BR112020017941A2 - anticorpos, moléculas de ácido nucleico, vetor, composição e método de determinação da troponina t cardíaca humana - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a anticorpos monoclonais variantes melhorados que se ligam à troponina T cardíaca e que possuem uma KD melhor do que o anticorpo monoclonal 12.1A11.11-7, produzido pelo clone de hibridoma 7.1 A 12.2-22 (ECACC 89060901) conforme depositado na Coleção Europeia de Culturas de Células Animais (European Collection of Animal Cell Cultures ou ECACC, Reino Unido).

Description

“ANTICORPOS, MOLÉCULAS DE ÁCIDO NUCLEICO, VETOR, COMPOSIÇÃO E MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA TROPONINA T CARDÍACA HUMANA”
[001] A presente invenção refere-se a um novo anticorpo monoclonal que se liga especificamente à troponina T cardíaca (SEQ ID NO: 1), sendo o anticorpo caracterizado pelas CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que difere em no máximo uma substituição de aminoácido; (i) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8 ou de SEQ ID NO: 9,e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO : 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDR são selecionadas a partir de uma CDR 1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 de SEQ ID NO : 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8, e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso da CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11 e nem de SEQ ID NO: 13, ou b) a CDR2 e CDR3 dentro de este anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
[002] Neste relatório descritivo são citados vários documentos, incluindo pedidos de patentes e manuais de fabricantes. A divulgação desses documentos, embora não seja considerada relevante para a patenteabilidade desta invenção, é integralmente incorporada ao presente por referência. Mais especificamente, todos os documentos referenciados são incorporados por referência na mesma medida como se cada documento individual fosse específica e individualmente indicado como sendo incorporado pela referência.
[003] As troponinas cardíacas são biomarcadores sensíveis e específicos da lesão cardíaca. Em particular, a troponina T cardíaca (cTnT) é altamente específica para o coração, e não está presente no soro após dano de qualquer outro tecido ou de tecido muscular que não seja o miocárdio. Além disso, a cTnT demonstrou ser um biomarcador mais persistente e sensível do que outros usados para o diagnóstico de infarto do miocárdio. Assim, as troponinas cardíacas geralmente são úteis para o diagnóstico de isquemia miocárdica aguda, e a cTnT é especialmente útil.
[004] A troponina T cardíaca é um biomarcador amplamente utilizado em pacientes com doença cardíaca. Sua utilidade em pacientes com doenças cardíacas foi recentemente revisada por Westermann et al. (Nature Reviews/Cardiology, vol 14 (2017) 473-483. O uso de cTnT está bem estabelecido em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), mas a medição da troponina também é usada em outros contextos agudos e não agudos. Em pacientes com suspeita IAM, a tomada de decisão precoce é crucial para permitir um tratamento rápido e avaliação diagnóstica adicional.
[005] Os novos ensaios de alta sensibilidade para a troponina permitem a detecção de concentrações nitidamente mais baixas. Usando esses ensaios e concentrações de corte muito baixas, foram divulgadas várias estratégias de diagnóstico rápido para melhorar o diagnóstico em cuidados cardíacos agudos. Além disso, aplicações não coronárias e não agudas de ensaios de troponina - por exemplo, como um biomarcador em pacientes com insuficiência cardíaca, embolismo pulmonar, ou doença da artéria coronária estável - estão no horizonte e podem melhorar a estratificação do risco individual.
[006] A troponina T cardíaca é geralmente medida em um imunoensaio tipo sanduíche, em que pelo menos um anticorpo é usado para capturar a cTnT e pelo menos um segundo anticorpo (marcado) é usado para detectar a cTnT em uma amostra. Este também é o caso do ensaio de quinta geração para cTnT vendido pela Roche Diagnostics, Alemanha. O anticorpo monoclonal 12.1A11.11-7, produzido pelo clone de hibridoma 7.1 A 12.2-22 (ECACC 89060901) conforme depositado na Coleção Europeia de Culturas de Células Animais, GB, tem sido usado há quase três décadas como o melhor anticorpo de detecção em ensaios para cTnT. Desde que esse anticorpo foi gerado em 1989, nenhum anticorpo monoclonal melhor para a detecção de cTnT apareceu.
[007] Nos últimos anos, foram desenvolvidos ensaios cada vez mais sensíveis para a medição das várias troponinas, por exemplo, com base em técnicas sofisticadas de marcação de anticorpos de detecção usadas em tais ensaios.
[008] Diversos estudos avaliaram os vários ensaios de alta sensibilidade para a troponina tanto quanto ao potencial para melhorar a triagem de pacientes com suspeita de IAM, como a utilidade desses ensaios em outros campos do diagnóstico clínico.
[009] Mesmo os ensaios de troponina mais sensíveis foram relatados por fracassarem na medição da troponina em certa porcentagem de indivíduos saudáveis (consulte, por exemplo, Westermann et al., acima).
Obviamente, a sensibilidade do ensaio é de extrema importância, por exemplo, na detecção de cTnT e uma melhora para esse fim seria altamente desejável.
[010] Esta necessidade é abordada pela presente invenção, fornecendo os exemplos de realização conforme definidos nas reivindicações.
[011] Foi agora surpreendentemente descoberto que certas mutações podem ser introduzidas nas regiões determinantes de complementaridade (CDR) do anticorpo 12.1A11.11-7 que por um lado não influenciam negativamente na formação do complexo de anticorpo com a TnT, mas que representam uma significativa melhora no que diz respeito à estabilidade do complexo formado entre a cTnT e tais anticorpos mutantes. Por meio dessas propriedades surpreendentes, um ensaio para cTnT com sensibilidade superior é viável.
[012] Assim, a presente invenção refere-se a um novo anticorpo monoclonal que se liga especificamente à troponina T cardíaca (SEQ ID NO: 1), sendo o anticorpo caracterizado pelas CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que difere em no máximo uma substituição de aminoácido; (i) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8, ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8 e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11, nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro desse anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
[013] O anticorpo da presente invenção também pode ser descrito como um novo anticorpo monoclonal que se liga especificamente à troponina T cardíaca (SEQ ID NO: 1), cujo anticorpo é caracterizado pelas
CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que difere em no máximo uma substituição de aminoácido;
(a) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2,
uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4; e
(b) no domínio variável de cadeia pesada um conjunto de CDRs selecionadas a partir de:
(i) uma CDR1 de SEQ ID NO: 6, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12,
(ii) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 8 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 11,
(iii) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 8 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 13,
(iv) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 13,
(v) uma CDR1 de SEQ ID NO: 6, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 10,
(vi) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 11,
(vii) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, (viii) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 10,
(ix) uma CDR1 de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 8 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou (x) uma CDR1 de SEQ ID NO: 5, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12.
[014] As definições de (i) a (x) fornecidas acima para as CDRs compreendidas no domínio variável de cadeia pesada representam uma descrição alternativa das CDRs de cadeia pesada de acordo com a presente divulgação. Tais definições podem ser usadas para descrever e definir o domínio variável de cadeia pesada em todos os vários exemplos de realização relacionados ao domínio variável de cadeia pesada fornecidos na presente divulgação.
[015] A estrutura geral dos anticorpos é bem conhecida no estado da técnica e compreende duas cadeias pesadas e duas cadeias leves, conectadas por ligações dissulfídicas. As cadeias pesadas e as cadeias leves consistem, cada uma, em um domínio constante e um domínio variável. A especificidade de ligação a um antígeno é fornecida pelos domínios variáveis das cadeias leve e pesada que formam o anticorpo. Mais especificamente, as partes de anticorpos que determinam sua especificidade e fazem contato com um ligante específico são denominadas de regiões determinantes de complementaridade (CDRs). As CDR são a parte mais variável da molécula e contribuem com a diversidade destas moléculas. Existem três regiões CDR, a CDR1, CDR2 e CDR3, em cada domínio variável, incorporadas em quatro regiões estruturais/de arcabouço (frameworks - FWs). Conforme utilizado na presente invenção, CDR-HC (ou CDR (HC)) representa uma região CDR de uma cadeia pesada variável e CDR-LC (ou CDR (LC)) refere-se a uma região CDR de uma cadeia leve variável. Da mesma forma, FW-HC (ou FW (HC)) representa uma região estrutural de uma cadeia pesada variável e FW-LC (ou FW (LC)) refere-se a uma região estrutural de uma cadeia leve variável.
[016] O termo “compreendendo”, conforme usado de acordo com a presente invenção, denota que outras sequências/componentes podem estar incluídos, além das sequências e/ou componentes especificamente recitados.
No entanto, este termo também abrange que a matéria reivindicada consiste exatamente nas sequências e/ou componentes recitados.
[017] Nestes exemplos de realização onde o anticorpo da invenção inclui mais do que a sequência de aminoácidos recitada, os aminoácidos adicionais podem estar presentes na extremidade N-terminal ou extremidade C-terminal ou em ambos. As sequências adicionais podem incluir, por exemplo, sequências introduzidas, por exemplo, para purificação ou detecção, como discutido em detalhes abaixo. Além disso, quando sequências individuais “compreendem” a sequência citada, elas também podem incluir aminoácidos adicionais na extremidade N-terminal ou na extremidade C- terminal ou em ambas as extremidades.
[018] De acordo com a presente invenção, o anticorpo liga-se especificamente à troponina T cardíaca humana (cTnT) de SEQ ID NO: 1. Será também compreendido que nos casos em que o anticorpo da invenção compreende aminoácidos adicionais, como detalhado acima, o referido anticorpo tem necessariamente que se ligar especificamente à cTnT.
[019] O termo “liga-se especificamente” (também referido na presente invenção como “interage especificamente”), de acordo com a presente invenção, significa que o anticorpo liga-se especificamente apenas à cTnT, mas não ou essencialmente não apresenta reação cruzada com uma proteína diferente, em particular uma proteína diferente de estrutura semelhante, tal como, por exemplo, a troponina I (SEQ ID NO: 33).
[020] Os métodos correspondentes para analisar a especificidade de um anticorpo são descritos, por exemplo, em Harlow & Lane (1988) Antibodies: A Laboratory Manual, Cold Spring Harbor Laboratory Press,
e em Harlow & Lane (1999) Using Antibodies: A Laboratory Manual, Cold Spring Harbor Laboratory Press. Exemplos não limitantes de estudos adequados são, por exemplo, estudos de ligação, estudos de bloqueio e competição com moléculas estruturalmente e/ou funcionalmente relacionadas.
Esses estudos podem ser realizados por métodos como, por exemplo, análise FACS, análise de titulação por citometria de fluxo (titulação FACS), ressonância plasmônica de superfície (SPR, por exemplo, usando um instrumento BIAcore®), calorimetria de titulação isotérmica (ITC), titulação de fluorescência ou por ensaios de ligação de ligante radiomarcado. Outros métodos incluem, por exemplo, ensaios de Western blots, ELISA (incluindo ELISA competitivo), RIA, ECL e IRMA.
[021] No contexto da presente invenção, o termo “anticorpo” refere-se a moléculas completas de imunoglobulina, bem como a seus fragmentos de ligação ao antígeno, como Fab, Fab’, F(ab’)2, Fv. Além disso, o termo se refere a moléculas de anticorpo modificadas e/ou alteradas, bem como anticorpos gerados/sintetizados de forma recombinante ou sintética. O termo “anticorpo” também compreende anticorpos bifuncionais, anticorpos trifuncionais, anticorpos totalmente humanos, anticorpos quiméricos e construções de anticorpos, como Fvs de cadeia única (scFv) ou proteínas de fusão-anticorpo.
[022] Um “fragmento Fab”, tal como utilizado na presente invenção é constituído por uma cadeia leve e o CH1 e regiões variáveis de uma cadeia pesada. A cadeia pesada de uma molécula Fab não pode formar uma ligação de dissulfeto com outra molécula da cadeia pesada. Um fragmento “Fab” contém uma cadeia leve e uma porção de uma cadeia pesada que contém o domínio VH e o domínio CH1, e também a região entre os domínios CH1 e CH2, de modo a que uma ligação de dissulfeto intercadeias possa ser formada entre as duas cadeias pesadas de dois fragmentos Fab' para formar uma molécula F(ab')2. Um “fragmento F(ab')2” contém duas cadeias leves e duas cadeias pesadas contendo uma porção da região constante entre os domínios CH1 e CH2, de tal modo que uma ligação de dissulfeto intercadeias é formada entre as duas cadeias pesadas. Um fragmento F(ab')2 deste modo é constituído por dois fragmentos Fab' que são mantidos juntos por uma ponte de dissulfeto entre as duas cadeias pesadas.
[023] Um fragmento Fab/c contém ambos os determinantes de Fc e Fab, em que uma região “Fc” contém dois fragmentos de cadeia pesada compreendendo os domínios CH2 e CH3 de um anticorpo. Os dois fragmentos de cadeia pesada são mantidos juntos por duas ou mais ligações de dissulfeto e por interações hidrofóbicas dos domínios CH3.
[024] A “região Fv” compreende as regiões variáveis de ambas as cadeias, pesada e leve, mas carece das regiões constantes. Fragmentos de anticorpo “Fv de cadeia única” (também abreviado com “scFv”) são fragmentos de anticorpos que possuem, no contexto da presente invenção, os domínios V H e VL de um anticorpo, no qual estes domínios estão presentes em uma única cadeia de polipeptídeo. De modo geral, o polipeptídeo scFv compreende ainda um polipeptídeo ligante entre os domínios VH e VL, permitindo que o scFv forme a estrutura desejada para ligação ao antígeno. As técnicas descritas para a produção de anticorpos de cadeia única encontram-se descritas, por exemplo, em Plückthun em: The Pharmacology of Monoclonal Antibodies, Rosenburg & Moore eds. Springer-Verlag, NY 113 (1994), 269-315.
[025] O termo “anticorpo totalmente humano”, tal como utilizado na presente invenção refere-se a um anticorpo que compreende apenas sequências de proteína da imunoglobulina humana. No entanto, um anticorpo totalmente humano pode conter cadeias de carboidratos murinas se produzido em um camundongo, em uma célula de camundongo ou em um hibridoma derivado de uma célula de camundongo ou pode conter cadeias de carboidratos de rato se produzido em um rato, em uma célula de rato ou um hibridoma derivado de uma célula de rato. Da mesma forma, um anticorpo totalmente humano pode conter cadeias de carboidratos de hamster se produzido em um hamster, em uma célula de hamster, como, por exemplo, em células CHO, ou em um hibridoma derivado de uma célula de hamster. Por outro lado, um “anticorpo de camundongo“ ou “ anticorpo murino” é um anticorpo que compreende apenas sequências de proteínas de imunoglobulina de camundongo (murina), enquanto um “anticorpo de rato” ou um “anticorpo de coelho” é um anticorpo que compreende apenas sequências de imunoglobulina de rato ou coelho, respectivamente. Tal como acontece com os anticorpos totalmente humanos, esses anticorpos murinos, de rato ou coelho podem conter cadeias de carboidratos de outras espécies, se produzidas em tal animal ou célula desse animal. Por exemplo, os anticorpos totalmente humanos podem conter cadeias de carboidratos de hamster se produzidos em hamster, em uma célula de hamster, como, por exemplo, em células CHO, ou em um hibridoma derivado de uma célula de hamster. Os anticorpos totalmente humanos podem ser produzidos, por exemplo, pela exibição por fagos, que é uma tecnologia amplamente utilizada de triagem que permite a produção e triagem de anticorpos totalmente humanos. Também anticorpos de fagos podem ser utilizados no contexto da presente invenção. Métodos de apresentação/exibição de fago são descritos, por exemplo, nas Patentes US
5.403.484. US 5.969,108 e US 5.885,793. Outra tecnologia que permite o desenvolvimento de anticorpos totalmente humanos envolve uma modificação da tecnologia de hibridoma de camundongo. Camundongos são tornados transgênicos para conter o locus da imunoglobulina humana em troca dos seus próprios genes de camundongo (vide, por exemplo, a patente US 5.877.397).
[026] O termo “anticorpos quiméricos” refere-se a anticorpos que compreendem uma região variável de uma espécie humana, ou não humana,
fundida ou quimerizada com uma região de um anticorpo (por exemplo, região constante) de outra espécie, humana ou não humana (por exemplo, camundongo, cavalo, coelho, cachorro, vaca, frango).
