54 2 282 21 7,45 14,99 3 257 9 3,50 18,49 4 254 9 3,67 22,16 5 235 3 1,28 23,44 6 230 5 2,17 25,61 Tabela 3. Porcentagem em nível do participante para deficiência da segurança de deglutição detectada em estímulos ralos.
[0236] Dada esta descoberta, a probabilidade prevista média de deficiência foi resumida no nível do indivíduo usando até 4 bolus para estímulo ralo e até 3 bolus para outras consistências. A curva receptor- operador no nível do indivíduo foi obtida comparando-se essas probabilidades previstas médias ao marcador de classe em nível de indivíduo obtido com o uso da regra de combinação de "ao menos um positivo" nos dados binários de EDVF. Dessa forma, se o EDVF mostrou um problema em ao menos um bolus de uma dada consistência, então aquele paciente foi considerado como tendo a função de deglutição deficiente naquela consistência. Conforme será observado abaixo, a prevalência de segurança de deglutição deficiente diminuiu substancialmente com os estímulos mais espessos. Dada a disponibilidade limitada de dados de segurança de deglutição deficiente com essas consistências, decidiu-se desenvolver um classificador para os estímulos combinados moderadamente e extremamente espessos (doravante chamados de moderadamente/extremamente espessos).
[0237] Levando em consideração o ganho incremental na detecção de deglutição deficiente versus exposição à radiação durante o EDVF e o objetivo de desenvolver um dispositivo como uma ferramenta de cabeceira prática e fácil de usar para detectar deglutição deficiente, foram usados quatro bolus para construir o classificador. A DDS permitirá um teste de até 4 bolus para estímulo ralo.
[0238] Em várias modalidades, o algoritmo classificador aqui revelado pode ser construído com o uso de um número ideal de quatro bolus para triagem aprimorada de qualquer dispositivo de disfagia adequado. Conforme discutido acima, há várias formas diferentes de monitorar e detectar a disfagia orofaríngea, incluindo, mas não se limitando a, o método preferencial de uso do DDS empregado no estudo exploratório específico e ilustrado na Figura 8. Uma vez construído, o classificador pode ser usado para avaliar com exatidão e segurança se um paciente tem deglutição deficiente, independentemente de se o dispositivo de disfagia estiver usando EDVF, FEES, sonar ou qualquer outra técnica.
[0239] Para outros estímulos (ligeiramente, moderadamente e extremamente espessos), o classificador foi construído usando a abordagem de três bolus disponível de acordo com o protocolo do estudo. Levando em consideração as aprendizagens para estímulo ralo, o plano para o teste de validação inclui coleta de dados para quatro bolus de cada estímulo. Exatidão da Classificação em DDS
[0240] Os resultados de 10.000 divisões aleatórias dos dados em conjuntos de treinamento e de teste, estratificados pelo estado de doença do paciente, conforme determinado com o uso dos marcadores de classe VFS, são apresentados mais adiante neste documento. O classificador principal tem por base o modelo ADL. Outros classificadores, incluindo SVMs, também foram ajustados e testados quanto à precisão a fim de verificar a robustez. Aqui, os resultados são apresentados para o modelo ADL por consistência. A sensibilidade e a especificidade são calculadas para cada divisão aleatório para teste de treinamento e são baseadas em limiares otimizados, isto é, o ponto na curva COR que é a distância mínima do ponto-alvo (sensibilidade = 0,9, 1 - especificidade = 0,4) correspondente a 90% de sensibilidade e 60% de especificidade.
A ASC da curva COR no nível de bolus é o principal ponto final do teste, que é independente de quaisquer limiares.
As Tabelas 4a e 4b, abaixo, resumem a precisão estimada do classificador ADL com o uso de 10.000 divisões aleatórias dos dados para teste de treinamento (Tabela 4a é a segurança de deglutição, Tabela 4b é a eficiência de deglutição). Para as três consistências espessas, o número de características e as características específicas usadas são diferentes.
Entretanto, há características sobrepostas, e as características não sobrepostas estão fortemente correlacionadas a pelo menos uma característica usada no outro classificador.
Média da ASC Média da ASC Média de Média de Consistência (%) do nível (%) do nível de sensibilidade especificidade de bolus ± DP participante ± DP (%) ± DP (%) ± DP
Ralo 80,9 ± 5,9 81,5 ± 6,1 90,4 ± 7,7 60,0 ± 7,8
Ligeiramente espesso 83,9 ± 5,6 83,6 ± 5,9 92,7 ± 8,7 59,9 ± 7,5
Moderadamente espesso 78,9 ± 11,9 79,7 ± 15,1 89,1 ± 22,0 59,6 ± 7,6
Tabela 4a.
