BR112020014460B1 - Método para montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos - Google Patents

Método para montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos Download PDF

Info

Publication number
BR112020014460B1
BR112020014460B1 BR112020014460-6A BR112020014460A BR112020014460B1 BR 112020014460 B1 BR112020014460 B1 BR 112020014460B1 BR 112020014460 A BR112020014460 A BR 112020014460A BR 112020014460 B1 BR112020014460 B1 BR 112020014460B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
piping
tube
piping element
outer tube
inner tube
Prior art date
Application number
BR112020014460-6A
Other languages
English (en)
Other versions
BR112020014460A2 (pt
Inventor
Raymond Hallot
Vincent Cocault-Duverger
Original Assignee
Saipem S.A
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Priority claimed from FR1850856A external-priority patent/FR3077359B1/fr
Application filed by Saipem S.A filed Critical Saipem S.A
Publication of BR112020014460A2 publication Critical patent/BR112020014460A2/pt
Publication of BR112020014460B1 publication Critical patent/BR112020014460B1/pt

Links

Abstract

A presente invenção refere-se a um método para a montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para o transporte de fluidos, cada elemento de tubagem (2, 2') compreendendo um tubo interno (4, 4') incluindo em uma extremidade uma protuberância (8) e um tubo externo (10, 10') compreendendo em uma extremidade um encaixe (28), o método compreendendo as etapas seguintes: colocar a tubagem inserindo em uma extremidade livre uma primeira cunha de travamento (20) encostada axialmente entre a protuberância de seu tubo interior e uma extremidade correspondente do seu tubo externo, montando o tubo interno (4') de um novo elemento de tubagem (2') no tubo interno da tubagem, posicionando o tubo externo (10') do novo elemento de tubagem ao lado do tubo externo da tubagem, fazendo deslizá-lo ao longo do tubo interno e montando o tubo externo do novo elemento da tubagem no tubo externo da tubagem inserindo previamente uma segunda cunha de travamento (22) encostada axialmente à protuberância do tubo interno da tubagem na sua extremidade livre e o encaixe do tubo externo em uma extremidade correspondente.