[027] Como mencionado acima, o termo “anticorpo” também abrange construções de anticorpos, como proteínas de fusão de anticorpos, em que o anticorpo compreende domínio(s) adicional(ais), por exemplo, para o isolamento e/ou preparação de construções produzidas de forma recombinante, além dos domínios definidos na presente invenção por sequências específicas de aminoácidos.
[028] O anticorpo da presente invenção pode ser produzido de modo que seja um anticorpo recombinante, por exemplo, um anticorpo humano recombinante, ou um anticorpo hetero-híbrido, compreendendo ainda as CDRs conforme divulgadas e definidas na presente invenção.
[029] O termo “anticorpo recombinante” inclui todos os anticorpos que são preparados, expressos, criados ou isolados por meios recombinantes, tais como anticorpos isolados de um animal (por exemplo, um camundongo) que é transgênico para genes de imunoglobulina humana; anticorpos expressos utilizando um vetor de expressão recombinante transfectado em uma célula hospedeira, anticorpos isolados a partir de uma biblioteca de anticorpos humanos combinatorial recombinantes, ou anticorpos preparados, expressos, criados ou isolados por qualquer outro meio que envolva a junção (splicing) de sequências de genes de imunoglobulina humana com outras sequências de DNA. Os anticorpos humanos recombinantes possuem regiões variáveis e constantes (se presentes) derivadas das sequências de imunoglobulina da linhagem germinativa humana. Tais anticorpos podem, no entanto, ser submetidos à mutagênese in vitro (ou, quando é usado um animal transgênico para sequências de imunoglobulina (Ig) humana, mutagênese somática in vivo) e, portanto, as sequências de aminoácidos das regiões VH e
VL dos anticorpos recombinantes são sequências que, apesar de derivadas e relacionadas com as sequências VH e VL da linhagem germinativa humana, pode não existir naturalmente no repertório da linhagem germinativa de anticorpos humanos in vivo.
[030] O termo “anticorpo hetero-híbrido” refere-se a um anticorpo possuindo cadeias leves e pesadas originadas de diferentes organismos. Por exemplo, um anticorpo possuindo uma cadeia pesada humana associada a uma cadeia leve murina é um anticorpo hetero-híbrido. Exemplos de anticorpos hetero-híbridos incluem anticorpos quiméricos e humanizados.
[031] O anticorpo de acordo com a presente invenção compreende as combinações recitadas de CDRs de cadeia leve e CDRs de cadeia pesada. A sequência da região estrutural circundante do respectivo domínio variável no qual as CDRs são incorporadas pode ser escolhida pelo técnico hábil no assunto sem esforços adicionais. Por exemplo, as sequências da região estrutural descritas abaixo ou a sequência da região estrutural específica empregada nos exemplos anexos podem ser usadas.
[032] De acordo com a presente invenção, as CDRs podem compreender a sequência especificamente citada ou podem diferir em pelo menos uma substituição de aminoácidos. Desse modo, um aminoácido em cada uma das CDRs pode ser substituído por um aminoácido diferente.
Compreende-se também que é abrangida a presença de uma substituição de aminoácidos em algumas, mas nem todas as CDRs, de uma cadeia ou de um anticorpo.
[033] O termo “substituição”, de acordo com a presente invenção, refere-se à substituição de um aminoácido por outro aminoácido. Assim, o número total de aminoácidos permanece o mesmo. A deleção de um aminoácido em uma determinada posição e a introdução de um (ou mais) aminoácido(s) em uma posição diferente não é explicitamente abrangida pelo termo “substituição”. As substituições, de acordo com a presente invenção, podem ser substituições conservadoras de aminoácidos ou substituições não conservadoras de aminoácidos. O termo “substituição conservadora de aminoácidos” é bem conhecido no estado da técnica e refere-se à substituição de um aminoácido por um aminoácido diferente com propriedades estruturais e/ou químicas semelhantes. Tais semelhanças incluem, por exemplo, uma semelhança na polaridade, carga, solubilidade, hidrofobicidade, hidrofilicidade e/ou natureza anfipática dos resíduos envolvidos. A substituição de aminoácidos é uma substituição conservadora de aminoácidos, caso um aminoácido de um dos seguintes grupos seja substituído por outro aminoácido do mesmo grupo: aminoácidos não polares (hidrofóbicos) incluem alanina, valina, leucina, isoleucina, prolina, fenilalanina, tirosina, triptofano e metionina; aminoácidos polares neutros incluem glicina, serina, treonina, cisteína, asparagina e glutamina; aminoácidos carregados positivamente (básicos) incluem arginina, lisina e histidina; e os aminoácidos carregados negativamente (ácidos) incluem ácido aspártico e ácido glutâmico. Em um exemplo de realização, a substituição em qualquer (ou em todas) as CDRs é uma substituição de aminoácidos conservadora. Será compreendido também que um anticorpo possuindo tais aminoácidos substituídos em uma ou mais das CDRs necessariamente tem que ser um anticorpo que se liga especificamente à cTnT de SEQ ID NO: 1.
[034] Em um exemplo de realização, o anticorpo que se liga especificamente à troponina T cardíaca humana (SEQ ID NO: 1) é um anticorpo caracterizado por (i) a CDR no domínio variável de cadeia leve compreende uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, ou uma variante dessa que difere em no máximo uma substituição de aminoácido por CDR e (ii) a CDR no domínio variável de cadeia pesada compreende uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6; ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8 e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11, nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro desse anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
[035] Em um exemplo de realização, a presente invenção divulga um anticorpo que se liga especificamente à troponina T cardíaca humana (SEQ ID NO: 1), sendo o anticorpo caracterizado pelas CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos (i) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO:
9, e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8, e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11, nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro desse anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
[036] Além disso, a presente invenção também está relacionada a um anticorpo que se liga especificamente à troponina T cardíaca humana (SEQ ID NO: 1), em que o anticorpo compreende um domínio variável de cadeia leve que consiste em regiões estruturais (FW) e CDRs, conforme representado na fórmula I: FW(LC)1 – CDR(LC)1 – FW(LC)2 – CDR(LC)2 – FW(LC)3 – CDR(LC)3 – FW(LC)4 (fórmula I) e um domínio variável de cadeia pesada consistindo nas regiões estruturais (FWs) e CDRs, conforme representado na fórmula II: FW(HC)1 – CDR(HC)1 – FW(HC)2 – CDR(HC)2 – FW(HC)3 – CDR(HC)3 – FW(HC)4 (fórmula II), em que as FWs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que é pelo menos 85% idêntica a elas: - na cadeia leve FW(LC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14; FW(LC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; FW(LC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 16; FW(LC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17; - e na cadeia pesada FW(HC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18;
FW(HC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19; FW(HC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 20; FW(HC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 21; e em que as CDRs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos (i) no domínio variável de cadeia leve, uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8 e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então ou a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11 nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro deste anticorpo não são ao mesmo tempo de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente, ou uma variante desta CDR que difere em no máximo uma substituição de aminoácido por CDR.
[037] Além disso, a presente invenção divulga um anticorpo anti- cTnT compreendendo um domínio variável de cadeia leve que consiste em regiões estruturais (FW) e CDRs conforme representado na fórmula I: FW(LC)1 – CDR(LC)1 – FW(LC)2 – CDR(LC)2 – FW(LC)3 – CDR(LC)3 – FW(LC)4 (fórmula I) e um domínio variável de cadeia pesada consistindo nas regiões estruturais (FWs) e CDRs, conforme representado na fórmula II:
FW(HC)1 – CDR(HC)1 – FW(HC)2 – CDR(HC)2 – FW(HC)3 – CDR(HC)3 –
FW(HC)4 (fórmula II),
em que as FWs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que é pelo menos 85% idêntica a elas:
- na cadeia leve
FW(LC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14;
FW(LC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15;
FW(LC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 16;
FW(LC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17;
- e na cadeia pesada
FW(HC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18;
FW(HC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19;
FW(HC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 20;
FW(HC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 21;
e em que as CDRs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos (i) no domínio variável de cadeia leve, uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma
CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de
SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8 e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então ou a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11 nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro deste anticorpo não são ao mesmo tempo de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
[038] A estrutura primária mostrada na fórmula I representa a ordem dos componentes do domínio variável de cadeia leve do anticorpo da presente invenção, representada da extremidade N-terminal para a C-terminal.
A estrutura primária mostrada na fórmula II representa a ordem dos componentes do domínio variável de cadeia pesada do anticorpo da presente invenção, representada da extremidade N-terminal para a C-terminal. Em cada caso, a região estrutural (FW) 1 representa a parte mais N-terminal do respectivo domínio de cadeia variável, enquanto a FW 4 representa a parte mais C-terminal do respectivo domínio de cadeia variável.
[039] Conforme definido acima, as respectivas sequências FW e CDR “compreendem” as sequências de aminoácidos citadas. Em um exemplo de realização, as respectivas sequências FW e CDR consistem nas referidas sequências de aminoácidos, ou seja, o(s) domínio(s) variável(is) de cadeia leve e o(s) domínio(s) variável(is) de cadeia pesada do anticorpo anti- troponina T da invenção consistem nas FWs e CDRs representadas na fórmula I e fórmula II, respectivamente, em que as respectivas sequências FW e CDR consistem nas sequências de aminoácidos citadas.
[040] No que diz respeito às CDRs e suas variantes, as definições fornecidas acima e exemplos de realização especificamente exemplificados aplicam-se mutatis mutandis.
[041] No que diz respeito às regiões estruturais, também é contemplado certo grau de variabilidade, ou seja, os FWs individuais podem compreender ou consistir na sequência de aminoácidos citada especificamente ou podem compreender ou consistir em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica a ela. De preferência, a identidade é de pelo menos 90%, preferencialmente pelo menos 92,5%, mais preferencialmente pelo menos 95%, ainda mais preferencialmente a identidade é pelo menos 98%, tal como pelo menos 99% e mais preferencialmente a identidade é pelo menos 99,5 %. Será compreendido que para diferentes FWs, um grau diferente de identidade de sequência pode ser permitido, dependendo da sequência real e, por exemplo, do comprimento da respectiva sequência FW, bem como sua localização dentro do respectivo domínio de cadeia variável.
[042] De acordo com a presente invenção, o termo “% de identidade de sequência” descreve o número de correspondências (“ocorrências” ou “hits”) de aminoácidos idênticos de duas ou mais sequências de aminoácidos alinhadas em comparação com o número de resíduos de aminoácidos que compõem o comprimento total das sequências de aminoácidos (ou a parte geral comparada). A porcentagem de identidade é determinada dividindo o número de resíduos idênticos pelo número total de resíduos e multiplicando o produto por 100. Em outros termos, usando um alinhamento, a porcentagem de resíduos de aminoácidos que são iguais (por exemplo, 85% de identidade) pode ser determinada para duas ou mais sequências ou subsequências quando essas (sub)sequências são comparadas e alinhadas para se obter a máxima correspondência em uma janela de comparação ou em uma região designada, medida usando um algoritmo de comparação de sequência conhecido no estado da técnica, ou quando alinhados manualmente e inspecionados visualmente.
[043] Os técnicos especialistas na matéria sabem como determinar a porcentagem de identidade de sequência entre sequências usando, por exemplo, algoritmos como aqueles baseados no algoritmo NCBI
BLAST (Altschul, S.F. et al. [1997] Nucleic Acids Res. 25:3389-3402), programa de computador CLUSTALW (Tompson, J.D. et al. [1994] Nucleic Acids Res.
22:4673-4680) ou FASTA (Pearson, W.R. & Lipman, D.J. [1988] Proc. Natl.
Acad. Sci. U.S.A. 85:2444-2448). Em um exemplo de realização, o algoritmo NCBI BLAST é empregado de acordo com a presente invenção. Para sequências de aminoácidos, o programa BLASTP usa como padrão um wordlength (W) de 3 e uma expectativa (E) de 10. A matriz de escore BLOSUM62 (Henikoff, S. & Henikoff, J.G. [1992] Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A.
89:10915-10919) utiliza alinhamentos (B) de 50, expectativa (E) de 10, M = 5, N = 4, e uma comparação de ambas as fitas. Consequentemente, nos exemplos de realização em que uma % de identidade de sequência é indicada, todas as sequências de aminoácidos com uma identidade de sequência de pelo menos 85%, conforme determinado com o programa NCBI BLAST, caem no escopo dos referidos exemplos de realização.
[044] O grau de variação descrito acima nas regiões estruturais em comparação com a respectiva sequência de aminoácidos especificamente citada pode ser devido à substituição, inserção, adição ou deleção de (um) aminoácido(s).
[045] O termo “substituição” foi definido em outro lugar acima na presente invenção. Nos casos em que mais de um aminoácido deve ser substituído, cada aminoácido é substituído de maneira independente por outro aminoácido, ou seja, para cada aminoácido removido um aminoácido diferente é introduzido na mesma posição.
[046] O termo “inserção”, de acordo com a presente invenção, refere-se à adição de um ou mais aminoácidos à sequência de aminoácidos especificamente citada, em que a adição não ocorre na extremidade N ou C- terminal do polipeptídeo.
[047] O termo “adição”, de acordo com a presente invenção,
refere-se à adição de um ou mais aminoácidos à sequência de aminoácidos especificamente citada, em que ocorre especificamente na extremidade N ou C-terminal do polipeptídeo, ou em ambas as extremidades.
[048] O termo “deleção”, conforme usado de acordo com a presente invenção, refere-se à perda de um ou mais aminoácidos a partir da sequência de aminoácidos especificamente citada.
[049] Em um exemplo de realização, a variação nas sequências de aminoácidos das regiões estruturais é devida à substituição de (um) aminoácido(s). As substituições, tal como definidas acima, podem ser substituições conservadoras de aminoácidos ou substituições não conservadoras de aminoácidos. As definições e exemplos de realização especificamente exemplificados fornecidos acima com relação ao termo “substituição” aplicam-se mutatis mutandis. Em um exemplo de realização, as substituições nas regiões estruturais são substituições conservadoras de aminoácidos.
[050] Em outro exemplo de realização, as CDRs consistem nas sequências específicas citadas acima (ou seja, sem quaisquer variações) e as regiões estruturais (FWs) citadas acima compreendem no máximo a seguinte quantidade de variações de aminoácidos dentro das sequências específicas citadas acima: FW(LC)1 no máximo 3 variações de aminoácidos; FW(LC)2 no máximo 2 variações de aminoácidos; FW(LC)3 no máximo 4 variações de aminoácidos; FW(LC)4 no máximo 1 variação de aminoácido; e FW(HC)1 no máximo 3 variações de aminoácidos; FW(HC)2 no máximo 2 variações de aminoácidos; FW(HC)3 no máximo 4 variações de aminoácido; e FW(HC)4 no máximo 1 variação de aminoácido.
[051] Em outro exemplo de realização, as variações de aminoácidos nas FWs são substituições.
[052] Em outro exemplo de realização, a quantidade total de variações presentes nas regiões estruturais (frameworks (FWs)) do domínio variável de cadeia leve ou pesada é no máximo 9 substituições de aminoácidos, tal como, por exemplo, no máximo 8 substituições de aminoácidos, por exemplo, no máximo 6 substituições de aminoácidos, tal como no máximo 4 substituições de aminoácidos, por exemplo, no máximo 3 substituições de aminoácidos, como no máximo 2 substituições de aminoácidos. Em outro exemplo de realização, há apenas 1 substituição de aminoácido presente nas regiões estruturais de 1 a 4 do domínio variável de cadeia leve em conjunto ou nas regiões estruturais de 1 a 4 do domínio variável de cadeia pesada em conjunto.
[053] Como as partes de fórmula I e fórmula II definidas na presente invenção como FWs são sequências de aminoácidos que fazem parte do quadro ou estrutura das regiões de cadeia variável, a substituição dentro das referidas sequências, em particular na forma de substituições de aminoácidos conservadoras, em muitos casos não afetará a capacidade de ligação do anticorpo anti-cTnT. Isso ocorre porque esses aminoácidos normalmente não estão diretamente envolvidos na ligação à cTnT, e sua substituição por aminoácidos alternativos adequados pode ser projetada de modo que não ocorra nenhuma alteração na estrutura tridimensional e no enovelamento da proteína. Por outro lado, tais substituições podem fornecer numerosos efeitos benéficos, tais como expressão melhorada em certos hospedeiros ou para estabilização da proteína pela introdução de, por exemplo, pontes de dissulfeto adicionais.
