BR112021009270A2 - sal de potássio mono-hidratado de um derivado de tienopiridona e seu processo de preparação - Google Patents

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Sophie Hallakou-Bozec
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Abstract

SAL DE POTÁSSIO MONO-HIDRATADO DE UM DERIVADO DE TIENOPIRIDONA E SEU PROCESSO DE PREPARAÇÃO. A presente invenção refere-se a um processo para preparação de um sal de potássio mono-hidratado de um derivado de 5-tienopiridona. Refere-se também a um sal de potássio mono-hidratado de um derivado de tienopiridona e a seu uso em medicina, em particular para o tratamento ou prevenção de distúrbios metabólicos, tal como NASH.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SAL DE POTÁSSIO MONO-HIDRATADO DE UM DERIVADO DE TIENOPIRI- DONA E SEU PROCESSO DE PREPARAÇÃO".
CAMPO TÉCNICO
[0001] A invenção refere-se a um processo para a preparação de um sal de potássio mono-hidratado de um derivado de tienopiridona. Também se refere ao sal de potássio mono-hidratado de um derivado de tienopiridona assim obtido, e a seu uso em medicina, em particular para tratar ou prevenir distúrbios metabólicos, tal como NASH.
ANTECEDENTES DA TÉCNICA
[0002] A proteína cinase ativada com monofosfato de adenosina (AMPK) é um regulador central de múltiplas vias metabólicas que le- vam ao controle do metabolismo lipídico, da homeostase da glicose e inflamação. Sua ativação tem o potencial de tratar numerosas doenças metabólicas crônicas, incluindo doenças que afetam o fígado, tal como esteato-hepatite não alcoólica (NASH), que é uma forma grave de do- ença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD).
[0003] AMPK é um alvo biológico importante, uma vez que tem o potencial de disparar benefícios nos três processos-chave de patofisio- logia envolvidos no desenvolvimento de NASH: esteatose hepática, inflamação e fibrose. A ativação de AMPK tem o potencial de também tratar comorbidades NASH, especificamente objetivando fatores de risco cardiovasculares, tais como hiperglicemia, resistência à insulina, dislipidemia, inflamação e obesidade.
[0004] NASH é uma doença metabólica sem qualquer origem de doença clara que está rapidamente se tornando uma epidemia mundi- al. Ela se caracteriza por acúmulo de lipídeo hepático proveniente principalmente de lipólise de tecido adiposo (AT) (60%) e lipogênese hepática de novo (25%), causando inflamação e fibrose. A doença po- de ser silenciosa por um longo período de tempo, mas uma vez que ela acelera, pode ocorrer dano severo e cirrose hepática, o que pode impactar significativamente a função do fígado ou pode mesmo resul- tar em insuficiência hepática ou câncer de fígado. Fatores de risco típi- cos para NASH incluem obesidade, níveis elevados de lipídeos no sangue (tais como colesterol e triglicerídeos) e diabetes. Atualmente, nenhuma terapia curativa ou específica eficiente e segura está dispo- nível (G.C. Farrell e C.Z. Larter, Hepatology, 2006, 43, 99-112).
[0005] Muitos derivados de tienilpiridona são conhecidos como sendo ativadores de AMPK e têm sido assunto de vários pedidos. Em particular, WO 2014/001554 refere-se a compostos de fórmula (A): R: H R3
RX Ss N o (A), em que R1 é um átomo de hidrogênio ou halogênio, R2 é um grupo indanila ou tetralinila, e R3 é um grupo arila ou heteroarila, sendo os refe- ridos compostos ativadores diretos de AMPK, e também se refere ao seu uso no tratamento de distúrbios regulados por ativação de AMPK.
[0006] Este pedido também descreve um processo para preparar o sal de sódio tetraidratado de 2-cloro-4-hidróxi-3-(5-hidroxitetralin-6-il)- 5-fenil-7-H-tieno[2,3-b]piridin-6-ona representado pela seguinte fórmula (11), compreendendo misturar o composto de fórmula (1l) com metóxido de sódio em metanol e água e isolar o sal de sódio tetraidratado por liofilização. Ho < VV (OD e | S 4 º (II)
[0007] O sal de potássio correspondente tem um grande potencial devido às suas propriedades farmacológicas e físicas. Entretanto, quando é preparado como sugerido em WO 2014/001554, de acordo com um processo similar àquele usado para preparar o sal de sódio, o composto obtido é amorfo. Esse processo é assim geralmente mais complexo em escala e requer o uso de técnicas específicas como se- cagem por pulverização. Ajustes de condição usando metóxido de po- tássio na presença de metanol e água levaram a um solvato de meta- nol impuro. Devido à toxicidade do metanol, é preferível ter acesso a um hidrato ao invés de um solvato de metanol. Além disso, a substitui- ção da etapa de liofilização por uma etapa de filtração, que é mais apropriada em uma escala maior, provou fornecer o referido solvato de metanol impuro sob baixo rendimento.
[0008] Assim, permanece uma necessidade de desenvolver um processo que dê acesso a um sal de potássio estável, bem definido e fácil de filtrar, do composto (II) (2-cloro-4-hidróxi-3-(5-hidroxitetralin-6- iI)-5-fenil -7H-tieno[2,3-b]piridin-6-ona) com um alto rendimento.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0009] Com relação a isso, os inventores demonstraram que um sal de potássio estável, bem definido e fácil de filtrar, do composto (Il) pode ser obtido modificando a etapa de salificação do processo des- crito em WO 2014/0015545. As condições desenvolvidas pelos inven- tores para essa etapa de salificação permitem acesso à forma mono- hidratada do sal de potássio, que provou ser uma forma estável. Além disso, a etapa de filtração dá acesso ao sal mono-hidratado sob alto rendimento e pureza. Os inventores também demonstraram que o pre- cursor, isto é, composto (II), pode também ser obtido por um processo eficiente, caracterizado pelo uso de reagentes mais verdes e condi- ções moderadas, um número otimizado de etapas e um rendimento global mais alto, com relação ao processo descrito no estado da técni- ca.
[00010] Assim, a invenção refere-se a um processo para a prepara- ção de um sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1): + “
OK Ho à A | s y o (D), referido processo que compreende as etapas de: (A) reagir um composto de fórmula (Il) com carbonato de potássio em uma solução que compreende água e um solvente selecionado de acetato de n-butila e isopropanol:
SO Ho 7 | S s o " (ID; (B) formar um precipitado; e (C) recuperar o precipitado obtido na etapa (B), preferivelmente por filtração.
[00011] Elatambém se refere a um sal de potássio mono-hidratado de fórmula (|): Ã. ”
ROSS Ds a | Ss x o (D).
[00012] Esta invenção refere-se ainda a uma composição farma- cêutica que compreende um sal de potássio mono-hidratado de fórmu- la (1) e um suporte farmaceuticamente aceitável.
[00013] A invenção é também dirigida ao sal de potássio mono- hidratado de fórmula (|) ou à composição farmacêutica como definida acima para uso como medicamento, e em particular para uso no tra- tamento ou prevenção de diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose he- pática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflama- ção, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão san- guínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e mio- patias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mito- condrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromusculares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, doenças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associa- das à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[00014] A Figura 1 mostra o padrão de XRPD do composto (|) como preparado no Exemplo 1.
[00015] A Figura 2 mostra padrões de XRPD de sólidos obtidos a partir de vários protocolos, um padrão de XRPD do solvato de metanol do sal de potássio do composto (Il), e um padrão de XRPD do com- posto (1).
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[00016] Na descrição a seguir, a expressão "compreendido entre", pretende incluir os limites superior e inferior dentro da faixa descrita.
[00017] O termo "solvente" refere-se a solvente orgânico, solvente inorgânico tal como água, ou uma mistura dos mesmos. Exemplos de solventes orgânicos incluem, mas sem limitação, hidrocarbonetos alifá- ticos tais como pentano ou hexano, hidrocarbonetos alicíclicos tal co- mo cicloexano, hidrocarbonetos aromáticos tais como benzeno, estire- no, tolueno, orto-xileno, meta-xileno ou para-xileno, hidrocarbonetos halogenados tais como diclorometano, clorofórmio ou clorobenzeno, solventes à base de nitrogênio tais como acetonitrila ou trietilamina, solventes à base de oxigênio, em particular cetonas tal como acetona, éteres tais como éter dietílico, éter terc-butil metílico (TBME), éter ci- clopentilmetílico (CMME), tetra-hidrofurano (THF) ou metil tetra- hidrofurano (Me-THF), álcoois tais como metanol, isopropanol ou eta- nol, ésteres tal como acetato de n-butila, amidas tais como dimetilfor- mamida (DMF), e misturas dos mesmos.
[00018] A invenção refere-se a um processo para a preparação de um sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1): % .
AS ILO a | Ss s n o (D).
[00019] O referido processo para a preparação de um sal de potás- sio mono-hidratado de fórmula (1) compreende as etapas de: (A) reagir um composto de fórmula (Il) com carbonato de potássio em uma solução que compreende água e um solvente seleci- onado de acetato de n-butila e isopropanol; (B) formar um precipitado; e (C) recuperar o precipitado obtido na etapa (B), preferivel- mente por filtração.
[00020] “Uma ou mais etapas do processo da invenção podem ser divididas em subetapas.
[00021] “Carbonato de potássio (K2CO3) na etapa (A) pode ser usa- do na forma de um sólido puro tal como um pó, ou pode ser diluído em um solvente para formar uma solução ou uma dispersão. De preferên- cia, o carbonato de potássio é usado na forma de uma solução aquosa de carbonato de potássio. A concentração de carbonato de potássio na solução aquosa pode ser compreendida entre 1% e 99%, preferi- velmente entre 40% e 60% (p/v). A quantidade de carbonato de potás- sio usada na etapa (A) pode ser compreendida entre 0,25 e 3 equiva- lentes, preferivelmente entre 0,5 e 1,2 equivalente, preferivelmente en- tre 0,5 e 0,6 equivalente, em relação ao composto de fórmula (II).
[00022] A etapa (A) pode ser realizada a uma temperatura compre- endida entre 5ºC e 60ºC, preferivelmente entre 15ºC e 35ºC.
[00023] Na etapa (A), o composto de fórmula (II), carbonato de po- tássio, água e um solvente selecionado de acetato de n-butila e iso- propanol, pode ser adicionado em qualquer vaso ou recipiente de rea- ção adequado, e em qualquer ordem. Em uma modalidade, a etapa (A) pode ser implementada por adição de carbonato de potássio, em particular uma solução aquosa de carbonato de potássio, a uma solu- ção que compreende o composto de fórmula (Il), um solvente selecio- nado de acetato de n-butila e isopropanol, e opcionalmente água.
