BR112018003822B1 - Conjunto de cartucho de grampo para uso com um grampeador cirúrgico circular, atuador de extremidade para um grampeador cirúrgico circular - Google Patents

Conjunto de cartucho de grampo para uso com um grampeador cirúrgico circular, atuador de extremidade para um grampeador cirúrgico circular Download PDF

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Abstract

MATERIAL AUXILIAR PARA PROMOVER CRESCIMENTO DE TECIDO EM UM CÓLON. A presente invenção refere-se a um material auxiliar para promover o crescimento de tecido. Em geral, um auxiliar implantável pode ser configurado para ser aplicado a um tecido por meio de um grampeador cirúrgico em conjunto com os grampos. O auxiliar pode ter um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no interior do mesmo que são eficazes em fornecer um efeito desejado sobre o tecido em crescimento de um modo predeterminado. Uma ou mais características associadas aos auxiliares podem ser alteradas entre várias implementações para promover a remodelagem tecidual organizada de modo desejado durante a cura de ferimentos, tal como por meio do estímulo do crescimento de tecido para ser em uma determinada direção e/ou por meio do impedimento do crescimento de tecido em uma determinada área e/ou sobre uma determinada estrutura.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se, de modo geral, a um mate rial auxiliar para promover o crescimento de tecido em um cólon.
ANTECEDENTES
[002] Grampeadores cirúrgicos são usados em procedimentos cirúrgicos para fechar aberturas em tecido, vasos sanguíneos, dutos, shunts (anastomose) ou outros objetos ou partes do corpo envolvidas no procedimento específico. As aberturas podem ser de ocorrência natural, como passagens em vasos sanguíneos ou um órgão interno como o estômago, ou podem ser formadas pelo cirurgião durante um procedimento cirúrgico, como por punção de tecido ou vasos sanguíneos para formar uma ponte de safena ou uma anastomose, ou por corte de tecido durante um procedimento de grampeamento.
[003] A maioria dos grampeadores tem um cabo com um eixo de acionamento alongado tendo um par de garras opostas móveis formadas em uma extremidade do mesmo para segurar e formar grampos entre os mesmos. Os grampos estão tipicamente contidos em um cartucho de grampos, que pode alojar várias fileiras de grampos e é frequentemente liberado em uma das duas garras para a ejeção dos grampos no sítio cirúrgico. Durante o uso, as garras estão posicionadas de modo que o objeto a ser grampeado seja colocado entre as garras e os grampos sejam ejetados e formados quando as garras estão fechadas e o dispositivo é acionado. Alguns grampeadores incluem uma faca configurada para passar entre as fileiras de grampos no car-tucho de grampos para corte longitudinal e/ou abertura do tecido grampeado entre as fileiras grampeadas.
[004] Embora os grampeadores cirúrgicos tenham se desenvolvi do ao longo dos anos, ainda existem uma série de problemas. Um problema comum é que vazamentos podem ocorrer devido à formação de orifícios ao penetrar o tecido ou outro objeto no qual é liberado. Sangue, ar, fluidos gastrointestinais, e outros fluidos podem entrar nas aberturas formadas pelos grampos, mesmo depois de o grampo ser completamente formado. O tecido a ser tratado também pode inflamar devido ao trauma causado pelo grampeamento. Adicionalmente, grampos, bem como outros objetos e materiais que podem ser implantados em conjunto com procedimentos como grampeamento, geralmente não possuem algumas características do tecido em que são implantados. Por exemplo, grampos e outros objetos e materiais podem não ter a flexibilidade natural do tecido em que são implantados. Um versado na técnica reconhecerá que é normalmente desejável que o tecido mantenha ao máximo as suas características naturais após os grampos serem liberados.
[005] Em alguns casos, materiais biológicos foram usados em conjunto com o grampeamento de tecido. Entretanto, o uso de materiais biológicos apresenta um número de problemas adicionais. Por exemplo, pode ser difícil manter um local do material biológico em relação às garras do grampeador antes e durante a ejeção do grampo. Pode também ser difícil manter o material biológico em um local desejado no sítio cirúrgico após o término do grampeamento. Adicionalmente, pode ser difícil fabricar o material biológico em um formato e espessura desejados. Técnicas de fabricação de plástico e moldagem comuns geralmente não são úteis para a fabricação de camadas biológicas finas para uso em conjunto com grampeadores cirúrgicos. A natureza frágil de muitos materiais biológicos também dificulta seu uso com grampeadores cirúrgicos devido à falta de suporte estrutural.
[006] Consequentemente, permanece uma necessidade na técni- ca de dispositivos e métodos avançados para grampear tecidos, vasos sanguíneos, dutos, shunts (anastomose) ou outros objetos ou partes do corpo em que o vazamento e a inflamação são minimizados enquanto mantêm substancialmente as características naturais da região do tratamento. Adicionalmente, há a necessidade de materiais implantáveis aprimorados que incluam materiais biológicos.
SUMÁRIO
[007] De modo geral, a presente invenção refere-se a um materi al auxiliar para promover o crescimento de tecido em um cólon.
[008] Em um aspecto, é fornecido um conjunto de cartucho de grampos para uso com um grampeador cirúrgico que, em uma modalidade, inclui um corpo de cartucho, um material auxiliar biocompatível e uma quantidade eficaz de ao menos um medicamento disposto dentro do material auxiliar e liberável do mesmo. O corpo de cartucho tem pelo menos uma fileira anular de cavidades de grampo. Cada cavidade de grampo tem um grampo cirúrgico disposto na mesma. O material auxiliar biocompatível é retido de modo liberável no corpo do cartucho e é configurado para ser aplicado ao tecido do cólon juntamente com a implantação dos grampos do corpo de cartucho para formar pelo menos uma linha de grampos posicionados. O material auxiliar é liberado ao longo da pelo menos uma linha de grampos posicionados. O material auxiliar está sob a forma de um retículo de fibras. O retículo de fibras tem ao menos duas seções heterogêneas distintas de retículo de fibras. Cada uma das seções do retículo de fibras do material auxiliar é disposta em um padrão configurado para promover a remodelagem do tecido do cólon organizado de maneira desejada. Cada um dos ao menos um medicamento é eficaz para proporcionar um efeito desejado sobre o crescimento interno do tecido do cólon de uma maneira predeterminada, e cada um dos ao menos um medicamento é liberável do material auxiliar de maneira homogênea.
[009] O conjunto de cartuchos de grampos pode variar de inúme ras formas. Por exemplo, o material auxiliar pode ser produzido a partir de uma pluralidade de fibras que são um dentre bioabsorvíveis e dis- solúveis. O ao menos um medicamento pode ser eluído mediante a absorção ou dissolução das fibras. Em outro exemplo, o padrão configurado para promover a remodelagem organizada do tecido do cólon de modo desejado pode ser configurado para promover o crescimento do tecido do cólon em uma direção natural das fibras do tecido do cólon, facilitando, assim, a expansão radial do cólon em uma área do cólon adjacente, para a ao menos uma linha de grampos posicionados. Em ainda outro exemplo, as pelo menos duas seções do retículo de fibras heterogêneas distintas podem incluir uma primeira seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo lon-gitudinal do material auxiliar e uma segunda seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem anularmente ao redor do eixo longitudinal do material auxiliar. O eixo longitudinal do material auxiliar pode ser substancialmente paralelo a um eixo longitudinal do cólon que tem os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar liberado para o mesmo. Para ainda um outro exemplo, o pelo menos um medicamento pode incluir um medicamento angiogênico configurado para proporcionar um efeito desejado de crescimento de vasos sanguíneos.
[0010] Em um outro aspecto, um método de uso do conjunto de cartucho de grampos é fornecido que, em uma modalidade, inclui a fixação removível do corpo de cartucho a um grampeador cirúrgico circular, o posicionamento do grampeador em tecido do cólon adjacente ao local-alvo e, com o grampeador posicionado no local-alvo, o acionamento do grampeador para posicionar os grampos a partir do corpo do cartucho e para dentro do tecido do cólon, liberando, assim, o material auxiliar ao longo de uma linha de grampos definida pelos grampos posicionados. As pelo menos duas seções distintas do retículo de fibras heterogêneo incluem uma primeira seção do retículo de fibras tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo longitudinal do material auxiliar e uma segunda seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem anularmente em torno do eixo longitudinal do material auxiliar. O eixo longitudinal do material auxiliar posicionado é substancialmente paralelo a um eixo longitudinal do tecido do cólon que tem os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar fornecido ao mesmo. O método pode ter qualquer número de variações.
[0011] Em um outro aspecto, é fornecido um atuador de extremida de para um grampeador cirúrgico circular que, em uma implementação, inclui um conjunto de cartucho, um conjunto de bigorna, um material auxiliar biocompatível e uma quantidade eficaz de ao menos um medicamento disposto dentro do material auxiliar e liberável do mesmo. O primeiro conjunto de cartucho tem um corpo de cartucho fixado de modo removível ao mesmo. O corpo de cartucho tem, sobre uma superfície voltada para o tecido do mesmo, uma pluralidade de cavidades de grampo dispostas anularmente configuradas para acomodar os grampos nas mesmas. O conjunto de bigorna tem uma bigorna com uma pluralidade de cavidades de formação de grampos dispostas anularmente formadas sobre uma superfície voltada para o tecido das mesmas. Ao menos um dentre o conjunto de cartucho e o conjunto de bigorna é móvel em relação ao outro. Um material auxiliar biocompatível é retido de maneira liberável sobre ao menos uma das superfícies voltadas para o tecido do conjunto de cartucho e o conjunto de bigorna e é configurado para ser aplicado ao tecido do cólon pelo posicionamento dos grampos no corpo do cartucho. O material auxiliar está sob a forma de um retículo de fibras que tem ao menos duas seções heterogêneas distintas de retículo de fibras. Cada uma das seções do retículo de fibras do material auxiliar é disposta em um padrão configurado para promover a remo- delagem do tecido do cólon organizado de maneira desejada. Cada um dos ao menos um medicamento é eficaz para fornecer um efeito desejado sobre o crescimento interno do tecido do cólon de uma maneira predeterminada, e cada um dos ao menos um medicamento é liberável do material auxiliar de maneira homogênea.
