BR112019028003A2 - processo, dispositivo e programa de computador para o ajuste virtual de uma armação de óculos - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a um processo para o ajuste de óculos, no qual um processo de ajuste virtual de um modelo de armação paramétrico de uma armação de óculos em um modelo 3D da cabeça de uma pessoa, à qual os óculos devem ser ajustados, é dividido em dois processos de ajustes. Em um primeiro processo de ajuste, o modelo de armação paramétrico é ajustado ao modelo 3D da cabeça para atender aos requisitos de ajuste específicos para o modelo de armação paramétrico. Tais requisitos de ajuste podem ser especificados pelo fabricante da armação, a fim de atender aos critérios estéticos no ajuste. Em um segundo processo de ajuste ocorre, então, um ajuste anatômico.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROCESSO, DISPOSITIVO E PROGRAMA DE COMPUTADOR PARA O AJUSTE VIRTUAL DE UMA ARMAÇÃO DE ÓCULOS". Descrição
[0001] O presente pedido se refere a processo, dispositivos e programas de computadores para ajustes virtuais de armações de óculos.
[0002] Por uma armação de óculos deve ser entendido, nesse caso, de acordo com a DIN ESO 77998:2006-01 e DIN ESO 8624:2015-12, uma estrutura ou um suporte por meio do qual lentes de óculos podem ser colocadas sobre a cabeça. O termo como utilizado aqui contém particularmente também armações de óculos sem bordas. Armações de óculos também são caracterizadas normalmente como quadros de óculos. Uma colocação de uma armação de óculos se refere, no contexto do presente pedido, um ajuste de um modelo de uma armação de óculos a um modelo da cabeça de uma pessoa em um dispositivo de cálculo, normalmente, associado a uma representação gráfica do ajuste da armação de óculos na cabeça de uma pessoa, em uma visualização, por exemplo, em uma tela de computador.
[0003] Uma colocação virtual de uma armação de óculos em uma cabeça é conhecida, por exemplo, a partir do documento de patente US 2003/0123026 A1 ou do documento US 2002/015530 A1. Nessas brochuras, a colocação virtual da armação de óculos serve, para simplificar a um usuário, a seleção entre diferentes armações de óculos, em que uma representação gráfica da cabeça do usuário é visualizada em conjunto com a armação de óculos.
[0004] Também o documento US 9.286.715 B2 revela um processo para a prova virtual de óculos. Nesse caso, são definidos vários pontos, tanto em uma armação de óculos quanto sobre a cabeça. Um posicionamento da armação de óculos na cabeça ocorre, em que pontos selecionados na armação de óculos são colocados em concordância com os pontos selecionados na cabeça. Uma alteração de posição ocorre pela alteração dos pontos selecionados. Isso favorece um posicionamento com uma precisão que, para os fins do documento US
9.286.715 B2, é suficiente para disponibilizar uma prova virtual para a obtenção de uma impressão visual. De forma semelhante, o documento US 2005/162419 A descreve uma colocação virtual de uma armação de óculos com o auxílio de pontos de referência. Nessa brochura, uma armação é inicialmente dimensionada e, então, posicionada em diferentes sentidos. Por fim, as hastes da armação de óculos são giradas em torno de dois eixos espaciais.
[0005] É disponibilizado pela empresa Volumental um vídeo de demonstração do software "Vacker" no endereço "https://www.volumental.com/face-scanning/", acesso em 5 de março de 2017, no qual uma cabeça é representada com óculos colocado e parâmetros dos óculos podem ser modificados por barras deslizantes, por exemplo, do assento dos óculos sobre as costas do nariz ou também outros parâmetros como o ângulo dos discos de captura. Também pode ser selecionada uma cor da armação de óculos ou uma cor das articulações da armação de óculos. Os parâmetros selecionados são então emitidos. Nesse vídeo, também são ajustados diferentes parâmetros de um modelo parametrizado de uma armação de óculos.
[0006] Um outro sistema para o ajuste virtual de um par de óculos é conhecido a partir do documento US 2015/0055085 A1. Aqui, é realizado um ajuste automático dos óculos, em que o tamanho e o assentamento dos óculos é ajustado na cabeça de uma pessoa. Além disso, podem ser selecionadas formas, estilo e cor dos óculos.
[0007] Um processo e um dispositivo para a construção de um par de óculos de precisão, ou seja, um par de óculos ajustado em uma cabeça de uma pessoa, é descrito no documento DE 10 2016 824 A1.
Nesse processo, dados da imagem da cabeça são capturados em duas ou três dimensões, é selecionado um par de óculos padrão e os óculos padrão são representados dependendo dos parâmetros de construção dos óculos padrão. Os parâmetros de construção são determinados com base nos dados da imagem da cabeça.
[0008] O documento US 2015/0277155 A1 revela uma individualização da armação de uma armação de óculos, na qual são medidas distâncias em uma cabeça de uma pessoa e distâncias em uma cabeça de uma pessoa e que é criada uma armação de óculos por meio de impressão 3D com base nas distâncias medidas.
[0009] O documento US 2013/0088490 A1 revela um processo iterativo para o ajuste de uma armação de óculos, em que, é efetuado um posicionamento da armação de óculos em pequenas etapas e o ajuste ocorre com base em uma detecção de colisão, na qual é testado se a armação de óculos se sobrepõe à cabeça da pessoa.
[0010] O documento US 2015/0293382 A1 revela uma determinação de parâmetros para uma prova virtual de óculos por meio da captura de uma pessoa com armação modelo. Os parâmetros que foram determinados por meio dessa armação modelo, são modificados correspondentemente por uma prova virtual em uma armação virtual. Visto que a pessoa na captura já porta uma armação de óculos, aqui, não é utilizado nenhum modelo tridimensional da cabeça sem armação de óculos.
[0011] Niswar, Kahn e Farbiz descrevem, no artigo, "Virtual Try-On of Eyeglasses using 3D-Model of the Head", Institute for Infocomm Research, dezembro de 2011, DOI:10.1145/2087756.2087838 um processo para prova de óculos virtual. Essa se baseia em quatro pontos de referência, em que, dois pontos se encontram sobre o nariz e dois pontos sobre as orelhas. Nesse caso, um modelo de cabeça em 3D é ajustado por deformação de um modelo de cabeça genérico com base em alguns pontos de características.
[0012] O documento US 2016/0327811 A1 descreve um processo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. No processo parte-se de um modelo virtual de uma armação. Esse é ajustado por deformação a uma cabeça. Para o ajuste da armação de óculos podem ser realizados, nesse caso, critérios de ajuste, por exemplo, uma maximização de uma superfície de contato de plaquetas de nariz no nariz de uma pessoa, uma maximização de uma superfície de contato de hastes de óculos, uma centralização de uma borda da armação da armação de óculos aos olhos, um alinhamento da armação de óculos ou uma minimização da superfície de contato da borda da armação em relação às maçãs do rosto da pessoa e às sobrancelhas da pessoa.
[0013] Como extensão possível desses critérios é nomeada uma determinação de valores-alvo. Tais valores-alvo podem se referir, por exemplo, a uma distância entre as duas hastes de óculos da armação de óculos, uma inclinação para frente da armação, uma distância de plaquetas da armação, uma em relação à outra, uma distância de um olho até a borda da armação, uma distância da borda da armação às sobrancelhas e maçãs do rosto, uma inclinação para frente der armação de óculos ou um ângulo dos discos de captura da armação de óculos. Esses parâmetros e valores-alvo são recebidos em uma função de custo, e realizam, por meio de um processo de otimização conhecido, por exemplo, um algoritmo Levenberg-Marquardt, uma otimização. Então, a armação pode ser deformada ainda mais.
[0014] A problemática desse processo é que, em um tal processo de otimização não obtido, necessariamente, uma otimização global, visto que, com processo de otimização, como o algoritmo como o Levenberg-Marquardt, geralmente é encontrado apenas um mínimo da função de custo. Em ondulações dos modelos 3D utilizados para armações de óculos ou cabeça pode ocorrer que a otimização seja atingida em uma tal ondulação de superfície distante do ideal de "chegar a um impasse" e com isso, não é obtido nenhum ajuste ideal.
[0015] Além disso, uma otimização por meio de um tal processo de otimização na aplicação de muitos parâmetros é computacionalmente complexa. Isso enfraquece a aplicação de modelos de armação paramétricos, em quais, um grande número de parâmetros deve ser otimizado.
[0016] De forma geral, consiste, no processo descrito nessa brochura, assim como, no processo descrito nas outras brochuras mencionadas acima, o problema, que o fabricante frequentemente especifique determinados requisitos de ajuste para o ajuste de armações de óculos, que definem, principalmente, os critérios principalmente estéticos, por exemplo, um posicionamento da borda da armação em relação às características como olhos ou sobrancelhas. A consideração da respectiva armação de óculos atribuída aos requisitos de ajuste não é possível, de forma simples, com as abordagens descritas acima. Por outro lado, esses requisitos de ajuste referentes à armação contribuem para que seja obtida um assento ideal da armação de óculos na cabeça, para a respectiva armação de óculos.
[0017] O documento WO 2016/164859 A1 descreve de forma semelhante, assim como o documento US 2016/0327811 A1, um processo implementado por computador para o ajuste a um "eyewear", particularmente, a uma armação de óculos, em um modelo 3D da cabeça de uma pessoa. Nesse caso ocorre uma modificação de parâmetros de um modelo paramétrico da armação de óculos para o ajuste anatômico em uma cabeça segundo critérios gerais, que são válidos para todas as armações de óculos.
[0018] É, portanto, a partir do documento US 2016/0327811 A1 ou US2016/0327811 A1 um objetivo da presente invenção, disponibilizar um processo e um dispositivo para o ajuste virtual de uma armação de óculos na cabeça de uma pessoa, na qual, tais requisitos de ajuste específicos da armação, que ajustam uma armação de óculos, particularmente, sob pontos estéticos da cabeça, a uma cabeça, possam ser considerados de forma simples. Além disso, deve ser disponibilizado um programa de computador correspondente e um dispositivo correspondente.
[0019] Esse objetivo é solucionado, de acordo com um primeiro aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 5, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 29 ou 30.
[0020] Um primeiro objetivo é simplificar a automatização de tais processos e dispositivos. Ainda, esse primeiro objetivo é solucionado, de acordo com um segundo aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 15, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 31.
[0021] Ainda, esse segundo objetivo é elevar a flexibilidade e/ou a precisão de tais processos e dispositivos. Ainda, esse segundo objetivo é solucionado, de acordo com um terceiro aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 16, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 32.
[0022] Ainda, um terceiro objetivo é simplificar uma aplicação de tais processos e dispositivos para armações de óculos de diferentes fabricantes. Ainda, esse terceiro objetivo é solucionado, de acordo com um quarto aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 17, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 33.
[0023] Ainda, um quarto objetivo é elevar uma implementação eficiente de tais processos e dispositivos. Ainda, esse quarto objetivo é solucionado, de acordo com um quinto aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 18, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 34.
[0024] Ainda, um quinto objetivo é elevar a precisão de tais processos e dispositivos. Ainda, esse quinto objetivo é solucionado, de acordo com um sexto aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 19, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 35.
[0025] Ainda, um sexto objetivo é elevar a segurança de tais processos e dispositivos. Ainda, esse sexto objetivo é solucionado, de acordo com um sétimo aspecto, por um processo, de acordo com a reivindicação 20, assim como, um dispositivo, de acordo com a reivindicação 36.
[0026] As reivindicações dependentes definem outros exemplos de modalidade, assim como, outros dispositivos e programas de computadores e meios de memória lidos por computador.
[0027] De acordo com a invenção é disponibilizado, de acordo com diferentes aspectos, um processo implementado por computador para o ajuste virtual de óculos, que compreende um ajuste virtual de um modelo de armação paramétricos de uma armação de óculos em um modelo 3D da cabeça de uma pessoa. O processo é caracterizado pelo fato de que o ajuste virtual compreende as seguintes etapas de processo:
[0028] um primeiro processo de ajuste do modelo de armação paramétrico no modelo 3D da cabeça para atender aos requisitos de ajuste específicos para o modelo de armação paramétrico, e
[0029] um segundo processo de ajuste do modelo de armação paramétrico no modelo 3D da cabeça para o ajuste anatômico.
[0030] Através da divisão do ajuste no primeiro processo de ajuste e no segundo processo de ajuste podem ser considerados requisitos específicos de ajuste, que podem ser especificados como esclarecido acima, pelos fabricantes de armação, de forma genérica, no primeiro processo de ajuste. No segundo processo de ajuste pode ser especificado, então, um ajuste anatômico remanescente à forma da cabeça.
