BR112018008402B1 - Dispositivo de terapia de feridas - Google Patents

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Sundar Manickam
Richard L. Middaugh
Thomas E. Lash
Timothy Wojciechowski
John D. Wolter
John Buan
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Lorain County Community College Innovation Foundation
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Abstract

DISPOSITIVO DE TERAPIA DE FERIDAS E MÉTODO. A presente invenção se refere a um dispositivo de terapia de feridas e método incluindo um elemento de contato com a pele, um reator, e um elemento de alojamento de reator. O elemento de contato com a pele é configurado de modo a cobrir um local de tecido associado, o reator para criar uma condição de pressão no local de tecido associado mediante a atuação do mesmo, e o elemento de alojamento de reator para acomodar o reator. O elemento de contato com a pele tem um lado de contato com a pele e um lado de interface, o qual é oposto ao lado de contato com a pele. O elemento de alojamento de reator tem um lado de fixação inferior e um lado superior oposto ao lado de fixação inferior.

Description

[001] O presente pedido reivindica prioridade ao Pedido Provisó rio dos Estados Unidos N° de Série 62/248.422, depositado em 30 de outubro de 2015, o qual é expressamente incorporado em sua totalidade ao presente documento a título de referência.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Pressão negativa é um termo usado para descrever uma pressão menor que a pressão atmosférica normal. À temperatura ambiente e ao nível do mar, um volume definido de ar contém moléculas que se movimentam em direções aleatórias, e essas moléculas móveis exercem uma força igual à pressão atmosférica normal de cerca de 756 mmHg (aproximadamente 1 bar). A pressão negativa é obtida ao se remover o ar de uma área de interesse, por exemplo, de um local de ferida, por meio de uma bomba de sucção. Dispositivos para a geração de pressão negativa tópica sobre a superfície da pele de uma pessoa têm sido usados por muitas centenas de anos no tratamento dos seres humanos. Por exemplo, a técnica de ventosa, a qual se refere ao posicionamento de uma boca de um recipiente rígido contendo ar quente sobre a pele de um ser humano, é uma técnica bem conhecida. Seringas e ventosas alimentadas por mola são outras técnicas mecânicas que têm sido utilizadas para a geração de um vácuo no tecido humano. Em comum com as ventosas, essas outras técnicas mecânicas oferecem uma limitada duração de pressão negativa tópica além de pouca ou nenhuma faixa de pressões positivas neutras. Isso se deve às restrições de desenho e pelo fato de que a técnica de ventosa e outras técnicas mecânicas não são autocontroladas e podem dificultar a mobilidade de um usuário.
[003] Os dispositivos de pressão negativa tópica conhecidos va riam desde aparelhos de sucção para a redução de rugas a terapias de feridas que incluem elementos de enchimento de cavidade de feridas permeáveis a fluidos, curativos, meios razoavelmente herméticos ao ar para vedação contra a pele, além de tubos de drenagem que conectam o local da ferida ou o elemento de enchimento de cavidade a uma fonte de vácuo através de um recipiente de coleta de fluido. O modo de ação de tais dispositivos é a aplicação de uma pressão negativa ao local de tecido, provocando uma expansão de um tecido anexo dentro de uma cavidade ativada pela vedação do aparelho contra a pele. Quando o local de tecido tratado é uma ferida, um exsudato poderá ser retirado do tecido circundante através de um enchedor de cavidade porosa para dentro do tubo de drenagem e, em seguida, para um receptáculo de coleta remota. Uma consideração sobre tais dispositivos conhecidos é a capacidade de o enchedor de cavidade de ferida permanecer suficientemente poroso, de modo que, quando comprimido sob uma pressão negativa, o fluido possa ser transportado do local de tecido para um tubo de drenagem ou aspirador.
[004] A fim de permitir uma aplicação mais prolongada da pres são negativa tópica, sistemas energizados, que incluem uma fonte de geração de vácuo, tal como uma bomba, têm sido desenvolvidos e muitos exemplos de tais sistemas são usados hoje em dia para tratamentos da pele e fins de restauração, como a remoção temporária de rugas. Muitos desses sistemas, no entanto, não são convenientes aos usuários. Esses sistemas conhecidos podem ser grandes, pesados, barulhentos, desconfortáveis, e complicados para os usuários aplicar ou dar início a uma condição de pressão controlada. Tais sistemas conhecidos dependem também de uma fonte de alimentação ou de vácuo externa a fim de criar as condições de pressão negativa tópica.
[005] Tais tratamentos de tecido, cirurgias, ou outras interven ções técnicas avançadas são cada vez mais comuns, tendo em vista a ocorrência tanto do envelhecimento da população, bem como popula- ções de pacientes cada vez mais comprometidos. Esta tendência parece destinada a continuar. No tratamento de feridas, por exemplo, os profissionais de saúde estão agora mais propensos a encontrar feridas difíceis de trabalhar, com problemas de cura complexos. Têm sido feitas tentativas no sentido de produzir dispositivos mecânicos mais simples capazes de aplicar pressão negativa e tópica a um local de tecido. Deve-se apreciar que tal dispositivo médico, devido à sua relativa simplicidade de desenho, supostamente reduzirá os custos de material e os custos de montagem. Por exemplo, têm sido feitas tentativas no sentido de usar um sistema de bomba manual para a aplicação de pressão negativa tópica em um local de tecido. Contudo, tal sistema não permite uma aplicação mais fácil por parte do usuário, um uso discreto, ou uma aplicação conveniente prolongada da pressão negativa tópica, e, de fato, um novo esvaziamento muitas vezes se faz necessário. Essas podem se tornar sérias deficiências, em particular quando muitos desses sistemas são idealmente usados por longos períodos, tais como durante a noite.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[006] De acordo com um aspecto, um dispositivo de terapia de feridas inclui um elemento de contato com a pele, um reator, e um elemento de alojamento de reator. O elemento de contato com a pele é configurado de modo a cobrir um local de tecido associado, o reator para criar uma condição de pressão no local de tecido associado mediante a atuação do mesmo, e o elemento de alojamento de reator para acomodar o reator. O elemento de contato com a pele tem um lado de contato com a pele e um lado de interface oposto ao lado de contato com a pele. O elemento de alojamento de reator tem um lado de fixação inferior e um lado superior oposto ao lado de fixação inferior. O elemento de alojamento de reator é configurado de modo a ficar fixado ao elemento de contato com a pele depois de o reator ser atuado.
[007] De acordo com outro aspecto, um dispositivo de terapia de feridas inclui um elemento de contato com a pele, um reator, um elemento de alojamento e um reator de membrana permeável ao ar e impermeável a líquidos. O elemento de contato com a pele é configurado de modo a cobrir um local de tecido associado, o reator para criar uma condição de pressão no local de tecido associado mediante a atuação do mesmo, e o elemento de alojamento de reator para acomodar o reator. O elemento de contato com a pele tem um lado de contato com a pele e um lado de interface, o qual é oposto ao lado de contato com a pele. O elemento de alojamento de reator tem um lado de fixação inferior e um lado superior oposto ao lado de fixação inferior. A membrana permeável ao ar e impermeável a líquidos fica disposta sobre um lado de exposição do reator de modo a ficar interposta entre o reator e o elemento de contato com a pele quando o elemento de alojamento de reator é fixado ao elemento de contato com a pele.
[008] De acordo com ainda um outro aspecto, um dispositivo de terapia de feridas inclui um elemento de contato com a pele, um reator e um elemento de alojamento de reator. O elemento de contato com a pele é configurado de modo a cobrir um local de tecido associado, o reator para criar uma condição de pressão no local de tecido associado mediante a atuação do mesmo, e o elemento de alojamento de reator para acomodar o reator. O elemento de contato com a pele tem um lado de contato com a pele e um lado de interface, o qual é oposto ao lado de contato com a pele. O elemento de alojamento de reator tem um lado de fixação inferior e um lado de fixação superior oposto ao lado de fixação inferior. O elemento de alojamento de reator fica remo- vivelmente fixado ao elemento de contato com a pele de modo a permitir a remoção do elemento de alojamento de reator e a substituição de um ou ambos o reator e o elemento de alojamento de reator.
[009] De acordo com um outro aspecto, um método para a apli- cação de uma pressão controlada em um local de tecido inclui: a cobertura do local de tecido com um elemento de contato com a pele; a fixação de um elemento de alojamento de reator ao elemento de contato com a pele; e a atuação de um reator a fim de criar uma condição de pressão no local de tecido. O elemento de contato com a pele tem um lado de contato com a pele e um lado de interface, o qual é oposto ao lado de contato com a pele. A cobertura do local de tecido com o elemento de contato com a pele inclui o lado de contato com a pele sendo disposto de modo a facear o local de tecido. O elemento de alojamento de reator tem o reator acomodado no mesmo. O elemento de alojamento de reator tem ainda um lado de fixação inferior e um lado superior que fica oposto ao lado de fixação inferior. A fixação do elemento de alojamento de reator no elemento de contato com a pele ocorre após a atuação do reator.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0010] A Figura 1 é uma vista em perspectiva esquemática explo dida de um dispositivo de pressão controlada de acordo com uma modalidade exemplar.
[0011] A Figura 1A é uma vista em perspectiva esquemática ex plodida de um elemento de contato com a pele de acordo com uma modalidade exemplar alternativa.
[0012] A Figura 2 é uma vista esquemática em seção transversal do dispositivo de pressão controlada representada na Figura 1.
[0013] A Figura 2A é uma vista esquemática em seção transversal de um dispositivo de pressão controlada semelhante à mostrada na Figura 2, mas de acordo com uma modalidade exemplar alternativa.