Precisão do classificador para detectar problemas de segurança de deglutição por consistência no nível de paciente
Média da Média da ASC Média de Média de ASC (%) do (%) do nível de Consistência sensibilidade especificidade nível de participante ± (%) ± DP (%) ± DP bolus ± DP DP
Ralo 76,7 ± 6,4 77,7 ± 7,5 82,3 ± 11,0 59,2 ± 7,9 Ligeiramente espesso 80,1 ± 6,0 78,0 ± 7,7 82,4 ± 11,0 59,6 ± 7,9 Moderadamente 73,3 ± 7,1 71,9 ± 8,3 79,3 ± 11,7 59,3 ± 8,2 espesso Tabela 4b.
Precisão do classificador para detectar problemas de eficiência de deglutição por consistência no nível de paciente
[0241] Sinais com alto nível de ruído: Todos os sinais de acelerometria coletados foram classificados como "seguros" ou "inseguros", conforme mostrado nas Tabelas 4a e 4b. Entretanto, alguns desses sinais exibiram um alto nível de ruído, tornando difícil implementar a segmentação.
[0242] Para o teste de validação, portanto, a ideia de sinais "cinzentos" é introduzida, definida pelo nível de entropia espectral (distúrbio no sinal). Espera-se que essa ideia resulte em, no máximo, 5% dos sinais classificados como "cinzentos", onde o paciente precisa ser encaminhado para avaliação adicional.
[0243] Limiarização e variabilidade nas estimativas de sensibilidade e especificidade: Dois fatores contribuem para a variabilidade bastante alta nas estimativas de sensibilidade e especificidade:
1. Conjuntos de teste pequenos: 70 de 305 participantes mostraram problemas de segurança de deglutição em ao menos um bolus com o bolus de consistência rala. As divisões aleatórias 80-20 para teste de treinamento resultaram em um pequeno número de indivíduos com problemas.
2. A limiarização otimizada minimizando a distância entre cada curva COR e os pontos de desempenho alvo (0,4, 0,9) foi executada separadamente para cada divisão aleatória. Novamente, devido aos pequenos conjuntos de teste, houve uma grande variabilidade nos limiares, o que contribuiu adicionalmente para a variabilidade vista nas estimativas de sensibilidade e especificidade.
[0244] Equivalência entre água e líquido ralo: O objetivo principal desse teste foi usar os sinais de acelerômetro e de EDVF coletados simultaneamente nas deglutições de bário ralas, a fim de desenvolver um algoritmo classificador que poderia prever deficiência de deglutição (de segurança e/ou eficiência) com base apenas nos sinais de acelerômetro. Entretanto, o principal uso pretendido do dispositivo no futuro é detectar a deficiência de deglutição com o uso de deglutições de água. Por essa razão, os sinais do acelerômetro foram coletados para deglutições de água, mas sem o EDVF simultâneo.
[0245] Foi realizado um teste de equivalência baseado em dados dos primeiros oitenta participantes que tinham ao menos duas deglutições disponíveis, tanto para água como para bário ralo. Uma margem de equivalência de 10% foi usada como o limite de concordância, como comumente feito. Um algoritmo de segmentação baseado em modelos Hidden-Markov foi usado para extrair o perfil de deglutição principal para cada deglutição de cada indivíduo. A fim de reduzir o problema de eixo duplo para o caso univariado, foi usada a função (,) ↦ 2 + 2. Após o alinhamento do pico, uma largura de tempo fixa de um segundo centralizada no pico foi, então, extraída. Um modelo aditivo misto funcional proposto por Scheipl, Staicu e Greven foi, então, ajustado aos dados com efeitos aleatórios e termos suaves para o indivíduo. Intervalos de confiança pontuais de 95% foram computados para a diferença entre a média de perfis de deglutição para água e bário ralo. Os resultados mostraram que os intervalos de confiança pontuais de 95% para a diferença estavam dentro de ± 10%. Conclusões e implicações para o design do teste de validação • Segurança de deglutição com o uso de estímulo ralo: a. Uma ASC de 0,82 da curva COR no nível de bolus foi obtida para detectar problemas de segurança de deglutição b. Dados sobre a porcentagem cumulativa de deficiência da segurança de deglutição detectada sugerem que quatro bolus são um número ótimo para detectar um problema de segurança de deglutição c. Sensibilidade e especificidade próximas aos valores-alvo de 90% e 60% (86,7% e 60,4%, respectivamente) foram alcançadas para estímulos ralos d. Como a validação com EDVF não foi possível com água, foi executado um teste de equivalência. O teste mostrou que os perfis de acelerometria média de deglutição para água e bário ralo podem ser considerados equivalentes para um dado participante.