[00024] Em uma modalidade particular de realização da invenção, o solvente na etapa (A) é acetato de n-butila. Nessa modalidade de rea- lização, a etapa (A) compreende reagir um composto de fórmula (Il) com carbonato de potássio em uma solução (ou um sistema solvente) que compreende água e acetato de n-butila.
[00025] “Quando o referido solvente é acetato de n-butila, a razão em volume de água para acetato de n-butila na etapa (A) pode ser compreendida entre 1/1000 e 100/1, preferivelmente entre 1/100 e
10/1, mais preferivelmente entre 1/100 e 1/2, ainda mais preferivel- mente entre 1/100 e 1/10.
[00026] Em outra modalidade particular, o referido solvente na eta- pa (A) é isopropanol. Nessa modalidade de realização, a etapa (A) compreende reagir um composto de fórmula (Il) com carbonato de po- tássio em uma solução (ou um sistema solvente) que compreende água e isopropanol.
[00027] “Quando o referido solvente é isopropanol, a razão em massa de água para isopropanol na etapa (A) pode ser compreendida entre 25/75 e 75/25, preferivelmente entre 40/60 e 60/40, e mais prefe- rivelmente entre 45/55 e 55/45.
[00028] “Quando o referido solvente é isopropanol, a razão em vo- lume de água para isopropanol na etapa (A) pode ser compreendida entre 20/80 e 70/30, preferivelmente entre 35/65 e 55/45, e mais prefe- rivelmente entre 40/60 e 50/50.
[00029] O volume de água refere-se ao volume total de água na mistura da etapa (A), e assim também inclui o volume de água que pode ser levado por uma solução aquosa de carbonato de potássio.
[00030] “Quando o referido solvente é isopropanol, a razão em mas- sa do composto (Il) para a mistura de água e isopropanol na etapa (A) pode ser compreendida entre 1/99 e 70/30, preferivelmente entre 2/98 e 20/80, mais preferivelmente entre 5/95 e 15/85.
[00031] “Uma mistura que compreende o composto de fórmula (II), carbonato de potássio, água e um solvente selecionado de acetato de n-butila e isopropanol é assim obtida na etapa (A). Tal mistura é vanta- josamente agitada, por exemplo, pela ação de um agitador magnético ou uma lâmina de agitação.
[00032] A etapa (B) compreende formar um precipitado. Tipicamen- te, a etapa (B) pode compreender uma subetapa de aquecer a mistura obtida na etapa (A), preferivelmente em uma temperatura próxima ao refluxo da mistura, seguida por uma subetapa de resfriamento da mis- tura resultante, por exemplo, a uma temperatura compreendida entre - 15ºC e 35ºC. A expressão "próximo do refluxo da mistura" refere-se tipicamente a uma temperatura compreendida entre 90% e 100% do ponto de ebulição do sistema solvente na etapa (A) (por exemplo, água/isopropanol ou água/acetato de n-butila).
[00033] “Uma etapa de destilação pode ser realizada entre a sube- tapa de aquecimento e a subetapa de resfriamento da etapa (B).
[00034] Mais particularmente, a etapa (B) compreende vantajosa- mente as seguintes subetapas de: (b1) aquecer a mistura obtida na etapa (A) a uma tempera- tura compreendida entre 70ºC e 120ºC; e (b2) resfriar a mistura obtida na etapa (b1) a uma tempera- tura compreendida entre -15ºC e 35ºC, de modo a obter um precipita- do.
[00035] As etapas (b1) e (b2) podem ser independentemente dividi- das em um ou mais gradientes de temperatura, opcionalmente sepa- rados por níveis de temperatura. Um segundo nível de temperatura refere-se a uma fase durante a qual a temperatura é mantida constan- te. Um gradiente de temperatura de cura refere-se a uma fase durante a qual a temperatura aumenta (em uma etapa de aquecimento) ou di- minui (em uma etapa de resfriamento). As etapas (b1) e (b2) podem independentemente terminar com um gradiente de temperatura ou com um nível de temperatura.
[00036] Entende-se que a temperatura dos níveis e/ou gradientes de temperatura em uma dada etapa pode ser compreendida ou não dentro das faixas de temperatura especificadas para a temperatura de etapa final da dada etapa. A temperatura da etapa final em uma dada etapa refere-se à temperatura mais alta atingida por uma etapa de aquecimento e a temperatura mais baixa atingida para uma etapa de resfriamento. Por exemplo, a temperatura de etapa final na etapa (b1) situa-se entre 70ºC e 120ºC, entretanto, a(s) temperatura(s) do(s) ní- vel(eis) ou gradiente(s) de temperatura na etapa (b1) pode(m) ser compreendida(s) ou não dentro da faixa de 70-120ºC.
[00037] A etapa (bl) compreende aquecer a mistura obtida na eta- pa (A) a uma temperatura Tr, compreendida entre 70ºC e 120ºC, pre- ferivelmente entre 90ºC e 110ºC ou entre 80ºC e 100ºC. A temperatu- ra Tr: pode ser mantida por 5 minutos a 10 horas, preferivelmente du- rante 10 minutos a 10 horas, mais preferivelmente por 15 minutos a 5 horas, ainda mais preferivelmente durante 20 minutos a 2 horas. A fon- te para aquecimento pode ser qualquer dispositivo adequado conheci- do por aqueles versados no estado da técnica.
[00038] Em uma modalidade particular, a etapa (b1) compreende as seguintes subetapas: (b1-1) aquecer a mistura obtida na etapa (A) a uma tempe- ratura Ta compreendida entre 45ºC e 60ºC, T3 sendo mantida por 30 minutos a 10 horas, preferivelmente 1 hora a 5 horas; e (b1-2) aquecer a mistura obtida na etapa (b1-1) a uma tem- peratura Tr, compreendida entre 70ºC e 90ºC, preferivelmente entre 75ºC e 85ºC, Tr, sendo mantida por 5 minutos a 2 horas, preferivel- mente por 5 minutos a 30 minutos.
[00039] “Nesta modalidade, o solvente selecionado de acetato de n- butila e isopropano!l é vantajosamente isopropanol.
[00040] A etapa (b2) compreende o resfriamento da mistura obtida na etapa (b1) a uma temperatura compreendida entre -15ºC e 35ºC.
[00041] Em uma modalidade, a etapa (b2) compreende as seguin- tes subetapas: (b2-1) resfriar a mistura obtida na etapa (b1) a uma tempe- ratura Ty compreendida entre 13ºC e 35ºC durante um período P1 compreendido entre 30 minutos e 5 horas, preferivelmente entre 45 minutos e 2 horas; (b2-2) resfriar a mistura obtida na etapa (b2-1) a uma tempe- ratura T2 compreendida entre -5ºC e 10ºC, preferivelmente entre 0ºC e 5ºC, durante um período P2 compreendido entre 10 minutos e 5 horas, preferivelmente entre 45 minutos e 2 horas; e (b2-3) manter a temperatura T2 por 45 minutos a 250 minu- tos.
[00042] “Nesta modalidade, as taxas ri: = (Tr1-T1)/P1 e r2 = (T1-T2)/P2 podem ser diferentes.
[00043] Em :talmodalidade, o solvente selecionado de acetato de n- butila e isopropanol é vantajosamente acetato de n-butila.
[00044] A subetapa (b2-1) acima pode ser seguida, antes da sube- tapa (b2-2), por um nível de temperatura na temperatura T1, por 15 mi- nutos a 10 horas, preferivelmente durante 30 minutos a 3 horas.
[00045] Em outra modalidade, a etapa (b2) compreende as seguin- tes subetapas: (b2-1') resfriar a mistura obtida na etapa (b1) a uma tempe- ratura Ty compreendida entre 30ºC e 50ºC durante um período P, compreendido entre 60 minutos e 6 horas, preferivelmente entre 90 minutos e 2 horas; (b2-2') resfriar a mistura obtida na etapa (b2-1') a uma tem- peratura T> compreendida entre -5ºC E 10ºC, preferivelmente entre 0ºC e 10ºC, durante um período P> compreendido entre 1 hora e 20 horas, preferivelmente entre 45 minutos e 2 horas; e (b2-3') manter a temperatura T> por 1 hora a 15 horas.
[00046] Nesta modalidade, as taxas ry = (Twi-T+)/P+ e r2 = (Tr- T2)/Pz7 podem ser diferentes.
[00047] Em tal modalidade, o solvente selecionado de acetato de n- butila e isopropanol é vantajosamente isopropanol.
[00048] Uma filtração, tal como uma filtração de polimento, pode ser realizada entre as etapas (b1) e (b2).
[00049] Em uma modalidade preferida, o solvente selecionado de acetato de n-butila e isopropanol é isopropanol, e a etapa (B) compre- ende ainda uma etapa de destilação. A etapa de destilação visa a re- mover uma parte dos solventes do sistema solvente. Preferivelmente, a etapa de destilação é realizada entre as etapas (b1) e (b2), ou simul- taneamente com a etapa (b2), por exemplo, entre a etapa (b2-1') e a etapa (b2-2').
[00050] A referida etapa de destilação é preferivelmente realizada sob uma pressão reduzida. A pressão reduzida para aplicação depen- de da temperatura na etapa de destilação e pode ser facilmente de- terminada por aquele versado no estado da técnica. Por exemplo, a temperatura da etapa de destilação pode ser compreendida entre 20ºC e 120ºC, preferivelmente entre 30ºC e 90ºC, e a pressão reduzida po- de ser compreendida entre 0,1 kPa (1 mbar) e 50 kPa(500 mbar), pre- ferivelmente entre 1,0 kPa(10 mbar) e 30 kPa(300 mbar).
[00051] Água é vantajosamente adicionada à mistura de reação an- tes e/ou após a realização da etapa de destilação.
[00052] Em uma modalidade particular, o referido solvente selecio- nado de acetato de n-butila e isopropanol é isopropanol, e a razão em massa de isopropanol para água é igual a ou menor do que 15/85, pre- ferivelmente igual a ou menor do que 10/90 no final da etapa de desti- lação.
[00053] A etapa (B) permite que um precipitado se forme. O precipi- tado é cristalino. Sementes podem ser adicionadas na etapa (b2), de preferência no início da etapa (b2), tal como nas etapas (b2-1), (b2-2), (b2-1º) ou (b2-2'). Mais genericamente, o início da etapa (b2) pode es- tar dentro dos primeiros 60 minutos da etapa (b2), preferivelmente nos primeiros 30 minutos da etapa (b2), mais preferivelmente nos primei- ros 15 minutos da etapa (b2), a origem da etapa (b2) sendo o tempo no qual a temperatura da mistura obtida na etapa (b1) começa a dimi- nuir.