[0014] As Figuras 3 e 4 ilustram esquematicamente os reatores de acordo com uma modalidade exemplar alternativa.
[0015] As Figuras 5 a 7 ilustram esquematicamente componentes energizados de acordo com modalidades exemplares alternativas para uso com o dispositivo de pressão controlada da Figura 1.
[0016] A Figura 8 é um diagrama de blocos de um método para a aplicação de uma pressão controlada em um local de tecido de acordo com uma modalidade exemplar.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0017] A Figura 1 ilustra um dispositivo de pressão controlada 10, que também pode ser referido como um dispositivo de terapia de feridas ou um dispositivo de terapia de feridas autocontrolado, de acordo com uma modalidade exemplar. O dispositivo de terapia de feridas 10 inclui um elemento de contato com a pele 12, um elemento de alojamento de reator 14, e um reator 16. Com referência adicional à Figura 2, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir também um elemento de contato com ferida 18 para contato direto com um local de tecido 20 e, especificamente, para o contato direto com uma ferida ou porção de tratamento 20a no local de tecido 20. Tal como será descrito em mais detalhe abaixo, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser posicionado no local do tecido 20 a fim de aperfeiçoar o tratamento de tecidos, incluindo, mas não limitado à cicatrização de feridas (por exemplo, a cura da porção de ferida 20a), redução de rugas da pele, outras doenças da pele, etc. Tal como será descrito em mais detalhe abaixo, o elemento de contato com a pele 12 é configurado de modo a cobrir o local de tecido associado 20, e, particularmente, cobrir a porção de ferida 20a do local de tecido 20. Tal como usado no presente documento, o local de tecido é referido como um local de tecido associado de modo a indicar que o local de tecido em si (e a porção de ferida 20a do local de tecido) geralmente não é considerado um componente do dispositivo de terapia de feridas 10. O elemento de alojamento de reator 14 é provido de modo a acomodar o reator 16 e o reator 16 é provido para a criação de uma condição de pressão no local de tecido associado 20 mediante a atuação do mesmo (ou seja, a atua- ção do reator 16) de modo a agir sobre a porção de ferida 20a. O elemento de contato com ferida 18 é provido de modo a contatar diretamente uma porção de ferida 20a no local do tecido 20 (ou seja, o elemento de contato 18 é interposto entre o elemento de contato com a pele 12 e a porção de ferida 20a).
[0018] Em uma modalidade, o elemento de alojamento de reator 14 é configurado de modo a ficar fixado ao elemento de contato com a pele 12 depois do reator 16 ser atuado. Na mesma ou outra modalidade, uma membrana permeável ao ar impermeável a líquidos (por exemplo, a membrana 100) poderá ser provida a fim de impedir ou evitar que o exsudado aspirado do local de tecido 20 atinja o reator 16. Nessas ou outra modalidade, o elemento de contato com a pele 12 é configurado de modo a permanecer no lugar em um local de tecido quando o elemento reator 14 é alterado, por exemplo, quando o reator 16 já foi suficientemente utilizado e um novo reator 16 é desejado. Nessas e outras modalidades, o dispositivo de terapia de feridas 10 é autocontrolado no sentido de que o mesmo não precisa ser conectado a uma fonte de alimentação externa e/ou fonte de vácuo, em contraste com muitos dispositivos da técnica anterior.
[0019] O elemento de contato com a pele 12 inclui um lado de con tato com a pele 30 aderente à pele de uma pessoa (por exemplo, em torno do da porção de ferida 20a) e um lado de interface 32, que fica oposto ao lado de contato com a pele 30. Na modalidade ilustrada, o elemento de contato com a pele 12 é mostrado como um elemento separado do elemento de alojamento de reator 14. Em uma disposição alternativa, o elemento de contato com a pele 12 pode ser provido como parte do elemento de alojamento de reator 14, por exemplo, o elemento de contato com a pele 12 pode ser integralmente formado com o elemento de alojamento de reator 14 ou conectado ao elemento de alojamento de reator 14 na instalação de fabricação, e os elementos 12, 14 podem ser aplicados em conjunto ao local de tecido 20. Na modalidade ilustrada, o elemento de contato com a pele 12 é um material flexível (por exemplo, um filme fino impermeável a gás) que permite que o dispositivo de terapia de feridas 10 se conforme à pele de uma pessoa e fique disposto no e/ou em torno do local de tecido 20. O elemento de contato com a pele 12 pode ser feito de uma membrana fina do tipo folha (por exemplo, um filme fino impermeável a gás), por exemplo, usando um processo rolo a rolo.
[0020] Também na modalidade ilustrada, o elemento de contato com a pele 12 inclui uma ou mais aberturas 34, de maneira alternativa referidas no presente documento como aberturas de elemento de contato com a pele, estendidas através do elemento de contato com a pele 12 do lado de contato com a pele 30 para o lado de interface 32. As aberturas de elemento de contato com a pele 34 podem ser dispostas para posicionamento sobre o local de tecido 20, e particularmente sobre a porção de ferida 20a do mesmo, e ainda dispostas de tal modo que a condição de pressão criada pelo reator 16 seja aplicada ao local de tecido 20, e particularmente à porção de ferida 20a, através das aberturas de elemento de contato com a pele 34. A uma ou mais aberturas 34 podem ser usadas de modo a controlar ou limitar a velocidade de evacuação por parte do reator 16. Por exemplo, o número de aberturas 34 e/ou o tamanho das aberturas 34 (ou seja, a área de superfície das aberturas) podem efetivamente limitar a quantidade de ar que atinge o reator 16 e, assim, controlar a taxa de consumo por parte do reator 16. Além de controlar a condição de pressão criada pelo reator 16, esse recurso poderá também controlar a quantidade ou taxa de calor produzida pelo reator 16.
[0021] Em alternativa, tal como mostrado na Figura 1A, o elemento de contato com a pele 12a pode ser substituído pelo elemento de contato com a pele 12 e poderá incluir uma única abertura 34a estendida através do elemento de contato com a pele 12a a partir do lado de contato com a pele 30a para o lado de interface 32a. A abertura 34a pode ser disposta para posicionamento no (por exemplo, sobre o ou em torno do) local de tecido 20. Opcionalmente, o elemento de contato com a pele 12a e/ou a abertura única 34a poderão ser dimensionados de modo a se ajustarem em torno da porção de ferida 20a do local de tecido 20. Em uma aplicação exemplar, o elemento de contato com a pele 12a poderá ser usada ou deixada no lugar quando desejado no sentido de trocar o elemento de drenagem 36 (por exemplo, por um elemento de drenagem novo) e/ou mudar o reator 16.
[0022] O elemento de contato com ferida 18, também referida no presente documento como uma camada de contato com ferida, pode ser perfurado ou formado como uma malha aberta minimamente aderente ao tecido de pele rompido (por exemplo, a porção ferida 20a no local de tecido 20). Em uma modalidade, o elemento de contato com ferida 18 é um tecido de nylon frouxo ou um filme de poliuretano de malha aberta (por exemplo, um filme de poliuretano de 1 mm), que é revestido contra alagamento em um lado inferior 18a do mesmo com um revestimento 22 que é por si só minimamente aderente a um tecido de pele rompido e/ou poderá incluir um componente antibacteriano (por exemplo, prata, gluconato de clorexidina (CHG), etc.). Por exemplo, o revestimento 22 pode ser ou incluir silicone, náilon, etc.
[0023] O dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir ainda um elemento de drenagem 36. Tal como será descrito em mais detalhe abaixo, o elemento de drenagem 36 poderá absorver o exsudado do local de tecido 20 quando a condição de pressão é uma condição de pressão negativa que parcialmente aspira (por exemplo, aspira o ar ou o oxigênio) do local de tecido 20. O elemento de drenagem 36 pode ter propriedades de retenção de líquido adequadas para a absorção de uma quantidade de exsudato do local de tecido 20. Em uma modalida- de, o elemento de drenagem 36 é feito de um material de drenagem adequado capaz de resistir a uma pressão externa de até cerca de (3 psi) (ou seja, aproximadamente 0,2 bar). Na mesma ou outra modalidade, o elemento de drenagem 36 poderá manter a sua forma sob pressão (por exemplo, a 0,2 bar) ou poderá se expandir à medida que absorve o exsudado. Em todas as modalidades, o elemento de drenagem 36 poderá ser disposto de modo a ficar interposto entre o reator 16 e o local de tecido 20 quando o dispositivo de terapia de feridas 10 é aplicado ao local de tecido 20.
[0024] A posição do elemento de drenagem 36 com relação aos demais componentes do dispositivo de terapia de feridas 10 pode variar. Por exemplo, o elemento de drenagem 36 pode ser posicionado acima ou abaixo do elemento de contato com a pele 12. Na modalidade mostrada na Figura 2, o elemento de drenagem 36 é posicionado acima do elemento de contato com a pele 12 e abaixo do reator 14. Nessa modalidade, o elemento de drenagem 36 pode ser provido juntamente com o elemento reator 14 (por exemplo, posicionado entre a camada de liberação 70 e o reator 16) ou como parte do reator 14 (por exemplo, entre o substrato 80 e a camada inferior 86), por exemplo. Em alternativa, na modalidade na qual que o elemento de drenagem 36 fica posicionado acima do elemento de contato com a pele 12, o elemento de drenagem poderá ser provido juntamente com o elemento de contato com a pele 12 (por exemplo, entre a camada de liberação 50 e o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12, e, opcionalmente, aderido ao lado de interface 32), ou o elemento de drenagem 36 poderá ser provido como um elemento separado montado sobre o elemento de contato com a pele (por exemplo, o elemento de drenagem 36 poderá ser individualmente embalado, removido da sua embalagem e montado ou empilhado sobre o lado de interface 32). Na modalidade mostrada na Figura 2A, o elemento de drenagem é provido juntamente com o elemento de contato com a pele e fica interposto entre o lado inferior 30 do elemento de contato com a pele 12 e o elemento de contato com ferida 18.
