BR112019027005B1 - Método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpa - Google Patents

Método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpa Download PDF

Info

Publication number
BR112019027005B1
BR112019027005B1 BR112019027005-1A BR112019027005A BR112019027005B1 BR 112019027005 B1 BR112019027005 B1 BR 112019027005B1 BR 112019027005 A BR112019027005 A BR 112019027005A BR 112019027005 B1 BR112019027005 B1 BR 112019027005B1
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
refining
composition
chips
lignocellulosic
lignocellulosic chips
Prior art date
Application number
BR112019027005-1A
Other languages
English (en)
Other versions
BR112019027005A2 (pt
Inventor
John Andrew Randolph
Laurence J Rys
Ferdinand Leifeld
Achim Fessenbecker
Original Assignee
Basf Se
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Basf Se filed Critical Basf Se
Priority claimed from PCT/EP2018/065478 external-priority patent/WO2018234097A1/en
Publication of BR112019027005A2 publication Critical patent/BR112019027005A2/pt
Publication of BR112019027005B1 publication Critical patent/BR112019027005B1/pt

Links

Abstract

Um método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação inclui as etapas de prover uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos, prover uma composição de refinamento, aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos e refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa. A composição de refinamento inclui água e um aditivo lubrificante que compreende o produto de reação de um açúcar e um álcool. A etapa de aplicar a composição de refinamento aos cavacos lignocelulósicos é conduzida menos de 5 minutos antes da, ou concomitantemente à, etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa.