[0246] Segurança de deglutição usando estímulos mais espessos: a. Uma ASC de 0,83 da curva COR foi obtida a fim de detectar problemas de segurança de deglutição para estímulo ligeiramente espesso. A ASC para as consistências moderadamente e extremamente espessa atingiu 0,76 e 0,87, apesar de uma quantidade limitada de dados disponíveis. b. Sensibilidade e especificidade de 87,5% e 60,4% foram obtidas para estímulo ligeiramente espesso, e 3,3% e 61,1% para moderadamente espesso. Os resultados para estímulo extremamente espesso foram duvidosos devido à prevalência muito baixa.
[0247] Os resultados revelaram que os participantes com deficiência de deglutição não necessariamente exibem deglutição deficiente em todos os bolus de uma série de deglutições. Portanto, as medições simultâneas por DDS e pelo método clínico de referência (EDVF), conforme executado no ensaio, são de importância crítica para o futuro teste de validação.
[0248] Os dados indicam que quatro bolus são necessários para detectar segurança de deglutição deficiente com estímulos ralos, e sugerem que qualquer método usando menos de quatro bolus poderia falhar na detecção da deficiência. Isso é válido tanto para protocolos não radiográficos como de videofluoroscopia. Os dados também sugerem que a coleta de mais de quatro bolus ralos adiciona um benefício incremental marginal para detecção de segurança deficiente. Isso é uma informação útil, pois a coleta de mais de quatro bolus na videofluoroscopia aumenta a exposição à radiação e pode induzir fadiga.
[0249] A maioria dos protocolos de triagem de deglutição atualmente em uso tem seu foco nos sinais de segurança deficiente e risco de aspiração, sem levar em consideração a eficiência de deglutição. Os dados no estudo mostram que a ineficiência de deglutição é frequente e importante. Além disso, os dados sugerem que o resíduo pode ser comum em líquidos ralos.
[0250] Não foram observados quaisquer eventos adversos graves relacionados ao dispositivo ou ao protocolo de deglutição.
[0251] A convenção usada neste projeto foi classificar a segurança e a eficiência de deglutição com base no pior escore atribuído ao longo das subdeglutições para um bolus específico. Entretanto, os parâmetros de segurança e eficiência podem ser combinados para fornecer um escore geral para um dado bolus. Para o resultado principal de detecção da segurança de deglutição deficiente com líquidos ralos, uma ASC média de 80,9% no COR foi obtida no nível de bolus. Quando combinado ao nível de indivíduo, a ASC média foi de 81,5%, com sensibilidade (isto é, taxa positiva verdadeira) de 90,4% e especificidade (isto é, taxa negativa verdadeira) de 60,0%, respectivamente. O desempenho do classificador foi similarmente forte para detecção de segurança de deglutição deficiente com consistências mais espessas. Os classificadores de eficiência obtiveram sensibilidades de ~80% e especificidades de 60% ao longo das consistências testadas.
[0252] Os algoritmos classificadores de sinal de acelerometria desenvolvidos neste estudo possibilitam a detecção de deglutição deficiente com alta exatidão. É importante notar que isso fornece um meio automatizado e não-invasivo de avaliação da deglutição no leito hospitalar.
[0253] Várias alterações e modificações às presentes modalidades preferenciais aqui descritas ficarão evidentes aos versados na técnica.
Tais alterações e modificações podem ser feitas sem que se afaste do espírito e escopo do presente assunto e sem que se diminua suas vantagens pretendidas.
Pretende-se, portanto, que tais alterações e modificações sejam abrangidas pelas reivindicações em anexo.