[0025] O elemento de drenagem 36 pode ser dimensionado com relação a uma ou mais aberturas 34 (ou à abertura 34a do elemento de contato com a pele 12a). Além disso, o elemento de drenagem 36 pode ser disposto e dimensionado de tal modo que a condição de pressão seja aplicada ao local de tecido 20, e particularmente à porção de ferida 20a do mesmo, por meio do ou através do elemento de drenagem 36. Por exemplo, o elemento de drenagem 36 pode ser maior que a área de pegada definida por uma ou mais aberturas 34. Na modalidade alternativa da Figura 1A, as aberturas 34 e o elemento de contato com a pele 12a podem ser moldados de maneira similar ao elemento de drenagem 36 e dispostos de tal modo que o elemento de contato com a pele 12a fique disposto perifericamente em torno do elemento de drenagem 36. Por exemplo, o elemento de drenagem 36 pode ser dimensionado de modo a prover um encaixe de interferência entre o elemento de drenagem e o elemento de contato com a pele 12a (ou seja, as porções do elemento de contato com a pele 12a que formam a abertura 34a) ou poderá ser dimensionado de modo que não exista nenhuma abertura entre uma periferia externa do elemento de drenagem 36 e o elemento de contato com a pele 12a. Ainda adicionalmente, o elemento de drenagem 36 poderá ser maior que a abertura 34a de modo a se sobrepor ao ou ficar sob o elemento de contato com a pele 12a.
[0026] Tanto o lado de contato com a pele 30 como também o lado de interface 32 podem ser de modo geral planos ou planares, embora conforme indicado acima, o elemento de contato com a pele 12 poderá ser flexível e capaz de se conformar aos contornos do local de tecido 20. Na modalidade ilustrada, o lado de interface 32 é o lado superior do elemento de contato com a pele 12, e o lado de contato com a pele 30 é o lado inferior do elemento de contato com a pele 12, (ou seja, mais baixo e, assim, posicionado mais próximo ao local de tecido 20 do que o lado de interface 32). Do mesmo modo, o elemento de contato com ferida 18 pode ter o lado inferior 18a e um lado superior 18b, ambos os quais podendo ser planos ou planares, embora ambos possam ser flexíveis e capazes de se conformarem aos contornos no local de tecido 20.
[0027] O dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir ainda pe lo menos um elemento de adesão ou vedação de pele (por exemplo, uma vedação 40 e um adesivo 42) disposto no ou adjacente ao lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12 de modo a aderir ou vedar o elemento de contato com a pele 12 no e/ou em torno do local de tecido 20. Na modalidade ilustrada, o pelo menos um elemento de adesão ou vedação de pele é ou inclui uma vedação de pressão perimétrica 40, também referida no presente documento como uma junta de vedação, que veda o elemento de contato com a pele 12 em torno do local de tecido 20 de modo que a condição de pressão criada pelo reator 16 seja aplicada ao local de tecido 20. Em particular, tal como mostrado na Figura 2, a vedação de pressão peri- métrica 40 poderá vedar o elemento de contato com ferida 18 e o elemento de contato com a pele 12 no local de tecido 20. Além disso, ou em alternativa, o pelo menos um elemento de adesão ou vedação de pele é ou inclui um adesivo 42 que adere o elemento de contato com a pele 12 no e/ou em torno do local de tecido 20. Em particular, tal como mostrado na Figura 2, o adesivo 42 é provido perifericamente em torno da vedação de pressão perimétrica de modo a aderir o elemento de contato com a pele 12 no local de tecido 20.
[0028] A vedação ou junta 40 pode ser feita de um hidrogel a fim de promover ainda mais a vedação em torno do local de tecido 20 e, assim, promover a condição de pressão (por exemplo, a pressão negativa tópica) no local de tecido 20. O adesivo 42 pode ser um adesivo acrílico biocompatível, por exemplo, revestido contra alagamento no lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12. Em uma modalidade, o adesivo 42 é formado como uma camada no lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12 (por exemplo, revestido contra alagamento no mesmo), o elemento de contato com ferida 18 é sobreposto ao lado de contato com a pele 30 e a vedação 40 é aplicada como um cordão perimétrico (por exemplo, um cordão de hidrogel) sobre o adesivo 42 na posição de uma borda perimétrica 18c do elemento de contato com ferida 18. O tamanho e/ou a largura da vedação 40 pode variar. Em uma modalidade alternativa, não mostrada, a vedação 40 pode ser provida como uma pluralidade de vedações, tal como uma pluralidade de anéis concêntricos, por exemplo.
[0029] A fim de proteger e/ou embalar o elemento de contato com a pele 12 e o elemento de contato com ferida 18 (e, opcionalmente, o elemento de drenagem 36), uma primeira camada de liberação de elemento de contato com a pele 44, também referida no presente documento como um elemento de barreira rasgável, poderá ser provida com o dispositivo de terapia de feridas 10 a fim de proteger o lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12, o lado inferior 18a do elemento de contato com ferida 18 e, opcionalmente, o elemento de drenagem 36 (ou seja, quando o elemento de drenagem 36 é provido juntamente com elemento de contato com a pele 12). Em particular, a camada de liberação 44 pode ser disposta sobre o lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12 e sobre o elemento de contato com ferida 18. A camada de liberação 44 pode ser removível de modo a expor o adesivo 42 e/ou a vedação de pressão perimétrica 40 provida no lado de contato com a pele 30 do ele- mento de contato com a pele 12. A camada de liberação 44 pode ser semelhante às camadas de liberação conhecidas e inclui um lado superior 46 que pode ser solto do lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12. A camada de liberação 44 pode incluir ainda um lado inferior 48 oposto ao lado superior 46. Em uma modalidade, a camada de liberação 44 é presa de maneira removível no lado de contato com a pele 30 por meio de um filme de poliuretano (não mostrado). Opcionalmente, nenhuma vedação 40 é provida sob a camada de liberação 44, mas é aplicada mais tarde, depois de a camada de liberação 44 ser removida.
[0030] Além disso, opcionalmente, uma segunda camada de libe ração de elemento de contato com a pele 50, também referida no presente documento como uma camada de liberação de lado de interface, poderá ser provida com o dispositivo de terapia de feridas 10 no sentido de proteger o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12 e o elemento de drenagem 36. Em particular, a camada de liberação 50 pode ser disposta sobre o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele de modo a prover o elemento de contato com a pele como um primeiro componente de embalagem que é separado do elemento de alojamento de reator 14 e do reator 16, os quais poderão ser providos em conjunto como um segundo componente de embalagem. Por exemplo, a camada de liberação 50 pode ser provida com o elemento de contato com a pele 12, e o elemento de contato com ferida 18 é separadamente provido e/ou embalado com relação ao elemento de alojamento de reator 14 e ao reator 16. A camada de liberação 50 pode ser similar à camada de liberação 44. Por exemplo, a camada de liberação 50 pode ser disposta sobre o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele. A camada de liberação 50 pode ser removível de modo a expor o lado de interface 32. Mais particularmente, a camada de liberação 50 pode incluir um lado superior 52 e um lado inferior 54 oposto ao lado superior 52 que pode ser solto do lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12. Opcionalmente, quando o elemento de drenagem 36 é provido e/ou embalado juntamente com o elemento de contato com a pele 12, a camada de liberação 50 poderá também proteger o elemento de drenagem 36.
[0031] O elemento de alojamento de reator 14 coopera com o elemento de contato com a pele 12 de modo a definir um volume fechado 56 em torno do e/ou no local de tecido 20 quando o lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12 fica em contato com a pele da pessoa (ou seja, aderido em torno do e/ou no local de tecido 20, e particularmente em torno da e/ou na porção de ferida 20a). Por conseguinte, na modalidade ilustrada, o elemento de alojamento de reator 14 define o volume fechado 56 no qual o reator 16 se acomoda. O elemento de alojamento de reator 14 da modalidade ilustrada inclui uma porção de cobertura ou capa 58 e uma seção periférica inferior 60. Na modalidade ilustrada, a seção periférica inferior 60 envolve totalmente a capa 58, que é elevada com relação à seção periférica inferior 60 de modo a definir o volume fechado 56 em torno do e/ou no local de tecido 20 quando o elemento de contato com a pele 12 fica em contato com a pele da pessoa. O elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de um material impermeável ou parcialmente impermeável ao ar de modo que o ar seja impedido ou em grande parte impedido de entrar no volume fechado 56 quando o reator 16 consome um ou mais gases selecionados dentro do volume fechado 56, deste modo reduzindo a pressão de gás dentro do volume fechado 56.
[0032] Em modalidades alternativas, o elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de materiais pelo menos parcialmente impermeáveis a gases específicos (por exemplo, oxigênio) e pelo menos parcialmente permeáveis a outros gases (por exemplo, dióxido de car bono, nitrogênio, etc.). Por exemplo, o elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de um material que descarrega uma proporção mais elevada de certos gases com relação a outros gases do que poderia ocorrer com uma comunicação direta para o ambiente. Opcionalmente, por exemplo, o elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de um material pelo menos parcialmente (ou mais) permeável a gás para gases selecionados (por exemplo, nitrogênio ou gás de dióxido de carbono permeável) com relação a outros gases a fim de descarregar ou mais bem descarregar o gás selecionado do local de tecido 20 para a atmosfera.