[0031] A seguir, os termos utilizados no processo nomeado e posteriormente descrito são esclarecidos como se segue:
[0032] "Virtual" é o ajuste, visto que o processo ocorre em um dispositivo de cálculo, por exemplo, um computador de uso pessoal (PC) e a armação de óculos real não é colocada sobre a cabeça real.
[0033] Por um modelo, particularmente modelo 3D, deve ser entendida uma representação tridimensional de objetos reais, que existem como conjunto de dados em um meio de memória, por exemplo, uma memória de um computador ou de um portador de dados. Uma tal representação tridimensional pode consistir, por exemplo, de uma malha 3D (em inglês, "3D mesh"), contendo um conjunto de pontos 3D, que também são referenciados como vértices, e junções entre os pontos que são caracterizados também como bordas. Essa junção forma, no caso mais simples, uma malha triangular (em inglês, triangle mesh). Em uma tal representação como malha 3D é descrito apenas a superfície de um objeto, não o volume. A malha não precisa ser obrigatoriamente fechada. É descrito, portanto, por exemplo, a cabeça na forma de uma malha, para que o mesmo pareça uma máscara. Informação semelhante aos tais modelos 3D, se encontra em Rau J-Y, Yeh P-C. "A Semi-Automatic Image-Based Close Range 3D Modeling Pipeline Using a Multi-Camera Configuration." Sensors (Basel, Suíça). 2012; 12(8):11271-11293. doi:10.3390/s120811271; particularmente, página 11289, ilustração "Figura 16").
[0034] Uma outra possibilidade da representação de um modelo 3D é uma grade Voxel (em inglês, "voxel grid"), que representa uma representação de volume semelhante. Nesse caso o espaço dividido em pequenos cubos ou cuboides, que são caracterizados como Voxel. Para cada Voxel é salvo, no caso mais simples, a presença ou ausência do objeto a ser representado na forma de um valor binário (1 ou 0). Em um comprimento de aresta do Voxel de 1 mm e um volume de 300 mm x 300 mm x 300 mm, o que representa um volume típico para uma cabeça, obtém-se, com isso, um total de 27 milhões de tais Voxel. Tais grades Voxel são descritas, por exemplo, em M. Nießner, M. Zollhöfer, S. Izadi, and M. Stamminger. "Real-time 3D reconstruction at scale using voxel hashing". ACM Trans. Graph. 32, 6, Artigo 169 (novembro de 2013), DOI: https://doi.org/10.1145/2508363.2508374.
[0035] O modelo 3D da cabeça e/ou o modelo 3D da armação de óculos pode ser particularmente um modelo 3D com textura. Por um modelo 3D com textura entende-se um modelo 3D, no qual é obtido, adicionalmente, a informação de cor dos pontos de superfície do objeto real. Através da aplicação de um modelo 3D com textura, é possível uma representação colorida real da cabeça e da armação de óculos.
[0036] Nesse caso, a informação de cor pode ser obtida diretamente no vértice como atributo, por exemplo, como valor de cor RGB (vermelho, verde, azul), ou dependerá de cada vértice, como atributo, um par de coordenadas de textura. Essas coordenadas devem ser entendidas, então, como coordenadas de imagem (posições de pixel) em uma imagem de textura adicional. A textura cria, por exemplo, o triângulo mencionado acima, da malha triangular, por interpolação dos pixels da imagem da textura.
[0037] Um atributo caracteriza, nesse caso, de forma geral, uma característica, identificação ou similar, que é atribuída a um objeto, nesse caso, um respectivo vértice (ver também artigo Wikipedia "Atributo (Objeto)", acesso em 5 de julho de 2017).
[0038] Um modelo paramétrico é um modelo 3D, que apresenta um ou mais parâmetros modificáveis. Através da modificação dos parâmetros ou parâmetro, se modifica, então, a geometria do objeto descrito pelo modelo 3D, nesse caso, a armação de óculos, por exemplo, do ponto de vista do tamanho ou forma. Exemplos para tais parâmetros são, por exemplo, a largura de uma ponte ou o comprimento de uma haste da armação de óculos, ou também uma forma de uma borda da armação da armação de óculos. O tipo e número desses parâmetros depende da armação de óculos representada pelo modelo de armação paramétrico. A partir de um fabricante da armação de óculos podem ser determinadas, particularmente, áreas de valor para os parâmetros que descrevem então, correspondentemente, armações de óculos que podem ser fabricadas. Por um parâmetro de armação livre deve ser entendido um parâmetro do modelo de armação paramétrico que ainda não foi determinado no processo, ou seja, que ainda precisa ser ajustado e determinado.
[0039] Requisitos de ajuste são especificações, que devem posicionar a armação de óculos em relação a áreas da cabeça como olhos, pupilas, sobrancelhas ou nariz. Esses requisitos de ajuste específicos são utilizados, particularmente, para o modelo de armação paramétrico, para assegurar uma impressão estética desejada pelo fabricante da armação de óculos. Os requisitos de ajuste específicos da armação podem ser disponibilizados em conjunto com o modelo de armação paramétrico de um respectivo fabricante em forma eletrônica, por exemplo, como arquivos correspondentes. "Específico à armação" significa, nesse caso, que os requisitos de ajuste existem separados para cada modelo de armação de óculos e realizam especificações específicas para esse modelo de armação de óculos.
[0040] O ajuste anatômico se refere, por sua vez, a um ajuste, que deve assegurar um assento correto e confortável da armação de óculos na cabeça. Para isso são utilizados critérios que não são específicos para a respectiva armação de óculos, mas são válidos, do mesmo modo, para uma pluralidade de diferentes armações de óculos. Esses critérios podem ser especificados por um fabricante de um dispositivo, com o qual o processo descrito acima é realizado. Eles também podem ser especificados e/ou ajustados por uma pessoa, que executa o processo, por exemplo, um atendente de ótica ou também por um oftalmologista.
Também é possível uma especificação de tais critérios por um fabricante da armação ou também por vários fabricantes da armação juntos, em que os critérios também podem ser aplicados, nesse caso, de forma não específica, sobre uma armação, mas, sobre diferentes tipos de armação.
Exemplos para tais critérios referem um assento correto da armação de óculos sobre as orelhas ou um assento correto das plaquetas de nariz do par de óculos.
O ajuste anatômico pode compreender também assegurar as distâncias mínimas em relação às áreas da cabeça, por exemplo, assegurar uma distância mínima das bordas de armação da armação de óculos em relação às maçãs do rosto e/ou a sobrancelha ou parte da cabeça e/ou a uma distância mínima aos cílios.
Um outro exemplo para um ajuste anatômico é um ajuste de uma distância nominal ou uma área nominal para a distância entre a lente dos óculos e olhos, portanto, da distância do vértice da córnea (HSA). A distância do vértice da córnea está na distância entre a superfície anterior da córnea dos olhos e da superfície da lente dos óculos voltada aos olhos.
Por exemplo, pode ser assegurado no ajuste anatômico, que uma distância nominal do vértice da córnea de 12 mm ou uma distância do vértice da córnea esteja contida entre 12 mm e 17 mm.
A base é que a lente dos óculos não deve ser colocada tão próxima aos olhos para evitar tocar os cílios e condensação na lente (suor). Além disso, alguns optometristas gostariam de evitar um desvio da distância do vértice da córnea da distância do vértice da córnea pré-determinada em um foróptero utilizado para a medição da refração esferocilíndrica.
Visto que uma distância maior do vértice da córnea modifica o efeito óptico no sentido dos valores positivos da dioptria, pode ser preferido, eventualmente por hipermetropia, ou seja, quando denominadas lentes plus são necessárias, uma distância maior do vértice da córnea. Portanto, uma distância nominal do vértice da córnea pode ser ajustada, de forma vantajosa, com base no resultado da medição da refração.
[0041] Os requisitos de ajuste se encontram, nesse caso, de forma preferida, na forma de texto, por exemplo, como arquivo .xml- ou JSON, o que simplifica o processamento.
[0042] Os requisitos de ajuste podem ser codificados, por exemplo, por meio de um criptossistema assimétrico (ver artigo Wikipedia "Criptossistema assimétrico", acesso em 8 de junho de 2017, ou "Processo de codificação chave pública", acesso em 8 de junho de 2017) e assim, por assinatura, protegido contra alterações não autorizadas e protegido contra leitura não autorizada por criptografia. Nesse caso, um fabricante de armação pode codificar os requisitos de ajuste específicos da armação por meio de uma chave aberta do fabricante do sistema e adicionalmente, assinar com o auxílio de sua própria chave e, com isso, tornar a origem e integridade dos requisitos de ajuste seguros para o fabricante do sistema. Por outro lado, um segundo fabricante de armação não pode ver os requisitos de especificação da armação de um primeiro fabricante.
[0043] Por "pessoa" é caracterizado, no contexto do presente pedido, aquela pessoa em cuja cabeça a armação de óculos deve ser, afinal, ajustada. "Usuário" caracteriza uma pessoa que executa e opera o dispositivo ou o processo para o ajuste de óculos. Esse pode ser a própria pessoa, contudo, também pode ser alguém diferente, por exemplo, um atendente óptico.
[0044] De forma preferida, o processo compreende ainda uma conversão do modelo de armação paramétrico e/ou dos requisitos de ajuste em um formato específico. Particularmente, o modelo de borda da armação paramétrica pode ser disponibilizado por um fabricante da armação de óculos em diferentes formatos, por exemplo, em formatos proprietários de um respectivo programa CAD utilizado (Computer Aided Design). Através da conversão, pode ocorrer um processamento uniforme subsequente, particularmente, do primeiro e segundo processo de ajuste, para modelos de armação ou requisitos de ajuste de diferentes fabricantes, que existem, originalmente, em diferentes formatos.
[0045] Em um exemplo de modalidade preferido, o modelo de armação paramétrico apresenta inúmeros parâmetros. Uma primeira parte dos parâmetros é determinada, então, no primeiro processo de ajuste e uma segunda parte remanescente do parâmetro é determinada no segundo processo de ajuste. Por meio disso, precisam ser determinados, particularmente, no segundo processo de ajuste do ajuste anatômico menos parâmetros remanescentes livres, o que simplifica encontrar um ideal na utilização dos algoritmos de otimização comuns.
[0046] Tais parâmetros podem compreender particularmente uma largura da armação de óculos, uma largura de uma ponte da armação de óculos, o ângulo fantoscópico da armação de óculos (ver DIN EN ISO 8624:2015-12, páginas 12, A.14) da armação de óculos, um comprimento da haste de hastes de óculos da armação de óculos, uma posição das plaquetas de nariz da armação de óculos, eventualmente separado para as plaquetas de nariz esquerda e direita, ângulo de ataque vertical e/ou horizontal das plaquetas de nariz, eventualmente separadas para as plaquetas de nariz esquerda e direita ( em que o termo plaquetas de nariz se referem, aqui, a modelos sem plaquetas de nariz reduzidas, o suporte para nariz, ou seja, a superfície de contato com o nariz), um raio de uma curva base da armação e/ou um ângulo dos discos de captura. A curva de base ou curva fundamental é definida no DIN EN ISO 13666:2013-10 para lentes de óculos, ver, para isso, DIN EN ISO 13666:2013-10, página 58, 11.4. Para armações de óculos não é explicitamente mencionado no padrão, ver, para isso, a ilustração DIN EN ISO 8624:2015-12, página 7, imagem 4 e página 9, A.13. O raio da flexão da armação é entendido na vista superior com a curva de base. Esses parâmetros são definidos, parcialmente, nas normas definidas anteriormente. Através desses parâmetros, as armações de óculos são fáceis de descrever.
[0047] No primeiro processo de ajuste pode ser ajustado para o preenchimento dos requisitos de ajuste, particularmente, a largura da armação correspondente a uma escala global, a inclinação e/ou uma forma da borda da armação, caso isso seja mantido variável pelo fabricante. Esses parâmetros também são particularmente relevantes para o efeito estético da armação de óculos colocada na cabeça, de tal modo que, assim, pode ser criada uma impressão estética desejada pelo fabricante dos óculos. Outros dos parâmetros mencionados acima, por exemplo largura de uma ponte e comprimento da haste, podem ser ajustados, então, no segundo processo de ajuste.
[0048] Os requisitos de ajuste específicos podem especificar, particularmente, valores-alvo ou áreas-alvo (valor-alvo, valor mínimo, valor máximo) para distâncias entre características da armação de óculos e características na cabeça. Características der armação podem conter, nesse caso, características físicas da armação, como, por exemplo, da borda da armação ou partes da mesma (borda superior da armação, borda inferior da armação) ou também características virtuais, por exemplo, um ponto médio Box de um Box que corresponde ao sistema de caixas definido na DIN ESO 13666, em que, a Box representa um retângulo que envolve a borda da armação em um plano da lente. O ponto médio ou outras características dessa Box são, do mesmo modo, características da armação de óculos no sentido mencionado anteriormente.
