BR112020015335A2 - Método para alteração da performance visual de um indivíduo, método para medição da necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo e sistema óptico para implementação desses métodos - Google Patents

Método para alteração da performance visual de um indivíduo, método para medição da necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo e sistema óptico para implementação desses métodos Download PDF

Info

Publication number
BR112020015335A2
BR112020015335A2 BR112020015335-4A BR112020015335A BR112020015335A2 BR 112020015335 A2 BR112020015335 A2 BR 112020015335A2 BR 112020015335 A BR112020015335 A BR 112020015335A BR 112020015335 A2 BR112020015335 A2 BR 112020015335A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
individual
visual performance
distortion
value
visual
Prior art date
Application number
BR112020015335-4A
Other languages
English (en)
Inventor
Adèle LONGO
Marc Vincent
Helene Starynkevitch
Original Assignee
Essilor International
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Essilor International filed Critical Essilor International
Publication of BR112020015335A2 publication Critical patent/BR112020015335A2/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/0016Operational features thereof
    • A61B3/0025Operational features thereof characterised by electronic signal processing, e.g. eye models
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/0016Operational features thereof
    • A61B3/0033Operational features thereof characterised by user input arrangements
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/0016Operational features thereof
    • A61B3/0041Operational features thereof characterised by display arrangements
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/02Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient
    • A61B3/028Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient for testing visual acuity; for determination of refraction, e.g. phoropters
    • A61B3/0285Phoropters
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/02Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient
    • A61B3/028Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient for testing visual acuity; for determination of refraction, e.g. phoropters
    • A61B3/032Devices for presenting test symbols or characters, e.g. test chart projectors
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/02Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient
    • A61B3/028Subjective types, i.e. testing apparatus requiring the active assistance of the patient for testing visual acuity; for determination of refraction, e.g. phoropters
    • A61B3/04Trial frames; Sets of lenses for use therewith
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61BDIAGNOSIS; SURGERY; IDENTIFICATION
    • A61B3/00Apparatus for testing the eyes; Instruments for examining the eyes
    • A61B3/10Objective types, i.e. instruments for examining the eyes independent of the patients' perceptions or reactions
    • A61B3/103Objective types, i.e. instruments for examining the eyes independent of the patients' perceptions or reactions for determining refraction, e.g. refractometers, skiascopes

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Medical Informatics (AREA)
  • Surgery (AREA)
  • Biophysics (AREA)
  • Biomedical Technology (AREA)
  • Heart & Thoracic Surgery (AREA)
  • Physics & Mathematics (AREA)
  • Molecular Biology (AREA)
  • Ophthalmology & Optometry (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Signal Processing (AREA)
  • Eye Examination Apparatus (AREA)