Description

CAMPO DA DIVULGAÇÃO
[001] A presente revelação é no geral relacionada a um método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação. O método utiliza uma composição de refinamento que inclui um aditivo lubrificante particular.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA RELACIONADA
[002] Como é conhecido na indústria de polpa, materiais lignocelulósicos, tais como cavacos de madeira, são química e/ou mecanicamente refinados em vários processos de polpação para produzir polpa. Os materiais lignocelulósicos usados para produzir polpa compreendem quatro componentes primários, fibras de celulose, lignina (um polímero tridimensional que liga as fibras de celulose umas às outras), hemiceluloses (polímeros de carboidrato ramificados mais curtos) e água. Os processos de polpação separam as fibras de celulose dentro dos materiais lignocelulósicos, e as fibras de celulose separadas são chamadas de polpa. Os processos de polpação química utilizam vários produtos químicos cáusticos para decompor a lignina e hemiceluloses e separam as fibras de celulose dentro dos materiais lignocelulósicos para formar polpa. Os processos de polpação mecânica refinam mecanicamente, isto é, arrancam fisicamente, as fibras de celulose dentro dos materiais lignocelulósicos para formar polpa, que compreende as fibras de celulose separadas.
[003] As usinas de polpa utilizam vários processos de polpação mecânica conhecidos na indústria de polpa, incluindo polpação por moagem sobre pedra abrasiva (stone ground wood, SGW), polpa moída sob pressão (pressurized ground wood, PGW), polpa mecânica refinada (refiner mechanical pulp, RMP), RMP pressurizada (pressurized RMP, PRMP), termoRMP (TRMP), polpa termomecânica (thermo-mechanical pulp, TMP), polpa termoquimicomecânica (thermo-chemimechanical pulp, TCMP), polpa termomecânica química (thermo-mechanical-chemi pulp, TMCP), polpa quimicomecânica de fibras longas (long fiber chemimechanical pulp, LFCMP) e fibra longa quimicamente tratada (chemically treated long fiber, CTLF) para produzir polpa em linhas de produção de polpa. Muitas usinas de polpa modernas utilizam linhas de produção de polpa contínuas de capital intensivo que refinam mecanicamente cavacos de madeira moendo-os entre discos de metal enrugados chamados de placas refinadoras. A produtividade das linhas de produção de polpa pode ser limitada, e processo de polpação mecânica requerem quantidades substanciais de energia. Permanece uma oportunidade para desenvolver um processo de polpação mecânica melhorado.
SUMÁRIO DA DIVULGAÇÃO E VANTAGENS
[004] Um método da revelação da matéria aumenta a produtividade e/ou diminui o uso de energia de um processo de polpação e inclui as etapas de prover uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos, prover uma composição de refinamento, aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos e refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa. A composição de refinamento inclui água e um aditivo lubrificante que compreende o produto de reação de um açúcar e um álcool. A etapa de aplicar a composição de refinamento aos cavacos lignocelulósicos é conduzida menos de 5 minutos antes da, ou concomitantemente à, etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa. Vantajosamente, o método produz eficientemente polpa que tem propriedades químicas e físicas desejáveis, tais como resistência, brilho, opacidade, drenabilidade, etc.
BREVE DESCRIÇÃO DAS VÁRIAS VISTAS DOS DESENHOS
[005] Outras vantagens da presente revelação serão prontamente reconhecidas, conforme a mesma se torna melhor compreendida por referência à seguinte descrição detalhada quando considerada em conexão com os desenhos anexos, em que: a figura 1 é um fluxograma que descreve várias modalidades de um método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação desta revelação.
[006] A figura 2 é um gráfico de barras mostrando a absorção de água de uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos que têm a composição lubrificante da revelação da matéria aplicada aos mesmos.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA REVELAÇÃO
[007] Esta revelação provê um método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação. Como é descrito em detalhes no presente documento, o método inclui as etapas de prover uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos, prover uma composição de refinamento, aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos e refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa. O método desta revelação pode ser aplicado a qualquer processo de polpação mecânica conhecido na técnica. O presente método pode incluir uma ou mais etapas de tais métodos em relação à separação e recuperação de celulose, mas tais etapas não são necessárias.
[008] A terminologia "cavacos lignocelulósicos” é usada para descrever cavacos de material lignocelulósico. O material lignocelulósico não está especificamente limitado e pode ser adicionalmente definido como, ou como incluindo, consistindo essencialmente em (por exemplo, livre de material não lignocelulósico), ou consistindo em, materiais (ou precursores dos mesmos) derivados de madeira, bagaço, palha, resíduos de linho, cascas de nozes, cascas de grão de cereal, ou qualquer material que inclua lignina e celulose, e combinações dos mesmos. Em várias modalidades, o material lignocelulósico é preparado a partir de várias espécies de madeiras duras e/ou madeiras macias, como entendido na técnica. O material lignocelulósico pode ser derivado de uma variedade de processos, tais como por cominuição de toras, resíduos de madeira industrial, ramos, madeira grosseira para trituração, etc., em pedaços na forma de pó de serra, cavacos, flocos, pastilhas, cordões, talagarça, fibras, folhas, etc. Mais tipicamente, o material lignocelulósico é definido adicionalmente como cavacos lignocelulósicos, cavacos de madeira, peças de madeira, ou polpa de madeira.
A composição de refinamento:
[009] A composição de refinamento inclui um aditivo lubrificante que compreende o produto de reação de um açúcar e um álcool, e água.
I. O aditivo lubrificante:
[0010] O aditivo lubrificante é produzido reagindo-se um monossacarídeo, ou um composto hidrolisável em um monossacarídeo, com um álcool tal como um álcool graxo em um meio ácido.
[0011] O açúcar tem a fórmula: [C6H12O6]n+1, em que n é um valor médio de zero ou maior. Em várias modalidades, n é um valor médio de 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8. Em várias modalidades, n é um valor médio de 0 a 8, 1 a 7, 1 a 3, 1 a 2, 2 a 6, 3 a 5, ou 4 a 5. Em várias modalidades, n+1 tem um valor de 1 a 3, 1 a 2,5, 1 a 2, 1,5 a 3, 1,5 a 2,5, 1,5 a 2, 1,2 a 2,5, 1,1 a 1,9, 1,2 a 1,8, 1,3 a 1,7, 1,4 a 1,6, 1,4 a 1,8, ou 1,5. Em outras modalidades, n+1 é um valor médio de 1,1, 1,2, 1,3, 1,4, 1,5, 1,6, 1,7, 1,8, 1,9, ou 2.
[0012] Qualquer açúcar com a fórmula supracitada ou qualquer isômero do mesmo podem ser utilizados. Por exemplo, o açúcar pode ser uma aldo-hexose, ou uma queto-hexose. Em várias modalidades, o açúcar é escolhido dentre alose, altrose, galactose, glicose, gulose, idose, manose, talose e combinações das mesmas. Em outras modalidades, o açúcar é escolhido dentre frutose, psicose, sorbose, tagatose e combinações das mesmas. Em ainda outras modalidades, o açúcar é escolhido dentre glicose, frutose e galactose. Em modalidades adicionais, o açúcar é glicose, ou frutose, ou galactose. O açúcar pode ser qualquer um ou mais dos açúcares supracitados, cada um tendo a fórmula C6H12O6. Ademais, o açúcar pode ser qualquer um ou mais complexos dos açúcares supracitados quando n é maior do que zero. Esses complexos podem ser alternativamente descritos como carboidratos.
[0013] Tipicamente, o aditivo lubrificante é formado de glicose, isto é, inclui glicose como seu bloco de construção. Contempla-se que qualquer isômero ou anômero conhecido da glicose pode ser usado. Por exemplo, glicose tem quatro centros ópticos, de modo que a glicose pode ter 15 estereoisômeros, qualquer um dos quais pode ser utilizado.
