BR112020014932A2 - Método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em um produto alimentício, produto alimentício, e, uso de um pó - Google Patents

Método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em um produto alimentício, produto alimentício, e, uso de um pó Download PDF

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Abstract

método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em um produto alimentício com um pó, o qual compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas tendo um tamanho médio de partícula de no máximo 300 µm, e o dito tratamento compreende misturar o pó com o produto alimentício, distinguido pelo fato de que, no máximo, 1000 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.

Description

MÉTODO PARA O TRATAMENTO PROFILÁTICO CONTRA O
DESENVOLVIMENTO DE PARASITAS EM UM PRODUTO ALIMENTÍCIO, PRODUTO ALIMENTÍCIO, E, USO DE UM PÓ Campo técnico da invenção
[001] A invenção refere-se a um método melhorado para o tratamento profilático contra o desenvolvimento e/ou a sobrevida de parasitas em um produto alimentício e, especificamente, em plantas oleaginosas, sementes, grãos ou cereais. À invenção refere-se também a um produto alimentício que pode ser obtido com tal método.
[002] A presente invenção também se refere ao uso de um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, usando tal método, por seu efeito profilático contra o desenvolvimento no produto alimentício de parasitas, pelo uso de uma dose do pó no produto alimentício para que a mortalidade do parasita seja no máximo a mortalidade do parasita sem alimentação. Fundamentos técnicos
[003] A conservação e armazenamento, especialmente após a colheita, de produtos alimentícios é um problema antigo que emergiu desde o princípio dos tempos e o advento da agricultura.
[004] Por exemplo, atualmente, a produção de cereais em todo o mundo é perto de 2,6 bilhões de toneladas métricas, e as demandas estão crescendo aproximadamente 2% a 3% ao ano (fonte: FAO, 2018). Condições climáticas podem causar variações regionais na produção de um ano para outro de quase 30%. É, portanto, essencial que se possa não só armazenar produtos alimentícios e cereais entre duas colheitas sucessivas, mas também armazená- los e conservá-los durante períodos mais longos a fim de constituir estoques com segurança e evitar a escassez de víveres regionalmente. A quantidade de cereais nos estoques mundiais de reserva é estimada atualmente (Dezembro de
2018) em 760 milhões de toneladas métricas.
[005] As práticas modernas de armazenamento de produtos alimentícios em silos geralmente compreendem: a limpeza meticulosa dos silos e dos circuitos de manuseio antes do preenchimento; opcionalmente seguido pelo tratamento dos silos por pulverização ou termonebulização de um parasiticida líquido ou gasoso aprovado; então, o preenchimento dos silos com os produtos alimentícios ou cereais com grau de umidade controlado; depois, o controle e regulação da umidade e da temperatura dos produtos durante o armazenamento.
[006] É prática conhecida combater parasitas por meio de substâncias neurotóxicas e inibidoras do crescimento, tais como piretroides, compostos organo-halogenados (tais como compostos organofluorados, organoclorados ou organobromados), compostos organofosforados e carbamatos, ou por meio de substâncias citotóxicas tais como fosfetos de alumínio ou fosfetos de zinco. Atualmente, em muitos países, apenas um número pequeno de substâncias ativas está autorizado contra insetos em produtos armazenados. Esses produtos são aplicados por pulverização ou por termonebulização. Essas substâncias têm O risco de também serem tóxicas para humanos e animais quando os produtos alimentícios são tratados com tais substâncias.
[007] É também sabido que a eficácia de composições parasiticidas, tais como aquelas à base de piritroides naturais ou sintéticos, ou de compostos organofosforados usados como alternativas aos compostos organo- halogenados, diminui ao longo do tempo. Essas composições parasiticidas têm uma ação que pode ser descrita como “ação de choque”. São em geral eficazes por aproximadamente alguns meses. Isso deve-se às pressões de vapor diferentes de zero dos componentes que dão origem à sua volatilização com o passar do tempo e, além disso, à sua degradação por oxidação.
[008] Os produtos alimentícios são tratados geralmente com uma substância parasiticida antes de armazenados em silos. Os produtos são, então,
controlados para que se garanta um limite parasiticida residual abaixo dos Limites Máximos de Resíduos (MRL;s) e os limites contratuais. Esses MRLs são valores regulados. Os MRLs são regularmente diminuídos a fim de reduzir Os riscos de se consumir produtos alimentícios associados a tais parasiticidas. A redução de MRLs geralmente acarreta problemas para o armazenamento de longo prazo, especialmente, o armazenamento por mais de um mês ou por mais de 3 meses. Para sementes oleaginosas (semente de colza, girassol, amendoim etc.), somente são autorizados tratamentos por fumigação (por exemplo, com fosfeto de alumínio), e os MRLs são até 100 vezes menores do que em cereais; os MRLs são então geralmente no nível do limite de detecção.
[009] A quantidade de pesticidas residuais em cereais ou produtos alimentícios, tais como sementes oleaginosas ou sementes de leguminosas, na cadeia alimentar para humanos ou animais, provém mais frequentemente dos pesticidas (tais como pirimifós, deltametrina, cipermetrina ou clorpirifós-M) adicionados após a colheita para fins de armazenamento.
[0010] Portanto, há necessidade de encontrar uma solução para o armazenamento de produtos alimentícios enquanto evitando ou minimizando o uso dos produtos químicos neurotóxicos ou inibidores do crescimento citados acima para produtos alimentícios tais como: - cereais (trigo, arroz, milho, sorgo), - “pseudocereais” (grãos da família Polygonaceae tais como trigo sarraceno; ou grãos da família Chenopodiaceae tais como quinoa, amaranto; ou grãos de Pedaliaceae tais como gergelim); - plantas oleaginosas (tais como colza, girassol, amendoim, linho); - sementes de leguminosas ou sementes de feijão (tais como feijões de cavalo também conhecidos como favas, vagens, lentilhas e ervilhas, ou feijões da família Fabaceae).
[0011] US 2006/0040031 descreve os efeitos acaricidas e inseticidas de um pó compreendendo bicarbonato de sódio no armazenamento de cereais.
[0012] WO 2013/092694 descreve um método para produzir uma composição parasiticida que compreende bicarbonato de metal alcalino e sílica.
[0013] JP 19930102849 descreve partículas inseticidas com tamanho menor do que a distância entre fios de insetos-praga.
[0014] WO2016/034704 descreve o uso de pós minerais tais como bicarbonatos alcalinos sobre a superfície de paredes e superfícies de silos para cereais (antes da temporada de armazenamento de grãos) como tratamento profilático contra parasitas, usando pelo menos 10 g dos minerais por nº de paredes e superfícies dos silos. Tal camada de minerais permite formar uma camada protetora evitando o acesso de insetos e outros artrópodes à alimentação (tais como pós de cereais) em silos esvaziados, antes que a safra seguinte seja armazenada nele. Sumário da invenção
[0015] Foi surpreendentemente verificado pelos presentes inventores que uma dose reduzida de um bicarbonato de metal alcalino em pó misturado diretamente com o produto alimentício, tal como cereais, sementes oleaginosas ou sementes de leguminosas e feijões, formando uma camada fina de pó sobre a superfície do produto alimentício, tal como a superfície dos cereais ou sementes, embora não necessariamente contínua sobre a superfície do produto alimentício, permite reduzir, por um fator de 100 a 1000, a quantidade necessária de tais minerais, relatada por unidade de superfície da superfície do produto alimentício (p. ex., superfície de cereais ou sementes), quando comparada à quantidade necessária de minerais sobre as superfícies dos silos descrita pela técnica anterior (tal como WO2016/034704) dos mesmos inventores, para evitar o acesso de parasitas ao produto alimentício (tal como pó de cereais ou grãos) como alimento.
[0016] Tal tratamento profilático proporciona um método melhorado para o tratamento contra o desenvolvimento de parasitas no armazenamento de produtos alimentícios que torna possível reduzir as quantidades de minerais usados e/ou reduzir o teor residual de pesticidas listadas acima, ou mesmo eliminar completamente o tratamento de produtos alimentícios com tais substâncias pesticidas. Esta é uma melhoria importante. Esse tratamento profilático permite conservar, por um período mais longo de tempo, produtos alimentícios de qualidade “orgânica” de parasitas, ou produtos alimentícios com pesticidas reduzidos, especialmente, pesticidas neurotóxicos ou inibidores do crescimento. Diferentemente de outros tratamentos parasiticidas que usam compostos que são voláteis e vão para a atmosfera depois de aplicados no produto alimentício, perdendo, assim, potencialmente a eficácia ao longo do tempo, o presente tratamento profilático que usa os minerais, como aqui explicado, proporciona proteção duradoura contra os parasitas em tais produtos alimentícios ao longo do tempo, uma vez que o bicarbonato de metal alcalino não é volátil e permanece sobre o produto alimentício (tal como grãos ou sementes) com o passar do tempo sob as condições de armazenamento, assegurando, com isso, proteção do produto alimentício sem diminuir a eficácia dos minerais no produto alimentício contra parasitas com o tempo.
[0017] De fato, bicarbonatos de metais alcalinos, tais como bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio são aditivos comuns para alimentos e rações (por exemplo, no Regulamento da União Europeia EU-68/2013 estabelecendo o catálogo de aditivos para rações), e estão disponíveis em grau alimentar. Eles propiciam uma fonte útil de metais alcalinos, tais como sódio e potássio, que são necessários para os seres humanos e animais.
[0018] Já são também usados na cadeia alimentar como agente levedante em preparados de farinha ou como tampão do pH de alimentos para humanos ou rações para animais. Além disso, os bicarbonatos de metais alcalinos são compostos já naturalmente presentes em plantas e rios ou no mar, e já presentes no sangue humano e animal desempenhando uma função importante como tampão do pH.
[0019] Os inventores da presente invenção observaram que o pó de bicarbonato de metal alcalino, na forma de partículas finas, misturado com o produto alimentício, tal como grãos ou sementes, mesmo como uma camada muito fina e não uniformemente contínua recobrindo a superfície do produto alimentício, torna possível produzir uma tela de barreira entre pragas parasitas de produtos alimentícios e o seu alimento, em uma quantidade bem menor do que aquela anteriormente descrita. Embora isso possibilite um tratamento profilático de produtos alimentícios sem efeito parasiticida sobre parasitas, tais como insetos e artrópodes, simplesmente evitando o acesso daqueles parasitas correspondentes à alimentação e evitando o seu desenvolvimento no produto alimentício armazenado.