Abstract

a presente invenção refere-se a um método para alteração da performance visual de um indivíduo usando um sistema óptico disposto em frente de, pelo menos, um olho do indivíduo, e compreendendo: b) a determinação de um optótipo; c) a apresentação do optótipo ao indivíduo de modo que seja visível pelo indivíduo através do referido sistema óptico; d) a avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico; e e) a adição de um valor de alteração positivo ou negativo de potência óptica esférica ao sistema óptico. de acordo com a invenção, o método compreende, antes da etapa b): a) a escolha de um valor alvo de performance visual; e, na etapa b), o referido optótipo tem um tamanho que é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual; - na etapa e), o referido valor de alteração de potência óptica esférica é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para “MÉTODO
PARA ALTERAÇÃO DA PERFORMANCE VISUAL DE UM INDIVÍDUO, MÉTODO PARA MEDIÇÃO DA NECESSIDADE DE CORREÇÃO DE REFRAÇÃO ESFÉRICA DE UM INDIVÍDUO E SISTEMA ÓPTICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DESSES MÉTODOS”. CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO
[0001] A presente invenção refere-se um método para alteração da performance visual de um indivíduo e, em particular, para a avaliação da acuidade visual desse indivíduo e, mais especificamente, para deter- minação de um nível de correção óptica para a visão desse indivíduo durante um teste que possa requerer distorção e/ou remoção da distor- ção da visão do indivíduo.
INFORMAÇÕES DE ANTECEDENTES E ESTADO DA TÉCNICA
[0002] Na avaliação da refração de cada olho em testes subjetivos envolvendo ensaios de leitura de optótipos e alvos visuais, é importante controlar a acomodação dos olhos de modo a evitar a avaliação errônea da refração subjetiva do indivíduo, o indivíduo usando acomodação para se focar no alvo e responder corretamente aos testes.
[0003] A forma comum de controlar a acomodação é o chamado método de distorção ou embaçamento (esses são sinônimos) no qual, em uma fase inicial de distorção, o olho é colocado na condição miópica com uma lente de distorção durante o teste. Em seguida, na seguinte fase de remoção da distorção, são usadas sequencialmente lentes de correção para remoção da distorção da visão até ser obtida a melhor focagem/melhor leitura dos optótipos. Como resultado, um valor de uma esfera para correção é obtido e posteriormente usado para modelar uma lente corretiva.
[0004] Todavia, esse não é um método ótimo e é demorado, uma vez que, inter alia, não considera o nível de performance visual inicial como um ponto de partida para a fase de distorção nem a performance visual final a atingir no fim da fase de remoção da distorção, e isso pode ser obtido desde uma refração fornecida por lentes corretivas que o in- divíduo pode já possuir ou desde o erro de refração objetiva que pode ser, ou pode ter sido, estimado ou avaliado. Não considera igualmente outras características do indivíduo como a idade, outros defeitos visuais, o diâmetro pupilar, etc. Além disso, esse método não é muito apreciado pelo indivíduo devido à distorção imposta.
[0005] São conhecidos outros métodos de controle de acomoda- ção como, por exemplo, o uso de colírio cicloplégico para desativar a acomodação. Todavia, isso pode ser perigoso, não pode ser usado por todos os profissionais e nem sempre fornece resultados confiáveis, em particular com crianças.
[0006] O uso de uma lente de distorção em frente do olho a ser testado como discutido acima em um método de embaçamento e depois desembaçamento é um método padrão com duas metas finais possí- veis: a melhor focagem/melhor leitura de optótipos com a potência óp- tica esférica máxima como discutido acima ou uma acuidade visual pre- definida (ou seja: 0,1 IogMAR, 0,0 IogMAR, -0,1 lIogMAR).
[0007] A acuidade visual pode ser classificada com referência ao Logaritmo do Ângulo Mínimo de Resolução (logMAR - Logarithm of the Minimum Angle of Resolution). Um indivíduo que possa distinguir deta- lhes tão pequenos como 1 minuto de ângulo visual tem uma acuidade visual de O lIogMAR, uma vez que o logaritmo de base 10 de 1 é 0. Um indivíduo que possa distinguir detalhes tão pequenos como 2 minutos de ângulo visual tem uma acuidade visual de 0,3 IogMAR, uma vez que o logaritmo de base 10 de 2 é quase aproximadamente 0,3, e assim sucessivamente.
[0008] Sumariamente, a fórmula usada para a determinação da acuidade visual em logMAR é VA (logMAR) = log (Ângulo Mínimo de Resolução do olho do indivíduo).
[0009] Uma vantagem de usar a unidade logMAR para quantificar a acuidade é que o aumento da acuidade segue a diminuição do tama- nho dos optótipos e, assim, o aumento na dificuldade de identificação do optótipo por parte do indivíduo.
[00010] Todos esses métodos de distorção e/ou remoção da distor- ção têm desvantagens com respeito ao indivíduo fazendo o teste, mas igualmente em relação à qualidade dos resultados, que depende do operador que usa esses métodos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[00011] Aqui são propostos processos simples de distorção e/ou re- moção da distorção nos quais é levada em conta uma performance vi- sual alvo para determinar um tamanho de um optótipo apresentado em frente do indivíduo, e para determinar o valor de uma potência óptica esférica de um componente óptico colocado em frente do indivíduo para alterar sua visão de modo a distorcer a mesma ou remover sua distor- ção.
[00012] O método para alteração da performance visual de um indi- víduo de acordo com a invenção pode, na verdade, ser implementado como um método de distorção ou um método de remoção da distorção. Igualmente, pode ser implementado como parte de um método usando tanto uma etapa de distorção como uma de remoção da distorção. Nesse último caso, o método para alteração da performance visual do indivíduo pode ser usado em cada uma das etapas de distorção e re- moção da distorção ou em somente uma das etapas de distorção e re- moção da distorção.
[00013] No caso onde o método para alteração da performance vi- sual do indivíduo é usado como um processo de distorção de acordo com a invenção, a fase de distorção inicial é feita considerando as ca- racterísticas visuais do indivíduo para fornecer ao indivíduo uma perfor- mance visual predeterminada no fim dessa fase de distorção.
[00014] Nessa fase de distorção, a performance visual é obviamente degradada para o indivíduo cuja visão sofrerá distorção para relaxa- mento de sua acomodação.
[00015] Durante uma fase de remoção da distorção suplementar op- cional, o número de ensaios ou etapas para atingir a performance visual alvo para remoção da distorção seria vantajosamente reduzido em com- paração com o método padrão, uma vez que a fase de distorção inicial anterior foi otimizada. Em segundo lugar, são usadas lentes de correção tendo níveis desiguais de gradiente/diferença de correção no uso itera- tivo de lentes de correção para os ensaios, o gradiente/a diferença de correção diminuindo progressivamente até ao fim das iterações de re- moção da distorção, o que proporciona mais precisão ao método. Isso permite igualmente a redução do número de ensaios com preferencial- mente somente dois ou três ensaios na fase de remoção da distorção de acordo com a invenção.
[00016] É igualmente vantajoso que o indivíduo perceba um melho- ramento de sua visão em cada etapa da fase de remoção da distorção. No processo de refração clássico, a diminuição da distorção é feita atra- vés de etapas idênticas, o que não é facilmente percebido pelo indiví- duo. Por consequência, o método de acordo com a invenção tem me- lhores chances de ser bem aceite pelo indivíduo.
[00017] Na fase de distorção (ou embaçamento), é escolhida uma meta de desfocagem predefinida a cumprir para o indivíduo, um optótipo é disposto em frente do indivíduo, e a visão do indivíduo é desfocada colocando uma lente com uma potência de desfocagem em frente do olho do indivíduo. A meta de desfocagem predefinida corresponde a um alvo de nível de desfocagem para o olho do indivíduo. Esse alvo de nível de desfocagem corresponde a um alvo de potência de desfocagem da lente que deve ser colocada em frente do olho no fim da fase de distor- ção.
[00018] Isso pode ser alcançado em uma única etapa ou, preferenci- almente, através de um método iterativo de acordo com o qual a visão do indivíduo é progressivamente desfocada, modificando progressiva- mente a potência de desfocagem da lente colocada em frente do olho do indivíduo, o método iterativo terminando quando é cumprida a meta de desfocagem predefinida. Durante esse método iterativo, o indivíduo deve fornecer respostas com respeito à forma como está percebendo o optótipo.
[00019] Praticamente, a meta de desfocagem predefinida a cumprir é definida como uma performance visual alvo em um estado emba- çado/distorcido da visão.
[00020] Essa performance visual alvo pode, por exemplo, ser uma acuidade visual alvo.
[00021] O optótipo pode corresponder a letras padrão ou qualquer tipo de imagem tendo elevadas e baixas frequências espaciais ou mesmo imagens do tipo “«desvanecimento”. A apreciação das respostas pode se basear em um método de limites, em métodos psicofísicos con- tínuos ou discretos, em um método de escada, etc.
[00022] Contrariamente à fase de distorção inicial de tentativa única padrão, a fase de distorção inicial de acordo com a invenção pode ser um método iterativo.
[00023] —Ofinaldo processo iterativo se baseia objetivamente em um valor de performance visual, como por exemplo determinação da acui- dade visual e comparação com a acuidade visual alvo, ou se baseia subjetivamente (optótipo visto/reconhecido ou não).
[00024] —Preferencialmente, no caso da fase de distorção, a iteração é parada quando o optótipo deixa de ser visto.
[00025] O final do processo iterativo pode igualmente ser progra- mado para ser atingido quando é atingida uma meta de desfocagem predefinida, ou seja, quando é alcançado um nível de desfocagem do olho ou é alcançado um alvo de potência de desfocagem no sistema óptico.
[00026] Essafase de distorção ou embaçamento inicial pode ser pra- ticada manualmente ou pode ser automatizada.
[00027] Contrariamente à fase de distorção ou embaçamento inicial padrão, onde a fase de distorção é a mesma para todos os indivíduos e todas as condições ambientais, a fase de distorção inicial de acordo com a invenção pode ser adaptada a cada indivíduo e às condições ambien- tais, como será descrito mais à frente em mais detalhe.
[00028] A performance visual do indivíduo é preferencialmente deter- minada em cada etapa do método.
[00029] Para a fase de remoção da distorção (ou desembaçamento), é escolhido um alvo de performance visual predefinido a cumprir para o indivíduo e é disposto um optótipo em frente do indivíduo.
[00030] Em seguida, em uma etapa ou, preferencialmente, em um processo iterativo, a visão do indivíduo é focada (na realidade, refo- cada). Isso pode ser feito progressiva e iterativamente, o processo ite- rativo terminando quando é cumprida a meta de focagem predefinida e se for atingida a acuidade visual máxima.
[00031] Durante esse processo iterativo, o indivíduo deve fornecer respostas com respeito à maneira como percebe e lê o optótipo e isso pode ser na forma de algum jogo de perguntas/respostas.
[00032] Isso permitirá a determinação da acuidade visual do indiví- duo em cada etapa do método.
[00033] Praticamente, a meta de focagem predefinida a cumprir é de- finida como uma performance visual alvo que é esperada quando o in- divíduo se encontra em um estado corrigido.
[00034] A metade focagem predefinida a cumprir pode ser a melhor focagem/melhor leitura de optótipos ou uma acuidade visual predefinida (ou seja, 0,2 IogMAR, 0,1 IogMAR ou 0,0 IogMAR).
[00035] O optótipo pode ser letras padrão, números, símbolos ou qualquer tipo de imagem significativa (ou seja, tendo um significado para o indivíduo) tendo elevadas e baixas frequências espaciais ou mesmo imagens do tipo “desvanecimento”.
[00036] A apreciação das respostas pode se basear em um método de limites, em métodos psicofísicos contínuos ou discretos, em um mé- todo de escada, etc.
[00037] —Ofinaldo processo iterativo se baseia objetivamente em um valor de performance visual, como por exemplo determinação da acui- dade visual e comparação com a acuidade visual alvo, ou se baseia subjetivamente (optótipo visto claramente/reconhecido ou não). A fase de remoção da distorção (ou desembaçamento) pode ser praticada ma- nualmente ou pode ser automatizada.
[00038] Mais precisamente, a invenção se relaciona com um método para alterar a performance visual de um indivíduo usando um sistema óptico disposto em frente de pelo menos um olho do indivíduo e com- preendendo as seguintes etapas sucessivas: b) determinação de um optótipo; c) apresentação do optótipo determinado na etapa b) ao indiví- duo de modo que o referido optótipo seja visível pelo indivíduo através do referido sistema óptico; d) avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo apresentado na etapa c) através do sistema óptico; e) adição de um valor de alteração de potência óptica esférica ao sistema óptico, o referido valor de alteração sendo positivo ou nega- tivo.
[00039] “De acordo com a invenção, o método compreende, antes da etapa b): a) a escolha de um valor alvo de performance visual; e nas etapas b) e e), o referido tamanho do optótipo e o referido valor de alteração de potência óptica esférica são determinados como funções do referido valor alvo de performance visual.
[00040] Em outras palavras, nas etapas b) e c), o referido optótipo tem um tamanho que é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual; - na etapa e), o referido valor de alteração de potência óptica esférica é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual.
[00041] Vantajosamente, o método compreende ainda: - uma etapa f) de avaliação da performance visual do indivíduo após a etapa e), e a definição do resultado dessa avaliação como um valor atual de performance visual; - a repetição das etapas c), d), e) e f) até o referido valor atual de per- formance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou um valor extremo de performance visual, ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo; e o referido valor de alteração de potência óptica esférica adicionado ao sistema óptico em cada etapa e) sendo determinado como uma função do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual determinada na etapa d) anterior.
[00042] Em uma modalidade preferida, o método para alteração da performance visual é um método para distorção da visão do indivíduo.
[00043] —Porconsequência, nesse método de distorção, a meta da al- teração é distorcer a visão do indivíduo de modo a relaxar sua acomo- dação, e o valor de alteração de potência óptica esférica é positivo, de modo a colocar o referido indivíduo em condições miópicas, com uma visão distorcida e uma acomodação relaxada.
[00044] —Preferencialmente, se o indivíduo estiver habituado a usar um equipamento de correção oftálmica, então o referido indivíduo usa o seu equipamento de correção oftálmica ou a sua refração objetiva como um ponto de partida para reconhecer o optótipo durante a etapa d).
[00045] Vantajosamente, o método de distorção compreende, na etapa d), a pergunta ao indivíduo sobre se o referido optótipo é reco- nhecível, visível ou imperceptível através do referido sistema óptico; e, na etapa e), a adição de um valor de alteração positivo de potência óp- tica esférica, o referido valor de alteração positivo sendo determinado como uma função da resposta do indivíduo, do valor de alteração ante- riormente adicionado e do referido valor alvo de performance visual.
[00046] Preferencialmente, na etapa e), o referido valor de alteração positivo é diferente se o indivíduo responder que: - vê e reconhece o optótipo; ou - vê e não reconhece o optótipo, ou - vê e não vê se existe um optótipo.
[00047] Outras particularidades vantajosas e não limitativas do mé- todo de distorção de acordo com a invenção incluem: - o optótipo é um optótipo tipo desvanecimento; - na etapa a), o referido optótipo tipo desvanecimento é escolhido alea- toriamente, por exemplo, entre as seguintes letras tipo desvanecimento: DHKNRS Vez; - o referido optótipo tipo desvanecimento tem um tamanho que é maior em um valor predefinido, por exemplo, em 0,1 logMAR, em comparação com o valor alvo de performance visual.
[00048] O ângulo mínimo de resolução é o ângulo visual menor que pode ser detectado pelo olho. O optótipo sendo colocado em uma dis- tância predefinida em relação ao olho do indivíduo, por exemplo, 6 me- tros, e seu tamanho corresponde a uma acuidade visual.