[0014] O alquil álcool tem a fórmula: ROH, em que R é um grupo alquila tendo de 1 a 20 átomos de carbono. O grupo alquila pode ter qualquer número de átomos de carbono de 1 a 20 ou qualquer valor ou faixa de valores entre os mesmos. Em várias modalidades, R é um grupo alquila tendo 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, ou 16 átomos de carbono. Em outras modalidades, R é um grupo alquila tendo de 8 a 12 átomos de carbono. Em modalidades adicionais, R é um grupo alquila tendo de 8 a 14 átomos de carbono. Em ainda outras modalidades, R é um grupo alquila tendo de 8 a 16 átomos de carbono. O grupo alquila pode ser linear, ramificado, ou cíclico. Em várias modalidades, o grupo alquila é adicionalmente definido como um grupo alquenila tendo uma ou mais ligações duplas C=C. As uma ou mais ligações duplas C=C podem estar presentes em qualquer ponto no grupo alquenila.
[0015] Em uma modalidade particular, o alquil álcool é adicionalmente definido como compreendendo um primeiro alquil álcool que tem a fórmula: ROH, em que R é um grupo alquila que tem de 1 a 20 átomos de carbono e um segundo alquil álcool, diferente, que tem a fórmula: R’OH, em que R’ é independentemente um grupo alquila tendo de 1 a 20 átomos de carbono. Cada um de R e R’ pode ser qualquer valor descrito acima. Em várias modalidades, R e/ou R’ é, cada um, independentemente 8, 10, 12, 14, ou 16. Em outras modalidades, R e/ou R’ é, cada um, independentemente 9, 11, 13, 15, ou 17. Ademais, todos os valores e faixas de valores incluindo e entre os descritos acima são pelo presente expressamente contemplados para uso em modalidades não limitantes.
[0016] O alquil álcool e o açúcar são combinados para formar um aditivo lubrificante que tem a fórmula: [C6H12O6][C6H11O5]nOR. Cada porção da fórmula pode ser qualquer isômero de C6H12O6. Em outras palavras, qualquer estrutura ou forma de C6H12O6 pode ser usada em qualquer porção da fórmula supracitada. O “primeiro” [C6H12O6] pode ser um isômero diferente do “segundo” [C6H12O6] da fórmula supracitada. Em várias modalidades não limitantes adicionais, todos os valores e faixas de valores entre e incluindo os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0017] Além disso, R pode ser qualquer grupo alquila, linear, ramificado, cíclico, etc., que tenha de 1 a 20 átomos de carbono. Em outras palavras, R pode ter 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, ou 20 átomos de carbono. Em várias modalidades, R tem 2 a 19, 3 a 18, 4 a 17, 5 a 16, 6 a 15, 7 a 14, 8 a 12, 8 a 13, 8 a 14, 9 a 10, 10 a 11, 10 a 12, 8 a 12, 8 a 10, 8 a 14, 10 a 14, 10 a 12, 6 a 14, 6 a 12, 6 a 8, 6 a 10, ou 6 a 12, átomos de carbono. Em uma modalidade, R é linear e tem 10 átomos de carbono. Em outras modalidades, R é C8-C10, C10-C12, C12-C14, C8, C10, C12, C14, ou C16, ou qualquer combinação dos mesmos. Nessa fórmula, n é um valor ou número médio de zero ou maior. Em várias modalidades não limitantes adicionais, todos os valores e faixas de valores entre e incluindo os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0018] Em várias modalidades, o aditivo lubrificante pode ser no geral descrito como tendo a estrutura: em que n é como descrito acima.
[0019] Em outras modalidades, n é 1 ou maior. Em várias modalidades, a média de n+1 é o grau de polimerização do aditivo lubrificante e é de 1,2 a 2,5, 1,3 a 1,7, ou 1,5 a 1,7. Em várias modalidades, a média de n+1 é 1,2, 1,3, 1,4, 1,5, 1,6, 1,7, 1,8, 1,9, 2, 2,1, 2,2, 2,3, 2,4, ou 2,5. Em várias modalidades não limitantes adicionais, todos os valores e faixas de valores entre e incluindo os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0020] Em algumas modalidades, o aditivo lubrificante tem a estrutura: em que R pode ser qualquer um como descrito acima, por exemplo C8-C14 ou qualquer um entre os mesmos.
[0021] Exemplos adequados de aditivos lubrificantes comercialmente disponíveis incluem, mas não são limitados a, produtos DISPONIL® e Glucopon® comercialmente disponíveis junto à BASF Corp.
[0022] A partir de uma perspectiva de compatibilidade, o aditivo lubrificante é solúvel em alcalina, sulfito, e certas soluções ácidas. Assim sendo, as composições de refinamento podem utilizar o aditivo lubrificante com uma ampla gama de outros componentes.
[0023] Adicionalmente, o aditivo lubrificante é tolerante a eletrólitos como hidróxido de sódio e sulfito de sódio em solução. Assim sendo, as composições de refinamento compreendendo o aditivo lubrificante são particularmente estáveis e eficazes na presença de eletrólitos.
[0024] Em processos de polpação mecânica, o aditivo lubrificante rapidamente umidifica os cavacos lignocelulósicos e efetivamente reduz o consumo de energia requerido para refinar cavacos lignocelulósicos sem impactar negativamente os produtos formados com a polpa produzida. Mais especificamente, o aditivo lubrificante não impacta as propriedades chave da polpa e os produtos formados a partir da mesma.
[0025] Em várias modalidades, o aditivo lubrificante está presente na composição de refinamento em uma quantidade de menos do que 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, 0,5, 0,4, 0,3, 0,2% em peso com base no peso total da pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Em outras modalidades, o aditivo lubrificante está presente em uma quantidade de 0,01 a 10, 0,2 a 10, 0,5 a 8, ou 1 a 5% em peso, com base no peso total da pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Contempla-se que um ou mais dos valores supracitados podem ser qualquer valor ou faixa de valores, tanto inteiros quanto fracionários, dentro das faixas supracitadas e/ou podem variar em ± 5%, ± 10%, ± 15%, ± 20%, ± 25%, ± 30%, etc.
II. Água:
[0026] A composição de refinamento também inclui água. A água não está particularmente limitada no tipo ou na pureza e pode incluir água destilada, água de poço, água da torneira, etc. Além disso, a quantidade de água presente na composição de refinamento também não é particularmente limitada. Em várias modalidades, a água está presente na composição de refinamento em uma quantidade maior do que 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70, 75, 80, 85, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, ou 99% em peso com base no peso total da composição de refinamento. Em outras modalidades, a água está presente em uma quantidade de 50 a 99,5, 80 a 99,5, 90 a 99, ou 95 a 99% em peso com base no peso total da composição de refinamento. Contempla-se que um ou mais dos valores supracitados podem ser qualquer valor ou faixa de valores, tanto inteiros quanto fracionários, dentro das faixas supracitadas e/ou podem variar em ± 5%, ± 10%, ± 15%, ± 20%, ± 25%, ± 30%, etc.
III. Aditivo(s) adicional(is):
[0027] Além do aditivo lubrificante e água, a composição de refinamento pode incluir um ou mais aditivos adicionais incluindo, mas não limitados a, inibidores de corrosão, tensoativos, ajustadores de pH, espessantes, estabilizantes, odorizantes, colorantes e combinações dos mesmos. Se incluídos, os aditivos podem ser incluídos na composição em várias quantidades. Em algumas modalidades, os aditivos incluídos podem ser não iônicos, aniônicos ou catiônicos.
[0028] Em algumas modalidades, a composição de refinamento pode incluir um inibidor de corrosão. O inibidor de corrosão pode ser definido, em termos gerais, como uma substância que, quando adicionada, reduz a taxa de corrosão de um metal exposto aos vários materiais do processo de etanol. Com essa finalidade, o inibidor de corrosão é útil para inibir a corrosão da superfície do equipamento usado no processo. O processo pode incluir qualquer inibidor de corrosão conhecido na técnica. Obviamente, a composição de refinamento pode incluir mais que um inibidor de corrosão, isto é, uma combinação de diferentes inibidores de corrosão. Em uma modalidade, o inibidor de corrosão inclui um tensoativo anfotérico. Assim sendo, o inibidor de corrosão pode ser o tensoativo anfotérico ou pode incluir um ou mais componentes adicionais, tais como água. Se o inibidor de corrosão incluir água, o tensoativo anfotérico pode ser provido em várias concentrações. Tensoativos anfotéricos adequados, para fins da presente revelação, incluem betaínas, imidazolinas e propionatos. Exemplos adicionais de tensoativos anfotéricos adequados incluem sultaínas, anfopropionatos, anfodiproprionatos, aminopropionatos, aminodipropionatos, anfoacetatos, anfodiacetatos e anfo-hidroxipropilsulfonatos. Em certas modalidades, o tensoativo anfotérico é pelo menos um dentre um propionato ou um anfodiacetato. Exemplos específicos adicionais de tensoativos anfotéricos adequados incluem ácidos N-acilamino tais como N-alquilaminoacetatos e cocoanfodiacetato dissódico e óxidos de amina tais como óxido de estearamina. Em uma modalidade, o tensoativo anfotérico inclui cocoanfodiacetato dissódico.