[054] A “afinidade de ligação” de um anticorpo mede a força de interação entre um epítopo no antígeno alvo e o sítio de ligação do anticorpo de acordo com a seguinte equação: Kd = kd/ka em que: Kd = constante de equilíbrio de dissociação [M] Kd: constante da velocidade de dissociação [s-1] ka = constante de velocidade de associação [M-1 s-1].
[055] Outros parâmetros relevantes para a afinidade de ligação de um anticorpo são os seguintes: t/2 = meia- vida do complexo de dissociação = ln2/kd/60 [min] Rmax = resposta máxima do analito [RU] MR: Razão molar = razão de resposta máxima (Rmax) do analito.
[056] Em um exemplo de realização, um anticorpo monoclonal para cTnT, conforme divulgado acima, liga-se à cTnT com uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
[057] A presente invenção diz respeito ainda a um anticorpo que compreende; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada selecionado a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID NO: 32, em que o anticorpo se liga especificamente à troponina T cardíaca humana e tem uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
[058] Também é divulgado na presente invenção um anticorpo que compreende; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada de uma sequência de aminoácidos selecionada a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID NO: 32, em que as CDRs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos (i) no domínio variável de cadeia leve, uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3 e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9 e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8 e a CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então ou a) a
CDR3 não é de SEQ ID NO: 11 nem de SEQ ID NO: 13 ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro deste anticorpo não são ao mesmo tempo de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente e em que o anticorpo liga-se especificamente à troponina T cardíaca humana e tem uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
[059] Em um exemplo de realização, a presente divulgação refere-se a um anticorpo compreendendo; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada consistindo em uma sequência de aminoácidos selecionada a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID NO: 32.
[060] Todas as definições e exemplos de realização especificamente exemplificados fornecidos acima com relação ao anticorpo anti-cTnT da invenção, em particular os graus e tipos de variações citados, aplicam-se mutatis mutandis.
[061] De acordo com a presente invenção, são fornecidos novos anticorpos anti-TnT que têm propriedades de ligação à TnT melhoradas (melhor valores KD) e, assim, permitem a detecção de TnT com sensibilidade superior, em comparação com os ensaios anteriores.
[062] O termo “KD” refere-se à constante de equilíbrio de dissociação (o recíproco da constante de equilíbrio de ligação) e é usado no presente documento de acordo com as definições fornecidas no estado da técnica. Os meios e métodos para determinar o valor de K D são fornecidos abaixo de maneira sucinta e descritos em detalhes nos Exemplos.
[063] As propriedades de ligação de um anticorpo, por exemplo, de um anticorpo anti-cTnT, são mais bem determinadas por medições de interação molecular com base em biossensores em tempo real, como a espectroscopia por ressonância plasmônica de superfície, para a qual a tecnologia Biacore tornou-se sinônimo. Os detalhes experimentais constam no Exemplo 5 e dados cinéticos são apresentados na Tabela 3. Por exemplo, o anticorpo marcado como combinação “12” na tabela 3 tem propriedades de ligação à TnT melhoradas, ou seja, uma constante de associação (ka) de 1,18E+06 1/Ms; uma constante de dissociação (kd) de 3,7 E-04 (traduzindo-se em meio-tempo para a dissociação de cerca de 31 min e, portanto, uma constante de afinidade geral (KD) de 3,2E-10 M.
[064] Os anticorpos mutados descritos e reivindicados na presente invenção, surpreendentemente, por um lado não influenciam negativamente a formação do complexo de anticorpo com TnT, a K a de todos eles está no mesmo intervalo que para o anticorpo parental. Por outro lado, uma melhora significativa no que diz respeito à estabilidade do complexo formado entre cTnT traduzindo-se em melhores valores KD pôde ser alcançada.
[065] Em um exemplo de realização, um anticorpo monoclonal de acordo com a presente invenção, conforme divulgado acima, liga-se à cTnT com uma t/2-diss a 37ºC de 10 minutos ou mais.
[066] Em geral, um valor KD mais baixo corresponde a uma afinidade superior ou melhorada, como é bem conhecido no estado da técnica.
Em um exemplo de realização, o anticorpo anti-TnT mutante tem uma afinidade de ligação, que é igual ou menor do que a KD do anticorpo parental possuindo uma KD de 5,8 E-10 M.
[067] As sequências citadas acima para as regiões variáveis de cadeias leve e pesada são as sequências de aminoácidos que foram utilizadas nos exemplos anexos.
[068] A presente invenção refere-se ainda a uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia leve de qualquer um dos anticorpos da invenção definidos acima. Esta molécula de ácido nucleico é referida como a primeira molécula de ácido nucleico da invenção. Além disso, a presente invenção também se refere a uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia pesada de qualquer um dos anticorpos da invenção definidos acima. Esta molécula de ácido nucleico é referida como a segunda molécula de ácido nucleico da invenção.
[069] De acordo com a presente invenção, o termo “molécula de ácido nucleico”, também referida como sequência de ácido nucleico ou polinucleotídeo, inclui DNA, tal como cDNA ou DNA genômico.
[070] As moléculas de ácido nucleico da invenção podem, por exemplo, ser sintetizadas por métodos padrão de síntese química e/ou métodos recombinantes, ou podem ser produzidas semissinteticamente, por exemplo, combinando síntese química e métodos recombinantes. A ligação das sequências codificantes de elementos reguladores da transcrição e/ou a outras sequências codificantes de aminoácidos pode ser realizada usando métodos estabelecidos, tais como digestões de restrição, ligações e clonagem molecular.
[071] De acordo com a presente invenção, a primeira molécula de ácido nucleico da invenção codifica uma região variável de cadeia leve: (i) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4; (ii) consistindo em uma sequência de aminoácidos de fórmula I tal como definida acima; ou
(iii) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve que consiste na sequência aminoácidos de SEQ ID NO: 22.
[072] De forma similar, a segunda molécula de ácido nucleico da invenção codifica uma região variável de cadeia pesada; (i) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 6 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 12 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido; (ii) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 11 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido; (iii) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 13 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(iv) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 13 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(v) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 6 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 10 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(vi) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 11 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(vii) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 12 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(viii) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 10 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(ix) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 7 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 12 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(x) compreendendo uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 9 ou uma variante da mesma que difere em no máximo uma substituição de aminoácido e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de
SEQ ID NO: 12 ou uma variante da mesma que difere no máximo em uma substituição de aminoácido;
(xi) consistindo em uma sequência de aminoácidos de fórmula II,
tal como definida acima;
(xii) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
23;
(xiii) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
24; ou
(xiv) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
25;
(xv) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
26; (xvi) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 27; ou (xvii) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 28; (xviii) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 29; (xix) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 30; ou (xx) consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 31; (xxi) consistindo de uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada que consiste na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:
32.
[073] A presente invenção refere-se ainda a um vetor compreendendo a primeira molécula de ácido nucleico da invenção, ou seja, uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia leve de qualquer um dos anticorpos da invenção definidos acima. A presente invenção refere-se ainda a um vetor compreendendo a segunda molécula de ácido nucleico da invenção, ou seja, uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia pesada de qualquer um dos anticorpos da invenção definidos acima. Tais vetores também são referidos na presente invenção como “vetores individuais da invenção”.
[074] Muitos vetores adequados são conhecidos pelos especialistas na matéria de biologia molecular, cuja escolha depende da função desejada. Exemplos não limitantes de vetores incluem plasmídeos, cosmídeos, vírus, bacteriófagos e outros vetores convencionalmente utilizados, por exemplo, manipulados/modificados por engenharia genética. Os métodos que são bem conhecidos dos técnicos hábeis no assunto podem ser usados para construir diversos plasmídeos e vetores; vide, por exemplo, as técnicas descritas em Sambrook, et al. (cit. loc.) e Ausubel, Current Protocols in Molecular Biology, Green Publishing Associates & Wiley Interscience, NY (1989), (1994).
[075] Em um exemplo de realização, o vetor é um vetor de expressão. Um vetor de expressão de acordo com a invenção é capaz de direcionar a replicação e a expressão da molécula de ácido nucleico da invenção em um hospedeiro e, consequentemente, fornece a expressão dos domínios de cadeia variável de anticorpos anti-troponina T da presente invenção codificada desse modo no hospedeiro selecionado. Em um exemplo de realização adicional, o(s) vetor(es) compreende(m) sequências adicionais para garantir que não sejam expressos apenas os referidos domínios de cadeia variável da invenção, mas também os anticorpos IgG completos que compreendem os referidos domínios de cadeia variável da invenção.
[076] Os vetores de expressão podem, por exemplo, ser vetores de clonagem, vetores binários ou vetores de integração. A expressão compreende a transcrição da molécula de ácido nucleico, por exemplo, na forma de um mRNA traduzível. Em um exemplo de realização, o vetor é um plasmídeo de expressão eucariótica para a expressão recombinante transitória de cadeia pesada e/ou cadeia leve de anticorpos monoclonais de coelho. Tais vetores foram desenvolvidos especificamente para expressão de anticorpos, mas também produção de anticorpos por, por exemplo, transfecção transitória de células eucarióticas, por exemplo, HEK 293 ou seus derivados ou células CHO.
[077] Exemplos não limitantes de vetores incluem; pQE-12, os vetores da série pUC, pBluescript (Stratagene), os vetores de expressão da série pET (Novagen) ou pCRTOPO (Invitrogen), lambda gt11, pJOE, os vetores da série pBBR1-MCS, pJB861, pBSMuL, pBC2, pUCPKS, pTACT1, pTRE, pCAL-n-EK, pESP-1, pOP13CAT, o sistema vetor E-027 pCAG Kosak-Cherry (L45a), pREP (Invitrogen), pCEP4 (Invitrogen), pMC1neo (Stratagene), pXT1 (Stratagene), pSG5 (Stratagene), EBO-pSV2neo, pBPV-1, pdBPVMMTneo, pRSVgpt, pRSVneo, pSV2-dhfr, pIZD35, Okayama-Berg o vetor de expressão de cDNA pcDV1 (Pharmacia), pRc/CMV, pcDNA1, pcDNA3 (Invitrogen), pcDNA3.1, pSPORT1 (GIBCO BRL), pGEMHE (Promega), pLXIN, pSIR (Clontech), pIRES-EGFP (Clontech), pEAK-10 (Edge Biosystems) pTriEx-Hygro (Novagen) e pCINeo (Promega). Exemplos não limitantes de vetores plasmidiais adequados para Pichia pastoris compreendem, por exemplo, os plasmídeos pAO815, pPIC9K e pPIC3.5K (todos Invitrogen). Outro vetor adequado para expressar proteínas em embriões Xenopus, embriões de peixe- zebra, bem como uma grande variedade de células de mamíferos e aves, é o vetor de expressão multiuso pCS2+.
[078] Em geral, os vetores podem conter uma ou mais origens de replicação (ori) e sistemas de herança para clonagem ou expressão, um ou mais marcadores para seleção no hospedeiro, por exemplo, resistência a antibióticos e um ou mais cassetes de expressão. Além disso, as sequências codificantes compreendidas no vetor podem ser ligadas a elementos reguladores da transcrição e/ou a outras sequências de codificação de aminoácidos usando métodos estabelecidos. Tais sequências reguladoras são bem conhecidas pelos especialistas na matéria e incluem, sem ser limitantes do escopo da invenção, sequências reguladoras que garantem o início da transcrição, sítios de entrada ribossômica interna (IRES) (Owens, G.C. et al.
[2001] Proc. Natl. Acad. Sci. USA 98: 1471-1476) e opcionalmente elementos reguladores que asseguram o término da transcrição e estabilização da transcrição. Exemplos não limitantes para esses elementos reguladores que garantem a iniciação da transcrição compreendem promotores, um códon de iniciação da tradução, intensificadores (enhancers), isoladores e/ou elementos reguladores que garantem o término da transcrição, que devem ser incluídos a jusante das moléculas de ácido nucleico da invenção. Outros exemplos incluem sequências Kozak e sequências intervenientes, flanqueadas por doadores e receptores para splicing de RNA, sequências nucleotídicas que codificam sinais de secreção ou, dependendo do sistema de expressão utilizado, sequências de sinais capazes de direcionar a proteína expressa para um compartimento celular ou para o meio de cultura. Os vetores também podem conter um polinucleotídeo que pode ser expresso adicional que codifica um ou mais chaperonas para facilitar o correto enovelamento de proteínas.
[079] Exemplos adicionais de origens de replicação adequadas incluem, por exemplo, as origens de replicação de ColE1 de comprimento total, um ColEI truncado, SV40 e M13 viral, enquanto exemplos adicionais de promotores adequados incluem, sem se limitar, o promotor de citomegalovírus (CMV), promotor SV40, promotor RSV-(vírus do sarcoma de Rous), promotor lacZ, promotor/operador de tetraciclina (tetp/o), promotor de β-actina de galinha, promotor CAG (uma combinação do promotor de β-actina de galinha e enhancer precoce imediato do citomegalovírus), promotor gai10, promotor 1α do fator de alongamento humano, promotor AOX1, promotor GAL1 promotor CaM-quinase, promotor lac, trp ou tac, promotor T7 ou T5, promotor lacUV5, promotor poliédrico do Nucleopoliedrovírus de Autographa californica (AcMNPV) ou um íntron de globina em células de mamíferos e outras células animais. Um exemplo de um facilitador/acentuador (enhancer) é, por exemplo, o enhancer-SV40. Exemplos adicionais não limitantes para elementos reguladores que garantem a terminação da transcrição incluem o sítio SV40- poli-A, o sítio tk-poly-A, o terminador lpp independente de rho ou os sinais de poliadenilação poliédrica AcMNPV. Outros exemplos não limitantes de marcadores selecionáveis incluem dhfr, que confere resistência ao metotrexato (Reiss, Plant Physiol. (Life Sci. Adv.) 13 (1994), 143-149), npt, que confere resistência aos aminoglicosídeos neomicina, canamicina e paromicina (Herrera-Estrella, EMBO J. 2 (1983), 987-995) e higro, que confere resistência à higromicina (Marsh, Gene 32 (1984), 481-485). Genes selecionáveis adicionais têm sido descritos, nomeadamente, o trpB, que permite que as células utilizem indol em vez de triptofano; hisD, que permite que as células utilizem hislinol no lugar de histidina (Hartman, Proc. Natl. Acad. Sci. USA 85 (1988). 8047); manose-6-fosfato isomerase, que permite que as células utilizem a manose (WO 94/20627) e ODC (ornitina-descarboxilase) que confere resistência ao inibidor da ornitina-descarboxilase, 2-(difluorometil)-DL-ornitina, DFMO ( McConlogue, 1987. Em: Current Communications in Molecular Biology, Cold Spring Harbor Laboratory ed.) ou deaminase de Aspergillus terreus que confere resistência à Blasticidina S (Tamura, Biosci. Biotechnol. Biochem. 59 (1995), 2336-2338).
[080] Em outro exemplo de realização, o vetor é um plasmídeo de expressão eucariótico contendo um cassete de expressão que consiste em um promotor de 5' CMV incluindo um Íntron A e uma sequência de poliadenilação 3’ BGH. Além do cassete de expressão, o plasmídeo pode conter uma origem de replicação derivada de pUC18 e um gene de beta- lactamase que confere resistência à ampicilina para amplificação do plasmídeo em E. coli. Para secreção dos anticorpos, uma sequência líder eucariótica pode ser clonada em 5' do gene do anticorpo.
[081] Hospedeiros de expressão bacteriana adequados compreendem, por exemplo, cepas derivadas de JM83, W3110, KS272, TG1, K12, BL21 (como BL21 (DE3), BL21 (DE3) PlysS, BL21 (DE3) RIL, BL21 (DE3) PRARE) ou Rosetta. Para modificação por vetor, amplificação por PCR e técnicas de ligação, consulte Sambrook & Russel [2001] (Cold Spring Harbor Laboratory, NY).
[082] As moléculas de ácido nucleico e/ou vetores da invenção podem ser projetados para introdução nas células por, por exemplo, métodos baseados em produtos químicos (polietilenoimina, fosfato de cálcio, lipossomas, DEAE-dextrano, nucleofecção), métodos não químicos (eletroporação, sonoporação, transfecção ótica, gene eletrotransferência, entrega hidrodinâmica ou transformação natural ao entrar em contato com células com a molécula de ácido nucleico da invenção), métodos baseados em partículas (arma de genes, magnetofecção, impalefecção) métodos baseados em vetores de fago e métodos virais. Por exemplo, os vetores de expressão derivados de vírus, como retrovírus, vírus vaccinia, vírus adenoassociado, herpesvírus, vírus da floresta de Semliki, ou vírus do papiloma bovino, podem ser utilizados para a entrega das moléculas de ácidos nucleicos a uma população de células alvo. Além disso, os sistemas baculovirais também podem ser utilizados como vetor no sistema de expressão eucariótica para as moléculas de ácido nucleico da invenção. Em um exemplo de realização, as moléculas de ácido nucleico e/ou vetores da invenção são projetadas para transformação química de E. coli competente por fosfato de cálcio e/ou para transfecção transitória de células HEK293 e CHO por transfecção por polietilenoimina ou lipofectamina.