[0049] De forma correspondente, as características da cabeça também podem ser características físicas, como, por exemplo, posição, orientação e dimensão do nariz, posição, orientação e dimensão das sobrancelhas, posição do queixo, posição média das pupilas dos olhos ou também posição e dimensão dos olhos. Contudo, também podem ser derivadas características auxiliares, por exemplo, vinculando várias dessas características, por cálculos.
[0050] Pela utilização de tais características, o primeiro processo de ajuste pode ser executado, então, simplesmente de forma automática.
[0051] O primeiro processo de ajuste pode ser realizado com o auxílio de uma árvore sintática, com descrito, por exemplo, no artigo da Wikipedia "Árvore sintática" acesso em 18 de maio de 2017. Desse modo, é possível um ajuste eficiente. Por árvore sintática entende-se, de forma abstrata, geralmente, uma representação de uma derivação, em forma de árvore, de um processo, como criado por meio de um vocabulário gramatical formal (no sentido da informática, como esclarecido no artigo acima, do Wikipedia). No caso concreto do primeiro processo de ajuste, essas regras resultam em características auxiliares, valores-alvo ou áreas-alvo (e, para isso, regras de cálculo) para características ou características auxiliares, uma qualidade de ajuste, que especifica quão amplo os requisitos de ajuste específicos são atendidos (por exemplo, como soma ponderada de quadrados do desvio dos valores-alvo ou áreas-alvo) ou formas de cálculo para o parâmetro de armação, que devem ser ajustados no primeiro processo de ajuste.
[0052] Nesse caso, no primeiro processo de ajuste, pode ser utilizado um desvio dos valores-alvo ou áreas-alvo como termo de penalização no processo de ajuste, que deve ser mantido o menor possível, correspondente à utilização no processo comum de otimização. Termo de penalização referência, portanto, um termo, que caracteriza um desvio dos valores-alvo ou áreas-alvo e por um processo de otimização que deve ser mantido o menor possível, o que corresponde, então, a um desvio menor dos valores-alvo ou áreas-alvo.
[0053] Caso contrário, o desvio dos valores-alvo podem ser considerados dentro das áreas-alvo como desvio quadrático.
[0054] Tais utilizações dos termos de penalização e do processo de otimização são descritas no artigo do Wikipedia "Otimização", no capítulo "Métodos da otimização local não linear com condições adicionais", acesso em 18 de maio de 2017.
[0055] O modelo de armação paramétrico e/ou os requisitos de ajuste específicos para o modelo de armação paramétrico também podem existir em forma codificada para não tornar tais dados específicos do fabricante acessíveis a terceiros. Para isso, podem ser utilizadas técnicas comuns de codificação, por exemplo, por meio de uma chave pública e privada. Mais informações sobre esse assunto também podem ser encontradas, por exemplo, no artigo do Wikipedia "Processo de codificação", acesso em 18 de maio de 2017.
[0056] O primeiro processo de ajuste pode ocorrer, particularmente, como ciclo de otimização com base nas características e da árvore sintática. Um tal ciclo de otimização pode compreender uma colocação virtual da armação de óculos, uma avaliação de termos nas árvores sintáticas dos valores-alvo e eventualmente uma função alvo, que é calculada por meio do desvio quadrático denominado acima e eventualmente o termo de penalização. Por meio de um tal ciclo de otimização pode ocorrer um processo de ajuste geral para quase qualquer descrição dos requisitos de ajuste. Em outras palavras, uma pluralidade de diferentes requisitos de ajuste pode ser coberta com uma tal aproximação.
[0057] Na colocação virtual pode ser considerado, nesse caso, particularmente, um rosto com as lentes dos óculos. O peso das lentes de óculos pode influenciar, por exemplo, um afundamento dos óculos ou das plaquetas de nariz na pele ou escorregar os óculos sobre as costas do nariz, ver J. Eber, "Anatomische Brillenanpassung", Verlag Optische Fachveröffentlichung GmbH, páginas 24 ff. Ao considerar o peso das lentes de óculos pode ser considerado um tal efeito, para também atender aos requisitos de ajuste também em um tal afundamento ou deslize.
[0058] O segundo processo de ajuste pode ser realizado de uma maneira conhecida, por exemplo, como descrito no estado da técnica esclarecido inicialmente nos documentos US 2013/0088490 A1 ou US 2015/0293382 A1. Particularmente, aqui podem ser calculadas áreas de colisão, como descrito no documento inicial discutido US 2016/0327811 A1. Também podem ser utilizados processos como descritos no pedido de patente europeu 17 173 929.5.
[0059] O processo pode compreender ainda um cálculo de uma medida de qualidade para o ajuste virtual, ou seja, o resultado do primeiro e/ou segundo processo de ajuste. A medida de qualidade especifica, nesse caso, em que medida os requisitos de ajuste específicos e/ou condições para o ajuste anatômico. Pode ser eventualmente pesado ou calculado, por exemplo, com base nos valores das distâncias da armação de óculos ajustada a ser calculada da cabeça da pessoa. Por meio da medida de qualidade pode ser enviado um feedback à pessoa e/ou ao usuário, da qualidade do ajuste da armação de óculos. Por exemplo, pode ser reconhecido, assim, pela comparação da medida de qualidade, com um valor limiar, que o ajuste não foi bom o suficiente, para assegurar um assento confortável da armação de óculos.
[0060] O processo descrito acima pode ser realizado por meio de um dispositivo para o ajuste virtual de óculos, que apresenta um ou mais processadores e uma visualização, em que, no processador ou nos processadores, roda um programa de computador correspondente com código de programa para a execução do processo. O programa de computador pode ser armazenado em uma memória do dispositivo ou também ser disponibilizado por uma nuvem. Nesse caso deve-se notar que o dispositivo pode ser implementado também por meio de um sistema distribuído, que apresenta diferentes componentes separados espacialmente. Por exemplo, uma parte dos processos de ajuste e cálculo podem ser realizados, para isso em um computador comparativamente poderoso, por exemplo, em um servidor externo, enquanto a interação ocorre com um usuário em um computador local.
[0061] Também é disponibilizado um programa de computador, que compreende comandos, que determina os mesmos pela execução por um computador, de um dos processos a ser executado como mencionado acima.
[0062] Também é disponibilizado um meio de memória tangível, particularmente, de leitura por computador, que compreende comandos, que determina os mesmos pela execução por um computador, de um dos processos a ser executado como descrito acima. Exemplos de meios de memória compreendem meios ópticos de memória como CDs ou DVDs, meios de memória magnéticos, como discos rígidos ou memórias de corpo rígido, como memórias USB ou memórias apenas de leitura (ROMs).
[0063] Também é disponibilizado particularmente um portador de dados tangível lido por computador, no qual o programa de computador é armazenado, como descrito acima.
[0064] Além disso, é disponibilizado um sinal de portador de dados (por exemplo, por uma rede como a internet), que transmite o programa de computador, como descrito acima.
[0065] Também é disponibilizada uma disposição para o processamento de dados e/ou para o ajuste de óculos, que compreende meios para a execução do processo como descrito acima.
[0066] Além disso, o processo para a produção de uma armação de óculos, compreende:
[0067] executar o processo, como mencionado acima,
[0068] ajuste virtual de uma armação de óculos no modelo 3D da cabeça mediante a utilização dos primeiros pontos de medição, e
[0069] produzir a armação de óculos fornecida.
[0070] O modelo 3D com os primeiros pontos de medição disponibilizado com o processo como descrito acima é utilizado, portanto, inicialmente para o ajuste virtual de uma armação de óculos. O ajuste virtual da armação de óculos pode ocorrer tomado por si, como descrito no estado da técnica esclarecido inicialmente. A armação de óculos assim ajustada virtualmente pode ser produzida, então, como armação de óculos real, como esclarecido, do mesmo modo, no estado da técnica, citado inicialmente. A produção pode ocorrer, por exemplo, com um processo aditivo, como uma impressora 3D, ver, para isso, como visão geral, o artigo do Wikipedia "Processo de fabricação generativo", acesso em 25/06/2018.
[0071] A invenção é esclarecida em mais detalhes a seguir com base nos exemplos de modalidade preferidos, com referência aos desenhos anexos. Os desenhos mostram:
[0072] Figura 1: um dispositivo para o ajuste virtual de óculos de acordo com um exemplo de modalidade,
[0073] Figura 2: um exemplo para uma implementação de um dispositivo de câmera da Figura 1,
[0074] Figura 3: um fluxograma, que oferece uma visão geral do processo para o ajuste de óculos de acordo com um exemplo de modalidade,
[0075] Figura 4: um fluxograma de um processo de acordo com um exemplo de modalidade, que pode ser ajustado no processo da Figura 3,
[0076] Figura 5: um fluxograma de um processo, de acordo com um exemplo de modalidade, que pode ser ajustado na estrutura do processo da Figura 3,
[0077] Figura 6: uma vista para a ilustração de características de uma cabeça, na qual os requisitos de ajuste podem ser referenciados,
[0078] Figura 7: uma implementação detalhada da etapa do processo 40 da Figura 4 ou da etapa 54 da Figura 5,
[0079] Figura 8: um diagrama para o esclarecimento das características auxiliares,
[0080] Figura 9: vistas esquemáticas de uma cabeça para a ilustração de um ajuste,
[0081] Figura 10: outras vistas esquemáticas de uma cabeça para a ilustração de um ajuste com base nos requisitos de ajuste,
[0082] Figura 11: um fluxograma de um processo, de acordo com um exemplo de modalidade, que pode ser ajustado na estrutura do processo da Figura 3,
[0083] Figura 12: um fluxograma de uma implementação detalhada do processo da Figura 11,
[0084] Figuras 13A - 13D e 14: representações de ilustrações de modelos de cabeça,
[0085] Figura 15: um diagrama para a ilustração de uma etapa parcial de um ajuste de um par de óculos no processo da Figura 12, e
[0086] Figura 16: uma vista de um modelo de armação para a ilustração de uma largura de uma ponte.
[0087] A Figura 1 mostra um exemplo de modalidade de um dispositivo para o ajuste virtual de óculos de acordo com um exemplo de modalidade. O dispositivo da Figura 1 compreende um dispositivo de cálculo 11, que apresenta um processador 12, assim como, uma memória 13. A memória 13 serve para armazenar os dados e compreende, no exemplo de modalidade da Figura 1, uma memória com acesso opcional (Random Access Memory, RAM), uma memória apenas de leitura (Read Only Memory, ROM), assim como, um ou mais mídias de armazenamento em massa (discos rígidos, Solid State Disc, unidade óptica etc.). Na memória 13 é armazenado um programa por meio do qual, quando o mesmo for executado no processador 12, é executado um processo como descrito anteriormente ou como ainda a ser esclarecido abaixo, para um ajuste virtual de óculos.
[0088] O dispositivo da Figura 1 disponibiliza ainda uma visualização 16, na qual é visualizada a cabeça de uma pessoa em conjunto com uma armação de óculos quando o programa de computador for executado no processador 12. A entrada do usuário pode ser feita por um ou mais dispositivos de entrada 17, por exemplo teclado ou mouse. Adicionalmente ou de forma alternativa, a visualização 16 pode ser uma tela sensível ao toque (Touchscreen) para poder efetuar entradas.
[0089] O dispositivo da Figura 1 compreende ainda uma interface 14 para uma rede 18, pela qual dados podem ser recebidos. Particularmente, aqui, modelos de armação paramétricos de armações de óculos e requisitos de ajuste atribuídos pelos fabricantes de óculos podem ser recebidos. Em muitos exemplos de modalidade também são enviados dados pela interface 14 para um outro dispositivo de cálculo, para executar nesse local, por exemplo, uma parte do cálculo necessário para o ajuste de óculos. Para ajustar um modelo 3Ds da cabeça de uma pessoa, na qual o par de óculos deve ser ajustado, o dispositivo da Figura 1 compreende opcionalmente um dispositivo de câmera 15, pelo qual várias imagens da pessoa podem ser capturadas a partir de diferentes sentidos e o modelo 3D pode ser determinado. Informações para uma tal determinação de modelos 3D com base em capturas de imagem são encontradas, por exemplo, em H. Hirschmüller "Stereo Processing by Semiglobal Matching and Mutual Information" em
IEEE Transactions on Pattern Analysis and Machine Intelligence, vol. 30, no. 2, pp. 328-341, fev., 2008.doi: 10.1109/TPAMI.2007.1166).