[0012] O atuador de extremidade pode variar em qualquer número de formas. Por exemplo, o material auxiliar pode ser produzido a partir de uma pluralidade de fibras que são um dentre bioabsorvíveis e dis- solúveis. O ao menos um medicamento pode ser eluído mediante a absorção ou dissolução das fibras. Em outro exemplo, o padrão configurado para promover a remodelagem organizada do tecido do cólon de modo desejado pode ser configurado para promover o crescimento do tecido do cólon em uma direção natural das fibras do tecido do cólon, facilitando, assim, a expansão radial do cólon em uma área do cólon adjacente, para a ao menos uma linha de grampos posicionados. Em ainda outro exemplo, as pelo menos duas seções de retículo de fibras heterogêneo distintas podem incluir uma primeira seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo longi-tudinal do material auxiliar e uma segunda seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem anularmente ao redor do eixo longitudinal do material auxiliar. O eixo longitudinal do material auxiliar pode ser substancialmente paralelo a um eixo longitudinal do cólon que tem os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar liberado para o mesmo. Em outro exemplo, o pelo menos um medicamento pode incluir um medicamento angiogênico configurado para proporcionar um efeito desejado de crescimento dos vasos sanguíneos.
[0013] Em outro aspecto, um método de uso do atuador de extre midade é fornecido que, em uma modalidade, inclui a fixação removível do corpo do cartucho a um grampeador cirúrgico circular, o posicionamento do grampeador em um tecido do cólon adjacente ao local- alvo e, com o grampeador posicionado no local-alvo, o acionamento do grampeador para posicionar os grampos a partir do corpo do cartucho e para dentro do tecido do cólon, liberando, assim, o material auxiliar ao longo de uma linha de grampos definida pelos grampos posicionados. As pelo menos duas seções distintas de retículo de fibras heterogêneo incluem uma primeira seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo longitudinal do material auxiliar e uma segunda seção de retículo de fibras tendo fibras que se estendem anularmente em torno do eixo longitudinal do material auxiliar. O eixo longitudinal do material auxiliar posicionado é substancialmente paralelo a um eixo longitudinal do tecido do cólon que tem os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar fornecido ao mesmo. O método pode ter qualquer número de variações.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0014] Esta invenção será compreendida mais completamente to mando-se a descrição detalhada a seguir em conjunto com os desenhos anexos, em que:
[0015] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma modalidade de um grampeador cirúrgico;
[0016] A Figura 2 é uma vista explodida de uma porção distal do grampeador cirúrgico da Figura 1;
[0017] A Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma barra de disparo do grampeador cirúrgico da Figura 1, sendo que a barra de disparo tem um feixe eletrônico em uma extremidade distal da mesma;
[0018] A Figura 4 é uma vista em perspectiva de uma outra moda lidade de um grampeador cirúrgico;
[0019] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de mais uma outra modalidade de um grampeador cirúrgico;
[0020] A Figura 6 é uma representação gráfica de uma modalidade de um material auxiliar com diferentes tipos de medicamentos encapsulados com o uso de diferentes mecanismos de liberação antes da liberação do medicamento;
[0021] A Figura 7 é uma representação gráfica do material auxiliar da Figura 6, mostrando a liberação de um primeiro medicamento;
[0022] A Figura 8 é uma representação gráfica do material auxiliar da Figura 6, mostrando a liberação de um segundo medicamento;
[0023] A Figura 9 é uma outra representação gráfica de uma mo dalidade de um material auxiliar com diferentes tipos de medicamentos encapsulados com o uso de diferentes mecanismos de liberação antes da liberação do medicamento;
[0024] A Figura 10 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 9, mostrando a liberação dos medicamentos como resultado da absorção de um primeiro revestimento;
[0025] A Figura 11 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 9, mostrando a liberação dos medicamentos como resultado da absorção de um segundo revestimento;
[0026] A Figura 12 é uma representação gráfica de um material auxiliar que inclui camadas de topo e de fundo de um polímero absorvível que tem diferentes taxas de degradação;
[0027] A Figura 13 é uma representação gráfica do material auxiliar da Figura 12, mostrando uma camada de topo parcialmente degradada;
[0028] A Figura 14 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 12, mostrando uma camada de fundo parcialmente degradada após a camada de topo ter sido degradada;
[0029] A Figura 15 é uma representação gráfica de um material auxiliar configurado para liberar ao menos um medicamento em resposta a ao menos uma condição ambiental;
[0030] A Figura 16 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 15, mostrando o ao menos um medicamento parcialmente liberado do material auxiliar em resposta a ao menos uma condição ambiental;
[0031] A Figura 17 é uma outra representação gráfica do material auxiliar da Figura 15, mostrando o ao menos um medicamento subs-tancialmente inteiramente liberado do material auxiliar em resposta a ao menos uma condição ambiental;
[0032] A Figura 18 é uma representação gráfica de um material auxiliar configurado para liberar ao menos um medicamento mediante alteração de sua conformação;
[0033] A Figura 19 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 18, mostrando o material auxiliar com suas alterações de conformação e o ao menos um medicamento parcialmente liberado;
[0034] A Figura 20 é uma representação gráfica de um material auxiliar que inclui múltiplas fibras associadas a vasos tendo ao menos um medicamento disposto nos mesmos;
[0035] A Figura 21 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 20, mostrando o ao menos um medicamento liberado do material auxiliar sob o efeito de tensão;
[0036] A Figura 22 é uma representação gráfica de um material auxiliar configurado para liberar ao menos um medicamento em resposta à tensão aplicada ao material auxiliar;
[0037] A Figura 23 é uma representação gráfica do material auxili ar da Figura 22, mostrando o ao menos um medicamento sendo liberado em resposta à tensão aplicada ao material auxiliar;
[0038] A Figura 24 é uma representação gráfica de um vaso que tem ao menos um medicamento encapsulado no mesmo;
[0039] A Figura 25 é uma representação gráfica do vaso da Figura 24, mostrando o ao menos um medicamento sendo liberado em resposta à tensão aplicada ao vaso;
[0040] A Figura 26 é uma representação gráfica de um material auxiliar configurado para liberar ao menos um medicamento quando o material auxiliar altera sua conformação;
[0041] A Figura 27 é uma representação gráfica do material auxiliar da Figura 26, mostrando o ao menos um medicamento sendo liberado em resposta a uma alteração na conformação do material auxiliar;
[0042] A Figura 28 é uma outra representação gráfica de um mate rial auxiliar configurado para liberar ao menos um medicamento quando o material auxiliar altera sua conformação;
[0043] A Figura 29 é uma representação gráfica do material auxiliar da Figura 28, mostrando o ao menos um medicamento sendo liberado em resposta a uma alteração na conformação do material auxiliar;
[0044] A Figura 30 é uma representação gráfica de um material auxiliar tendo vasos configurados para liberar ao menos um medicamento encapsulado nos mesmos de uma forma não homogênea;
[0045] A Figura 31 é uma representação gráfica de um vaso confi gurado para liberar múltiplos medicamentos encapsulados em diferentes camadas do mesmo de uma maneira não homogênea;
[0046] A Figura 32 é uma representação gráfica de um material auxiliar tendo diferentes porções configuradas para liberar ao menos um medicamento de uma maneira não homogênea;
[0047] A Figura 33 é uma outra representação gráfica de um mate rial auxiliar que tem diferentes porções configuradas para liberar ao menos um medicamento de uma maneira não homogênea;
[0048] A Figura 34 é uma representação gráfica de uma vista late ral do material auxiliar da Figura 33;
[0049] A Figura 35 é uma representação gráfica de uma vista late ral de um material auxiliar tendo diferentes porções configuradas para liberar ao menos um medicamento de uma maneira não homogênea;
[0050] A Figura 36 é uma outra representação gráfica de uma vista lateral de um material auxiliar tendo diferentes porções configuradas para liberar ao menos um medicamento de uma maneira não homogênea;
[0051] A Figura 37 é uma representação gráfica de um material auxiliar que tem diferentes regiões concêntricas configuradas para liberar ao menos um medicamento em diferentes taxas;
[0052] A Figura 38 é uma representação gráfica de um material auxiliar tendo diferentes regiões radiais configuradas para liberar ao menos um medicamento em diferentes taxas;
[0053] A Figura 39 é uma outra representação gráfica de um mate rial auxiliar que tem diferentes regiões concêntricas configuradas para liberar ao menos um medicamento em diferentes taxas;
[0054] A Figura 40 é uma representação gráfica de uma modalida de de cicatrização de ferimentos (ou feridas) ao longo do tempo com doses de medicamentos;
[0055] A Figura 41 é uma representação gráfica de um estágio hemostático na cicatrização de ferimentos da Figura 40;
[0056] A Figura 42 é uma representação gráfica de uma porção de um estágio de inflamação na cicatrização de ferimentos da Figura 40;
[0057] A Figura 43 é uma representação gráfica de uma outra por ção do estágio de inflamação na cicatrização de ferimentos da Figura 40;
[0058] A Figura 44 é uma representação gráfica de um estágio de proliferação na cicatrização de ferimentos da Figura 40;
[0059] A Figura 45 é uma vista esquemática de uma porção de uma implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tendo diferentes espaçamentos;