[0020] Os inventores da presente invenção também perceberam que o pó de bicarbonato de metal alcalino, na forma de partículas finas, misturado com o produto alimentício, tal como grãos, sementes ou nozes, produz uma proteção mecânica do dito produto alimentício, limitando a quebra e a formação de poeira durante o manuseio e o e armazenamento.
[0021] Além disso, os inventores observaram que o pó de bicarbonato alcalino impede a aglomeração de impurezas no produto alimentício armazenado e facilita a sua remoção com separadores a ar ou gás e/ou com peneiramento. Os inventores supõem que tal pó de bicarbonato alcalino atue como agente dessecante e/ou anti-eletrostático sobre impurezas ou poeira do produto alimentício que facilita a sua separação.
[0022] Os inventores também perceberam que o pó de bicarbonato de metal alcalino aumenta a recuperação de impurezas, de poeira e de grãos quebrados quando um produto alimentício tratado com tal pó é, então, tratado em um dispositivo para despoeiramento do dito produto alimentício, tal como grãos, sementes ou nozes. Supõe-se que tais pós finos de bicarbonato alcalino podem então atuar também como agente mecânico que facilita a separação da poeira correspondente ou de grãos quebrados, sementes quebradas ou nozes quebradas de grãos, sementes e nozes mais grosseiros; ou atua como um sal condutor que reduz a eletricidade eletrostática entre a poeira e o produto alimentício, melhorando a separação de impurezas finas do produto alimentício com mais valor do produto com tamanho de grão grosseiro ou com grãos, sementes ou nozes não danificados.
[0023] Além da tela de barreira física que eles formam entre parasita e alimento, um efeito adicional pode, em particular, vir a ser acrescentado pelo teor elevado de sais parcialmente solúveis no alimento, tais como sais compreendendo metais alcalinos (tais como sódio ou potássio), ou bicarbonatos que tornam o alimento inadequado para consumo pelo parasita. Por exemplo, a presença de metais alcalinos no alimento do parasita aumenta a pressão osmótica nos líquidos internos do parasita, e tal parasita autolimita o consumo do alimento que está salgado demais por si mesmo. Foi observado que o parasita autolimita o consumo de tal alimento.
[0024] Assim, o bicarbonato de metal alcalino usado na presente invenção torna o alimento do parasita inacessível e/ou pouco atraente, sem que seja repelente para o parasita, proporcionado, assim, o efeito profilático para fins da presente invenção.
[0025] O mineral (p. ex., bicarbonato de metal alcalino) na forma de partículas torna, assim, possível impedir que esses parasitas colonizem os locais de armazenamento de produtos alimentícios durante o armazenamento.
[0026] O mineral (p. ex., bicarbonato de metal alcalino) na forma de partículas torna, assim, possível reduzir o desenvolvimento de insetos-praga secundários durante o armazenamento do produto alimentício após o tratamento com o dito mineral e despoeiramento, quando comparado ao produto alimentício desempoeirado, mas não tratado com o dito mineral.
[0027] Em algumas modalidades, o mineral na forma de partículas pode ser aplicado diretamente ao produto alimentício como uma técnica preventiva, por exemplo, pela mistura com o produto alimentício pouco depois da colheita quer antes, durante ou após seu carregamento em uma unidade de armazenamento, para impedir o crescimento dos parasitas ou mesmo impedir a sobrevida de um parasita que possa entrar na unidade de armazenamento do produto alimentício armazenamento.
[0028] Em algumas modalidades adicionais ou alternativas, o mineral (p. ex., bicarbonato de metal alcalino) na forma de partículas pode ser aplicado a um produto alimentício não tratado, já infestado como uma técnica curativa, por exemplo, para impedir o crescimento dos parasitas, para prevenir a proliferação futura dos parasitas e/ou mesmo para erradicar os parasitas que estão infestando o produto alimentício.
[0029] Em algumas outras modalidades, o mineral (p. ex., bicarbonato de metal alcalino) na forma de partículas pode ser aplicado a um produto alimentício anteriormente tratado como uma técnica curativa e/ou preventiva, em que o produto alimentício anteriormente tratado foi tratado inicialmente com um pesticida como descrito acima, mas que perdeu sua eficácia inicial devido a alguma perda para a atmosfera na unidade de armazenamento onde o produto alimentício anteriormente tratado foi armazenado. Esse método seria então eficaz em prevenir o desenvolvimento e/ou a sobrevida de parasitas se o produto alimentício anteriormente tratado apresentasse agora algum sinal de infestação por parasitas dentro da unidade de armazenamento, ou mesmo antes que a infestação por parasitas aparece durante um cenário de armazenamento prolongado.
[0030] Além disso, foi verificado que o método para tratamento profilático, conforme aplicado a grãos/sementes por exemplo, não tem impacto sobre a qualidade dos grãos/sementes tratados.
[0031] Consequentemente, a presente invenção refere-se a um método para o tratamento profilático, contra o desenvolvimento e/ou a sobrevida de parasitas em um produto alimentício, com um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, e o dito tratamento compreendendo misturar o pó com o produto alimentício, caracterizado pelo fato de que são misturados, no máximo, 1000 ppm em peso do pó com o produto alimentício (em que “no máximo 1000 ppm” significa “no máximo 1000 mg do pó relatados para um kg de produto alimentício).
[0032] Uma primeira vantagem da presente invenção reside na quantidade muito pequena de bicarbonato alcalino a ser usada em relação ao peso dos produtos alimentícios armazenados.
[0033] Uma segunda vantagem da invenção é que os bicarbonatos alcalinos escolhidos na presente invenção podem ser selecionados dentre os aditivos de qualidade alimentar para humanos ou animais de acordo com a FAO.
[0034] Uma terceira vantagem da invenção é ser possível reduzir a quantidade de pesticida do tipo piretroide, organo-halogenado, organofosforado ou carbamato durante o armazenamento do produto alimentício e mesmo tornar possível evitar o uso de tais pesticidas durante o armazenamento.
[0035] Uma quarta vantagem da invenção reside na possibilidade de combinar tal método com as técnicas de tratamento por resfriamento dos produtos alimentícios armazenados em silos até uma temperatura abaixo de 10 ºC, a fim de conservar os produtos alimentícios, por exemplo, de qualidade “orgânica”, ou as plantas oleaginosas ou as nozes.
[0036] Uma quinta vantagem da invenção é a compatibilidade de bicarbonatos alcalinos com produtos alimentícios que atuam como tampão do pH e melhorar a digestão de alimentos humanos ou rações para animais.
[0037] Uma sexta vantagem da invenção é a possibilidade de usar o tratamento profilático contra o desenvolvimento no produto alimentício de insetos, ácaros, fungos e micotoxinas geradas por fungos.
[0038] Uma sétima vantagem da invenção é a possibilidade de dispersar os bicarbonatos alcalinos em produtos alimentícios, quer por mistura a seco, pulverização a seco ou por pulverização de uma solução aquosa ou uma suspensão aquosa do pó do bicarbonato de metal alcalino, com uma quantidade limitada de água relatada em relação ao produto alimentício, devido às quantidades muito baixas de bicarbonatos alcalinos (poucas dezes ou centenas de ppm) necessárias relatadas em relação ao produto alimentício para o tratamento profilático. Tal quantidade baixa de água pode ser facilmente dessecada pelo contato natural com o ar ou por sopro de ar ambiente.
[0039] Uma oitava vantagem da invenção é a separação melhorada de impurezas (tais como poeira de terra, poeira de sujeira, argilas de campos, poeira do produto alimentício) de grãos, sementes ou nozes mais grosseiros, em separadores a ar e/ou separadores mecânicos em peneiras.
[0040] Uma nona vantagem da invenção é a redução de explosividade e/ou riscos de chamas pela poeira do produto alimentício em filtros ou armazenado em silos, uma vez que bicarbonato alcalino é um retardador de chama eficaz.
[0041] Uma décima vantagem da invenção, juntamente com a separação melhorada de impurezas e/ou poeira do produto alimentício, é a condições melhoradas de trabalho para trabalhadores que atuam em silos ou tanques de produtos alimentícios, pois o nível de poeira no ar ambiente e nas paredes é sensivelmente reduzido. Definições
[0042] Na presente invenção, no presente relatório descritivo, alguns termos destinam-se a ter os significados seguintes.
[0043] O termo “parasitas” pretende significar artrópodes, tais como insetos ou ácaros, que se desenvolvem em produtos alimentícios e, especialmente, que se desenvolvem em cereais, sementes oleaginosas, sementes de leguminosas ou feijões. Insetos têm 6 pernas, um corpo em três partes: cabeça, tórax e abdômen, 2 antenas e, frequentemente, também têm asas. Ácaros têm 8 pernas.
[0044] O termo “inseto-praga primário” pretende significar insetos que se desenvolvem em produtos alimentícios, tais como cereais, sementes ou nozes, que furam os grãos e depositam ovos no interior dos grãos (ou no interior de sementes ou nozes).
[0045] O termo “inseto-praga secundário” pretende significar insetos que se desenvolvem em produtos alimentícios, tais como cereais, sementes ou nozes, mas não são capazes de furar os grãos e não conseguem depositar ovos no interior dos grãos. Eles alimentam-se de grãos quebrados ou da poeira de grãos (ou sementes ou nozes).
[0046] O termo “método de tratamento profilático” pretende significar um método que torna possível limitar, de preferência, impedir o desenvolvimento de parasitas no produto alimentício.
[0047] Em uma modalidade preferida, o tratamento profilático do produto alimentício pretende significar que este limita o desenvolvimento de parasitas no produto alimentício e que a taxa de mortalidade do parasita em contato com o produto alimentício a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e umidade relativa de 61,5% +/- 1,5% é, no máximo, 15+/-4% depois de 7 dias.
[0048] Em uma modalidade mais preferida, o tratamento profilático do produto alimentício pretende significar que este limita o desenvolvimento de parasitas no produto alimentício e que a taxa de mortalidade do parasita em contato com o produto alimentício a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e umidade relativa de 61,5% +/- 1,5% é, no máximo, a taxa de mortalidade do parasita sem alimentação.