[00054] "Sementes" referem-se a cristais, que são tipicamente adi- cionados em pequenas quantidades a uma mistura, a fim de favorecer ou disparar a formação de um precipitado cristalino. Na etapa (B) do processo de acordo com a invenção, as sementes são compostas van- tajosamente do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1).
[00055] O precipitado obtido na etapa (B) compreende partículas cristalinas de sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1). Em uma modalidade, pelo menos 50% em peso do sal de potássio mono- hidratado de fórmula (1) obtidos na etapa (B) estão na forma de partí- culas cristalinas com um tamanho de partículas maior do que ou igual a 10 um. Alternativa ou adicionalmente, pelo menos 20% em peso do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) obtidos na etapa (B) es- tão na forma de partículas cristalinas com um tamanho de partículas maior do que ou igual a 35 um.
[00056] A etapa (C)do processo de acordo com a invenção com- preende recuperar o precipitado obtido na etapa (B). Em uma modali- dade preferida, o precipitado é recuperado por filtração. A filtração po- de ser realizada com um filtro que possui um tamanho de poros entre e 50 um, preferivelmente entre 15 e 40 um. O precipitado recupera- do na etapa (C) por filtração compreende partículas cristalinas de sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1), cujo tamanho de partículas é maior do que ou igual ao tamanho dos poros do filtro. Em uma mo- dalidade particular, o precipitado recuperado na etapa (C) por filtração compreende partículas cristalinas de sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) com um tamanho de partículas de pelo menos 10 um, preferivelmente pelo menos 25 um.
[00057] O precipitado pode ser lavado sucessivamente com um ou mais solventes, preferivelmente água, acetato de n-butila e/ou éter terc-butil metílico.
[00058] O referido precipitado é principalmente composto do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1). A pureza do precipitado, isto é, a pureza do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) obtida pelo processo de acordo com a invenção situa-se vantajosamente acima de 98% a/a, preferivelmente acima de 99% a/a, conforme medido por cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC) ou qualquer outra técnica adequada conhecida por aqueles versados no estado da técni- ca.
[00059] O composto de fórmula (Il) e um processo de preparação do mesmo foram descritos no pedido de patente WO 2014/001554.
[00060] Alternativamente, o referido composto de fórmula (Il) pode ser obtido por um processo aperfeiçoado que compreende as etapas de: (a') reagir 6-acetil-5-hidroxitetralina com uma fonte de ben- zila eletrofílica na presença de uma base B:; (b') reagir o composto obtido na etapa (a') com cianoacetato de etila na presença de hexametildissilazano e ácido acético; (0') reagir o composto obtido na etapa (b') com enxofre na presença de uma base B2; (d') opcionalmente, formar um sal do composto obtido na etapa (c'), preferivelmente um sal de cloridrato; (e') reagir o composto obtido na etapa (c') ou (d') com N- clorossuccinimida; (Ff) reagir o composto obtido na etapa (e') com cloreto de fenilacetila; (9') reagir o composto obtido na etapa (f) com uma base B3; (h') reagir o composto obtido na etapa (g') com tribrometo ou tricloreto de boro, preferivelmente tricloreto de boro; e
(i') opcionalmente recuperar o composto obtido na etapa (h').
[00061] Condições (tais como temperatura, concentração, equiva- lentes dos reagentes, solventes de reação ou solventes de trabalho) para cada etapa de (a') a (') são descritas abaixo para modalidades particulares e/ou preferidas de realização da invenção e podem ser ajustadas por aquele versado no estado da técnica usando seu ante- cedente geral. Cada etapa de reação pode ser tratada, e cada inter- mediário ou produto obtido de uma reação de etapa pode ser isolado e opcionalmente purificado, por exemplo, por cristalização semeada ou não semeada, recristalização ou cromatografia. Alternativamente, vá- rias etapas podem ser realizadas em uma única etapa sem tratar a re- ação e/ou isolar o intermediário de reação ou produto de reação. Uma ou mais dessas etapas pode ser dividida em subetapas. O processo de tratamento de uma reação refere-se ao uso de reagentes tais como um ácido ou uma base, e/ou solventes, para parar a reação e tipica- mente eliminar toda ou parte de impurezas de reação por meio de téc- nicas de extração e lavagem(ens). O processo de purificação nesta invenção refere-se ao uso de uma ou mais técnicas tais como cristali- zação ou cromatografia, visando melhorar a pureza (isto é, eliminar outras impurezas de reação) e/ou a cristalinidade do produto de rea- ção.
[00062] A etapa (a') compreende a proteção do grupo hidróxi de 6- acetil-5-hidroxitetralina. No pedido de patente WO 2014/001554, um grupo metila é escolhido como grupo protetor, que é inserido pelo uso de iodeto de metila. Na presente invenção, o grupo hidróxi de 6-acetil- b-hidroxitetralina é protegido com um grupo benzila, que pode ser in- serido usando fontes de benzila eletrofílicas que são menos tóxicas e menos voláteis do que iodeto de metila.
[00063] Uma fonte de benzila eletrofílica também se refere a um reagente químico que é capaz, na presença ou não de um agente de ativação tal como um catalisador, de liberar ou transferir um grupo benzila eletrofílico, isto é, formalmente chamado "Ph-CH>2+", para outro composto. Exemplos de fontes de benzila eletrofílicas incluem, mas sem limitação, haletos de benzila, tais como brometo de benzila ou iodeto de benzila, triflato de benzila e 2,2,2-tricioroacetimidato de ben- zila. Preferivelmente, a referida fonte de benzila eletrofílica é brometo de benzila. A quantidade da fonte de benzila eletrofílica na etapa (a') pode ser compreendida entre 1 e 5 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 2 equivalentes, mais preferivelmente entre 1 e 1,2 equivalente, em relação a 6-acetil-5-hidroxitetralina.
[00064] A etapa (a') é vantajosamente realizada na presença de uma base B:. B; pode ser uma fonte de hidróxido tal como hidróxido de potássio ou hidróxido de sódio, carbonato de potássio, carbonato de césio, uma base à base de nitrogênio tal como trietilamina ou mor- folina, ou uma mistura dos mesmos. A quantidade de B, na etapa (a') pode ser compreendida entre 1 e 5 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 2 equivalentes, mais preferivelmente entre 1 e 1,2 equivalente, em relação a 6-acetil-5-hidroxitetralina.
[00065] Em uma modalidade particular, a etapa (a') é realizada em um sistema solvente bifásico que compreende diclorometano e água, na presença de um agente de transferência de fase tal como brometo de tetrabutilamônio. Nessa modalidade, B: é vantajosamente uma fon- te de hidróxido, tal como hidróxido de potássio ou de sódio. Nessa modalidade, a etapa (a') é vantajosamente realizada a uma temperatu- ra compreendida entre 5ºC e 50ºC, preferivelmente entre 15ºC e 35ºC.
[00066] Em uma modalidade preferida, a etapa (a') é realizada em um sistema solvente monofásico, tal como em acetonitrila ou acetona, preferivelmente acetonitrila. Nessa modalidade preferida, B: é vantajo- samente carbonato de potássio ou carbonato de césio, preferivelmente carbonato de potássio. Nessa modalidade preferida, a etapa (a') é van- tajosamente realizada a uma temperatura compreendida entre 40ºC e 100ºC, preferivelmente entre 60ºC e 90ºC.
[00067] O composto obtido na etapa (a'), isto é, a 6-acetil-5-hidroxi- tetralina O-benzilada, pode ser reagido na etapa (b') com cianoacetato de etila na presença de hexametildissilazano (HMDS) e ácido acético. A quantidade de cianoacetato de etila e HMDS na etapa (b') pode ser, independentemente um do outro, compreendida entre 1 e 5 equivalen- tes, preferivelmente entre 1,1 e 2 equivalentes, em relação ao compos- to obtido na etapa (a'). O ácido acético pode ser usado em excesso e pode ser usado como um reagente e solvente. A etapa (b') é vantajo- samente realizada a uma temperatura compreendida entre 30ºC e 100ºC, preferivelmente entre 50ºC e 90ºC.
[00068] Tratamento da reação na etapa (b') pode ser realizado por meio de um sistema solvente binário que compreende uma solução aquosa básica, tal como uma solução aquosa de Na2CO3, NaHCO; ou NaOH, e um solvente orgânico, tal como terc-butil metílico (TBME), acetato de etila, acetato de isopropila ou uma mistura dos mesmos. Uma solução aquosa básica preferida e um solvente orgânico preferi- do para o tratamento são, respectivamente, uma solução aquosa de NaOH e TBME.
[00069] Em uma modalidade particular, o composto obtido na etapa (b'), isto é, 3-(5-benziloxitetralin-6-il)-2-ciano-but-2-enoato de etila, não é isolado após o referido tratamento, e é diretamente submetido a uma reação com enxofre Ss na etapa (c').
[00070] A quantidade de enxofre na etapa (c') pode ser compreen- dida entre 1 e 5 equivalentes de átomo, preferivelmente entre 1 e 2,5 equivalentes de átomo, mais preferivelmente entre 1 e 1,1 equivalente de átomo, em relação ao composto obtido na etapa (b').
[00071] Um equivalente de átomo de enxofre Ss é 1/8 equivalente de enxofre Se.
[00072] A etapa (c') é vantajosamente realizada na presença de uma base B2. B2 pode ser uma fonte de hidróxido tal como hidróxido de potássio ou hidróxido de sódio, carbonato de sódio, carbonato de potássio, carbonato de césio, hidrogenocarbonato de sódio, uma base à base de nitrogênio tal como trietilamina ou morfolina, ou uma mistura dos mesmos. B2 é preferivelmente hidrogenocarbonato de sódio ou morfolina, e mais preferivelmente B2 é hidrogenocarbonato de sódio. À quantidade de B2 na etapa (c') pode ser compreendida entre 1 e 5 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 2 equivalentes, em relação ao composto obtido na etapa (b'). A etapa (c') pode ser realizada em qualquer solvente orgânico, preferivelmente em etanol ou uma mistura etanol/TBME, mais preferivelmente em uma mistura de etanol/TBME.
[00073] A etapa (c') é vantajosamente realizada em uma temperatu- ra compreendida entre 40ºC e 100ºC, preferivelmente entre 50ºC e 90ºC.