[00049] Na prática, a acuidade visual do indivíduo corresponde a um tamanho do optótipo menor identificado pelo indivíduo em uma distância fixa predeterminada, expressada em logMAR.
[00050] Na avaliação da acuidade com optótipos de desvaneci- mento, o ângulo de resolução corresponde à largura da linha limitando o optótipo. A altura dos optótipos de desvanecimento é, no geral, maior que a altura dos optótipos clássicos para a mesma acuidade visual. A correspondência entre o tamanho dos optótipos de desvanecimento e a acuidade é estabelecida para optótipos de desvanecimento no formato de letras. Um fator corretivo dependendo do valor de acuidade visual tem de ser levado em conta.
[00051] Para optótipos de desvanecimento sem ser letras, podem ser considerados outros fatores de correção para deduzir a acuidade visual. Esses fatores de correção podem depender da própria acuidade visual.
[00052] Algumas dessas correções são descritas nos documentos seguintes: Shah, N.; Dakin, S. C.; Whitaker, H. L.; Anderson, R. S. “Ef- fect of Scoring and Termination Rules on Test-Retest Variability of a Novel High-Pass Letter Acuity Chart.” Investigative ophthalmology & vis- ual science 2014, 55, 1386 a 1392; Hamm, LM; Anstice, NS; e B.-J. “Recognition Acuity in Children Measured Using The Auckland Opto- types.” Ophthalmic and... 2018; Hamm, LM; Yeoman, JP; vision, “A.-N. of The Auckland Optotypes: An Open-Access Pictogram Set for Meas- uring Recognition Acuity.” Journal of vision 2018.
[00053] Em uma modalidade particular, se for necessário, o optótipo pode ser randomizado e/ou mudado após o reconhecimento.
[00054] “Em outramodalidade, o método compreende igualmente f) a avaliação da performance visual do indivíduo após a etapa e) e a definição do resultado dessa avaliação como um valor atual de perfor- mance visual, as etapas c), d), e) e f) são repetidas até o referido valor atual de per- formance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, o referido valor de alteração de potência óptica esférica adicionado ao sistema óptico na etapa e) é determinado como uma função do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de perfor- mance, o tamanho do optótipo permanecendo o mesmo enquanto as etapas c), d), e) e f) são repetidas.
[00055] Em uma modalidade particular desse método de distorção, o referido nível de desfocagem e a referida performance visual são corre- lacionados através de uma fórmula matemática.
[00056] Essa fórmula matemática pode levar em conta diferentes modelos ligando a performance visual e o nível de desfocagem do olho do indivíduo. Os modelos podem ser criados em dados coletados en- quanto é efetuada a fase de distorção/remoção da distorção nos indiví- duos e/ou graças a algoritmos de aprendizado por computador.
[00057] Por exemplo, a propensão do ambiente, como por exemplo o reflexo de luz da tela de visualização ou más condições de iluminação, pode ser detectada e levada em conta através desses algoritmos de aprendizado por computador.
[00058] Em uma modalidade particular do método, o referido valor do alvo de acuidade visual determinado e subsequentemente escolhido na etapa a) é adaptado dependendo de um dos seguintes: - propósito da fase de distorção ou remoção da distorção no exame do olho do indivíduo, - particularidades pessoais do indivíduo, - parâmetros ambientais.
[00059] Em uma modalidade particular do método, o referido valor do alvo de acuidade visual é determinado na etapa a) levando em conta um modelo ligando o nível de desfocagem do olho à performance visual do olho, esse modelo sendo criado em dados coletados enquanto é efe- tuada a fase de distorção/remoção da distorção nos indivíduos e/ou gra- ças a algoritmos de aprendizado por computador.
[00060] Em outra modalidade preferida, o método para alteração da performance visual é um método para remoção da distorção da visão de um indivíduo, em que: - o efeito da alteração consiste em remoção da distorção da visão do indivíduo de modo a atingir o referido valor alvo de performance visual para um ou ambos os olhos do indivíduo; - o referido sistema óptico inicialmente tem um valor de alteração adici- onado de potência óptica esférica, como por exemplo o indivíduo se en- contrar inicialmente em condições miópicas, com uma visão distorcida e uma acomodação relaxada; - a avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico na etapa d) permite a dedução de um nível de desfocagem do indivíduo; e - o valor de alteração de potência óptica esférica adicionado na etapa e) é negativo para remoção da distorção da visão do indivíduo e é deter- minado desde o valor alvo de performance visual e desde o referido ní- vel de desfocagem.
[00061] Em uma modalidade particular desse método de remoção da distorção, o referido nível de desfocagem e a referida performance vi- sual são correlacionados através de uma fórmula matemática.
[00062] Em alternativa, o referido nível de desfocagem é tabulado desde a referida performance visual.
[00063] A potência de desfocagem do sistema óptico colocado em frente do indivíduo é a potência esférica da lente colocada em frente do olho do indivíduo.
[00064] O nível de desfocagem é definido como o estado de desfo- cagem do olho do indivíduo. Esse nível de desfocagem depende tanto da ametropia do olho como da potência de desfocagem do sistema óp- tico. O nível de desfocagem zero do olho corresponde ao estado de um olho com emetropia e nenhuma lente colocada em frente do mesmo. O mesmo pode ser obtido colocando uma lente de potência esférica ne- gativa em frente de um olho com miopia ou uma potência positiva em frente de um olho com hipermetropia, por exemplo.
[00065] “De acordo com uma outra modalidade do método, o mesmo compreende: f) a avaliação da performance visual do indivíduo após a etapa e) e a definição do resultado dessa avaliação como um valor atual de perfor- mance visual, as etapas c), d), e) e f) sendo repetidas até o referido valor atual de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, o referido valor de alteração de potência óptica esférica adicionado ao sistema óptico na etapa e) sendo determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de perfor- mance, e a etapa b) sendo repetida, e em cada etapa b), o tamanho do optótipo sendo determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual.
[0056] Em uma modalidade da invenção, na etapa b), - é determinada uma incerteza sobre a performance visual para uma atual potência de desfocagem do sistema óptico, - são determinadas duas linhas dos referidos optótipos, o número de letras ou sinais por linha, o número de linhas, a diferença no tamanho entre duas linhas adjacentes sendo determinada com base na referida incerteza sobre a acuidade visual.
[0057] Em uma modalidade da invenção, o referido valor do alvo de acuidade visual determinado na etapa a) é adaptado dependendo de um dos seguintes: - propósito da fase de distorção ou remoção da distorção no exame do olho do indivíduo,
- particularidades pessoais do indivíduo, - parâmetros ambientais.
[0058] Em uma modalidade da invenção, o referido valor do alvo de acuidade visual é determinado na etapa a) levando em conta um modelo ligando o nível de desfocagem do olho à performance visual do olho, esse modelo sendo criado com base em dados coletados enquanto é efetuada a fase de distorção/remoção da distorção nos indivíduos e/ou graças a algoritmos de aprendizado por computador.
[0059] A invenção se relaciona igualmente com um método para medição de uma necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo, compreendendo: - a implementação de um método para distorção da visão do referido indivíduo; e - a implementação de um método para remoção da distorção da visão do referido indivíduo de acordo com a invenção, as referidas condições miópicas iniciais resultando da implementação do referido método para distorção, em que: - OS valores de alteração negativos adicionados sucessivamente de po- tência óptica esférica das iterações sucessivas das etapas e) são soma- dos uns aos outros para definição de uma potência óptica esférica de remoção da distorção; e - a necessidade de correção de refração esférica é determinada com base na referida potência óptica esférica de remoção da distorção.
[0060] Mais precisamente, os valores de alteração negativos suces- sivamente adicionados de potência óptica esférica das iterações suces- sivas das etapas e) são somados uns aos outros até o referido atual valor de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual, ou antes de o atual valor de performance visual permanecer es- tável ou se afastar do valor alvo, para definição de uma potência óptica esférica de remoção da distorção; e a necessidade de correção de re- fração esférica é determinada com base na referida potência óptica es- férica de remoção da distorção.
[0061] Em uma modalidade preferida do método para medição de uma necessidade de correção de refração esférica, o método para dis- torção é um dos métodos de acordo com a invenção descrito acima.
[0062] Em uma modalidade particular do método para medição de uma correção de refração esférica, o mesmo compreende: f) a avaliação da performance visual do indivíduo após a etapa e) e a definição do resultado dessa avaliação como um valor atual de perfor- mance visual, em que as etapas c), d), e) e f) são repetidas até o referido valor atual de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, e em que o referido valor de alteração de potência óptica esférica adici- onado ao sistema óptico na etapa e) é determinado dependendo do re- ferido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de per- formance visual, em que a etapa b) é repetida, e em cada etapa b), o tamanho do optótipo é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual.
[0063] A invenção compreende um sistema configurado para a exe- cução de um método de distorção destinado a induzir o relaxamento da acomodação do olho de acordo com a invenção, o referido sistema com- preendendo um dispositivo óptico sendo configurado para ser colocado em frente de pelo menos um olho de um indivíduo e para conferir uma potência óptica esférica adicional a esse olho, em que a referida potên- cia óptica esférica pode ser modificada.
[0064] Da mesma forma, a invenção compreende um sistema óptico para implementação do método de acordo com a invenção, que pode em particular ser configurado para a execução de um método de remo- ção da distorção de acordo com a invenção, o referido sistema compre- endendo um dispositivo óptico sendo configurado para ser colocado em frente de pelo menos um olho de um indivíduo e para conferir uma po- tência óptica esférica adicional a esse olho, em que a referida potência óptica esférica pode ser modificada.
[0065] A invenção compreende um sistema configurado para a exe- cução sucessiva de: 1) um método de distorção de acordo com a invenção; e/ou 2) um método de remoção da distorção de acordo com a inven- ção.
[0066] A invenção visa a otimização e personalização dos proces- sos de distorção e/ou remoção da distorção. Em particular, o método de remoção da distorção de acordo com a invenção possibilita a remoção da distorção enquanto pesquisa uma performance visual específica ou a esfera convexa máxima fornecendo a melhor acuidade visual. Permite um desembaçamento mais rápido e mais preciso graças à estimação do nível de desfocagem feita com a medida da acuidade visual distor- cida do indivíduo.
[0067] Graças ao método da invenção, os teste ópticos são otimi- zados, uma vez que o mesmo adapta de uma maneira mais precisa as lentes de distorção e/ou de remoção da distorção à performance e per- cepção visual do indivíduo.
[0068] Igualmente, ajuda a aceitação dos testes ópticos pelo indiví- duo, uma vez que é mais simples, mais progressivo e menos frustrante para o indivíduo.
[0069] É igualmente possível diminuir o impacto do operador na im- plementação dos testes. Isso minimiza a variabilidade da medição da refração subjetiva. O método pode ser implementado e executado auto- maticamente em um sistema dedicado.
[0070] Finalmente, esse novo método foi desenvolvido para que o tempo requerido para a execução dos testes seja mais curto, de modo a impedir que o indivíduo fique esgotado devido a um esforço muito im- portante de concentração que pode introduzir um erro na medição da refração subjetiva.
[0071] Contrariamente aos métodos conhecidos, um método auto- mático pode ser implementado e usado em qualquer etapa de um exame visual onde é recomendada uma remoção da distorção como uma função do, ou seja, dependendo do, estado de focalização do indi- víduo. DESCRIÇÃO DETALHADA DO(S) EXEMPLO(S)
[0072] A seguinte descrição, enriquecida com desenhos associados que devem ser considerados como exemplos não limitativos, ajudará a entender a invenção e descobrir como o mesmo pode ser realizado.
[0073] Nos desenhos associados: - a Figura 1 representa a modificação da potência óptica esférica do dispositivo óptico em dioptrias como uma função de tempo durante ite- rações/etapas do método para distorção; - a Figura 2 representa três optótipos tipo desvanecimento; - a Figura 3 representa um display para introdução de resultados dos ensaios para distorção; - a Figura 4 representa a modificação da potência óptica esférica do dispositivo óptico em dioptrias como uma função de tempo durante ite- rações/etapas do método para remoção da distorção; - a Figura 5 representa uma gravura de acuidade apresentando optóti- pos do tipo de optótipo, com a acuidade visual correspondente em log- MAR; - a Figura 6 representa um display para introdução de resultados dos ensaios para remoção da distorção com a acuidade visual correspon- dente em logMAR;
- a Figura 7 representa um modelo de uma curva com, na vertical, a desfocagem ô e, na horizontal, a acuidade visual AV (em logMAR), e que é usado para computar a quantidade de mudança na potência óp- tica em cada iteração/etapa do método; - a Figura 8 representa exemplos de níveis de desfocagem do olho do indivíduo como uma função da acuidade visual correspondente do olho determinada para indivíduos se encontrando em diferentes categorias de idade; - a Figura 9 representa exemplos de níveis de desfocagem do olho do indivíduo como uma função da acuidade visual correspondente do olho determinada para indivíduos tendo diferentes defeitos visuais; - a Figura 10 representa um exemplo de gamas de incerteza sobre acui- dade visual para dados níveis de desfocagem do olho de um indivíduo; - a Figura 11 representa um exemplo de gamas de incerteza sobre ní- veis de desfocagem do olho para dadas acuidades visuais de um indi- víduo.
[0074] Na seguinte descrição, o valor da desfocagem correspon- derá ao valor em dioptrias da potência óptica esférica da lente colocada em frente do olho do indivíduo durante a fase de distorção ou remoção da distorção do método.
[0075] Esse valor da potência de desfocagem é o valor adicionado em comparação com o valor inicial de potência óptica esférica colocada em frente do olho antes da fase de distorção ou remoção da distorção.
[0076] Para ajudar a entender os exemplos que serão descritos mais à frente, a invenção é descrito em seguida de acordo com um ponto de vista mais geral.
[0077] De acordo com a invenção, o método para alterar a perfor- mance visual de um indivíduo usando um sistema óptico disposto em frente de pelo menos um olho do indivíduo compreende as seguintes etapas sucessivas:
b) determinação de um optótipo; c) apresentação do optótipo ao indivíduo de modo que o refe- rido optótipo seja visível pelo indivíduo através do referido sistema óp- tico; d) avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico; e) adição de um valor de alteração de potência óptica esférica ao sistema óptico, o referido valor de alteração sendo positivo ou nega- tivo; caracterizado pelo fato de o método compreender, antes da etapa b): a) a escolha de um valor alvo de performance visual; e pelo fato de, na etapa c), o referido optótipo ter um tamanho que é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual; - na etapa e), o referido valor de alteração de potência óptica esférica é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual.
[0078] Tipicamente, as etapas c), d) e e) podem ser repetidas em diversas iterações.
[0079] O referido método para alteração da performance visual de um indivíduo pode, em particular, ser usado quer em uma fase de dis- torção quer em uma fase de remoção da distorção do teste do olho. À invenção diz igualmente respeito a métodos compreendendo uma fase de distorção e uma de remoção da distorção, uma dessas fases sendo efetuada de acordo com a invenção.