[0049] O termo “produtos alimentícios” pretende significar grãos ou feijões de plantas usadas principalmente na alimentação de humanos e animais, na forma de grãos integrais ou grãos moídos (farinhas), tais como os grãos ou feijões de: e Cereais: da família Poaceae (trigo, arroz, milho, sorgo etc.), a saber, cereais no sentido estrito; e “Pseudocereais”: a saber, grãos da família Polygonaceae (trigo sarraceno etc.), Chenopodiaceae (quinoa, amaranto etc.), Pedaliaceae (gergelim etc.); e Plantas oleaginosas (colza, girassol, soja, amendoim etc.); e Feijões de cavalo (também conhecidos como fava), vagens, lentilhas e ervilhas, especialmente da família Fabaceae; e Nozes de frutos de nozes (nozes, avelãs, amêndoa, pinhões, nozes pecã, macadâmia, castanhas do Pará,) selecionadas dentre nozes botânicas, sementes dupe, nozes de sementes de gimnospermas, nozes de sementes de angiospermas (exemplo: macadâmia, amendoins, castanhas do Pará).
[0050] O termo “silo para armazenamento de produto alimentício” ou “unidade de armazenamento de produto alimentício” pretende significar um reservatório destinado ao armazenamento do produto alimentício.
[0051] O termo “armazenamento de produto alimentício” pretende significar o ato de formar um depósito de produtos alimentícios, compreendendo todas ou algumas das seguintes operações: preenchimento, conservação e esvaziamento do depósito do produto alimentício.
[0052] O termo “mineral” pretende significar um composto essencialmente inorgânico, em geral contendo menos de 20%, preferivelmente menos de 5% ou mais preferivelmente menos de 1% em peso de matéria orgânica.
[0053] O termo “bicarbonato de metal alcalino” pretende significar um mineral selecionado dentre o grupo de: bicarbonato de lítio, bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, trona ou misturas dos mesmos.
[0054] O termo “trona” pretende significar um mineral que contém pelo menos 60%, preferivelmente pelo menos 80%, mais preferivelmente pelo menos 90%, ainda mais preferivelmente pelo menos 95% em peso de sesquicarbonato de sódio (NaHCO;3.N2CO;.2H70). O restante do mineral em geral consiste em argilas ou carbonato de cálcio ou magnésio.
[0055] O termo “tamanho médio de partícula” pretende significar o diâmetro médio ponderado de partículas, medido por difração de laser e espalhamento em um analisador do tamanho de partículas Malvern Mastersizer S, usando uma fonte de laser de He-Ne com comprimento de onda de 632,8 nm e diâmetro de 18 mm, uma célula de medição equipada com uma lente de retroespalhamento de 300 mm (300 RF) e uma unidade de preparação de líquido MS 17, usando etanol saturado com bicarbonato à temperatura ambiente (22 ºC).
[0056] O termo “coformulante” pretende significar um composto do tipo coformulante ou do tipo agente gelificante. O termo “coformulante” também pretende significar um composto que é um dessecante e/ou que facilita o fluxo do bicarbonato alcalino em forma de partícula, especialmente os compostos que, misturados com o bicarbonato alcalino, reduzem seu ângulo de repouso conforme medido pela norma ISO 3435-1977, e que preferivelmente é um agente anti-aglomeração de bicarbonato alcalino.
[0057] O termo “agente gelificante” pretende significar um composto que permite aumentar a viscosidade de uma suspensão aquosa de 35% em peso de um pó baseado na suspensão, medida em um viscosímetro Brookfield equipado com um S63 móvel rodando a 60 revoluções por minuto.
[0058] O termo “neurotóxico” é um adjetivo que se destina a descrever uma substância ou composto com impacto negativo sobre o sistema nervoso. À neurotoxicidade no sistema nervoso ocorre quando a exposição a uma substância ou composto neurotóxico, também denominado uma neurotoxina, altera a atividade normal do sistema nervoso de tal maneira que causa lesão ao sistema nervoso.
[0059] O termo “inibidor do crescimento” ou “inibir o crescimento” é um adjetivo que se destina a descrever uma substância ou composto que reduz especificamente o crescimento de uma célula ou organismo após ser exposto a tal substância ou composto.
[0060] O termo “citotóxico” é um adjetivo que se destina a descrever uma substância ou composto que possui a capacidade para destruir uma célula viva. Um composto citotóxico pode induzir uma célula viva sadia a sofrer necrose (morte celular acidental) ou apoptose (morte celular programada).
[0061] Neste relatório descritivo, os termos “% em peso”, “% p”, “% peso” ou “porcentagem em peso” podem ser usados alternadamente.
[0062] No presente relatório descritivo, a descrição de diversas faixas sucessivas de valores para a mesma variável também compreende a descrição de modalidades em que a variável é escolhida em qualquer outra faixa intermediária incluída nas faixas sucessivas. Assim, por exemplo, quando é indicado que “a magnitude X é geralmente pelo menos 10, vantajosamente pelo menos 15”, a presente descrição também descreve a modalidade em que: “a magnitude X é pelo menos 11” ou também a modalidade em que: “a magnitude X é pelo menos 13,74” etc.; 11 ou 13,74 sendo valores incluídos entre 10 e 15.
[0063] A frase “A e/ou B” refere-se às seguintes escolhas: elemento A; ou elemento B; ou combinação de A e B (A+B).
[0064] A frase “Al, A2 e/ou An” com n > 3 refere-se às seguintes escolhas: qualquer elemento isolado Ai (i= 1, 2, n); ou quaisquer subcombinações de menos de n elementos Ai; ou combinação de todos os elementos Ai.
[0065] O uso do singular no presente inclui o plural (e vice-versa) a menos que especificamente afirmado o contrário.
[0066] No presente relatório descritivo, a escolha de um elemento dentre um grupo de elementos também descreve explicitamente: - a escolha de dois elementos ou a escolha de diversos elementos do grupo, - a escolha de um elemento de um subgrupo de elementos que consiste no grupo de elementos do qual um ou mais elementos foram removidos.
[0067] Além disso, deve ser entendido que os elementos e/ou as características de um método ou um uso, descritos no presente relatório descritivo, podem ser combinados de todas as maneiras possíveis com os outros elementos e/ou características do método ou do uso, explícito ou implicitamente, sendo isso sem se afastar do contexto do presente relatório descritivo.
[0068] Nas passagens do presente relatório descritivo que se seguirão, várias modalidades ou itens de implementação são definidos mais detalhadamente. Cada modalidade ou item de implementação assim definido pode ser combinado com outra modalidade ou com outro item de implementação, sendo isso para cada modo ou item, a menos que indicado de outra forma ou claramente incompatível quando a faixa do mesmo parâmetro de valor não estiver conectada. Especificamente, qualquer variante indicada como preferida ou vantajosa pode ser combinada com outra variante ou com outras variantes indicadas como preferidas ou vantajosas.
[0069] No presente relatório descritivo, a descrição de uma faixa de valores para uma variável, definida por um limite inferior. ou por um limite superior ou por um limite inferior e um limite superior, também compreende as modalidades nas quais a variável é escolhida, respectivamente, dentro da faixa de valores: excluindo o limite inferior, ou excluindo o limite superior ou excluindo o limite inferior e o limite superior.
[0070] No presente relatório descritivo, a descrição de diversas faixas sucessivas de valores para a mesma variável também compreende a descrição de modalidades em que a variável é escolhida em qualquer outra faixa intermediária incluída nas faixas sucessivas. Assim, por exemplo, quando é indicado que “a magnitude X é geralmente pelo menos 10, vantajosamente pelo menos 15”, a presente descrição também descreve a modalidade em que: “a magnitude X é pelo menos 11”, ou também a modalidade em que: “a magnitude X é pelo menos 13,74” etc.; 11 ou 13,74 sendo valores incluídos entre 10 e 15.
[0071] O termo “compreender” inclui “consistir essencialmente em” e também “consistir em”.
[0072] No presente relatório descritivo, o uso de “um” no singular também compreende o plural (“alguns”), e vice-versa, a menos que o contexto indique claramente o contrário. A título de exemplo, “um bicarbonato alcalino” indica um bicarbonato alcalino ou mais de um bicarbonato alcalino.
[0073] Se o termo “aproximadamente” for usado antes de um valor quantitativo, isso corresponde a uma variação de + 10% do valor quantitativo nominal, a menos que indicado de outra forma. Descrição detalhada da invenção
[0074] A presente invenção assim refere-se a: - um método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em um alimento, e - o uso de um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino para seu efeito profilático contra o desenvolvimento no produto alimentício de parasitas, usando uma dose do pó no produto alimentício para que a mortalidade do parasita fique próxima ou no máximo seja a mortalidade do parasita sem alimentação, conforme descrito em modalidades mais específicas a seguir.
[0075] Item 1. Método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em produto alimentício com um pó, o qual compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, de preferência no máximo 200 um, e o dito tratamento compreendendo misturar o pó com o produto alimentício, distinguido pelo fato de que:
no máximo 1000 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício, em que “no máximo 1000 ppm” significa “no máximo 1000 mg do pó relatados para um kg de produto alimentício.
[0076] Item 2. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 900 ppm, no máximo 800 ppm, no máximo 700 ppm, no máximo 600 ppm, no máximo 500 ppm ou, de preferência, no máximo 300 ppm, mais preferivelmente no máximo 200 ppm, ainda mais preferivelmente no máximo 100 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0077] Item 2a. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 900 ppm ou no máximo 800 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0078] Item 2b. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 700 ppm ou no máximo 600 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0079] Item 2c. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 500 ppm ou, de preferência, no máximo 300 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0080] Item 2d. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 250 ppm ou no máximo 200 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0081] Item 2e. O método de acordo com o item 1, em que no máximo 190 ppm ou no máximo 150 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0082] Item 3. O método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 2e, em que pelo menos 10 ppm, de preferência pelo menos 20 ppm, mais preferivelmente pelo menos 30 ppm, ainda mais preferivelmente pelo menos 50 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0083] Item 3a. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que pelo menos 10 ppm ou pelo menos 20 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0084] Item 3b. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que pelo menos 30 ppm, ainda mais preferivelmente pelo menos 50 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
[0085] Item 4. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende pelo menos 50% em peso, de preferência pelo menos 60% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0086] Item 4a. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende pelo menos 70% em peso, mais preferivelmente pelo menos 75% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0087] Item 4b. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende pelo menos 80% em peso, mais preferivelmente pelo menos 85% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0088] Item 5. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende no máximo 100% em peso ou compreende 100% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0089] Item 5a. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende no máximo 99% em peso ou no máximo 98% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0090] Item 5b. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende no máximo 95% em peso ou no máximo 90% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0091] Item 5c. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende no máximo 85% em peso, ou no máximo 80% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
[0092] Item 6. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o bicarbonato de metal alcalino é escolhido dentre: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, sesquicarbonato de sódio, trona e misturas dos mesmos.