[00074] Em uma modalidade particular, o composto obtido na etapa (c'), isto é, 2-amino-4-(5-benziloxitetralin-6-il )tiofeno-3-carboxilato de etila, é reagido na etapa (d') com um ácido para formar o sal corres- pondente. O ácido é um ácido de Bronsted, tal como ácido clorídrico, ácido bromídrico, ácido iodídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido fosfórico, ácido fórmico, ácido acético, ácido trifluoracético, ácido me- tanossulfônico, ácido benzenossulfônico ou ácido p-tolucncsulfônico. Preferivelmente, o ácido é ácido clorídrico. O ácido pode estar na for- ma de um gás puro, líquido ou sólido, ou pode ser solubilizado em um solvente tal como dioxano. A etapa (d') pode ser realizada em qualquer solvente orgânico, tal como etanol, TBME, acetato de etila ou uma mistura dos mesmos. A etapa (d') é vantajosamente realizada em uma temperatura compreendida entre 5ºC e 100ºC, preferivelmente entre 15ºC e 35ºC.
[00075] O referido sal formado na etapa (d') pode precipitar e assim ser isolado por filtração. Uma recristalização do sal obtido na etapa (d') pode ser realizada usando um solvente orgânico, selecionado de um éster tal como acetato de etila ou acetato de n-butila, tolueno ou um éter tal como tetra-hidrofurano, éter ciclopentilmetílico, preferivelmente acetato de etila.
[00076] O composto obtido na etapa (c') ou o sal correspondente de ácido da etapa (d') pode ser submetido na etapa (e') a uma cloração mediante reação com uma fonte de cloro eletrofílica. Uma fonte de clo- ro eletrofílica opcional "refere-se a um reagente químico que é capaz, na presença ou não de um agente de ativação, tal como um catalisa- dor, de liberar ou transferir um grupo cloro eletrofílico, isto é, formal- mente "Cl*", para outro composto. Exemplos de fonte de cloro eletrofí- lica incluem, mas sem limitação, N-clorossuccinimida (NCS) ou N- cloroftalimida. Preferivelmente, a fonte de cloro eletrofílica é NOS. À quantidade de fonte de cloro eletrofílica na etapa (e') pode ser com- preendida entre 1 e 5 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 2 equiva- lentes, mais preferivelmente entre 1 e 1,1 equivalente, em relação ao composto obtido na etapa (c') ou (d'). A etapa (e') pode ser realizada em qualquer solvente orgânico, tal como diclorometano ou clorofórmio, preferivelmente em diclorometano. A temperatura na etapa (e') é van- tajosamente compreendida entre -30ºC e 25ºC, preferivelmente entre - 5ºC e 10ºC, mais preferivelmente entre 0ºC e 5ºC. Uma base tal como carbonato de sódio ou potássio, ou hidrogenocarbonato de sódio ou potássio, preferivelmente carbonato de potássio, pode ser usada na etapa (e'), em particular quando a etapa (e') é realizada com o com- posto obtido na etapa (d').
[00077] Em uma modalidade preferida, as etapas (e') e (f) são rea- lizadas sucessivamente sem isolar o composto obtido na etapa (e').
[00078] Na etapa (f), o composto obtido na etapa (e'), isto é, 2-
amino-4-(5-benziloxitetralin-6-il)-5-cloro-tiofeno-3-carboxilato de etila, ou um sal de ácido do mesmo, pode ser reagido com cloreto de fenila- cetila. A quantidade de cloreto de fenilacetila na etapa (f) pode ser compreendida entre 1 e 5 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 2 equivalentes, mais preferivelmente entre 1 e 1,5 equivalente, em rela- ção ao composto obtido na etapa (e').
[00079] A temperatura na etapa (f) é vantajosamente compreendi- da Entre -30ºC e 25ºC, preferivelmente entre -5ºC e 25ºC, mais prefe- rivelmente entre 0ºC e 5ºC.
[00080] A etapa (f) é vantajosamente realizada no mesmo solvente como na etapa (e'. O composto obtido na etapa (f), isto é, 4-(5- benziloxitetralin-6-il)-5-cloro-2-[(2-fenilacetil)amino]Jtiofeno-3-carboxilato de etila, pode ser cristalizado e/ou recristalizado em um solvente orgâ- nico tal como acetona, etanol, TBME, metanol, etanol ou uma mistura dos mesmos, preferivelmente etanol.
[00081] A etapa (g') compreende reagir o composto obtido na etapa (Ff) com uma base B3, que aciona uma reação de ciclização.
[00082] A etapa (g') pode ser realizada em qualquer solvente orgâ- nico, tal como THF, metil tetra-hidrofurano ou tolueno, preferivelmente em THF ou metil tetra-hidrofurano. A base B3 pode ser selecionada do grupo que consiste de amida de sódio ou de potássio, hidreto de sódio ou de potássio, bis(trimetilsili)amida de sódio ou de potássio, terc- butóxido de sódio ou de potássio e terc-pentóxido de sódio ou de po- tássio, preferivelmente B3 é terc-butóxido de potássio ou bis(trimetil- sili)>amida de potássio, mais preferivelmente, B3 é terc-butóxido de potássio. A quantidade de B3 na etapa (g') pode ser compreendida en- tre 2 e 10 equivalentes, preferivelmente entre 2,5 e 6 equivalentes, mais preferivelmente entre 4 e 6 equivalentes, em relação ao compos- to obtido na etapa (Ff). A reação na etapa (g') é vantajosamente reali- zada sob uma atmosfera inerte, tal como sob atmosfera de nitrogênio ou argônio.
[00083] Em uma modalidade particular, a etapa (g') é realizada em uma temperatura compreendida entre -40ºC e 15ºC, preferivelmente entre -30ºC e 10ºC, tipicamente quando da adição de B3 à mistura que compreende o composto obtido na etapa (f), e então em uma tempe- ratura compreendida entre 15ºC e 40ºC.
[00084] O composto obtido na etapa (9'), isto é, 3-(5-benziloxitetra- lin-6-i1)-2-cloro-4-hidróxi-5-fenil -7H-tieno[2,3-b]piridin-6-ona, pode ser cristalizado em um solvente orgânico tal como heptano, TBME, acetato de isopropila ou uma mistura dos mesmos.
[00085] O grupo protetor (isto é, o grupo benzila) inserido na etapa (a') pode ser removido na etapa (h') reagindo o composto obtido na etapa (g') com um reagente de desproteção adequado. O reagente de desproteção pode ser tribrometo de boro, tricloreto de boro ou ácido bromídrico. Em uma modalidade particular, o reagente de desproteção é ácido bromídrico, em combinação com ácido acético. Nessa modali- dade particular, o ácido bromídrico pode ser usado na forma de uma solução em ácido acético ou água. Nessa modalidade particular, a re- ação pode ser realizada em ácido acético e opcionalmente anidrido acético. Em uma modalidade preferida, o reagente de desproteção é tribrometo de boro ou tricloreto de boro. Em uma modalidade de reali- zação mais preferida, o reagente de desproteção é tricloreto de boro. Tribrometo de boro ou tricloreto de boro pode ser usado na forma de um gás puro, ou diluído em um solvente orgânico tal como diclorome- tano. A quantidade de reagente de desproteção na etapa (h') pode ser compreendida entre 1 e 10 equivalentes, preferivelmente entre 1 e 5 equivalentes, mais preferivelmente entre 1 e 2,5 equivalentes, em re- lação ao composto obtido na etapa (g'). A etapa (h') pode ser realizada em qualquer solvente orgânico, preferivelmente diclorometano.
[00086] Em uma modalidade particular, a etapa (h') é realizada em uma temperatura compreendida entre -40ºC e 15ºC, preferivelmente entre -20ºC e 10ºC, quando da adição do reagente de desproteção à mistura que compreende o composto obtido na etapa (g'), e então a uma temperatura compreendida entre 15ºC e 40ºC.
[00087] O composto obtido na etapa (h'), isto é, o composto de fór- mula (ll), a saber, 2-cloro-4-hidróxi-3-(5-hidroxitetralin-6-il)-5-fenil-7H- tieno[2,3-b]piridin-6-ona, pode ser cristalizado e/ou recristalizado em qualquer solvente orgânico tal como heptano, diclorometano, metanol, tolueno ou uma mistura dos mesmos, preferivelmente uma mistura de metanol e tolueno.
[00088] O composto obtido na etapa (h') pode ser recuperado, por exemplo, por filtração após cristalização e/ou recristalização. O com- posto obtido na etapa (h') pode ser usado como um precursor para preparar o sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) de acordo com o processo da invenção.
[00089] No pedido de patente WO 2014/001554, o grupo metila, usado como grupo protetor, é removido por meio de ácido metanossul- fônico. A reação gera metanossulfonato de metila, que é conhecido como sendo genotóxico. Na presente invenção, o uso de uma benzila como grupo protetor, que pode ser removido com um tribrometo ou tricloreto de boro, ou ácido bromídrico, evita a formação dessa impure- za gentóxica.
[00090] O sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) pode ser obtido a partir do composto (11) de acordo com o processo da invenção com um rendimento maior do que ou igual a 85%, preferivelmente maior do que ou igual a 90%. Em uma modalidade particular, o com- posto (Il) usado como material de partida no processo da invenção po- de ser obtido a partir de 6-acetil-5-hidroxitetralina com um rendimento maior do que ou igual a 30%, preferivelmente maior do que ou igual a 40%, mais preferivelmente maior do que ou igual a 50%.
[00091] A presente invenção também se refere a um sal de potássio mono-hidratado do composto de fórmula (II). O sal de potássio mono- hidratado pode ser representado pela seguinte fórmula (|): PQ . no ] (3
AT S s N o " (O.
[00092] O referido sal de potássio mono-hidratado encontra-se van- tajosamente na forma de partículas cristalinas. Em uma modalidade, pelo menos 50% em peso do sal de potássio mono-hidratado estão na forma de partículas cristalinas de 10 um ou mais. Alternativa ou adici- onalmente, pelo menos 20% em peso do sal de potássio mono- hidratado estão na forma de partículas cristalinas de 35 um ou mais. As partículas cristalinas podem ter qualquer forma e podem particu- larmente existir como conglomerados cristalinos.
[00093] O referido sal de potássio mono-hidratado pode estar na forma de um sólido, tal como um pó, apresentando os seguintes picos de XRPD (Difração de Raios X Pelo Método do Pó), conforme medido por meio de um difratômetro, usando radiação CuKç(alfa):
[00094] Em particular, o sal de potássio mono-hidratado pode estar na forma de um sólido, tal como um pó, apresentando os seguintes picos de XRPD (Difração de Raios X Pelo Método do Pó), conforme medido por meio de um difratômetro, usando radiação CuK(alfa):
*forte > média-forte > média > fraca
[00095] —Preferivelmente, o referido sal de potássio mono-hidratado pode estar na forma de um sólido, tal como um pó, apresentando os seguintes picos de XRPD (Difração de Raios X Pelo Método do Pó), conforme medido por meio de um difratômetro, usando radiação CukK(alfa):
* forte > média-forte > média
[00096] Mais preferivelmente, o sal de potássio mono-hidratado pode estar na forma de um sólido, tal como um pó, apresentando os seguintes picos de XRPD (Difração de Raios X Pelo Método do Pó), conforme medido por meio de um difratômetro, usando radiação CuK(alfa):
[00097] A presente invenção refere-se, além disso, a uma composi- ção farmacêutica que compreende o sal de potássio mono-hidratado de acordo com a invenção e um suporte farmaceuticamente aceitável.