[0090] A Figura 2 mostra uma modalidade para o dispositivo de câmera 15 da Figura 1. No exemplo de modalidade da Figura 2, uma disposição de câmeras em semicírculo 110 é fixada em uma coluna 19. Uma pessoa pode ficar, então, de tal modo que a cabeça 111 da pessoa, como mostrado na Figura 2, seja posicionada na disposição de semicírculo 110 e possa ser capturada a partir de vários sentidos. A partir disso, pode ser criado, então, um modelo 3D da cabeça 111. A partir da captura de imagem, obtém-se também uma textura, ou seja, informações do ponto de vista das cores do modelo (como esclarecido acima). Um tal dispositivo pode ser usado, além disso, para a centragem, como esse está descrito no pedido de patente europeu 17 153 556.0.
[0091] A Figura 3 mostra um fluxograma de todo o processo para o ajuste virtual de óculos de acordo com um exemplo de modalidade. O presente pedido se refere particularmente às etapas parciais desses processos.
[0092] O processo inicia na etapa 30. Na etapa 31 um modelo 3D da cabeça que inclui os metadados do modelo da cabeça são carregados em uma memória. O modelo 3D pode ser criado, como mencionado acima, mediante referência às Figuras 1 e 2, esclarecido com o auxílio de capturas de imagem ou pode ser um modelo 3D já existente, por exemplo, a partir de um ajuste de óculos prévio para uma determinada pessoa.
[0093] Os metadados do modelo da cabeça são dados que contêm informações sobre as características do modelo 3Ds, contudo, não contêm o próprio modelo. Particularmente, os metadados podem fornecer informações adicionais ao modelo 3D da cabeça e/ou conter determinados pontos, curvas ou áreas sobre o modelo 3D da cabeça.
Informações mais precisas sobre a utilização de tais metadados podem ser encontradas no pedido de patente europeu 17 173 929.5.
[0094] Na etapa 32 é selecionado um modelo básico de uma armação de óculos, que é descrita por um modelo de armação paramétrico. O modelo de armação paramétrico apresenta parâmetros livres a serem determinados. Exemplos para tais parâmetros livres já foram denominados acima, na descrição do modelo de armação paramétrico, a saber a largura de uma ponte ou comprimento da haste da armação de óculos, ou também uma forma de uma borda da armação da armação de óculos.
[0095] Na etapa 312 são calculados, então, muitos dos parâmetros com base em um dos requisitos de ajuste atribuídos ao modelo de armação, como descrito acima e esclarecido a seguir. Outros parâmetros são determinados com base em um ajuste anatômico, como já esclarecido.
[0096] Nas etapas 33 a 310 ocorre então uma colocação virtual dos óculos com qualquer outro ajuste anatômico. Para isso ocorre, na etapa 33, um posicionamento bruto com base em um ponto de colocação e uma colocação nas costas do nariz, como já descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Nas etapas 34 e 35 ocorre uma flexão das hastes dos óculos em relação à orelha da cabeça e um posicionamento das hastes, em que pode ocorrer uma rotação em torno de um eixo X dos óculos. O eixo X corresponde, nesse caso, a um sentido, que associa os olhos da cabeça, que corresponde ao sentido z, essencialmente ao sentido das hastes e o sentido y permanece vertical a isso. Na etapa 36 ocorre uma otimização das superfícies de contato do par de óculos por meio de um posicionamento mais refinado no plano x-y. Além disso, podem ser ajustados aqui, na etapa 312, outros parâmetros ainda não determinados. As etapas 34-36 correspondem, nesse caso, às etapas descritas no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Nesse ajuste, o modelo de óculos paramétrico é particularmente deformado e posicionado, depois que os parâmetros foram determinados na etapa 312.
[0097] Na etapa 37 ocorre então uma renderização da armação e da cabeça, ou seja, uma representação correspondente da visualização 16 da Figura 1. Também essa renderização já é descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Rendering, também denominada renderização ou síntese de imagem, significa, nesse caso, a criação de uma imagem (por exemplo, para a visualização em uma tela de computador) com base em dados brutos, nesse caso, dos respectivos modelos.
[0098] Então, ocorre uma interação do usuário com o modelo na etapa 38, que pode ter diversas consequências, como representado na etapa 39. Assim, pode ocorrer facilmente, uma navegação, por exemplo, para retratar a cabeça a partir de um outro sentido. Nesse caso, ocorre uma nova renderização na etapa 37.
[0099] Através da interação na etapa 39 também a rotação da armação pode ser ajustada manualmente em torno do eixo x. Nesse caso, o processo retorna à etapa 35, para determinar, por exemplo, as hastes de forma correspondente à nova posição da armação.
[0100] Além disso, pode ser ajustado pela interação do usuário com o modelo também a posição da armação de óculos nas costas do nariz do modelo de cabeça por um usuário do dispositivo. Isso muda, essencialmente, a posição da armação de óculos determinada na etapa
33. Nesse caso, o processo retorna à etapa 33.
[0101] Esses tipos de interação descritos até o momento, particularmente, navegação, por exemplo, para modificar o ângulo de observação, ajuste da rotação e ajuste da posição do par de óculos disposto sobre as costas do nariz, já são esclarecidos em detalhes, do mesmo modo, no pedido de patente europeu 17 173 929.5.
[0102] Além disso, pode ser determinado pelo usuário, na interação, também um dos parâmetros de armação do modelo de armação paramétrico. Por exemplo, aqui o usuário pode modificar a determinação de parâmetros ocorrida pelo cálculo automático na etapa
312. Nesse caso, esse reduz, na etapa 310, o número dos parâmetros de armação livres, e o processo é avançado na etapa 36. Quando, após a interação, o usuário finalmente estiver satisfeito com o ajuste, o processo é encerrado na etapa 311. Nesse caso pode haver ainda um controle final. No controle final, o usuário (ou seja, um atendente óptico) verifica os dados da ordem. Nesse caso, os dados da ordem são exibidos em uma tela de visão geral, assim como, representações correspondentes. As representações mostram, no contexto do processo, parâmetros da armação de óculos e/ou da cabeça determinados, como largura de uma ponte e ângulo dos flancos do nariz etc. e também dos parâmetros da armação pedida, eventualmente também indicação de desvios de uma forma ideal, que é especificada pelos requisitos de ajuste. A determinação de tais parâmetros é esclarecida a seguir. Então, os parâmetros determinados podem ser transferidos para um sistema de pedidos do respectivo fabricante, para pedir uma armação de óculos real com os parâmetros correspondentes.
[0103] A seguir, são esclarecidos apenas aspectos individuais do processo da Figura 3 com base nas Figuras 4 a 15.
[0104] A Figura 4 mostra um fluxograma de um processo de acordo com um exemplo de modalidade. A Figura 4 mostra uma divisão do ajuste de óculos em um ajuste com base em requisitos de ajuste atribuídos a um respectivo modelo de armação paramétrico seguido de um ajuste à anatomia da cabeça.
[0105] No processo da Figura 4 ocorre, na etapa 40, um ajuste do modelo de armação paramétrico, em um modelo 3D da cabeça da pessoa com base em requisitos de ajuste, que são especificados pelo fabricante da armação de óculos da respectiva armação de óculos específicos para a armação de óculos. Esses requisitos de ajuste podem se referir a especificações estéticas, como esclarecido a seguir, em mais detalhes. Exemplos de implementação para essa etapa são esclarecidos a seguir. A etapa 40 pode ser realizada, por exemplo, no contexto da etapa 312 da Figura 3.
[0106] Através do ajuste na etapa 40 pode ser determinada uma primeira parte dos parâmetros do modelo de armação paramétrico.
[0107] Na etapa 41 é realizado, então, um ajuste geral à anatomia da cabeça da pessoa, ou seja, o ajuste na etapa 41 ocorre independentemente dos requisitos de ajuste específicos. Esse ajuste pode ocorrer, como descrito no estado da técnica citado anteriormente, e pode ocorrer, do mesmo modo, na etapa 312 ou eventualmente, também, no ajuste nas etapas 34 e 35. O ajuste de óculos anatômico pode ocorrer diretamente, então, também com base nos metadados do modelo de cabeça, ou também como esclarecido em Johannes Eber, "Anatomische Brillenanpassung", Verlag Optische Fachveröffentlichung GmbH, 1987, página 23ff.
[0108] A Figura 5 mostra um fluxograma detalhado de uma implementação do processo da Figura 4.
[0109] Nas etapas 50 a 53 da Figura 5 são disponibilizados os dados de entrada para o processo. Na etapa 51, um fabricante de armação cria um modelo de armação paramétrico para uma armação de óculos. O modelo de armação paramétrico da etapa 51 pode ser transferido, nesse caso, para um formato padronizado individualmente, que é utilizado no processo de acordo com a invenção, quando os dados são fornecidos para um formado CAD (Computer Aided Design) proprietário do fabricante de óculos.
[0110] Além disso, pode ocorrer uma redução de dados (por exemplo, uma redução do número de triângulos ou Voxels no modelo
3D) ou uma compressão de dados com o auxílio de processo de compressão de dados conhecidos.
[0111] Na etapa 50, o fabricante de armação cria requisitos de ajuste específicos para esse modelo de armação paramétrico, que, como esclarecido, pode considerar aspectos estéticos no ajuste da armação.
[0112] Nas etapas 52 e 53 é criado e analisado um modelo 3D da cabeça da pessoa. Na etapa 52, nesse caso, o modelo é criado, inicialmente, com um sistema de medição 3D, particularmente, com o dispositivo de câmera mostrado na Figura 2. Também podem ser utilizados outros sistemas de medição, como scanner de cabeça 3D. Exemplos para tais scanners de cabeça podem ser encontrados em http://cyberware.com/products/scanners/ps.html ou http://www.3d- shape.com/produkte/face_d.php, respectivamente acessado em 8 de junho de 2017.Na etapa 53 são identificados pontos ou áreas como características desse modelo de cabeça, por exemplo, pontos e características, como já utilizados no estado da técnica esclarecido anteriormente.
[0113] Na etapa 54 ocorre então o ajuste da armação de acordo com os requisitos de ajuste específicos, correspondentes à etapa 40 da Figura 4. Como valor inicial para o ajuste pode ser determinado na etapa 54 também uma posição nominal e orientação da armação de óculos. Como posição nominal e orientação nominal, que podem servir como valor inicial para o ajuste, uma posição, por meio de metadados, como no pedido de patente europeu 17 173 929.5 com parâmetros padrão especificados, pode servir para o modelo de armação paramétrico. De forma alternativa a isso, a posição nominal pode ser calculada em muitos casos, a partir dos requisitos de ajuste específicos. Os requisitos de ajuste específicos definem, por exemplo, o local preferido da borda da armação ou do centro das pupilas no plano xz; a distância nominal do vértice da córnea (por exemplo, 12 mm) que define a posição no sentido do eixo y. Também a inclinação para frente como parte da orientação da armação no espaço, ou seja, o ângulo em torno do eixo x, pode ser posicionada em um valor nominal, por exemplo, de 9 graus. Isso pode ser, do mesmo modo, componente dos requisitos de ajuste específicos.
[0114] Na etapa 55 ocorre, então, um ajuste da armação nas condições anatômicas da cabeça. Por meio disso, os parâmetros, que ainda não foram ajustados na etapa 54, ou seja, que ainda são parâmetros livres, são adaptados.
[0115] Na etapa 56 ocorre uma colocação virtual e renderização, e na etapa 57, um ajuste manual. A colocação virtual e o ajuste manual ocorrem, nesse caso, como já descrito com base na Figura 3, desenhos de referência 33 a 310.
[0116] Na etapa 58 ocorre uma transferência para o sistema de pedido do fabricante de armação, correspondente à etapa 311 da Figura
3.
[0117] A utilização de requisitos de ajuste específicos da armação e os ajustes correspondentes são esclarecidos agora com base nas Figuras 6 a 10.
[0118] A Figura 6 mostra diferentes características de rosto, que se adequam como características e pontos no rosto para tais requisitos de ajuste específicos. Em outras palavras, é especificado nos requisitos de ajuste, em um tal exemplo de modalidade, uma posição alvo ou uma área alvo das características da armação de óculos em relação aos tais pontos do rosto. Tais características do rosto são esclarecidas também em Johannes Eber, "Anatomische Brillenanpassung", Verlag Optische Fachveröffentlichung GmbH, 1987, página 17ff.