[0093] Item 6a. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o bicarbonato de metal alcalino é bicarbonato de sódio.
[0094] Item 6b. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o bicarbonato de metal alcalino é bicarbonato de potássio.
[0095] Item 6c. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o bicarbonato de metal alcalino é sesquicarbonato de sódio ou trona.
[0096] Item 7. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o pó compreende pelo menos 1% em peso (% p) de um coformulante escolhido dentre: uma sílica, uma terra diatomácea, um silicato de metal alcalino terroso, uma argila, uma montmorillonita, uma zeólita ou misturas de dois ou mais dos mesmos.
[0097] Item 7a. O método de acordo com o item anterior, em que o coformulante é uma sílica ou uma terra diatomácea.
[0098] Item 7b. O método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 7, em que o coformulante é um silicato de metal alcalino terroso ou uma argila.
[0099] Item 7c. O método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 7, em que o coformulante é uma montmorillonita ou uma zeólita.
[00100] Item 8. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 7c, em que o pó compreende pelo menos 2% em peso ou pelo menos 3% em peso do coformulante.
[00101] Item 8a. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 8, em que o pó compreende pelo menos 5% em peso ou pelo menos 7% em peso do coformulante.
[00102] Item 8b. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 8a, em que o pó compreende pelo menos 10% em peso ou pelo menos 15% em peso do coformulante.
[00103] Item 9. O método de acordo com o item 7 ou 8, em que o pó compreende no máximo 50% em peso ou no máximo 40% em peso do coformulante.
[00104] Item 9a. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 9, em que o pó compreende no máximo 30% em peso ou no máximo 25% em peso do coformulante.
[00105] Item 9b. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 9a, em que o pó compreende no máximo 20% em peso ou no máximo 15% em peso do coformulante.
[00106] Item 9c. O método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 9b, em que o pó compreende no máximo 10% em peso ou no máximo 6% em peso do coformulante.
[00107] Ttem 10. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o tamanho médio de partícula do pó é no máximo 100 um ou no máximo 70 um.
[00108] Item 10a. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o tamanho médio de partícula do pó é no máximo 60 um ou no máximo 50 um.
[00109] Item 10b. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o tamanho médio de partícula do pó é no máximo 40 um ou no máximo 30 um.
[00110] Item 10c. O método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, em que o tamanho médio de partícula do pó é no máximo 20 um ou no máximo 10 um.
[00111] Item 11. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino compreende bicarbonato de sódio e o coformulante do mineral compreende sílica.
[00112] Item 12. Método de acordo com o item anterior, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino é bicarbonato de sódio e o coformulante do mineral é sílica.
[00113] Item 13. Método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 12,
de acordo com o qual no máximo 600 ppm, de preferência no máximo 300 ppm, mais preferivelmente no máximo 50 ppm ou no máximo 45 ppm, no máximo ppm, no máximo 15 ppm, no máximo 10 ppm ou no máximo 5 ppm em peso do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00114] Item 13a. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual no máximo 150 ppm, mais preferivelmente no máximo 50 ppm do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00115] Ttem 13b. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual no máximo 30 ppm ou no máximo 15 ppm em peso do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00116] Item 13c. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual no máximo 10 ppm, ou no máximo 5 ppm em peso do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00117] Item 14. Método de acordo com qualquer um dos itens 7 a 13c, de acordo com o qual pelo menos 0,5 ppm, de preferência pelo menos 1 ppm, mais preferivelmente pelo menos 2 ppm, ainda mais preferivelmente pelo menos 3 ppm ou pelo menos 5 ppm do coformulante são misturados com o produto alimentício.
[00118] Item 14a. Método de acordo com o item anterior, de acordo com o qual pelo menos 0,5 ppm ou pelo menos 1 ppm em peso do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00119] Ttem 14b. Método de acordo com o item 14a, de acordo com o qual pelo menos 2 ppm ou pelo menos 3 ppm do coformulante, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00120] Item 14c. Método de acordo com o iteml4b de acordo com o qual pelo menos 5 ppm do coformulante são misturados com o produto alimentício.
[00121] Item 15. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o pó é livre de pesticida neurotóxico.
[00122] Item 16. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o pó é livre de piretro (adicionado) ou de piretroides sintéticos (adicionados), tais como permetrina.
[00123] Item 17. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o pó é livre de pesticidas organo-halogenados (adicionados) (tais como pesticidas organofluorados, organoclorados ou organobromados), pesticidas organofosforados e carbamato, ou de pesticidas citotóxicos tais como fosfetos de alumínio ou fosfetos de zinco.
[00124] Item 18. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o pó é inorgânico.
[00125] Item 19. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, o qual é não parasiticida.
[00126] Item 20. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, o qual não é repelente de parasita, em particular, repelente de inseto ou de ácaro.
[00127] Item 21. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o coformulante, se presente, está na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 50% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a 100 um, de preferência inferior a 70 um.
[00128] Ttem 21a. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o coformulante, se presente, está na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 50% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a 40 um, ainda mais preferivelmente inferior a um.
[00129] Item 22. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino e o coformulante, se presente, está (estão) na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 90% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a 100 um.
[00130] Item 22a. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino e o coformulante, se presente, está (estão) na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 90% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a70 um.
[00131] Ttem 22b. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino e o coformulante, se presente, está (estão) na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 90% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a40 um.
[00132] Item 22c. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual o bicarbonato de metal alcalino e o coformulante, se presente, está (estão) na forma de partículas, de tal modo que pelo menos 90% em peso das partículas têm um tamanho de partículas inferior a30 um
[00133] Item 23. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual a mistura do pó ao produto alimentício é realizada por pulverização a seco, tal como em uma esteira transportadora ou no topo de um silo durante o preenchimento do dito silo com o produto alimentício.
[00134] Item 23a. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual a mistura do pó ao produto alimentício é realizada por um meio mecânico para misturar o dito produto alimentício e o pó.
[00135] Item 23b. Método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual a mistura do pó ao produto alimentício é realizada por borrifo ou pulverização do pó na forma de uma suspensão aquosa do pó e, a seguir, secagem.
[00136] Item 24. Método para armazenar produto alimentício em um silo ou em um receptáculo, usando o método de acordo com qualquer um dos itens anteriores, de acordo com o qual a mistura do pó ao produto alimentício permite obter um produto alimentício tratado, o silo ou o receptáculo é preenchido com o produto alimentício tratado e o produto alimentício tratado é submetido a uma ou mais etapas de resfriamento para baixar sua temperatura até no máximo 10 ºC.
[00137] Item 25. Método para armazenar produto alimentício de acordo com o item anterior, de acordo com o qual o resfriamento do produto alimentício até no máximo 10 ºC é realizado por ventilação com ar fresco, em particular com ar fresco com uma temperatura no máximo 8 a 10ºC mais baixa do que a temperatura dos produtos alimentícios.
[00138] Item 26. Uso de um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, de preferência no máximo 200 um, de acordo com o método de qualquer um dos itens anteriores, por seu efeito profilático contra o desenvolvimento no produto alimentício de parasitas, usando uma dose do pó no produto alimentício de modo que o desenvolvimento de parasita no produto alimentício seja limitado, e que a taxa de mortalidade do parasita em contato com o produto alimentício a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e umidade relativa de 61,5% +/- 1,5% seja, no máximo 15+/-4% depois de 7 dias.
[00139] Item 26a. Uso de acordo com o item anterior, em que a dose do pó usado no produto alimentício é tal que limita o desenvolvimento de parasita e que a mortalidade do parasita seja no máximo a mortalidade do parasita sem alimentação.
[00140] Item 26b. Uso de acordo com os itens 26 ou 26a, em que o parasita é um inseto-praga primário tal como: Sitophilus granarius, Sitophylus oryzae, Rhyzopertha dominica, Sitotroga cereallela, Acanthoscelides obtectu, Bruchus pisorum, Cryptolestes turcicus, Trogoderma granarium.
[00141] Item 26c. Uso de acordo com os itens 26 ou 26a, em que o parasita é um inseto-praga secundário tal como: Tribollium confusum, Tribollium castaneoum, Cryptolestes ferrugineus, Cryptophagus spp, Endrosis sarcitrella, Oryzaephilus surinamensis, Lasioderma serricorne, Tenebroides mauritanicus, Typhaea stercorea, Stegobium paniceum, Plodia interpunctelle, Ephestia kuehniella, Trogoderma variabile.
[00142] Item 26d. Uso de acordo com os itens 26 ou 26a, em que o parasita é um inseto-praga micófago tal como: Ptinus tectus, Ahasverus advena, Xylocoris flavipes, Typhea stercorea, Tenebroides mauritanicus, Niptus hololeucus, Lariophagus distinguendus.
[00143] Item 27. O uso de acordo com os itens 26 a 26d, no método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 25.
[00144] Item 28. O uso de acordo com os itens 26 ou 27, por seu efeito profilático combinado contra o desenvolvimento no produto alimentício de insetos, ácaros, fungos e micotoxinas.
[00145] Item 29. Produto alimentício tendo uma forma de grão ou de feijão, em que a dita forma define uma superfície, e tendo sobre a dita superfície pelo menos 10 ppm e no máximo 1000 ppm de um pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, e em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um.
[00146] Item 29a. Produto alimentício de acordo com a reivindicação anterior, em que a taxa de mortalidade de Sitophilus Oryza (ou qualquer um dos parasitas citados nos itens 26b a 26d), em contato com o dito produto alimentício, e medida a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e umidade relativa de 61,5% +/- 1,5%, medida com 50 indivíduos em contato com um lote de 2 kg do produto alimentício, é pelo menos 34% dos indivíduos após 7 dias e, no máximo, a mortalidade após 15 dias do dito parasita nas mesmas condições, porém privado de alimentação.
[00147] Item 30. Produto alimentício de acordo com o item 29 ou 29a, a ser obtido pelo método dos itens 1 a 25, ou o uso dos itens 26 a 28.
[00148] Item 31. Uso de um pó sobre um produto alimentício selecionado dentre grãos, sementes, feijões ou nozes para melhorar o despoeiramento do produto alimentício durante a separação mecânica ou por fluxo de gás, em que o produto alimentício é inicialmente misturado com um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, e em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, distinguido pelo fato de que: pelo menos 10 ppm e no máximo 2000 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício antes da separação mecânica ou por fluxo de gás.