[0029] Em algumas modalidades, a composição de refinamento pode incluir um tensoativo. O tensoativo é tipicamente selecionado a partir do grupo de tensoativos não iônicos, tensoativos aniônicos e tensoativos iônicos. Tensoativos anfotéricos adequados, para fins da presente revelação, incluem óxido de polialquileno, óxido de alquilpolialquineno, polioxietileno sorbitano monolaurato, alquilpoliglicosídeos, derivados aniônicos de alquilpoliglicosídeos, álcoóis graxos, derivados aniônicos de álcoois graxos, e ésteres de fosfato.
[0030] No entanto, em outras modalidades, a composição de refinamento consiste, ou consiste essencialmente, no aditivo lubrificante e na água. As modalidades em que a composição de refinamento consiste essencialmente no aditivo lubrificante e na água são livres de quaisquer aditivos adicionais ou outros componentes que afetariam materialmente as características básicas e novas da invenção reivindicada.
[0031] Em algumas modalidades, a composição é livre de aditivos, incluindo, mas não limitados a, tensoativos, inibidores de corrosão, agentes quelantes, polímeros, polímeros acrílicos, ácidos, bases, álcoóis, e/ou polióis. Em ainda outras modalidades, a composição de refinamento é livre de tensoativos, inibidores de corrosão, agentes quelantes, polímeros, polímeros acrílicos, ácidos, bases, álcoóis, e/ou polióis. Os termos “livre de” como usados no presente documento em relação a um componente que pode ser incluído na composição de refinamento podem ser definidos como incluindo menos do que 0,5, ou menos do que 0,1, ou menos o que 0,01, ou incluindo 0, % em peso do componente com base no peso total da composição de refinamento.
IV. Propriedades da composição de refinamento:
[0032] A composição de refinamento é eficaz em um pH neutro e não tem, assim, natureza cáustica. Em muitas modalidades, a composição de refinamento tenha um pH de 1,5 a 12, 4 a 10, 5 a 9, 6 a 8, ou 6,5 a 7,5. Em várias modalidades não limitantes, todos os valores e faixas de valores entre os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0033] Em algumas modalidades, a composição de refinamento tem um Tempo de Umectação de Draves de menos de 100 segundos determinados usando o ASTM D2281. Em várias modalidades, a composição cáustica tem um Tempo de Umectação de Draves de menos do que 95, 90, 85, 80, 75, 70, 65, 60, 55, 50, 45, 40, 35, 30, 25, 20, 15, 10, ou 5, segundos, tal como determinado usando o ASTM D2281, ou qualquer faixa ou faixas dos mesmos, incluindo todo e qualquer valor fracionário e faixa de valores fracionários dentro dos descritos acima. Em outras modalidades, a composição de refinamento tem um Tempo de Umectação de Draves de 1 a 20, 2 a 18, 3 a 17, 4 a 16, 5 a 15, 6 a 14, 7 a 13, 8 a 12, 9 a 11, ou 10 a 11, segundos, como determinado usando o ASTM D2281. O Tempo de Umectação de Draves menor do que 100 segundos indica que o aditivo de digestão ramificado umecta efetivamente o material lignocelulósico de modo que a água e a composição de refinamento possam interagir com o, e penetrar no, material lignocelulósico. Em várias modalidades, é expressamente contemplado que a composição de refinamento pode ter qualquer tempo de umectação de Draves, ou faixas de tempo, tanto inteiras quanto fracionárias, de 0 até 100 segundos.
O método:
[0034] O método desta revelação aumenta a produtividade e/ou diminui o uso de energia de um processo de polpação. No processo de polpação, os cavacos lignocelulósicos são mecanicamente refinados para produzir polpa. Os cavacos lignocelulósicos incluem quatro componentes primários, fibras de celulose, lignina (um polímero tridimensional que liga as fibras de celulose umas às outras), hemiceluloses (polímeros de carboidrato ramificados mais curtos) e água. O processo de polpação refina, isto é, arranca fisicamente, as fibras de celulose dentro dos cavacos lignocelulósicos para formar polpa, que inclui as fibras de celulose separadas.
[0035] Como apresentado acima, o método desta revelação inclui a etapa de prover os cavacos lignocelulósicos. A etapa de prover não é particularmente limitada e pode incluir dispensação, fornecimento, etc. Em várias modalidades, a etapa de prover pode ser adicionalmente definida como fornecer os cavacos lignocelulósicos em uma ou mais formas como descrito acima por moagem, picagem, pulverização, cominuição, trituração e corte do material lignocelulósico ou um precursor do mesmo. Em uma modalidade, o material lignocelulósico inclui, consiste essencialmente em, ou consiste em cavacos lignocelulósicos, por exemplo, cavacos de madeira.
[0036] O método da presente revelação também inclui a etapa de prover a composição de refinamento. A composição de refinamento é exatamente como descrita acima. A etapa de prover não é particularmente limitada e pode incluir dispensação, fornecimento, etc. Em várias modalidades, a etapa de prover pode ser adicionalmente definida como fornecer a composição de refinamento em uma ou mais formas, como um concentrado a ser diluído.
[0037] Em algumas modalidades, o aditivo lubrificante é provido puro e é então diluído com um solvente, por exemplo, água, para formar a composição lubrificante antes da etapa de aplicar a composição de refinamento aos cavacos lignocelulósicos.
[0038] Também é contemplado no presente documento que a composição de refinamento pode ser fornecida em dois ou mais componentes diferentes, que podem ser mesclados antes do uso. Por exemplo, a composição de refinamento pode ser fornecida em um sistema de dois componentes, com um componente compreendendo o aditivo lubrificante, e o outro componente compreendendo água e outros aditivos. Nesse exemplo, os dois componentes podem ser providos separadamente e mesclados no local de uso logo antes do uso e, se desejado, diluídos com água.
[0039] O método desta revelação inclui a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Em algumas modalidades, a composição de refinamento é aplicada à pluralidade de cavacos lignocelulósicos a uma temperatura de 5 a 99, 5 a 85, 5 a 45, ou 15 a 35°C. Em várias modalidades não limitantes, todos os valores e faixas de valores entre os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0040] A composição de refinamento é aplicada à pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Em algumas modalidades, a composição de refinamento é aplicada em uma quantidade de 0,5 a 125, 5 a 100, ou 10 a 80% em peso com base no peso total da pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Alternativamente, a composição de refinamento é aplicada em uma quantidade de modo que o aditivo lubrificante esteja presente em uma quantidade de 0,01 a 10, 0,01 a 5, 0,01 a 2,0, 0,01 a 1,0, 0,1 a 0,7, ou 0,1 a 0,5% em peso com base no peso total de uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos sendo refinados. Em várias modalidades não limitantes, todos os valores e faixas de valores entre os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0041] O método desta revelação inclui a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa. Durante a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos, as fibras de celulose dentro dos cavacos lignocelulósicos são arrancadas para formar polpa, que inclui as fibras de celulose separadas. Em uma modalidade típica, a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos é conduzida em um refinador que refina mecanicamente os cavacos lignocelulósicos moendo-os entre discos de metal enrugados chamados de placas refinadoras.
[0042] Em várias modalidades, a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa é conduzida em um ou mais refinadores, por exemplo, qualquer combinação de um refinador primário, secundário e terciário. Em um exemplo, uma modalidade do método inclui a única etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa em um refinador. Em outro exemplo, uma modalidade do método inclui as etapas de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador primário e, então, refinar mecanicamente ainda a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador secundário. Em ainda outro exemplo, uma modalidade do método inclui as etapas de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador primário, refinar mecanicamente ainda a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador secundário e, além disso, refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador terciário. A figura 1 é um fluxograma que descreve várias modalidades de um método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação desta revelação que utiliza um refinador primário, secundário e terciário.