[083] A presente invenção diz respeito ainda a um vetor compreendendo: (i) uma molécula de ácido nucleico que codifica um domínio variável de cadeia leve de acordo com a opção (i) definida acima e um domínio variável de cadeia pesada de acordo com a opção (i) definida acima; (ii) uma molécula de ácido nucleico que codifica um domínio variável de cadeia leve de acordo com a opção (ii) definida acima e um domínio variável de cadeia pesada de acordo com a opção (ii) definida acima; ou (iii) uma molécula de ácido nucleico que codifica um domínio variável de cadeia leve de acordo com a opção (iii) definida acima e um domínio variável de cadeia pesada de acordo com a opção (iii) definida acima.
[084] Em um exemplo de realização, o vetor é um vetor de expressão.
[085] Todas as definições e exemplos de realização especificamente exemplificados fornecidos acima com relação ao vetor da invenção, em particular os tipos de vetor ou as sequências reguladoras aplicam-se mutatis mutandis Este segundo tipo de vetor refere-se a um vetor compreendendo pelo menos duas moléculas de ácido nucleico, a saber, uma que codifica um domínio variável da cadeia leve e uma que codifica um domínio variável de cadeia pesada. Como é evidente a partir das combinações acima, o domínio variável de cadeia leve e o domínio variável de cadeia pesada são combinados no vetor de modo que a expressão de um anticorpo funcional anti-cTnT da invenção seja permitida. Este segundo tipo de vetor também é referido aqui como “vetor combinado da invenção”.
[086] A presente invenção refere-se ainda a uma célula hospedeira ou hospedeiro não humano compreendendo: (i) o vetor combinado da invenção; ou (ii) o vetor individual da invenção compreendendo a primeira molécula de ácido nucleico da invenção, ou seja, uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia leve de acordo com a invenção e o vetor individual da invenção compreendendo a segunda molécula de ácido nucleico da invenção, ou seja, uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia pesada da invenção, em que esses dois vetores compreendem as moléculas de ácido nucleico que codificam as regiões variáveis de cadeia leve e cadeia pesada combinadas/pareadas, conforme definidas nas opções (i) a (iii) acima.
[087] A célula hospedeira pode ser qualquer célula procariótica ou eucariótica. O termo “procariota” pretende incluir todas as bactérias que podem ser transformadas, transduzidas ou transfectadas com DNA ou moléculas de DNA ou RNA para a expressão de uma proteína da invenção. Os hospedeiros procariotas podem incluir bactérias gram-negativas bem como bactérias gram-positivas, tais como, por exemplo, E. coli, S. typhimurium, Serratia marcescens, Corynebacterium (glutamicum), Pseudomonas (fluorescens), Lactobacillus, Streptomyces, Salmonella e Bacillus subtilis.
[088] O termo “eucariótica” pretende incluir células de leveduras, plantas superiores, insetos e células de mamíferos. As células hospedeiras típicas de mamíferos incluem células Hela, HEK293, H9, Per.C6 e Jurkat, células NIH3T3 de rato, NS/0, SP2/0 e C127, células COS, por exemplo,
células COS 1 ou COS 7, CV1, células QC1-3 de codorniz, células L de camundongo, células de sarcoma de camundongo, células de melanoma de Bowes e células de ovário de hamster chinês (CHO). As células hospedeiras de mamífero exemplares de acordo com a presente invenção são células CHO.
Outras células hospedeiras eucarióticas adequadas incluem, mas não se limitam a, células de galinha, tais como, por exemplo, células DT40, ou células de levedura como Saccharomyces cerevisiae, Pichia pastoris, Schizosaccharomyces pombe e Kluyveromyces lactis. As células de insetos adequadas para expressão são, por exemplo, células S2 de Drosophila, Kc de Drosophila, Sf9 e Sf21 de Spodoptera ou Hi5 de Trichoplusia. As linhagens de células de peixe-zebra adequadas incluem, mas não se limitam a, ZFL, SJD ou ZF4.
[089] O(s) vetor(es) descrito(s) pode(m) se integrar ao genoma do hospedeiro ou pode(m) ser mantido(s) de maneira extracromossômica. Uma vez que o vetor tenha sido incorporado ao hospedeiro apropriado, o hospedeiro é mantido sob condições adequadas para a expressão em alto nível das moléculas de ácidos nucleicos, e conforme desejado, a coleta e purificação do anticorpo da invenção podem ocorrer. Os meios de cultura e condições apropriados para as células hospedeiras descritas acima são conhecidos no estado da técnica.
[090] Em um exemplo de realização, o hospedeiro citado é uma célula de mamífero, tal como uma célula humana ou linhagem de células humanas. Em outro exemplo de realização, a célula hospedeira transformada com o(s) vetor(es) da invenção é a HEK293 ou CHO. Em outro exemplo de realização, a célula hospedeira transformada com o(s) vetor(es) da invenção é a CHO. Estas células hospedeiras, bem como meios adequados e condições de cultura das células, foram descritos no estado da técnica, vide, por exemplo, Baldi L. et al., Biotechnol Prog. 2005 Jan-Feb;21(1):148-53, Girard P. et al.,
Cytotechnology 2002 Jan;38(1-3):15-21 e Stettler M. et al., Biotechnol. Prog.
2007 Nov-Dec;23(6):1340-6.
[091] Com relação ao termo “vetor compreendendo” de acordo com a presente invenção, entende-se que outras sequências de ácidos nucleicos necessárias e/ou suficientes estão presentes nos vetores para que a célula hospedeira produza um anticorpo anti-cTnT da invenção. Tais sequências de ácido nucleico adicionais são, por exemplo, sequências de ácidos nucleicos que codificam o restante da cadeia leve, bem como sequências de ácidos nucleicos que codificam o restante da cadeia pesada.
[092] A célula hospedeira ou hospedeiro não humano, de acordo com a presente invenção, compreende um vetor que codifica as regiões variáveis de cadeia leve e de cadeia pesada, conforme definido acima, ou compreende dois vetores separados, em que um vetor carrega uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia leve de acordo com a presente invenção e o segundo vetor carrega uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia pesada correspondente de acordo com a presente invenção. Assim, quando o primeiro vetor transporta uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia leve de acordo com a opção (i) acima na presente invenção, então o segundo vetor transporta uma molécula de ácido nucleico que codifica uma região variável de cadeia pesada também de acordo com a opção (i) acima. O mesmo se aplica mutatis mutandis às opções (ii) e (iii).
[093] Consequentemente, em cada caso, a expressão dessas moléculas de ácido nucleico está ligada entre si que devem estar presentes dentro de uma molécula de anticorpo para garantir a produção de um anticorpo anti-cTnT da invenção que consiste nas capacidades de ligação descritas acima.
[094] As células hospedeiras de acordo com este exemplo de realização podem, por exemplo, ser utilizadas para produzir grandes quantidades de anticorpos anti-cTnT da presente invenção. As referidas células hospedeiras são produzidas através da introdução dos vetores descritos acima no hospedeiro. A presença do(s) referido(s) vetor(es) no hospedeiro medeia então a expressão das moléculas de ácido nucleico que codificam os domínios variáveis de cadeia leve descritos acima e os domínios variáveis de cadeia pesada dos anticorpos anti-cTnT da invenção. Como descrito acima, o(s) vetor(es) da invenção podem compreender outras sequências que permitem a expressão de anticorpos IgG completos, resultando assim na produção de anticorpos IgG completos pelas células hospedeiras, em que os referidos anticorpos são caracterizados pela presença dos domínios variáveis de cadeia leve e/ou pesada de acordo com a presente invenção.
[095] A presente invenção refere-se ainda a um método para a produção de um anticorpo que se liga especificamente à cTnT de SEQ ID NO: 1, cujo método compreende o cultivo da célula hospedeira da invenção sob condições adequadas e isolamento do anticorpo produzido.
[096] De acordo com este exemplo de realização, o(s) vetor(es) presente(s) no hospedeiro da invenção é(são) vetor(es) de expressão ou (um) vetor(es) que medeia (s) a integração estável da(s) molécula(s) de ácido nucleico da presente invenção no genoma da célula hospedeira de tal maneira que sua expressão seja assegurada. Os meios e métodos para seleção de uma célula hospedeira na qual as moléculas de ácido nucleico que codificam os respectivos domínios das cadeias leve e pesada do anticorpo anti-cTnT da presente invenção são introduzidas com sucesso, e de modo que a expressão do anticorpo seja garantida, são bem conhecidos no estado da técnica e foram descritos (Browne, S.M. & Al-Rubeai, M. [2007] Trends Biotechnol. 25:425-432; Matasci, M et al. [2008] Drug Discov. Today: Technol. 5:e37-e42; Wurm, F.M.
[2004] Nat. Biotechnol. 22:1393-1398).
[097] As condições adequadas para a cultura de células hospedeiras procarióticas ou eucarióticas são bem conhecidas pelos especialistas no assunto. Por exemplo, bactérias como, por exemplo, a E. coli podem ser cultivadas sob aeração em meio Luria Bertani (LB), tipicamente a uma temperatura de 4 a cerca de 37ºC. Para aumentar o rendimento e a solubilidade do produto de expressão, o meio pode ser tamponado ou suplementado com aditivos adequados conhecidos por melhorar ou facilitar ambos. Nos casos em que os promotores induzíveis controlam as moléculas de ácido nucleico da invenção nos vetores presentes na célula hospedeira, a expressão do polipeptídeo pode ser induzida pela adição de um agente indutor adequado, como, por exemplo, anidrotetraciclina. Os protocolos e estratégias de expressão adequados foram descritos no estado técnica (por exemplo, em Dyson, M.R., et al. (2004). BMC Biotechnol. 4, 32-49 e em Baldi, L. et al. (2007) Biotechnol. Lett. 29, 677-684) e pode ser adaptado às necessidades das células hospedeiras específicas e aos requisitos da proteína a ser expressa, se necessário.
[098] Dependendo do tipo de célula e seus requisitos específicos, a cultura de células de mamíferos pode, por exemplo, ser realizada em meio RPMI, Williams 'E ou DMEM contendo 10% (v/v) de SBF, L-glutamina a 2 mM e 100 U/mL de penicilina/estreptomicina. As células podem ser mantidas, por exemplo, a 37ºC ou a 41ºC para células de frango DT40, em uma atmosfera de 5% de CO2 saturada com água.
[099] Um meio adequado para a cultura de células de insetos é, por exemplo, o meio TNM+10% de SBF, SF900 ou meio HyClone SFX-Insect.
As células de insetos são geralmente cultivadas a 27ºC como culturas de adesão ou suspensão.
[100] Os protocolos de expressão adequados para células eucarióticas ou de vertebrados são bem conhecidos pelos especialistas na matéria e podem ser recuperados, por exemplo, em Sambrook, J. & Russel, D.W. [2001] (Cold Spring Harbor Laboratory, NY).
[101] Em um exemplo de realização, o método é realizado usando células de mamífero, como, por exemplo, células CHO ou HEK293. Em um exemplo de realização adicional, o método é realizado usando células CHO.
[102] Dependendo do hospedeiro empregado em um procedimento de produção recombinante, o anticorpo expresso pode ser glicosilado ou pode não ser glicosilado. Em um exemplo de realização, é utilizado um plasmídeo ou vírus contendo a sequência codificante do polipeptídeo da invenção e geneticamente fundido a ela um marcador FLAG- tag N-terminal e/ou His-tag C-terminal. Em um exemplo de realização adicional, o comprimento do referido FLAG-tag é de cerca de 4 a 8 aminoácidos, tal como, por exemplo, exatamente 8 aminoácidos. Um vetor descrito acima pode ser utilizado para transformar ou transfectar o hospedeiro utilizando qualquer técnica normalmente conhecida pelos técnicos hábeis no assunto. Além disso, métodos para a preparação, dos genes operacionalmente ligados fundidos e expressando eles, por exemplo, em células de mamíferos e bactérias, são bem conhecidos no estado da técnica (Sambrook, loc cit).
[103] Os hospedeiros transformados podem ser cultivados em biorreatores e cultivados de acordo com técnicas conhecidas no estado da técnica para atingir um crescimento celular ótimo. O anticorpo da invenção pode então ser isolado a partir do meio de crescimento. O isolamento e a purificação, por exemplo, dos anticorpos da invenção expressos microbialmente podem ser realizados por qualquer meio convencional, como, por exemplo, cromatografia por afinidade (por exemplo, usando um marcador tag de fusão tal como Strep-tag II ou His-tag 6), filtração em gel (cromatografia de exclusão por tamanho), cromatografia de troca aniônica, cromatografia de troca catiônica, cromatografia de interação hidrofóbica, cromatografia líquida de alta pressão (HPLC), HPLC de fase reversa ou imunoprecipitação. Estes métodos são bem conhecidos no estado da técnica e têm sido geralmente descritos, por exemplo, em Sambrook, J. & Russel, D.W. [2001] (Cold Spring Harbor Laboratory, NY).
[104] Será apreciado que, de acordo com a presente invenção, o termo “isolar o anticorpo produzido” refere-se ao isolamento do anticorpo anti- cTnT da presente invenção.
[105] A presente invenção refere-se ainda a uma composição compreendendo pelo menos um dentre: (i) o anticorpo da invenção, (ii) a molécula de ácido nucleico da invenção, (iii) o vetor da invenção, (iv) a célula hospedeira da invenção, e/ou (v) o anticorpo produzido pelo método da invenção.
[106] O termo “composição”, conforme usado de acordo com a presente invenção, refere-se a uma composição que compreende pelo menos um dos compostos citados. Ela pode, opcionalmente, compreender moléculas adicionais capazes de alterar as características dos compostos da invenção, desse modo, por exemplo, estabilizando, modulando e/ou melhorando sua função. A composição pode estar na forma sólida ou líquida e pode estar, entre outros, na forma de pó, comprimido ou solução.
[107] Os componentes terapêuticos da composição podem ser embalados em um recipiente ou em uma pluralidade de recipientes, por exemplo, ampolas ou frascos vedados, como uma solução aquosa ou como uma formulação liofilizada para a reconstituição. Como exemplo de uma formulação liofilizada, frascos de 10 ml são preenchidos com 5 mL de solução aquosa estéril-filtrada a 1% (p/v) ou 10% (p/v), e a mistura resultante é liofilizada. Uma solução para uso é preparada reconstituindo o(s) composto(s) liofilizado usando, por exemplo, água para injeção para usos terapêuticos ou outro solvente desejado, por exemplo, um tampão, para fins de diagnóstico. Os conservantes e outros aditivos podem também estar presentes, tais como, por exemplo, antimicrobianos, antioxidantes, agentes quelantes, gases inertes e similares.
[108] Os vários componentes da composição podem ser embalados como um kit com instruções de uso.
[109] Em um exemplo de realização, a composição da invenção é uma composição que permite ao especialista realizar métodos in vitro ou ex vivo bem conhecidos no estado da técnica, por exemplo, métodos como imunoensaios.
[110] Exemplos de imunoensaios que podem utilizar os anticorpos da invenção são imunoensaios em um formato direto ou indireto.
Exemplos de tais imunoensaios são; ensaio imunoadsorvente enzima- associado (ELISA), imunoensaio enzimático (EIA), radioimunoensaio (RIA), ou imunoensaios baseados na detecção de luminescência, fluorescência, quimioluminescência ou eletroquimioluminescência.