[00149] Item 31a. Uso de acordo com o item 31, em que pelo menos 50 ppm ou pelo menos 100 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00150] Item 31b. Uso de acordo com o item 31 ou 31a, em que no máximo 1000 ppm ou no máximo 300 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00151] Item 31c. Uso de acordo com o item 31, em que pelo menos 50 ppm e no máximo 300 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00152] Item 32. Uso de um pó sobre um produto alimentício selecionado dentre grãos, sementes, feijões ou nozes para reduzir os riscos de explosão no silo de armazenamento e nas linhas de despoeiramento, em que o produto alimentício é misturado inicialmente com um pó que compreende mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, e em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, de preferência no máximo 70 um, distinguido pelo fato de que: pelo menos 10 ppm e no máximo 2000 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício antes ou durante o armazenamento do produto alimentício no silo de armazenamento, ou antes da separação mecânica ou por fluxo de gás.
[00153] Item 32a. Uso de acordo com o item 32, em que pelo menos 50 ppm ou pelo menos 100 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00154] Item 32b. Uso de acordo com o item 32 ou 31 a, em que no máximo 1000 ppm ou no máximo 300 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00155] Item 32c. Uso de acordo com o item 32, em que pelo menos 50 ppm e no máximo 300 ppm do pó, relatados em relação ao produto alimentício, são misturados com o produto alimentício.
[00156] Item 33. Método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 25, em que o pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino é usado para um efeito profilático combinado e um efeito de melhoria no despoeiramento.
[00157] Item 34. Método de acordo com qualquer um dos itens 1 a 25, em que o pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino é usado para um efeito profilático combinado e redução do risco de explosão durante o armazenamento no silo e/ou o despoeiramento produto alimentício.
[00158] Em qualquer uma das modalidades da presente invenção, os minerais, especialmente o bicarbonato de metal alcalino, são naturais ou produzidos sinteticamente.
[00159] Em um modo preferido da presente invenção, o bicarbonato de metal alcalino e/ou o coformulante são aditivos alimentares. O termo “aditivo alimentar” pretende significar os compostos listados em e correspondendo ao Codex Alimentarius da FAO/OMS - versão 2013.
[00160] Além disso, os minerais, o bicarbonato de metal alcalino ou os coformulantes listados no presente relatório descritivo, especialmente aqueles listados nos itens 1 a 26, são utilizáveis na agricultura orgânica de acordo com o Regulamento EC 834/2007.
[00161] Entre os minerais listados nos itens 1 a 26, o bicarbonato de sódio é especialmente vantajoso pois, além de ser autorizado por várias organizações (tais como a FDA nos Estados Unidos) em alimentos para humanos ou animais, possui perfis toxicológicos e ecotoxicológicos muito favoráveis e é bem tolerado por todos os organismos vivos tais como humanos e mamíferos. Por exemplo, o plasma e sangue de seres humanos o contêm naturalmente a uma concentração de aproximadamente 1200 mg/L e desempenha uma importante função na regulação do pH para esses líquidos.
[00162] Qualquer um dos coformulantes dos itens 7 a 26 pode estar em forma amorfa ou cristalina. No entanto, é preferível que o coformulante ou formulantes estejam em forma amorfa, ou seja, em forma não cristalina. Este é especialmente o caso de um coformulante que compreende sílica. A esse respeito, sílicas precipitadas não cristalinas ou sílicas pirogênicas não cristalinas são especialmente recomendadas em qualquer uma das modalidades da presente invenção.
[00163] Deve ser entendido que qualquer descrição, ainda que descrito em relação a uma modalidade ou modo específico, pode aplicar-se e ser permutada com outras modalidades ou modos da presente invenção.
[00164] Caso o conteúdo de qualquer uma das patentes, pedidos de patente e publicações aqui incorporados por referência entre em conflito com o presente relatório descritivo ao ponto de um termo tornar-se pouco claro, o presente relatório descritivo terá preferência.
[00165] Os exemplos que se seguem destinam-se a ilustrar a invenção. Eles não devem ser interpretados como limitações ao âmbito da invenção reivindicada. Exemplos Exemplo 1 (de acordo com a invenção) — Testes com contato de duas espécies de inseto em misturas de pó/grão
[00166] Foram conduzidas duas baterias de testes com contato de um pó misturado com grãos de trigo de dois insetos: Sitophilus granarius (também conhecidos como caruncho do trigo ou gorgulho do grão ou “charançon du blé”) e Rhyzopertha dominica. Esses dois insetos são os principais insetos degradadores de estoques de cereais; são especialmente perigosos porque colocam ovos no interior dos cereais. Rhyzopertha dominica é um besouro encontrado quase em todo o mundo como uma praga de grãos de cereais armazenados (trigo, arroz, milho,...) e também como uma praga importante de nozes tais como amendoins.
[00167] Para os testes no Exemplo 1, um pó contendo 85% em peso de bicarbonato de sódio e 15% em peso de um sílica gel foi formado e então aplicado aos grãos de trigo (obtidos de fazendas orgânicas e não tratados quimicamente antes e depois da colheita) antes de colocados em contato com uma espécie de inseto em teste. O bicarbonato de sódio era bicarbonato de sódio EF (“extrafino”), para o qual 90% das partículas em peso são entre 0 e 130 um, e o sílica gel era um sílica gel moído com D90 de aproximadamente 70 um.
[00168] Cada teste de cada espécie foi conduzido como segue: *+ incorporar o pó (85% em peso de bicarbonato de sódio e 15% em peso de sílica gel) em um lote de 2 Kg de grãos de trigo em uma quantidade suficiente para alcançar 100 ppm, 300 ppm, 500 ppm e 1000 ppm de pó por peso de grãos de trigo em 4 lotes separados de misturas de pó/grãos de trigo; e para cada repetição do teste, um novo lote com novos insetos são repetidos; + 50 indivíduos de cada espécie de inseto foram depositados em um lote de 2 Kg de mistura de grãos de trigo/pó; + a mortalidade foi registrada depois de 3, 7, 10. 14, 21, 30, 42 dias de contato com a mistura de pó/grão.
[00169] Esse teste para cada mistura de pó/grãos foi repetido três vezes para espécie de inseto.
[00170] Um controle (com contato de indivíduos não tratados) foi também conduzido para cada espécie.
[00171] Os resultados dos testes para Sitophilus granarius são mostrados na Tabela 1.
[00172] Os resultados dos testes para Rhyzopertha dominica são mostrados na Tabela 2. Tabela 1 - Teste em Sitophilus granarius (caruncho do trigo ou “charançon du blé”) (em % de taxa de morte - valores médios) Números de dias de contato Bá hd od 14d pId com BICAR 100 ppm + sílica gel 15% com BICAR 300 ppm + sílica gel 15% com BICAR 500 ppm + sílica gel 1596 bm bm bx bm 01% com BICAR 1000 ppm + sílica gel 1556 po —b% l% 8% Tabela 2 - Teste em Rhyzopertha dominica (broca pequena do grão ou “capucin des grains”) (em % de taxa de morte - valores médios) | Números de dias de contato Bad d od %4a bia Boa com BICAR 100 ppm + sílica gel 15% com BICAR 300 ppm + sílica gel 15% com BICAR 500 ppm + sílica gel 1596 “pe bx lh% bx 5% 17% com BICAR 1000 ppm + sílica gel 15% Exemplo 2 (de acordo com a invenção) — Testes com contato de 3 tipos de espécies de inseto com um pó misturado com grão de trigo
[00173] Os testes foram conduzidos em três espécies diferentes que são os principais parasitas encontrados em unidades de armazenamento de grãos/alimentos: dois coleópteros e um lepidóptero: + Tribolium confusum (também conhecido como besouro da farinha); e Sitophilus oryzae (também conhecido como gorgulho do arroz, o qual é agora a principal praga encontrada no trigo); * Ephestia kuehniella (também conhecido como traça da farinha).
[00174] Para os testes no Exemplo 2, um pó contendo 95% em peso de bicarbonato de sódio e 5% em peso de sílica foi aplicado aos grãos de trigo (obtidos de fazendas orgânicas) antes de colocados em contato com uma espécie testada. O bicarbonato de sódio era um bicarbonato de sódio (Solvay Bicar&Food, grau 0/4), com tamanho médio de partícula por laser de 25 um. O coformulante do mineral era sílica amorfa (Solvay TixosilO 38 AB, grau alimentar), com tamanho médio de partícula por laser de 25 um (diâmetro médio ponderado).
[00175] Uma pré-mistura do bicarbonato de sódio (85% em peso) e sílica (15% em peso) foi primeira preparada e, a seguir, moída em um moinho de impacto fino 100 UPZ para formar um pó com D90 de aproximadamente 60-70 um.
[00176] Os testes foram realizados como segue: + incorporar o pó em um lote de 2 kg de grãos de trigo em uma quantidade suficiente para alcançar 100 ppm, 200 ppm e 300 ppm de pó por peso de grãos de trigo; para cada dosagem de pó e cada espécie de parasita em teste, usa-se um lote diferente de 2 kg + depositar 50 insetos de cada espécie nos lotes de 2 kg de pó +grãos de trigo misturados para iniciar o contato; + manter o contato a 22-25 C com 60-63% de umidade relativa se *+ registrar a taxa de mortalidade em função do tempo: 7,8,9 e até 20 dias de contato (ou mais se necessário) após o contato inicial.
[00177] O teste de cada lote de pó + grão foi repetido três vezes para cada espécie de inseto.
[00178] Os resultados dos testes são mostrados para as 3 espécies de insetos na Tabela 3 (dose de 100 ppm ou mg de pó/kg de trigo), Tabela 4 (dose de 200 ppm ou mg de pó/kg de trigo) e Tabela 5 (dose de 300 ppm ou mg de pó/kg de trigo).