[00098] A presente invenção também se refere a um sal de potássio mono-hidratado da invenção ou uma composição farmacêutica de acordo com a invenção para uso como medicamento.
[00099] Em particular, a presente invenção refere-se a um sal de potássio mono-hidratado da invenção ou uma composição farmacêuti- ca de acordo com a invenção para uso no tratamento de um indivíduo, em particular no tratamento de diabetes, síndrome metabólica, obesi- dade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gorduro- sa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fi- brose hepática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vas- cular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Le- ber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromusculares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, do- enças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
[000100] Em uma modalidade preferida, um sal de potássio mono- hidratado da invenção ou uma composição farmacêutica de acordo com a invenção destinam-se a uso no tratamento de diabetes, síndro- me metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepática, do- ença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias ou neuropatias.
[000101] Em uma modalidade mais preferida, um sal de potássio mono-hidratado da invenção ou uma composição farmacêutica de acordo com a invenção destinam-se a uso no tratamento de diabetes,
síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertrigliceride- mia ou hipercolesterolemia. Em uma modalidade ainda mais preferida, o sal de potássio mono-hidratado da invenção destina-se a uso no tra- tamento de NAFLD ou NASH.
[000102] O termo "câncer" na presente invenção inclui cânceres com tumores sólidos ou líquidos. Em particular, refere-se a glioblastomas, neuroblastomas, leucemias, cânceres de próstata, cânceres de ovário, cânceres de pulmão, cânceres de mama, cânceres digestivos, em par- ticular cânceres de fígado, cânceres pancreáticos, cânceres de cabeça e pescoço, cânceres de cólon, linfomas e melanomas.
[000103] Um objetivo adicional desta invenção é um método para tratar doenças reguladas por ativação de AMPK, mais especificamente diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteato- se hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), estea- to-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hiper- trigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças car- diovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromusculares tais co- mo distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, doenças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas, compreendendo o método ad- ministrar a um indivíduo com necessidade do mesmo uma quantidade eficaz de um sal de potássio mono-hidratado da invenção ou uma composição farmacêutica da invenção.
[000104] A invenção adicionalmente refere-se ao uso de um sal de potássio mono-hidratado da invenção para a preparação de uma com- posição farmacêutica, em particular para o tratamento de diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepáti- ca, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), esteato- hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertri- gliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças cardio- vasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias, neu- ropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluindo, mas sem limi- tação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episó- dios semelhantes a acidente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromusculares tais co- mo distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, doenças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
[000105] A composição farmacêutica de acordo com a invenção po- de ser preparada por qualquer método convencional. Um sal de potás- sio mono-hidratado da invenção pode ser convertido em uma forma de dosagem adequada juntamente com pelo menos um excipiente ou ad- juvante sólido, líquido e/ou semilíquido, e, se desejado, em combina- ção com um ou mais ingredientes ativos adicionais.
[000106] O termo "suporte farmaceuticamente aceitável" refere-se a um veículo, adjuvante ou excipiente aceitável ao indivíduo de um pon- to de vista farmacológico/toxicológico e ao químico farmacêutico de fabricação de um ponto de vista físico/químico em relação à composi- ção, formulação, estabilidade, aceitação em questão e biodisponibili- dade.
[000107] O termo "veículo", "adjuvante" ou "excipiente" refere-se a qualquer substância, não em si um agente terapêutico, que é adicio- nada a uma composição farmacêutica a ser usada como veículo, adju- vante e/ou diluente para a liberação de um agente terapêutico a um indivíduo a fim de melhorar suas propriedades de manuseio ou arma- zenamento, ou para permitir ou facilitar a formação de uma unidade de dosagem da composição em um artigo distinto. As composições far- macêuticas da invenção, individualmente ou em combinação, podem compreender um ou vários agentes ou veículos escolhidos entre dis- persantes, solubilizantes, estabilizantes, conservantes etc.
[000108] O termo "tratamento" ou "tratar" refere-se à terapia, preven- ção e profilaxia de um distúrbio que pode ser potencialmente regulado por ativação de AMPK, em particular diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercoles- terolemia, inflamação, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclero- se, pressão sanguínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mito- condriais e miopatias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefa- lomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a aci- dente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditá- ria de Leber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mito- condrial), doenças neuromusculares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, doenças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
[000109] O tratamento envolve a administração de um sal de potás- sio mono-hidratado da invenção ou uma composição farmacêutica da invenção a um indivíduo com um distúrbio declarado para curar, retar-
dar ou desacelerar o progresso, melhorando desse modo a condição dos pacientes. O tratamento pode ser também administrado a indiví- duos saudáveis que estão em risco de desenvolver um distúrbio, em particular diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fíga- do, esteatose hepática, doença hepática gordurosa não alcoólica (NA- FLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipi- demia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, reti- nopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber) ou MNGIE (en- cefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromus- culares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinal, doenças neurodegene- rativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
[000110] Dentro do contexto da invenção, o termo "indivíduo" signifi- ca um mamífero e mais particularmente um ser humano. Os indivíduos a serem tratados de acordo com a invenção podem ser apropriada- mente selecionados com base em vários critérios associados à doen- ça, tais como tratamentos anteriores com fármacos, patologias associ- adas, genótipo, exposição a fatores de risco, infecção viral, assim co- mo qualquer outro biomarcador relevante que possa ser avaliado por meio de reações imunológicas, bioquímicas, enzimáticas, químicas ou método de detecção de ácidos nucleicos. Em uma modalidade particu- lar, o indivíduo é um paciente com sobrepeso (em particular um paci- ente pré-diabético com sobrepeso) ou paciente obeso que sofre de dislipidemia aterogênica. De fato, esses pacientes estão em risco de desenvolver uma doença que pode ser potencialmente regulada por ativação de AMPK, em particular diabetes, síndrome metabólica, obe- sidade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gordu- rosa não alcoólica (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, câncer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluindo, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e episódios semelhantes a acidente vas- cular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Le- ber) ou MNGIE (encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromusculares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinal, do- enças neurodegenerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas.
[000111] As composições farmacêuticas podem ser administradas na forma de unidades de dosagem que compreendem uma quantidade predeterminada de ingrediente ativo por unidade de dosagem. Tal uni- dade pode compreender, por exemplo, 0,5 mg a 1.000 mg, preferivel- mente 20 mg a 1.000 mg, mais preferivelmente 60 mg a 500 mg, de um sal de potássio mono-hidratado de acordo com a invenção, depen- dendo da condição de doença tratada, do método de administração e da idade, peso e condição do paciente, ou as composições farmacêu- ticas podem ser administrados na forma de unidades de dosagem que compreendem uma quantidade predeterminada de ingrediente ativo por unidade de dosagem. As formulações de unidade de dosagem pre- feridas são aquelas que compreendem uma dose diária ou dose parci- al, conforme indicado acima, ou uma fração correspondente de um in- grediente ativo das mesmas. Além disso, as composições farmacêuti- cas desse tipo podem ser preparadas usando um processo que é ge- ralmente conhecido no estado da técnica farmacêutica.
[000112] A relação entre um sal de potássio mono-hidratado da in- venção e o suporte farmaceuticamente aceitável pode ser compreen- dida em uma ampla faixa. Em particular, essa razão pode ser compre- endida entre 5/95 (p/p) e 90/10 (p/p), preferivelmente entre 10/90 (p/p) e 80/20 (p/p).
[000113] As composições farmacêuticas podem ser adaptadas para administração por meio de qualquer método adequado desejado, por exemplo, por métodos oral (incluindo bucal ou sublingual), retal, nasal, tópico (incluindo bucal, sublingual ou transdérmico), vaginal ou paren- teral (incluindo subcutâneo, intramuscular, intravenoso ou intradérmi- co). Tais composições podem ser preparadas usando todos os pro- cessos conhecidos no estado da técnica farmacêutica, por exemplo, combinando o ingrediente ativo com o(s) excipiente(s) ou adjuvante(s). Preferivelmente, a composição farmacêutica de acordo com a inven- ção é adaptada para administração oral.
[000114] As composições farmacêuticas adaptadas para administra- ção oral podem ser administradas como unidades separadas, tais co- mo, por exemplo, cápsulas ou comprimidos; pós ou grânulos; soluções ou suspensões em líquidos aquosos ou não aquosos; espumas co- mestíveis ou alimentos em espuma; ou emulsões, tais como emulsões líquidas óleo em água ou emulsões líquidas água em óleo.
[000115] Assim, por exemplo, no caso de administração oral na for- ma de um comprimido ou cápsula, o componente de ingrediente ativo pode ser combinado com um excipiente inerte não tóxico e farmaceuti- camente aceitável. Os pós são preparados fragmentando o composto em um tamanho fino adequado e misturando-o com um excipiente farmacêutico triturado de uma maneira similar, tal como, por exemplo, um carboidrato comestível, tal como, por exemplo, amido ou manitol. Um aroma, conservante, dispersante e corante podem da mesma for- ma estar presentes.
[000116] Cápsulas podem ser produzidas preparando uma mistura em pó como descrito acima e carregando as cascas de gelatina mol- dadas com essa mistura. Os antiaderentes e lubrificantes, tais como, por exemplo, ácido silícico altamente disperso, talco, estearato de magnésio, estearato de cálcio ou polietilenoglicol na forma sólida, po- dem ser adicionados à mistura em pó antes da operação de enchimen- to. Um desintegrante ou solubilizante, tal como, por exemplo, ágar- ágar, carbonato de cálcio ou carbonato de sódio, pode da mesma for- ma ser adicionado a fim de melhorar a disponibilidade do medicamen- to após a cápsula ter sido tomada.