Description

Antecedentes da invenção
[0001] A presente invenção refere-se à atividade geral de construção marítima de tubagens submarinas que se encontram no fundo do mar ou assegurando a sua ligação fundo-superfície para o transporte de hidrocarbonetos, por exemplo de petróleo e gás, com origem nos poços de produção submarinos.
[0002] Diz respeito mais concretamente às condutas submarinas do tipo «tubo dentro de tubo» ou PIP, nas quais um tubo interno transporta os fluidos e um tubo externo coaxial com o tubo interno está em contato com o ambiente circundante, ou seja, com a água do mar.
[0003] O espaço anular entre os dois tubos pode ser preenchido com um material isolante ou mesmo esvaziado de qualquer gás, de modo a garantir o isolamento térmico dos fluidos que circulam na tubagem interior. Tais tubagens coaxiais submarinas são particularmente usadas na estrutura de instalações a grandes profundidades onde a temperatura da água é geralmente de 4°C ou para ligações longas.
[0004] Geralmente, as tubagens submarinas do tipo tubo dentro de tubo são montadas em terra em uma pluralidade de secções de tubagens chamadas «linhas», cada secção de tubagem sendo produzida a partir de um ou vários elementos unitários de tubagem, da ordem de 10 a 1000 m, dependendo da capacidade de carga do sistema de colocação. Estas secções da conduta são transportadas para o mar em um navio onde são ligadas umas às outras à medida que são lançadas ao mar (por um método conhecido como método de colocação em J, S, por bobina ou por secção flutuante).
[0005] As técnicas de assentamento requerem a ligação de cada nova secção da tubagem à conduta já instalada no mar antes de bai xar esta nova secção de tubagem no mar, fazendo avançar o navio de colocação. Este passo de ligação normalmente é realizado soldando as extremidades livres de aço dos respetivos tubos internos e externos da nova secção da tubagem à tubagem já instalada no mar.
[0006] Além disso, quando a tubagem instalada no fundo do mar está em funcionamento e a temperatura do fluido que transporta atinge temperaturas moderadas a altas (da ordem de 50 a 150°C), o aumento da temperatura causa uma expansão do tubo interno das secções diferentes da tubagem em comparação com a tubagem exterior mais fria (porque se encontra isolada e em contato com a água do mar a uma temperatura baixa da ordem de 3 a 5°C). Esta expansão da tubagem interna das secções da conduta resulta em uma compressão da tubagem interna, sendo esta última de fato bloqueada em cada extremidade da conduta submarina pelos elementos de fecho do espaço anular entre os dois tubos.
[0007] Durante a colocação, os tubos internos das várias secções da tubagem comprimem-se sob o seu próprio peso. Este peso é transmitido para a tubagem externa na sua ligação e é compensado por uma força de tração na tubagem externa. A parte inferior da tubagem também está sujeita a um movimento de flexão, podendo resultar em demasiada força combinada se as ligações mecânicas entre as duas tubagens estiverem muito distantes. Além disso, é capturado durante a construção um pré-esforço compressivo. Combinadas com o aumento da temperatura durante a fase de operação, estas forças podem causar deformação da tubagem no fundo do mar e, se essa de-formação for demasiado grave, a estrutura poderá ser destruída. De fato, quando a tubagem repousa sobre o fundo do mar, a conduta encontra-se restringida nos seus movimentos pelo seu ambiente. Sob o efeito combinado da pressão e da temperatura atuando no interior da tubagem interna, resulta destes movimentos o risco de danificar a tu- bagem.
[0008] Para limitar estes efeitos, é conhecido o posicionamento de peças de ancoragem intermédias em aço forjado (chamadas «cabeçotes intermédios") entre o tubo interno e o tubo externo da tubagem. Estas peças de ancoragem intermédias, permitem designadamente transferir as tensões mecânicas sofridas pelo tubo interno durante a colocação da tubagem na direção do tubo externo. São geralmente colocadas a cada quilómetro ao longo da tubagem, mas este intervalo pode ser aumentado ou diminuído dependendo das condições específicas da colocação, das propriedades da tubagem e da profundidade da água.
[0009] O uso de peças intermédias de ancoragem requer não apenas ter tais peças de aço forjado, mas também a sua incorporação na tubagem ao colocá-la a partir do navio. A incorporação destas peças requer a soldadura de duas meias-conchas na tubagem exterior da conduta para unir extremidade com extremidade da tubagem exterior após a ancoragem das peças intermédias. No entanto, esta soldadura é de execução lenta e possui um componente longitudinal que é difícil de garantir com um nível de qualidade adequado.
[0010] Para evitar o uso de peças de ancoragem intermédias, o documento FR 3.032.511 divulga um dispositivo antiderrapante e au- tocentrante que é posicionado entre o tubo interno e o tubo externo da tubagem durante a sua colocação. Este dispositivo, que se encontra sob a forma de um anel elastomérico ensanduichado entre duas placas de metal que são apertadas para comprimir o anel, permite garantir a manutenção e a concentricidade do tubo interno dentro do tubo exterior. No entanto, as tensões mecânicas suportadas por este dispositivo são limitadas, da ordem das 2 a 5 toneladas-força.