[0119] São exemplos:
[0120] 1. Posição dos olhos, particularmente o centro das pupilas
(ponto de cruzamento da linha L2 com as linhas LB na Figura 6). A linha L2 caracteriza, além disso, o eixo da pupila.
[0121] 2. Medida do box dos olhos, ou seja, medida de um retângulo, que é colocada em torno dos olhos – posição de cada retângulo, largura e altura do retângulo.
[0122] 3. Posição do nariz correspondente às linhas LA e L3 na Figura 6.
[0123] 4. Largura e posição das têmporas correspondentes às linhas LD da Figura 6.
[0124] 5. Altura do rosto entre as linhas L1 e L5 da Figura 6, assim como, a linha do queixo (linha L5) da Figura 6.
[0125] 6. O raio da curvatura da área do queixo, ou seja, a parte do queixo que toca a linha L5.
[0126] 7. Posição das sobrancelhas, em que a linha L1 da Figura 6 representa um eixo médio das sobrancelhas e as linhas LC uma representação externa do limite das sobrancelhas.
[0127] 8. Posição da boca correspondente à linha L4 da Figura 6.
[0128] As características acima podem ser identificadas por uma abordagem como descrito posteriormente por meio de um por meio de um modelo de cabeça paramétrico ou também são identificadas por processo de análise de imagem (reconhecimento de imagem) e/ou através do aprendizado de máquina em imagens capturadas pelo dispositivo de câmera da Figura 2 e assim sua posição é determinada no modelo 3D da cabeça. Uma possibilidade para o reconhecimento automático de tais características está descrita também em V. Kazemi, J. Sullivan, "One millisecond face alignment with an ensemble of regression trees." Proceedings of the IEEE Conference on Computer Vision and Pattern Recognition, 2014.
[0129] Na descrição a seguir, devem ser entendidos como referências, olho esquerdo, olho direito, metade do rosto esquerda e metade do rosto direita da pessoa, a quem o par de óculos será ajustado.
[0130] A Figura 7 mostra um processo detalhado para o juste da armação de óculos com base nos requisitos de ajuste, portanto, um exemplo detalhado para a etapa 40 da Figura 4 ou das etapas 54 da Figura 5, em conjunto com a disponibilização dos dados.
[0131] Na etapa 70 na Figura 7, os requisitos de ajuste são disponibilizados para um modelo de armação paramétrico, que, na etapa 73, é lido em um dispositivo de cálculo para poder utilizá-lo no processo representado. Os requisitos de ajuste são armazenados, nesse caso, por exemplo, como dados de texto, com um arquivo xml ou JSON.
[0132] Na etapa 71 é disponibilizado um modelo de armação paramétrico ao qual são atribuídos os requisitos de ajuste na etapa 70. Metadados podem ser atribuídos ao modelo de armação paramétrico, que caracterizam, por exemplo, determinadas áreas ou pontos do modelo de armação. Tais metadados de um modelo de armação são descritos também no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Esse modelo de armação paramétrico é lido na etapa 74. Na etapa 77, são disponibilizados os parâmetros do modelo de armação paramétrico que resultam da leitura na etapa 74 e suas áreas de valor para uma otimização subsequente. Por fim, na etapa 72, é disponibilizado um modelo 3D de uma cabeça da pessoa, a quem uma armação de óculos deve ser ajustada, com metadados relacionados, que são lidos na etapa
75.
[0133] Na etapa 76 ocorre uma análise dos requisitos de ajuste. Por análise entende-se uma decomposição e conversão de dados de entrada em um formato adequado para o processamento. Um analisador é um dispositivo correspondente (normalmente implementado por um programa de computador), que executa uma tal análise. Mais detalhes sobre esse tema são encontrados no artigo do Wikipedia "Analisador", acesso em 19 de maio de 2017.
[0134] Aqui, são transmitidos os requisitos de ajuste particularmente em um formato que seja adequado para o processo de otimização subsequente. Os requisitos de ajuste podem conter, como esclarecido, tamanhos-alvo e/ou áreas permitidas, particularmente para distâncias entre características da armação de óculos e características na cabeça, por exemplo, uma distância entre a borda da armação superior e as sobrancelhas, uma distância entre a borda da armação superior da armação em relação a um canto superior dos olhos, uma distância da borda da armação inferior em relação ao canto inferior dos olhos ou a um comprimento relativo das pupilas em relação às bordas da armação. Além disso, também são utilizadas distâncias em relação às características derivadas calculadas, ou seja, pontos e áreas, que são derivadas a partir de várias características da cabeça e/ou da armação. Tais características derivadas também são referenciadas como características auxiliares. A utilização de tais características derivadas permite uma maior flexibilidade e/ou precisão.
[0135] Um exemplo para uma tal característica auxiliar é representada na Figura 8. A Figura 8 mostra uma cabeça 80 com uma armação de óculos 81. Com o número 80 é representado um círculo imaginário com um raio da metade da largura de um rosto e o ponto médio no canto inferior do nariz. yUN indica, na Figura 8 o canto inferior der nariz, yUK um canto inferior do queixo, e yUOD um canto inferior dos olhos. yG indica a largura do rosto, ou seja, a distância das linhas D da Figura 6. Um exemplo para uma característica auxiliar yH derivada, que é definida com o auxílio de um termo nos requisitos de ajuste 70, que é registrada na análise na etapa 76, é yH = (yUK – (yUN - 0,5 · xG)) / 0,5 · xG
[0136] Esse valor yH representa um desvio calculável de um canto inferior do queixo de um rosto ideal em relação a um canto inferior real do queixo, como proporção em relação à metade da largura do rosto e é uma medida para o comprimento vertical do rosto embaixo do nariz. Uma tal característica auxiliar pode ser utilizada para a fixação das proporções das bordas de armação inferiores da armação de óculos. Por meio disso, pode ser considerado que também o comprimento do rosto no sentido vertical pode ter uma influência sobre a impressão estética, que causa a armação de óculos e com isso, os requisitos de ajuste específicos podem especificar uma relação do tamanho e/ou da forma da armação de óculos em relação aos parâmetros yH.
[0137] Um outro exemplo para um requisito de ajuste é uma posição da pupila dentro de uma box circunscrita na armação. Isso é representado na Figura 10D. A Figura 10D mostra a armação de óculos 81 com um box 102 circunscrito na armação, aqui, para o olho direito.
[0138] A altura da vista das pupilas (altura da pupila sobre a borda da armação inferior) é caracterizada com y, o comprimento horizontal é caracterizado com x. A largura da box 102 é de ∆a e altura da box, ∆b. Os requisitos de ajuste podem prever, então, por exemplo, que as pupilas devam se encontrar no sentido horizontal entre o centro da box e o corte nasal dourado, ou seja, ∆a · 3,82 ˂ x ˂ ∆a · 0,5. O corto dourado significa, nesse caso, que a proporção de x em relação a ∆a-x é igual à proporção de ∆a-x em relação a ∆a, o que é o caso para x = ∆a · 3,82. Posições dos olhos, que estão mais próximas da borda da armação são como esse corte dourado, são percebidas, em geral, como menos estéticas.
[0139] A posição dos olhos no sentido vertical pode determinar um requisito semelhante, a saber, que as pupilas se encontram no sentido vertical, planas, entre o centro do box do box 102 e o valor para o corte dourado acima do centro, ou seja, ∆b · 0,5 ˂ y ˂ ∆b · 0,618.
[0140] Os requisitos de ajuste também podem ser disponibilizados diretamente como fórmula de cálculo, em que, as variáveis da fórmula de cálculo são, então, as características descritas acima. Em outras palavras, os parâmetros de armação podem ser especificados nos requisitos de ajuste específicos diretamente como termo, ou podem ser determinados como iterativos por um ciclo de otimização. Em último caso, é otimizada uma qualidade do ajuste que é definida com o auxílio dos termos; os termos fixam objetivos – no entanto, esses objetivos não são atingidos, em geral; por isso, por exemplo, uma impressão da forma "tamanho-alvo - termo" não foi diretamente atendida, contudo, apenas no sentido de uma otimização, por exemplo, no sentido do método do menor quadrado em relação à qualidade do ajuste.
[0141] A análise na etapa 76 ocorre, particularmente, para as características auxiliares mencionadas, para tamanho-alvo e, para isso, regras de cálculo e opcionalmente para um valor de qualidade como tamanho de escala, que existe, por exemplo, na forma de uma soma pesada dos quadrados do desvio do tamanho-alvo e pode apresentar, eventualmente, um termo de penalização adicional, como já descrito anteriormente.
[0142] Na etapa 79 é criada então uma lista de árvores de sintaxe para os temos da etapa 76.
[0143] Correspondentemente, são determinadas na etapa 78 para o modelo da cabeça, posição, orientação e dimensão para valores com posição do centro da pupila, posição e dimensão dos olhos (por exemplo, de um retângulo descrito por um dos olhos), posição, orientação e dimensão do nariz, posição, orientação e posição das sobrancelhas e/ou posição do queixo.
[0144] Na etapa 710 são avaliados os termos da árvore para características auxiliares, ou seja, é determinado quais características auxiliares existem, e na etapa 711 são determinados os valores para essas características auxiliares, por exemplo, para os valores yH esclarecidos acima. Na etapa 712 ocorre, então, uma etapa de otimização. Aqui, são variados o parâmetro de armação do modelo de armação paramétrico e os termos, até os tamanhos-alvo serem atingidos na etapa 713. A partir disso, resulta na etapa 714, um conjunto de parâmetros para uma parte do parâmetro de armação, que puderam ser ajustados com base nos requisitos de ajuste. Esses parâmetros são, particularmente, parâmetros, que têm um efeito estético, por exemplo, escala da armação de óculos, inclinação para frente da armação de óculos e/ou uma forma da borda da armação no caso de uma borda da armação variável. Outros parâmetros, como, por exemplo, ângulo das plaquetas de nariz ou um comprimento de hastes de óculos ou uma largura de uma ponte são deixados, inicialmente, como valores padrão, que são especificados pelo fabricante. Esses são ajustados, então, no ajuste anatômico (por exemplo etapa 41 da Figura 4).
[0145] O ciclo de otimização pode compreender também uma colocação virtual, por exemplo, como descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Através das etapas anteriores, exclusivamente, do ajuste dos parâmetros do modelo de armação paramétrico é assegurada uma convergência da otimização em um ajuste de óculos ideal.
[0146] Na colocação virtual, resultam, como resultado, por um lado, os parâmetros do movimento matemático (6 graus de liberdade, ver artigo Wikipedia "Movimento (Matemática)", acesso em 22 de maio de 2017), que pode ser representado, por exemplo, como matriz de rotação e vetor de translação, e por outro lado, os parâmetros da flexão da armação. Este último geralmente é um parâmetro único para o ângulo que o ponto de contato da orelha percorre durante a flexão. Isso corresponde à colocação virtual, com descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5. O resultado da colocação virtual descrita no local são a rotação e a translação da armação e os parâmetros da deformação das hastes.
[0147] Após a colocação, todas as características são disponibilizadas no sistema de coordenadas da cabeça. Para isso, o movimento matemático é aplicado às características. Por exemplo, a posição e orientação das plaquetas de nariz esquerda e direita da armação individualizada é calculada – ou seja, a armação correspondente ao modelo de armação paramétrico, com parâmetros adequados. No caso ideal, essa posição e orientação coincidem com a posição calculada anteriormente na etapa do ajuste dos parâmetros específicos da armação, na qual, sim, a característica correspondente do flanco do nariz com a característica da armação foi colocada em sobreposição, com esclarecido posteriormente de forma mais concreta. Contudo, pode ocorrer que o processo da colocação virtual condicione, por limitações da individualização, na área do nariz, não vem ao mesmo resultado, na determinação da posição da armação que o processo de ajuste. Isso pode ser condicionado, por exemplo, por assimetrias do nariz real em conjunto com uma colocação simétrica do nariz da armação. Como regra, contudo, as posições devem diferir apenas muito ligeiramente. Em diferenças mínimas (por exemplo, distância der plaquetas dos pontos médios do nariz menores que 1 mm) isso pode ser ignorado. Em diferenças maiores, a nova posição pode gerar, após a colocação virtual, um novo processo de ajuste com base nos requisitos de ajuste específicos da armação em relação aos parâmetros a serem determinados. Também é possível um feedback na forma de uma mensagem para o usuário sobre uma possível intolerância do modelo de armação.