Claims (39)

  1. REIVINDICAÇÕES 1Dispositivo integrado para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição, caracterizado por compreender: um processador configurado para (i) receber os primeiros dados vibracionais para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo, (ii) comparar os dados de deglutição selecionados do grupo que consiste em ao menos uma porção dos primeiros dados vibracionais, ao menos uma porção dos segundos dados vibracionais derivados dos primeiros dados vibracionais, e uma combinação dos mesmos contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição, (iii) atribuir uma probabilidade de segurança de deglutição e uma probabilidade de eficiência de deglutição a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição são atribuídas a correspondente probabilidade de segurança de deglutição e a correspondente probabilidade de eficiência de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, a fim de fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, (iv) determinar uma classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de segurança de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de pelo menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada, e
    (v) determinar uma classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de eficiência de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de pelo menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada; e uma interface de usuário configurada para fornecer uma ou mais primeiras saídas compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  2. 2. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a probabilidade de segurança de deglutição e a probabilidade de eficiência de deglutição serem atribuídas ao evento de deglutição correspondente em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
  3. 3. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada uma dentre as uma ou mais primeiras saídas pela interface de usuário ocorrerem em tempo real em relação à conclusão da primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  4. 4. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender adicionalmente um acelerômetro comunicativamente conectado ao processador a fim de fornecer os primeiros dados vibracionais.
  5. 5. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender adicionalmente um gabinete, sendo que cada um dentre o processador e a interface de usuário tem uma posição individualmente selecionada do grupo que consiste em:
    dentro do gabinete, mecanicamente conectado ao gabinete e uma combinação dos mesmos.
  6. 6. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a classificação de segurança de deglutição ser a única classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e a classificação de eficiência de deglutição ser a única classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  7. 7. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado por o processador estar configurado para usar a interface de usuário a fim de fornecer uma ou mais segundas saídas de usuário compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e sendo que cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida.
  8. 8. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o processador estar configurado para usar a interface de usuário a fim de instruir a administração de uma primeira dose de bebida, então aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da primeira dose de bebida, então usar a interface de usuário para instruir a administração de uma segunda dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da segunda dose de bebida.
  9. 9. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por o processador estar configurado para atribuir uma primeira probabilidade de segurança de deglutição e uma primeira probabilidade de eficiência de deglutição a um primeiro evento de deglutição correspondente à primeira dose de bebida, e atribuir uma segunda probabilidade de segurança de deglutição e uma segunda probabilidade de eficiência de deglutição a um segundo evento de deglutição correspondente à segunda dose de bebida.
  10. 10. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por: o processador estar configurado para usar a interface de usuário, após as informações inseridas pelo usuário identificarem a conclusão da deglutição da segunda dose de bebida, para instruir a administração de uma terceira dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da terceira dose de bebida, e o processador estar configurado para atribuir uma terceira probabilidade de segurança de deglutição e uma terceira probabilidade de eficiência de deglutição a um terceiro evento de deglutição correspondente à terceira dose de bebida.
  11. 11. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por: o processador estar configurado para usar a interface de usuário, após as informações inseridas pelo usuário identificarem a conclusão da deglutição da terceira dose de bebida, para instruir a administração de uma quarta dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da quarta dose de bebida, e o processador estar configurado para atribuir uma quarta probabilidade de segurança de deglutição e uma quarta probabilidade de eficiência de deglutição a um quarto evento de deglutição correspondente à quarta dose de bebida.
  12. 12. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a classificação de segurança de deglutição ser baseada na média geométrica das primeira, segunda, terceira e quarta probabilidades de segurança de deglutição, e a classificação de eficiência de deglutição ser baseada na média geométrica das primeira, segunda, terceira e quarta probabilidades de eficiência de deglutição.
  13. 13. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por: a pelo menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada compreender uma primeira classificação de segurança de deglutição, indicativa de deglutição segura, e uma segunda classifi- cação de segurança de deglutição, indicativa de deglutição insegura, a pelo menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada compreender uma primeira classificação de eficiência de deglutição, indicativa de deglutição eficiente, e uma segunda classificação de eficiência de deglutição, indicativa de deglutição ineficiente, e as uma ou mais primeiras saídas compreenderem ao menos um ícone exibido na interface de usuário para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone tem uma primeira cor para a primeira classificação de segurança de deglutição ou uma segunda cor, diferente da primeira cor, para a segunda classificação de segurança de deglutição, e sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone tem uma terceira cor para a primeira classificação de eficiência de deglutição ou uma quarta cor, diferente da terceira cor, para a segunda classificação de eficiência de deglutição.