[0033] O elemento de alojamento de reator 14 pode também ser feito sem a cobertura 58, ou seja, o elemento de alojamento de reator 14 poderá pelo menos inicialmente ser planar, tal como mostrado na Figura 1. De maneira similar ao elemento de contato com a pele 12, o elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de uma membrana fina do tipo folha, por exemplo, usando um processo rolo a rolo. O elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de um material flexível similar ou com a mesma flexibilidade do elemento de contato com a pele 12, o que irá permitir que o dispositivo de terapia de feridas 10 se conforme com a pele em volta do local de tecido 20. Quando o elemento de alojamento de reator 14 é fixado ao elemento de contato com a pele 12, o reator 16 fica localizado entre o elemento de alojamento de reator 14 e o elemento de contato com a pele 12. O elemento de drenagem 36, que, tal como acima descrito, pode ficar situado em um dentre os diversos e diferentes locais no dispositivo de terapia de feridas 10, fica interposto entre o reator 16 e o elemento de contato com a pele 12. Uma vez que o elemento de alojamento de reator 14 pode ser feito de um material flexível, a seção do elemento de alojamento de reator 13 que não fica em contato com o elemento de contato com a pele 12 fica elevada ou deslocada do local de tecido 20 de modo a formar a capa 58.
[0034] O elemento de alojamento de reator 14 inclui uma superfície ou lado de fixação inferior 62 e um lado superior 64 que fica oposto ao lado de fixação inferior 62. Tal como será descrito em mais detalhe abaixo, o elemento de alojamento de reator 14 pode ser fixado ao lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12, proporcionando uma vedação substancialmente estanque ao ar entre o elemento de alojamento de reator 14 e o elemento de contato com a pele 12. Esse recurso poderá impedir a migração de ar entre ou ao longo de uma interface entre o lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 e o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12. Em uma modalidade, o elemento de alojamento de reator 14 é provido como um componente separado com relação ao elemento de contato com a pele 12. Em uma outra modalidade, o elemento de alojamento de reator 12 é provido já montado com o elemento de contato com a pele 12.
[0035] Para a interface entre o elemento de alojamento de reator 14 e o elemento de contato com a pele 12, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ainda incluir pelo menos um elemento de adesão ou vedação de reator (por exemplo, a vedação de pressão perimétrica 66 e/ou o adesivo 68) interposto entre o elemento de contato com a pele 12 e o elemento de alojamento de reator 14 de modo a aderir ou vedar o elemento de alojamento de reator 14 no elemento de contato com a pele 12. Em uma modalidade, o pelo menos um elemento de adesão ou vedação de reator é ou inclui a vedação de pressão perimétrica 66, também referida no presente documento como uma junta de vedação, que veda o elemento de alojamento de reator 14 no elemento de contato com a pele 12. Na mesma modalidade ou em uma modalidade alternativa, o pelo menos um elemento de adesão ou vedação de reator inclui um adesivo 68 que adere o elemento de alojamento de reator 14 no elemento de contato com a pele 12. A vedação 66 pode ser tal como a vedação 40, incluindo a (as) modalidade (modalidades) alternativa (alternativas) descrita (descritas) com relação à vedação 40. Por exemplo, a vedação 66 pode ser feita de um hidrogel de modo a promover ainda mais a vedação entre o elemento de contato com a pele 12 e o elemento de alojamento de reator 14 a fim de assim melhorar a aplicação da condição de pressão no local de tecido 20, e o adesivo pode ser feito como uma camada no lado de fixação inferior 62 da seção periférica inferior 60 do elemento de alojamento de reator 14 com a vedação 66 aplicada como um cordão perimétrico ao longo da camada adesiva.
[0036] Quando o elemento de alojamento de reator 14 é separa damente provido e/ou embalado com relação ao elemento de contato com a pele, o dispositivo de terapia de feridas 10 poderá incluir ainda uma camada de liberação de alojamento de reator 70 disposta sobre o lado de fixação inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 a fim de proteger o lado de fixação inferior 62, e sobre o reator 16 a fim de proteger o reator 16 e/ou impedir a atuação do reator 16. A camada de liberação pode ser a igual ou similar às camadas de liberação 44, 50. A camada de liberação 70 é removível de modo a expor o reator 16 acomodado pelo elemento de alojamento de reator 14 a fim de atuar o reator 16, tal como será descrito em mais detalhe abaixo. A camada de liberação 70 pode incluir um lado superior 72 que pode ser solto do lado de fixação inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14, e um lado inferior 74 oposto ao lado superior 72.
[0037] O reator 16 pode ser posicionado no volume fechado 56 e pode ser configurado de modo a reagir com pelo menos um gás selecionado (por exemplo, nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, etc.) presente no ar no sentido de consumir o pelo menos um gás selecionado dentro do volume fechado 56, o que poderá reduzir a pressão do gás no interior do volume fechado 56. A redução na pressão de gás dentro do volume fechado 56 poderá resultar em um vácuo parcial que é formado no volume fechado 56. Assim sendo, a condição de pressão criada pelo reator 16 após a atuação do mesmo poderá ser uma pressão negativa tópica aplicada ao local de tecido 20, e particularmente à porção de ferida 20a da mesma (por exemplo, uma pressão negativa de (0,2 bar) após um período inicial de arranque de atuação). Em uma modalidade, a pressão negativa tópica é um vácuo parcial de oxigênio que absorve o oxigênio do local de tecido 20. Opcionalmente, a condição de pressão criada pelo reator 16 é uma condição de pressão negativa que remove ou aspira o oxigênio do local de tecido 20 (e particularmente a porção de ferida 20a), e remove pelo menos um outro gás (por exemplo, nitrogênio ou dióxido de carbono) além do oxigênio do local de tecido 20. Isso poderá ter a vantagem de remover com mais eficiência o exsudado do local de tecido 20. Além disso, a condição de pressão negativa criada pelo reator 16 poderá resultar no fato de o reator 16 e, deste modo, todo o dispositivo de terapia de feridas 10 ser impulsionado em direção ao local de tecido 20. Também com vantagem, o calor limitado do reator poderá ser usado para ajudar no tratamento do local de tecido (por exemplo, prevenindo infecção).
[0038] Mais particularmente, o reator 16 pode ser posicionado no volume fechado 56 e pode ser configurado de modo a reagir com um gás selecionado encontrado no ar. Em uma modalidade, quando o reator 16 consome o gás selecionado dentro do volume fechado 56, a pressão do gás no interior do volume fechado 56 é reduzida. Por exemplo, quando o reator 16 consome oxigênio, poderá acontecer uma redução aproximada de 20 % da pressão atmosférica no volume fechado 56. Um exemplo de um reator 16 que pode ser usado no dispositivo de terapia de feridas 10 é descrito na Patente dos Estados Unidos N. 2014/0109890 A1, a qual é incorporada ao presente documento a título de referência. A Patente dos Estados Unidos N. 2014/0109890 A1 descreve um aquecedor à base de oxigênio; contudo, o aquecedor à base de oxigênio descrito na Patente dos Estados Unidos N. 2014/0109890 A1 poderá ser usado como o reator 16 a fim de consumir o oxigênio dentro do volume fechado 56, produzindo, assim, um vácuo parcial dentro do volume fechado 56. Nesse exemplo, o reator 16 inclui um agente redutor, um agente catalítico para a redução de oxigênio, tal como carbono, um agente aglutinante e uma solução condutora de íons ou uma solução eletrolítica, os quais poderão ser aplicados a um substrato reativo 80. O agente redutor sobre o substrato reativo 80 poderá ser zinco, alumínio, ou ferro, por exemplo. Esse recurso poderá ser considerado como uma bomba química e/ou como um reator de célula não eletroquímica no qual nenhuma corrente flui no seu interior.
[0039] Com vantagem, o reator 16 pode ser biocompatível. Por exemplo, o reator 16 pode ser de tal modo que o mesmo se torne adequado para uso em estreita proximidade e/ou em contato com a pele de uma pessoa. Também, por exemplo, o reator 16 pode ser de um pH neutro. Por exemplo, o reator 16 pode ter um pH entre cerca de 6 e cerca de 8. Opcionalmente, o reator 16 (por exemplo, o substrato reativo 80 pode ser provido como um reator flexível. Por exemplo, o substrato 80 pode incluir os agentes dispostos ou providos no sentido de aumentar a flexibilidade do substrato (por exemplo, os agentes podem ser dispostos em filas). Tal como acima mencionado, o reator 16 pode incluir uma solução eletrolítica, que poderá ser uma solução eletrolítica aquosa. Isso pode, com vantagem, facilitar a manutenção de um ambiente úmido no local de tecido 20, e particularmente na porção de ferida 20a do mesmo. Em adição ou em alternativa, uma solução eletro- lítica aquosa poderá ser provida dentro do elemento de alojamento de reator 14 (por exemplo, como um gel ou absorvida em uma esponja separada, não mostrada).
[0040] A camada de liberação 70 no lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 pode funcionar como uma barreira do tipo ar de tal modo que o gás selecionado (por exemplo, nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, etc.) fique impedido de acessar o reator 16 até que uma barreira estanque ao ar, a qual, na modalidade ilustrada, é a camada de liberação 70, seja removida do elemento de alojamento de reator 14. Em alternativa, o reator 16 pode ser provido como uma embalagem, a qual é mostrada na Figura 1 como incluindo uma camada superior 84 e uma camada inferior 86. A camada superior 84 se fixa à camada inferior 86 de modo a encerrar o substrato reativo 80 entre as mesmas de modo a prover uma vedação do tipo de ar e de modo que o gás selecionado fique impedido de acessar o reator 16. Nesse exemplo incluindo a embalagem, a camada superior 84 e/ou a camada inferior 86 podem operar como uma barreira estanque ao ar, e a remoção da camada superior 84 da camada inferior 86, ou vice-versa, no todo ou em parte, permitirá que o gás selecionado (por exemplo, oxigênio) acesse o reator 16 de modo que o gás selecionado possa ser consumido pelo reator 16.