[0060] A Figura 46 é uma vista esquemática de uma porção de uma implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tendo diferentes configurações de materiais;
[0061] A Figura 47 é uma vista esquemática de uma porção de uma implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras dispostas radialmente;
[0062] A Figura 48 é uma vista em perspectiva de uma implemen- tação de um auxiliar implantável formado s partir de uma pluralidade de fibras e que inclui uma pluralidade de seções heterogêneas de retículo de fibras;
[0063] A Figura 49 é uma vista lateral em seção transversal do au xiliar da Figura 48 grampeado ao tecido;
[0064] A Figura 50 é uma vista em perspectiva do auxiliar e do grampo da Figura 49;
[0065] A Figura 51 é uma vista parcial em seção em transversal de uma outra implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras e que inclui uma pluralidade de seções heterogêneas de retículos de fibras;
[0066] A Figura 52 é uma vista em perspectiva de uma implemen tação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras e configurado para alterar sua conformação em resposta a uma carga aplicada ao mesmo;
[0067] A Figura 53 é uma vista em perspectiva do auxiliar da Figu ra 52 que tem uma carga esquemática aplicada ao mesmo;
[0068] A Figura 54 é uma vista em perspectiva de uma implemen tação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha, que inclui uma vista ampliada de uma porção de uma borda do auxiliar;
[0069] A Figura 55 é uma vista em perspectiva de uma outra im plementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha, sendo que o auxiliar é aplicado ao tecido;
[0070] A Figura 56 é uma vista em perspectiva de uma porção da borda do auxiliar da Figura 55;
[0071] A Figura 57 é uma vista em perspectiva de uma porção de mais uma outra implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha;
[0072] A Figura 58 é uma vista em perspectiva de uma fibra;
[0073] A Figura 59 é uma vista em perspectiva de uma porção de mais uma outra implementação de um auxiliar implantável formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha;
[0074] A Figura 60 é uma vista em perspectiva, em corte parcial de uma implementação de um auxiliar implantável que inclui uma pluralidade de camadas ou porções heterogêneas;
[0075] A Figura 61 é um gráfico que mostra uma implementação de um perfil de eluição do auxiliar da Figura 60;
[0076] A Figura 62 é um gráfico que mostra uma outra implemen tação de um perfil de eluição do auxiliar da Figura 60;
[0077] A Figura 63 é um gráfico que mostra mais uma outra im plementação de um perfil de eluição do auxiliar da Figura 60;
[0078] A Figura 64 é um gráfico que mostra a implementação de doses cumulativas de medicamentos;
[0079] A Figura 65 é um gráfico que mostra uma outra implemen tação de doses cumulativas de medicamentos;
[0080] A Figura 66 é um gráfico que mostra uma implementação de doses de medicamentos;
[0081] A Figura 67 é um gráfico que mostra uma outra implemen tação de doses de medicamentos;
[0082] A Figura 68 é uma vista lateral de uma implementação de um auxiliar implantável que tem os medicamentos da Figura 67 dispostos no mesmo, sendo que o auxiliar é aplicado ao tecido;
[0083] A Figura 69 é uma vista lateral do auxiliar da Figura 68 com crescimento de tecido iniciado;
[0084] A Figura 70 é uma vista lateral do auxiliar da Figura 69 com crescimento de tecido adicional;
[0085] A Figura 71 é uma vista em perspectiva em seção transver sal de uma implementação de um auxiliar implantável grampeado a um cólon; e
[0086] A Figura 72 é uma vista em perspectiva em seção transver sal de uma implementação de um auxiliar implantável grampeado a uma estrutura de tecido tubular.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0087] Certas modalidades exemplificadoras serão agora descritas para propiciar o entendimento geral dos princípios da estrutura, da função, da fabricação e do uso dos dispositivos e métodos aqui descritos. Um ou mais exemplos dessas modalidades estão ilustrados nos desenhos em anexo. Os versados na técnica entenderão que os dispositivos e os métodos especificamente descritos na presente invenção e ilustrados nos desenhos anexos são modalidades exemplificado- ras não limitadoras, e que o escopo da presente invenção é definido somente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em relação a uma modalidade exemplificadora podem ser combinadas com as características de outras modalidades. Tais modificações e variações destinam-se a estar incluídas no escopo da presente invenção.
[0088] Adicionalmente, na presente invenção, os componentes com os mesmos nomes das modalidades têm, em geral, recursos similares, e, dessa forma, em uma modalidade particular, cada recurso de cada componente com os mesmos nomes não é necessariamente totalmente elaborado sobre isso. Adicionalmente, até o ponto em que medidas lineares ou circulares são usadas na descrição dos sistemas, dispositivos e métodos apresentados, tais dimensões não se destinam a limitar os tipos de formatos que podem ser usados em conjunto com tais sistemas, dispositivos e métodos. Um versado na técnica reco- nhecerá que um equivalente a tais dimensões lineares e circulares podem facilmente ser determinadas para qualquer formato geométrico. Tamanhos e formatos dos sistemas e dispositivos, e os componentes dos mesmos, podem depender pelo menos da anatomia do indivíduo sendo que os sistemas e dispositivos serão usados, o tamanho e formato de componentes com os quais os sistemas e dispositivos serão usados, e os métodos e procedimentos nos quais os sistemas e dispositivos serão usados.
[0089] Será reconhecido que os termos "proximal" e "distal" são usados aqui com referência a um usuário, como um clínico, ao ato de apertar o cabo de um instrumento. Outros termos espaciais como "frontal" e "posterior" correspondem de modo similar a distal e proximal, respectivamente. Será entendido ainda que, para conveniência e clareza, os termos espaciais como "vertical" e "horizontal" são usados na presente invenção em relação aos desenhos. Entretanto, os instrumentos cirúrgicos são usados em muitas orientações e posições, e tais termos espaciais não se destinam a serem limitantes e absolutos.
[0090] São fornecidos vários dispositivos e métodos exemplificado- res para a realização de procedimentos cirúrgicos laparoscópicos e mi-nimamente invasivos. Em algumas modalidades, os dispositivos e métodos são fornecidos para procedimentos cirúrgicos abertos, e, em outras modalidades, os dispositivos e métodos são fornecidos para procedimentos cirúrgicos laparoscópicos, endoscópicos e outros minimamente invasivos. Os dispositivos podem ser acionados diretamente por um usuário humano ou remotamente sob o controle direto de um robô ou ferramenta de manipulação similar. Entretanto, o versado na técnica entenderá que os vários métodos e dispositivos aqui descritos podem ser usados em inúmeros procedimentos e aplicações cirúrgicas. Os versados na técnica entenderão também que os vários instrumentos aqui apresentados podem ser inseridos em um corpo de qualquer ma- neira, como através de um orifício natural, através de uma incisão ou perfuração formada nos tecidos ou através de um dispositivo de acesso, como cânula de trocar, etc. Por exemplo, as porções funcionais ou porções de atuador de extremidade dos instrumentos podem ser inseridas diretamente no corpo de um paciente, ou podem ser inseridas por meio de um dispositivo de acesso que tenha uma canaleta de trabalho através da qual possam ser avançados o atuador de extremidade e o eixo de acionamento alongado de um instrumento cirúrgico.
[0091] Pode ser desejável o uso de um ou mais materiais biológi cos e/ou materiais sintéticos coletivamente mencionados, na presente invenção, como "auxiliares", em conjunto com instrumentos cirúrgicos para ajudar a melhorar os procedimentos cirúrgicos. Embora uma variedade de diferentes atuadores de extremidade cirúrgicos possa se beneficiar do uso de auxiliares, em algumas modalidades exemplificado- ras, o atuador de extremidade pode ser um grampeador cirúrgico. Quando usado em conjunto com um grampeador cirúrgico, os auxiliares podem ser dispostos entre e/ou nas garras do grampeador, incluídos num cartucho de grampos disposto nas garras ou colocados de outro modo próximo aos grampos. Quando os grampos são posicionados, os auxiliares podem permanecer no local de tratamento com os grampos, por sua vez, gerando diversos benefícios. Por exemplo, os auxiliares podem reforçar o tecido no local de tratamento, impedindo a ruptura ou rompimento pelos grampos no local de tratamento. Reforço de tecido pode ser necessário para evitar que os grampos rasguem o tecido se o tecido estiver doente, é a cicatrização a partir de um outro tratamento como irradiação, medicamentos como quimioterapia, ou outra situação de alteração da propriedade dos tecidos. Em alguns casos, os auxiliares podem minimizar o movimento do tecido nos sítios de perfuração do grampo e em torno dos mesmos que pode ocorrer a partir da deformação tecidual que ocorre após o grampeamento (por exemplo, insuflação do pulmão, distensão do trato gastrointestinal, etc.). Será reconhecido pelo versado na técnica que um sítio de perfuração de grampo pode servir como uma concentração de estresse e que o tamanho do orifício criado pelo grampo crescerá quando o tecido ao redor dele é colocado sob tensão. A restrição do movimento dos tecidos em torno destes sítios de perfuração pode minimizar o tamanho dos orifícios que podem crescer sob tensão. Em alguns casos, os auxiliares podem ser configurados para absorver fluidos benéficos, por exemplo, vedantes, colas, que promovem ainda mais a cicatrização, e em alguns casos, os auxiliares podem ser configurados para se degradarem para formar um gel, por exemplo, um vedante, que promove ainda mais a cicatrização. Em alguns casos, os auxiliares podem ser usados para ajudar a vedar os orifícios formados pelos grampos conforme eles são implantados no tecido, vasos sanguíneos, e outros objetos ou partes do corpo. Os auxiliares podem também afetar o crescimento do tecido através do espaçamento, posicionamento e/ou orientação de quaisquer fibras ou filamentos associados aos auxiliares.