[0080] A performance visual pode se referir a uma particularidade objetiva ou subjetiva da visão do indivíduo. Em particular, a performance visual pode ser avaliada determinando a acuidade visual do indivíduo, ou determinando um nível de percepção relativo a um optótipo especí- fico.
[0081] O nível de percepção pode ser um entre três: optótipo visto claramente, optótipo visto distorcido ou optótipo não visto. No primeiro nível, o optótipo é reconhecido sem dificuldade, no segundo nível é re- conhecido com dificuldade e no terceiro nível não é reconhecido. O tempo necessário pelo indivíduo para identificar o optótipo pode deter- minar que nível de percepção é atingido pelo indivíduo.
[0082] O nível de percepção pode em alternativa ser um entre dois: optótipo reconhecido ou não.
[0083] Em relação à acuidade visual, pode ser usado qualquer mé- todo conhecido para determinação da acuidade visual.
[0084] O referido sistema óptico colocado em frente do indivíduo pode compreender um conjunto de lentes diferentes com potências di- ferentes que podem em alternativa ou cumulativamente ser colocadas em frente do olho do indivíduo de modo a fornecer diferentes potências ópticas esféricas, ou pode compreender uma lente com potência óptica esférica ajustável, como por exemplo uma lente líquida. De qualquer das formas, a potência óptica esférica do sistema óptico pode ser vari- ada. A variação pode ser aplicada manualmente ou através de um dis- positivo motorizado controlado por computador.
[0085] O processo de distorção geral da invenção corresponde ao seguinte: 1) o pedido ao indivíduo para olhar para/encarar/fixar um estí- mulo visual e para descrever sua percepção do estímulo visual; 2) a modificação do nível de focalização de acordo com a esti- mação personalizada como uma função da, ou seja, dependendo da, resposta do indivíduo descrevendo o estímulo visual; 3) a existência de um critério de paragem definindo que o nível bom/alvo de desfocagem ou potência de desfocagem do sistema óptico foi atingido.
[0086] Na prática, o estímulo visual é o optótipo apresentado na etapa b). A descrição da percepção do estímulo visual, como detalhado mais à frente, permite a avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico na etapa d).
[0087] Na etapa a), é determinado um valor alvo de performance visual. O mesmo corresponde a um alvo de desfocagem: o valor alvo de performance visual corresponde nesse caso a uma visão distorcida.
[0088] A fase de distorção de acordo com a invenção pode ser adaptada a cada indivíduo e às condições ambientais, como será des- crito em mais detalhe.
[0089] Na fase de distorção, o alvo de performance visual ou a meta de desfocagem predefinida pode, na verdade, ser adaptado depen- dendo do propósito dessa fase de distorção no exame do olho do indi- víduo, por exemplo.
[0090] Na realidade, pode ser diferente se a fase de distorção for efetuada antes da realização de uma fase de remoção da distorção, an- tes da avaliação do equilíbrio binocular ou de modo a determinar o valor de uma máscara para alcançar um exame de refração binocular de acordo com o método de Humphriss. Essa máscara é usada, por exem- plo, para inibir a visão central de um dos olhos enquanto é mantida uma visão periférica.
[0091] Antes de uma fase de remoção da distorção, o propósito é inibir a acomodação monocular escolhendo um alvo de acuidade visual baixo: o alvo de performance visual pode ser uma acuidade visual de 0,4 lIogMAR.
[0092] Antes da avaliação do equilíbrio binocular dos olhos, o pro- pósito é garantir que é possível a comparação das imagens vistas com os olhos direito e esquerdo: o alvo de performance visual pode ser uma acuidade visual de 6/10º ou 8/10º.
[0093] Se for efetuada a fase de distorção para determinar o valor de uma máscara a ser colocada em frente de um olho para alcançar um exame de refração binocular de acordo com o método de Humphriss: o alvo de performance visual pode ser uma acuidade visual de 5/10º.
[0094] Na fase de distorção, o alvo de acuidade visual em um es- tado distorcido pode igualmente depender de particularidades pessoais do indivíduo, como por exemplo a idade do indivíduo, a ametropia, as origens geográficas do indivíduo e o histórico ocular do indivíduo, como por exemplo doenças oculares (cataratas), prescrições anteriores, dià- metro da pupila, etc.
[0095] Quanto mais novo o indivíduo, mais os olhos do indivíduo terão uma tendência para se acomodar. Por consequência, o alvo de acuidade visual deve ser menor para um indivíduo mais novo de modo a garantir o relaxamento de acomodação.
[0096] Por exemplo, o alvo de acuidade visual pode ser igual a 2/10º para crianças com menos de 12 anos de idade, de 4/10º para adoles- centes entre 12 e 18 anos de idade e de 6,3/10º para adultos, uma vez que o risco de acomodação é menor.
[0097] O alvo de acuidade visual para distorção pode igualmente levar em conta as doenças oculares, como por exemplo cataratas e seu efeito na transparência do olho: o alvo de acuidade visual pode ser de 4/10º para um indivíduo com mais idade com cataratas ou de 6/10º para um indivíduo com mais idade sem cataratas.
[0098] O valor do alvo de performance visual para distorção pode igualmente ser determinado dependendo de parâmetros ambientais, como por exemplo parâmetros da configuração de medição.
[0099] As condições de iluminação podem, por exemplo, ter um im- pacto: o contraste do optótipo e, por consequência, sua percepção são modificados pela iluminação. Se as condições de iluminação forem bai- xas, o alvo de performance visual é definido para um valor menor em comparação com o alvo de performance visual em condições de ilumi- nação intensa. As condições de iluminação intensa diminuem o con- traste aparente do alvo na tela.
[0100] Como um outro exemplo, o mesmo pode depender da dis- tância entre o olho do indivíduo e o sistema óptico compreendendo len- tes de distorção/remoção da distorção e/ou lentes de correção coloca- das em frente do olho do indivíduo.
[0101] Essa distância pode, na verdade, influenciar a ampliação óp- tica através do sistema óptico e, por consequência, a acuidade visual determinada.
[0102] Uma lente convexa aumenta um objeto visto através de sua lente convexa, ao passo que uma lente côncava encolhe o mesmo ob- jeto visto através da lente côncava. Em outras palavras, a imagem de um objeto visto através de uma lente convexa é maior que o objeto real, ao passo que a imagem de um objeto visto através de uma lente côn- cava é menor.
[0103] O efeito (aumento ou encolhimento) depende da potência e/ou largura da lente, bem como da distância entre a lente e o olho do indivíduo. Por exemplo, um indivíduo com um elevado grau de miopia, com uma lente de correção de -8 dioptrias colocada a 20 milímetros do olho do indivíduo teria um alvo de acuidade visual para distorção de cerca de 5/10º se a lente fosse colocada a 10 milímetros do olho, ao passo que, para um indivíduo com hiperopia, o alvo de acuidade visual para distorção poderia ser definido em 8/10º para uma lente colocada a ou 10 milímetros, uma vez que a lente de correção colocada em frente do olho aumenta a imagem do objeto.
[0104] Sem levar em conta esses critérios, pode ser usado um valor médio de 4/10º para o alvo de acuidade visual para distorção de modo a relaxar a acomodação do indivíduo.
[0105] Na etapa b), é determinado um optótipo. Em particular, é de- terminado o tamanho do optótipo, associado a uma acuidade visual cor- respondente.
[0106] No caso da fase de distorção, o tamanho do optótipo é defi- nido na primeira iteração das etapas c), d) e e). É determinado depen- dendo do alvo de performance visual. Se forem efetuadas outras itera- ções das etapas, o tamanho do optótipo permanece o mesmo.
[0107] Por consequência, no caso da fase de distorção, a etapa c) é repetida com o mesmo optótipo.
[0108] Na etapa d), é avaliada a performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico. Por exemplo, na etapa d) da fase de distorção, é determinada uma performance visual atual do indivíduo em relação ao atual optótipo.
[0109] Isso é feito, por exemplo, através de um teste de acuidade visual como descrito em seguida ou com um teste de percepção subje- tiva para determinação do nível de percepção, como por exemplo um teste avaliando se a letra é reconhecida ou não reconhecida ou vista ou não vista. Qualquer teste de percepção visual ou teste de acuidade co- nhecido pode ser efetuado.
[0110] Na etapa e), é adicionado um valor de alteração de potência óptica esférica ao sistema óptico, o referido valor de alteração sendo positivo.
[0111] A potência esférica do sistema óptico colocado em frente do indivíduo é, por consequência, modificada adicionando um incremento de potência de desfocagem positiva em frente do olho do indivíduo. Isso pode ser feito quer adicionando uma lente com uma potência esférica igual ao incremento quer modificando a potência esférica de uma lente líquida.
[0112] O incremento de potência esférica adicionado é determinado dependendo do alvo de performance visual. Igualmente, leva preferen- cialmente em conta a atual performance visual determinada na etapa d).
[0113] Finalmente, esse incremento de potência esférica é aplicado ao sistema óptico em uma etapa de desfocagem.
[0114] O alvo de desfocagem e, por consequência, a determinação do incremento na potência esférica do sistema óptico podem, por exem- plo, ser alcançados levando em conta qualquer um dos diversos mode- los para determinar os limiares de visão: Lowery, Shah. Esses modelos são apresentados nas seguintes publicações: Lowery, J. P.; Hayes, J. R.; Sis, M.; Griffith, A.; Taylor, D. “Pacific Acuity Test: Testability, Vali- dity, and Interobserver Reliability.” Optometry and Vision Science 2014, 91,76 a 85 e Shah, N.; Dakin, S. C.; Whitaker, H. L.; Anderson, R. S. “Effect of Scoring and Termination Rules on Test-Retest Variability of a Novel High-Pass Letter Acuity Chart.” Investigative ophthalmology & vi- sual science, 2014, 55, 1386 a 1392.
[0115] É possível usar outros modelos. Alguns modelos podem ser estabelecidos, por exemplo, por um tratamento estatístico de dados co- letados enquanto são efetuadas fases de distorção/remoção da distor- ção.
[0116] Esses modelos preveem a performance visual, por exemplo, a acuidade visual observada em diferentes categorias de indivíduo como uma função da potência de desfocagem da lente colocada em frente do olho do indivíduo. Os exemplos desses dados são mostrados nas figuras 8 e 9.
[0117] Em cada caso, a potência de desfocagem determinada pode ser aplicada ao sistema óptico em uma etapa ou em diversas etapas. À vantagem da aplicação da potência de desfocagem em diferentes eta- pas é que a determinação inicial do nível de desfocagem do olho quando a visão é distorcida é menos exata que a determinação do nível de des- focagem do olho nas etapas subsequentes, quando a visão é menos distorcida. As etapas subsequentes permitem uma maior exatidão para atingir o alvo predeterminado de performance visual sem ultrapassar esse alvo.
[0118] De acordo com a invenção, os modelos podem igualmente ser criados graças a algoritmos de aprendizado por computador. Por exemplo, a propensão do ambiente, como por exemplo o reflexo de luz da tela de visualização ou más condições de iluminação, pode ser de- tectada e levada em conta através desses algoritmos de aprendizado por computador.
[0119] Graças à relação estabelecida entre a acuidade visual e a potência de desfocagem, através de uma curva como as da figura 7, 8 ou 9 ou graças a uma tabela, o atual nível de desfocagem do olho, cor- respondendo à atual potência de desfocagem do sistema óptico, pode ser deduzido desde o atual valor de acuidade visual. Similarmente, pode ser deduzido um alvo de potência de desfocagem do alvo de acuidade visual. A diferença entre o alvo de potência de desfocagem e a atual potência de desfocagem fornece o incremento necessário na potência de desfocagem.
[0120] O critério de paragem pode ser objetivo (p. ex., acuidade vi- sual) ou subjetivo (visto/não visto).
[0121] Praticamente, no exemplo aqui descrito, para a fase de dis- torção, a desfocagem é feita através de iterações até ser atingido um nível alvo de distorção, o referido nível de alvo sendo tipicamente defi- nido por uma performance visual alvo.
[0122] A modificação da potência óptica esférica do dispositivo óp- tico que é disposto em frente do olho do indivíduo a ser testado é feita por iterações/etapas. É possível considerar uma etapa ou uma plurali- dade de etapas.
[0123] Por exemplo, de acordo com os dois pontos representados na figura 1, o segundo ponto - o último — correspondendo a uma desfo- cagem tendo atingido o nível alvo para a distorção. É importante enten- der que a palavra “atingir” tem de ser entendida como uma atual desfo- cagem sendo próxima ou igual ou superior, de acordo com o caso, à desfocagem alvo.
[0124] Na prática, o nível de distorção atingido é estimado com base na performance visual do indivíduo, por exemplo, baseado na acuidade visual do indivíduo tendo sua visão distorcida. É considerado que o nível alvo de distorção foi atingido quando o nível de distorção atingido se encontra em uma gama de incerteza em relação ao nível alvo de distor- ção. A gama de incerteza sobre a potência de desfocagem colocada em frente do olho do indivíduo depende do alvo de acuidade visual, como mostrado nas figuras 10 e 11. Isso se deve a efeitos de ampliação da lente e à dificuldade de percepção do indivíduo quando a visão é distor- cida.
[0125] Por exemplo, para um alvo de acuidade visual de 2/10º, a gama de incerteza é de cerca de 0,5 dioptrias, ao passo que para um alvo de acuidade visual de 8/10º, a gama de incerteza é de cerca de 0,2 dioptrias.
[0126] É igualmente importante entender que a curva da figura 7 na qual os pontos são considerados foi obtida durante estudos em uma população de indivíduos e, preferencialmente, essa curva é uma curva ajustada com base nos resultados desses estudos e, preferencialmente melhor, em uma curva matemática que é computada desde uma equa- ção matemática formulada desde os resultados desses estudos.
[0127] A existência dessa equação matemática pode ser útil na im- plementação de um sistema automatizado, os pontos sendo computa- dos desde a equação. Em uma implementação simplificada, é possível predeterminar e buscar tabelas de pontos quando são executados os processos de distorção ou remoção da distorção. Mais à frente será descrito mais sobre a curva.
[0128] Em vez de uma equação matemática, pode ser usada uma tabela.
[0129] Ainda praticamente, o indivíduo se encontra em frente de um display apresentando optótipos com o dispositivo óptico através do qual o display é visto junto de seu olho testado.
[0130] Por exemplo, durante uma iteração do display, o indivíduo deve indicar o optótipo que não consegue reconhecer ou o último que consegue reconhecer. Na figura 2, são representados três exemplos de optótipos correspondendo a níveis de acuidade visual decrescentes atingidos, ou seja, correspondendo a níveis de acuidade visual inferio- res atingidos, da esquerda para a direita.
[0131] Como um exemplo de implementação do processo de distor- ção em um sistema adaptado para o processo: 1) O indivíduo fixa um alvo de desvanecimento, 2) o profissional anuncia a linha de direção ao indivíduo, 3) o profissional aumenta progressivamente a esfera de distor- ção clicando na resposta do indivíduo no caso de a implementação não ser totalmente automatizada.
[0132] A questão a fazer ao indivíduo pode ser: “Consegue ler a le- tra apresentada no quadro/na parede? Agora, colocarei lentes em frente de seu(s) olho(s). Por favor, me diga quando não reconhecer mais a letra ou quando ficar demasiado distorcida/turva para ser visível.”
[0133] As instruções para o profissional podem ser: “Para controlar a acomodação, degrade a visão do indivíduo até uma acuidade visual fixa, depois pergunte como a letra é percebida e valide a resposta do indivíduo como indicado clicando no botão correspon- dente do sistema.” As respostas possíveis que podem ser consideradas são: - a letra é vista e reconhecida; - a letra é vista, mas não é reconhecida; - a letra é imperceptível.
[0134] As instruções para o profissional podem continuar com: “Continue até ao fim do teste para obter a medida precisa do valor de embaçamento.
Para cancelar a última resposta dada, clique no botão. Para voltar ao início do teste, clique no botão.”
[0135] O profissional pode usar um sistema computorizado que apresente uma imagem como a da figura 3 para introdução de resulta- dos de ensaios durante o processo. É igualmente possível adaptar o sistema às necessidades. Por exemplo, existe um écran de boas-vindas do sistema que permite escolher a acuidade visual alvo: 0,2 lIogMAR ou 0,4 IOogMAR ou 0,7 lIogMAR ou 1,0 IogMAR. É igualmente possível mu- dar o tipo de letra para evitar artefatos de memorização.