[00179] Um controle (com indivíduos não tratados) no qual os insetos passaram pelas mesmas manipulações para verificar a segurança das sementes e a viabilidade dos insetos no material alimentar sem o pó) foi também conduzido para cada espécie — ver a Tabela 6 (Controle — nenhuma dose de pó). Tabela 3 — Dose: 100 ppm (mg de pó/Kkg de trigo) - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias LE Ll 1] l*Rpl |] Troll | [Rp3| [%ÇTM| ZM] Desvio | mio a amo [a [am] pn] a [um we E so [o o 5/0 [|/o| 5 /o | o] 0o| 42 [| 16 [4 LL | ºo | 9] 4nj18 [10 |40 /20|7 [43 [nu 1) 3)| LL | 10 |12]|38 | 24 [15]35 | 30 |13 | 37 [26/27 | 3 | LL | 15 |35]15]| 7 [38] ]12 | 76 | 31 [19 [6& | 6 | 7 | LL 16 |37]13 | 7 [42 | 8 [8 | 43 | 7 [8 | 8 | 6 | LL | 1 |40]|10 | so [46 | a [9 | 48 | 2 [96 /8| | LL 1 l4] 6 | 8 49 1 [o | 50 | o [10/95 | 6 | L | 20 |50] o j10 [50] o [10 | 50 | o [100/10 | o | Siophítus | 7 | o | 50 | o [o |5s0 [| o | o | 5 / o | o | o| 19 |2 | LL | o | 2 | a |/4 53 LL 1 117 |a4s | ns L | 15 3] unuj7 / 42 |68 | 8 | 3 [nf 78 / 8) 3 | L | 16 | 40 | 10 | 8 | as | a | 9 | a | 7 |8| 8] 6 | L | 1 ias] 5s j9 [50 | o [10 | 4 | 3 [94 [95 || LL 18 | a8] 2 |96 50 | o [10 | 50 | o [1009 | >| L | 20 | 50] o j10 [50] o [10 | 50 | o [10/10 [0 Ephestia | 7 | 8 | 42 |16 | s | as | 10|3 [47 | 6 | ns) IKuehniell a 13 | 37 | 26 | 6 | 4 | 1 9 41 | 18 | 19 7 34 | 32 |V L | 10 | 20] 30 | 40 | 2 L 1 |50 | o j10|50o | o [10 | 50 | o [10/10/00 L | 16 |50] o j100[/50] o [10 | 50 | o [10/10 [0 LL | 1mji5o] o j100 [50] o [10 | 50 | o [10/10 [0 LL | 18 |50] o j100|/50 |] o [10 | 50 | o [100/10 | o | LL 1 20150] o [10[50 |] o [10 | 50 | o [10/10 || D = Mortos; À = Vivos; % M =% de mortalidade; Rep = repetição Tabela 4 — Dose: 200 ppm (mg de pó/Kkg de trigo) - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias
FINIPAFINFINDIPANHSS Dias | D | A |&M| D | À | &M | D |) A | %M |Média padrão riboliam] 7 | 3 | 47 | 6 [2 [a | 4 [4/4 | 8 |6 | >2)| onfusum Lu 30 ]|20 [6 [29/22 | 5s8 [35/15 | 7% | 6] 6 | | Le 41 jo &| 3/13 | 7 [43 / 7 |: | 8 | 6 | | | Lu 50] o [10 | 50 [o | 10 [50 | o |10 [10] o | |15 | 50] o [10 | 50 [o | 10 [50 | o j10 [10] o | [itophilus brysae [| 8 | 8 [42 16 / 4 | 46] 8 9 | [18 [| 1| 5 | L12 | 34 [16 [68 38/12] 76 44] 6 | 8 | 77 | 10 | 13 4 9 [8& 43 / 7 | & 49 | 1 | og | 8&| 8 | Lu |a4s | s [9 | 50 / o | 10 |50] o [10 [97 | 6 | |15 | 50 | o [10/50 [o | 10 [50] o [100 [10| o | EEphestia Kuebniella) 8 | 45 [| 5 9 | 41 | 9 | & [43 | 7 [& | 8 | a | (arvay | 9 [50 [| o [100 | 50 | o | 10 [47| 3 [94 [98 | 3 | | 50 | o [10/50 | o | 10 |50] o | 100 [10| o | LL | ul5so| o j10|/5s0/ o | 10 [50] o | 100 [10] o | | 12 | 50] o [100 [50 | o | 10 [50 o |100 [100] o | | 13 [50] o [10 [50 [o | 10 [50 | o | 100 [10] o |
D = Mortos; À = Vivos; % M =% de mortalidade; Rep = repetição Tabela 5 — Dose: 300 ppm (mg de pó/Kkg de trigo) - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias
Lola amo a [am na [am mese Dias D A %M D A %M D A % M | Média |padrão riboium [| 7 | 4 [46 | 8 | 8 [4 | 16 | 5 [45 | 10] n1n | a| confusum | 8 | 6 | 44 1 [12 | 38] 2 | 8 42 [16 ]17] 6 | 12 [47 | 3 |9 | 50 / o [100 |4s]| 5 [90 [os || 13 [50 | o J10 | 50 | o [100] 50] o [100 [100 | o | 14 | 50 | o [100 | 50 | o [10 | 50 | o j10 [10 | o | [| 50 | o J10 | 50 | o [10 | 50] o [100 [100 | o | Sitophilus | 7 | 9 oryzae 8 | vp 9 | 15 [| 1 ja 1 | 30 12 | 38 | 12 [76 | 42 | 8 | 84 | 40 [10 | 8 | so | a | 13 | 46 14 | 50 | o [100 | 50 | o [100/49 [1 | 98 [9 | 1 | 15 | 50 | o [10 | 50 | o [10 |/50 | o j10 /10| o | EEphestia | 7 | 38 IKuehniella[ 8 | 44 | 6 | 88 | 40 | 10 | 8 | 46 4 [92 |8 | 6 | MMarvay [9 [49 [1 98 [4 |3 |9 | |/50 /0 [10/59 [53 |
Lola amo a am] on] a jam mesa Dias | D | A |M|] D | A j&M| D A | %M | Média padrão | 50 | o [10 |50 [o [10] 50 | o [100 [100] o | Lu |5so | o [10 ]|50 | o [10 |/50 | o j100 /10 | o | [12 [50 | o [10 | 50 | o [10 | 50 | o j100 [10 | o | [13 [50 | o [10 | 50 | o [10 | 50 | o j100 [10 | o | L Ju|5o | o j10|50 | o [10 |/50 | o J10 [10 | o | LL |15] 50 | o [10]|5so | o J10|50 | o [10 /10| 0 | D = Mortos; A = Vivos; % M =% de mortalidade; Rep = repetição Tabela 6 — Controle (nenhum pó usado) - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias
FINFINNFNNFNSSSS Dias | D A |XM| D A |XM| D A | %M | Média padrão riboliam | 7 | o | 50 [00 [o | 50 /00| o |5s / oo o | 0o| confosum | 8 | o | 50 [00 | o | 50 00 [| o | 50/00 | o| 0o| | o | o] 50 [00 [o | 50 /00| o |5 / oo o | 0o| 10 | o | 50 [00 [o | 50 /00| o |5s / oo o | 0o| Lulo] 5 [00o[/ o | 50 /00| o |5s / oo o | 0o| 12 | o | 50 [/00| o [5 [oo | o | 5 /00|/0o| 0o| J 3 J 1 | 15 itophitus [| 7 | o | 50/00 | o | 50 [00/00 [50/00 | o| o| loryzae 8 | o | 50/00/00 |50 /00| o |50 /o0o o 0 | J 9 | o |50 /00| o | 50 [/00o| o [50/00 | o| 0o| J 10
J U J 12 J 3 J 14 | 15 EEphestia | 7 Kuehnietla] 8 | o | 50 [00 | o | 50/00 | o [50/00 o | 0o| lava) [| 9 | o] 50 | 00o[| o | 50/00 | o | 50/00 [| o | 0o| | | 10 |/0o]50 | 00o[|1 [49 [20] o | 50 00 [07 [12| | | ujlo]50o | o0o[|1 [49 [20] o | 50 00 [07 [12| | || o ]|50 | o0o| 2 [a / 40] 1 | 4 20 | 2 [>| | 13 /2 ja ja40 | 2 [48/40] 2 |a8 40 | 4 [o | | [un / 2 4 | 40| 2 [a8 40] 3 [47 60 | 5 [1 | [| |1s | a [46 | 80[3 4 [60] 5 |as ]100[ 38 [>| D = Mortos; A = Vivos/ % M =% de mortalidade; Rep = repetição
[00180] A partir dos dados acima, nota-se que a taxa de mortalidade dos insetos na mistura de trigo/pó mineral (condições | e 2) é bastante semelhante à taxa de mortalidade natural deles na ausência de qualquer alimento e pó mineral (Teste Branco ou controle). Assim o pó mineral atua como uma barreira entre os insetos e o seu alimento (grãos de trigo). Isso confirma que o pó mineral não é nocivo para os insetos e, especialmente, não é parasiticida quando as doses são adaptadas, em particular ser a uma taxa de mortalidade de no máximo 15+/-4% depois de 7 dias.
[00181] Pode-se ver também que a taxa de mortalidade é igualmente maior com larvas. Isso permite reduzir as doses se desejado somente um tratamento profilático contra as larvas sem atuação sobre os adultos insetos individuais. Exemplo 3 (de acordo com a invenção) — Teste com contato de inseto-praga primário e inseto-praga secundário com um pó misturado com grão de trigo
[00182] Os testes foram conduzidos em condições semelhantes às do Exemplo 2 em trigo orgânico não tratado (50 insetos de cada espécie depositados em lotes de 2 kg de pó + grãos de trigo misturados para iniciar o contato; contato mantido a 22-25 ºC com 60-63% de umidade relativa), mas com um pó compreendendo 95% de bicarbonato de sódio e 5% de sílica, e tamanho médio de partícula inferior a 63 um.
[00183] Sitophylus Oryzae (Gorgulho do arroz) foi usado como espécie representativa de inseto-praga primário.
[00184] Tribolium Confusum (Besouro da farinha) foi usado como espécie representativa de inseto-praga secundário.
[00185] Os insetos não foram privados de alimentação inicialmente (ou seja, alimentaram-se normalmente antes do teste), e cada teste foi realizado três vezes para calcular um valor médio e um desvio padrão referentes à repetibilidade.
[00186] Os resultados são listados nas Tabelas 7 e 8 (Legenda: D: mortos, A: vivos, M: mortalidade).
[00187] Elas mostram que, com um pó de bicarbonato alcalino na quantidade de 100 a 200 ppm de tal tamanho partícula, o efeito profilático é notável sobre insetos-praga primário e secundário grãos. O acesso à alimentação dos insetos é limitado quando as doses aumentam e fornece uma taxa de mortalidade de insetos que pode ser próxima ou superior ou igual à taxa de mortalidade de insetos privados de grãos de trigo.