[0148] As Figuras 10A a 10C ilustram esse posicionamento dos olhos dentro da box 102 para diferentes distâncias de pupilas PD1 (Figura 10A), PD 2 (Figura 10B) e PD 3 (Figura 10C) na cabeça 80, em que PD 1 é uma distância de pupila relativamente pequena, PD 2 uma distância de pupila média e PD3 uma distância de pupila relativamente grande. Para o ajuste estético, no caso da Figura 10A, uma borda externa da forma de armação 100 é reforçada e formada com bochechas dominantes, para manter, por exemplo, a condição do corte dourado. As bochechas são parte externa da parte média da armação de óculos, que caracteriza a parte interior como ponte. O parâmetro modificado é aqui, portanto, a forma da armação. No caso da Figura 10C é selecionada uma área dominante ou uma ponte dominante, eventualmente, em associação com uma largura de ponte maior, para manter uma impressão estética desejada.
[0149] A Figura 9 mostra exemplos do ajuste dos parâmetros com base em requisitos de ajuste para o prolongamento de um efeito estético desejado. As Figuras 9A a 9C mostram, nesse caso, um efeito de sua escala da armação de óculos 81. Na Figura 9A, à pessoa é atribuída virtualmente uma armação muito pequena, que se torna pequeno demais do ponto de vista estético e moderno. Na Figura 9C a armação é muito grande. Na Figura 9B, a armação apresenta um tamanho médio. Para assegurar um tamanho de óculos esteticamente adequado, os requisitos de ajuste podem descrever, nesse caso, distâncias da borda da armação da borda do rosto e/ou das sobrancelhas.
[0150] As Figuras 9D a 9F mostram uma influência da largura de uma ponte. A largura de uma ponte é ajustada, no exemplo de modalidade aqui descrito, no ajuste anatômico, para assegurar um assentamento anatômico correto da armação de óculos sobre o nariz, o que é esclarecido a seguir. Ela também pode modificar a impressão estética, o que pode ser considerado adicional no ajuste anatômico. Na Figura 9D é selecionada uma largura de uma ponte b1 menor. Aqui, a armação é assentada muita alta, devido a uma colisão com as costas do nariz. Na Figura 9E, a largura de uma ponte foi ligeiramente ampliada em uma largura de uma ponte b2. Por meio disso, a armação de óculos se assenta de forma profunda e harmônica. No caso da Figura 9F, a largura de uma ponte foi ainda mais diminuída a um valor b3. Aqui, no ajuste anatômico pode ser observado que as pupilas se encontram dentro de uma área específica em relação às bordas da armação, por exemplo, com base nos cortes dourados.
[0151] Assim, com o auxílio dos requisitos de ajuste e pela divisão em um ajuste com base nos requisitos de ajuste seguido por um ajuste na anatomia da cabeça pode ser assegurado que as especificações, particularmente, de natureza estética, de um fabricante de armação, podem ser atendidas.
[0152] No processo mencionado acima e também em outro processo para o ajuste de óculos, por exemplo, o processo descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5 ou em muitos processos, que já foram esclarecidos inicialmente como estado da técnica, é necessária a posição de determinados pontos no modelo 3D da cabeça e/ou são necessários metadados, que caracterizam determinadas área para o ajuste de óculos, como um ponto de colocação ou uma área de colocação sobre a orelha. Uma possibilidade é determinar tais pontos ou áreas manualmente ou por meio de processo de reconhecimento de padrões. Uma outra possibilidade é esclarecida a partir de agora com base nas Figuras 11 a 15.
[0153] A Figura 11 mostra um processo para a fixação de pontos de medição no modelo 3D da cabeça da pessoa, de acordo com um exemplo de modalidade. Por pontos de medição, devem ser entendidos pontos, nesse caso, que podem ser utilizados para o processo descrito acima, como, por exemplo, pontos que descrevem as características do rosto, como orelhas, olhos, sobrancelhas e similares.
[0154] Na etapa 110 é disponibilizado um modelo de cabeça paramétrico com pontos de medição. Um modelo de cabeça paramétrico é, nesse caso, um modelo paramétrico que descreve uma cabeça. Através da modificação dos parâmetros do modelo paramétrico a forma da cabeça descrita pelo modelo de cabeça. O termo modelo de cabeça paramétrico como usado aqui, inclui também modelos que descrevem apenas uma parte da cabeça, por exemplo, apenas as partes que são necessárias para um ajuste de óculos (particularmente, as partes dos olhos, nariz e orelhas). Um exemplo para um modelo de cabeça paramétrico é esclarecido a seguir com base nas Figuras 13A e 13C. Nesse modelo de cabeça paramétrico são fixados pontos de medição, por exemplo, por seleção manual. Exemplos para tais pontos de medição são esclarecidos posteriormente com base nas Figuras 13A e 13C.
[0155] Na etapa 111, então, o modelo de cabeça paramétrico é ajustado no modelo 3D da cabeça da pessoa. Para isso, podem ser utilizados processos de otimização comuns, que os parâmetros do modelo de cabeça paramétrico se ajustam de tal modo que haja um desvio o menor possível entre o modelo de cabeça paramétrico e o modelo 3D da cabeça da pessoa (por exemplo, por meio do processo do menor quadrado ou do processo citado no artigo de J. Booth et al.). Na etapa 112, os pontos de medição são transmitidos, então, com base nos ajustes, para o modelo 3D da cabeça da pessoa. Em outras palavras, a posição dos pontos de medição é utilizada no modelo de cabeça paramétrico ajustado, para fixar pontos de medição correspondentes no modelo 3D da cabeça. Isso pode ocorrer por uma projeção do modelo de cabeça paramétrico no modelo 3D da cabeça, por exemplo, em que seja utilizado um ponto de interface de um vetor normal, ou seja, de um vetor que permanece vertical no ponto de medição no modelo de cabeça paramétrico, com o modelo 3D da cabeça. Em modelos precisos a posição do ponto de medição também pode ser utilizada diretamente no modelo de cabeça paramétrico como posição no modelo 3D da cabeça.
[0156] Desse modo, podem ser determinados pontos de medição para essencialmente qualquer modelo 3D de qualquer cabeça, em que, os pontos de medição precisam ser fixados apenas uma vez no modelo de cabeça paramétrico.
[0157] A Figura 12 mostra um processo detalhado, que utiliza um modelo de cabeça paramétrico para a fixação de pontos de medição em um modelo 3D da cabeça de uma pessoa, embutido em um processo para o ajuste virtual de óculos. Ao invés do processo para o ajuste virtual de óculos da Figura 12 também os processos esclarecidos anteriormente com base nas Figuras 1 a 10 servem como possibilidade de aplicação para o processo da Figura 11.
[0158] Na Figura 12 é disponibilizado na etapa 120 um modelo de armação paramétrico com parâmetros livres. No exemplo de modalidade da Figura 12, os parâmetros livres servem ao ajuste anatômico. Em outros exemplos de modalidade pode ocorrer adicionalmente um ajuste por meio dos requisitos de ajuste específicos, como esclarecido acima.
[0159] Na etapa 121 é disponibilizado um modelo de cabeça paramétrico. O modelo de cabeça paramétrico pode ser um modelo de rosto ou modelo de cabeça devido a uma análise dos componentes principais (PCA), como, por exemplo, descrito em A. Brunton, A. Salazar, T. Bolkart, S. Wuhrer, "Review of Statistical Shape Spaces for 3D Data with Comparative Analysis for Human Faces", Computer Vision and Image Understanding, 128:1-17, 2014, ou também um modelo de cabeça como descrito em J. Booth, A. Roussos, S. Zafeiriou, A. Ponniah e D. Dunaway "A 3D Morphable Model learnt from 10,000 faces", 2016 IEEE Conference on Computer Vision and Patent Recognition (CVPR), Las Vegas, NV 2016 páginas 5543-5552 doi:10.1109/CVPR.2016.598. Na etapa 122 é disponibilizado um modelo 3D da cabeça da pessoa que pode ser criado, por exemplo, com o dispositivo de câmera da Figura 2.
[0160] Na etapa 123 são determinados pontos de medição no modelo de cabeça paramétrico. Um exemplo para um tal modelo 3D de pelo menos uma parte do rosto é representado em conjunto com os eixos de coordenadas na Figura 14.
[0161] Na etapa 123 são determinados pontos de medição no modelo de cabeça paramétrico. Para isso, é disponibilizada um denominada cabeça padrão do modelo de cabeça paramétrico. Uma cabeça padrão é uma cabeça, na qual os parâmetros do modelo de cabeça paramétrico aceitam valores padrão. No caso de um modelo de cabeça com base em uma análise dos componentes principais, esse pode ser, por exemplo, uma cabeça média, que corresponde a um primeiro componente da análise dos componentes.
[0162] Na etapa 123 são determinados pontos de medição no modelo de cabeça paramétrico. Isso pode ocorrer manualmente pela fixação de pontos. Um exemplo para uma tal fixação é mostrado na Figura 13A. Aqui, são fixados em uma cabeça padrão 130 do modelo de cabeça paramétrico uma pluralidade de pontos, por exemplo, canto da boca, ponta do nariz, pontos na linha da testa, pontos nos olhos, raiz do nariz e pontos nos flancos do nariz. Um outro exemplo é mostrado na Figura 13C. Aqui, um triângulo 132, ou seja, três pontos, é marcado em um flanco do nariz do modelo de cabeça 130.
[0163] Na etapa 124, o modelo de cabeça paramétrico é ajustado no modelo 3D da cabeça da pessoa através de um processo de encaixe. O processo de encaixe é um processo no qual os parâmetros do modelo de cabeça paramétrico são determinados de tal modo que o modelo de cabeça paramétrico é ajustado da maneira mais precisa possível ao modelo 3D da cabeça da pessoa, por exemplo, segundo o critério do menor quadrado. As etapas 123 e 124 podem ocorrer em uma sequência aleatória. A etapa 123 precisa ser realizada agora apenas antes da execução do processo, de tal modo que os pontos de medida determinados em cada execução do processo podem ser utilizados para diferentes modelos 3D de cabeças de diferentes pessoas e diferentes modelos de armação paramétricos.
[0164] Na etapa 125 são transferidos, então, pontos de medição no modelo de cabeça paramétrico encaixado. Em outras palavras, a posição dos pontos de medição é determinada no modelo de cabeça encaixado. Para isso, será essencial a mesma transformação, que é utilizada para colocar os pontos de medida que foram determinados na etapa 123 pelo modelo de cabeça padrão, ao modelo de cabeça paramétrico encaixado, no qual os pontos de medição são usados, por exemplo, como descrito no artigo mencionado acima, de J. Booth et al. Na etapa 126 são transferidos, opcionalmente, os pontos de medição ao modelo 3D da cabeça. A utilização da etapa 126, depende da precisão do modelo utilizado, ou seja, quão preciso o modelo de cabeça paramétrico corresponde ao modelo 3D da cabeça da pessoa. Caso, por exemplo, o desvio médio quadrático estiver abaixo do valor limiar, a etapa 126 pode ser dispensada. A transmissão dos pontos de medição do modelo de cabeça paramétrico encaixado no modelo 3D da cabeça da pessoa pode ocorrer também por projeção, na qual um vetor normal é determinado pelo respectivo ponto de medição no modelo de cabeça encaixado e o ponto de interface desse vetor normal é utilizado com o modelo 3D da cabeça da pessoa, então, como ponto de medição correspondente ao modelo 3D da cabeça da pessoa. Exemplos são mostrados nas Figuras 13B e 13D. Na Figura 13B são projetados os pontos da Figura 13A em um modelo 3D 131 da cabeça da pessoa, e na Figura 13D é o triângulo 132 da Figura 13C como triângulo 132‘ no modelo 3D 131.
[0165] Essa projeção trabalha em muitos modelos de rosto de forma confiável, visto que os modelos paramétricos apresentam, frequentemente, uma suavidade elevada, particularmente, uma suavidade elevada representada como um modelo 3D da cabeça típico, como na Figura 14 A suavidade de superfícies pode ser definida, nesse caso, como medida do desvio local de vetores normais. De forma alternativa, pode ser definido como medida, também o desvio local da nuvem de pontos do modelo 3D da cabeça de uma superfície polinomial aproximada, por exemplo, respectivamente, em áreas locais de 5 mm. Superfícies polinomiais são caracterizadas frequentemente de forma diferenciável e, com isso, na geometria diferencial como "plana". Uma suavização local por meio do "moving least squares" (MLS), que pode ser utilizada em exemplos de modalidade, é descrita em http://pointclouds.org/documentation/tutorials/resampling.php, acesso em 8 de junho de 2017.
[0166] Além disso pode ser utilizada (não representado na Figura 12) uma etapa manual, para marcar outros pontos de medição no modelo 3D da cabeça. Esses podem ser, particularmente, pontos que não são facilmente registrados com o modelo 3D, por exemplo, partes cobertas pelo cabelo da pessoa. Isso pode particularmente ser o caso das orelhas. Portanto, esses pontos não podem ser identificados, então, no modelo 3D da cabeça da pessoa de forma precisa e podem ser adicionados manualmente. Um exemplo para um tal ponto de medição é um ponto de colocação da haste do par de óculos no assentamento da orelha.