[0136] Nesse caso, preferencialmente, a imagem apresentada se situa a uma distância fixa de 6 metros do indivíduo. Por consequência, o ângulo de resolução de um dado optótipo apresentado depende so- mente do respetivo tamanho no display.
[0137] Além do mais, o tamanho do optótipo pode ser ajustado de- pendendo da respetiva distância em relação ao olho para determinar com exatidão a acuidade visual.
[0138] O optótipo é, preferencialmente, um alvo visual tipo desva- necimento que permite uma avaliação rápida da desfocagem e com um método que é facilmente entendível pelo indivíduo.
[0139] Os alvos de “Optótipo de Desvanecimento” foram primeiro descritos por Howland et al. em 1978. Esses optótipos têm um falso de- senho passa-alto de modo que a luminância média do alvo seja a mesma do fundo. Desse modo, os estímulos desaparecem pouco tempo após ser atingido o limiar de resolução.
[0140] O centro do optótipo é preto (contraste de 100%) com um perímetro branco (contraste de 0%) e o fundo do teste é cinza (contraste de 50%), a espessura do perímetro é metade da espessura do centro preto.
[0141] Nesse caso, o contraste é definido como a diferença em lu- minância entre a zona considerada e respetivas imediações, dividida pela luminância das referidas imediações.
[0142] Um contraste de 100% indica que a zona é o mais preta pos- sível.
[0143] Um contraste de 0% indica que a zona é o mais branca pos- sível.
[0144] Um contraste de 50% indica que a zona é um cinza intermé- dio.
[0145] Em um optótipo de desvanecimento, a luminância média do optótipo incluindo o respetivo contorno é igual à luminância do fundo do optótipo.
[0146] Para a percepção visual ou apreciação da performance ou avaliação da acuidade visual, é preferível apresentar ao indivíduo um tamanho de letra ligeiramente diferente do correspondente à acuidade visual alvo de um contraste de 100%. São usados quadros ou caracte- res de apresentação, cada um composto por uma única letra de diferen- tes tamanhos, por exemplo, “N” para 0,3 logMAR; “Z” em 0,5 logMAR e “V" em 0,7 logMAR como representado na figura 2.
[0147] Em outras implementações, os alvos podem ser diferentes, em particular com diferentes frequências espaciais ou um tipo diferente de símbolos (C de Landolt, letras de Sloan, números, optótipos para cri- anças). Outros optótipos de desvanecimento são conhecidos, por exem- plo, optótipos de Auckland para crianças, ou como visto em Frisén L. “Vanishing Optotypes New Type of Acuity Test Letters." Arch Ophthal- mol. 1986.
[0148] Dependendo da performance visual alvo, é necessário adap- tar a incrementação ou, mais geralmente, a iteração em dioptrias 5 da potência óptica da lente de distorção em cada iteração.
[0149] Essa quantidade de incrementação ou iteração é definida de modo que um indivíduo perceba uma diferença para cada lente passada em frente dos olhos, e corresponde igualmente à variabilidade da medi- ção da performance visual realizada com diferentes níveis de distorção.
[0150] A determinação precisa do nível de distorção é teoricamente feita passando um mínimo de 3 lentes somente em frente dos olhos do usuário, e isso para cada tamanho de letra. O número de iteração é preferencialmente compreendido entre O e 3, correspondendo a um pro- cesso com somente uma etapa até 4 etapas.
[0151] O número de etapas depende das condições iniciais do mé- todo de distorção. Se inicialmente a visão do indivíduo já for distorcida (por exemplo, um indivíduo miópico sem correção), serão necessárias menos de 3 etapas, ao passo que, se for colocada uma lente com uma potência excessivamente negativa em frente dos olhos, poderão ser ne- cessárias mais etapas para a desfocagem do olho do indivíduo.
[0152] Abaixo, é apresentada uma tabela sumarizando as caracte- rísticas do alvo e a lente de distorção a ser proposta de acordo com a performance visual (alvo) desejada. Performance Visual Tamanho da letra de des- Lente de distorção Alvo (distorção) vanecimento apresentada Et: d - apa ce po Potência óptica queno/grande incre- logMAR decimal logMar adicionada final** mento (em dioptrias) (em dioptrias) 0,80 o1 0,2/0,3* 0,05/0,15* 03 0,40 0,4 0,15/0,45 0,20 o,7 0,35/1,05 21 0,10 1,0 0,55 / 1,65 3,25 *A escolha da etapa 0,20 à se baseia no fato de a literatura descrever que o olho humano pode detectar um deslocamento de foco monocular desse valor. Dadas as experiências feitas com esse valor, foi decidido que pode igualmente ser possível usar em alternativa uma etapa de 0,30 ô com a finalidade de gerar mais diferença em cada etapa permane- cendo ao mesmo tempo consistente em relação à variabilidade real da medição. **para um indivíduo sem nenhum astigmatismo e com correção perfeita antes da fase de distorção.
[0153] O grande incremento de potência óptica esférica é usado ti- picamente para a primeira etapa de modificação da potência óptica, uma vez que na maior parte do tempo o paciente vê bem através do sistema óptico no início do teste. Iterações subsequentes podem usar o incre- mento pequeno ou grande dependendo da atual performance visual de- terminada com a atual potência óptica esférica. A última iteração usa preferencialmente o incremento pequeno.
[0154] A Figura 1 mostra um exemplo do ajustamento do incre- mento como uma função de tempo.
[0155] Por exemplo, pode ser realizada uma medida de refração ob- jetiva antes da implementação da fase de distorção para fornecer um valor inicial da refração do olho do indivíduo. Se esse valor de refração objetivo for próximo do valor de refração subjetivo, o primeiro optótipo apresentado ao indivíduo corresponde a essa refração objetiva e é, por consequência, corretamente identificado pelo indivíduo.
[0156] Em seguida, uma lente com uma potência de desfocagem é colocada em frente dos olhos do indivíduo, com um incremento elevado, por exemplo, 0,45 dioptrias para um alvo de acuidade visual de 0,4 log- MAR, opcionalmente repetido.
[0157] Em seguida, o indivíduo identificará o optótipo, mas indica que é ligeiramente distorcido. A potência de desfocagem da lente (con- junto de lentes ou lente líquida ajustável) será aumentada com um in- cremento menor, por exemplo, 0,15 dioptrias.
[0158] Quando o indivíduo indica que já não vê o optótipo, a fase de distorção termina.
[0159] Se o indivíduo tiver miopia e não usar lentes de correção, sua visão já é distorcida no início da fase de distorção. Para alcançar a fase de distorção, serão requeridas menos etapas.
[0160] Para o processo de remoção da distorção, é considerado o seguinte: 1) o pedido ao indivíduo para olhar para/encarar/fixar um estí- mulo visual “de uma forma interativa”, 2) a modificação do nível de focalização em n etapas, n sendo inferior aos métodos padrão de acordo com a estimação personalizada como uma função da performance visual do indivíduo; preferencial- mente, n é compreendido entre uma e três etapas; 3) a existência de um critério de paragem definindo que o nível bom/alvo de focalização ou de performance visual foi atingido.
[0161] Forma interativa significa que é pedido ao indivíduo para ler ou descrever os optótipos vistos.
[0162] Na prática, o estímulo visual é o optótipo apresentado na etapa b). A descrição da percepção do estímulo visual, como detalhado mais à frente, permite a avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico na etapa d).
[0163] Nesse caso, é suposto que a visão do indivíduo seja inicial- mente distorcida, quer por uma etapa de distorção efetuada antes ou devido a um defeito de visão do olho sem compensação.
[0164] Na etapa a), é determinado um valor alvo de performance visual. Nesse caso, corresponde a um alvo de focagem. Como mencio- nado em seguida, o alvo de performance visual pode ser determinado de acordo com diferentes critérios, incluindo critérios ligados ao próprio indivíduo, possibilitando a customização do método. Nesse caso, a per- formance de acuidade visual é uma performance a ser atingida para ga- rantir uma visão ótima para o indivíduo, se necessário com lentes de correção.
[0165] Na fase de remoção da distorção, as etapas c) a e) são tipi- camente repetidas em diversas iterações. Além do mais, a etapa b) é igualmente repetida.
[0166] Na primeira etapa b) efetuada, o tamanho do optótipo apre- sentado na etapa c) é determinado dependendo somente do alvo de performance visual. Em alternativa, pode ser um optótipo de tamanho fixo ou ser determinado desde o valor de acuidade alvo do anterior teste de distorção.
[0167] Em cada etapa d), é determinado um atual valor da perfor- mance visual. Isso é feito, por exemplo, através de um teste de acuidade visual baseado na descrição pelo indivíduo de sua percepção do optó- tipo atualmente apresentado. É possível usar qualquer teste de acui- dade bem conhecido.
[0168] Na etapa e), o incremento negativo na potência esférica do sistema óptico colocado em frente do indivíduo é determinado levando em conta o alvo de performance visual determinado na etapa a). Igual- mente, pode preferencialmente levar em conta o atual valor da perfor- mance visual determinada na etapa d).
[0169] Na iteração seguinte, na etapa b), pode ser determinado um optótipo modificado, baseado no alvo de performance visual. Preferen- cialmente, esse optótipo modificado leva igualmente em conta o atual valor da performance visual determinado pelo menos na anterior etapa d).
[0170] Na fase de remoção da distorção, os optótipos compreen- dem preferencialmente duas linhas de um dado número de letras de um tamanho predeterminado correspondendo a uma acuidade visual.
[0171] Cada linha compreende, por exemplo, 1 a 10 letras.
[0172] As letras de cada linha têm um tamanho predeterminado. Os tamanhos das letras de cada uma das duas linhas são usualmente dife- rentes.
[0173] Por consequência, na etapa e), o tamanho do optótipo deter- minado pode corresponder ao tamanho de somente uma linha de letras. Na etapa e), o número de letras ou sinais por linha, o número de linhas e a diferença no tamanho entre duas linhas adjacentes podem igual- mente ser determinados com base no alvo de performance visual. Igual- mente, podem levar em conta o atual valor da performance visual deter- minado pelo menos na anterior etapa d).
[0174] Em particular, na etapa b), - é determinada uma incerteza sobre a performance visual para uma atual potência de desfocagem do sistema óptico, - são determinadas duas linhas dos referidos optótipos, o número de letras ou sinais por linha, o número de linhas, a diferença no tamanho entre duas linhas adjacentes sendo determinados com base na referida incerteza sobre a acuidade visual.
[0175] Dessa forma, o número de letras ou sinais por linha, o nú- mero de linhas e a diferença no tamanho entre duas linhas adjacentes podem igualmente ser determinados com base na incerteza sobre a acuidade visual para uma atual potência de desfocagem do sistema óp- tico.
[0176] Se a incerteza for superior a um dado limiar, a diferença no tamanho entre as duas linhas pode ser aumentada, ou o número de letras pode ser diminuído.
[0177] Se a incerteza for inferior a outro dado limiar, a diferença no tamanho entre as duas linhas pode ser diminuída, ou o número de letras pode ser aumentado.
[0178] Por exemplo, para uma etapa inicial de determinação da acuidade visual, é suposto que a visão do indivíduo seja distorcida, e é mais complicado efetuar as medições de acuidade visual em compara- ção com quando a visão do indivíduo é menos distorcida.
[0179] Para um nível de desfocagem do olho de 1,5 dioptrias, a gama de incerteza de acuidade é de 0,2 lIogMAR, pelo que a diferença no tamanho entre as duas linhas adjacentes pode ser de 0,2 logMAR: por exemplo, um tamanho de 0,5 lIogMAR e 0,7 lIogMAR respectiva- mente para a primeira e a segunda linhas.
[0180] Para uma desfocagem de 0,5 dioptrias, a gama de incerteza de acuidade é de 0,1 IogMAR, pelo que a diferença no tamanho entre as duas linhas adjacentes pode ser de 0,1 IogMAR. Além do mais, é possível apresentar mais letras em cada linha para ter uma medição mais precisa.
[0181] Para a fase de remoção da distorção (ou desembaçamento), é escolhida uma meta de focagem predefinida a cumprir para o exame do indivíduo e é disposto um optótipo em frente do indivíduo.
[0182] Essa meta de focagem predefinida corresponde à, ou seja, é determinada com base na, acuidade visual alvo.
[0183] Em seguida, são descritos em mais detalhe exemplos do processo de remoção da distorção.
[0184] A remoção da distorção da invenção é um processo simples permitindo a procura da esfera pela medição da performance visual quando o sistema visual se encontra na situação de desfocagem. Para isso, o profissional efetuará uma medição de performance visual, ou seja, determinará, por exemplo, a acuidade visual, e a remoção da dis- torção será automaticamente efetuada de acordo com o estado de des- focagem estimado com base na acuidade visual determinada.
[0185] Tipicamente, na etapa a), o valor da meta de focagem pre- definida, igualmente denominado em seguida alvo de acuidade visual ou alvo de focagem, é fixo em um valor de acuidade visual igual a 10/10º. Por consequência, o conjunto final de optótipos apresentado no fim do método de remoção da distorção deve testar a visão para essa acuidade visual.
[0186] O alvo de acuidade visual pode ser adaptado dependendo do propósito dessa fase de remoção da distorção no exame do olho do indivíduo, por exemplo.
[0187] Na verdade, pode ser diferente se a fase de remoção da dis- torção for efetuada antes da checagem da refração esférica do olho com outro teste, antes da checagem do astigmatismo do olho, por exemplo, cilindro e/ou eixo do olho, ou antes da realização de um último teste antes da prescrição da correção de refração.
[0188] Antes da checagem da refração esférica do olho com outro teste, o alvo de performance visual pode ser uma acuidade visual com ainda uma ligeira distorção de 8/10º, por exemplo.
[0189] Antes da checagem do astigmatismo do olho, o alvo de per- formance visual pode ser uma acuidade visual correspondendo a uma ausência de distorção sem nenhuma acomodação, por exemplo, de 10/10º.
[0190] Antes da realização de um último teste antes da prescrição da correção de refração, o alvo de performance visual pode ser definido para um valor máximo, por exemplo, 12/10º, correspondendo à acui- dade visual máxima média.
[0191] O valor do alvo de performance visual pode igualmente ser adaptado dependendo de particularidades pessoais do indivíduo, como por exemplo a acuidade máxima estimada do indivíduo. Essa acuidade visual máxima pode ser estimada dependendo da idade, da ametropia, de origens geográficas do indivíduo e do histórico ocular do indivíduo, como por exemplo doenças oculares (cataratas), prescrições anteriores, etc.
[0192] Na verdade, a acuidade visual é conhecida por diminuir à medida que a idade do indivíduo aumenta devido a uma diminuição da transparência do olho e uma menor eficiência no tratamento do sinal desde a retina.
[0193] O alvo de acuidade visual pode, por exemplo, ser definido para 8/10º para uma pessoa sênior com mais de 60 anos e 12/10º para jovens adultos.
[0194] É igualmente conhecido que a anatomia ocular é ligeira- mente diferente dependendo das origens geográficas do indivíduo, como é conhecido desde Blake, CR; Lai, WW; Edward, DP em “Racial and Ethnic Differences in Ocular Anatomy.” International ophthalmology,
2003. O alvo de acuidade visual para indivíduos asiáticos pode ser de- finido como 8/10º, uma vez que isso é o valor máximo médio observado para indivíduos com essas origens. O alvo de acuidade visual seria de- finido para 10/10º para indivíduos caucasianos.
[0195] A acuidade visual de um indivíduo depende igualmente do diâmetro da pupila: a acuidade visual máxima que pode ser atingida au- menta com um maior diâmetro da pupila até um diâmetro da pupila de 3 milímetros, depois diminui lentamente para um diâmetro da pupila com mais de 3 milímetros, devido às aberrações ópticas, e estabiliza até um valor intermédio. Por consequência, o alvo de acuidade visual pode ser determinado dependendo do diâmetro da pupila nas condições de ilu- minação do processo.
[0196] A ametropia tem igualmente uma influência, como discutido nos seguintes parágrafos, uma vez que a lente de correção usada em frente do olho durante o método de acordo com a invenção tenderá a aumentar ou diminuir o tamanho dos optótipos. Por consequência, o alvo de acuidade visual pode ser menor para indivíduos com miopia, uma vez que a lente de correção diminuirá o tamanho do optótipo, e maior para indivíduos com hiperopia, uma vez que a lente de correção tenderá a aumentar o tamanho do optótipo.