Tabela 7 — Teste em Sitophilus oryza - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias Ee ea lan! 514 Ian] 5 1a Inuits] trigo Dias A %M A %M A % M | médio |padrão 50 ppm 5 O 50 O O 50 O O 50 O o o 7 O 50 O Oo 50 O Oo 50 O o o | 2 48 à 1 49 2 1 49 2 3 1 | 8 42 16 7 43 M 4 4 8 |13 | 4 | 9 4 18 12 38 24 NM 39 2 /2)|3 | 13 37 26 20 30 40 18 32 36 | 34 | 7 100 ppm 5 O 50 O O 50 O 0 50 O o o 7 O 50 O 1 49 2 oO 50 O 1 1 10 / 0 50 O 1 49 2 1 49 2 1 1 15 | 3 47 6 4 4 8 2 48 4 6 2 20 | 22 28 4 25 25 50 2 29 42 | 45 | 4 30 | 36 14 72 38 12 76 31 19 6 | 70| 7 150 ppm 5 O 50 O 0 50 O O 50 O o o 7 2 48 4 1 49 2 Oo 50 O 2 2 10 | 5 45 10 7 4 M 1 49 2 9 6 15 / 33 17 6 38 12 76 26 24 52 |/65| 1 20 |45 5 90 4 9 8 40 10 80 |84| 5 30 | 50 0 10 50 0 10 50 0 10/10 | O Eh ela ll, lala liehod trigo Dias A %M A %M D A % M | médio |padrão 200 ppm 5 O 50 O O 50 O O 50 O o o 7 1 49 2 1 49 2 o 50 O 1 1 10 | 8 42 16 9 4 18 5 45 10/|/15/ | 4 15 | 40 10 8 36 1M4 72 38 12 76 | 76 | 4 20 | 48 2 9% 50 0 100 50 O 100/99) 2 30 | 50 O 10 50 O 10 50 0 100 /10| O Não tratado 5 O 50 O O 50 O O 50 O o o (com grãos) 7 o 50 O oO 50 O oO 50 O o o 10 | 0 50 O oO 50 O oO 50 O o o 15 | 0 50 O oO 50 O O 50 O o o 20 / 0 50 O O 50 O 1 49 2 1 1 30 | 1 49 2 1 49 2 3 49 6&5 3 2 Não tratado 5 o 50 o o so o o 50 o o o (sem grãos) 7 3 47 6 1 49 2 o 50 o 3 3 10 | 6 4 12 4 4 8 3 47 9 3 15 | 37 13 74 30 20 60 33 17 66/67 20 |47 3 94 48 2 9 50 O 100/9 |3 30 | 50 0 10 50 0 10 50 0 100 10 | 0 Tabela 8 — Teste em Tribolium confusum - Mortalidade da população de insetos (% M) versus número de dias rep 1 Eh ela ee a leio La lei] trigo A |%M A |%XM A | %M |médio padrão 50 ppm 5 O 50 O O 50 O O 50 O o o 7 oO 50 O O 50 O oO 50 O o o 10 | 2 48 4 1 49 2 O 50 O 2 2 15 / 4 4 8 1 49 2 2 48 4 5 3 20 / 9 49 18 7 48 1uW 6 4 12 | /15|/3 30 | 1 39 22 14 36 28 15 35 30/27 | 4 100 ppm 5 O 50 O O 50 O 0 50 O o o
7 O 50 O O 50 O O 50 O o o | 6 4 12 0 50 O 1 49 2 5 6 / 8 42 16 4 4 8 2 48 4 9 6 | 1 39 22 13 37 26 15 35 30 | 26 | 4 | 37 13 74 40 10 8 34 16 68 |74| 6 150 ppm 5 0 50 O O 50 O 0 50 O o o 7 1 49 2 O 50 O O 50 O 1 1 10 4 4 8 2 48 4 3 47 6 6 2 15 26 24 52 29 21 58 2 28 4) 5/7 20 | 41 9 8 50 o 10 4 6 8 | 9|o 30 | 50 0 10 50 O 10 50 0 100 /100| 0 rep 1 HM | EM Dose adicionada ao Valor |Desvio| trigo Dias D A %M D A XM| | D A % M | médio |padrão 200 ppm 5 O 50 O 0 50 O 1 49 2 1 1 7 2 48 4 1 49 2 1 40 2 3 1 10 10 40 20 5 45 10 6 4 12 | U|S 15 42 8 8 40 10 8 39 1 78 |/81|3 20 | 50 0 100 50 O 10 47 3 94 |/o98|3 30 | 50 o 10 50 0 10 50 0 10 /10| o Não tratado 5 O 50 O o so o o 50 o /of/o (com grãos) 7 O 50 oO o so o o 50 0/0 /o 10 /0 50 O 1 49 2 O 50 O 1 1 15 / 0 50 O 1 49 2 1 40 2 1 1 20 / 1 4 2 1 49 2 1 4 2 2 |/o 30 | 3 47 6 2 48 4 3 4 65 5 1 Não tratado 5 2 48 A 1 49 2 1 409 2 3 1 (sem grãos) 7 2 48 4 2 48 4 1 49 2 3 1 10 4 4 8 4 4 8 4 46 8 8 | o 15 26 2 5 22 28 4 20 30 40 /45| 6 20 | 47 3 94 50 O 10 50 O 100|/98|3 30 | 50 o 10 50 o 10 50 o 10 |/10| o Exemplo 4 (de acordo com a invenção) — Testes com bicarbonato de metal alcalino diferente com contato de inseto-praga com um pó misturado com grão de trigo
[00188] Os testes são conduzidos em condições semelhantes às do Exemplo 3 em trigo orgânico não tratado com três pós diferentes de bicarbonato de metal alcalino diferente: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio e trona (compreendendo 93% de sesquicarbonato de sódio) e teste da influência do tamanho de partícula dos pós de acordo com a presente invenção.
[00189] Os ditos três bicarbonatos de metais alcalinos de tamanho grosseiro de partículas (tamanho médio de partícula entre 220 e 280 um) são misturados com 2% de sílica (Solvay Tixosil& 38 AB, grau alimentar) para obter trêê composições diferentes compreendendo 98% em peso de bicarbonatos de metais alcalinos e 2% em peso de sílica.
[00190] Os testes são realizados em Sitophylus Oryzae (Gorgulho do arroz) em doses diferentes de 200 a 2000 ppm mais um teste de branco sem grãos (insetos privados de grãos). Para alcançar a mesma eficácia que os resultados da taxa de mortalidade no Exemplo 3, a dose dos três pós (98/2) precisa atingir valores de aproximadamente 1430 a 1880 ppm devido à barreira mecânica menos eficaz com tamanho mais grosseiro de partículas dos bicarbonatos. Exemplo 5 (de acordo com a invenção) — Teste em pó de bicarbonato de metal alcalino na remoção de poeira de grãos
[00191] Nesse teste, avalia-se o impacto do uso de bicarbonato de metal alcalino fino sobre a separação de poeira do produto alimentício grosseiro (grãos de trigo). Trigo limpo (fornecedor: VERSELE-LAGA) é misturado com O (teste de branco), 0,7% e 1,5% de farinha de trigo integral (PRIMEAL tipo 150) simulando poeira de grãos.
[00192] As ditas três misturas com 0, 0,7 e 1,5% de farinha foram misturadas com o pó de bicarbonato de sódio usado no Exemplo 3, com uma quantidade de 0,1 e 0,2% em peso (1000 e 2000 ppm) de pó de bicarbonato, relatada em relação ao peso de grão de trigo e misturas das farinhas de trigo.
[00193] Os equipamentos seguintes foram usados para simular um separador a ar de poeira: e Aparelho com peneira vibratória RETSCH AS 200 Digital + Balanças de laboratório de precisão: METTLER PG5002-S e SARTORIUS BP 121 S * Peneira de 2 mm (nº 1) * Tampa de peneira padrão RETSCH equipada com um exaustor de ar para alcançar uma velocidade do ar de 0,3 m/s acima da peneira.
[00194] Para esse teste, foram utilizadas as seguintes condições operacionais: + Preparação do trigo, poeira e misturas do pó de bicarbonato de sódio; + Divisão e pesagem do trigo para aproximadamente 85 a 95 g de trigo limpo.
[00195] Para testes com poeira adicionada, é calculada a quantidade de poeira a ser adicionada (a quantidade de poeira é calculada de acordo com a quantidade de trigo limpo pesado).
[00196] Para testes cm adição de pó de bicarbonato de sódio, é calculada a quantidade de pó a ser adicionado (a quantidade de pó é calculada de acordo com a quantidade de trigo limpo pesado).
[00197] Homogeneização de misturas com misturador WAB Turbula.
[00198] Peneiramento de trigo limpo ou sujo na peneira RETSCH por minutos com nível de vibração definido em 90%. A extração do ar é iniciada antes de começar o peneiramento e interrompida depois de parar o peneiramento quando testado.
[00199] O fundo intermediário da peneira é pesado e também a peneira de 2 mm com trigo limpo, para obter um balanço preciso da perda de peso pela poeira removida.
[00200] Imagens obtidas por SEM dos grãos de trigo após os testes.
[00201] Os resultados são fornecidos na Tabela 9.
[00202] Pode-se ver que, quando o pó de bicarbonato de sódio é adicionado antes da separação de partículas finas do produto alimentício, o despoeiramento é melhorado sensivelmente: - pelo menos todo o peso equivalente da farinha integral adicionada para simular poeira, mais o peso da mistura de bicarbonato de sódio é removido quando a sucção do ar é realizada (com resultados de 108 a 111% do peso de partículas finas removidos pelo peneiramento e sucção do ar); - comparativamente, sem o pó de bicarbonato de sódio, somente 84% (com 0,7% de farinha adicionada) ou 94% (com 1,5% de farinha adicionada). Isso mostra que a poeira fina (compreendendo principalmente
40 / 43 carboidratos e celulose do farelo de tribo da farinha de trigo integral) é útil.