[0041] Em alternativa, pelo menos uma das camadas (a camada inferior 86 na modalidade ilustrada) poderá incluir aberturas 88, e uma camada de vedação 90 poderá ser fixada de maneira estanque ao ar na camada inferior 86 que cobre as aberturas 88. A remoção da camada de vedação 90 da camada inferior 86 expõe o reator 16 ao gás selecionado por meio das aberturas 88, o que permite que o reator 16 consuma o gás selecionado dentro do volume fechado 56. A área de superfície das aberturas 88 pode ser apropriadamente dimensionada de modo a controlar o fluxo do gás selecionado através das aberturas 88. Esse recurso poderá sustentar a reação química do reator 16 ao limite de tempo desejado para a manutenção da condição de pressão desejada sobre o local de tecido 20 por uma duração desejada (de, por exemplo, 12 horas, 24 horas, etc.). Em adição ou em alternativa, a quantidade e/ou o tamanho das aberturas 88 podem ser selecionados de modo a controlar ou limitar a taxa de consumo do reator, deste modo controlando a condição de pressão criada pelo reator e/ou controlar o montante de calor gerado pelo reator. Em adição ou em alternativa, múltiplas camadas de vedação 90 poderão ser providas de modo que a remoção de uma ou de algumas camadas selecionadas dentre as camadas de vedação (embora outras camadas de vedação estejam ainda fixadas à camada inferior 86) poderá também ser feita no sentido de limitar o fluxo do gás selecionado em direção ao reator 16.
[0042] Além disso, a fim de controlar ainda mais a pressão dentro do volume fechado 56, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir uma válvula de liberação de pressão 92 sobre o elemento de alojamento de reator 14, e particularmente sobre a capa 58 do elemento de alojamento de reator 14. A válvula de liberação de pressão 92 pode permitir uma comunicação selecionada entre o volume fechado 56 e o ambiente. A válvula de liberação de pressão 92 pode ser operada quando existe um predeterminado diferencial de pressão entre o volume fechado 56 e o ambiente.
[0043] Em uma modalidade, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser embalado de tal modo que o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 fiquem embalados separadamente do elemento de contato com a pele 12, embora isto não seja necessário. Em tal modalidade, as camadas de liberação 50 e 70 são removidas, respectivamente, do elemento de contato com a pele 12 e o elemento de alojamento de reator 14. A remoção da camada de liberação 70, tal como indicado acima, pode expor o reator 16 e, deste modo, atuar o reator 16. Opcionalmente, a camada de liberação 70 pode ser fixada à camada inferior 86 de tal modo que a remoção da camada de liberação 70 do elemento de alojamento de reator 14 resulte na remoção da ca- mada inferior 86 da camada superior 84, desta maneira expondo o reator 16 no sentido de atuar o reator 16. Em alternativa, a camada de liberação 70 pode ser fixada à camada de vedação 90 de tal modo que a remoção da camada de soltura 70 do elemento de alojamento de reator 14 resulte na remoção da camada ou camadas de vedação 90 da camada inferior 86, desta maneira expondo o reator 16 ao ar através das aberturas 86 providas na camada inferior 86. Após a remoção da camada de liberação 70 do elemento de alojamento de reator 14, o lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 poderá ser colocado em contato com o lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12, provendo uma vedação substancialmente estanque ao ar entre o elemento de alojamento de reator 14 e o elemento de contato com a pele 12, tal como por meio da vedação 66 e do adesivo 68.
[0044] Além disso, o elemento de alojamento de reator 14 pode incluir uma membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100, também referida no presente documento como uma membrana impermeável a líquido e permeável ao ar, disposta sobre um lado de exposição do reator 16 (ou seja, o lado que faceia o local de tecido 20) de modo a ficar interposta entre o reator 16 e o elemento de contato com a pele 12 (por exemplo, quando o elemento de alojamento de reator 14 é fixado ao elemento de contato com a pele 12). A membrana 100 pode funcionar de modo a impedir ou evitar que o exsudado aspirado a partir do local de tecido 20 atinja o reator 16, especialmente o substrato reativo 80, deste modo prejudicando a eficácia ou as capacidades operacionais do reator 16. O tamanho (ou seja, a área de superfície) da membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100 pode depender da posição da membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100 dentro do dispositivo de terapia de feridas 10. Quando o exsudado do local de tecido 20 vir a entrar em contato com o substrato reativo 80, a reação química do reator 16 ao entrar em contato com o gás selecionado poderá ser prejudicada. Deste modo, a membrana 100 permite o fluxo de ar entre o local de tecido 20 e o reator 16 e ao mesmo tempo impedir ou pelo menos evita que o exsudado entre em contato com o reator 16. A título de exemplo, a membrana 100 pode ser um filme de politetrafluoroetileno, tal como Gore-Tex® ou material similar.
[0045] A membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100 pode ficar situada em diferentes posições no dispositivo de terapia de feridas 10. Em um exemplo, a membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100 pode ficar localizada entre o substrato reativo 80 e a camada inferior 86, construindo a embalagem estanque ao ar para o reator 16. Sendo assim, quando a camada inferior 86 (ou a camada de vedação 90) é removida, o ar poderá ganhar acesso ao reator 16, mas o exsudado do local de tecido 20 ficaria impedido ou pelo menos inibido de viajar através da membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100. Em outro exemplo, a membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100 pode se situar entre a camada inferior 86 (ou a camada de vedação 90) construindo a embalagem estanque ao ar para o reator 16 e o elemento de drenagem 36.
[0046] Em uma modalidade na qual o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 são embalados separadamente do elemento de contato com a pele 12, a camada de liberação 70 pode ser removida do elemento de alojamento de reator 14. A remoção da camada de liberação 70 do elemento de alojamento de reator 14 poderá expor o reator 16 ao ar em função da remoção da camada inferior 86, e a camada de vedação 90 ou a camada de liberação 70 poderá ser fixada de uma maneira estanque ao ar ao elemento de alojamento de reator 14 de modo que o ar fique impedido de acesso ao reator 16 até que a camada de liberação 70 seja removida do elemento de alojamento de reator 14. Após a remoção da camada de liberação 70 do elemento de alojamento de reator 14, o lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 poderá ser fixado ao elemento de contato com a pele 12 (por exemplo, depois de a camada de liberação 50 ser removida do elemento de contato com a pele 12).
[0047] Em uma modalidade alternativa, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode vir pré-montado com o elemento de alojamento de reator 14 já fixado ao elemento de contato com a pele 12. Nessa modalidade, a liberação 70 poderá ser excluída e a camada inferior 86, quando incluída, poderá ser provida de modo a permitir comunicação através da mesma com o reator 16 (por exemplo, a camada de vedação 90 pode ser excluída). A remoção da camada de liberação 44 poderá funcionar de modo a atuar o reator 16.
[0048] Em uma outra modalidade, o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 podem ser fixados de maneira removível ao elemento de contato com a pele 12 de modo a permitir a substituição do elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 sem a necessidade de remover o elemento de contato com a pele 12 do local de tecido. Além disso, o elemento de drenagem 36 poderá ser removido do elemento de contato com a pele 12 depois de o elemento de contato com a pele ser aderido no local de tecido para a substituição do elemento de drenagem 36 (por exemplo, quando o elemento de drenagem é saturado além de uma quantidade predeterminada com exsuda- to). Em um exemplo, o elemento de alojamento de reator 14, o reator 16 e o elemento de drenagem 36 podem ser simultaneamente substituídos sem a substituição do elemento de contato com a pele 12. Em outra modalidade, apenas um ou outro dentre o elemento de alojamento de reator 14 (e o reator 16) ou o elemento de drenagem 36 pode ser removido e substituído.
[0049] Em qualquer modalidade, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser concebido tendo em conta certos parâmetros operacionais e/ou de desenho. Tais parâmetros podem incluir, por exemplo, o volume máximo de exsudato a ser contido pelo dispositivo de terapia de feridas 10 (por exemplo, pelo elemento de drenagem 36), a taxa de exsudado removido do local de tecido, o tempo para atingir uma preferida pressão negativa (por exemplo, uma pressão negativa de 0,2 bar), o tempo de serviço do dispositivo de terapia de feridas 10 (ou seja, o tempo entre trocas de atadura), a esperada eficiência / utilização do agente redutor do substrato reativo 80 (por exemplo, zinco), a quantidade de agente redutor (e, assim, a capacidade de evacuação de gás do dispositivo 10), etc. Como um exemplo, pressupondo um local de tecido 20 de cerca de 10 cm x 20 cm e um deslocamento da capa 58 (ou do topo do elemento de alojamento de reator 14) de cerca de 2,5 cm do local de tecido 20 resulta em um volume fechado 56 de aproximadamente 500 ml. Pressupondo que o elemento de drenagem 36 e quaisquer outros componentes sólidos (por exemplo, a membrana permeável ao ar e impermeável a líquido 100) dentro do volume fechado 56 resulta em um volume fechado 56 de 100ml dentro do volume fechado (e antes de qualquer exsudado ser arrastado para dentro do volume fechado 56) poderá haver 400ml de ar no volume fechado 56. Os 400 ml de ar compreendem cerca de 320 ml de nitrogênio e cerca de 80 ml de oxigênio em temperatura e pressão padrão (STP) dentro do volume fechado 56 antes da aplicação de um vácuo parcial por parte do reator 16, consumindo um gás selecionado no ar dentro do volume fechado, e antes de qualquer exsudado ser aspirado para o dispositivo 10. Na presente aplicação, o tamanho do local de tecido 20, o deslocamento e o volume fechado poderão variar e ser muito menores que o exemplo acima.