[0092] Os auxiliares podem também ter medicamentos sobre os mesmos e/ou dentro dos mesmos. Os medicamentos podem variar de-pendendo do efeito desejado dos medicamentos sobre o tecido circundante. Como um exemplo não limitante, os medicamentos podem ser fornecidos para influenciar a hemostasia, inflamação, macrófagos, e/ou fibroblastos. Os medicamentos podem ser misturados ou combinados em qualquer combinação ou um medicamento pode ser fornecido sozinho, dependendo, novamente, do efeito desejado sobre o tecido. Os medicamentos podem ser eluído a partir dos auxiliares em uma variedade de formas diferentes. Como exemplos não limitantes, os revestimentos nos auxiliares podem ser variados para serem absorvidos em momentos diferentes, liberando assim o(s) medicamento(s) em momentos diferentes; os auxiliares podem ser variados para permitir a difusão dos medicamentos através dos auxiliares em taxas variáveis; os auxiliares podem variar em peso molecular e/ou características físicas para causar a liberação dos medicamentos em momentos diferentes; etc. INSTRUMENTOS DE GRAMPEAMENTO CIRÚRGICO
[0093] Uma variedade de instrumentos cirúrgicos pode ser usada em conjunto com os auxiliares e/ou os medicamentos descritos na presente invenção. Os "auxiliares" são também chamados na presente invenção de "materiais auxiliares". Os instrumentos cirúrgicos podem incluir grampeadores cirúrgicos. Uma variedade de grampeadores cirúrgicos pode ser usada, por exemplo grampeadores cirúrgicos lineares e grampeadores circulares. Em geral, um grampeador linear pode ser configurado para criar linhas de grampos longitudinais e pode incluir garras alongadas com um cartucho acoplado ao mesmo contendo fileiras longitudinais de grampos. As garras alongadas podem incluir uma faca ou outro elemento de corte capaz de criar um corte entre as fileiras de grampos ao longo do tecido mantido dentro das garras. Em geral, um grampeador circular pode ser configurado para criar linhas de grampos anulares e pode incluir garras circulares com um cartucho contendo fileiras de grampos anulares. As garras circulares podem incluir uma faca ou outro elemento de corte capaz de criar um corte no interior das fileiras de grampos para definir uma abertura através do tecido mantido dentro das garras. Os grampeadores podem ser usados em uma variedade de diferentes procedimentos cirúrgicos, em uma variedade de tecidos em uma variedade de diferentes procedimentos cirúrgicos, por exemplo em cirurgia torácica ou em cirurgia gástrica.
[0094] A Figura 1 ilustra um exemplo de um grampeador cirúrgico linear 10 adequado para uso com um ou mais auxiliares e/ou medicamentos. O grampeador 10 geralmente inclui um conjunto de cabo 12, um eixo de acionamento 14 que se estende distalmente a partir de uma extremidade distal 12d do conjunto de cabo 12, e um atuador de extremidade 30 em uma extremidade distal 14d do eixo de acionamento 14. O atuador de extremidade 30 tem garras inferiores e superiores opostas 32, 34, embora outros tipos de atuadores de extremidade possam ser usados com o eixo de acionamento 14, o conjunto de cabo 12, e componentes associados ao mesmo. A garra inferior 32 tem uma canaleta de grampos 56 configurada para suportar um cartucho de grampos 40, e a garra superior 34 tem uma superfície de bigorna 33 que está voltada para a garra inferior 32 e que é configurada para operar como uma bigorna para ajudar a posicionar os grampos do cartu-cho de grampos 40 (os grampos são obscurecidos na Figura 1 e na Figura 2). Ao menos uma das garras inferior e superior opostas 32, 34 é móvel em relação às outras garras inferior e superior 32, 34 para prender o tecido e/ou outros objetos dispostos entre as mesmas. Em algumas implementações, uma das garras inferior e superior opostas 32, 34, pode ser fixada ou de outro modo imobilizada. Em algumas modalidades, ambas as garras inferior e superior opostas 32, 34 podem ser móveis. Os componentes de um sistema de disparo podem ser configurados para passar através de ao menos uma porção do atuador de extremidade 30 para ejetar os grampos para dentro do tecido preso. Em várias implementações, uma lâmina de faca 36 ou outro elemento de corte pode ser associada ao sistema de disparo para cortar o tecido durante o procedimento de grampeamento.
[0095] A operação do atuador de extremidade 30 pode se iniciar com a entrada de um usuário, por exemplo, um clínico, um cirurgião, etc. no conjunto de cabo 12. O conjunto de cabo 12 pode ter muitas configurações diferentes desenvolvidas para manipular e operar o atu- ador de extremidade 30 associado a ele. No exemplo ilustrado, o conjunto de cabo 12 tem um invólucro tipo cabo de pistola 18 com vários componentes mecânicos e/ou elétricos dispostos no mesmo para ope- rar vários aspectos do instrumento 10. Por exemplo, o conjunto de cabo 12 pode incluir um botão de giro 26 montado adjacente a uma extremidade distal 12d do mesmo que pode facilitar a rotação da eixo de acionamento 14 e/ou do atuador de extremidade 30 em relação ao conjunto de cabo 12 em torno de um eixo longitudinal L do eixo de acionamento 14. O conjunto de cabo 12 pode incluir adicionalmente componentes de fixação como parte de um sistema de travamento acionado por um gatilho de fixação 22 e componentes de disparo como parte do sistema de disparo que são acionados por meio de um gatilho de disparo 24. Os gatilhos de disparo e de fixação 22, 24 podem ser forçados para uma posição aberta em relação a um cabo estacionário 20, por exemplo, por uma mola de torção. O movimento do gatilho de fixação 22 em direção ao cabo estacionário 20 pode acionar o sistema de fixação, descrito abaixo, que pode fazer com que as garras 32, 34 fechem uma em direção à outra, prendendo, assim, o tecido entre as mesmas. O movimento do gatilho de disparo 24 pode acionar o sistema de disparo, descrito abaixo, que pode provocar a ejeção dos grampos de um cartucho de grampos 40 dispostos no mesmo e/ou o avanço da lâmina de faca 36 para cortar o tecido capturado entre as garras 32, 34. Uma pessoa versada na técnica reconhecerá que várias configurações de componentes de um sistema de disparo, mecânico, hidráulico, pneumático, eletromecânico, robótico ou de outra forma, podem ser usadas para ejetar os grampos e/ou cortar o tecido.
[0096] Como mostrado na Figura 2, o atuador de extremidade 30 da implementação ilustrada tem uma garra inferior 32, que serve como um conjunto de cartucho ou veículo e uma garra superior 34 oposta que serve como uma bigorna. O cartucho de grampos 40, tendo uma pluralidade de grampos no mesmo, é suportado em uma bandeja de grampos 37, que, por sua vez, é suportada no interior de um canal do cartucho da garra inferior 32. A garra superior 34 tem uma pluralidade de bolsos de formação de grampos (não mostrado), cada um dos quais é posicionado acima de um grampo correspondente a partir da pluralidade de grampos contidos dentro do cartucho de grampos 40. A garra superior 34 pode ser conectada à garra inferior 32 em uma variedade de formas, embora na implementação ilustrada a garra superior 34 tenha uma extremidade proximal pivotante 34p que é recebida de forma articulada dentro de uma extremidade proximal 56p da canaleta de grampos 56, imediatamente distal ao seu engate à eixo de acionamento 14. Quando a garra superior 34 é pivotada para baixo, a garra superior 34 move a superfície da bigorna 33 e os bolsos de formação de grampos formados na mesma se movem para o cartucho de grampos 40 oposto.
[0097] Vários componentes de fixação podem ser usados para efetuar a abertura e fechamento das garras 32, 34 para prender seletivamente o tecido entre elas. Na modalidade ilustrada, a extremidade pivotante 34p da garra superior 34 inclui um recurso de fechamento 34c distal em relação à sua ligação pivotante com a canaleta de grampos 56. Dessa forma, um tubo de fechamento 46, cuja extremidade distal inclui uma abertura de ferradura 46a que engata o recurso de fechamento 34c, seletivamente confere um movimento de abertura à garra superior 34 durante o movimento longitudinal proximal e um movimento de fechamento à garra superior 34 durante o movimento longitudinal distal do tubo de fechamento 46 em resposta ao gatilho de tra- vamento 22. Como mencionado acima, em várias implementações, a abertura e o fechamento do atuador de extremidade 30 podem ser efetuados por um movimento relativo da garra inferior 32 em relação à garra superior 34, um movimento relativo da garra superior 34 em relação à garra inferior 32, ou pelo movimento de ambas as garras 32, 34 uma relação à outra.
[0098] Os componentes de disparo da implementação ilustrada incluem uma barra de disparo 35, conforme mostrado na Figura 3, tendo um feixe de elétrons 38 em uma extremidade distal da mesma. A barra de disparo 35 é abrangida dentro do eixo de acionamento 14, por exemplo em uma fenda de barra de disparo longitudinal 14s do eixo de acionamento 14, e guiada por um movimento de disparo do cabo 12. A atuação do gatilho de disparo 24 pode afetar o movimento distal do feixe de elétrons 38 através de ao menos uma porção do atu- ador de extremidade 30 para desse modo provocar o disparo dos grampos contidos dentro do cartucho de grampos 40. Na modalidade ilustrada, os guias 39 que se projetam de uma extremidade distal do feixe de elétrons 38 podem se engatar a um deslizador em cunha 47, mostrado na Figura 2, que, por sua vez, pode empurrar os acionado- res de grampos 48 para cima através das cavidades de grampo 41 fomadas no cartuchos de grampos 40. O movimento para cima dos acionadores de grampos 48 aplica uma força ascendente em cada pluralidade de grampos no interior do cartucho 40 para desse modo empurrar os grampos para cima contra a superfície de bigorna 33 da garra superior 34 e para criar grampos formados.