[0043] A composição de refinamento aumenta a produtividade e/ou diminui o uso de energia durante a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa. Vantajosamente, os cavacos lignocelulósicos não precisam ser embebidos na composição de refinamento. A composição de refinamento diminui a quantidade de energia requerida durante o refinamento com bem pouco tempo de permanência nos cavacos lignocelulósicos. Com essa finalidade, no método desta revelação, a etapa de aplicar a composição de refinamento aos cavacos lignocelulósicos é conduzida menos de 5 minutos antes da, ou concomitantemente à, etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa. Em algumas modalidades, a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos é conduzida não mais do que 4, não mais o que 3, não mais do que 2, e não mais do que 1, minuto(s) antes da etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa.
[0044] Em muitas modalidades, a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos é conduzida simultaneamente à etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa.
[0045] Em muitas modalidades, a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos inclui uma ou mais subetapas, ou aplicações da composição de refinamento. Por exemplo, em uma modalidade do método, 5 a 100, ou 25 a 100, % em peso da quantidade total de composição de refinamento são aplicados à pluralidade de cavacos lignocelulósicos no refinador primário durante a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos. Em algumas modalidades, toda ou uma porção da composição de refinamento é aplicada à pluralidade de cavacos lignocelulósicos no refinador primário, secundário e/ou terciário. Em várias modalidades não limitantes, todos os valores e faixas de valores entre os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados, por exemplo, porções da aplicação da composição de refinamento aplicada no refinador primário, secundário e terciário.
[0046] Em algumas modalidades, o método é adicionalmente definido como um processo contínuo em que a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa é conduzida em uma taxa de 1 kg/h a 1.000 ton/h, 50 kg/h a 700 ton/h, 500 kg/h a 500 ton/h, ou 1 ton/h a 300 ton/h. Em várias modalidades não limitantes, todos os valores e faixas de valores entre os valores supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0047] Em muitas modalidades do método, um uso de energia durante a etapa de refinar é pelo menos 5, pelo menos 6, pelo menos 7, pelo menos 8, pelo menos 9, pelo menos 10, pelo menos 11, pelo menos 12, pelo menos 13, pelo menos 14, pelo menos 15, pelo menos 16, pelo menos 17, pelo menos 18, pelo menos 19, pelo menos 20, pelo menos 25, pelo menos 30, pelo menos 35, pelo menos 40, pelo menos 45, por cento menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado. Alternativamente, em algumas modalidade do método, um uso de energia durante a etapa de refinar é de 1 a 50, 5 a 50, 5 a 40, 5 a 30, 5 a 20, 10 a 20, ou 8 a 16, por cento menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado durante a etapa de refinar.
[0048] Em muitas modalidades do método, um uso de energia durante a etapa de refinar é pelo menos 5, pelo menos 6, pelo menos 7, pelo menos 8, pelo menos 9, pelo menos 10, pelo menos 11, pelo menos 12, pelo menos 13, pelo menos 14, pelo menos 15, pelo menos 16, pelo menos 17, pelo menos 18, pelo menos 19, pelo menos 20, pelo menos 25, pelo menos 30, pelo menos 35, pelo menos 40, pelo menos 45, por cento menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante. Alternativamente, em algumas modalidade do método, um uso de energia durante a etapa de refinar é de 1 a 50, 5 a 50, 5 a 40, 5 a 30, 5 a 20, 10 a 20, ou 8 a 16, por cento menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante durante a etapa de refinar.
[0049] Em muitas modalidades do método, uma produtividade é pelo menos 1, pelo menos 5, pelo menos 6, pelo menos 7, pelo menos 8, pelo menos 9, pelo menos 10, pelo menos 11, pelo menos 12, pelo menos 13, pelo menos 14, pelo menos 15, pelo menos 16, pelo menos 17, pelo menos 18, pelo menos 19, ou pelo menos 20, por cento mais do que uma produtividade comparativa de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado, quando um uso de energia durante a etapa de refinar é igual a ou menos do que o uso de energia comparável durante a etapa de refinar do método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado durante a etapa de refinar. Alternativamente, em algumas modalidade do método, uma produtividade é de 1 a 20, 5 a 20, 10 a 20, ou 8 a 16, por cento mais do que uma produtividade comparativa de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado, quando um uso de energia durante a etapa de refinar é igual a ou menos do que o uso de energia comparável durante a etapa de refinar do método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado durante a etapa de refinar.
[0050] Em muitas modalidades do método, uma produtividade é pelo menos 1, pelo menos 5, pelo menos 6, pelo menos 7, pelo menos 8, pelo menos 9, pelo menos 10, pelo menos 11, pelo menos 12, pelo menos 13, pelo menos 14, pelo menos 15, pelo menos 16, pelo menos 17, pelo menos 18, pelo menos 19, pelo menos 20, por cento mais do que uma produtividade comparativa de um método comparável que não utiliza um tensoativo ou aditivo lubrificante, quando um uso de energia durante a etapa de refinar é igual a ou menos do que o uso de energia comparável durante a etapa de refinar do método comparável que não utiliza qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante durante a etapa de refinar. Alternativamente, em algumas modalidade do método, uma produtividade é de 1 a 20, 5 a 20, 10 a 20, ou 8 a 16, por cento mais do que uma produtividade comparativa de um método comparável que não utiliza qualquer surfactante ou aditivo lubrificante, quando um uso de energia durante a etapa de refinar é igual a ou menos do que o uso de energia comparável durante a etapa de refinar do método comparável que não utiliza qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante reivindicado durante a etapa de refinar.
[0051] Como é apresentado acima, as usinas de polpa utilizam processos de polpação mecânica que são, problematicamente, intensivos em termos de energia. Assim sendo, há uma necessidade de soluções, tais como o método da matéria, que ou aumentem a produtividade da polpação mecânica sem aumentar o uso de energia, ou reduzam o uso de energia de tais processos de polpação mecânica em uma produtividade padrão. Obviamente, tais soluções não devem comprometer a qualidade da polpa. Sem se ater à teoria, acredita-se que o aditivo lubrificante abaixa a tensão superficial da água da composição de refinamento e permite que a água penetre melhor na pluralidade de cavacos lignocelulósicos, resultando em maior absorção de água que “incha” e amacia a pluralidade de cavacos lignocelulósicos, permitindo refinar com energia reduzida, o que não impacta a qualidade da polpa (ou a qualidade do papel formado a partir da polpa).
[0052] Em muitas modalidades do método, a polpa produzida com o método desta revelação tem um grau de fibrilação como medido de acordo com a Canadian Standard Freeness (“CSF”) (drenabilidade padrão canadense) de 50 a 800, 75 a 600, ou 100 a 300. Alternativamente, a polpa produzida com o método desta revelação tem um CSF de cerca de ±5, de cerca de ±10, de cerca de ±15, de cerca de ±20, de cerca de ±25% do grau de fibrilação da polpa produzida por meio de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado. Em modalidades não limitantes adicionais, todos os valores e faixas de valores dentro dos e incluindo os pontos finais de faixa supracitados são pelo presente expressamente contemplados.
[0053] O CSF é um procedimento de teste empírico que mede a taxa na qual 3 gramas de um material de polpa fibrosa em 1 litros de água podem ser drenados. As medições de CSF são conduzidas de acordo com o procedimento de teste TAPPI T227. Ao fazer medição por CSF, observa-se que um material de polpa fibrosa mais fibrilado tem uma taxa de drenagem de água menor e, assim, um valor de “ml CSF” menor, e que um material de polpa fibrosa menos fibrilado tem um valor de “ml CSF” maior.
[0054] Em muitas modalidades do método, a polpa produzida com o método desta revelação tem uma resistência à tração a úmido de 100 a 8.000, 600 a 6.000, ou 1.200 a 4.000, N/m quando testada de acordo com o TAPPI T494.