[0167] Na etapa 127 são calculadas, então, com base nos pontos de medição (os pontos de medição no modelo de cabeça encaixado, quando a etapa 126 é suprimida ou os pontos de medição, quando a etapa 126 é realizada). Essas características, também referidas como características de medição, se baseiam em grupos de pontos de medição e definem, por exemplo, uma área da cabeça.
[0168] As características podem ser determinadas por meio de cálculo direto (por exemplo, 3 pontos não colineares no espaço definem claramente um plano cujo vetor normal pode ser calculado usando um produto cruzado dos vetores de diferença normalizados; 4 pontos não coplanares definem uma esfera, 5 pontos não coplanares definem um cilindro) ou por meio de aproximação de um primitivo geométrico (pontos, linhas ou superfícies) como um plano ou esfera ou um cilindro em pontos de medição determinados. A característica é então determinada pelo parâmetro do primitivo geométrico ajustado, no caso de um plano, por exemplo, por vetor normal e ponto modelo do plano, no caso de uma esfera por ponto médio e raio da esfera etc. As seguir, são especificados exemplos para tais características, que são calculadas na etapa 127: - flanco esquerdo ou direito do nariz
[0169] Para o flanco esquerdo ou direito do nariz pode ser definido um plano (por exemplo correspondente ao triângulo 132‘ da Figura 13D) através da aproximação em uma pequena área do modelo na área da colocação sobre o nariz ou na área para as plaquetas de nariz (por exemplo, com um diâmetro de 6 mm) utilizado como característica. A partir do local do plano resultam o ângulo horizontal e vertical dos flancos do nariz. Nesse caso, o plano é seccionado no ponto médio da área da colocação do nariz com os eixos de coordenadas e o ângulo respectivamente resultante é medido. Quando, por exemplo, três pontos são marcados correspondentemente ao triângulo 132 em cada flanco do nariz na Figura 13C, o plano pode ser calculado a partir de três pontos. Em mais de três pontos, o plano pode ser calculado por um processo de ajuste, por exemplo, por meio da análise de componentes principais na quantidade de pontos ou por um ajuste com o auxílio do processo do menor quadrado. Um plano individual pode ser representado, como mencionado acima, por um ponto (x, y e z) no plano e um vetor normal (nx, ny, nz) por esses pontos, em que x, y e z são coordenadas cartesianas. Ambos os flancos do nariz podem ser representados, portanto, como 12-Tuple, ou seja, com 12 valores (2 pontos e 2 vetores normais), por exemplo, como (x[N,OD],y[N,OD],z[N,OD],nx[N,OD],ny[N,OD],nz[N,OD],x[N,OS],y[N,OS],z[P,OS],nx[N,OS], ny[N,OS],nz[N,OS]) Nesse caso, índice N caracteriza o nariz, o índice OD o olho direito (Okulus Dexter) e índice OS o olho direito (Okulus Sinister). - Curvatura da face
[0170] Aqui, uma seção pode ser ajustada a partir de uma curva circular no espaço nos pontos de medição sobre a face, como representado nas Figuras 13A e 13C. Parâmetros desse ajuste são ponto médio, raio e vetor normal de um plano, que se encontram em um plano. Esse ajuste pode ocorrer em duas etapas. A seguir, é realizado um ajuste de um plano, como descrito acima, para os flancos de nariz descritos, e, então, um círculo é ainda ajustado ao plano. Esse ajuste do círculo por ocorrer, por exemplo, com o processo do menor quadrado possível ou qualquer processo de ajuste comum. - sobrancelhas e/ou maçãs do rosto
[0171] Aqui, em uma área em torno das sobrancelhas e/ou em uma área em torno das maçãs do rosto é ajustada uma superfície estriada S (ver artigo do Wikipedia, "Estriado", acesso em 23 de maio de 2017) ou um polinômio bivariado (ver, por exemplo, https://en.wikipedia.org/wiki/Polynomial#Definition "bivariate polynomial", acessado em 8 de junho de 2017) aos pontos de medição na área das sobrancelhas e na área das maçãs do rosto. Em uma representação estriada S(c1,..,cn): (x,z) y
[0172] Nesse caso, os coeficientes (c1…, cn) da função estriada S são determinados de tal modo que, para uma quantidade de pontos de medição {(x1,y1,z1),…,(xm,ym,zm)} na área correspondente (sobrancelhas ou maçãs do rosto) haja um erro mínimo F no meio quadrático, ou seja, o erro tem a seguinte configuração F(c1,…,cn) = ∑i=1…m (yi-S(c1,..,cn) (xi,zi))²
[0173] Nessa representação é aceite que o processo de colocação da armação e aceito pelo movimento paralelo a um plano xy com valores y respectivamente fixos no sistema de coordenadas da Figura 14. Quando uma distância mínima de uma borda da armação do modelo 3D da cabeça tiver de ser realizado pelo processo de ajuste, esse valor de distância pode ser especificado antecipadamente como um deslocamento da superfície estriada. Então, pode ser detectado um toque pela sobreposição nos valores y (visto que o valor y é armazenado anteriormente como um deslocamento). Para isso, então, no ajuste posterior da armação de óculos, cada vértice da borda posterior da armação pode ser examinado, e um respectivo vértice resultante pelas coordenadas (x, y, z) é examinado com relação à diferença ∆y = y – S(c1,…cn): (x, z). Na detecção de um toque ou aprofundamento do vértice no modelo, pode ser ajustada então uma posição da armação de óculos ou a borda da armação da armação de óculos pode ser modificada. - Ponto de assento da orelha, que serva como ponto de colocação para as hastes dos óculos
[0174] Para isso, pode ser utilizado um ponto individual no modelo de cabeça, ou seja, aqui não precisam ser compostos quaisquer pontos de medição. Em outras modalidades pode ser determinada uma curva de colocação sobre as orelhas, como descrito no pedido de patente europeu 17 173 929.5. Caso seja utilizado um modelo sem modelagem das orelhas (ver acima), por exemplo, um modelo de rosto puro, ou que as orelhas tenham sido cobertas na criação do modelo 3D da cabeça da pessoa, esse ponto de colocação sobre as orelhas pode ser gerado de forma contrária, por exemplo por aprendizado de máquina sobre imagens, que foram utilizadas para a criação do modelo 3D da cabeça, em que, para isso, possa ser utilizado um detector de característica não treinado, para detectar o ponto de colocação sobre a orelha nas imagens. Esses pontos detectados na imagem 2D são projetados em uma outra etapa no modelo 3D da cabeça. Informações sobre tais projeções podem ser encontradas na literatura básica sobre geometria projetiva e calibração da câmera, por exemplo, Hartley e Zisserman, "Multiple View Geometry in Computer Vision", 2000, a partir da página 7 para a representação de pixels de imagem como retas no espaço; projeção em um modelo 3D no espaço como cálculo do ponto de intersecção da rede triangular com retas, também referenciado como "Ray-Casting", ver também, por exemplo, a biblioteca de software "vtk", função "vtkModifiedBSPTree::IntersectWithLine". De forma alternativa, um tal ponto também pode ser determinado manualmente, como esclarecido acima.
[0175] Em muitos exemplos de modalidade também determinados pontos, como posição dos olhos ou posição das pupilas podem ser determinados em um processo separado, por exemplo, por meio da detecção das pupilas e da detecção córnea com as imagens capturadas com a câmera da Figura 2. Tais detecções são descritas nos pedidos de patente europeus 17 153 558.3 e 17 153 559.4.
[0176] Com base nas características calculadas na etapa 127, então, na etapa 128 são calculados os parâmetros de armação do modelo de armação paramétrico. A seguir é indicado um exemplo para esse cálculo. As características podem ser descritas, contudo, também para o ajuste de armação descrito acima com base em requisitos de ajuste específicos ou para a colocação virtual, como no pedido de patente europeu 17 173 929.5.
[0177] De modo geral, para o ajuste, são avaliadas as características em combinação referente ao local relativo e/ou outras propriedades, como ângulo ou curvatura. A seguir são descritos alguns exemplos para o cálculo do parâmetro de armação na etapa 128. Esses também podem servir como exemplo para o ajuste anatômico da etapa 41 da Figura 4. - largura de uma ponte
[0178] A largura de uma ponte é definida no DIN EN ISO 8624:2015- 12, Anhang A e resulta a partir da posição relativa das plaquetas de nariz, visto que, em uma ponte mais larga se encontram se encontram plaquetas de nariz e em larguras de uma ponte mais estreitas, as plaquetas de nariz se compõem mais próximas. Em uma armação de óculos sem plaquetas de nariz, são definidas plaquetas de nariz como áreas especiais de colocação sobre o nariz, que são previstas como áreas de contato com o nariz. A largura de uma ponte resulta como distância dos pontos médios dessas plaquetas de nariz generalizadas. Então, a largura de uma ponte pode corresponder a uma distância de pontos médios de triângulos em ambos os flancos do nariz correspondentes ao triângulo 132‘ da Figura 13D. Como ponto médio do triângulo pode ser tomado, nesse caso, o ponto de gravidade geométrico, ou seja, o ponto médio da bissetriz.
[0179] A Figura 16 mostra para ilustração, uma vista em perspectiva de um modelo de armação paramétricos com plaquetas de nariz 160 (nesse sentido) e a largura de uma ponte 161. - Posição relativa e ângulo das plaquetas de nariz
[0180] Esse ajuste é esclarecido na Figura 15. Aqui, são representados os flancos do nariz como seção transversal. Esses são representados por uma curva 150, e uma plaqueta de nariz 151 é ajustada.
[0181] Cada uma das duas plaquetas de nariz pode ser ajustada por um plano, que toca a respectiva plaqueta de nariz (plano tangencial). Esse plano da plaqueta de nariz pode ser aproximado, como descrito acima para outros planos, por um ponto de colocação (xP, yP, zP) e um vetor normal (nx, ny, nz). O ponto de colocação pode ser especificado,
particularmente, um ponto médio das plaquetas de nariz. Por plaquetas de nariz no sentido clássico, ou seja, armações de metal, esse ponto médio é definido, por exemplo, por uma projeção do centro de gravidade das plaquetas de nariz no lado externo, ou seja, a superfície de contato das plaquetas com o nariz – em que o ponto médio das plaquetas também pode ser definido como ponto pré-definido de parte do modelo de armação parametrizável – ou seja, esse ponto é incluído em conjunto com o modelo. Em armações de acrílico sem plaquetas, a parte da armação, que é pensada como superfície de contato para o nariz (160 na Figura 16), é referenciada como colocação para o nariz ou, aqui, de forma generalizada, como plaquetas de nariz. Assim, as duas plaquetas de nariz podem ser representadas, do mesmo modo, como 12-tupla, em que a representação no presente exemplo de modalidade ocorre no sistema local de coordenadas da armação: (x[P,OD],y[P,OD],z[P,OD],nx[P,OD], ny [P,OD], nz[P, OD], x[P,OS],y[P,OS],z[P,OS], nx[P,OS], ny [P,OS], nz[P, OS])
[0182] em que o índice P significa as plaquetas de nariz.
[0183] O local das plaquetas de nariz implementa, como esclarecido acima, então, também a largura de uma ponte.
[0184] Nessa representação das plaquetas de nariz é possível escolher livremente o salta das coordenadas e a orientação do sistema de coordenadas, visto que as 12 tuplas podem ser transferidas por um mapeamento de tradução comum para os pontos de colocação e um mapa de rotação comum, pontos de colocação e vetores normais em cada sistema de coordenadas qualquer. O pré-requisito é que, no modelo de armação paramétrico, de fato, todos os parâmetros podem ser selecionados a partir das 12 tuplas. Na prática, em um modelo de armação paramétrico, os parâmetros são limitados, e há valores máximos e mínimos para os parâmetros do modelo de armação paramétrico (por exemplo, uma armação não pode ser fabricada qualquer tamanho ou com qualquer tamanho ou tamanho de largura de uma ponte). Em todo caso, tanto as plaquetas de nariz quanto também os flancos do nariz mencionados acima como as 12-tuplas.
[0185] Os vetores normais podem ser representados ao invés de coordenadas cartesianas, como acima, respectivamente por dois ângulos teta e fi no espaço (essencialmente uma representação em coordenadas polares, em que, como comprimento (raio) do vetor normal 1, é selecionado: (nx,ny,nz) = (sen(fi)*sen(teta), cos(fi)*sen(teta), cos(teta)).