[0050] Um grama (1 g) de zinco (Zn) tem a capacidade de consu mir cerca 170 ml em STP de oxigênio (O2), que é a quantidade de oxigênio em cerca de 850 ml (STP) de ar seco normal. Embora as veda- ções 40, 66 possam ser providas, pode haver um vazamento de ar ambiente para dentro do volume fechado 56 através das vedações 40, 66 e poderá haver uma difusão através do elemento de alojamento de reator 14 e o elemento de contato com a pele 12. Para os fins da presente invenção, tanto o vazamento pelas interfaces (por exemplo, o vazamento em torno da vedação 40) como também a difusão (por exemplo, a difusão através do elemento de alojamento de reator 14) serão referidos como vazamento. As vedações 40, 66, o elemento de contato com a pele 12 e o elemento de alojamento de reator 14 podem ser configurados de modo a apresentar uma taxa máxima de vaza-mento de ar para dentro do volume fechado 56 a partir do ambiente. Por exemplo, uma taxa máxima de vazamento de 1 ml (STP) / hora de ar para dentro do volume fechado a partir do ambiente resulta em 0.2ml (STP) de oxigênio / hora. Uma vez que 1 g de zinco consome 170 ml de oxigênio (STP), 1 g de zinco proverá uma quantidade adequada de um agente redutor de modo a resultar em uma redução de 20 % da pressão atmosférica normal dentro do volume fechado 56 por um período de tempo prolongado, por exemplo, bem mais de 72 horas. Isto explica o fato de o exsudado ser aspirado para dentro do dispositivo 10 a partir do local do tecido a uma taxa de cerca de 0,5 ml a 1 ml por hora. Tal como poderá ser entendido por pessoas com conhecimento simples na técnica, o reator 16 poderá não operar de modo a apresentar uma plena utilização de uma dada quantidade de agente redutor e, portanto, um fator de eficiência poderá precisar ser considerado.
[0051] Tendo em vista esses antecedentes, e apenas a título de exemplo ilustrativo, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser configurado como se segue. O reator 16 pode ser configurado de modo a apresentar uma predeterminada capacidade de evacuação (SC), a qual se refere ao volume do gás selecionado que o reator 16 está con- figurado para consumir. Por exemplo, tal como acima mencionado, 1 g de zinco irá consumir cerca de 170 ml de oxigênio (STP), de modo que a capacidade de evacuação será de 170 ml. O volume fechado 56 pode ter um volume determinado (DV) com base na área do local de tecido 20, no tamanho do elemento de alojamento de reator 14, no deslocamento da capa 58 (ou do topo do elemento de alojamento de reator 14) do local de tecido 20, levando em consideração o elemento de drenagem 36 além do reator 16 e quaisquer outros componentes sólidos dentro do volume fechado 56. Por exemplo, o volume determinado de 400 ml foi apresentado acima. Além disso, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser configurado de modo a ter uma taxa de vazamento (LR) máxima para o ar que entra no volume fechado 56. Além disso, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode ser configurado de modo a ter um tempo mínimo de uso (MWT), que se refere à quantidade mínima de tempo que o dispositivo de terapia de feridas 10 está configurado para ser usado. Partindo do princípio de que é desejável fazer com que o reator 16 consuma, ou elimine, o gás selecionado por todo o tempo de uso mínimo, o dispositivo de terapia de feridas poderá ser configurado tendo em vista a seguinte relação: SC > DV* (% de gás selecionado no ar) + LR* (% de gás selecionado no ar) *MWT.
[0052] A capacidade de evacuação pode ser determinada no sen tido de prover um reator relativamente pequeno 16 com relação ao elemento de alojamento de reator 14 e o local de tecido 20 a ser tratado. O volume determinado pode ser determinado de modo a prover um reator relativamente pequeno 16 e o elemento de alojamento de reator 14, tendo em vista o local de tecido 20 a ser tratado. A taxa máxima de vazamento para o ar que entra no volume fechado 56 pode ser reduzida tanto quanto seja prático; no entanto, pode haver algumas circunstâncias nas quais uma quantidade predeterminada de vazamento é desejável, por exemplo, quando é desejada uma ciclagem de pressão no interior do volume fechado 56. Por exemplo, a taxa máxima de vazamento para o ar que entra no volume fechado 56 pode ser inferior a 10 ml / hora, e de preferência menor que 1 ou 2 ml / hora. O tempo mínimo de uso pode ser determinado com base na quantidade desejada de tempo que a pressão negativa tópica deve ser aplicada ao local de tecido 20. Por exemplo, o tempo mínimo de uso pode ser igual a ou maior que 72 horas, igual a ou maior que 48 horas, igual a ou maior que 24 horas, igual a ou maior que 12 horas, igual a ou maior que 8 horas, ou igual ou superior a 4 horas. Pode ser desejável incluir um fator de segurança (por exemplo, um multiplicador sobre o lado direito da relação acima) a fim de acomodar tolerâncias de fabricação, as diferenças entre os locais de tecido e as pessoas que colocam o dispositivo de terapia de feridas 10 no local de tecido 20.
[0053] Quando o reator 16 consome o gás selecionado encontrado no ar dentro do volume fechado 56, ocorre uma reação exotérmica de tal modo que o reator 16 possa consumir o gás selecionado dentro do volume fechado 56. A pressão de gás no interior do volume fechado 56 é reduzida, por exemplo, quando o reator 16 consome oxigênio, podendo haver uma redução aproximadamente de 20 % com relação à pressão atmosférica no volume fechado 56. O eletrólito escolhido para o reator 16 pode ser um que seja capaz de manter uma pressão de 0,8 bar (ou seja, uma pressão negativa de 0,2 bar ou de cerca de 150 mmHg) dentro do volume fechado por até 8 horas, de preferência por até 12 horas, e mais preferivelmente por até 24 a 72 horas.
[0054] Opcionalmente, o elemento de alojamento de reator 14 po derá também ser provido com uma seção removível 160 que, quando removida poderá prover acesso ao reator 16. Este recurso poderá permitir a troca do reator 16 independentemente do elemento de alojamento de reator 14. Em alternativa, a seção removível poderá permi- tir um acesso adicional ao ar ambiente para o reator 16 ou para um outro reator posicionado abaixo do elemento de alojamento de reator 14. Por exemplo, a seção removível 160 pode ser fixada à camada superior 84 da embalagem na qual o substrato reativo 80 está localizado. A remoção da seção removível 160 poderá resultar na remoção de pelo menos uma porção da camada superior 84, expondo assim o substrato reativo 80 ao ar ambiente, o que resultará em uma reação exo- térmica. De maneira alternativa, um reator adicional (não mostrado) poderá se localizar sob o elemento de alojamento de reator 14 e a remoção da seção removível 160 poderá resultar na remoção de pelo menos uma porção da embalagem (similar à embalagem feita da camada superior 84 e da camada inferior 86), desta maneira expondo o reator adicional ao ar ambiente.
[0055] Diferentes tipos de reatores podem ser usados no sentido de prover pressão negativa tópica no interior do volume fechado 56 do dispositivo de terapia de feridas 10. A Figura 3 ilustra um reator 216 que pode ser usado no lugar do reator 16 mostrado na Figura 1. O reator 216 pode incluir múltiplos substratos reativos ou múltiplas regiões no mesmo substrato reativo ilustradas como os elementos reativos 80a, 80b e 80c, cada um dos mesmos tendo diferentes propriedades e/ou características químicas. Por exemplo, o primeiro elemento reativo 80a pode ser configurado de modo a iniciar o consumo de oxigênio depois de ter ficado exposto ao oxigênio por um (primeiro) período de tempo muito curto t1, por exemplo, quase instantaneamente. O segundo elemento reativo 80b pode ser configurado de modo a iniciar o consumo de oxigênio depois de ter ficado exposto ao oxigênio por um (segundo) período de tempo mais longo t2, e o terceiro elemento reati-vo 80c pode ser configurado de modo a iniciar o consumo de oxigênio depois de ter ficado exposto ao oxigênio por um (terceiro) período de tempo ainda mais longo. Tal configuração poderá permitir uma cicla- gem da pressão no volume fechado 56.
[0056] Em vez do reator 16 formado pelo substrato reativo 80, o reator 16 poderá ser uma ou qualquer combinação de bombas eletro- químicas, dispositivos de vácuo sob demanda (referidos no presente documento como VOD), eletrolisadores, dispositivos de estado sólido redutores de pressão, pacotes de ferro absorvente de oxigênio, ou ab- sorvedores de titânio zircônio, ferro vanádio, lítio, metal de lítio, magnésio, cálcio, combinações de bário e lítio, baterias de zinco-ar, componentes de baterias de zinco-ar ou outros materiais altamente reativos com os gases selecionados, por exemplo, nitrogênio, dióxido de carbono, e gases de oxigênio encontrados em ambientes de leito de ferida.