[111] A troponina T cardíaca (cTnT) é melhor detectada por um imunoensaio em sanduíche como, por exemplo, divulgado nas Patentes US
6.333.397 e US 6.376.206, respectivamente, e confirmado essencialmente em todas as gerações subsequentes de ensaios para medição de cTnT. No ensaio cTnT de quinta geração, o ensaio de alta sensibilidade para cTnT (hs-cTnT) vendido pela Roche Diagnostics, Alemanha, ainda é empregado o princípio do imunoensaio em sanduíche. Este ensaio é um ensaio de alta sensibilidade, porque pode detectar a cTnT com um limite de detecção inferior (LOD) de 5 ng/mL. Este bom LOD é alcançado apesar de um tempo total de incubação muito curto de 9 ou 18 min, respectivamente, dependendo do protocolo de ensaio usado. Neste ensaio, um sanduíche é formado compreendendo um anticorpo de captura biotinilado e um anticorpo de detecção rutenilado. Este complexo é ligado a esferas magnéticas revestidas com estreptavidina e os materiais não ligados são eliminados. Como é óbvio para o especialista na técnica é bastante crítico se a Kd não for excelente, pois alguma dissociação ocorrerá e levará a sinais reduzidos, traduzindo diretamente em um LOD reduzido.
[112] Como é óbvio para o especialista hábil na técnica, será vantajoso usar um anticorpo de acordo com a presente invenção em um método para detecção da cTnT.
[113] Em um exemplo de realização, a presente divulgação refere-se a um método de detecção de cTnT em uma amostra, cujo método compreende as etapas de: a) contatar a amostra com um anticorpo anti-cTnT de acordo com a presente divulgação por um tempo e sob condições suficientes para a formação de um complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT; e b) medir o complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT, de modo que a quantidade desse complexo é indicativa para a concentração de cTnT na amostra. A terminologia “/”, por exemplo, em “complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT” é usada para indicar que um complexo não covalente é formado entre o anticorpo anti-cTnT por um lado e o analito cTnT por outro.
[114] Em um exemplo de realização, a presente invenção refere- se a um método de detecção de cTnT em uma amostra compreendendo as etapas de: a) contatar a amostra com um primeiro anticorpo para cTnT e um segundo anticorpo para cTnT, em que o segundo anticorpo é marcado de forma detectável, por um tempo e sob condições suficientes para formar um primeiro complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT/segundo anticorpo anti-cTnT; e b) medir o complexo formado em (a), de modo que a quantidade desse complexo é indicativa da concentração de cTnT na amostra e em que o primeiro ou o segundo anticorpo é um anticorpo de acordo com a presente invenção.
[115] Como é óbvio para o especialista hábil no assunto, a amostra pode ser colocada em contato com o primeiro e segundo anticorpo em qualquer ordem desejada, ou seja, primeiro o primeiro anticorpo, e o segundo anticorpo; ou o segundo anticorpo antes do primeiro anticorpo; ou simultaneamente, por um tempo e sob condições suficientes para formar um complexo entre o primeiro anticorpo / cTnT / segundo anticorpo.
[116] Como o versado na técnica reconhecerá prontamente, não mais do que uma experimentação de rotina é necessária para estabelecer o tempo e as condições que são apropriadas ou suficientes para a formação de um complexo entre o anticorpo anti-cTnT específico e o antígeno/analito cTnT (= complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT) ou a formação do complexo secundário ou sanduíche compreendendo o complexo de primeiro anticorpo para cTnT, o cTnT (o analito) e o segundo de anticorpo anti-cTnT (= complexo ‘primeiro anticorpo anti-cTnT/cTnT/segundo anticorpo anti-cTnT’).
[117] A detecção do complexo anticorpo anti-cTnT/cTnT pode ser realizada por qualquer meio apropriado. O especialista na técnica está absolutamente familiarizado com esses meios/métodos.
[118] O termo “amostra” ou “amostra de interesse” ou “amostra de teste” é usado na presente invenção de forma intercambiável. A amostra é uma amostra in vitro, será analisada in vitro e não será transferida de volta para o corpo. Exemplos de amostras incluem, entre outras, amostras de fluidos, como sangue, soro, plasma; fluido sinovial; urina; saliva e fluido linfático; ou amostras sólidas, como extratos de tecido, cartilagem, osso, sinóvia e tecido conjuntivo. Em um exemplo de realização, a amostra é selecionada a partir de sangue, soro, plasma, fluido sinovial e urina. Em um exemplo de realização, a amostra é selecionada a partir de sangue, soro e plasma. Em um exemplo de realização, a amostra é soro ou plasma.
[119] O termo “amostra de referência”, conforme utilizado na presente invenção, refere-se a uma amostra que é analisada de maneira substancialmente idêntica à amostra de interesse e cujas informações são comparadas com as da amostra de interesse. Uma amostra de referência fornece, assim, um padrão que permite a avaliação das informações obtidas a partir da amostra de interesse. Uma amostra de referência pode ser derivada de um tecido, órgão ou indivíduo saudável ou normal, proporcionando assim um padrão do estado de saúde de um tecido, órgão ou indivíduo. As diferenças entre o estado da amostra de referência normal e o estado da amostra de interesse podem ser indicativas do risco de desenvolvimento da doença ou da presença ou progressão adicional dessa doença ou distúrbio. Uma amostra de referência pode ser derivada de um tecido, órgão ou indivíduo anormal ou doente, proporcionando assim um padrão do estado de doença de um tecido, órgão ou indivíduo. As diferenças entre o estado da amostra de referência anormal e o estado da amostra de interesse podem ser indicativas de um risco reduzido de desenvolvimento da doença ou da ausência ou melhora de tal doença ou distúrbio.
[120] Os termos nível “elevado” ou “aumentado” de um indicador referem-se ao nível desse indicador na amostra ser maior em comparação com o nível desse indicador em uma referência ou amostra de referência. Por exemplo, uma proteína que é detectável em maiores quantidades em uma amostra de fluido de um indivíduo que sofre de uma determinada doença do que na mesma amostra de fluido de indivíduos que não sofrem da referida doença, tem um nível elevado.
[121] Em certos exemplos de realização, um sanduíche será formado compreendendo um primeiro anticorpo para cTnT, o cTnT (analito) e o segundo anticorpo para cTnT, em que o segundo anticorpo é marcado de forma detectável.
[122] Estão disponíveis vários marcadores (também conhecidos como corantes) que geralmente podem ser agrupados nas seguintes categorias, todas juntas e cada uma delas representando exemplos de realização de acordo com a presente divulgação.
“(a) Corantes fluorescentes”
[123] Os corantes fluorescentes estão descritos, por exemplo, em Briggs et al. “Synthesis of Functionalized Fluorescent Dyes and Their Coupling to Amines and Amino Acids”, J. Chem. Soc., Perkin-Trans. 1 (1997) 1051-1058).
[124] Marcadores fluorescentes ou fluoróforos incluem quelatos terrosos raros (quelato de európio), marcadores tipo fluoresceína incluindo FITC, 5-carboxifluoresceína, 6-carboxifluoresceína; marcadores tipo rodamina incluindo TAMRA; dansil; Lissamina; cianinas; ficoeritrinas; Vermelho Texas (Texas Red), e análogos desses. Os marcadores fluorescentes podem ser conjugados com um grupo aldeído compreendido na molécula alvo usando as técnicas divulgadas na presente invenção. Os corantes fluorescentes e reagentes marcadores fluorescentes incluem aqueles que estão comercialmente disponíveis pela Invitrogen/Molecular Probes (Eugene, Oregon, EUA) e Pierce Biotechnology, Inc. (Rockford, IL).
(b) Corantes luminescentes
[125] Os corantes ou marcadores luminescentes podem ser subcategorizados em corantes quimioluminescentes e eletroquimioluminescentes.
[126] As diferentes classes de marcadores quimioluminogênicos incluem luminol, compostos de acridínio, coelenterazina e análogos, dioxetanos, sistemas baseados em ácido peroxioxialico e seus derivados. Para procedimentos de imunodiagnóstico, são utilizados predominantemente marcadores baseados em acridínio (uma visão geral detalhada é fornecida em
Dodeigne C. et al., Talanta 51 (2000) 415-439).
[127] Os marcadores de maior relevância usados como marcadores eletroquimioluminescentes são os complexos eletroquimioluminescentes baseados em rutênio e irídio, respectivamente. A eletroquimiluminescência (ECL) provou ser muito útil em aplicações analíticas como um método altamente sensível e seletivo. Ela combina vantagens analíticas da análise quimioluminescente (ausência de sinal óptico de fundo) com facilidade de controle da reação aplicando o potencial de eletrodo. Em geral, complexos de rutênio, especialmente [Ru (Bpy)3]2+ (que libera um fóton a ~ 620 nm) regenerando com TPA (Tripropilamina) na fase líquida ou na interface líquido-sólido, são usados como marcadores ECL. Recentemente, também foram descritos marcadores ECL baseados em Irídio (documento WO2012107419 (A1)).
[128] (c) Marcadores radioativos que utilizam radioisótopos (radionuclídeos); tais como H3, C11, C14, F18, P32, S35, Cu64, Gn68, Y86, Zr89, Tc99, In111, I123, I124, I125, I131, Xe133, Lu177, At211 ou Bi131.
[129] (d) Os complexos de metal-quelato adequados, como marcadores para fins de diagnóstico por imagem e terapêuticos são bem conhecidos no estado da técnica (US 2010/0111856; US 5.342.606; US
5.428.155; US 5.316.757; US 5.480.990; US 5.462.725; US 5.428.139; US
5.385.893; US 5.739.294; US 5.750.660; US 5.834.456; Hnatowich et al, J.
Immunol. Methods 65 (1983) 147-157; Meares et al, Anal. Biochem. 142 (1984) 68-78; Mirzadeh et al, Bioconjugate Chem. 1 (1990) 59-65; Meares et al, J.
Cancer (1990), Suppl. 10:21-26; Izard et al, Bioconjugate Chem. 3 (1992) 346- 350; Nikula et al, Nucl. Med. Biol. 22 (1995) 387-90; Camera et al, Nucl. Med.
Biol. 20 (1993) 955-62; Kukis et al, J. Nucl. Med. 39 (1998) 2105-2110; Verel et al., J. Nucl. Med. 44 (2003) 1663-1670; Camera et al, J. Nucl. Med. 21 (1994) 640-646; Ruegg et al, Cancer Res. 50 (1990) 4221-4226; Verel et al, J. Nucl.
Med. 44 (2003) 1663-1670; Lee et al, Cancer Res. 61 (2001) 4474-4482; Mitchell, et al, J. Nucl. Med. 44 (2003) 1105-1112; Kobayashi et al Bioconjugate Chem. 10 (1999) 103-111; Miederer et al, J. Nucl. Med. 45 (2004) 129-137; DeNardo et al, Clinical Cancer Research 4 (1998) 2483-90; Blend et al, Cancer Biotherapy & Radiopharmaceuticals 18 (2003) 355-363; Nikula et al J. Nucl.
Med. 40 (1999) 166-76; Kobayashi et al, J. Nucl. Med. 39 (1998) 829-36; Mardirossian et al, Nucl. Med. Biol. 20 (1993) 65-74; Roselli et al, Cancer Biotherapy & Radiopharmaceuticals, 14 (1999) 209-20).
[130] Em um exemplo de realização, um sanduíche será formado compreendendo um primeiro anticorpo para cTnT, o cTnT (analito) e o segundo anticorpo para cTnT, em que o segundo anticorpo é marcado de forma detectável e em que o primeiro anticorpo anti-cTnT é capaz de ligar-se a uma fase sólida ou está ligado a uma fase sólida.
[131] Em um exemplo de realização, o anticorpo anti-cTnT divulgado na presente invenção é usado em um imunoensaio para medir a cTnT. Em um exemplo de realização, o anticorpo anti-cTnT divulgado acima na presente invenção é usado em um imunoensaio do tipo sanduíche. Em um exemplo de realização, o anticorpo anti-cTnT divulgado na presente invenção é usado como um anticorpo de detecção. Em um exemplo de realização, o anticorpo anti-cTnT divulgado é marcado de forma detectável com um corante luminescente, especialmente um corante quimioluminescente ou um corante eletroquimioluminescente.
[132] Estes e outros exemplos de realização são descritos e abrangidas pela descrição e pelos Exemplos da presente invenção. A literatura relativa a qualquer um dos métodos, usos e compostos a serem empregados de acordo com a presente invenção pode ser recuperada a partir de bibliotecas e bases de dados públicas, utilizando, por exemplo, dispositivos eletrônicos.
Por exemplo, o banco de dados público “Medline”, disponível na Internet, pode ser utilizado, por exemplo, no endereço eletrônico da World Wide Web; http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed/medline.html. Outros bancos de dados e endereços disponíveis na World Wide Web, como ncbi.nlm.nih.gov/, fmi.ch/biology/research_tools.html,tigr.org/, ou infobiogen.fr/, são conhecidos por aqueles versados na técnica e também podem ser obtidos através do endereço lycos.com na World Wide Web.
[133] A menos que definido de outra forma, todos os termos técnicos e científicos utilizados no presente têm o mesmo significado que é comumente compreendido por um técnico versado no assunto ao qual esta invenção pertence. Em caso de conflito, o relatório descritivo da patente, incluindo as definições, prevalecerá.
[134] Todas as sequências de aminoácidos fornecidas no presente documento são apresentadas começando com a maioria dos resíduos N-terminais e terminando com a maioria dos resíduos C-terminais (N→C), como normalmente feito na técnica, e as abreviações de código de uma ou três letras utilizadas para identificar aminoácidos ao longo da presente invenção correspondem às abreviações de código comumente usadas para aminoácidos.
[135] Em relação aos exemplos de realização caracterizados neste relatório descritivo, em particular nas reivindicações, pretende-se que cada exemplo de realização mencionado em uma reivindicação dependente seja combinada com cada exemplo de realização de cada reivindicação (independente ou dependente) da referida reivindicação dependente. Por exemplo, no caso de uma reivindicação independente 1 citando 3 alternativas A, B e C, uma reivindicação dependente 2 citando 3 alternativas D, E e F e uma reivindicação 3 dependente das reivindicações 1 e 2 e citando 3 alternativas G, H e I, deve ser entendido que o relatório descritivo divulga inequivocamente exemplos de realização correspondentes às combinações A,
D, G; A, D, H; A, D, I; A, E, G; A, E, H; A, E, I; A, F, G; A, F, H; A, F, I; B, D, G; B, D, H; B, D, I; B, E, G; B, E, H; B, E, I; B, F, G; B, F, H; B, F, I; C, D, G; C, D, H; C, D, I; C, E, G; C, E, H; C, E, I; C, F, G; C, F, H; C, F, I, a menos que especificamente mencionado de outra forma.
[136] De forma similar, e também nos casos em que as reivindicações independentes e/ou dependentes não recitam alternativas, entende-se que, se as reivindicações dependentes se referirem a uma pluralidade de reivindicações anteriores, qualquer combinação de objeto coberto por ela é considerada explicitamente divulgada. Por exemplo, no caso de uma reivindicação independente 1, uma reivindicação dependente 2 referindo-se à reivindicação 1 e uma reivindicação dependente 3 referindo-se a ambas as reivindicações 2 e 1, segue-se que a combinação da matéria objeto das reivindicações 3 e 1 é clara e inequivocamente divulgada como é a combinação da matéria das reivindicações 3, 2 e 1. No caso de outra reivindicação dependente 4 estar presente, que se refere a qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, segue-se que a combinação da matéria das reivindicações 4 e 1, das reivindicações 4, 2 e 1, das reivindicações 4, 3 e 1, bem como das reivindicações 4, 3, 2 e 1 é divulgada de forma clara e inequívoca.
[137] As considerações acima se aplicam mutatis mutandis a todas as reivindicações anexas. Para dar um exemplo não limitante, a combinação das reivindicações 13, 12 e 1 (i) é clara e inequivocamente considerada em vista da estrutura da reivindicação. O mesmo se aplica, por exemplo, à combinação das reivindicações 13, 11 e 4 (ii), etc.
[138] Alguns aspectos da invenção também são ilustrados pelas figuras anexas.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[139] Figura 1: Construção de uma biblioteca de DNA codificante de substituições de aminoácidos em uma ou mais das CDRs de cadeia pesada.
[140] Figura 1A: Produção dos fragmentos da cadeia pesada necessários na construção da biblioteca mutante (etapa 1) Na primeira rodada (PCR 1), três fragmentos de cadeia pesada diferentes correspondentes aos fragmentos 1, 3 e 4, respectivamente, foram gerados com a ajuda de conjuntos de iniciadores correspondentes. Os trechos em cinza claro indicam as CDRs. A sequência da cadeia principal (backbone) é fornecida em preto. As setas horizontais indicam os iniciadores usados. As setas verticais apontam para os resultados da PCR. O oligonucleotídeo curto de 42 pb (fragmento 2) que está riscado na Figura não foi obtido por PCR, mas foi sintetizado quimicamente de maneira separada.