[0011] O documento WO 2011/007075 também divulga o uso de peças de ancoragem intermédias cuja incorporação na tubagem não requer a soldadura de meias conchas. No entanto, estas peças de ancoragem constituem uma ponte térmica de arrefecimento proveniente do tubo externo para o tubo interno da tubagem, o que é prejudicial.
Objeto e sumário da invenção
[0012] O objetivo principal da presente invenção é, portanto, superar tais desvantagens, propondo um método de montagem que permita suprimir as peças de ancoragem intermédias e as meias conchas, limitando substancialmente a ponte térmica entre o tubo externo e o tubo interno da tubagem.
[0013] De acordo com a invenção, esse objetivo é alcançado através de um método para a montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos, cada elemento de tubagem compreendendo um tubo interno destinado a receber os fluidos a serem transportados e compreendendo em uma extremidade uma protuberância em uma face externa e um tubo externo destinado a ser posicionado em torno do tubo interno sendo coaxial com ele e compreendendo em uma extremidade um encaixe em uma face interna, o método compreendendo os passos seguintes: colocar o primeiro elemento da tubagem inserindo na sua extremidade livre uma primeira cunha de travamento anular encostada axialmente entre a protuberância do seu tubo interno e uma extremidade correspondente do seu tubo externo; montagem de topo do tubo interno de um novo elemento de tubagem no tubo interno do primeiro elemento de tubagem na sua extremidade livre; posicionar o tubo externo do novo elemento de tubagem ao lado do tubo externo do primeiro elemento da tubagem fazendo deslizá-lo ao longo de seu tubo interno; e montagem de topo do tubo externo do novo elemento de tubagem no tubo externo do primeiro elemento de tubagem, inserindo previamente uma segunda cunha de travamento anular apoiando-se axialmente contra a protuberância do tubo interno do primeiro elemento de tubagem na sua extremidade livre e no encaixe do tubo externo do novo elemento de tubagem na sua extremidade correspondente.
[0014] 0 método de acordo com a invenção planeia usar uma pro tuberância no tubo interno e um encaixe no tubo externo de cada novo elemento de tubagem a ser montado de modo a criar um batente mecânico duplo quando os dois tubos deslizarem um sobre o outro durante a colocação. Particularmente, graças à presença das duas cunhas de travamento e das protuberâncias e encaixes, os tubos externo e interno são bloqueados longitudinalmente um em relação ao outro em ambas as direções. Este batente mecânico duplo permite dispensar o uso de peças de ancoragem intermédias em aço forjado.
[0015] Além disso, este batente mecânico duplo permite transmitir as forças axiais entre os dois tubos do elemento da tubagem durante o assentamento, em particular durante um assentamento em J. Pelo mesmo mecanismo, este batente mecânico duplo permite limitar ou até reverter a pré-tensão compressiva induzida no tubo interno da tubagem pela operação de assentamento. Além disso, este batente mecânico duplo permite transmitir as forças axiais entre os dois tubos da tubagem quando esta é colocada em serviço. Finalmente, as cunhas de travamento utilizadas no método de acordo com a invenção são preferencialmente feitas de polímero, o que limita muito significativamente a ponte térmica criada entre o tubo externo e o tubo interno da tubagem.
[0016] O método pode ainda compreender, antes de colocar a tubagem, a construção da tubagem em uma estação de soldadura.
[0017] Neste caso, a construção da tubagem pode compreender as etapas seguintes: manter um elemento de tubagem na torre de assentamento, posicionar um anel de separação na extremidade livre do tubo externo do elemento de tubagem, posicionar e ativar um dispositivo de tensionamento ao lado e sobre o elemento de tubagem, por forma a esticar o tubo interno do elemento de tubagem para um comprimento predeterminado, posicionando a primeira cunha de travamen- to anular, transferindo a carga do dispositivo de tensionamento para a primeira cunha de travamento e para o anel de separação e retirando o dispositivo de tensionamento.
[0018] De preferência, o encaixe do tubo externo do novo elemento da tubagem prolonga-se longitudinalmente por uma distância suficiente para cobrir a primeira e a segunda cunhas de travamento.
[0019] Também preferencialmente, a segunda cunha de travamento prolonga-se longitudinalmente por um comprimento maior que o da primeira cunha de travamento, a fim de facilitar as operações de reparação da soldadura.
[0020] Pode ser colocada uma vedação anular em torno do tubo interno do novo elemento de tubagem apoiando-se na segunda cunha de travamento ou contra um batente mecânico colocado no tubo interno, por forma a limitar as infiltrações acidentais de água no espaço anular entre os tubos interno e externo da conduta.
[0021] Mais preferencialmente, a primeira e a segunda cunhas de travamento são segmentadas e feitas a partir de um polímero.