[0186] Com isso, obtém-se, então, no total, 10 níveis de mobilidade para as plaquetas e com isso, também, para a ponte do nariz, em conjunto, obtém-se uma representação como 10 tuplas: (x[P,OD],y[P,OD],z[P,OD],tetaOD,fiOD, x[P,OS],y[P,OS],z[P,OS],tetaOS,fiOS) = z[P,OS]
[0187] A relação entre a largura da ponte do nariz e a posição das plaquetas de nariz pode ser vista a partir da Figura 15: Caso a ponte do nariz seja ampliada, amplia-se a distância entre os pontos de colocação dos planos das plaquetas esquerda e direita, correspondentemente e vice-versa.
[0188] Uma redução do número de parâmetros ocorre quando é supõe-se que a ponte e as plaquetas de nariz são simétricas uma em relação a outra. Com o plano yz, da Figura 14 é válido como plano simétrico: i.x[P,OS] = – x[P,OD] ii.y[P,OD] = y[P,OS] e z[P,OD] = z[P,OS] iii.teta [P,OD] = teta [P,OS] e fi [P,OD] = – fi [P,OS]
[0189] Então existem parâmetros livres (w, yP, zP, teta, fi) com teta = teta[P, OD] = teta[P, Os] e fi = fi[P, OD] = - fi[P, OS]. w é, nesse caso, a largura de uma ponte, em que, é válido x[P, OD] = w/2 e x[P, OS] = -w/2. Com isso, há parâmetros livres no caso simétrico 5, com os quais o modelo de armação paramétrico pode ser ajustado. Dependendo da armação, pode haver poucos níveis de mobilidade, ou os níveis de mobilidade podem ser limitados por meio de requisitos de ajuste específicos, como esclarecido acima.
[0190] Para ajustar o modelo de armação paramétrico ao modelo 3D da cabeça, os planos das plaquetas de nariz podem ser selecionados de tal modo que eles se sobreponham com os planos do flanco do nariz, ou seja, de maneira geral, as 12 tuplas para as plaquetas de nariz se sobrepõem com as 12 tuplas para o flanco do nariz.
[0191] Como limitação, pode ser determinada, por exemplo, a posição da ponte ou das plaquetas de nariz no sistema de coordenadas local da armação (ou seja, os valores yP, zP são fixos), ou para teta e fi pode ser selecionada uma relação fixa, por exemplo, linear, entre si, de tal modo que teta e fi não possam ser selecionados independentemente um do outro.
[0192] Em um conjunto reduzido de parâmetros de armação, por exemplo, no caso simétrico mencionado acima, pode ser utilizada uma média. Caso se diferenciem, por exemplo, o ângulo correspondente teta[P, OD] e teta[P, OS] para o flanco do nariz, pode ser usado um valor médio. Caso os ângulos diferirem mais do que um valor limite, um aviso pode ser emitido, de tal modo que a forma da armação simétrica ofereça, aqui, propriedades de desgaste muito desfavoráveis. Para avaliar o quão desfavorável são as propriedades de desgaste, pode ser utilizada uma medida de qualidade, que caracteriza a qualidade de ajuste anatômico. Uma tal medida de qualidade pode ser calculada com base nas distâncias da armação de óculos indicadas acima em relação às áreas da cabeça, em que, diferentes distâncias com diferentes pesos podem influenciar na medida de qualidade.
[0193] Dependendo do tipo de armação paramétrica, os números de parâmetros livres podem ser ainda mais reduzidos, por exemplo, em dois parâmetros na área da colocação sobre o nariz, a saber, a largura de uma ponte e um parâmetro para o ângulo agudo. O ângulo agudo é esclarecido, por exemplo, em Johannes Eber, "Anatomische Brillenanpassung", Verlag Optische Fachveröffentlichung GmbH, 1987 página 26, parágrafo 24 para ângulo agudo. - ângulo fantoscópico da armação
[0194] Ademais, por meio das características do ângulo fantoscópico, a armação (também caracterizado como ângulo de inclinação para frente) pode ser calculada ou ajustada. Nos exemplos de modalidade, nos quais são utilizados requisitos de ajuste específicos da armação, como descritos acima, o ângulo fantoscópico pode ser ajustado já nesse ajuste (etapa 40 na Figura 4). Esse pode ser ajustado, então, na etapa 128 da Figura 12. Para isso, é calculada uma distância da borda da armação (por exemplo, do cante posterior da borda inferior da armação, canto inferior esquerdo ou direito em uma visão frontal da armação) em relação à superfície das bochechas, indicada acima, que podem ser representadas por uma superfície estriada. O ângulo pantoscópico é então alterado para que uma distância mínima predeterminada, e. 2 mm, seja assegurada. - comprimento da haste
[0195] O comprimento da haste é calculado na etapa 128 quando o assento da armação sobre o nariz tiver sido determinado, por exemplo, pelas plaquetas de nariz mencionadas acima. Para o ajuste do comprimento da haste da armação (na medida em que esse é um parâmetro livre do modelo de armação paramétrico), um ponto de colocação anterior é trazido para cobrir a haste com os pontos de colocação sobre a orelha mencionados acima.
[0196] Na etapa 129 são aplicados, então, os parâmetros de armação calculados na etapa 128 sobre o modelo de armação paramétrico. Na etapa 1210 ocorre então uma colocação virtual e renderização como descrito com base na etapa 56 da Figura 5. Na etapa 1211 pode ocorrer, opcionalmente, uma outra otimização, por exemplo, uma otimização como descrito inicialmente, do documento US 2016/0327811 A1 ou um ajuste manual, como descrito na etapa 57 da Figura 5. Na etapa 1212 ocorre então uma transferência para o sistema de pedidos.
Também podem ser selecionados outros parâmetros de armação, por exemplo, uma cor da parte intermediária da armação de óculos, uma cor das hastes dos óculos da armação de óculos, material e cor da articulação da armação de óculos, gravuras sobre as hastes de óculos da armação de óculos, elementos de design, aplicações sobre as hastes de óculos ou partes intermediárias da armação de óculos.
A armação de óculos pedida é então fabricada de forma correspondente aos parâmetros definidos, por exemplo com um processo de acabamento aditivo, como esclarecido anteriormente.

Claims (27)

REIVINDICAÇÕES
1. Processo implementado por computador para o ajuste de óculos, que compreende: ajuste virtual de um modelo de armação paramétrico (71) para um modelo 3D (72) de uma cabeça de uma pessoa, caracterizado pelo fato de que o ajuste virtual compreende: um primeiro processo de ajuste (40) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça para atender a requisitos de ajuste específicos (70) para o modelo de armação paramétrico (71), em que os requisitos de ajuste específicos compreendem valores alvo e/ou áreas alvo para distâncias entre características da armação de óculos e características da cabeça da pessoa, e um segundo processo de ajuste (41) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça para o ajuste anatômico.
2. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os valores alvo e/ou áreas alvo diferem para diferentes armações de óculos.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por uma conversão dos requisitos de ajuste e/ou do modelo de armação paramétrico (71) em um formato específico.
4. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o modelo de armação paramétrico (71) compreende uma pluralidade de parâmetros, em que no primeiro processo de ajuste (40) é determinada uma primeira parte dos parâmetros e no segundo processo de ajuste (41) é determinada uma segunda parte dos parâmetros diferente da primeira parte.
5. Processo, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a primeira parte dos parâmetros compreende uma escala da armação de óculos, uma inclinação para frente e/ou uma forma de uma borda de armação da armação de óculos.
6. Processo implementado por computador para o ajuste de óculos, que compreende: ajuste virtual de um modelo de armação paramétrico (71), que compreende uma pluralidade de parâmetros, em um modelo 3D (72) da cabeça de uma pessoa, caracterizado pelo fato de que o ajuste virtual compreende: um primeiro processo de ajuste (40) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça (72) para atender a requisitos de ajuste específicos (70) para o modelo de armação paramétrico (71), em que no primeiro processo de ajuste (40) é determinada uma primeira parte dos parâmetros, em que a primeira parte dos parâmetros compreende uma escala da armação de óculos, uma inclinação para frente e/ou uma forma de uma borda de armação da armação de óculos, e um segundo processo de ajuste (41) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça para o ajuste anatômico, em que no segundo processo de ajuste (41), é determinada uma segunda parte dos parâmetros diferente da primeira parte.
7. Processo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que os requisitos de ajuste específicos compreendem valores-alvo e/ou áreas-alvo para distâncias entre características da armação de óculos e características da cabeça da pessoa.
8. Processo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que os valores-alvo e/ou áreas-alvo diferem para diferentes armações de óculos.
9. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que compreende ainda: leitura dos requisitos de ajuste específicos para o modelo de borda da armação paramétrico (71).
10. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que os requisitos de ajuste específicos compreendem especificações para características derivadas das características da moldura e/ou características da cabeça.
11. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que o primeiro processo de ajuste (40) compreende o uso de uma árvore sintática.
12. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o primeiro processo de ajuste (40) compreende um processo de otimização em uma função alvo com base em um desvio dos valores alvo de requisitos de ajuste específicos e/ou com base em um termo de penalidade caso as áreas alvo sejam transpostas.
13. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que o primeiro processo de ajuste (40) compreende uma intercorrência repetida de um ciclo de otimização.
14. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o primeiro processo de ajuste (40) compreende uma consideração do peso de lentes dos óculos.
15. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que o modelo de armação paramétrico (71) e/ou os requisitos de ajuste específicos existem em forma codificada.
16. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que compreende ainda calcular uma medida de qualidade para o ajuste virtual.
17. Programa de computador com um código de programa,
caracterizado pelo fato de que faz com que, quando o código de programa é executado por um processador, o processo seja executado, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
18. Programa de computador, caracterizado pelo fato de que compreende comandos, que determina os mesmos pela execução do programa por um computador para executar o processo, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
19. Memória legível por computador, caracterizada pelo fato de que compreende comandos, que determina os mesmos pela execução por um computador, para realizar o processo, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
20. Portador de dados legível por computador, caracterizado pelo fato de que é no qual o programa de computador é salvo, como definido na reivindicação 17 ou 18.
21. Sinal de portador de dados, caracterizado pelo fato de que transmite o programa de computador, como definido na reivindicação 17 ou 18.
22. Dispositivo para o ajuste virtual de óculos, caracterizado pelo fato de que compreende um processador e uma memória, na qual é salvo o programa de computador, como definido na reivindicação 17 ou 18 para a execução no processador.
23. Dispositivo para o processamento de dados, caracterizado pelo fato de que compreende meios para a execução do processo, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
24. Dispositivo para o processamento de dados, caracterizado pelo fato de que compreende um processador, que é configurado de tal modo que ele execute o processo, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16.
25. Dispositivo para o processamento de dados, que compreende:
meios para o ajuste virtual de um modelo de armação paramétrico (71) em um modelo 3D (72) de uma cabeça de uma pessoa, caracterizado pelo fato de que os meios para o ajuste virtual compreendem: meios para a execução de um primeiro processo de ajuste (40) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça (72) para atender a requisitos de ajuste específicos (70) para o modelo de armação paramétrico (71), em que os requisitos de ajuste específicos compreendem valores alvo e/ou áreas alvo para distâncias entre características da armação de óculos e características da cabeça da pessoa, e meios para a execução de um segundo processo de ajuste (41) do modelo de armação paramétrico (71) ao modelo 3D (72) da cabeça para o ajuste anatômico.
26. Dispositivo para o processamento de dados, que compreende: meio para o ajuste virtual de um modelo de armação paramétrico (71), que compreende uma pluralidade de parâmetros, em um modelo 3D (72) de uma cabeça de uma pessoa, caracterizado pelo fato de que os meios para o ajuste virtual compreendem: meio para a execução de um primeiro processo de ajuste (40) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça (72) para atender a requisitos de ajuste específicos (70) para o modelo de armação paramétrico (71), em que no primeiro processo de ajuste (40) é determinada uma primeira parte dos parâmetros, em que a primeira parte dos parâmetros compreende uma escala da armação de óculos, uma inclinação para frente e/ou uma forma de uma borda de armação da armação de óculos, e meio para a execução de um segundo processo de ajuste
(41) do modelo de armação paramétrico (71) no modelo 3D (72) da cabeça para o ajuste anatômico, em que no segundo processo de ajuste (41), é determinada uma segunda parte dos parâmetros diferente da primeira parte.
27. Processo para a produção de uma armação de óculos, caracterizado pelo fato de que compreende: executar o processo, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, produzir uma armação de óculos com base no modelo ajustado da armação de óculos.
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