[141] Figura 1B: síntese da biblioteca de HC por aleatorização de um único aminoácido da CDR. Na segunda etapa da PCR 2, os quatro fragmentos obtidos conforme descrito na Figura 1A serviram como moldes (linhas pretas). As setas horizontais com uma cruz indicam as bibliotecas de polinucleotídeos, cada uma compreendendo um códon NNK degenerado para cada posição de códon da CDR. Além disso, estas bibliotecas de polinucleotídeos compreendem extensões de sequência capazes de hibridizar com um ou dois dos fragmentos da etapa 1, conforme necessário e indicado.
Os iniciadores direto (forward) e reverso (reverse), respectivamente, (setas pequenas) foram usados para realizar as respectivas PCRs.
[142] Figura 1C: Etapa final de síntese da biblioteca Os trechos de sequência adicionais capazes de hibridizar com um ou dois dos fragmentos da etapa 1 são necessários para realizar a etapa final na produção da biblioteca de HC, ou seja, uma PCR de sobreposição usando todos os quatro produtos da PCR 2. Os iniciadores terminais (F1A; R1A) são usados e os próprios fragmentos atuam como mega iniciadores nesta PCR de sobreposição.
[143] Figura 2: Mapa de vetor para expressão periplasmática de Fab.
[144] A descrição na Figura fornecida é considerada autoexplicativa e conhecida pelo especialista na técnica.
[145] Figura 3: Configuração de ELISA para a triagem de fragmentos Fab de ligação à cTnT.
[146] Uma placa de microtitulação revestida com estreptavidina (placa SA) é usada para ligar a troponina T cardíaca biotinilada (bi-cTnT) à fase sólida. Os fragmentos Fab compreendendo cadeias pesadas anti-cTnT recombinantes (<cTnT>-Fab) ligam-se à TnT e são detectados por meio de anticorpos anti-Fab humano marcados com peroxidase (POD) (Anti huFab- POD).
[147] Figura 4: Ensaio tipo sanduíche Elecsys.
[148] É ilustrado um esquema mostrando a configuração do ensaio. O anticorpo de captura biotinilado (bi) é ligado às esferas revestidas com estreptavidina (SA). Vários anticorpos anti-cTnT com afinidade maturada foram rutenilados (Ru) e o efeito das maturações de afinidade foi investigado por análises ECL.
[149] Figura 5: Contagens de sinal ECL para o especificador genuíno e um especificador derivado.
[150] São fornecidas contagens para o anticorpo anti-cTnT genuíno e um anticorpo mutante (combinação 12, respectivamente, referem-se ao identificador de fragmento Fab usado na Tabela 2). As barras cinza claro mostram os valores em branco do ensaio (ruído) no reagente do Diluent Multi Assay, as barras cinza escuro mostram as contagens obtidas com o Calibrador 1 do ensaio comercial cTnT Elecsys® (sinal). A combinação de anticorpos 12 mostra uma relação sinal-ruído melhorada.
[151] Exemplos Que Ilustram a Invenção.
EXEMPLO 1
MATERIAIS E MÉTODOS GERAIS
[152] TÉCNICAS DE DNA RECOMBINANTE: Métodos padronizados foram usados para manipular o DNA conforme descrito em Sambrook, J. et al, “Molecular cloning: A laboratory manual”; Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, Nova Iorque, 1989. Os reagentes para a biologia molecular foram utilizados de acordo com as instruções dos fabricantes.
[153] DETERMINAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE DNA: As sequências de DNA foram determinadas pelo sequenciamento de dupla fita realizado na Microsynth AG (Balgach, Suíça).
[154] ANÁLISE DA SEQUÊNCIA DE DNA E DE PROTEÍNA E GESTÃO DOS DADOS DE SEQUÊNCIA: A suíte de programas Vector NT1 Advance versão 11.5.0, foi usada para a criação, mapeamento, análise, anotações e ilustração das sequências.
[155] QUÍMICA DE PROTEÍNAS E TÉCNICAS DE MARCAÇÃO (ROTULAGEM): As técnicas de marcação e química de proteínas padrão são fornecidas, por exemplo, em Hermanson, G. “Bioconjugate Techniques” 3ª Edição (2013) Academic Press.
[156] BIOINFORMÁTICA: Os métodos de bioinformática são fornecidos, por exemplo, em Keith J.M. (ed.) “Bioinformatics” Vol. I e Vol. II, Methods in Molecular Biology Vol. 1525 e Vol. 1526 (2017) Springer, e em Martin, A.C.R. & Allen, J.
“Bioinformatics Tools for Analysis of Antibodies” em : Dübel S. & Reichert J.M. (eds.) “Handbook of Therapeutic Antibodies” Wiley-VCH (2014).
[157] IMUNOENSAIOS ELETROQUIMIOLUMINESCENTES:
Os imunoensaios e métodos relacionados são fornecidos, por exemplo, em Wild D. (ed.) “The Immunoassay Handbook” 4ª Edição (2013) Elsevier. Complexos de rutênio como marcadores eletroquimiluminescentes são fornecidos, por exemplo, em Staffilani M. et al. Inorg. Chem. 42 (2003) 7789–7798. Normalmente, para o desempenho de imunoensaios baseados em eletroquimiluminescência (ECL), foi utilizado um analisador Elecsys 2010 ou um sistema sucessor, por exemplo, um analisador Roche (Roche Diagnostics GmbH, Mannheim Alemanha), como o Cobas E170, Cobas e601, Cobas e602, Cobas e801, e Cobas e411, e ensaios Elecsys da Roche projetados para esses analisadores, cada um usado em condições padrão, se não indicado de outra forma.
EXEMPLO 2
CONSTRUÇÃO DE BIBLIOTECA
[158] A cadeia pesada variável do anticorpo parental é de origem murina (SEQ ID NO: 34). Foi construída uma biblioteca compreendendo HC CDRs mutadas com o objetivo de uma aleatorização de um único aminoácido na HCCDR1, HCCDR2 e/ou HCCDR3, respectivamente. Em uma primeira etapa, quatro fragmentos de DNA foram gerados, cada um codificando uma das quatro diferentes regiões de estrutura do anticorpo parental. As regiões estruturais 1, 3 e 4 foram obtidas por reação em cadeia da polimerase realizada internamente, o fragmento curto 2 (42 bp), representando a região estrutural 2, foi encomendado na Metabion international AG (cf. Figura 1A). Os fragmentos foram purificados em gel e quantificados. 100 ng de um destes fragmentos de DNA foram usados como um molde de polinucleotídeo em cada uma das quatro misturas de reação de PCR adicionais. As regiões CDR foram adicionadas pelo uso de uma biblioteca de polinucleotídeos compreendendo o mesmo número de códons que a CDR parental, em que os membros da referida biblioteca foram projetados para compreender membros da biblioteca com um códon NNK para cada uma das respectivas posições de códons na respectiva HCCDR. Além disso, os polinucleotídeos na biblioteca de CDR compreendiam sequências capazes de hibridizar com a região estrutural vizinha à respectiva CDR. Os iniciadores terminais foram usados para amplificação por PCR aninhada (nested PCR). Assim (cf. Figura 1B) foram gerados quatro fragmentos de DNA com sequências parcialmente sobrepostas. A PCR de sobreposição, com iniciadores terminais que hibridizam com a extremidade 3' da sequência FW1 e com a extremidade 5' da sequência FW4, foi realizada para conectar os quatro fragmentos a uma construção de biblioteca de DNA linear (cf. Figura 1C). Uma reação de PCR típica foi preenchida com água de grau de PCR para uma mistura de reação de 100 µL contendo 10 µL de tampão de PCR 10x com MgSO 4, 200 µM de mistura de dNTP, 0,5 µM de iniciador direto e iniciador reverso, 250 ng de DNA molde, 5 unidades de DNA polimerase Pwo. Uma PCR típica começou com desnaturação inicial do molde a 94ºC por 5 min, e empregou 30 ciclos (94ºC por 2 min, 60ºC por 45 seg, 72ºC por 1 min) e uma etapa de alongamento final a 72ºC por 5 min. Os iniciadores, moldes e sequências de fragmentos estão listados na Tabela 1. Os fragmentos da biblioteca continham todas as sequências regulatórias necessárias para uma transcrição e tradução bem-sucedidas em um sistema livre de células. O profissional versado na técnica é capaz de gerar essa biblioteca seguindo os métodos do estado da técnica, vide, por exemplo, Hanes, J. & Pluckthun, A.
(1997), “In vitro selection and evolution of functional proteins by using ribosome display”, Proc Natl Acad Sci U.S.A. 94, 4937-42. 250 ng da biblioteca de DNA assim gerada, cobrindo as três HCCDRs e correspondendo a cerca de 5 10 11 membros da biblioteca, foram usados para a abordagem de exibição in vitro.
TABELA 1 SEQUÊNCIAS USADAS NA GERAÇÃO DA BIBLIOTECA DE FRAGMENTOS FAB ANTI-
CTNT PCR 1 SEQ
ID NO: F1A CGAAATTAATACGACTCACTATAGGGAGACCACAACGGTT 35
TCCC 1-fr.1rv GGTAAAGGTATAGCCGCTCG 36 1-fr.3fw CCAGAAATTTAAGGATAAAGCGACCC 37 1-fr.3rv GGTCGCGCAATAATACACCG 38 1-fr.4fw CGGTGTATTATTGCGCGACC 39 R1A AACCCCCGCATAGGCTGGGGGTTGGAAAGCCTCTGAGGAC 40
CAGCACG PCR 2 Fragmento 1 Frt GGGAGACCACAACGGTTTCCCTCTAGAAATAATTTTGTTT 41
AACTTTAAGAAGGAGATATACAT 2-H1 rv mix 2-H1 rv1 GCTCTGTTTCACCCATTTCATATAATAMNNGGTAAAGGTA 42
TAGC 2-H1 rv2 GCTCTGTTTCACCCATTTCATATAMNNATCGGTAAAGGTA 43
TAGC 2-H1 rv3 GCTCTGTTTCACCCATTTCAMNNAATAATCGGTAAAGGTA 44
TAGC 2-H1 rv4 GCTCTGTTTCACCCATTTMNNATAATAATCGGTAAAGGTA 45
TAGC 2-H1 rv5 GCTCTGTTTCACCCAMNNCATATAATAATCGGTAAAGGTA 46
TAGC 2-fr.1 rv CCATGGCTCTGTTTCACCC 47 Fragmento 2
PCR 1 SEQ
ID NO: 2-fr.2 fw CGAGCGGCTATACCTTTACC 48 2-H1 fw mix 2-H1 fw1 GCTATACCTTTACCNNKTATTATATGAAATGGGTGAAACA 49
GAGC 2-H1 fw2 GCTATACCTTTACCGATNNKTATATGAAATGGGTGAAACA 50
GAGC 2-H1 fw3 GCTATACCTTTACCGATTATNNKATGAAATGGGTGAAACA 51
GAGC 2-H1 fw4 GCTATACCTTTACCGATTATTATNNKAAATGGGTGAAACA 52
GAGC 2-H1 fw5 GCTATACCTTTACCGATTATTATATGNNKTGGGTGAAACA 53
GAGC 2-H2 rv mix 2-H2 rv1 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCGTTGTTCGG 54
ATTAATMNNGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv2 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCGTTGTTCGG 55
ATTMNNATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv3 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCGTTGTTCGG 56
MNNAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv4 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCGTTGTTMNN 57
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv5 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCGTTMNNCGG 58
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv6 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCGCCMNNGTTCGG 59
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv7 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTTTCMNNGTTGTTCGG 60
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv8 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAGGTMNNGCCGTTGTTCGG 61
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv9 CCTTAAATTTCTGGTTATAAAAMNNTTCGCCGTTGTTCGG 62
PCR 1 SEQ
ID NO:
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-H2 rv10 CCTTAAATTTCTGGTTATAMNNGGTTTCGCCGTTGTTCGG 63
ATTAATATCGCCAATCCATTCCAGG 2-fr.2 rv GGGTCGCTTTATCCTTAAATTTCTGG 64 Fragmento 3 2-fr.3 fw GCAAAAGCCTGGAATGGATTGGC 65 2-H2 fw mix 2-H2 fw1 CCTGGAATGGATTGGCNNKATTAATCCGAACAACGGCGAAACC 66
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw2 CCTGGAATGGATTGGCGATNNKAATCCGAACAACGGCGAAACC 67
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw3 CCTGGAATGGATTGGCGATATTNNKCCGAACAACGGCGAAACC 68
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw4 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATNNKAACAACGGCGAAACC 69
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw5 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGNNKAACGGCGAAACC 70
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw6 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGAACNNKGGCGAAACC 71
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw7 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGAACAACNNKGAAACC 72
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw8 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGAACAACGGCNNKACC 73
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw9 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGAACAACGGCGAANNK 74
TTTTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H2 fw10 CCTGGAATGGATTGGCGATATTAATCCGAACAACGGCGAAACC 75
NNKTATAACCAGAAATTTAAGG 2-H3 rv mix
2-H3 rv1 GGTACCCTGGCCCCAATAATCAAACACMNNGGTCGCGCAATAA 76
TACACC 2-H3 rv2 GGTACCCTGGCCCCAATAATCAAAMNNGCGGGTCGCGCAATAA 77
TACACC 2-H3 rv3 GGTACCCTGGCCCCAATAATCMNNCACGCGGGTCGCGCAATAA 78
TACACC 2-H3 rv4 GGTACCCTGGCCCCAATAMNNAAACACGCGGGTCGCGCAATAA 79
TACACC 2-H3 rv5 GGTACCCTGGCCCCAMNNATCAAACACGCGGGTCGCGCAATAA 80
TACACC 2-fr.3 rv CGGTCAGGGTGGTACCCTGGC 81 Fragmento 4 2-fr.4 fw CGGTGTATTATTGCGCGACC 82 2-H3 fw mix 2-H3 fw1 GGTGTATTATTGCGCGACCNNKGTGTTTGATTATTGGGGCCAG 83
GGTACC 2-H3 fw2 GGTGTATTATTGCGCGACCCGCNNKTTTGATTATTGGGGCCAG 84
GGTACC 2-H3 fw3 GGTGTATTATTGCGCGACCCGCGTGNNKGATTATTGGGGCCAG 85
GGTACC 2-H3 fw4 GGTGTATTATTGCGCGACCCGCGTGTTTNNKTATTGGGGCCAG 86
GGTACC 2-H3 fw5 GGTGTATTATTGCGCGACCCGCGTGTTTGATNNKTGGGGCCAG 87
GGTACC Rrt GGAAAGCCTCTGAGGACCAGCACGGATGCCCTGTGC 88 PCR de sobreposição F1A CGAAATTAATACGACTCACTATAGGGAGACCACAACGGTTTCC 89
C R1A AACCCCCGCATAGGCTGGGGGTTGGAAAGCCTCTGAGGACCAG 90
CACG PCR gggagaccacaacggtttccctctagaaataattttgtttaac 91 fragmento 1 tttaagaaggagatatacatatggaagtgcagctgcagcagag cggcccggaactggtgaaaccgggcgcgagcgtgaaaatgagc tgcaaagcgagcggctatacctttaccGATTATTATATGAAAt gggtgaaacagagccatgg PCR cgagcggctatacctttaccGATTATTATATGAAAtgggtgaa 92 fragmento 2 acagagccatggcaaaagcctggaatggattggcGATATTAAT CCGAACAACGGCGAAACCTTTtataaccagaaatttaaggata aagcgaccc PCR GcaaaagcctggaatggattggcGATATTAATCCGAACAACGG 93 fragmento 3 CGAAACCTTTtataaccagaaatttaaggataaagcgaccctg accgtggataaaagcagcagcaccgcgtatatgcagctgaaca gcctgaccagcgaagatagcgcggtgtattattgcgcgaccCG CGTGTTTGATTATtggggccagggtaccaccctgaccg PCR cggtgtattattgcgcgaccCGCGTGTTTGATTATtggggcca 94 fragmento 4 gggtaccaccctgaccgtgagcagcgcgaaaaccaccccgccg agcgtgtatccgctg gcgccgggcagcgcggcgcagaccaacagcatggtgaccctgg gctgcctggtgaaaggctattttccggaaccggtgaccgtgac ctggaacagcggcagcctgagcagcggcgtgcatacctttccg gcggtgctgcagagcgatctgtataccctgagcagcagcgtga ccgtgccgagcagcacctggccgagcgaaaccgtgacctgcaa cgtggcgcatccggcgagcagcaccaaagtggataaaaaaatt ggagctggtgcaggctctggtgctggcgcaggttctccagcag cggtgccggcagcagttcctgctgcggtgggcgaaggcgaggg agagttcagtacgccagtttggatctcgcaggcacagggcatc cgtgctggtcctcagaggctttcc Iniciador GCTACAAACGCGTACGCTATGGAAGTGCAGCTGCAGCAGAGCG 95 direto para clonagem EXEMPLO 3
EXIBIÇÃO IN VITRO
[159] Os tampões para exibição de Fab foram preparados e incubados durante a noite a 4ºC com rotação contínua. O tampão de lavagem,
WB, (60 mM de Tris; pH 7,5 ajustado com AcOH, 180 mM de NaCl, 60 mM de acetato de magnésio, BSA bloqueador a 5%, 33 mM de KCl, 200 µg de t-RNA, Tween 20 a 0,05%); Tampão de lavagem das esferas, BWB (100 mM de PBS, Tween 20 a 0,1%); Tampão de parada, SB (50 mM de Tris, pH 7,5 ajustado com AcOH, 150 mM de NaCl, 50 mM de acetato de magnésio, BSA de bloq. a 5% (Pierce), 33 mM de KCl, Tween 20 a 0,5%, 8,2 mM de ox. glutationa); Tampão de eluição (55 mM de Tris, pH 7,5 ajustado com AcOH, 165 mM de NaCl, 22 mM de EDTA, 1 mg de BSA, 5000 U de rRNA (5000 U), 50 µg de tRNA).