[0099] Além de provocar o disparo de grampos, o feixe de elétrons 38 pode ser configurado para facilitar o fechamento das garras 32, 34, o espaçamento entre a garra superior 34 a partir do cartucho de grampos 40 e/ou o corte do tecido capturado entre as garras 32, 34. Em particular, um par de pinos de topo e um par de pinos de fundo podem se engatar em uma ou em ambas as garras superior e inferior 32, 34 para comprimir as garras 32, 34 em direção uma à outra conforme a barra de disparo 35 avança através do atuador de extremidade 30. Simultaneamente, a faca 36 que se estende entre os pinos de topo e de fundo pode ser configurada para cortar o tecido capturado entre as garras 32, 34.
[00100] Durante o uso, o grampeador cirúrgico 10 pode ser coloca- do numa cânula ou porta e disposta num sítio cirúrgico. Um tecido a ser cortado e grampeado pode ser colocado entre as garras 32, 34 do grampeador cirúrgico 10. Os recursos do grampeador 10 podem ser movidos como desejado pelo médico para atingir um local desejado das garras 32, 34 no sítio cirúrgico e o tecido em relação às garras 32, 34. Após atingido o posicionamento adequado, o gatilho 22 pode ser puxado em direção ao cabo estacionário 20 para acionar o sistema de disparo. O gatilho 22 pode fazer com que os componentes do sistema de travamento operem de modo que o tubo de fechamento 46 avance distalmente através de ao menos uma porção do eixo de acionamento 14 para fazer com que ao menos uma das garras 32, 34 se retraia em direção à outra para prender o tecido disposto entre as mesmas. Posteriormente, o gatilho 24 pode ser puxado em direção ao cabo estacionário 20 para fazer com que os componentes do sistema de disparo operem de modo que a barra de disparo 35 e/ou o feixe de elétrons 38 sejam avançados distalmente através de ao menos uma porção do atuador de extremidade 30 para efetuar o disparo dos grampos e, opcionalmente, cortar o tecido capturado entre as garras 32, 34.
[00101] Um outro exemplo de um instrumento cirúrgico sob a forma de um grampeador cirúrgico linear 50 é ilustrado na Figura 4. O grampeador 50 pode em geral ser configurado e usado de maneira similar ao grampeador 10 da Figura 1. Similar ao instrumento cirúrgico 10 da Figura 1, o instrumento cirúrgico 50 inclui um conjunto de cabo 52 com um eixo de acionamento 54 que se estende distalmente a partir do mesmo e que tem um atuador de extremidade 60 em uma extremidade distal do mesmo para tratamento de tecido. As garras superior e inferior 64, 62 do atuador de extremidade 60 podem ser configuradas para capturar o tecido entre elas, grampear o tecido pelo disparo de grampos de um cartucho 66 posicionado na garra inferior 62 e/ou criar uma incisão no tecido. Nessa implementação, uma porção de fixação 67 em uma extremidade proximal do eixo de acionamento 54 pode ser configurada para permitir a fixação removível do eixo de acionamento 54 e do atuador de extremidade 60 ao conjunto de cabo 52. Em particular, os recursos de acoplamento 68 da porção de fixação 67 podem se emparelhar com os recursos de acoplamento complementares 71 do conjunto de cabo 52. Os recursos de acoplamento 68, 71 podem ser configurados para se acoplarem através, por exemplo, um acoplamento de encaixe por pressão, um acoplamento do tipo baioneta, etc., embora qualquer número de recursos de acoplamento complementares e qualquer tipo de acoplamento possam ser usados para acoplar de modo removível a eixo de acionamento 54 ao conjunto de cabo 52. Embora todo o eixo de acionamento 54 da implementação ilustrada seja configurado para ser removível do conjunto de cabo 52, em algumas implementações, a porção de fixação 67 pode ser configurada para permitir a separação de apenas uma porção distal do eixo de acionamento 54. O acoplamento removível do eixo de acionamento 54 e/ou do atuador de extremidade 60 pode permitir a fixação seletiva de um atuador de extremidade 60 desejado para um procedimento específico, e/ou para reutilização do conjunto de cabo 52 para múltiplos procedimentos diferentes.
[00102] O conjunto de cabo 52 pode ter um ou mais recursos no mesmo para manipular e operar o atuador de extremidade 60. A título de exemplo não limitante, um botão de giro 72 montado em uma extremidade distal do conjunto de cabo 52 pode facilitar a rotação do eixo de acionamento 54 e/ou do atuador de extremidade 60 em relação ao conjunto de cabo 52. O conjunto de cabo 52 pode incluir componentes de fixação como parte de um sistema de fixação acionado por um gatilho móvel 74 e componentes de disparo como parte de um sistema de disparo que pode ser também acionado pelo gatilho 74. Dessa forma, em algumas implementações, o movimento do gatilho 74 em direção a um cabo estacionário 70 através de uma primeira faixa de movimento pode acionar os componentes de fixação para fazer com que as garras opostas 62, 64 se aproximem uma em direção à outra para uma posição fechada. Em algumas implementações, apenas uma das garras opostas 62, 24 pode se mover para as garras 62, 64 para a posição fechada. O movimento adicional do gatilho 74 em direção ao cabo estacionário 70 através de uma segunda faixa de movimento pode acionar os componentes de disparo para provocar a ejeção dos grampos a partir do cartucho de grampos 66 e/ou o avanço de uma faca ou outro elemento de corte (não mostrado) para cortar o tecido capturado entre as garras 62, 64.
[00103] Um exemplo de um instrumento cirúrgico sob a forma de um grampeador cirúrgico circular 80 é ilustrado na Figura 5. O grampeador 80 pode, em geral, ser configurado e usado de modo similar aos grampeadores lineares 10, 50 das Figuras 1 e 4, mas com alguns recursos que acomodam sua funcionalidade como um grampeador circular. Similar aos instrumentos cirúrgicos 10, 50, o instrumento cirúrgico 80 inclui um conjunto de cabo 82 com um eixo de acionamento 84 que se estende distalmente a partir do mesmo e tendo um atuador de extremidade 90 em uma extremidade distal do mesmo para tratamento de tecido. O atuador de extremidade 90 pode incluir um conjunto de cartucho 92 e uma bigorna 94, cada um tendo uma superfície de contato com o tecido que é de formato substancialmente circular. O con-junto de cartucho 92 e a bigorna 94 podem ser acoplados através de um eixo de acionamento 98 que se estende a partir da bigorna 94 até o conjunto de cabo 82 do grampeador 80, e a manipulação de um atu- ador 85 no conjunto de cabo 82 pode retrair e avançar a eixo de acionamento 98 para mover a bigorna 94 em relação ao conjunto de cartucho 92. A bigorna 94 e o conjunto de cartucho 92 podem executar várias funções e podem ser configurados para capturar o tecido entre si, grampear o tecido pelo disparo de grampos a partir de um cartucho 96 do conjunto de cartucho 92 e/ou podem criar uma incisão no tecido. Em geral, o conjunto de cartucho 92 pode alojar um cartucho contendo os grampos e pode posicionar os grampos contra a bigorna 94 para formar um padrão circular de grampos, por exemplo, um grampo em torno de uma circunferência de um órgão tubular do corpo.
[00104] Em uma implementação, a eixo de acionamento 98 pode ser formado de primeira e segunda porções (não mostradas) configuradas para se acoplarem, de modo liberável, juntas para permitir que a bigorna 94 seja separada do conjunto de cartucho 92, o que pode permitir maior flexibilidade no posicionamento da bigorna 94 e do conjunto de cartucho 92 em um corpo de um paciente. Por exemplo, a primeira porção do eixo de acionamento pode ser disposta no interior do conjunto de cartucho 92 e se estender distalmente fora do conjunto de cartucho 92, terminando em um recurso de acoplamento distal. A segunda porção do eixo 84 pode estar disposta dentro da bigorna 94 e se estender proximalmente fora do conjunto de cartucho 92, terminando em um recurso de acoplamento proximal. Em uso, os recursos de acoplamento proximal e distal, podem ser acopladas um ao outro para permitir que a bigorna 94 e o conjunto de cartucho 92 se movam um em relação ao outro.
[00105] O conjunto de cabo 82 do grampeador 80 pode ter vários atuadores dispostos sobre o mesmo que podem controlar o movimento do grampeador. Por exemplo, o conjunto de cabo 82 pode ter um botão de giro 86 disposto no mesmo para facilitar o posicionamento do atuador de extremidade 90 por meio de rotação e/ou do gatilho 85 para o acionamento do atuador de extremidade 90. O movimento do gatilho 85 em direção a um cabo estacionário 87 através de uma primeira faixa de movimentos pode acionar componentes de um sistema de fixação a aproximar as garras, isto é, mover a bigorna 94 na direção do conjunto de cartucho 92. O movimento do gatilho 85 em direção ao cabo estacionário 87 através de uma segunda faixa de movimentos pode acionar componentes de um sistema de disparo para fazer com que os grampos do conjunto de cartucho de grampos 92 se posicionem e/ou causem o avanço de uma faca para cortar o tecido capturado entre o conjunto de cartucho 92 e a bigorna 94.