[0055] Os exemplos a seguir, ilustrando a composição e o método da presente revelação, são destinados a ilustrar e não a limitar a revelação.
EXEMPLOS Exemplo 1: Absorção de água
[0056] Uma série de composições de refinamento compreendendo o aditivo lubrificante do exemplo 1 é formada de acordo com esta revelação. Duas séries de composições de refinamento comparativas são também formadas, mas não representam esta revelação.
[0057] Uma amostra de 1-500 g de cubos de espruce (cavacos lignocelulósicos) são submersas em cada uma das composições de refinamento para formar uma mistura, e a mistura é agitada por 30 minutos a 90°C. Cada amostra de cubos de espruce é separada das composições de refinamento e repesada. Um aumento de porcentagem em peso na amostra de cubos de espruce é medido e registrado no gráfico de barras da figura 2. Os detalhes referentes às composições de refinamento do exemplo 1 e dos exemplos comparativos 1 e 2 são apresentados imediatamente abaixo.
[0058] Em referência agora à figura 2, uma composição de refinamento que compreende água, uma composição de refinamento que compreende água com um pH neutro (7), uma composição de refinamento que compreende água com um pH alcalino (12), uma composição de refinamento que compreende água com um pH ácido (1,5), e uma composição de refinamento que compreende uma solução de sulfito, são formadas com o aditivo lubrificante do exemplo 1 e mostradas em preto. O aditivo lubrificante do exemplo 1 inclui o produto da reação de um açúcar que tem a fórmula: [C6H12O6]n+1, em que n é um valor médio de entre 1 e 2 e um alquil álcool que tem a fórmula: ROH, em que R é um grupo alquila tendo de 8 a 10 átomos de carbono.
[0059] Ainda em referência à figura 2, é formada uma série de composições de refinamento comparativas sem qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante compreendendo água (pH 7), água com um pH alcalino (12), água com um pH ácido (1,5), e solução de sulfito, é formada e chamada de exemplo comparativo 1 e mostrada em branco. Essas composições de refinamento são essencialmente composições de controle que não incluem qualquer tensoativo ou aditivo lubrificante.
[0060] Ainda em referência à figura 2, uma composição de refinamento em água, uma composição de refinamento em água com um pH neutro (7), uma composição de refinamento em água com um pH alcalino (12), uma composição de refinamento com um pH ácido (1,5), e uma composição de refinamento em uma solução de sulfito, são formadas com o tensoativo de álcool etoxilado do exemplo comparativo 2 e mostradas em cinza.
[0061] As composições de refinamento do exemplo 1 aceleram a absorção de água das amostras de cubos de espruce como é mostrada na figura 2 em comparação com os exemplos comparativos 1 e 2. Adicionalmente, o aditivo lubrificante do exemplo 1 tem um bom desempenho em uma ampla gama de condições, por exemplo, ácida, básica, neutra, etc. O aditivo lubrificante do exemplo 1 abaixa a tensão superficial da água das composições de refinamento e permite que a água penetre melhor na pluralidade de cubos de espruce, resultando em maior absorção de água, o que incha e amacia os cubos de espruce.
Exemplo 2: Produtividade aumentada e/ou uso de energia diminuído
[0062] Uma composição de refinamento que compreende água e um aditivo lubrificante é utilizada no método do exemplo 2. O método do exemplo 2 está de acordo com a revelação da matéria. O aditivo lubrificante do método do exemplo 1 inclui o produto da reação de um açúcar que tem a fórmula: [C6H12O6]n+1, em que n é um valor médio de entre 1 e 2 e um alquil álcool que tem a fórmula: ROH, em que R é um grupo alquila tendo de 8 a 10 átomos de carbono.
[0063] A composição de refinamento do exemplo 1 é introduzida a um processo de refinamento mecânico contínuo que tem um refinador primário, secundário e terciário. A composição de refinamento é adicionada ao refinador primário em uma quantidade de modo que 0,4% em peso do aditivo lubrificante seja adicionado com base no peso total dos cavacos lignocelulósicos sendo refinados. Os resultados do experimento são apresentados na tabela 1 abaixo. TABELA 1
[0064] Em referência agora à tabela 1 acima, o método do exemplo 2, que utiliza uma composição de refinamento que compreende o aditivo lubrificante e água, rende polpa de qualidade comparável em relação à polpa rendida pelo método de controle e utiliza 15% menos energia em Kw/hora do que o método de controle.
[0065] Deve-se entender que um ou mais dos valores descritos acima podem variar em ± 5%, ± 10%, ± 15%, ± 20%, ± 25%, ± 30%, etc., desde que a variância permaneça dentro do escopo da revelação. Ademais, todos os valores e faixas de valores, tanto inteiros quanto fracionários, dentro ou entre cada um dos valores supracitados são expressamente contemplados em várias modalidades não limitantes. Também deve-se entender que as reivindicações anexas não estão limitadas a expressar qualquer composto, composição ou método particulares descritos na descrição detalhada, que podem variar entre modalidades particulares que se enquadram no escopo das reivindicações anexas. Com relação a qualquer grupo de Markush em que se confia no presente documento para descrever recursos ou aspectos particulares das várias modalidades, deve ser reconhecido que resultados diferentes, especiais e/ou inesperados podem ser obtidos a partir de cada membro do respectivo grupo de Markush independentemente de todos os outros membros de Markush. Cada membro de um grupo de Markush pode ser confiado individualmente ou em combinação e provê suporte adequado para modalidades específicas dentro do escopo das reivindicações anexas.
[0066] Deve também ser entendido que quaisquer faixas e subfaixas em que se baseia ao descrever várias modalidades da presente revelação independentemente e coletivamente situam-se dentro do escopo das reivindicações anexas e são entendidas descrever e contemplar todas as faixas, incluindo valores inteiros e/ou fracionais nelas, mesmo se tais valores não forem expressamente escritos aqui. Um versado na técnica reconhece prontamente que as faixas e subfaixas enumeradas descrevem e possibilitam suficientemente várias modalidades da presente revelação, e tais faixas e subfaixas podem ser adicionalmente delineadas em metades, terços, quartos, quintos, e assim por diante, relevantes. Como apenas um exemplo, uma faixa “de 0,1 a 0,9” pode ser adicionalmente delineada em um terço inferior, isto é, de 0,1 a 0,3, um terço médio, isto é, de 0,4 a 0,6, e um terço superior, isto é, de 0,7 a 0,9, que individual e coletivamente estão dentro do escopo das reivindicações anexas e podem ser confiados individual e/ou coletivamente e prover suporte adequado para modalidades específicas dentro do escopo das reivindicações anexas. Além disso, com relação à linguagem que define ou modifica uma faixa, tal como “pelo menos”, “maior do que”, “menor do que”, “não mais do que” e similares, deve ser entendido que tal linguagem inclui subfaixas e/ou um limite superior ou inferior. Como outro exemplo, uma faixa de “pelo menos 10” inerentemente inclui uma subfaixa de pelo menos 10 a 35, uma subfaixa de pelo menos 10 a 25, uma subfaixa de 25 a 35, e assim por diante, e cada subfaixa pode ser confiada individual e/ou coletivamente e provê suporte adequado para modalidades específicas dentro do escopo das reivindicações anexas. Finalmente, um número individual dentro de uma faixa revelada pode ser confiado e provê suporte adequado para modalidades específicas dentro do escopo das reivindicações anexas. Por exemplo, uma faixa “de 1 a 9” inclui vários números inteiros individuais, como 3, assim como números individuais que incluem uma vírgula decimal (ou fração), como 4,1, que podem ser confiados e proveem suporte adequado para modalidades específicas dentro do escopo das reivindicações anexas.
[0067] A matéria de todas as combinações de reivindicações independentes e dependentes, tanto única quanto multiplamente dependentes, é expressamente contemplada aqui, mas não está descrita em detalhes a título de brevidade. A revelação foi descrita de uma maneira ilustrativa, e deve ser entendido que a terminologia que foi usada pretende estar na natureza das palavras de descrição, e não de limitação. Muitas modificações e variações da presente revelação são possíveis à luz dos ensinamentos acima, e a revelação pode ser praticada de outro modo que não o especificamente descrito.