[000117] Além disso, se desejado ou necessário, aglutinantes, lubri- ficantes e desintegrantes adequados, bem como corantes, podem da mesma forma ser incorporados na mistura. Os aglutinantes adequados incluem amido, gelatina, açúcares naturais, tais como, por exemplo, glicose ou beta-lactose, adoçantes feitos de milho, borracha natural e sintética, tais como, por exemplo, acácia, tragacanto ou alginato de sódio, carboximetilcelulose, polietilenoglicol, ceras e similares. Os lu- brificantes usados nessas formas de dosagem incluem oleato de só- dio, estearato de sódio, estearato de magnésio, benzoato de sódio, acetato de sódio, cloreto de sódio e similares. Os desintegrantes inclu- em, sem serem restritos aos mesmos, amido, metilcelulose, ágar, ben- tonita, goma xantana e similares. Os comprimidos são formulados, por exemplo, preparando uma mistura em pó, granulando ou prensando a seco a mistura, adicionando um lubrificante e um desintegrante e prensando a mistura inteira para fornecer comprimidos. Uma mistura em pó é preparada misturando o composto triturado de uma maneira adequada com um diluente ou uma base, como descrito acima, e op- cionalmente com um aglutinante, tal como, por exemplo, carboximetil- celulose, um alginato, gelatina ou polivinilpirrolidona, um retardante de dissolução, tal como, por exemplo, parafina, um acelerador de absor-
ção, tal como, por exemplo, um sal quaternário, e/ou um absorvente, tal como, por exemplo, bentonita, caulim ou fosfato dicálcico. A mistura em pó pode ser granulada umedecendo-a com um aglutinante, tal co- mo, por exemplo, xarope, pasta de amido, mucilagem de acácia ou soluções de materiais celulósicos ou poliméricos, e prensando-a atra- vés de uma peneira. Como uma alternativa à granulação, a mistura em pó pode ser passada através de uma máquina de formação de com- primido, fornecendo pedaços de forma não uniforme que são rompidos para formar grânulos. Os grânulos podem ser lubrificados mediante adição de ácido esteárico, um sal de estearato, talco ou óleo mineral a fim de impedir aderência aos moldes de conformação de comprimidos. A mistura lubrificada é então prensada para produzir comprimidos. O composto de acordo com a invenção pode também ser combinado com um excipiente inerte de fluxo livre e então prensado diretamente para fornecer comprimidos sem realizar as etapas de granulação ou de prensagem a seco. Uma camada protetora transparente ou opaca que consiste de uma camada de vedação de goma-laca, uma camada de material de açúcar ou polímero e uma camada de brilho de cera pode estar presente. Corantes podem ser adicionados a esses reves- timentos a fim de serem capazes de diferenciar entre diferentes unida- des de dosagem.
[000118] Composições farmacêuticas adaptadas para administração oral também podem ser formuladas por secagem por aspersão de uma dispersão sólida ou líquida.
[000119] Líquidos orais, tais como, por exemplo, solução, xaropes e elixires, podem ser preparados na forma de unidades de dosagem, de modo que uma dada quantidade compreenda uma quantidade pré- especificada do composto. Xaropes podem ser preparados dissolven- do o composto em uma solução aquosa com um sabor adequado, en- quanto elixires são preparados usando um veículo alcoólico não tóxi-
co. Suspensões podem ser formuladas por dispersão do composto em um veículo não tóxico. Solubilizantes e emulsificantes, tais como, por exemplo, álcoois isoestearílicos etoxilados e éteres de polioxietileno sorbitol, conservantes, aditivos de sabor, tal como, por exemplo, óleo de hortelã-pimenta, ou adoçantes naturais ou sacarina, ou outros ado- çantes artificiais e similares, podem da mesma forma ser adicionados.
[000120] As formulações de unidade de dosagem para administração oral podem, se desejado, ser encapsuladas em microcápsulas. A for- mulação pode também ser preparada de tal maneira que a liberação seja prolongada ou retardada, tal como, por exemplo, revestindo ou incorporando material particulado em polímeros, cera e similares.
[000121] O sal de potássio mono-hidratado de acordo com a inven- ção também pode ser administrado na forma de sistemas de liberação de lipossoma, tais como, por exemplo, vesículas unilamelares peque- nas, vesículas unilamelares grandes e vesículas multilamelares. Li- possomas podem ser formados a partir de vários fosfolipídeos, tais como, por exemplo, colesterol, estearilamina ou fosfatidilcolinas.
[000122] Uma quantidade terapeuticamente eficaz de um sal de po- tássio mono-hidratado da presente invenção depende de vários fato- res, incluindo, por exemplo, a idade e peso do humano ou animal, a condição de doença precisa que requer tratamento e sua gravidade, a natureza da formulação e o método de administração, e é finalmente determinada pelo médico ou veterinário do tratamento. Entretanto, uma quantidade eficaz de um composto de acordo com a invenção situa-se geralmente na faixa de 0,1 a 100 mg/kg de peso corporal do receptor (mamífero) por dia e em particular tipicamente na faixa de 1 a mg/kg de peso corporal por dia. Assim, a quantidade real por dia para um mamífero adulto que pesa 70 kg situa-se usualmente entre 70 e 700 mg, em que essa quantidade pode ser administrada como uma dose individual por dia ou usualmente em uma série de doses parciais
(tais como, por exemplo, duas, três, quatro, cinco ou seis) por dia, de modo que a dose diária total seja a mesma. Pode-se admitir que doses similares são adequadas para o tratamento de outras condições men- cionadas acima.
[000123] A invenção também será descrita com mais detalhes nos exemplos a seguir, que não pretendem limitar o escopo desta inven- ção, conforme definida pelas reivindicações anexas.
EXEMPLOS Abreviaturas eq.: equivalente a/a: razão da área de pico de um dado composto para o total das áreas de pico em um espectro ou um cromatograma. Métodos Analíticos
XRPD
[000124] Análises de Difração de Raios X Pelo Método do Pó (XRPD) foram realizadas usando um difratômetro Panalytical Xpert Pro equipado com um tubo de raios X de Cu (radiação K alfa) e um siste- ma detector Pixcel. As amostras foram analisadas em modo de trans- missão e mantidas entre películas de polietileno de baixa densidade, Kaptonº e/ou polipropileno. Os padrões de XRPD foram classificados, manipulados e indexados usando um software HighScore Plus 2.2c.
[000125] Kaptonº apresenta um pico amplo com uma baixa intensi- dade em torno de 2-Teta = 5,5º.
[000126] A intensidade dos picos de XRD depende da interferência da luz da radiação dispersa para o grupo de átomos que formam a "base" da estrutura do cristal e/ou na orientação dos cristais. TG/DTA
[000127] Análises termogravimétricas (TG) foram realizadas em um Analisador de Temperatura Diferencial/Termogravimétrico Diamond Perkin Elmer (TG/DTA). Os padrões de calibração foram índio e esta-
nho. As amostras foram colocadas em um recipiente de amostra de alumínio, inseridas no forno TG e pesadas precisamente. As amostras foram aquecidas de 30-300ºC em uma corrente de nitrogênio a uma taxa de 10º C/minuto. A temperatura do forno foi equilibrada em 30ºC antes da análise das amostras. Exemplo 1: Síntese do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) 1a) Síntese de 1-(5-benziloxitetralin-6-il)etanona (1)
[000128] 6-Acetil-5-hidroxitetralina (100 g, 1 eq.) foi dissolvida em acetonitrila (3800 mL). Depois da adição de K2CO;3 (1,1 eq.) e brometo de benzila (1,05 eq.), a suspensão foi aquecida (76ºC). Após 48 horas, brometo de benzila (0,1 eq.) foi adicionado. Após 74 horas totais, o sólido foi filtrado e lavado com acetonitrila (200 mL), e os filtrados combinados foram evaporados.
[000129] O composto 1 foi obtido como um xarope: m = 148,6 g; ren- dimento quantitativo, 96,6% a/a de pureza. 1b) Síntese de 2-amino-4-(5-benziloxitetralin-6-il)tiofeno-3-carboxilato de etila (2)
CO O
[000130] Ácido acético (70 mL) foi aquecido a T = 65ºC. HMDS (1,5 eq.) foi adicionado durante 10 min. Depois, uma solução de composto 1
(69,5 g, 1 eq.) e cianoacetato de etila (1,5 eq.) em ácido acético (140 mL) foi adicionado. A mistura resultante foi agitada a T = 65ºC por 24 horas.
[000131] Após resfriamento à temperatura ambiente, NaAOH aquoso (1 M, 140 mL) e TBME (210 mL) foram adicionados. As camadas fo- ram separadas. A camada orgânica foi lavada com NaOH aquoso (1 M, 4 x 140 mL) até que o pH da fase aquosa fosse básico (pH = 13). A camada orgânica foi lavada com HCI aquoso (1 M, 140 mL) e H2O (2 x 140 mL).
[000132] EtoH (240 mL), NaHCO; (1,3 eq.) e enxofre (1,0 eq. de átomo) foram adicionados. Depois de aquecer para refluxo por 180 minutos, a mistura de reação foi concentrada a 210 mL e coevaporada com TBME (3 x 140 mL). Após resfriamento a temperatura ambiente, a suspensão foi filtrada e o sólido lavado com TBME (70 mL). Os filtra- dos combinados foram concentrados a 210 mL e HCl em dioxano (1,1 eq.) foi adicionado gota a gota a temperatura ambiente. Após semea- dura, precipitação foi observada. Heptano (350 mL) foi adicionado em gotas a temperatura ambiente. Após agitação por 14 horas, a suspen- são foi filtrada. Após lavagem com heptano (3 x 70 mL) e secagem, composto 2 foi recuperado como um sólido m = 83,2 g, 71% de rendi- mento, 93,7% a/a de pureza. 1c) Síntese de 4-(5-benziloxitetralin-6-il)-95-cloro-2-[(2-fenilacetil)amino] tiofeno-3-carboxilato de etila (3)
O
SE o o G)
[000133] Composto 2 (17,69 g, 1 eq.) foi dissolvido em diclorometano (140 mL). A solução foi resfriada com gelo/água. Sob agitação, N-
clorossuccinimida (1,05 eq.) foi adicionada. A mistura tornou-se escura durante alguns minutos. Após 1 hora, cloreto de fenilacetila (1,25 eq.) foi adicionado.
[000134] Após 1 hora a 0ºC e 2 horas a temperatura ambiente, a mistura foi evaporada até cerca de 35 mL e EtOH (2 x 70 mL) foi adici- onado, e evaporada novamente. A mistura foi diluída com EtoOH (35 mL) e resfriada com gelo/água. O produto precipitou. O sólido foi filtra- do e lavado com EtOH frio (3 x 18 mL).