[0197] O valor do alvo de performance visual pode igualmente ser determinado dependendo de parâmetros ambientais, como por exemplo parâmetros da configuração de medição. As condições de iluminação podem, por exemplo, ter um impacto: o contraste do optótipo e, por con- sequência, sua percepção são modificados pela iluminação.
[0198] Por exemplo, o mesmo pode depender da distância entre o olho do indivíduo e o sistema óptico compreendendo lentes de distor- ção/remoção da distorção e/ou lentes de correção colocadas em frente do olho do indivíduo.
[0199] Essa distância pode, na realidade, influenciar a ampliação óptica através do sistema óptico e, por consequência, a acuidade visual determinada.
[0200] Uma lente convexa aumenta um objeto visto através de sua lente convexa, ao passo que uma lente côncava encolhe o mesmo ob- jeto visto através da lente côncava. Em outras palavras, a imagem de um objeto visto através de uma lente convexa é maior que o objeto real, ao passo que a imagem de um objeto visto através de uma lente côn- cava é menor.
[0201] O efeito (aumento ou encolhimento) depende da potência e/ou largura da lente, bem como da distância entre a lente e o olho do indivíduo. Por exemplo, um indivíduo com um elevado grau de miopia, com uma lente de correção de -8 dioptrias colocada a 20 milímetros do olho do indivíduo teria um alvo de acuidade visual de cerca de 8/10º ou 10/10º se a lente fosse colocada a 10 milímetros do olho, ao passo que, para um indivíduo com hiperopia, o alvo de acuidade visual pode ser definido em 12/10º, uma vez que a lente de correção colocada em frente do olho aumenta a imagem do objeto.
[0202] É preferido efetuar a fase de remoção da distorção em três iterações quando a visão do indivíduo foi anteriormente distorcida para uma acuidade visual de 0,4 lIogMAR. Todavia, esse método de remoção da distorção pode ser adaptado de acordo com o nível de distorção ini- cial atingido após a fase de distorção, a performance visual alvo, etc. É preferida uma fase de remoção da distorção efetuada em uma a cinco etapas.
[0203] O principal objetivo disso é que o indivíduo atinja uma per- formance visual predefinida usando somente três lentes de remoção da distorção ou em um número predeterminado de lentes de remoção da distorção e não um número variável de lentes de remoção da distorção como no método padrão.
[0204] Para esse propósito: 1) O indivíduo fixa uma gravura de acuidade visual, como por exemplo a representada na figura 5 e apresentando optótipos. 2) A acuidade visual é avaliada através de uma validação de uma linha quando 4 de 5 letras dessa linha são corretamente lidas/entendidas, a linha correspondendo à acuidade visual avaliada. 3) Automaticamente, a lente de remoção de distorção é colocada em frente do(s) olho(s) do indivíduo e é apresentada a gravura de acuidade visual correspondendo à performance alvo. 4) É apresentada uma nova gravura de acuidade visual. 5) Se a performance visual alvo não for atingida, o profissional reavalia a performance visual até ser atingido o resultado esperado.
[0205] Preferencialmente, como já mencionado, durante a remoção da distorção, são apresentadas duas linhas de um dado número de op- tótipos. O tamanho dos optótipos de cada linha corresponde a uma acui- dade visual diferente.
[0206] Durante esse processo iterativo, podem ser direcionadas as seguintes instruções para o indivíduo: “Qual a linha menor de letras que consegue decifrar mesmo que seja pouco clara: sem piscar e sem fe- char o olho.”
[0207] Se forem apresentadas duas linhas de optótipos, as instru- ções podem ser: “Consegue ler a linha inferior? Se não, consegue ler a linha superior?”
[0208] No caso de não ser possível atingir o valor alvo da perfor- mance visual, ou seja, o atual valor de performance visual permanecer estável ou se afastar do valor alvo (sendo atingido um valor extremo da performance visual), é parada a repetição das etapas c) a f).
[0209] Nesse caso, as potências ópticas esféricas negativas suces- sivamente adicionadas determinadas na etapa e) para todas as repeti- ções antes da estabilização ou do desvio em relação ao valor alvo são somadas umas às outras para definir uma potência óptica esférica de remoção de distorção que fornece a melhor acuidade visual.
[0210] Essa potência óptica esférica de remoção de distorção é o valor da correção de refração esférica necessária ou, em outras pala- vras, a correção de refração esférica que fornece a melhor acuidade visual ao indivíduo.
[0211] Por seu lado, o profissional pode ter de seguir as seguintes instruções: “Aproxime a esfera com precisão. Peça para ler a linha de letras. Continue até concluir a barra de progresso. O teste termina quando o indivíduo atinge uma acuidade visual de pelo menos 10/10º. Se neces- Sário, modifique manualmente a esfera. Valide a resposta do indivíduo como indicado clicando nos botões cor- respondentes. As respostas possíveis são: - Todas as linhas são lidas - Parte das linhas é lida - Nenhuma linha é lida A esfera e a gravura de nitidez são depois modificadas de modo que o indivíduo obtenha uma acuidade visual superior a 10/10º. Igualmente, pode mudar a esfera manualmente com os botões correspondentes. Continue dessa forma até sair do teste para se aproximar da esfera.
Para cancelar a última resposta, pressione o botão correspondente. Para voltar ao início do teste, pressione o botão correspondente. Para abrir as secções detalhando o progresso do teste, clique no botão cor- respondente. Para cancelar a última resposta dada, pressione o botão correspon- dente. Para voltar ao início do teste, pressione o botão. Para abrir as seções detalhando o progresso do teste, clique no botão correspondente.”
[0212] O profissional pode usar um sistema computorizado que apresente uma imagem como a da figura 6 para introdução de resulta- dos durante o processo. Isso pode igualmente ser usado pelo indivíduo para introduzir diretamente os resultados no sistema computorizado.
[0213] É igualmente possível customizar o sistema. Em particular, é possível escolher o alvo de performance visual até ao qual é possível levar o indivíduo. É igualmente possível efetuar uma mudança aleatória dos optótipos para evitar os efeitos de memorização.
[0214] Em seguida, é explicado como as quantidades de mudança de potência óptica do dispositivo óptico em cada iteração para os pro- cessos de distorção e remoção da distorção foram determinadas.
[0215] A literatura científica apresenta inúmeros documentos des- crevendo leis que correlacionam a performance visual alcançada com diferentes tipos e níveis de desfocagem. O método da invenção se ba- seia nessas leis, calculando a lente de remoção da distorção a ser pro- posta de acordo com a performance visual medida e a performance vi- sual alvo que se espera alcançar em algumas etapas.
[0216] Diversos autores descreveram modelos para estimação do nível de desfocagem do sistema visual como uma função de acuidade visual medida. Os mais famosos são Swaine, Raasch, Blendowske e Gomez.
[0217] A etapa de focagem e, por consequência, a determinação do incremento na potência esférica do sistema óptico podem ser alcança- das levando em conta qualquer um dos diversos modelos para determi- nar os limiares de visão. Esses modelos são descritos nas seguintes publicações: W. Swaine, “The relation of visual acuity and accommoda- tion to ametropia” Optician (1925); R. Blendowske, “Unaided visual acuity and blur: a simple model” Optom. Vis. Sci. 92, e121 a e125 (2015); T. W. Raasch, “Spherocylindrical refractive errors and visual acuity” Optom. Vis. Sci. 72, 272 a 275 (1995); J. Gomez-Pedrero e J. Alonso, “Phenomenological model of visual acuity”, J Biomed Opt 21(12) 125005 (2016).
[0218] Esses modelos se baseiam em critérios diferentes e não são universais.
[0219] De acordo com a invenção, as quantidades de mudança de potência óptica do dispositivo óptico em cada iteração para os proces- sos de distorção e remoção da distorção podem levar em conta diferen- tes parâmetros, como por exemplo particularidades visuais: astigma- tismo, eixo, diâmetro da pupila, particularidades pessoais, como idade ou sexo, ou ambientais, como condições de iluminação.
[0220] De acordo com a invenção, é proposto usar um modelo re- presentado na figura 7 com, na vertical, a desfocagem à e, na horizontal, a acuidade visual AV (logMAR). Esse modelo da figura 7 segue a lei de Swaine para níveis de desfocagem muito baixos (0 5 a 0,5 5), a lei de Gomez para pequenos níveis de desfocagem (0,5 5 a 1,755) e a lei de Blendoswke para os níveis de desfocagem fortes (> 1,755).
[0221] Esse modelo da figura 7 foi aproximado com a seguinte equação: Desfocagem esférica do olho = -2,2236 (VA)? + 4,7411 (VA)? + 0,263 (VA) + 0,2039 em que VA = Acuidade Visual (em logMAR).
[0222] Essa equação é usada no sistema automatizado para com- putação da quantidade adicionada ou subtraída de potência óptica para o dispositivo óptico em cada iteração dos processos.
[0223] Novamente, o principal objetivo é que os indivíduos atinjam uma acuidade visual predefinida passando por um número definido de lentes de remoção da distorção e não um número variável como no mé- todo padrão.
[0224] Para isso, o método proposto compreende a determinação da acuidade visual do indivíduo, estimando o estado de desfocagem es- férica do olho do indivíduo seguindo a etapa de distorção usando a equação mencionada acima e a acuidade visual determinada. O cálculo das potências das lentes de remoção da distorção a serem usadas é efetuado para alcançar acuidades intermédias permitindo uma melhor estimativa do valor do estado de desfocagem.
[0225] Como um exemplo, é usado um valor reduzido (70%) da lente de remoção da distorção efetiva calculado para ser recomendado para alcançar a performance visual visada de modo a não obter um valor demasiado côncavo. Os valores esféricos foram calculados e depois ar- redondados para o centésimo de uma dioptria. Essa escolha depende igualmente da variabilidade da medição da performance visual distor- cida. Os valores esféricos foram calculados e depois arredondados para o décimo de uma dioptria.
[0226] O número de etapas depende das condições iniciais e do va- lor alvo de performance visual. Se a visão do indivíduo se encontrar re- almente distorcida inicialmente (por exemplo, um indivíduo muito mió- pico sem correção), serão necessárias 3 etapas, ao passo que, se co- meçar sem distorção, ou com pouca (indivíduo miópico com correção), são necessárias menos etapas, uma vez que será obtido o alvo de acui- dade visual.
[0227] Dependendo da performance visual com distorção e a per- formance visual que o profissional deseja alcançar, é recomendado efe- tuar o teste em inúmeras iterações/etapas (= Número de lentes de re- moção da distorção): de uma a cinco iterações e preferencialmente duas ou três iterações.
[0228] Como exemplos para remoção da distorção: Iniciar a distorção em 1,0 IogMAR e com três iterações/etapas: 1) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,4 logMAR 2) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,0 logMAR 3) Remover a distorção 100% do valor para atingir 0,0 lIogMAR (se não atingido anteriormente) Iniciar a distorção em 0,7 lIogMAR e com três iterações/etapas: 1) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,3 logMAR 2) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,0 logMAR 3) Remover a distorção 100% do valor para atingir 0,0 logMAR (se não atingido anteriormente) Início da distorção em 0,4 lIogMAR e com duas iterações/etapas: 1) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,0 logMAR 2) Remover a distorção 100% do valor para atingir 0,0 logMAR (se não atingido anteriormente)
[0229] Se a acuidade inicial se encontrar em 0,2 IogMAR, a mesma é feita somente com uma lente de remoção da distorção: 1) Remover a distorção 70% do valor para atingir 0,0 logMAR
[0230] Como outro exemplo, mas para a remoção da distorção: 1) Se a acuidade visual distorcida do indivíduo for de 0,7 IogMAR, então a remoção da distorção é feita com 0,91 à. 2) Se a acuidade visual distorcida do indivíduo for agora de 0,5 logMAR, então a remoção da distorção é feita com 0,73 ô. 3) Se a acuidade visual distorcida do indivíduo for de 0,1 IogMAR, a remoção da distorção é feita com 0,18 3.
[0231] A acuidade visual é de 0,0 IogMAR e somente foram neces- sárias três lentes para atingir a acuidade de 0,0 IogMAR.
[0232] Em um caso particular, no método de remoção da distorção, se não for atingido o alvo de acuidade visual, é proposto que o valor de alteração de potência óptica esférica adicionado na última etapa e) seja positivo para garantir que o indivíduo tem seu máximo de performance visual com a potência esférica máxima.
[0233] Por exemplo, se for medida a mesma acuidade visual para três potências diferentes da lente ou das lentes colocadas em frente do indivíduo, o método é parado e o primeiro valor de potência com a mesma acuidade é levado em conta para a determinação da necessi- dade de correção de refração esférica do indivíduo.
[0234] De acordo com outro exemplo, se a resposta do indivíduo indicar duas vezes que a acuidade visual é inferior à acuidade visual medida anteriormente, o método é parado e é levado em conta o pri- meiro valor de potência com a melhor acuidade visual.
[0235] De acordo com outro exemplo do método de acordo com a invenção, tem de ser alcançado um alvo de acuidade visual final de, por exemplo, 10/10º.
[0236] Em uma primeira modalidade: - quando a acuidade visual medida é inferior a 2/10º, um alvo de acui- dade visual intermédio é definido para 4/10º, correspondendo a uma pri- meira etapa em direção ao alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem correspondente é determinada com a equação Eq mencio- nada anteriormente e aplicada. Os optótipos com um tamanho corres- pondendo à acuidade visual 4/10º são apresentados; - quando a acuidade visual medida é superior a 2/10º e inferior a 4/10º, um alvo de acuidade visual intermédio é definido para 5/10º, correspon- dendo a uma primeira etapa em direção ao alvo de acuidade visual final.
A potência de desfocagem correspondente é determinada com a equa- ção Eq mencionada anteriormente e aplicada. Os optótipos com um ta- manho correspondendo à acuidade visual 5/10º são apresentados; - quando a acuidade visual medida é superior a 4/10º e inferior a 8/10º, o alvo de acuidade visual é referido como alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem correspondente é determinada com a equa- ção Eq mencionada anteriormente e aplicada. Os optótipos com um ta- manho correspondendo à acuidade visual final são apresentados; - quando a acuidade visual medida é superior a 8/10º, o alvo de acui- dade visual é referido como alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem é definida para 0,2 dioptrias e aplicada. Os optótipos com um tamanho correspondendo à acuidade visual final são apresentados.
[0237] Ao usar optótipos apresentados em duas linhas de diferentes tamanhos, os optótipos com o tamanho correspondendo à acuidade vi- sual procurados são colocados na linha inferior.
[0238] Em uma segunda modalidade: - quando a acuidade visual medida é superior a 2/10º e inferior a 4/10º, o alvo de acuidade visual é referido como alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem correspondente é determinada com a equa- ção Eq mencionada anteriormente e são aplicados 70% dessa potência de desfocagem. Os optótipos com um tamanho correspondendo à acui- dade visual final são apresentados; - quando a acuidade visual medida é superior a 4/10º e inferior a 8/10º, o alvo de acuidade visual é referido como alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem correspondente é determinada com a equa- ção Eq mencionada anteriormente e aplicada. Os optótipos com um ta- manho correspondendo à acuidade visual final são apresentados; - quando a acuidade visual medida é superior a 8/10º, o alvo de acui- dade visual é referido como alvo de acuidade visual final. A potência de desfocagem é definida para 0,2 dioptrias e aplicada. Os optótipos com um tamanho correspondendo à acuidade visual final são apresentados.
[0239] Um valor total máximo de potência de desfocagem é, por exemplo, 1,6 dioptrias.
[0240] Nos exemplos aqui descritos, o alvo de performance visual é um alvo de acuidade visual. Todavia, podem ser considerados outros alvos, como por exemplo: baixa acuidade de contraste, acuidade dinâ- mica, acuidade das crianças, velocidade de leitura, sensibilidade a con- trastes.
[0241] A potência esférica das lentes de correção necessária pelo indivíduo de modo a alcançar o alvo de performance de acuidade visual é determinada com base na potência esférica do sistema óptico no fim da fase de remoção da distorção, ou seja, quando é alcançado o alvo de performance visual.