  14. 14. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender um elemento de memória configurado para armazenar, em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo, a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  15. 15. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por o processador estar configurado para fazer a triagem de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a primeira pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade, a segunda pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade, sendo que o processador está configurado para armazenar a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo, e o processador está configurado para armazenar uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
  16. 16. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por o processador estar configurado para comparar a classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição à classificação de segurança de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, e comparar a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição à classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
  17. 17. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por o processador estar configurado para fazer a triagem de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo diferente do primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, e para armazenar uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo.
  18. 18. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o processador estar configurado para fazer a triagem de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo ao menos um dia depois da primeira pluralidade de eventos de deglutição, e o processador estar configurado para comparar a classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição a uma classificação de segurança de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, e comparar a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição a uma classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
  19. 19. Dispositivo de triagem integrado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição ocorrer não mais que dez minutos depois de um evento diretamente anterior dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e não mais que dez minutos antes de um evento diretamente subsequente dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  20. 20. Método para triagem da segurança de deglutição e da eficiência de deglutição, caracterizado por compreender: receber, em um dispositivo que compreende um processador, primeiros dados vibracionais para uma primeira pluralidade de eventos de deglutição executados sucessivamente por um primeiro indivíduo;
    comparar, no dispositivo, os dados de deglutição seleciona- dos do grupo que consiste em ao menos uma porção dos primeiros dados vibracionais, ao menos uma porção dos segundos dados vibracionais derivados dos primeiros dados vibracionais, e uma combinação dos mesmos, contra critérios de classificação predefinidos definidos para cada uma dentre segurança de deglutição e eficiência de deglutição; determinar uma probabilidade de segurança de deglutição e uma probabilidade de eficiência de deglutição para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição com base, ao menos parcialmente, na comparação dos dados de deglutição contra os critérios de classificação predefinidos, sendo que a cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição são atribuídas a corres- pondente probabilidade de segurança de deglutição e a correspondente probabilidade de eficiência de deglutição, independentemente dos outros eventos de deglutição, a fim de fornecer medições pontuais independentes para a primeira pluralidade de eventos de deglutição; determinar uma classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de segurança de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de segurança de deglutição é identificada a partir de pelo menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada; determinar uma classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com base, ao menos parcialmente, na probabilidade de eficiência de deglutição de cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a classificação de eficiência de deglutição é identificada a partir de pelo menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada; e produzir, a partir do dispositivo, uma ou mais primeiras saídas compreendendo ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  21. 21. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por a determinação, pelo dispositivo, da probabilidade de segurança de deglutição e de uma probabilidade de eficiência de deglutição ocorrer em tempo real em relação ao evento de deglutição correspondente.
  22. 22. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por as uma ou mais primeiras saídas que identificam a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição ocorrerem em tempo real em relação à conclusão da primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  23. 23. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por compreender transmitir os primeiros dados vibracionais ao dispositivo a partir de um acelerômetro comunicativamente conectado ao dispositivo.
  24. 24. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por o dispositivo compreender um gabinete e compreender uma interface de usuário que fornece as uma ou mais primeiras saídas, e sendo que cada um dentre o processador e a interface de usuário tem uma posição individualmente selecionada do grupo que consiste em: dentro do gabinete, mecanicamente conectado ao gabinete e uma combinação dos mesmos.
  25. 25. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por a classificação de segurança de deglutição ser a única classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e a classificação de eficiência de deglutição ser a única classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  26. 26. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por compreender produzir, a partir do dispositivo, uma ou mais segundas saídas que compreendem ao menos um dentre áudio e/ou gráficos que instruem a administração de uma pluralidade de doses de bebida, e sendo que cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição corresponde a uma dentre a pluralidade de doses de bebida.
  27. 27. Método, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado por compreende instruir a administração de uma primeira dose de bebida, então aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da primeira dose de bebida, então instruir a administração de uma segunda dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da segunda dose de bebida.
  28. 28. Método, de acordo com a reivindicação 27, caracterizado por compreender: determinar uma primeira probabilidade de segurança de deglutição e uma primeira probabilidade de eficiência de deglutição para um primeiro evento de deglutição correspondente à primeira dose de bebida; e determinar uma segunda probabilidade de segurança de deglutição e uma segunda probabilidade de eficiência de deglutição para um segundo evento de deglutição correspondente à segunda dose de bebida.