[0022] A montagem de topo do tubo interno de um novo elemento de tubagem no tubo interno da tubagem na sua extremidade livre pode ser feita depositando um cordão de solda. Além disso, o posicionamento do tubo externo do novo elemento de tubagem ao lado do tubo externo da tubagem pode ser feito por meio de uma ferramenta de centragem.
Breve descrição dos desenhos
[0023] Surgirão outras características e vantagens da presente invenção a partir da descrição abaixo, relativamente aos desenhos anexos que ilustram modalidades exemplificativas da mesma sem qualquer limitação. Nas figuras: - As Figuras 1A a 1K ilustram diferentes passos do método para a montagem dos elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo de acordo com a invenção; e - A Figura 2 é uma vista em corte e parcial de um pormenor da Figura 1K.
Descrição Detalhada da invenção
[0024] A invenção aplica-se à colocação (ou construção no mar) de uma conduta submarina do tipo “Tubo dentro de Tubo” (ou PIP), ou seja, uma conduta que inclui um tubo interno destinado a transportar hidrocarbonetos provenientes de poços de produção e um tubo exterior colocado ao redor do tubo interno, sendo coaxial em relação a ele e destinado a estar em contato direto com a água do mar envolvente.
[0025] Este tipo de conduta submarina é normalmente usado na produção marítima de hidrocarbonetos a grande profundidade. Dentro do contexto de tais instalações, as condutas do tipo tubo dentro de tubo podem ser montadas em terra em várias secções de tubagem, cada secção de tubagem sendo formada a partir de um ou mais elemen- to(s) de comprimento unitário (também conhecidos como “inhas”), na ordem de 10 a 100 m, dependendo da capacidade de carga do sistema de colocação.
[0026] Durante o assentamento (em J ou S), as secções da conduta são ligadas entre si a bordo do navio e à medida que são instaladas no mar. Mais precisamente, com o assentamento em J, a conduta de fundo do mar é normalmente baixada do navio praticamente na vertical (entre+30° e -10° em relação à vertical). Esta inclinação quase vertical da conduta diminui à medida que se move para baixo até seguir a inclinação do fundo do mar. Com o assentamento em S, a conduta submarina é normalmente baixada a partir do navio de assentamento pra- ticamente na horizontal e depois dobra-se para alcançar o fundo do mar. Obviamente que a invenção também se aplica à construção de uma conduta do tipo tubo dentro de tubo pelo método de assentamento por bobina.
[0027] As Figuras 1A a 1K ilustram as diferentes etapas em um navio de assentamento em J de uma tubagem do tipo tubo dentro de tubo de acordo com uma modalidade do método de montagem de acordo com a invenção.
[0028] A Figura 1A representa em uma posição vertical, um elemento da tubagem 2 centrado em um eixo longitudinal X-X e destinado a formar a tubagem do tipo tubo dentro de tubo de acordo com a invenção.
[0029] Este elemento da tubagem 2 compreende um tubo interno 4 que se destina a receber os fluidos a serem transportados, este tubo interno 4 compreendendo, em uma extremidade livre, um ressalto tensor 6 que se projeta radialmente em uma face externa e uma protuberância 8 deslocada longitudinalmente da sua extremidade livre.
[0030] O elemento da tubagem 2 também compreende um tubo externo 10 que se destina a ser posicionado ao redor do tubo interno sendo coaxial em relação a este, este tubo externo 10 compreendendo em particular um ressalto tensor 12 que se projeta radialmente em uma face externa.
[0031] O elemento da tubagem 2 é mantido verticalmente na estação de soldadura de uma torre de assentamento em J. Pode então ser instalado um anel de separação 14 na extremidade livre do tubo externo 10 do elemento da tubagem. Além da função de transmissão da força axial, este anel de separação 14 serve como uma tira de solda durante a soldadura de topo do tubo externo descrito abaixo. Também é possível imaginar que o anel de separação esteja integrado diretamente no corpo do tubo interno do elemento da tubagem.
[0032] Como representado na Figura 1B, é aplicada uma pluralidade de cilindros hidráulicos 16 (por exemplo, em número de seis) de um dispositivo de tensionamento em torno do elemento da tubagem. Estes cilindros têm garras 18 que se posicionam, por um lado, ao lado do ressalto tensor 6 do tubo interno e, por outro lado, ao lado do ressalto tensor 12 do tubo externo.
[0033] 0s cilindros 16 do dispositivo de tensionamento são então aplicados para esticar o tubo interno 4 do elemento da tubagem para um comprimento predeterminado (Figura 1C). 0 deslocamento dos cilindros é assim determinado com base no comprimento dos tubos do elemento da tubagem. Normalmente, esta deslocamento é da ordem de um metro.
[0034] Durante a próxima etapa (Figura 1D), é colocada uma primeira cunha de travamento anular 20 axialmente apoiando-se entre a protuberância 8 do tubo interno e uma extremidade correspondente do tubo externo. Para executar esta operação sem a necessidade de utilizar ferramentas específicas, a primeira cunha de travamento anular é segmentada.