[00203] As imagens por SEM de amostras correspondentes mostram uma diminuição na quantidade de impurezas e poeira fixada nos grãos, embora com inúmeras partículas finas da mistura de bicarbonato de sódio ainda na superfície dos grãos. Tabela 9 — Testes de remoção de poeira dos grãos Condições operacionais em peneira de 2mm | Farinha 150 | Farinha 150 + Perda de peso] Eficácia da Produto peneirado Ventilação antes do pó de do trigo poeira despoeiramento | bicarbonato (poeira removida antes do — peneirada e/ou despoeirament | sucção de ar o por peneira % % % % Trigo sem pó de Não - o o 0,02 - limpo | bicarbonato Sim 0,3 m/s o o 0,22 - Trigo |+ bicarbonato Não - o 01 0,05 46 limpo 0,1% Sim —Jo3ms o 0,1 0,18 181 + bicarbonato | Não Pg oz 0,15 TB 0,2% 0,3 m/s o 0,2 0,29 144 Trigo | sem pó de 0,7 0,56 81 limpo + | bicarbonato | “Sim —[ 03m/s 0,7 0,7 0,56 81 Farinha [+ bicarbonato| — Não - 0,69 0,79 0,71 89 1500,7%| — 01% Sim —[03ms 0,7 0,79 0,88 11 + bicarbonato 0,89 0,75 84 0,2% 0,3 m/s 0,69 0,89 0,97 109 Trigo | sem pó de 1,48 LIS 78 limpo + | bicarbonato 0,3 m/s 1,48 1,48 1,39 94 Farinha | + póde 158 138 88 150 1,5%] bicarbonato | Sim [o3ms 1,48 157 171 108 0,1% + pó de Não - 1,48 167 1,49 89 bicarbonato | Sim —[03ms 147 167 177 106 0,2% Exemplo 6 (de acordo com a invenção) — Testes sobre o impacto de pós de bicarbonato alcalino sobre o limite de explosividade de partículas finas de grãos de cereais
[00204] Para testar a influência de pós de bicarbonato alcalino sobre a inflamação e sobre o limite de explosividade da poeira de grãos de cereais, o limite de explosividade da farinha foi medido com e sem o pó de bicarbonato alcalino.
[00205] A poeira típica e grãos quebrados após a coleta da cultura e o manuseio em caminhões, antes do despoeiramento, está geralmente na faixa de 0,7% a 1,5% em peso de partículas finas no estoque total. E um grão limpo depois da operação de despoeiramento com separadores mecânicos e/ou a ar ou gases, pronto para ser armazenado, em geral, é composto por 0,3 e 0,5% de poeira.
[00206] Essa poeira, quando separada dos grãos, é geralmente muito fina e requer atenção para evitar inflamação ou explosão, especialmente durante verões secos e quentes. O Limite Inferior de Explosividade (LIE) de uma poeira é a concentração mínima de poeira no ar acima da qual a mistura pode entrar em ignição. À medição é feita em uma esfera de aço inoxidável de 20 litros com uma energia de ignição de 2 kJ (iniciador pirotécnica).
[00207] O valor mediano do tamanho de partículas de pós usados era <63 um.
[00208] A concentração é variada em relação a uma mistura com ar para a qual não ocorre ignição em três testes consecutivos. Essa mistura está na concentração de LIFE.
[00209] Para isto, o Limite Inferior de Explosividade é calculado de acordo com a norma NF EN 14034-3, com: - Farinha apenas (farinha integral 150) - Mistura de farinha (85% em peso) e pós de bicarbonato de metal alcalino (15% em peso).
[00210] Os resultados foram os seguintes e mostram um impacto favorável para aumentar o limite de explosividade (ou seja, quantidade de poeira/ m3) e, assim, reduzindo os riscos de perigo de explosão: - Limite Inferior de Explosividade da amostra 1 (farinha apenas): 90 g/m3.
- Limite Inferior de Explosividade da amostra 2 (mistura de farinha e pó de bicarbonato): 200 g/m3. Exemplo 7 (de acordo com a invenção) — Testes sobre adição de pó de bicarbonato de metal alcalino em silo
[00211] A mistura de bicarbonato de sódio e sílica do Exemplo 3 foi usada em um teste de aplicação para incorporação em 50 toneladas de trigo comum no enchimento de uma célula, e amostras retiradas ao ser esvaziada a dita célula, com as seguintes condições:
- Tratamento no topo de um elevador (aproximadamente 25 m de altura) durante o preenchimento da célula industrial
- Tratamento por 30minutos de 50 T a 200 g/T, de modo que, à dosagem de 200 ppm
- Fluxo de grãos: 100 T/h carregadas na célula
- Fluxo da mistura de bicarbonato de sódio: 20 Kg/h adicionados com uma sistema de dosagem Venture e pulverização de ar sobre o trigo no topo do elevador de alimentação da célula.
Amostras durante o esvaziamento:
o Na saída dos grãos (3 amostras)
o Após a passagem para o separador de limpeza (3 amostras) o Retirada de amostras na saída da célula:
m Amostra Nº 1 - fundo da célula (amostragem no início do esvaziamento)
m Amostra Nº 2 — meio da célula (amostragem na metade do esvaziamento)
m Amostra Nº 8 — topo da célula (amostragem no final do esvaziamento)
o Retirada de amostras após a passagem para o separador de limpeza:
m Amostra Nº 3 — fundo da célula (amostragem no início do esvaziamento)
m Amostra Nº 4 — meio da célula (amostragem na metade do esvaziamento)
m Amostra Nº 9 — topo da célula (amostragem no final do esvaziamento)
[00212] A quantidade medida de bicarbonato de sódio em grãos de trigo correspondentes foi como segue: o Na saída da célula antes da passagem para o separador de limpeza: Amostras 1, 2, 8 respectivamente: 202, 199, 202 ppm o Após a passagem no separador de limpeza Amostras 3, 4, 9 respectivamente: 134, 142, 149 ppm
[00213] Esses resultados mostram que aproximadamente 65% a 75% da mistura de bicarbonato de sódio permanecem fixados no produto alimentício (nos grãos) após o separador a ar de limpeza (típico). Isso é útil para o efeito profilático durante o armazenamento de grãos (ou feijões ou nozes).
[00214] Portanto, o bicarbonato de metal alcalino no produto alimentício deve ser aumentado tipicamente de 25 para 50% acima da dose pretendida se adicionado como agente auxiliar para ajudar a remoção de impurezas e poeira antes do separador mecânico ou a ar se o armazenamento de longo prazo deva ser abordado.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. Método para o tratamento profilático contra o desenvolvimento de parasitas em um produto alimentício com um pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, e o dito tratamento compreende misturar o pó com o produto alimentício, caracterizado pelo fato de que: no máximo 1000 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício, em que “no máximo 1000 ppm” significa “no máximo 1000 mg do pó relatados em relação a um kg de produto alimentício.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que no máximo 500 ppm em peso, de preferência no máximo 300 ppm em peso, mais preferivelmente no máximo 200 ppm em peso, ainda mais preferivelmente no máximo 100 ppm em peso do pó são misturados com o produto alimentício.
3. Método de acordo com a reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que pelo menos 10 ppm do pó são misturados com o produto alimentício.
4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o pó compreende pelo menos 50, de preferência pelo menos 85% em peso do bicarbonato de metal alcalino.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o bicarbonato de metal alcalino é escolhido dentre: bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, sesquicarbonato de sódio, trona e misturas dos mesmos.
6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o pó compreende pelo menos 1% em peso de um coformulante escolhido dentre: uma sílica, uma terra diatomácea,
um silicato de metal alcalino terroso, uma argila, a montmorillonita, uma zeólita ou misturas dos mesmos.
7. Método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o pó compreende no máximo 50% em peso, de preferência no máximo 15% em peso do coformulante.
8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o tamanho médio de partícula do pó é no máximo 100 um ou, preferivelmente, no máximo 70 um.
9. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o produto alimentício é sementes de grãos escolhidas dentre: Cereais (tais como trigo, arroz, milho, sorgo), “pseudocereais” (grãos da família Polygonaceae tais como trigo sarraceno; ou grãos da família Chenopodiaceae tais como: quinoa, amaranto; ou grãos de Pedaliaceae tais como: gergelim); plantas oleaginosas (tais como: colza, girassol, amendoim, linho); sementes de leguminosas; e feijões (tais como favas, vagens, lentilhas e ervilhas, ou feijões da família Fabaceae) ou nozes.
10. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que é para prevenir um aumento na população de parasitas no produto alimentício durante o armazenamento, em que o pó no produto alimentício é adicionado a uma dose de modo que a taxa de mortalidade de parasitas em contato com o produto alimentício a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e 61,5% +/- 1,5% de umidade relativa, é, no máximo, 15+/-4% depois de 7 dias.
11. Método de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo fato de que o pó no produto alimentício é adicionado a uma dose de modo que a taxa de mortalidade de parasitas em contato com o produto alimentício a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e 61,5% +/- 1,5% de umidade relativa é, no máximo, a mortalidade do parasita em comparação à sua mortalidade na ausência de alimentação.
12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que o parasita é selecionado pelo menos dentre: Tribolium confusum, Sitophilus granarius (caruncho de grãos), Sitophilus oryza (gorgulho do arroz), Rhyzopertha dominica (broca pequena do grão), Sitotroga cereallela, Acanthoscelides obtectu, Bruchus pisorum, Cryptolestes turcicus, Trogoderma granarium ou Ephestia kuehniella (traça da farinha).
13. Produto alimentício, tendo uma forma de um grão ou de um feijão ou de uma noz, caracterizado pelo fato de que a dita forma define uma superfície e de que há, sobre a dita superfície, pelo menos 10 ppm e no máximo 1000 ppm em peso, relatados em relação ao peso total do produto alimentício, de um pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, e em que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um.
14. Produto alimentício, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo fato de que a taxa de mortalidade de Sitophilus Oryza (Gorgulho do arroz), em contato com o dito produto alimentício e medida a uma temperatura de 23,5 ºC +/- 1,5 ºC e 61,5% +/- 1,5% de umidade relativa, calculada com 50 parasitas individuais em contato com 2 kg do produto alimentício, é pelo menos 34% dos indivíduos após 7 dias e, no máximo, depois de 15 dias nas mesmas condições, porém privados de alimentação.
15. Uso de um pó compreendendo mais de 40% em peso de um bicarbonato de metal alcalino, caracterizado pelo fato de que o pó está na forma de partículas com tamanho médio de partícula de no máximo 300 um, de acordo com o método definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 12, por: - seu efeito profilático combinado contra o desenvolvimento no produto alimentício de insetos, ácaros, fungos e micotoxinas; - e/ou melhorar a separação da poeira quando o produto alimentício está na forma de grãos, feijões ou nozes; - e/ou diminuir os riscos de incêndio e explosão no silo durante o manuseio e armazenamento do dito produto alimentício.
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