  29. 29. Método, de acordo com a reivindicação 28, caracterizado por compreender: após as informações inseridas pelo usuário identificarem a conclusão da deglutição da segunda dose de bebida, instruir a administração de uma terceira dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da terceira dose de bebida; e identificar uma terceira probabilidade de segurança de deglutição e uma terceira probabilidade de eficiência de deglutição para um terceiro evento de deglutição correspondente à terceira dose de bebida.
  30. 30. Método, de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por compreender: após as informações inseridas pelo usuário identificarem a conclusão da deglutição da terceira dose de bebida, instruir a administração de uma quarta dose de bebida e, então, aceitar informações inseridas pelo usuário que identificam a conclusão da deglutição da quarta dose de bebida; e identificar uma quarta probabilidade de segurança de deglutição e uma quarta probabilidade de eficiência de deglutição para um quarto evento de deglutição correspondente à quarta dose de bebida.
  31. 31. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por: a pelo menos uma classificação de segurança de deglutição predeterminada compreender uma primeira classificação de segurança de deglutição, indicativa de um evento seguro, e uma segunda classificação de segurança de deglutição, indicativa de um evento inseguro, a pelo menos uma classificação de eficiência de deglutição predeterminada compreender uma primeira classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento eficiente, e uma segunda classificação de eficiência de deglutição, indicativa de um evento ineficiente, e as uma ou mais primeiras saídas compreenderem ao menos um ícone para cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que ao menos um ícone é exibido em uma interface de usuário do dispositivo, sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone tem uma primeira cor para a primeira classificação de segurança de deglutição ou uma segunda cor, diferente da primeira cor, para a segunda classificação de segurança de deglutição, e sendo que ao menos uma porção do ao menos um ícone tem uma terceira cor para a primeira classificação de eficiência de deglutição ou uma quarta cor, diferente da terceira cor, para a segunda classificação de eficiência de deglutição.
  32. 32. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por compreender armazenar no dispositivo, em um primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo, a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  33. 33. Método, de acordo com a reivindicação 32, caracterizado por compreender adicionalmente: fazer a triagem, com o dispositivo, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição, sendo que a primeira pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade, e sendo que a segunda pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade; armazenar, no dispositivo, a classificação de segurança de deglutição e a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da primeira bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo; e armazenar, no dispositivo, uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, em associação com a identificação da segunda bebida no primeiro perfil associado ao primeiro indivíduo.
  34. 34. Método, de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por compreender: comparar, no dispositivo, a classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com a classificação de segurança de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição; e comparar, no dispositivo, a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com a classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
  35. 35. Método, de acordo com a reivindicação 32, caracterizado por compreender adicionalmente: fazer a triagem, no dispositivo, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados por um segundo indivíduo, subsequente à primeira pluralidade de eventos de deglutição; e armazenar, no dispositivo, uma classificação de segurança de deglutição e uma classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição, em um segundo perfil associado ao segundo indivíduo.
  36. 36. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por compreender: fazer a triagem, no dispositivo, de uma segunda pluralidade de eventos de deglutição executados pelo primeiro indivíduo, ao menos um dia depois da primeira pluralidade de eventos de deglutição; comparar, no dispositivo, a classificação de segurança de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com a classificação de segurança de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição; e comparar, no dispositivo, a classificação de eficiência de deglutição para a primeira pluralidade de eventos de deglutição com a classificação de eficiência de deglutição para a segunda pluralidade de eventos de deglutição.
  37. 37. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por cada um dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição ocorrer não mais que dez minutos depois de um evento diretamente anterior dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição, e não mais que dez minutos antes de um evento diretamente subsequente dentre a primeira pluralidade de eventos de deglutição.
  38. 38. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por o primeiro indivíduo ser continuamente monitorado ao longo de um período de tempo, de modo que o dispositivo não seja removido do primeiro indivíduo durante o período de tempo, sendo que a primeira pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma primeira bebida que tem uma primeira viscosidade e é consumida pelo primeiro indivíduo durante uma primeira porção do período de tempo, e uma segunda pluralidade de eventos de deglutição é executada com uma segunda bebida que tem uma segunda viscosidade diferente da primeira viscosidade e é consumida pelo primeiro indivíduo durante uma segunda porção do período de tempo que está antes ou depois do primeiro período de tempo.
  39. 39. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por os primeiros dados vibracionais serem selecionados do grupo que consiste em dados de acelerometria, dados acústicos e uma combinação dos mesmos.
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