[160] O volume necessário de esferas magnéticas (esferas revestidas com estreptavidina) foi bloqueado com 100 μL de tampão de lavagem (WB) por 10 μL de suspensão inicial com rotação contínua a 4ºC durante a noite. 25 µL das esferas foram usados para a etapa de pré-seleção (prepanning) e 20 µL para o processo de isolamento/seleção (denominado de panning) de amostra alvo/fundo. Para remover a azida sódica do tampão de armazenamento de esferas, as esferas foram lavadas por quatro vezes com tampão de lavagem de esferas (BWB) e três vezes com WB. Essas etapas foram realizadas aplicando-se um campo magnético para a coleta das esferas por dois minutos e, posteriormente, o descarte do sobrenadante. Após a etapa final de lavagem, as esferas foram ressuspensas em WB até seu volume inicial.
[161] O PUREfrex® DS 2.0 foi usado de acordo com as instruções do fabricante para executar a transcrição e tradução in vitro. Foram preparados tubos de reação de 1,5 mL para o alvo (T) e um para o fundo (BG).
[162] A entrada de DNA do molde de expressão (LC) e o molde de exibição (HC) foram aplicados em uma proporção molecular de 2:1. As quantidades de DNA, codificante para molde de exibição e de expressão, foram mantidas constantes em todos os ciclos de exibição de Fab. A mistura de reação de transcrição/tradução in vitro foi incubada a 37ºC durante 1 h. Após a incubação, a reação foi interrompida pela adição de 100 µL de tampão de parada, seguido por uma etapa de centrifugação a 14.000 rpm por 15 minutos a 1ºC. Salvo quando indicado de outra forma, as etapas subsequentes foram realizadas a 4ºC. O sobrenadante a partir da reação interrompida da mistura de tradução foi adicionado à suspensão de esferas preparada e incubado por 30 minutos em uma plataforma oscilante. Em seguida, a suspensão foi centrifugada a 13.000 rpm a 1ºC por 10 minutos para separar os esferas com as moléculas de ligação inespecíficas do sobrenadante com os complexos ternários restantes. O sobrenadante pré-selecionado (300 µL) foi transferido para um novo tubo de reação de 2 mL, previamente bloqueado com WB, e mantido em gelo até o uso. O alvo (cTnT biotinilado recombinante) foi adicionado a 300 µL de sobrenadante pré-selecionado em uma concentração final variando de 10 nM a 50 nM. A concentração de cTnT biotinilada foi diminuída a cada ciclo a fim de aumentar a pressão de seleção. A suspensão foi incubada por 30 minutos em plataforma oscilante. A etapa de panning de solução permitiu a ligação específica entre a cTnT biotinilada e o complexo ternário. Os complexos ternários que ligam-se à cTnT alvo foram capturados com esferas de estreptavidina em uma etapa de incubação de 20 minutos. Um aumento adicional da pressão de seleção foi alcançado no ciclo III de duas maneiras: Ou diminuindo a concentração de antígeno para 2 nM ou usando um competidor não biotinilado. Na última etapa, a etapa de isolamento e seleção (panning) foi implementada com uma baixa concentração de cTnT biotinilada e um excesso do competidor cTnT durante a noite.
[163] As etapas de lavagem compreendem a captura das esferas com os complexos ternários alvo ligados em um campo magnético, seguido pela remoção do sobrenadante. As esferas foram lavadas com 500 µL de WB gelado. A pressão de seleção foi aumentada em ciclos de exibição subsequentes, estendendo a duração das etapas de lavagem de 5 minutos para 1 hora. A etapa de lavagem final foi usada para transferir as esferas para um novo tubo de reação bloqueado de 2 mL. Posteriormente, as esferas foram capturadas com um campo magnético e o sobrenadante foi removido. A etapa de eluição seguinte foi realizada adicionando 100 µL de EB 1x contendo EDTA e incubando durante 10 minutos sob agitação. O mRNA foi liberado dos complexos ternários. Em seguida, a mistura de eluição foi centrifugada a
14.000 rpm por 10 minutos a 1ºC. O kit de limpeza RNeasy MinElute cleanup kit (Qiagen) foi usado de acordo com as instruções do fabricante para isolar e purificar o RNA enriquecido. O RNA foi eluído com 16 µL de água livre de RNase. A fim de digerir qualquer DNA remanescente a partir da etapa de seleção, o kit Ambion DNA- free® foi usado de acordo com as instruções do fabricante. O DNA restante não pôde ser amplificado em reações de PCR subsequentes. Após a desativação da DNase, a suspensão foi centrifugada por dois minutos a 13.000 rpm e à temperatura ambiente. O sobrenadante (50 µL) foi transferido para um novo tubo de reação de 1,5 mL em gelo. O RNA purificado foi imediatamente utilizado para a transcrição reversa (RT). Qualquer sobrenadante remanescente foi armazenado a -20ºC.
[164] O mRNA eluído foi transcrito reversamente em cDNA. Duas reações foram preparadas para a amostra T, contendo o alvo na etapa de panning. Outras duas reações foram preparadas para a amostra BG e um controle negativo continha água. De acordo com o número de amostras, uma mistura-mãe (master mix) foi preparada e a pré-mistura foi distribuída em tubos de reação de 0,2 mL em gelo. Cada reação foi inoculada com 12 µL do RNA eluído e 0,5 µL da transcriptase reversa. O controle negativo foi implementado com 12 µL de água livre de RNase em vez de RNA. A transcrição reversa foi realizada por 45 minutos a 65ºC em um termociclador de PCR. Em seguida, as amostras de cDNA foram incubadas durante 5 minutos em gelo e amplificadas nas etapas seguintes. A amostra restante foi armazenada a - 20ºC. Duas reações de PCR foram implementadas: A primeira PCR “PCR on RT” foi realizada com os iniciadores Frt e Rrt para amplificar o cDNA do pool de seleção. A segunda PCR “PCR on RT-PCR” utilizando os iniciadores F1A e R1A foi aplicada com o objetivo de religar os elementos reguladores para a transcrição/tradução in vitro. Ambas as reações foram realizadas com a DNA polimerase Pwo.
[165] A fim de fornecer uma concentração de DNA suficiente do pool de seleção, quatro reações foram configuradas para cada uma das amostras T e BG.
[166] Além disso, quatro amostras de controle foram preparadas.
As duas primeiras amostras foram derivadas da digestão de DNA após o isolamento do mRNA das amostras T e BG e foram verificadas por PCR para amplificar o DNA potencialmente remanescente. O terceiro e o quarto foram o controle negativo de RT e um controle negativo de “PCR em RT” usando água grau de PCR.
[167] O produto da PCR de T foi purificado a partir de um gel de agarose 1% preparativo com o kit de extração de gel QIAquick, e posteriormente quantificado e usado como molde para a “PCR em RT-PCR”.
Foram preparadas três reações do pool de seleção e um controle negativo com água de qualidade para PCR em vez do molde de DNA. Para cada reação, foram usados 250 ng do “PCR em RT” previamente purificado. Os produtos da PCR foram purificados a partir de um gel de agarose preparativo a 1% com o kit de extração de gel QIAquick e foram posteriormente modificados para subsequente subclonagem em um sistema de expressão apropriado.
EXEMPLO 4
EXPRESSÃO PERIPLASMÁTICA DE LIGANTES ENRIQUECIDOS
[168] A fim de isolar ligantes Fab enriquecidos, as HCs variáveis murinas foram clonadas no vetor de expressão phoATIR3-9bi Fab TN-T
M7chim (veja a Figura 2), contendo o domínio CH1 humano, domínio VL murino e domínio CL humano do Fab. Cada conjunto de seleção foi fornecido com um sítio de restrição BsiWI localizado na sequência líder Tir9 para permitir a clonagem no vetor de expressão.
[169] O segundo sítio de restrição KpnI ocorre no final da região variável da HC e, portanto, não precisa ser anexado. Portanto, foi realizada uma PCR usando o iniciador direto 5' GCTACAAACGCGTACGCTATGGAAGTGCAGCTGCAGCAGAGCG-3' (SED ID NO: 95), contendo o sítio de restrição BsiWI e o iniciador reverso Rrt 5’- GGAAAGCCTCTGAGGACCAGCACGGATGCCCTGTGC-3’ (SEQ ID NO: 88).
A expressão periplasmática foi realizada em blocos de poços profundos de 96 poços (DWBs). Os DWBs da pré-cultura (“master”) foram preenchidos com 1 mL de LB (100 µg/mL de ampicilina) por poço usando o Integra VIAFlo96 e foram inoculados com os clones isolados da subclonagem e transformação previamente implementada. Cerca de 300 colônias por pool de seleção foram coletadas. Um poço foi deixado sem inoculação e foi utilizado como controle negativo; outro poço foi inoculado com um vetor de expressão Fab TnT M-7 (tipo selvagem) transformado com XL1 blue como controle positivo. Os DWBs foram selados com membranas permeáveis ao ar e incubados em uma incubadora de agitação orbital (750 rpm) durante a noite a 30ºC.
Posteriormente, 50 µL de cada poço dos DWBs master foram transferidos para novos DWBs de “expressão”, preparados com 1150 mL de meio C.R.A.P. (100 µg/mL de ampicilina) por poço, conforme descrito por Simmons, L. C., Reilly, D., Klimowski, L., Raju, T. S., Meng, G., Sims, P., Hong, K., Shields, R. L., Damico, L. A., Rancatore, P. & Yansura, D. G. (2002) “Expression of full-length immunoglobulins in Escherichia coli: rapid and efficient production of aglycosylated antibodies”, J Immunol Methods 263, 133-47. Os DWBs foram selados com membrana permeável ao ar e incubados em uma incubadora de agitação orbital a 30ºC. A indução da expressão de Fab é baseada no promotor phoA com o meio C.R.A.P limitador de fosfato. Após 24 horas, as células com os Fabs expressos foram coletadas por centrifugação a 4000 rpm durante 10 minutos e armazenadas a -20ºC até utilização posterior.
[170] Os DWBs das pré-culturas principais (master) foram usados para “estoques de glicerol”, adicionando 950 µL de glicerol a 40% e armazenando essa pré-culturas a -80ºC. Os sedimentos celulares foram ressuspensos em 50 µL de Reagente de Extração de Proteína Bacteriana B- PERII (Thermo Fisher Scientific) submetendo os DWBs selados à agitação vigorosa em vortex por 5 minutos e agitação por mais 10 minutos em temperatura ambiente. Os lisados celulares foram diluídos em 950 µL de tampão Tris (20 mM de Tris, pH 7,5, 150 mM de NaCl) e incubados durante 10 minutos antes da centrifugação (10 minutos, 4000 rpm). Os blocos de expressão contendo o extrato celular bruto foram mantidos a 4ºC até posterior utilização em investigações cinéticas de SPR.
EXEMPLO 5
TRIAGEM POR ELISA
[171] Para descobrir os melhores ligantes de Fab mutantes para análises Biacore detalhadas, foi implementado um ensaio imunoadsorvente enzima-associado (ELISA) anterior. A configuração do ensaio ELISA é ilustrada na Figura 3. A troponina T cardíaca recombinante biotinilada (100 nM) foi capturada em uma placa de estreptavidina - MTP de 96 poços por 1 h em temperatura ambiente por agitação em um agitador orbital. O antígeno troponina T foi diluído em 100 µL de tampão IP (PBS, pH 7,3, 1% de BSA).
Subsequentemente, os poços foram lavados três vezes com 300 µL de tampão de lavagem 1x (NaCl 150 mM, Tween20 a 0,05%, Bronidox a 0,2%) utilizando o lavador de microplacas BioTek ELx405 Select. Após a lavagem, os extratos celulares brutos contendo os ligantes Fab anti-cTnT mutados foram diluídos 1:2 em tampão IP e transferidos para os poços capturados pela troponina T.
Novamente, os poços foram lavados por três vezes com 300 µL de tampão de lavagem 1x. O anticorpo anti-IgG humana (específico para Fab) - marcado com peroxidase (anticorpo de detecção) produzido em cabra foi usado na diluição de 1:40.000 (em tampão IP) para detectar os fragmentos Fab mutados ligados à troponina T. Os poços foram novamente lavados três vezes com 300 µL de tampão de lavagem 1x para remover o anticorpo de detecção não ligado. As microplacas foram incubadas com 100 µL de ABTS por poço por 30 minutos à temperatura ambiente. A densidade óptica foi medida com o leitor de microplacas BioTek Power wave XS ajustado para 405 nm. O Fab tipo selvagem do anticorpo anti-cTnT parental foi usado como um controle positivo.
Os primeiros hits foram identificados e o extrato celular bruto dos mesmos foi submetido à análise cinética.
EXEMPLO 6
ANÁLISES FUNCIONAIS BASEADAS EM SPR
[172] As investigações cinéticas detalhadas foram realizadas a 37ºC em um instrumento T200 da GE Healthcare. O chip sensor BIAcore CM5 serie S foi montado dentro do instrumento e foi pré-condicionado de acordo com as instruções do fabricante. O sistema tampão do instrumento foi HBS-ET (10 mM de HEPES (pH 7,4), 150 mM de NaCl, 1 mM de EDTA e 0,05 % de Tween® 20(p/v)). O tampão de amostra foi o sistema tampão suplementado com 1 mg/ml de CMD (carboximetildextrano, Fluka). Em um exemplo de realização, um sistema de captura anti-anticorpo humano foi estabelecido no biossensor CM5. Um anticorpo GAHF(ab')2, (de cabra anti-F(ab')2 humano) (Código Nº: 109-005-097, lote nº 13.12.2005, Jackson Immuno Research) foi imobilizado de acordo com as instruções do fabricante utilizando química NHS/EDC. 30 µg/mL de GAHF(ab')2 em tampão acetato de sódio a 10 mM (pH 5,0) foram pré-concentrados nas células de fluxo 1, 2, 3 e 4 e imobilizados com
10.000 RU de GAHF(ab')2. O sensor foi subsequentemente saturado com etanolamina 1 M, pH 8,5.
[173] Os fragmentos de anticorpos quiméricos anti-TnT foram expressos periplasmaticamente em células de E. coli conforme descrito e foram lisados por métodos conhecidos (para obter detalhes técnicos, consulte: Andersen, D. C. & Reilly, D. E. (2004); Production technologies for monoclonal antibodies and their fragments. Curr Opin Biotechnol 15, 456-62). Os lisados foram diluídos 1:20 em tampão de amostra. Os fragmentos Fab foram capturados através de suas regiões estruturais humanizadas a partir dos lisados de expressão no biossensor a uma taxa de fluxo de 10 µL/min por 1 min seguido por uma etapa de lavagem de 2 min com tampão HBS-EP concentrado 10 vezes a 30 µL/min. O nível de captura de fragmentos Fab (CL) em unidades de resposta (RU) foi monitorado. A TnT humana recombinante (Roche, 37 kDa) foi diluída em tampão de amostra a 90 nM e uma série de concentrações foi produzida com concentração de TnT de 0 nM, 30 nM, 11 nM, 3,3 nM, 1,1 nM, 0 nM, 3,3 nM. As concentrações seriadas de analito foram de 80 µL/min para a fase de associação de 3 min e a fase de dissociação foi monitorada por 3 min.