[000135] Composto 3 foi obtido como um sólido: m = 20,99 g, 94,2% de rendimento, 99,3% a/a de pureza. 1d) Síntese de 3-(5-benziloxitetralin-6-il)-2-cloro-4-hidróxi-5-fenil-7H- tieno[2,3-b]piridin-6-ona (4) ?. Ow
SA no O (4)
[000136] Composto 3 (19,88 g, 1 eq.) foi solubilizado em metiltetra- hidrofurano (120 mLe a mistura de reação foi resfriada a uma tempera- tura entre -16ºC e -10ºC (NaCl/gelo). Terc-butóxido de potássio (5 eq.) foi adicionado em quatro porções. Em seguida, a mistura de reação foi aquecida até a temperatura ambiente e agitada por 65 min a tempera- tura ambiente. Uma adição em gotas de HCI 2 N (5 eq.) foi realizada a T = 0-5ºC (água/gelo) e a mistura resultante foi agitada vigorosamente. A fase orgânica foi lavada com NaCl(ag) (11%, 1 x 50 mL) e água (2 x 50 mL). A fase orgânica foi concentrada a -50% de solução. Metiltetra- hidrofurano (80 mL) foi adicionado e a solução resultante concentrada a -50% de solução. TBME (100 mL) foi adicionado e a solução resul-
tante concentrada a -50% de solução (essa etapa foi repetida três ve- zes). Então, TBME (25 mL), sementes de composto 4 e n-heptano (20 mL) foram adicionados e a solução resultante agitada a temperatura ambiente durante a noite. A mistura foi concentrada até cerca de 50 mL, filtrada, rinsada com licor-mãe, lavada com n-heptano (2 x 40 mL) e secada. Composto 4 foi obtido como um sólido granulado. Rendi- mento de 88%, 99,5% a/a de pureza.
Te) Síntese de 2-cloro-4-hidróxi-3-(S5-hidroxitetralin-6-il)-S-fenil-7H- tieno[2,3-b]piridin-6-ona (11) SO x GC Ho a 1 Ss o " (ID)
[000137] Composto 4 (15 g, 1 eq.) foi dissolvido em 75 mL de diclo- rometano e resfriado a T = -10ºC/-15ºC (com gelo/NaCl). BCl3 (1,5 eq., solução: 1 mol/L em diclorometano) foi adicionado em gotas e a mistu- ra resultante agitada a temperatura ambiente por 15 horas. A mistura resultante foi resfriada com gelo/água, e água (75 mL) foi adicionada. A mistura resultante foi agitada vigorosamente e a fase orgânica foi extraída com água/MeOH (9:1 v/v, 5 x 45 mL.). A fase orgânica foi concentrada, uma troca de solventes foi realizada com tolueno (3 x 90 mL) e a fase orgânica foi diluída com tolueno para atingir um volume final de 90 mL de tolueno. A mistura resultante foi aquecida para reflu- xo e 15 mL de metanol foram adicionados. Uma solução acastanhada com poucas partículas foi obtida. As sementes foram adicionadas a T = 40ºC, aquecidas a T = 52ºC e resfriadas a temperatura ambiente. À mistura resultante foi agitada durante a noite e em seguida resfriada com gelo/NaCl (T = -10ºC/-15ºC) por 100 minutos. O produto precipi-
tado foi filtrado, lavado com tolueno/heptano 1:2 v/v (15 mL) e heptano (15 mL) e secado. Cristais de composto (II) foram obtidos: 87% de rendimento, 99,0% a/a de pureza. 1f) Síntese do sal de potássio mono-hidratado de 2-cloro-4-hidróxi-3- (S-hidroxitetralin-6-il)-5-fenil-7H-tieno[2, 3-b]piridin-6-0na — (1, usando acetato de n-butila Qy .
OK Ho (3 cl | S Ss yN o (D)
[000138] Composto (II) (8,43 g) foi agitado com acetato de n-butila (42 mL). Água e K2CO; (50% aq.; 0,55 eq.) foram adicionados. Junta- mente, 3 mL de água incluindo aquela da solução de K2CO; foram adi- cionados. Nenhuma mudança na aparência foi observada. A mistura resultante foi aquecida a 100ºC. Após 35 minutos nessa temperatura, o aquecimento foi interrompido, sementes foram adicionadas e a agi- tação continuada. A mistura foi deixada resfriar lentamente até a tem- peratura ambiente. Após 60 minutos, a mistura foi resfriada com água gelada a T = 0-5ºC por 125 minutos. O sólido foi então filtrado e lavado com acetato de n-butila (10 mL), em seguida com TBME (2 x 35 mL) e secado.
[000139] Composto (1) foi obtido como um sólido branco: m = 8,44 9, 90% de rendimento, 99,3% a/a de pureza. 1f) Síntese do sal de potássio mono-hidratado de 2-cloro-4-hidróxi-3- (S5-hidroxitetralin-6-il)-5-fenil-7H-tieno[2, 3-b]piridin-6-0na (1), usando isopropanol
[000140] Composto (II) foi suspenso em mistura água/isopropanol (1/1,5 parte de cada solvente), então 0,50 a 0,55 eq. de carbonato de potássio foi adicionado. O pH era de cerca de 12 (papel indicador de pH) no final da adição de carbonato de potássio. Após três horas de agitação a 50ºC, a suspensão estava mais espessa e o pH era de cer- ca de 8 (papel indicador de pH). A temperatura foi elevada para 80ºC até que uma solução fosse obtida (10-15 minutos). Uma clarificação pode ser feita neste ponto do processo, se necessário. Sete partes de água foram adicionadas e a mistura de reação foi então resfriada a 40ºC (solução turva observada). O solvente foi destilado sob pressão reduzida (de 18 kPa(180 mbar) a 4,0 kPa(40 mbar)) a 40ºC até 7 par- tes de solventes permanecerem no reator. Cristalização de sal de po- tássio mono-hidratado pode ocorrer aqui. 4,2 partes de água foram adicionadas e a mistura foi semeada com composto (1) (1 a 2% de se- mentes). A suspensão foi então resfriada de 40ºC a 5ºC em 7 horas (5ºC/hora) e mantida a 5ºC por várias horas. A suspensão foi filtrada.
A torta foi lavada duas vezes por 1,42 parte de água. O sólido coletado foi secado a 40ºC sob vácuo dado um rendimento mínimo de 80% de Composto (I), sob a pureza química exigida (isto é, 98%+).
Exemplo 2: Caracterização do composto (1) a) Dados de difração de raios X pelo método do pó (XRPD) do com- posto (1) indicaram que ele era constituído de um material cristalino. A descrição de XRPD do Composto (|) é mostrada na Tabela 1 (ver tam- bém Figura 1).
Tabela 1 Cam Tee Ca res] ss e re e a e e es e
[000141] Análise TG/DTA mostrou uma perda de peso inicial de 1,1% de 30-100ºC, seguido por uma perda de peso maior de 3% de 117-160ºC devido à perda de água ligada. A segunda perda de peso foi acompanhada por uma grande endotermia e as perdas de peso combinadas de 4% aproximam-se da perda de peso teórica para um mono-hidrato (3,75% p/p). O composto decompôs-se acima 240ºC. Exemplo 3: Estudo Comparativo 3a) Formação de um sal de potássio do composto (Il) de acordo com WO 2014/001554
[000142] Composto (II) (1 g) foi suspenso em MeOH (6,25 mLy/THF (6,25 mL). Metóxido de potássio MeOK (1,0 eq.) foi adicionado segui- do de água (3,75 mL). A mistura resultante foi evaporada até a secura. Uma etapa de liofilização foi então realizada. Entretanto, análise de XRPD demonstrou que um sólido amorfo foi obtido (Figura 2 — Proto- colo 3a). 3b) formação de um sal de potássio de composto (Il) usando MeOH/MeOK sob várias condições
[000143] 1) Composto (II) (1 g) foi suspenso em MeOH (12,5 mL). Metóxido de potássio MeOK (1,0 eq.) foi adicionado seguido de água (7,5 mL) e a mistura foi aquecida a T = 50ºC por 20 minutos. A reação foi interrompida quando o pH atingiu cerca de 10. A mistura resultante foi resfriada a temperatura ambiente e evaporada até a secura. A mis- tura foi lentamente resfriada a temperatura ambiente e, então, uma etapa de liofilização foi realizada.
[000144] Entretanto, análise de XRPD demonstrou que um solvato de metanol impuro foi obtido (Figura 2 — Protocolo 3b-1).
[000145] 2)A etapa de liofiização descrita acima (3b-1) foi substituí- da por uma etapa de filtração. No entanto, um rendimento de baixa filtração foi obtido (partindo de 1 g de composto Il: 57 mg de sólido ob- tido após a filtração), e análise de XRPD demonstrou que o produto era um solvato de metanol impuro (Figura 2 — Protocolo 3b-2).
[000146] Na ausência de água nos protocolos 3b-1 ou 3b -2, um sol- vato de metanol foi obtido. Exemplo 4: Composições Farmacêuticas
[000147] A Tabela 2 mostra 20% de misturas de carga de fármaco, 250 g de fórmula em escala de batelada usada para fabricar cápsulas na dosagem de 30 mg. Tabela 2 mistura (9) (dosagem de 30 mg) (mg) o Ar Beer % * Um fator de correção de sal de 1,132 foi usado (com relação ao composto (II) não hidratado neutro) para levar em conta o sal de po- tássio mono-hidratado.
[000148] A Tabela 3 mostra 75% de misturas de carga de fármaco, 250 g de fórmula em escala de batelada usada para fabricar cápsulas com dosagens de 125 mg e 250 mg.
Tabela 3 Componente » Pa Quantidade 125 mg ' - " : DO rragemr DO pregar * Um fator de correção de sal de 1,132 foi usado (com relação ao composto (II) não hidratado neutro) para levar em conta o sal de po- tássio mono-hidratado. Exemplo 5: Testes Biológicos
[000149] - Os efeitos do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) (ou "Composto (1)") sobre o metabolismo do fígado e tecido adiposo (AT) em um modelo de camundongo com esteato-hepatite não alcoóli- ca com obesidade induzida por dieta (DIO-NASH) são relatados aqui.
[000150] Depois de 41 semanas, somente camundongos DIO-NASH com esteatose confirmada por biópsia (classificação > 2) e fibrose (es- tágio > 1) foram incluídos e receberam oralmente (n = 12) veículo (controle), composto (1) 35 ou 75 mg/kg duas vezes por dia durante oito semanas.
[000151] Comparados com camundongos sob dieta de comida nor- mal, camundongos DIO-NASH apresentaram características de NASH, incluindo esteato-hepatite (classificação de atividade NAFLD, NAS = 7), fibrose hepática (classificação = 2), triglicerídeos do fígado eleva-
dos (TG, x26), assim como inflamação do fígado. Como esperado, composto (|) em ambas as doses aumentou a atividade de AMPK no fígado (P-AMPK/AMPK, +128%; +143%, p < 0,05) e saúde do fígado melhorada. Comparado com o grupo de controle, o composto (|) em ambas as doses diminuiu o peso do fígado (-23%, p < 0,01; -33%, p < 0,01). Composto (1) reduziu NAS (-32% (de 6,6 para 4,5); -44 % (de 6,7 para 3,8), p < 0,01), diminuindo a esteatose, também confirmado pela redução do teor de TG no fígado (-36%; -42%, p < 0,01), inflama- ção e balonamento hepatocelular. O benefício do composto (1) sobre fibrose foi medido por uma forte dessensibilização na expressão de genes fibróticos (por exemplo, colágeno tipo |, -65%; -68%, p < 0,01) e uma diminuição na ativação de células estreladas hepáticas (coloração positiva aSMA -34%; -39%, p < 0,01).