Claims (15)

1. Método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpação, o dito método caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: A. prover uma pluralidade de cavacos lignocelulósicos; B. prover uma composição de refinamento que compreende; (i) água, e (ii) um aditivo lubrificante presente em uma quantidade de 0,01 a 10% em peso com base em um peso total da pluralidade de cavacos lignocelulósicos, o aditivo lubrificante compreendendo o produto de reação de um açúcar e um álcool; C. aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos; e D. refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa; em que a etapa de aplicar a composição de refinamento aos cavacos lignocelulósicos é conduzida menos de 5 minutos antes da, ou concomitantemente à, etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa, em que o aditivo lubrificante tem a seguinte fórmula geral: em que n é um valor médio e é maior do que 0 e cada R é um grupo alquila que tem de 8 a 14 átomos de carbono, e em que a média de n+1 é o grau de polimerização do aditivo lubrificante e é de 1,2 a 2,5.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o aditivo lubrificante está presente na composição de refinamento em uma quantidade de 0,2 a 10% em peso com base no peso total da pluralidade de cavacos lignocelulósicos.
3. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a água está presente na composição de refinamento em uma quantidade de 50 a 99,5% em peso com base no peso total da composição de refinamento.
4. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a composição de refinamento tem um pH de 6 a 8.
5. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a composição de refinamento consiste essencialmente no aditivo lubrificante e na água.
6. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos é conduzida não mais do que 4 minutos antes da etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa.
7. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos é conduzida simultaneamente à etapa de refinar mecanicamente os cavacos de madeira para formar polpa.
8. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa compreende as etapas de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador primário e, então, refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador secundário.
9. Método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que de 25 a 100% em peso da quantidade total da composição de refinamento aplicada à pluralidade de cavacos lignocelulósicos durante a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos são aplicados no refinador primário.
10. Método de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracterizado pelo fato de que a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa compreende as etapas de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador primário, refinar mecanicamente ainda a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador secundário e, além disso, refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos em um refinador terciário.
11. Método de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a etapa de aplicar a composição de refinamento à pluralidade de cavacos lignocelulósicos é adicionalmente definida como aplicar toda ou uma porção da composição de refinamento diretamente à pluralidade de cavacos lignocelulósicos no refinador primário, secundário e/ou terciário.
12. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a composição de refinamento tem uma temperatura de 5 a 99°C quando aplicada à pluralidade de cavacos lignocelulósicos.
13. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que a etapa de refinar mecanicamente a pluralidade de cavacos lignocelulósicos para formar polpa é conduzida em uma taxa de 1 kg/h a 100 ton/hora.
14. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que um uso de energia durante a etapa de refinar é pelo menos 5 por cento menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado.
15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que tem uma produtividade de pelo menos 1 por cento mais do que uma produtividade comparativa de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado, e um uso de energia durante a etapa de refinar de igual a ou menos do que um uso de energia comparável durante a etapa de refinar de um método comparável que não utiliza o aditivo lubrificante reivindicado.
BR112019027005-1A 2017-06-20 2018-06-12 Método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpa BR112019027005B1 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US201762522387P 2017-06-20 2017-06-20
US62/522,387 2017-06-20
PCT/EP2018/065478 WO2018234097A1 (en) 2017-06-20 2018-06-12 METHOD OF INCREASING THE FLOW AND / OR REDUCING THE ENERGY UTILIZATION OF A PULP REDUCTION PROCESS