[0035] A carga dos cilindros 16 do dispositivo de tensionamento pode então ser transferida: os cilindros são retraídos e após um pequeno deslocamento para baixo (da ordem de alguns centímetros), a carga é transferida para a primeira cunha de travamento 20 e para o anel de separação 14. 0 dispositivo de tensionamento 16 é então retirado (Figura 1E).
[0036] Deve-se notar que o tensionamento do elemento da tubagem, como descrito acima, tem a vantagem de limitar ou mesmo de eliminar as estruturas auxiliares geralmente necessárias para controlar a dobragem da tubagem ou de gerir os vãos livres e os movimentos longitudinais acumulados, geralmente chamados de «tubagem andante".
[0037] De acordo com uma etapa opcional, é então possível instalar uma vedação anular em torno do tubo interno do elemento da tubagem para garantir a vedação do espaço anular entre os tubos interno e externo. Para este fim, esta etapa consiste em cortar uma parte 4a do tubo interno 4 do elemento da tubagem, a fim de retirar o ressalto de tensão 6 do mesmo, e depois chanfrar a extremidade deste tubo interno, por forma a realizar uma operação de soldadura (Figura 1F). 0b- serve-se que, sempre que se possa utilizar uma vedação elastomérica, não aproveita cortar o tubo interno porque a elasticidade deste tipo de vedação possibilita a sua passagem sobre a protuberância 6.
[0038] Como representado na Figura 1G, é então inserida uma segunda cunha de travamento anular 22 para encostar axialmente contra a protuberância 8 do tubo interno da tubagem na sua extremidade livre e na extremidade do tubo externo 10.
[0039] Uma vedação anular 24 pode então deslizar em redor do tubo interno 4 do elemento da tubagem, por exemplo, usando uma ferramenta específica, para encostar na segunda cunha de travamento 22.
[0040] Durante a próxima etapa ilustrada na Figura 1H, o tubo interno 4’ de um novo elemento da tubagem 2' é montado no topo do tubo interno 4 da tubagem 2 assim construída na sua extremidade livre. Esta montagem é realizada depositando um cordão de solda 30 entre estes dois tubos internos.
[0041] É então instalada uma ferramenta de centragem 26 consistindo em duas meias conchas em torno da extremidade inferior do tubo externo 10’ do novo elemento da tubagem 2', sendo esta extremidade inferior provida de um encaixe 28 na sua face interna (Figura 11).
[0042] O próximo passo consiste em posicionar o tubo externo 10’ do novo elemento da tubagem 2’ ao lado do tubo externo 10 da tubagem 2 fazendo deslizá-lo ao longo de seu tubo interno 4’ (Figura 1J).
[0043] A ferramenta de centragem é retirada, é então colocada uma vedação e é depositado um cordão de solda 32 entre as respetivas extremidades do tubo externo 10’ do novo elemento de tubagem 2’ e do tubo externo 10 da tubagem 2 (Figura 1K).
[0044] Deve-se notar que o anel de separação 14 serve como uma tira de solda durante a soldadura de topo do tubo externo 10’ do novo elemento da tubagem 2' no tubo externo 10 da tubagem 2.
[0045] Os passos anteriores são repetidos quantas vezes forem necessárias para obter o comprimento desejado da conduta e depois esta é baixada para o mar.
[0046] Em relação à Figura 2, agora será descrito mais precisamente a montagem entre as respetivas extremidades do tubo externo 10’ do novo elemento da tubagem 2’ e do tubo externo 10 da tubagem 2.
[0047] Nesta Figura 2, a protuberância 8 do tubo interno 4 da tubagem tem dois flancos laterais 8a cada um formando um ângulo α da ordem dos 60° em relação ao eixo longitudinal do tubo interno.
[0048] Da mesma forma, o encaixe 28 no tubo externo 10’ do elemento de tubagem 2' tem um flanco lateral 28a formando um ângulo Y na ordem de 60° em relação ao eixo longitudinal do tubo externo.
[0049] A primeira e a segunda cunhas de travamento 20, 22 têm a forma de segmentos de cunha que têm uma secção reta em forma de polígono (aqui um heptágono) com flancos laterais que entram em contato com os respetivos flancos laterais da protuberância 8 do tubo interno da tubagem e do encaixe 28 do tubo externo do elemento da tubagem.
[0050] Deverá notar-se que o encaixe 28 do tubo externo 10' prolonga-se preferencialmente longitudinalmente por uma distância d suficiente para cobrir a primeira e a segunda cunhas de travamento 20, 22. Assim, a soldadura do topo do tubo externo 10’ do novo elemento de tubagem 2' no tubo externo 10 da tubagem 2 pode ser feita no anel de separação 14 sem danificar a primeira e a segunda cunhas de travamento 20, 22.
[0051] Deverá notar-se também que a segunda cunha de trava- mento 22 pode prolongar-se longitudinalmente ao longo de um comprimento maior do que aquele sobre o qual a primeira cunha de trava- mento 20 se estende. Esta disposição permite facilitar as operações de reparação da soldadura. De fato, se o cordão de solda 32 for goi- vado em uma extensão geralmente de cerca de 20 mm, o procedimento descrito nas Figuras 11 a 1K pode ser realizado no sentido inverso, a saber: - o tubo externo 10’ é retirado; - a extremidade do tubo externo está equipada com um chanfro; - A segunda cunha de travamento anular 22 é substituída por uma cunha anular de altura reduzida do comprimento goivado; - A vedação anular desliza para encostar nessa cunha anular; e - os dois tubos 10 e 10’ são vedados e soldados.