[000152] Além dos benefícios no fígado, composto (1) melhorou o metabolismo do tecido adiposo. O composto (1) ativou AMBK (P- AMPK/AMPK, +130% ns; +152%, p < 0,01) em AT visceral e reduziu a massa de coxim adiposo (-25%; -37%, p < 0,01). O composto (1) dimi- nuiu a atividade de lipase sensível a hormônio (P-HSLser565 +416%; +425%, p < 0,01, P-HSFser563 -67%; -52%), consistente com a dimi- nuição no nível de ácido graxo livre no plasma (-37%; -38%, p < 0,01). Composto (1) reduziu a inflamação do AT, diminuindo a expressão do gene MCP-1 (-55%, p < 0,05 sob 75 mg/kg) e aumentou a biogênese mitocondrial do AT, elevando a expressão de proteína PGC1-a (+321%; +409%, p < 0,01).
[000153] Conclusão: O composto (1) evidenciou efeitos benéficos so- bre NAFLD/NASH, fibrose hepática e inflamação que atua tanto no fí- gado quanto no tecido adiposo em modelo camundongos DIO-NASH por ativação direta de AMPK.
[000154] - Os efeitos do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) (ou "Composto (1)") sobre dislipidemia em um modelo de dislipide-
mia são relatados aqui.
[000155] Efeitos de Composto (|) em camundongos ob/ob dislipidê- micos diabéticos obesos após cinco semanas de tratamento.
[000156] O composto (1) foi administrado sob 25, 50 e 100 mg/kg du- as vezes por via oral em carboximetilcelulose 0,5%/Tween 80 (98/2) (n = 10). Um grupo de camundongos ob/ob foi tratado com carboximetil- celulose 0,5%/Tween 80 (98/2) como grupo de controle.
[000157] Comparados com camundongos ob/+ normais, camundon- gos ob/ob apresentaram dislipidemia.
[000158] Após 5 semanas de tratamento com Composto (1), uma di- minuição de triglicerídeo plasmático (-19% NS, -40% p < 0,001 e -43% p < 0,001, respectivamente, sob 25 mg/kg, 50 mg/kg e 100 mg/kg), FFA plasmático (-14% NS, -35% p < 0,05 e -21% NS, respectivamen- te) e um aumento em colesterol HDL (+12% NS, +31% p < 0,001 e +32% p < 0,001, respectivamente, sob 25 mg/kg, 50 mg/kg e 100 mg/kg) foram observados.
[000159] Conclusão: o Composto (1) evidenciou assim efeitos benéfi- cos sobre dislipidemia.
[000160] - Os efeitos do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) (ou "Composto (1)") sobre ganho de peso corporal em um modelo obeso são relatados aqui.
[000161] Efeitos do Composto (|) em camundongos ob/ob dislipidê- micos diabéticos obesos após cinco semanas de tratamento.
[000162] Composto (1) foi administrado sob 25, 50 e 100 mg/kg duas vezes por via oral em carboximetilcelulose 0,5%/Tween 80 (98/2) (n = 10). Um grupo de camundongos ob/ob foi tratado com carboximetilce- lulose 0,5%/Tween 80 (98/2) como grupo de controle.
[000163] Comparados com camundongos ob/+ normais, camundon- gos ob/ob apresentaram obesidade com um aumento no ganho de pe- so corporal.
[000164] Após 5 semanas de tratamento com Composto (1), foi obser- vada uma diminuição do peso corporal comparada com o 1º dia (-17%, - 24%, -113%, respectivamente, sob 25 mg/kg, 50 mg/kg e 100 mg/kg).
[000165] Conclusão: Composto (1) evidenciou assim efeitos benéfi- cos sobre a obesidade, mais particularmente pelo decréscimo no ga- nho de peso corporal.
[000166] - Os efeitos do sal de potássio mono-hidratado de fórmula (1) (ou "Composto (1)") na pressão arterial em modelo de hipertensão em rato acordado sem limitação física são relatados aqui.
[000167] Os efeitos do Composto (Il) na pressão arterial foram medi- dos em modelo conhecido de hipertensão em rato acordado sem limi- tação física, rato hipertensivo espontâneo (SHR), usando telemetria. SHR com idades de 21-22 semanas apresentam uma pressão arterial mais alta em comparação com ratos Wistar saudáveis: a pressão arte- rial sistólica foi de 200 mmHg versus 120 mmHg em ratos Wistar.
[000168] Quatro SHR machos foram submetidos a cirurgia para im- plantar na aorta abdominal um cateter de pressão sanguínea. O transmissor de telemetria foi anexado ao peritônio. Dez dias após re- cuperação, o mesmo animal recebeu veículo ou Composto (1), dose de 150 mg/kg, administrado por 5 dias, 5 semanas independentemente. As pressões arteriais sistólica, diastólica e média foram registradas durante 24 horas, o 5º dia de tratamento.
[000169] Composto (1), dose de 150 mg/kg, administrado por 5 dias a SHR, reduziu a pressão arterial sistólica (SAP), -19 mmHg, a pressão arterial diastólica (DAP), -17 mmHg e pressão arterial média (DAP), -18 mmHg, durante 24 horas, em comparação com SHR tratado com veículo.
[000170] Conclusão: Composto (1) permite, desse modo, diminuir a pressão sanguínea elevada em um modelo de hipertensão em rato. O composto (1) evidenciou assim efeitos benéficos sobre a hipertensão.

Claims (14)

REIVINDICAÇÕES
1. Processo para preparação de um sal de potássio mono- hidratado caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula (I): PQ . no | (3
ÁS s N o referido processo que compreende as etapas de: (A) reagir um composto de fórmula (Il) com carbonato de potássio em uma solução que compreende água e um solvente seleci- onado de acetato de n-butila e isopropanol: QL) OH (3
HO 7 S s o " (ID; (B) formar um precipitado; e (C) recuperar o precipitado obtido na etapa (B), preferivel- mente por filtração.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa (B) compreende as seguintes subetapas de: (b1) aquecer a mistura obtida na etapa (A) a uma tempera- tura compreendida entre 70ºC e 120ºC; e (b2) resfriar a mistura obtida na etapa (b1) a uma temperatura compreendida entre -15ºC e 35ºC, de modo a obter um precipitado.
3. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 e 2, caracterizado pelo fato de que o solvente é isopropanol.
4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções | a 3, caracterizado pelo fato de que a quantidade de carbonato de potássio usada na etapa (a) situa-se entre 0,25 e 3 equivalentes, preferivelmente entre 0,5 e 0,6 equivalente, em relação ao composto de fórmula (II).
5. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o referido composto de fór- mula (II) é obtido por um processo que compreende as etapas de: (a') reagir 6-acetil-5-hidroxitetralina com uma fonte de ben- zila eletrofílica, preferivelmente brometo de benzila, na presença de uma base Bi; (b') reagir o composto obtido na etapa (a') com cianoacetato de etila na presença de hexametildissilazano e ácido acético; (c') reagir o composto obtido na etapa (b') com enxofre na presença de uma base B>; (d') opcionalmente formar um sal do composto obtido na etapa (c'), de preferência um sal de cloridrato; (e') reagir o composto obtido na etapa (c') ou (d') com uma fonte de cloro eletrofílica, preferivelmente N-clorossuccinimida; (Ff) reagir o composto obtido na etapa (e') com cloreto de fenilacetila; (g') reagir o composto obtido na etapa (f)| com uma base Bz3; (h') reagir o composto obtido na etapa (g') com tribrometo ou tricloreto de boro, preferivelmente tricloreto de boro; e (') opcionalmente recuperar o composto obtido na etapa (h').
6. Processo, de acordo com a reivindicação 5, caracteriza- do pelo fato de que a etapa (a') é realizada em acetonitrila e B, é car- bonato de potássio.
7. Processo, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracte-
rizado pelo fato de que a base B2 é morfolina ou hidrogenocarbonato de sódio.
8. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 5 a 7, caracterizado pelo fato de que B;3 é bis(trimetilsili)amida de potássio e terc-butóxido de potássio, preferivelmente terc-butóxido de potássio.
9. Sal de potássio mono-hidratado, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula (|): Ss . Ho | (3 a | Ss TS,
10. Sal de potássio mono-hidratado, de acordo com a rei- vindicação 9, caracterizado pelo fato de que está na forma de um sóli- do que apresenta os seguintes picos de XRPD, conforme medido por meio de um difratômetro, usando radiação de Cu K(alfa):
11. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um sal de potássio mono-hidratado, como definido na reivindicação 9 ou 10, e um suporte farmaceuticamente aceitável.
12. Sal de potássio mono-hidratado, de acordo com a rei- vindicação 9 ou 10, ou composição farmacêutica de acordo com a rei- vindicação 11, caracterizado pelo fato de que é para uso como medi- camento.
13. Sal de potássio mono-hidratado, de acordo com a rei- vindicação 9 ou 10, ou composição farmacêutica de acordo com a rei- vindicação 11, caracterizado pelo fato de que é para uso no tratamento ou prevenção de diabetes, síndrome metabólica, obesidade, doença do fígado, esteatose hepática, doença hepática gordurosa não alcoóli- ca (NAFLD), esteato-hepatite não alcoólica (NASH), fibrose hepática, dislipidemia, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, inflamação, cân- cer, doenças cardiovasculares, aterosclerose, pressão sanguínea alta, retinopatias, neuropatias, distúrbios mitocondriais e miopatias, incluin- do, mas sem limitação, MELAS (encefalomiopatia mitocondrial, acido- se láctica e episódios semelhantes a acidente vascular), síndrome de Leigh, LHON (neuropatia óptica hereditária de Leber) ou MNGIE (en- cefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial), doenças neuromus- culares tais como distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker (BMD) ou distrofia muscular espinhal, doenças neurodege- nerativas, fibrose pulmonar, doenças neurológicas associadas à idade, doença de Alzheimer ou doenças metabólicas, preferivelmente NAFLD ou NASH.
14. Composição farmacêutica ou sal de potássio mono- hidratado para uso, de acordo com a reivindicação 12 ou 13, caracteri- zado pelo fato de que o sal de potássio mono-hidratado é administrado a um indivíduo em uma dose diária de 20 mg a 1.000 mg, preferivel- mente de 60 a 500 mg.
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