[00106] Os exemplos ilustrados de instrumentos de grampeamento cirúrgico 10, 50 e 80 fornecem apenas alguns exemplos de muitas configurações diferentes, e de métodos associados de uso, que podem ser usados em conjunto com as descrições aqui fornecidas. Embora os exemplos ilustrados sejam todos configurados para uso em procedimentos minimamente invasivos, será apreciado que os instrumentos configurados para uso em procedimentos cirúrgicos abertos, por exemplo, grampeadores lineares abertos, como descritos na patente US n° 8.317.070, intitulada "Surgical Stapling Devices That Produce Formed Staples Having Different Lengths" e depositada em 28 de fevereiro de 2007, podem ser usados em conjunto com as descrições aqui fornecidas. Mais detalhes sobre os exemplos ilustrados, bem como exemplos adicionais de grampeadores cirúrgicos, componentes dos mesmos, e seus métodos de uso relacionados, são fornecidos na publicação de patente US. n° 2013/0256377, intitulada "Layer Comprising Deployable Attachment Members" e depositada em 8 de fevereiro de 2013, patente US n° 8.393.514 intitulada "Selectively Orientable Implantable Fastener Cartridge" e depositada em 30 de setembro de 2010, patente US n° 8.317.070 intitulada "Surgical Stapling Devices That Produce Formed Staples Having Different Lengths" e depositada em 28 de fevereiro de 2007, patente US n° 7.143.925 intitulada "Surgical Instrument Incorporating EAP Blocking Lockout Mechanism" e depositada em 21 de junho de 2005, publicação de patente US n° 2015/0134077 intitulada "Sealing Materials For Use In Surgical Sta pling" e depositada em 8 de novembro de 2013, intitulada "Sealing Materials for Use in Surgical Procedures", e depositada em 8 de novembro de 2013, publicação de pedido de patente US n° 2015/0134076, intitulada "Hybrid Adjunct Materials for Use in Surgical Stapling" e depositada em 8 de novembro de 2013, publicação da patente US n° 2015/0133996, intitulada "Positively Charged Implantable Materials and Method of Forming the Same" e depositada em 8 de novembro de 2013, publicação de patente US n° 2015/0129634, intitulada "Tissue Ingrowth Materials and Method of Using the Same" e depositada em 8 de novembro de 2013, publicação de patente US n° 2015/0133995, intitulada "Hybrid Adjunct Materials for Use in Surgical Stapling" e depositada em 8 de novembro de 2013, publicação de patente US n° 14/226.142, intitulada "Surgical Instrument Comprising a Sensor System" e depositada em 26 de março de 2014, e publicação de patente US n° 14/300.954, intitulada "Adjunct Materials and Methods of Using Same in Surgical Methods for Tissue Sealing" e depositada em 10 de junho de 2014, as quais estão, por meio desta, incorporadas integralmente neste documento a título de referência.
AUXILIARES IMPLANTÁVEIS
[00107] Conforme indicado acima, vários auxiliares implantáveis são fornecidos para uso em conjunto com instrumentos de grampea- mento cirúrgico. Os auxiliares podem ter uma variedade de configurações e podem ser formados a partir de vários materiais. Em geral, um auxiliar pode ser formado a partir de um ou mais dentre um filme, uma espuma, um termoplástico moldado por injeção, um material termo- formado a vácuo, uma estrutura fibrosa, e seus híbridos. O auxiliar pode também incluir um ou mais materiais biologicamente derivados e um ou mais fármacos. Cada um desses materiais é discutido com mais detalhes abaixo.
[00108] Um auxiliar pode ser formado a partir de uma espuma, co- mo uma espuma de célula fechada, uma espuma de célula aberta, ou uma esponja. Um exemplo de como tal auxiliar pode ser fabricado é de colágeno derivado de animais, como tendão porcino, que pode então ser processado e liofilizado em uma estrutura de espuma. Exemplos de vários auxiliares de espuma são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° 8.393.514 intitulado "Selectively Orientable Implantable Fastener Cartridge" e depositado em 30 de setembro de 2010.
[00109] Um auxiliar pode também ser formado a partir de um filme formado de qualquer material adequado ou combinação dos mesmos, conforme discutido abaixo. O filme pode incluir uma ou mais camadas, cada uma das quais pode ter diferentes taxas de degradação. Além disso, o filme pode ter várias regiões formadas no mesmo, por exemplo, reservatórios que podem reter de modo liberável nos mesmos um ou mais medicamentos em várias formas diferentes. Os reservatórios que têm ao menos um medicamento disposto no mesmo podem ser selados com o uso de uma ou mais camadas de revestimento diferentes que podem incluir polímeros absorvíveis ou não absorvíveis. O fil-me pode ser formado de várias maneiras, por exemplo, pode ser um filme extrudado ou moldado por compactação.
[00110] Um auxiliar pode também ser formado a partir de um material termoplástico moldado por injeção ou um material termoformado a vácuo. Exemplos de vários auxiliares moldados são descritos com mais detalhes na publicação de patente US n° 2013/0221065 intitulada "Fastener Cartridge Comprising A Releasably Attached Tissue Thickness Compensator" e depositada em 8 de fevereiro de 2013, que está, por meio desta, aqui incorporada em sua totalidade a título de referência. O auxiliar pode também ser um retículo à base de fibras que pode ser um pano tecido, tecido de malha ou tecido não tecido como um pano tecido solto de trama urdida, construído por sopro em fusão, termicamente ou por perfuração por agulhagem. Um auxiliar pode ter múltiplas regiões que podem ser formadas a partir do mesmo tipo de retículos ou de diferentes tipos de retículos que podem juntos formar o auxiliar de várias maneiras diferentes. Por exemplo, as fibras podem ser tecidas, trançadas, de malha, ou de outro modo interconectadas de modo a formar uma estrutura regular ou irregular. As fibras podem ser interconectadas de modo que o auxiliar resultante seja relativamente solto. Alternativamente, o auxiliar pode incluir fibras firmemente interconectadas. O auxiliar pode estar sob a forma de uma lâmina, tubo, espiral, ou qualquer outra estrutura que possa incluir porções maleáveis e/ou porções de reforço, mais rígidas. O auxiliar pode ser configurado de modo que certas regiões do mesmo podem ter fibras mais densas enquanto outras têm fibras menos densas. A densidade da fibra pode variar em direções diferentes ao longo de uma ou mais dimensões do auxiliar, com base na aplicação pretendida do auxiliar.
[00111] O auxiliar pode também ser um construto híbrido, como um compósito laminado ou fibra interconectada com fechamento por fusão. Exemplos de vários auxiliares de construtos híbridos são adicionalmente descritos na publicação de patente US n° 2013/0146643 intitulada "Adhesive Film Laminate" e depositada em 8 de fevereiro de 2013, e na patente US n° 7.601.118 intitulada "Minimally Invasive Medical Implant And Insertion Device And Method For Using The Same" e depositada em 12 de setembro de 2007, as quais estão por meio desta aqui incorporadas a título de referência em sua totalidade.
MATERIAIS
[00112] Os auxiliares de acordo com as técnicas descritas podem ser formados a partir de vários materiais. Os materiais podem ser usados em várias modalidades para propósitos diferentes. Os materiais podem ser selecionados de acordo com uma terapia desejada a ser aplicada ao tecido de modo a facilitar o crescimento interno do tecido. Os materiais descritos a seguir podem ser usados para formar um auxiliar em qualquer combinação desejada.
[00113] Os materiais podem incluir polímeros bioabsorvíveis e bio- compatíveis, incluindo homopolímeros e copolímeros. Alguns exemplos não limitantes de homopolímeros e copolímeros incluem p- dioxanona (DOP ou PDS), poli(ácido glicólico), poli(ácido lático-co- glicólico) (PLGA), policaprolactona (PCL), carbonato de trimetileno (TMC), e poli(ácido lático), poli(ácido glicólico-co-lático) (PLA/PGA) (por exemplo, materiais de PLA/PGA usados em Vicryl, de Vicryl Rapi- de, PolySorb e Biofix), poliuretanos (como fibras de elastano, Biospan, Tecoflex, Bionate, e Pellethane), poliortoésteres, polianidridos (por exemplo, polímeros de Gliadel e Biodel), polioxaésteres, poliesterami- das, e poliesteramidas à base de tirosina. Os copolímeros podem também incluir poli(ácido lático-co-policaprolactona) (PLA/PCL), poli(L- ácido lático co-policaprolactona) (PLLA/PCL), poli(ácido glicólico-co- carbonato de trimetileno) (PGA/TMC) (por exemplo, Maxon), poli(ácido glicólico-co-caprolactona) (PCL/PGA) (por exemplo, Monocryl e Capgly), PDS/PGA/TMC (por exemplo, Biosyn), PDS/PLA, PGA/PCL/TMC/PLA (por exemplo, Caprosyn), e LPLA/DLPLA (por exemplo, Optima).
[00114] Um auxiliar pode também incluir agentes ativos, como cultura celular ativa (por exemplo, tecido autólogo cortado em cubos, agentes usados para terapia de células-tronco (por exemplo, Biosutures e Cellerix S.L.), agentes hemostáticos, e agentes de cicatrização de tecido. Alguns exemplos não limitantes de agentes hemostáticos podem incluir celulose como celulose regenerada (ORC) oxidada (por exemplo, Surgicel e Interceed), fibrina/trombina (por exemplo, Throm- bin-JMI, TachoSil, Tiseel, Floseal, Evicel, TachoComb, Vivostat, e Everest), plasma rico em plaquetas autólogo, gelatina (por exemplo, Gelfilm e Gelfoam), ácido hialurônico como microfibras (por exemplo, fios e produtos têxteis) ou outras estruturas com base em ácido hialurôni- co, ou hidrogéis baseados em ácido hialurônico. Os agentes hemostá- ticos podem também incluir vedantes poliméricos como, por exemplo, albumina sérica bovina e glutaraldeído, albumina sérica humana e reti- culador de polietileno, e glicol etilênico e carbonato de trimetileno. Os vedantes poliméricos podem incluir vedante cirúrgico FocalSeal desenvolvido pela Focal Inc.
[00115] Os auxiliares aqui descritos podem reter de maneira liberá- vel nos mesmos ao menos um medicamento que pode ser selecionado a partir de um grande número de medicamentos diferentes. Os medicamentos incluem, mas não se limitam a, fármacos ou outros agentes incluídos com o auxiliar, ou associados com o mesmo, que têm uma funcionalidade desejada. Os medicamentos incluem, mas não se limitam a, por exemplo, agentes antimicrobianos como agentes antibacte- rianos e antibióticos, agentes antifúngicos, agentes antivirais, agentes anti-inflamatórios, fatores de crescimento, analgésicos, anestésicos, inibidores de degeneração de matriz de tecido, agentes anticâncer, agentes hemostáticos, e outros agentes que causam uma resposta biológica.