[0057] A Figura 4 ilustra um outro reator 226 que poderá ser usado no lugar do reator 16 mostrado na Figura 1. A Publicação WO 2015/054040 A1, incorporada ao presente documento a título de referência, descreve uma célula eletroquímica adaptada para o consumo de gases, ou seja, ar ou seus constituintes gasosos não nobres, dentro de um invólucro por meio de uma reação eletroquímica. Esse consumo de gás dentro de um invólucro selado forma um vácuo parcial. O dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir tal reator 226 com uma célula eletroquímica 228 que diminui a pressão dentro do volume fechado 56 por meio de uma reação eletroquímica que ocorre quando uma tensão é aplicada à célula eletroquímica 228 por meio de uma fonte de alimentação 230 (ilustrada esquematicamente na Figura 4). A operação da célula eletroquímica 228, nesse exemplo, poderá também ser obtida ao se controlar a corrente suprida para a célula eletroquími- ca 228 por meio da fonte de alimentação 230, por exemplo, através da provisão de um interruptor 232 que poderá ser operado pelo usuário. A fonte de alimentação 230 pode ficar situada no volume fechado 56 ou ser provida do lado de fora do dispositivo de terapia de feridas 10 (por exemplo, sobre o elemento de alojamento de reator 14). O interruptor 232 poderá ser provido do lado de fora do dispositivo de terapia de feridas 10 (por exemplo, sobre o elemento de alojamento de reator 14).
[0058] Em um exemplo no qual o reator é um dispositivo VOD (de vácuo sob demanda), um VOD é uma célula eletroquímica de estado sólido que, quando carregada com uma baixa corrente, produz um material altamente reativo que capta os gases presentes na atmosfera e que, quando selada em um sistema estanque ao ar, poderá formar um vácuo parcial. Em um dispositivo VOD, um metal é depositado de modo a crescer dendritos quando uma tensão é aplicada através dos eletrodos do dispositivo VOD e dos eletrólitos de sal de lítio, que carregam o dispositivo VOD. De maneira similar ao carregamento de uma bateria, os elétrons são transferidos de uma camada para outra de modo a formar um lítio metálico.
[0059] Em um exemplo no qual o reator é um absorvedor, um ab- sorvedor, tal como conhecido na técnica, é um depósito de material reativo que é usado para iniciar e manter um vácuo parcial. Quando as moléculas de gás atingem o material absorvedor, moléculas de gás particulares (ou seja, aquelas do gás selecionado) se combinarão com o absorvedor quimicamente ou por adsorção. Sendo assim, o absor- vedor remove o gás selecionado do espaço evacuado até que o material ativo seja descarregado.
[0060] Um reator com um absorvedor de oxigênio autorregulador alimentado por tecnologia de baterias de zinco-ar poderá ser usado no lugar do reator acima descrito 16 constituído pelo substrato reativo 80. Baterias de zinco-ar podem reagir no sentido de controlar ou reduzir os níveis de oxigênio no local selado e, deste modo, autorregular uma pressão de vácuo parcial de aproximadamente 0,8 bars. Quando os componentes de baterias de zinco-ar são configurados como uma bateria de zinco-ar em funcionamento, a tensão da bateria cairá quando o oxigênio é esgotado e uma desejada pressão de vácuo é alcançada. Esta queda de tensão poderá ser usada no sentido de indicar que o desejado vácuo parcial foi alcançado. Por exemplo, uma bateria de aparelho auditivo de zinco-ar de tamanho 675 é avaliada em 620 mAh, ocupa 0,5 ml de volume, e pesa 1,9 g. Uma bateria de zinco-ar de tamanho 675 pode remover mais de 150 vezes o seu volume de oxigênio.
[0061] O dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir ainda ou tros componentes energizados, os quais são mostrados como um componente energizado 240 esquematicamente ilustrado na Figura 1. Cada componente energizado 240, que será descrito mais adiante com referência às Figuras 5 a 7, pode ser eletricamente conectado a uma fonte de alimentação 242 (ilustrada esquematicamente na Figura 1) que poderá ser, por exemplo, uma bateria de zinco-ar exposta ao ambiente e eletricamente conectada ao componente energizado 240. Ao se usar uma bateria de zinco ar como a fonte de alimentação 242, a fonte de alimentação 242 poderá ser colocada do lado de fora do volume fechado 56 ou uma seção do elemento de alojamento de reator 14 ou o elemento de contato com a pele 12 poderá ser removível de modo a permitir que o ar ambiente entre em contato com a bateria de zinco-ar.
[0062] A Figura 5 mostra um aquecedor 250, o qual é um exemplo de um componente energizado 240 que poderá ser usado no dispositivo de terapia de feridas 10, eletricamente conectado à fonte de alimentação 242. O aquecedor 250 pode ser um aquecedor de filme fino. O aquecedor 250 pode prover calor para fins de redução do risco de infecção no local de tecido 20. Um interruptor 252 poderá ser provido no sentido de controlar a energia para o aquecedor 250.
[0063] A Figura 6 ilustra um primeiro eletrodo 260 e um segundo eletrodo 262 eletricamente conectados à fonte de alimentação 242. Os eletrodos são um outro exemplo de um componente energizado 240 que pode ser usado no dispositivo de terapia de feridas 10. O interruptor 252 pode ser provido no sentido de controlar a energia para os eletrodos 260, 262. O primeiro eletrodo 260 pode ser posicionado em um primeiro lado do local de tecido 20 e em contato com a pele, e o segundo eletrodo 262 pode ser posicionado sobre um segundo lado oposto do local de tecido 20 e em contato com a pele. Os eletrodos 260, 262 podem ser usados no sentido de prover estimulação elétrica ao local de tecido 20.
[0064] A Figura 7 ilustra uma fonte de luz 280, que é um outro exemplo de um componente energizado 240 que poderá ser usado no dispositivo de terapia de feridas 10. A fonte de luz 280 pode incluir uma pluralidade de LEDs 282 montados sobre um substrato flexível 284. Os LEDs 282 são eletricamente conectados à fonte de alimentação 242. O substrato flexível 284 pode ser colocado adjacente ao elemento de contato com a pele 12, o qual poderá incluir aberturas mais largas 34, o que poderá permitir que a luz passe para fototerapia. De maneira alternativa, a fonte de luz poderá ser usada a fim de indicar se existe uma condição de vácuo parcial dentro do volume fechado 56.
[0065] Opcionalmente, o dispositivo eletricamente alimentado 240 poderá ser um transceptor, um receptor ou um transmissor a fim de permitir uma comunicação sem fio a partir do dispositivo de terapia de feridas. Além disso, em vez de um dispositivo energizado 240, uma tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) ou indicador não energizado (ambos não mostrados) poderá ser embutido no reator 14 no elemento de alojamento de reator 14.
[0066] Opcionalmente, embora não mostrado, o dispositivo de te rapia de feridas 10 pode incluir um indicador que mostra um estado da condição de pressão criada pelo reator 16. Por exemplo, um ou mais dentre o elemento de drenagem 36, o reator 14 ou o elemento de con- tato com a pele 12 poderão incluir uma porção rígida que se projeta ou faz com que uma porção de indicador levantada seja mostrada através do elemento de alojamento de reator 14. Quando o reator 14 cria uma condição de pressão negativa, por exemplo, a porção rígida se projetará ou se mostrará através do elemento de alojamento de reator 14 a fim de indicar que existe uma condição de vácuo parcial dentro do volume fechado 56. Em uma modalidade, a porção rígida poderá ser um ou mais cordões dispostos no elemento de drenagem 36 (e o elemento de drenagem 36 se projeta perifericamente em torno do reator 140 ou fica disposto acima do reator 16.
[0067] Um método para a aplicação de uma terapia de feridas em um local de tecido será descrito a seguir. Em particular, o método será descrito em associação ao dispositivo de terapia de feridas 10 acima descrito, embora seja apreciado que outros dispositivos de terapia de feridas podem ser usados. No método, com referência à Figura 8, o local de tecido 20 é coberto com o elemento de contato com a pele 12 na etapa S300. Tal como já descrito acima, o elemento de contato com a pele 12 tem um lado de contato com a pele 30 e um lado de interface 32, que fica oposto ao lado de contato com a pele 30. Esta cobertura do local de tecido 20 com o elemento de contato com a pele 12 inclui ainda o fato de o lado de contato com a pele 30 ser disposto de modo a facear o local de tecido 20.
[0068] Na etapa S302, o reator 16 é atuado no sentido de criar uma condição de pressão no local de tecido 20. Tal como já descrito no presente documento, a atuação do reator 16 poderá incluir a criação de uma condição de pressão negativa no local do tecido 20. Este recurso poderá prover uma sucção ou força de vácuo parcial no local de tecido 20, sendo que o exsudado é aspirado ou sugado do local de tecido 20 para o dispositivo de terapia de feridas 10. Tal como acima mencionado, o elemento de contato com a pele 12 pode incluir o ele- mento de drenagem 36 que absorve o exsudado do local de tecido 20 quando o exsudado é aspirado ou sugado do local de tecido 20. Em particular, a condição de pressão pode ser uma condição de pressão negativa na qual o oxigênio é aspirado do local de tecido 20. Opcionalmente, a condição de pressão negativa poderá também aspirar pelo menos um outro gás (por exemplo, nitrogênio, dióxido de carbono, etc., ou qualquer combinação dos mesmos) do local de tecido 20 além do oxigênio.
[0069] Quando não ainda montado, em seguida na etapa S304, o elemento de alojamento de reator 14 com o reator 16 acomodado no mesmo é fixado ao elemento de contato com a pele 12. Tal como já descrito no presente documento, o elemento de alojamento de reator 14 tem o lado de fixação inferior 62 e o lado superior 64, que fica oposto ao lado de fixação inferior 62. Em uma modalidade, a fixação do elemento de alojamento de reator 14 ao elemento de contato com a pele 12 ocorre após a atuação do reator 16.