Claims (10)

1. Método para montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos, caracterizado pelo fato de que cada elemento da tubagem (2, 2') compreende um tubo interno (4, 4') destinado a receber os fluidos a serem transportados e compreendendo em uma extremidade uma protuberância (8) em uma face externa e um tubo externo (10, 10') destinado a ser colocado em torno do tubo interno ao mesmo tempo que é coaxial em relação a este e compreendendo em uma extremidade um encaixe (28) em uma face interna, em que o método compreende as etapas seguintes: colocar o primeiro elemento da tubagem inserindo na sua extremidade livre uma primeira cunha de travamento anular (20) encostada axialmente entre a protuberância (8) do seu tubo interno (4) e uma extremidade correspondente do seu tubo externo (10); montagem de topo do tubo interno (4') de um novo elemento da tubagem (2') no tubo interno (4) do primeiro elemento de tubagem na sua extremidade livre; posicionar o tubo externo (10') do novo elemento de tubagem ao lado do tubo externo (10) do primeiro elemento de tubagem fazendo deslizá-lo ao longo do seu tubo interno; e montagem de topo do tubo externo do novo elemento de tubagem no tubo externo do primeiro elemento de tubagem, inserindo previamente uma segunda cunha de travamento anular (22) encostada axialmente à protuberância (8) do tubo interno do primeiro elemento de tubagem na sua extremidade livre e o encaixe (28) do tubo externo do novo elemento de tubagem em uma extremidade correspondente do mesmo.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ainda, antes de colocar a tubagem, a construção da tubagem em uma estação de soldadura.
3. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a construção da tubagem compreende as etapas seguintes: manter um elemento da tubagem (2) na torre de assentamento; posicionar um anel de separação (14) na extremidade livre do tubo externo (8) do elemento de tubagem; posicionar e ativar um dispositivo de tensionamento ao lado do elemento de tubagem, por forma a esticar o tubo interno (4) do elemento de tubagem para um comprimento predeterminado; posicionar a primeira cunha de travamento anular (20); transferir a carga do dispositivo de tensionamento para a primeira cunha de travamento (20) e para o anel de separação (14); e retirar o dispositivo tensor.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o encaixe (28) do tubo externo (10) do novo elemento de tubagem estende-se longitudinalmente por uma distância (d) suficiente para cobrir a primeira e a segunda cunhas de travamento.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a segunda cunha de travamento (22) estende-se longitudinalmente por um comprimento maior que o da primeira cunha de travamento (20).
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que uma vedação anular (24) é posicionada em torno do tubo interno (4) do novo elemento de tubagem encostado à segunda cunha de travamento ou contra um batente mecânico colocado no tubo interno.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda cunhas de travamento (20, 22) são segmentadas.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a montagem de topo do tubo interno de um novo elemento de tubagem no tubo interno da tubagem na extremidade livre do mesmo é feita depositando um cordão de solda (30).
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que a primeira e a segunda cunhas de travamento são feitas de polímero.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que o posicionamento do tubo externo (10') do novo elemento de tubagem ao lado do tubo externo (10) da tubagem é feito por meio de uma ferramenta de centragem (26).
BR112020014460-6A 2018-02-01 2019-01-24 Método para montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos BR112020014460B1 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
FR1850856A FR3077359B1 (fr) 2018-02-01 2018-02-01 Procede d'assemblage d'elements de conduite a double enveloppe pour le transport de fluides
FR1850856 2018-02-01
PCT/FR2019/050158 WO2019150022A1 (fr) 2018-02-01 2019-01-24 Procédé d'assemblage d'éléments de conduite à double enveloppe pour le transport de fluides