Claims (18)

REIVINDICAÇÕES
1. Método para alterar a performance visual de um indivíduo usando um sistema óptico disposto em frente de, pelo menos, um olho do indivíduo e compreendendo as seguintes etapas sucessivas: b) determinar um optótipo; c) apresentar o optótipo determinado na etapa b) ao indivíduo de modo que o referido optótipo seja visível pelo indivíduo através do referido sistema óptico; d) avaliar a performance visual do indivíduo visualizando o op- tótipo apresentado na etapa c) através do sistema óptico; e) adicionar um valor de alteração de potência óptica esférica ao sistema óptico, o referido valor de alteração sendo positivo ou nega- tivo; caracterizado pelo fato de o método compreender, antes da etapa b): a) a escolha de um valor alvo de performance visual; e pelo fato de, na etapa c), o referido optótipo ter um tamanho que é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual; - na etapa e), o referido valor de alteração de potência óptica esférica é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda a etapa de: f) avaliar a performance visual do indivíduo após a etapa e), e definir o resultado dessa avaliação como um valor atual de performance visual, em que as etapas c), d), e) e f) são repetidas até o referido valor atual de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, e em que o referido valor de alteração de potência óptica esférica adici- onado ao sistema óptico na etapa e) é determinado como uma função do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato de que a meta da alteração é a distorção da visão do indivíduo, e em que o valor de alteração de potência óptica esférica é positivo, de modo a colocar o referido indivíduo em condições miópicas, com uma visão distorcida e uma acomodação relaxada.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o referido indivíduo usa uma correção oftálmica de modo a reconhecer o optótipo durante a etapa d).
5. Método, de acordo com a reivindicação 3 ou 4, caracteri- zado pelo fato de que compreende: - na etapa d): a pergunta ao indivíduo sobre se o referido op- tótipo é visível ou imperceptível através do referido sistema óptico; e - na etapa e): a adição de um valor de alteração positivo de potência óptica esférica, o referido valor de alteração sendo determi- nado como uma função da resposta do indivíduo, do valor de alteração anteriormente adicionado e do referido valor alvo de performance visual.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que, na etapa e), o referido valor de alteração é diferente se o indivíduo responder que: - vê e reconhece o optótipo; ou - vê e não reconhece o optótipo.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a6, caracterizado pelo fato de que o optótipo é um optótipo tipo des- vanecimento.
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que, na etapa a), o referido optótipo tipo desvanecimento é escolhido aleatoriamente entre as seguintes letras tipo desvanecimento: D,HKNRS Vez.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações
3 a 8, caracterizado pelo fato de que o método compreende igualmente f) avaliar a performance visual do indivíduo após a etapa e), e definir o resultado dessa avaliação como um valor atual de performance visual, em que as etapas c), d), e) e f) são repetidas até o referido valor atual de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, e em que o referido valor de alteração de potência óptica esférica adici- onado ao sistema óptico na etapa e) é determinado como uma função do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual, o tamanho do optótipo permanecendo o mesmo enquanto as etapas c), d), e) e f) são repetidas.
10. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato de que - o efeito da alteração consiste em remoção da distorção da visão do indivíduo de modo a atingir o referido valor alvo de performance visual para um ou ambos os olhos do indivíduo; - o referido sistema óptico inicialmente tem um valor de alte- ração adicionado de potência óptica esférica, como por exemplo o indi- víduo se encontrar inicialmente em condições miópicas, com uma visão distorcida e uma acomodação relaxada; - a avaliação da performance visual do indivíduo visualizando o optótipo através do sistema óptico na etapa d) permite a dedução de um nível de desfocagem do indivíduo; - o valor de alteração de potência óptica esférica adicionado na etapa e) é negativo para remoção da distorção da visão do indivíduo e é determinado desde o valor alvo de performance visual e desde o referido nível de desfocagem.
11. Método, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o referido nível de desfocagem e a referida performance visual são correlacionados através de uma fórmula matemática.
12. Método, de acordo com a reivindicação 10 ou 11, carac- terizado pelo fato de que o método compreende igualmente: f) avaliar a performance visual do indivíduo após a etapa e), e definir o resultado dessa avaliação como um valor atual de performance visual, em que as etapas c), d), e) e f) são repetidas até o referido valor atual de performance visual atingir o referido valor alvo de performance visual ou permanecer estável ou se afastar do valor alvo, e em que o referido valor de alteração de potência óptica esférica adici- onado ao sistema óptico na etapa e) é determinado dependendo do re- ferido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de per- formance visual, em que a etapa b) é repetida, e em cada etapa b), o tamanho do optótipo é determinado dependendo do referido valor alvo de performance visual e do referido valor atual de performance visual.
13. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações a 12, caracterizado pelo fato de que, na etapa b), - é determinada uma incerteza sobre a performance visual para uma atual potência de desfocagem do sistema óptico, - são determinadas duas linhas dos referidos optótipos, o número de letras ou sinais por linha, o número de linhas, a diferença no tamanho entre duas linhas adjacentes sendo determinados com base na referida incerteza sobre a acuidade visual.
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o referido valor do alvo de acui- dade visual determinado na etapa a) é adaptado dependendo de um dos seguintes: - propósito da fase de distorção ou remoção da distorção no exame do olho do indivíduo,
- particularidades pessoais do indivíduo, - parâmetros ambientais.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o referido valor do alvo de acui- dade visual é determinado na etapa a) levando em conta um modelo ligando o nível de desfocagem do olho à performance visual do olho, esse modelo sendo criado com base em dados coletados enquanto é efetuada a fase de distorção/remoção da distorção nos indivíduos e/ou graças a algoritmos de aprendizado por computador.
16. Método para medição de uma necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo, caracterizado pelo fato de que compreende: - a implementação de um método para distorção da visão do referido indivíduo; e - a implementação de um método para remoção da distorção da visão do referido indivíduo, como definido em qualquer uma das rei- vindicações 10 a 14, em combinação com a reivindicação 2, as referidas condições miópicas iniciais resultando da implementação do referido método para distorção, em que: - os valores de alteração negativos sucessivamente adiciona- dos de potência óptica esférica das iterações sucessivas da etapa e) são somados uns aos outros - até o referido valor atual de performance visual atingir o re- ferido valor alvo de performance visual, ou antes de o valor atual de performance visual permanecer estável ou se afastar do valor alvo, - para definição de uma potência óptica esférica de remoção da distorção; e - a necessidade de correção de refração esférica é determi-
nada com base na referida potência óptica esférica de remoção da dis- torção.
17. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o referido método para distorção é como definido em qualquer uma das reivindicações 3 a 9.
18. Sistema óptico para implementação de um método, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracteri- zado pelo fato de que compreende um dispositivo óptico sendo configu- rado para ser colocado em frente de pelo menos um olho do indivíduo e para conferir uma potência óptica esférica adicional a esse olho, em que a referida potência óptica esférica é ajustável.
BR112020015335-4A 2018-02-23 2019-02-22 Método para alteração da performance visual de um indivíduo, método para medição da necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo e sistema óptico para implementação desses métodos BR112020015335A2 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
EP18305195.2 2018-02-23
EP18305195.2A EP3530174A1 (en) 2018-02-23 2018-02-23 Method for altering the visual performance of a subject, method for measuring the spherical refraction correction need of a subject and optical system for implementing these methods
PCT/EP2019/054498 WO2019162476A1 (en) 2018-02-23 2019-02-22 Method for altering the visual performance of a subject, method for measuring the spherical refraction correction need of a subject and optical system for implementing these methods