[00116] Alguns exemplos não limitantes de agentes antimicrobianos incluem prata iônica, aminoglicosídeos, estreptomicina, polipeptídeos, bacitracina, triclosano, tetraciclinas, doxiciclina, minociclina, deme- clocycline, tetraciclina, oxitetraciclina, cloranfenicol, nitrofuranos, fura- zolidona, nitrofurantoína, beta-lactamas, penicilinas, amoxicilina, amo- xicilina +, ácido clavulânico, azlocilina, flucloxacilina, ticarcilina, pipera- cilina + tazobactam, tazocin, biopiper FH, zosyn, carbapenemos, imi- penemo, meropenem, ertapenema, doripenem, biapenem, oanipe- nem/betamipron, quinolonas, ciprofloxacina, enoxacina, gatifloxacina, gemifloxacina, levofloxacina, lomefloxacina, moxifloxacina, ácido nali- díxico, norfloxacina, sulfonamidas, número de identificação pessoal, sulfacetamida, sulfadiazina, sulfadiazina de prata, sulfadimetoxina, sul- fametizol, sulfametoxazol, sulfassalazina, sulfissoxazol, bactrima, pron- tosil, ansamicina, geldanamicina, herbimicina, fidaxomicina, glicopeptí- deos, teicoplanina, vancomicina, telavancina, dalbavancina, vritavanci- na, lincosamidas, clindamicina, lincomicina, lipopeptídeo, daptomicina, macrolídeos, azitromicina, claritromicina, eritromicina, roxithromycin, telitromicina, espiramicina, oxazolidinones, linezolida, aminoglicosí- deos, amicacina, gentamicina, canamicina, neomicina, netilmicina, to- bramicina, paromicina, paromomicina, cefalosporinas, ceftobiprole, ceftolozano, cefclidina, flomoxef, monobactamas, aztreonam, colistina, e polimixina B.
[00117] Alguns exemplos não limitantes de agentes antifúngicos incluem triclosan, polienos, anfotericina B, candicidina, filipina, hamicina, natamicina, nistatina, rimocidina, azoles, imidazol, triazol, alquilaminas, amorolfina, buetenafina, naftifina, terbinafina, equinocandinas, anidula- fungina, caspofungina, micafungina, ciclopirox, e ácido benzoico.
[00118] Alguns exemplos não limitantes de agentes antivirais incluem inibidores de não revestimento como, por exemplo, amantadina, rimantadina, pleconaril; inibidores da transcriptase reversa como, por exemplo, aciclovir, lamivudina, antisentidos, fomivirsen, morfolinos, ribozimas, rifampicina; e como virucidas, por exemplo, cianovirina-N, griffithsina, ccytovirina, éster etílico de α-lauroil-L-arginina (LAE), e prata iônica.
[00119] Alguns exemplos não limitantes de agentes anti- inflamatórios incluem agentes anti-inflamatórios não esteroidais (por exemplo, salicilatos, aspirina, difunisal, derivados de ácido propiônico, ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno e loxoprofeno), derivados de ácido acético (por exemplo, tolmetina, sulindaco, e diclofenaco), derivados de ácido enólico (por exemplo, piroxicam, ácido meloxicam, droxicam e loroxicam), derivados de ácido antranílico (por exemplo, ácido mefe- nâmico, ácido meclofenâmico e ácido flufenâmico), inibidores seletivos de COX-2 (por exemplo, celecoxibe (Celebrex), parecoxibe, rofecoxibe (Vioxx), sulfonanilidas, nimsulida e clonixina) derivados anti- inflamatórios seletivos imunes, corticoesteroides (por exemplo, dexa- metasona), e inibidores de iNOS.
[00120] Alguns exemplos não limitantes de fatores de crescimento incluem aqueles que são moléculas de sinalização celular que estimulam o crescimento, cicatrização, remodelagem, proliferação, e diferenciação celular. Os fatores de crescimento exemplificadores podem ser de curto prazo (parácrino), longo prazo (endócrino), ou auto- estimulante (autócrino). Exemplos adicionais dos fatores de crescimento incluem hormônios de crescimento (por exemplo, um fator de crescimento recombinante, nutropina, humatrope, genotropina, norditropina, saizen, o omnitrope, e um fator de crescimento biossintético), fator de crescimento epidérmico (EGF) (por exemplo, inibidores, gefiti- nibe, erlotinibe, afatinibe e cetuximabe), fatores de crescimento semelhantes a EGF para ligação à heparina (por exemplo, epirregulina, be- tacelulina, anfirregulina, e epigeno), fator de crescimento de transformação alfa (TGF-a), neuroregulina 1-4, fatores de crescimento de fi- broblastos (FGFs) (por exemplo, FGF1-2, FGF2, FGF11-14, FGF18, FGF15/19, FGF21, FGF23, FGF7 ou fator de crescimento de querati- nócito (KGF), FGF10 ou KGF2, e fenitoína), fatores de crescimento semelhantes a insulina (IGFs) (por exemplo, IGF-1, IGF-2, e fator de crescimento derivado de plaqueta (PDGF), fatores de crescimento de endotélio vascular (VEGFs) (por exemplo, inibidores, bevacizumabe, o ranibizumabe, VEGF-A, VEGF-B, VEGF-C, VEGF-D e becaplermina).
[00121] Alguns exemplos não limitantes adicionais dos fatores de crescimento incluem citocinas, como fatores estimulantes de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSFs) (por exemplo, inibidores que inibem respostas inflamatórios e CM-CSF que foi fabricado com o uso de tecnologia de DNA recombinante e através de fontes derivadas de levedura recombinante), fatores estimulantes de colônicas de grauno- lócitos (G-CSFs) (por exemplo, filgrastim, lenograstim, e neupogen), fator de crescimento de tecido beta (TGB-B), leptina e interleucinas (ILs) (por exemplo, IL-1a, IL-1b, canaquinumabe, IL-2, aldesleucina, interking, denileucina diftitox, IL-3, IL-6, IL-8, IL-10, IL-11, e oprelve- quina). Os exemplos não limitantes dos fatores de crescimento incluem adicionalmente eritropoetina (por exemplo, Darbepoetin, Epocept, Dynepo, Epomax, NeoRecormon, Silapo, e Retacrit).
[00122] Alguns exemplos não limitantes de analgésicos incluem narcóticos, opioides, morfina, codeína, oxicodona, hidrocodona, buprenorfina, tramadol, não narcóticos, paracetamol, acetaminofeno, NSAIDS, e flupirtina.
[00123] Alguns exemplos não limitantes de anestésicos incluem anestésicos locais (por exemplo, lidocaína, benzocaína, e ropivacaína) e anestésico geral.
[00124] Alguns exemplos não limitantes de inibidores de degradação de matriz de tecido que inibem a ação de metaloproteinases (MMPs) e outras proteases incluem inibidores de MMP (por exemplo, inibidores de MMP exógenos, inibidores de MMP à base de hidroxa- mato, batimastat (BB-94), ilomastat (GM6001), marimastat (BB2516), tióis, periostat (doxiciclina), ácido esquárico, BB-1101, hidroxiuréias, hidrazinas, endógenos, carbamoilfosfatos, beta lactamas, e inibidores teciduais de MMPs) (TIMPs).
[00125] Alguns exemplos não limitantes de agentes anticâncer incluem anticorpos monoclonais, bevacizumabe (Avastin), celu- lar/quimiotáticos, agentes alquilantes (por exemplo, bifuncional, ciclo- fosfamida, mecloretamina, clorambucila, melfalano, monofuncionais, nitrosoureias e temozolomida), antraciclinas (por exemplo, daunorrubi- cina, doxorrubicina, epirrubicina, idarrubicina, mitoxantrona, e valrubi- cina), disruptores citoesqueléticos (por exemplo, paclitaxel e docetaxel), agentes epotilones que limitam a divisão celular pela inibição da função de microtúbulos, agentes inibidores que bloqueiam a várias enzimas necessárias para a divisão celular ou certas funções celulares, inibidores de histona desacetilase (por exemplo, vorinostat e romidep- sina), inibidores de topoisomerase I A (por exemplo, irinotecano e to- potecano), inibidores de topoisomerase II (por exemplo, etoposídeo, teniposídeo, e tafluposideo), inibidores de quinase (por exemplo, bor- tezomibe, erlotinibe, gefitinibe, imatinibe, vemurafenibe, e vismodegi- be), análogos de nucleotídeo (por exemplo, azacitidina, azatioprina, capecitabina, citarabina, doxifluridina, fluorouracila, 5-FU, adrucil, ca- rac, efudix, efudex, fluoroplex, gencitabina, hidroxiureia, mercaptopuri- na, e tioguanina), agentes antibióticos de peptídeo que clivam DNA e perturbam o enrolamento/desenrolamento de DNA (por exemplo, ble- omicina e actinomicina), agentes antineoplásicos à base de platina que reticulam DNA que inibe o reparao e/ou a síntese de DNA (por exemplo, carboplatina, cisplatina, oxaliplatina, e eloxatina), retinoides (por exemplo, tretinoína, alitretinoína, e bexaroteno), alcaloides da vinca que inibem a mitose e formação de microtúbulos (por exemplo, vin- blastina, vincristina, vindesina, vinorelbina), agentes anti-operatório, agentes pró motilidade, imunossupressores (por exemplo, tacrolimo), agentes modificadores do aspecto do sangue (por exemplo, vasodila- tador, viagra e nifedipina), inibidores de 3-hidroxi-3metil-glutaril-CoA (HMG CoA) redutase (por exemplo, atorvastatina), e agentes anti- angiogênese.