[0070] Tal como acima descrito, o dispositivo de terapia de feridas 10 pode incluir a membrana 100. Quando incluído deste modo, o método poderá ainda incluir o impedimento de o exsudado do local de tecido 20 se comunicar de maneira fluida com o reator 16, tal como indicado na etapa S306. Em particular, a membrana 100 inibe, reduz a probabilidade e/ou evita que o exsudado do local de tecido 20 seja aspirado através (por exemplo, através do elemento de drenagem 36) ou fique em contato com o substrato reativo 80 ou com o disco reativo 82.
[0071] Opcionalmente, o método pode incluir a remoção e a subs tituição do elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 em conjunto. Além disso, ou em alternativa, o método também pode incluir a remoção e a substituição do elemento de drenagem 36. Isto pode ocorrer juntamente com o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16, ou por si só. Por exemplo, o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 podem ser temporariamente não fixados a partir do elemento de contato com a pele 12, o elemento de drenagem 36 ser substituído e, em seguida, o elemento de alojamento de reator 14 e o reator 16 novamente fixados ao elemento de contato com a pele 12. Nesses exemplos, o elemento de contato com a pele 12 pode permanecer aderido ao local de tecido 20 e evitar perturbações indesejáveis no local do tecido 20. Também, tal como acima descrito, o reator 16 sozinho ou em conjunto com o elemento de drenagem 36 poderá ser substituído e o elemento de alojamento de reator 14 novamente fixado ao elemento de contato com a pele 12.
[0072] Em uma modalidade em particular, o uso do dispositivo de terapia de feridas 10 poderá ser feito da seguinte maneira. A camada de liberação 44 pode ser removida do elemento de contato com a pele 12 de modo a expor o adesivo 42 e, opcionalmente, a vedação de pressão perimétrica 40. Em alternativa, após a remoção da camada de liberação 44, a vedação de pressão perimétrica 40 poderá ser adicionada ao lado de contato com a pele 30 do elemento de contato com a pele 12. A cobertura do local de tecido com o elemento de contato com a pele na etapa S300 poderá incluir ainda as etapas de aderir e/ou vedar o elemento de contato com a pele 12 no e/ou em torno do local de tecido 20. Em particular, tais etapas de aderir e/ou vedar podem incluir ambas a vedação e a adesão por meio da vedação de pressão peri- métrica 40 e do adesivo 42.
[0073] Com o elemento de contato com a pele 12 aderido ao local de tecido de 20 (ou em torno do local de tecido 20), a camada de liberação 50 poderá ser removida do lado de interface 32 do elemento de contato com a pele 12, e a camada de liberação 70 poderá ser removida do lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14. A remoção da camada de liberação 70 poderá incluir ainda, tal como já descrito no presente documento, a atuação do reator 16 acomodado pelo elemento de alojamento de reator 14. A remoção da camada de liberação 70 do elemento de alojamento de reator 14 poderá também funcionar no sentido de expor o adesivo 68 provido no lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 e, opcionalmente, a vedação de pressão perimétrica 66. De maneira alternativa, a vedação de pressão perimétrica 66 pode ser aplicada ou provida sobre o lado inferior 62 do elemento de alojamento de reator 14 depois de a camada de liberação 70 ser removida. A fixação do elemento de alojamento de reator 14 ao elemento de contato com a pele 12 na etapa S304 pode incluir ainda as etapas de aderir e/ou vedar o elemento de alojamento de reator 14 no elemento de contato com a pele 12. Em termos específicos, tais etapas de aderir e/ou vedar o elemento de alojamento de reator 14 no elemento de contato com a pele 12 podem incluir ambas a vedação e a adesão por meio da vedação de pressão perimétrica 66 e do adesivo 68.
[0074] Opcionalmente, o método poderá incluir ainda a descarga de um gás (por exemplo, nitrogênio, dióxido de carbono, etc., ou qualquer combinação dos mesmos) do elemento de alojamento de reator 14 para a atmosfera através do elemento de alojamento de reator 14 que é pelo menos parcialmente permeável ao gás de um gás em particular (por exemplo, pelo menos parcialmente permeável ao dióxido de carbono ou ao gás nitrogênio).
[0075] Deve-se apreciar que várias dentre as características e fun ções acima descritas além de outras, ou alternativas ou variedades das mesmas, poderão ser desejavelmente combinadas em muitos outros sistemas ou aplicações diferentes. Da mesma forma, essas várias alternativas, modificações, variações ou melhorias presentemente imprevistas ou não antecipadas poderão ser subsequentemente feitas por aqueles versados na técnica, as quais têm também a intenção de serem abrangidas pelas reivindicações a seguir.

Claims (13)

1. Dispositivo de terapia de feridas (10), compreendendo: um elemento de contato com a pele (12) configurado de modo a cobrir um local de tecido associado (20), o elemento de contato com a pele (12) tendo um lado de contato com a pele (30) e um lado de interface (32), que fica oposto ao lado de contato com a pele (30); um reator (16) para a criação de uma condição de pressão no local de tecido associado (20) mediante a atuação do mesmo; e um elemento de alojamento de reator (14) para a acomodação do reator (16), o elemento de alojamento de reator (14) tendo um lado de fixação inferior (62) e um lado superior (64), o qual é oposto ao lado de fixação inferior (62); e caracterizado pelo fato de que uma embalagem que inclui uma barreira estanque ao ar seletivamente removível da embalagem, em que o reator (16) é posicionado dentro da embalagem e um gás selecionado encontrado no ar é impedido de acessar o reator (16) até depois de uma dentre a barreira estanque ao ar ser removida da embalagem.
2. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o reator (16) é configurado para consumir um gás encontrado no ar e o elemento de alojamento de reator (14) inclui uma membrana impermeável a líquidos e permeável ao ar (100) disposta sobre um lado de exposição do reator (16) de modo a ficar interposta entre o reator (16) e o elemento de contato com a pele (12).
3. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que compreende ainda, uma camada de liberação (44, 50) disposta sobre o lado de contato com a pele (30) do elemento de contato com a pele (12).
4. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com rei- vindicação 1, caracterizado pelo fato de que inclui ainda: um adesivo (42, 68) e uma vedação (40, 66) dispostos sobre o lado de contato com a pele (30) do elemento de contato com a pele (12), que são feitos de uma membrana fina do tipo folha em que o adesivo (42, 68) é provido de maneira periférica ao redor do lado externo da vedação (40, 66).
5. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o reator (16) é configurado para consumir um gás encontrado no ar e inclui ainda: um adesivo (42, 68) e uma vedação (40, 66) interpostos entre o elemento de alojamento de reator (14) e o local de tecido associado (20), em que o adesivo (42, 68) é provido de maneira periférica ao redor do lado externo da vedação (40, 66).
6. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento de contato com a pele (12) inclui uma pluralidade de aberturas de elemento de contato com a pele (34) cada uma se estendendo do lado de contato com a pele (30) para o lado de interface (32), a pluralidade de aberturas de elemento de contato com a pele (34) disposta de tal modo que a condição de pressão seja aplicada ao local de tecido associado (20) através da pluralidade de aberturas de elemento de contato com a pele (34).
7. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que inclui ainda, um elemento de drenagem (36) interposto entre o reator (16) e o local de tecido associado (20), em que o elemento de alojamento de reator (14) é feito de uma membrana fina do tipo folha, e que o elemento de drenagem (36) mantém sua forma sob a uma pressão de até cerca de 0,2 bar (3 psi).
8. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o elemento de drenagem (36) é disposto entre o lado de interface (32) do elemento de contato com a pele (12), que é feito de uma membrana fina do tipo folha, e o reator (16).
9. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que inclui ainda, uma camada de liberação de alojamento de reator (70) disposta sobre o lado de fixação inferior (62) do elemento de alojamento de reator (14) e sobre o reator (16) a fim de impedir a atuação do reator (16), a camada de liberação de alojamento de reator (70) é removível de modo a expor o reator (16) acomodado pelo elemento de alojamento de reator (14) a fim de atuar o reator (16); e inclui ainda uma camada de liberação de lado de interface disposta sobre o lado de interface (32) do elemento de contato com a pele (12) de modo a prover o elemento de contato com a pele (12) como um primeiro componente de embalagem e o elemento de alojamento de reator (14) e o reator (16) como um segundo componente de embalagem.
10. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o reator (16) é um dentre uma bomba química, uma bomba eletroquímica, um dispositivo de vácuo sob demanda, um eletrolisador, um dispositivo de estado sólido redutor de pressão, um pacote de ferro absorvente de oxigênio, uma bateria de zinco-ar ou um componente de bateria de zinco-ar, e um absorvedor de titânio zircônio, ferro vanádio, lítio, metal de lítio, magnésio, cálcio, combinações de bário e lítio.
11. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o reator (16) é configurado para ter uma predeterminada capacidade de evacuação (SC) para um gás selecionado, em que um volume fechado definido pelo elemento de alojamento de reator (14) no qual o reator (16) é acomodado tem um determinado volume (DV), o dispositivo de terapia de feridas (10) é configurado de modo a ter uma taxa de vazamento (LR) máxima para o ar que entra no volume fechado, e o dispositivo de terapia de feridas (10) é configurado para um tempo de uso mínimo (MWT), que é maior do que 24 horas, no qual: SC > DV* (% de gás selecionado no ar) + LR* (% de gás selecionado no ar) *MWT.
12. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o elemento de alojamento de reator (14) é formado de um material que é permeável a gás para gases selecionados.
13. Dispositivo de terapia de feridas (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que inclui ainda, um elemento de drenagem (36) interposto entre o reator (16) e o local de tecido associado (20) que é substituível quando o elemento de alojamento de reator (14) é removido do elemento de contato com a pele (12).
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