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BR112020015335A2 true BR112020015335A2 (pt) 2020-12-08

Family

ID=61563322

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112020015335-4A BR112020015335A2 (pt) 2018-02-23 2019-02-22 Método para alteração da performance visual de um indivíduo, método para medição da necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo e sistema óptico para implementação desses métodos

Country Status (8)

Country Link
US (1) US20210106216A1 (pt)
EP (2) EP3530174A1 (pt)
JP (1) JP2021514716A (pt)
KR (1) KR20200123778A (pt)
CN (1) CN111712179B (pt)
BR (1) BR112020015335A2 (pt)
CA (1) CA3090051A1 (pt)
WO (1) WO2019162476A1 (pt)

Families Citing this family (9)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
USD938986S1 (en) 2019-09-17 2021-12-21 Lombart Brothers, Inc. Display screen or portion thereof with graphical user interface
US11779202B2 (en) * 2019-09-17 2023-10-10 Lombart Brothers, Inc. Systems and methods for automated subjective refractions
USD938485S1 (en) 2019-09-17 2021-12-14 Lombart Brothers, Inc. Display screen or portion thereof with graphical user interface
EP4033960A1 (en) * 2019-09-25 2022-08-03 Essilor International Apparatus and method for measuring at least one visual refraction feature of a subject
CN111904375A (zh) * 2020-07-13 2020-11-10 中山大学中山眼科中心 一种用于自测的视力表及其使用方法
CN112370236A (zh) * 2020-12-04 2021-02-19 四川上品未来信息技术有限公司 一种视力矫正方法及矫正设备
CN113712500B (zh) * 2021-08-23 2024-05-14 温州医科大学 一种一体式自应答全程视力测量系统及其测量方法
JP2023050904A (ja) * 2021-09-30 2023-04-11 スズキ株式会社 視認性情報取得装置の制御方法および視認性情報取得装置
USD1029878S1 (en) * 2022-01-06 2024-06-04 Gaeastar Gmbh Display screen or portion thereof with graphical user interface

Family Cites Families (8)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
CA2172471C (en) * 1995-03-29 1999-01-26 Hua Qi Apparatus for and method of simulating ocular optical system
EP1740346A4 (en) * 2004-02-20 2009-08-12 Ophthonix Inc SYSTEM AND METHOD FOR ANALYZING WAVE FRONT BERRATIONS
JP2006198286A (ja) * 2005-01-24 2006-08-03 Topcon Corp 視力表装置及び検眼装置
DE102014223341B4 (de) * 2014-11-14 2021-09-23 Carl Zeiss Vision International Gmbh Optische Sehhilfe, Verwendung einer optischen Sehhilfe, Verfahren, Computerprogramm und System für das Ermitteln einer gesuchten Parametrisierung der dioptrischen Wirkung einer optischen Sehhilfe
JP5923640B1 (ja) * 2015-04-13 2016-05-24 国立大学法人大阪大学 近視進行抑制用コンタクトレンズの設計方法および製造方法
JP2018525672A (ja) * 2015-07-29 2018-09-06 ジョンソン・アンド・ジョンソン・ビジョン・ケア・インコーポレイテッドJohnson & Johnson Vision Care, Inc. 視力矯正を決定するためのシステム及び方法
JP6733160B2 (ja) * 2015-12-01 2020-07-29 株式会社ニデック 検眼装置、および検眼プログラム
FR3050922B1 (fr) * 2016-05-04 2018-06-15 Skywork Procede de commande d'un refracteur automatique

Also Published As

Publication number Publication date
CA3090051A1 (en) 2019-08-29
EP3755201A1 (en) 2020-12-30
CN111712179B (zh) 2023-09-29
WO2019162476A1 (en) 2019-08-29
US20210106216A1 (en) 2021-04-15
KR20200123778A (ko) 2020-10-30
JP2021514716A (ja) 2021-06-17
EP3530174A1 (en) 2019-08-28
CN111712179A (zh) 2020-09-25

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BR112020015335A2 (pt) Método para alteração da performance visual de um indivíduo, método para medição da necessidade de correção de refração esférica de um indivíduo e sistema óptico para implementação desses métodos
Buehren et al. Near work induced wavefront aberrations in myopia
Wills et al. Effect of simulated astigmatic refractive error on reading performance in the young
US6652101B1 (en) Method and apparatus for performing vision screening
Vincent et al. Corneal changes following near work in myopic anisometropia
EP3746839B1 (en) Method for determining refractory power of eye using immersive system and electronic device thereof
ES2327307B1 (es) Procedimiento automatizado para medir la agudeza visual de lectura.
TW202038846A (zh) 測量視力功能的裝置及方法
Kaphle et al. Accommodation lags are higher in myopia than in emmetropia: measurement methods and metrics matter
Lay et al. Visual acuity and contrast sensitivity
Jackson et al. Visual acuity
Osuagwu et al. Mirror symmetry of peripheral monochromatic aberrations in fellow eyes of isomyopes and anisomyopes
US20240148245A1 (en) Method, device, and computer program product for determining a sensitivity of at least one eye of a test subject
Paudel et al. Effect of simulated refractive error on adult visual acuity for paediatric tests
US20210330181A1 (en) Computerized behavioral method for eye-glasses prescription
Bakaraju et al. Do peripheral refraction and aberration profiles vary with the type of myopia?-An illustration using a ray-tracing approach
Katsou Visual acuity of drivers
Jungnickel et al. Effects on vision with glare after correction of monochromatic wavefront aberrations
Carkeet et al. Bearing fixing: A new computer algorithm method for subjective determination of astigmatism
Perches et al. Development of a subjective refraction simulator
Goyal et al. Estimation of spherical refractive errors using virtual reality headset
Paensuwan et al. Impact of self-contact lens fitting with uncorrected refractive error on visual acuity and lens movement in contact lens wearers
Chlam Evaluation of Meridional Refraction Techniques
Guimarães et al. What Is New in Contrast Sensitivity for Keratoconus Diagnosis?
Channa Do the Pelli-Robson and Test Chart 2000 Xpert demonstrate comparable contrast sensitivity results?

Legal Events

Date Code Title Description
B350 Update of information on the portal [chapter 15.35 patent gazette]