Publications (2)

Publication Number Publication Date
BR112019027005A2 BR112019027005A2 (pt) 2020-06-30
BR112019027005B1 true BR112019027005B1 (pt) 2023-05-30

Family

ID=

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BR112015007351B1 (pt) Composição para tratar fibras celulósicas usadas para produzir papel ou papelão e método para produzir papel ou papelão
BR112012022753A2 (pt) método para melhorar a penetração da solução de cozimento nas aparas de madeira
CA2792626A1 (en) Lipohydrophilic glycerol based polymers as digestion aids for improving wood pulping processes
Lv et al. Using microwave assisted organic acid treatment to separate cellulose fiber and lignin from kenaf bast
BRPI1009542B1 (pt) Método e composição química para melhorar a eficiência de polpa mecânica
US10640632B2 (en) Bimodal cellulose composition
Mnasri et al. Effects of Deep Eutectic Solvents on cellulosic fibres and paper properties: Green “chemical” refining
Xiao et al. Unmasking the heterogeneity of carbohydrates in heartwood, sapwood, and bark of Eucalyptus
Yoon et al. Reductive modification of alkaline pulping of southern pine, integrated with hydrothermal pre-extraction of hemicelluloses
BRPI0619442A2 (pt) método de produção de papel e papelão
Xiang et al. Surface activity and foaming capacity of aggregates formed between an anionic surfactant and non-cellulosics leached from wood fibers
Nagl et al. Biorefining: the role of endoglucanases in refining of cellulose fibers
BR112019027005B1 (pt) Método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpa
BR112019027005A2 (pt) método para aumentar a produtividade e/ou diminuir o uso de energia de um processo de polpa
Moser et al. Structural aspects on the manufacturing of cellulose nanofibers from wood pulp fibers
EP0791099B1 (de) Verfahren zur gewinnung von zellstoff
BR112014000389B1 (pt) método para produção de fibras de celulose e de hemicelulose a partir de biomassa lignocelulósica obtida das folhas e brotos da cana de açúcar e material de polpa que consiste em um material fibroso celulósico e hemicelulósico
Jahn et al. Utilization of hemicelluloses as example for holistic recovery of agricultural residues
EP1077282A1 (en) Improved chemical pulping process
Wang et al. Sustainable acid hydrotropic fractionation for bamboo-based nanofilms with unparalleled hydrophobicity and UV resistance
KR102588704B1 (ko) 셀룰로오스 마이크로 파이버의 제조 방법 및 이에 의해 제조된 셀룰로오스 마이크로 파이버
US20060169432A1 (en) Method of preparing modified cellulose pulp
Hellström et al. A comparative study of enzymatic and Fenton pretreatment applied to a birch kraft pulp used for MFC production in a pilot scale high-pressure homogenizer
Boeva et al. Effect of bleaching procedure type on the aging resistance of chemical-mechanical pulp
Lamoudan et al. Improving the Mechanical Strength of Paper Sheets Made from Phosphorylated Fibers Through the Use of Forming Agents