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR112020014460A2 BR112020014460A2 (pt) 2020-12-01
BR112020014460B1 true BR112020014460B1 (pt) 2023-08-15

Family

ID=

Similar Documents

Publication Publication Date Title
US9303795B2 (en) Pipe-in-pipe apparatus including an engineered pipe
BRPI0513734B1 (pt) Conjunto de, pelo menos, dois condutos coaxiais e processo de realização desse conjunto
US6142359A (en) Method of connecting pipe-in-pipe structures
EP2807414B1 (en) Connections for subsea pipe-in-pipe structures
US20100287957A1 (en) Pipe-in-Pipe in RCC for Subsea Transfer of Cryogenic Fluids
AU2013213885B2 (en) Stoppers for structures attached to hybrid riser towers
AU2012293484B2 (en) T-piece preformer
BR112016029089B1 (pt) feixe de tubulações rebocável, unidade rebocável, instalação submarina e método para instalação de uma unidade de tubulação rebocável
BRPI0718787B1 (pt) sistema de condutor submarino de catenária e método para instalação de uma coluna de tubo
US20040261873A1 (en) Method and device for increasing safety during pipelaying
US11306848B2 (en) Method for assembling pipe-in-pipe pipeline elements for transporting fluids
BR112020014460B1 (pt) Método para montagem de elementos de tubagem do tipo tubo dentro de tubo para transporte de fluidos
US10774971B2 (en) Connecting multi-bore structures in water
EP3555515B1 (en) Bundle section of a pipe bundle for subsea installation
US20050116468A1 (en) Threaded connectors for axial alignment of tubular components, and method of installing pipe sections employing such connectors
US20130049385A1 (en) Method and system for sealing and handling pipe
WO1998053179A1 (en) Method of forming an elongate tubular structure and tubular structure formed thereby
AU2018276123B2 (en) Flexible pipe connector suitable for effecting control and forced circulation of anticorrosive fluids through the annulus of the flexible pipe
GB2396196A (en) Pipe-in-pipe structure and its method of fabrication
US20070209730A1 (en) Sub-sea pipe-in-pipe riser/production system
Cao et al. Flowline Bundle Concept for JZ 9-3 Field Development
BR112019010709B1 (pt) Seção de feixe, feixe de oleodutos para instalação submarina e método de montagem