[174] No final da fase de associação do analito, um ponto de relatório, “ligação tardia” (BL) em unidades de resposta (RU) foi monitorado.
Após cada ciclo de determinação das taxas cinéticas, o sistema de captura foi regenerado por uma injeção de 15 segundos de glicina a 10 mM, pH 1,5, seguida por duas injeções de 1 min de glicina a 10 mM, pH 1,7 a uma velocidade de fluxo de 20 µL/min.
[175] Os parâmetros cinéticos ka [1/Ms], kd [1/s], t1/2 diss. [min], KD [M] e a estequiometria de ligação (Razão molar) (para obter detalhes, consulte: Schraeml, M. & Biehl, M. (2012); Kinetic screening in the antibody development process. Methods Mol Biol 901, 171-81) do analito cTnT foram determinados para cada fragmento Fab mutante com o software Biaevaluation
(GE Healthcare) de acordo com as instruções do fabricante. Os parâmetros cinéticos foram correlacionados aos sítios de mutação da CDR e estão listados na Tabela 3 de acordo com suas estabilidades do complexo de antígeno (t1/2 diss).
[176] Os parâmetros cinéticos foram correlacionados com as mutações identificadas nas CDRs correspondentes. Todos os mutantes obtidos nesta triagem continham mais do que uma substituição de aminoácido. Os fragmentos Fab mutantes compreendendo substituições simples, bem como várias combinações/variações de todas as substituições identificadas na triagem foram então feitas e testadas. Todas as mutações/combinações testadas estão listadas na Tabela 2.
TABELA 2
[177] Visão geral de todos os mutantes (com as substituições de aminoácidos correspondentes) que foram interpretados e analisados Numeração de mutantes CDR1 CDR2 CDR3 1 Y34F 2 Y34F F60W 3 Y34F F60W V101Y 4 Y34F F60W Y104F 5 Y34F F60W V101Y + Y104F 6 Y34F V101Y 7 Y34F Y104F 8 Y34F V101Y + Y104F 9 Y34I 10 Y34I F60W 11 Y34I F60W V101Y 12 Y34I F60W Y104F 13 Y34I F60W V101Y + Y104F 14 Y34I V101Y 15 Y34I Y104F
Numeração de mutantes CDR1 CDR2 CDR3 16 Y34I V101Y + Y104F 17 F60W 18 V101Y 19 Y104F 20 V101Y + Y104F 21 F60W V101Y 22 F60W Y104F 23 F60W V101Y + Y104F
[178] Todos os mutantes acima foram analisados por SPR e classificados de acordo com a estabilidade do complexo de antígeno (t1/2 diss), (consulte a Tabela 3).
TABELA 3
DADOS CINÉTICOS DE FRAGMENTOS FAB DE ANTICORPO CTNT MATURADO POR
AFINIDADE Posições do Fab combinações RU de ka kd t2-diss KD Rmax
MR de CDR Fab captura 1/MS 1/s min M RU CDR1 CDR2 CDR3 12 77 1,18E+06 3,7E-04 31 3,2E-10 39 0,5 Y34I F60W Y104F 5 76 2,4E+06 5,7E-04 20 2,3E-10 40 0,7 Y34F F60W V101Y + Y104F 8 75 2,7E+06 5,2E-04 22 2,0E-10 41 0,7 Y34F V101Y + Y104F 4 71 2,7E+06 7,2E-04 16 2,7E-10 38 0,7 Y34F F60W Y104F 3 88 2,1E+06 7,9E-04 15 3,7E-10 49 0,7 Y34F F60W V101Y 7 64 2,4E+06 1,1E-03 11 4,5E-10 35 0,7 Y34F Y104F 2 101 2,2E+06 1,0E-03 11 4,6E-10 53 0,7 Y34F F60W 22 47 3,0E+06 1,1E-03 10 3,8E-10 28 0,7 F60W Y104F 19 49 2,9E+06 1,4E-03 8 4,8E-10 29 0,8 Y104F 1 105 2,3E+06 1,4E-03 8 6,1E-10 57 0,7 Y34F parental 119 2,5E+06 1,4E-03 8 5,8E-10 59 0,6 17 47 2,9E+06 1,6E-03 7 5,4E-10 27 0,7 F60W
Posições do Fab combinações RU de ka kd t2-diss KD Rmax
MR de CDR Fab captura 1/MS 1/s min M RU CDR1 CDR2 CDR3 13 42 3,0E+06 1,9E-03 6 6,2E-10 22 0,7 Y34I F60W V101Y + Y104F 9 74 2,0E+06 2,3E-03 5 1 2E-09 35 0,6 Y34I 11 59 2,2E+06 2,2E-03 5 1,0E-09 32 0,7 Y34I F60W V101Y 15 45 2,2E+06 2,3E-03 5 1,1E-09 23 0,7 Y34I Y104F 23 42 2,8E+06 3,4E-03 3 1 2E-09 20 0,6 F60W V101Y + Y104F 20 33 3,1E+06 3,4E-03 3 1,1E-09 16 0,6 V101Y + Y104F 21 42 2,7E+06 4,3E-03 3 1,6E-09 17 0,5 F60W V101Y 18 45 2,9E+06 4,7E-03 2 1,6E-09 19 0,5 V101Y 16 35 1,7E+06 5,9E-03 2 3,4E-09 17 0,6 Y34I V101Y + Y104F Abreviações na Tabela 3: ka: constante de taxa de associação [M -1s-1], kd: constante de taxa de dissociação [s-1], KD: constante de equilíbrio de dissociação KD [M], t/2-diss: meia-vida do complexo, ln(2)/kd*60 [min], Rmax: Resposta máxima do analito [RU], MR: Razão molar = Razão de resposta máxima (Rmax) do analito.
[179] Ao analisar separadamente as substituições individuais compreendidas na combinação de anticorpos 12, ou seja, as mutações compreendidas nos números, 9, 17 e 19 (vide a Tabela 3), torna-se claro que há um efeito sinérgico dos três sítios de mutação que melhora a afinidade, estabilidade do complexo e desempenho de ensaio ECL deste anticorpo mutado. Isso também demonstra o efeito sinérgico das mutações nele compreendidas.
EXEMPLO 7
EXPRESSÃO DE ANTICORPOS QUIMÉRICOS EM CÉLULAS HEK
[180] Os anticorpos quiméricos humanos/camundongos foram obtidos de acordo com procedimentos padrão. O vetor correspondente e os processos de clonagem estão descritos em Norderhaug et al. J Immunol
Methods. 12 de maio de 1997; 204 (1): 77-87.
[181] A partir de vários fragmentos Fab selecionados por SPR, foram construídos e produzidos anticorpos quiméricos murinos/humanos de comprimento total, isto é, anticorpos com domínios IgG CH1, CH2 e CH3 humanos. Os cDNAs que codificam as cadeias pesadas e leves foram obtidos a partir do clone de hibridoma 7.1 A 12.2-22 (ECACC 89060901) por RT-PCR e foram clonados em vetores separados a jusante de uma região promotora/facilitador precoce-precoce de citomegalovírus humano (CMV) e seguido por um sinal de poliadenilação BGH.
[182] A linhagem de células de rim embrionário humano FreeStyle 293-F adaptada à suspensão (Thermo Fisher Scientific) foi usada para a expressão gênica transitória (TGE) do anticorpo: As células foram transfectadas a aproximadamente 2 x 10E6 células viáveis/mL com quantidades iguais de ambos os plasmídeos de expressão (no total de 0,7 mg/L de cultura de células) complexados pelo reagente de transfecção PEIpro (Polyplus-transfection SA, Strasbourg) de acordo com as diretrizes do fabricante. Três horas após a transfecção, ácido valpróico, um inibidor de HDAC, foi adicionado (concentração final: 4 mM) a fim de aumentar a expressão. A cada dia, a cultura foi suplementada com 6% (v/v) de suplementação à base de hidrolisado de peptona de soja. Sete dias após a transfecção, o sobrenadante da cultura foi coletado por centrifugação e os anticorpos foram purificados a partir desse sobrenadante de acordo com procedimentos padrão.
EXEMPLO 8
MEDIÇÕES POR ECL
[183] Os anticorpos produzidos de acordo com o Exemplo 7 foram testados em um imunoensaio sanduíche (vide a Figura 4). Conjugados de IgG - rutênio foram gerados e usados no lugar de e em comparação com o conjugado rutenilado padrão original compreendido no ensaio Roche Elecsys genuíno, número de catálogo 05092744190 (Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha), a fim de comparar o desempenho do Anticorpo parental anti-cTnT com os anticorpos anti-cTnT mutados. Os mAbs mutados foram conjugados com rutênio em diferentes estequiometrias de marcação. Em um exemplo de realização, a razão molar de marcação de rutênio foi de 1:10 anticorpo IgG:marcador. Os conjugados de rutênio dos anticorpos anti-cTnT variantes foram diluídos no reagente Elecsys R2 e as medições foram realizadas em um Módulo Cobas E170 usando o protocolo de ensaio para Troponina T hs com um controle em branco (Diluent Universal, Id.
11732277122, Diluent Multi Assay, Id. 03609987170, Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha), Cal1 e Cal2 da Troponina T hs CalSet (Id.
05092752190, Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha) usando as especificações do ensaio Troponina T hs. Os resultados são fornecidos na Figura 5. Os anticorpos que compreendem as mutações presentes nas combinações números 11 e 12, respectivamente, mostram uma razão sinal/ruído melhorada em comparação com o anticorpo parental (não mutado).

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. ANTICORPO que se liga especificamente à troponina T humana (SEQ ID NO: 1) caracterizado pelas CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos ou variantes destas que diferem em, no máximo, uma substituição de aminoácido; (i) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4; e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que, pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8, e CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13 com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então; a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11, nem de SEQ ID NO: 13; ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro desse anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
2. ANTICORPO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo domínio variável de cadeia leve compreender uma CDR1 com sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 com sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 com sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 4 ou uma variante de uma ou mais dessas CDRs que difira em, no máximo, uma substituição de aminoácido por CDR; e em que o domínio variável de cadeia pesada compreende as combinações de CDR1, CDR2 e CDR3 conforme indicado em (ii) da reivindicação 1, e em que as CDRs individuais consistem nas sequências fornecidas em (ii) da reivindicação 1.
3. ANTICORPO que se liga especificamente à troponina T cardíaca humana (SEQ ID NO: 1), caracterizado pelas CDRs compreenderem as seguintes sequências de aminoácidos; (i) no domínio variável de cadeia leve uma CDR1 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 2, uma CDR2 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 3, e uma CDR3 que compreende a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4; e (ii) no domínio variável de cadeia pesada uma CDR1 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 5; SEQ ID NO: 6; ou de SEQ ID NO: 7, uma CDR2 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8; ou de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 10; de SEQ ID NO: 11; de SEQ ID NO: 12; ou de SEQ ID NO: 13, em que, pelo menos duas das CDRs são selecionadas a partir de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 ou SEQ ID NO: 7, uma CDR2 de SEQ ID NO: 9, e uma CDR3 de SEQ ID NO: 12, ou em que a CDR1 é de SEQ ID NO: 7, a CDR2 é de SEQ ID NO: 8, e CDR3 é de SEQ ID NO: 11 ou de SEQ ID NO: 13, com a condição de que no caso de uma CDR1 de SEQ ID NO: 6 estar presente, então; a) a CDR3 não é de SEQ ID NO: 11, nem de SEQ ID NO: 13; ou b) a CDR2 e a CDR3 dentro desse anticorpo não são, ao mesmo tempo, de SEQ ID NO: 8 e SEQ ID NO: 12, respectivamente.
4. ANTICORPO que se liga especificamente à troponina T cardíaca humana (SEQ ID NO: 1), caracterizado por compreender um domínio variável de cadeia leve que consiste em regiões estruturais (FWs) e CDRs, conforme representado na fórmula I: FW(LC)1 – CDR(LC)1 – FW(LC)2 – CDR(LC)2 – FW(LC)3 – CDR(LC)3 – FW(LC)4 (fórmula I) e um domínio variável de cadeia pesada consistindo nas regiões estruturais (FWs) e CDRs, conforme representado na fórmula II: FW(HC)1 – CDR(HC)1 – FW(HC)2 – CDR(HC)2 – FW(HC)3 – CDR(HC)3 – FW(HC)4 (fórmula II), em que as FWs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que é pelo menos 85% idêntica às referidas sequências e em que as CDRs compreendem as sequências tal como definidas na reivindicação 1, ou uma variante das mesmas diferindo em, no máximo, uma substituição de aminoácido: - na cadeia leve FW(LC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14; FW(LC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; FW(LC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 16; FW(LC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17; - e na cadeia pesada
FW(HC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18; FW(HC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19; FW(HC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 20; FW(HC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 21;
5. ANTICORPO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por compreender um domínio variável de cadeia leve que consiste nas regiões estruturais (FW) e CDRs conforme representado na fórmula I: FW(LC)1 – CDR(LC)1 – FW(LC)2 – CDR(LC)2 – FW(LC)3 – CDR(LC)3 – FW(LC)4 (fórmula I) e um domínio variável de cadeia pesada consistindo nas regiões estruturais (FWs) e CDRs, conforme representado na fórmula II: FW(HC)1 – CDR(HC)1 – FW(HC)2 – CDR(HC)2 – FW(HC)3 – CDR(HC)3 – FW(HC)4 (fórmula II), em que as CDRs compreendem as sequências conforme definidas na reivindicação 3 e em que as FWs compreendem as seguintes sequências de aminoácidos ou uma variante das mesmas que é pelo menos 85% idêntica a elas: - na cadeia leve FW(LC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14; FW(LC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; FW(LC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 16; FW(LC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17; - e na cadeia pesada FW(HC)1 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18; FW(HC)2 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19; FW(HC)3 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 20; FW(HC)4 a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 21;
6. ANTICORPO, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado por ter uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
7. ANTICORPO, caracterizado por compreender; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia pesada selecionado a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID NO: 32, em que o anticorpo liga-se especificamente à troponina T cardíaca humana e tem uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
8. ANTICORPO, caracterizado por compreender; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada de uma sequência de aminoácidos selecionada a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID
NO: 32, em que as CDRs são conforme definidas na reivindicação 1, e em que o anticorpo liga-se especificamente à troponina T cardíaca humana e tem uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
9. ANTICORPO, caracterizado por compreender; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo em uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica ao domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada de uma sequência de aminoácidos selecionada a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31; e SEQ ID NO: 32, em que as CDRs são conforme definidas na reivindicação 1, e em que o anticorpo liga-se especificamente à troponina T cardíaca humana e tem uma t/2-diss à 37ºC de 10 minutos ou mais.
10. ANTICORPO, caracterizado por compreender; (i) um domínio variável de cadeia leve consistindo na sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, e (ii) um domínio variável de cadeia pesada consistindo em uma sequência de aminoácidos selecionada a partir das sequências de aminoácidos de SEQ ID NO: 23; SEQ ID NO: 24; SEQ ID NO: 25; SEQ ID NO: 26; SEQ ID NO: 27; SEQ ID NO: 28; SEQ ID NO: 29; SEQ ID NO: 30; SEQ ID NO: 31;
e SEQ ID NO: 32.
11. MOLÉCULA DE ÁCIDO NUCLEICO caracterizado por codificar uma região variável de cadeia leve, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10.
12. MOLÉCULA DE ÁCIDO NUCLEICO caracterizada por codificar uma região variável de cadeia pesada, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10.
13. VETOR, caracterizado por compreender; uma molécula de ácido nucleico de acordo com a reivindicação 11 e/ou 12.
14. COMPOSIÇÃO, caracterizada por compreender pelo menos um dentre os seguintes: (i) o anticorpo de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10, (ii) a molécula de ácido nucleico, de acordo com a reivindicação 11 ou 12, e/ou (iii) o vetor da reivindicação 13.
15. MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA TROPONINA T CARDÍACA HUMANA (SEQ ID NO: 1), caracterizado por compreender a detecção da ligação do anticorpo de qualquer uma das reivindicações de 1 a 10 à troponina T cardíaca humana.
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