[00126] Exemplos de medicamentos também incluem agentes que passivamente contribuem para a cicatrização de ferimentos (ou feridas) como, por exemplo, nutrientes, agentes de expulsão de oxigênio, aminoácidos, agentes sintéticos de colágeno, glutamina, insulina, buti- rato, e dextrano. Os medicamentos exemplificadores incluem também agentes antiadesão, sendo que alguns exemplos não limitantes destes incluem ácido hialurônico/carboximetilcelulose (Seprafilm), celulose regenerada oxidada (Interceed), e Icodextrina 4% (Extranet, Adept). LIBERAÇÃO DO FÁRMACO
[00127] Um auxiliar de acordo com as técnicas descritas pode ser associado a ao menos um medicamento de várias maneiras diferentes, de modo a fornecer um efeito desejado, como no crescimento interno do tecido, de uma maneira desejada. O ao menos um medicamento pode ser configurado para ser liberado do auxiliar em múltiplos padrões espaciais e temporais para acionar um processo de cicatriza- ção desejado em um local de tratamento. O medicamento pode ser disposto no interior, ligado a, incorporado dentro, disperso dentro, ou de outro modo associado ao auxiliar. Por exemplo, o auxiliar pode ter uma ou mais regiões que retêm de maneira liberável em seu interior um ou mais medicamentos diferentes. As regiões podem ser reserva-tórios distintos de vários tamanhos e formatos e reter medicamentos em seu interior de várias maneiras, ou outras regiões distintas ou contínuas dentro dos auxiliares. Em alguns aspectos, uma configuração específica do auxiliar permite que o mesmo retenha de modo liberável um medicamento ou mais de um medicamento diferente.
[00128] Independentemente da forma na qual o medicamento é disposto dentro do auxiliar, uma quantidade eficaz do ao menos um medicamento pode ser encapsulada no interior de um vaso, como um pélete, que pode estar sob a forma de microcápsulas, microesferas, ou qualquer outro vaso. Os vasos podem ser formados a partir de um polímero bioabsorvível.
[00129] A aplicação direcionada e a liberação de ao menos um medicamento a partir de um auxiliar podem ser realizadas de várias formas que dependem de vários fatores. Em geral, o ao menos um medicamento pode ser liberado do material auxiliar como uma dose de bó- lus, de modo que o medicamento é liberado substancialmente imediatamente após a aplicação do material auxiliar ao tecido. Alternativamente, o ao menos um medicamento pode ser liberado do auxiliar durante um certo período de tempo que pode ser de minutos, horas, dias, ou mais. Uma taxa de liberação temporizada e uma quantidade do medicamento sendo liberado pode depender de vários fatores, como uma taxa de degradação de uma região a partir da qual o medicamento está sendo liberado, uma taxa de degradação de um ou mais revestimentos ou outras estruturas usadas para reter o medicamento dentro dos auxiliares, condições ambientais em um local de tratamento, e vá-rios outros fatores. Em alguns aspectos, quando o auxiliar tem mais de um medicamento disposto em seu interior, a liberação de uma dose de bólus de um primeiro medicamento pode regular uma liberação de um segundo medicamento que começa a ser liberado após o primeiro medicamento ser liberado. O auxiliar pode incluir múltiplos medicamentos, cada um dos quais pode afetar a liberação de um ou mais outros medicamentos de qualquer maneira adequada.
[00130] A liberação de ao menos um medicamento como uma dose de bólus ou como uma liberação temporizada pode ocorrer ou se iniciar substancialmente imediatamente após a aplicação do material auxiliar ao tecido, ou pode ser atrasada até um tempo predeterminado. O atraso pode depender da estrutura e das propriedades do auxiliar ou de uma ou mais das suas regiões.
[00131] Um material auxiliar pode ser configurado para ter uma estrutura que facilita a distribuição de quantidades eficazes de um ou mais medicamentos carregados no auxiliar para fornecer um efeito desejado. Por exemplo, a aplicação direcionada dos medicamentos pode ser realizada pela incorporação dos medicamentos em regiões (por exemplo, reservatórios como poros ou outras estruturas) dentro do auxiliar formado em um padrão que permite uma certa distribuição espa- cial dos medicamentos após sua aplicação. Os medicamentos dispostos dentro do reservatório podem ser incorporados em vasos distintos. Um reservatório pode incluir mais de um tipo de medicamentos diferentes. O um ou mais medicamentos podem ser eluídos do auxiliar de uma maneira homogênea ou de uma maneira espacial e/ou temporal heterogênea para aplicar uma terapia desejada. A estrutura do auxiliar e a maneira como os medicamentos são liberados do mesmo podem ser usadas para influenciar ou controlar o recrescimento do tecido. Além disso, o recrescimento do tecido pode ser encorajado em determinados locais no local de tratamento e desencorajado em outros locais no local de tratamento.
[00132] As Figuras 6 a 8 ilustram um auxiliar biocompatível 100 que tem múltiplos poros que transportam diferentes medicamentos que são encapsulados dentro dos poros dispostos em locais diferentes e com o uso de diferentes revestimentos absorvíveis. Os revestimentos podem absorver, dissolver ou de outro modo se desintegrar em momentos diferentes após a aplicação do auxiliar 100 a um local de tratamento e o posicionamento do grampo de modo a permitir que os medicamentos sejam também liberados em diferentes momentos e em direções diferentes. Dessa forma, os medicamentos podem ser liberados do auxiliar 100 de uma maneira não homogênea. Por exemplo, um dos medicamentos pode ser liberado imediatamente após a aplicação e/ou posicionamento do grampo enquanto um ou mais dentre os outros medicamentos podem ser liberados em um momento posterior, como sobre um perfil de liberação predeterminado. A liberação desses medicamentos subsequentemente liberados pode ser controlada pela liberação do primeiro medicamento e depender da mesma. Os lados opostos do auxiliar 100 podem ser cobertos por revestimentos (ou podem ser formados de materiais) tendo diferentes taxas de absorção de modo que certos medicamentos são liberados em um lado do auxiliar en- quanto outros medicamentos são liberados em um outro lado do auxiliar. Isso fornece uma forma mais controlada e direcionada de se aplicar terapias ao tecido.
[00133] Neste exemplo, o auxiliar 100 está sob a forma de uma camada que tem múltiplas regiões porosas, duas das quais são mostradas a título de exemplo como poros 101, 103. Conforme mostrado na Figura 6, as regiões porosas 101, 103 transportam os respectivos primeiro e segundo medicamentos 102, 104 que podem ser medicamentos diferentes. Deve-se considerar que o auxiliar 100 tem múltiplas regiões porosas que podem transportar os medicamentos 102, 104 de maneira alternada ou em quaisquer outros padrões.
[00134] Conforme mostrado na Figura 6, um primeiro lado 100a do auxiliar 100 tem revestimentos A, C de modo que o revestimento A veda a região porosa 101 com o primeiro medicamento 102 e o revestimento C veda a região porosa 103 com o segundo medicamento 104. Um segundo lado oposto 100b do auxiliar 100 é coberto por um revestimento B. No exemplo ilustrado, os revestimentos A B, C que criam uma barreira que afeta a liberação de um medicamento podem ser selecionados de modo que o revestimento A absorve primeiro após o posicionamento do grampo, o revestimento B absorve após o revestimento A ter sido ao menos parcialmente absorvido, e o revestimento C não é absorvível.
[00135] Conforme mostrado na Figura 7, após a aplicação e/ou po-sicionamento do grampo, o revestimento A é primeiro absorvido de modo a permitir que o primeiro medicamento 102 seja liberado da região porosa 101 no primeiro lado 100a do auxiliar 100. Por exemplo, se o primeiro lado 100a é uma superfície de contato com o tecido, o primeiro medicamento 102 pode ser um medicamento que promove cicatrização no local de tratamento. Subsequentemente, após um certo período de tempo, o revestimento B pode ser absorvido de modo a permitir que o segundo medicamento 104 seja liberado da região porosa 103 no segundo lado 100b do auxiliar 100, conforme mostrado na Figura 8. Por exemplo, se o segundo lado 100b é uma superfície de não contato com o tecido, o segundo medicamento 104 pode ser um medicamento que evita adesão. Como também mostrado na Figura 8, o revestimento C veda a região porosa 103 no primeiro lado 100a e dessa forma impede que o segundo medicamento 104 seja liberado no primeiro lado 100a do auxiliar 100. Embora neste exemplo o revestimento C seja não absorvível, ele pode alternativamente ser absorvível após o revestimento B ter sido absorvido e o segundo medicamento 104 pode ter sido liberado no segundo lado 100b. Deve-se compreender que, para permitir que uma região porosa seja exposta e um medicamento liberado, um revestimento pode ser absorvido em sua totalidade ou ao menos parcialmente. Uma taxa de absorção de um revestimento pode controlar uma taxa de liberação de um medicamento.
[00136] O versado na técnica compreenderá que mais de dois medicamentos diferentes podem ser incorporados de modo liberável em diferentes regiões porosas ou outras estruturas dentro de um auxiliar. Os medicamentos podem ser retidos dentro do auxiliar com o uso de vários revestimentos que podem ser selecionados de modo a controlar a taxa e a direção de liberação dos medicamentos.
[00137] Um auxiliar pode incluir regiões (por exemplo, poros ou outros reservatórios) que retêm de maneira liberável uma pluralidade de vasos, como microesferas ou outros vasos, que têm um ou mais medicamentos encapsulados nos mesmos. As Figuras 9 a 11 ilustram um auxiliar 108 que inclui ao menos um medicamento encapsulado em uma pluralidade de vasos que são retidos de modo liberável pelas respectivas regiões que regulam a dispersão dos vasos a partir do auxiliar. Os vasos podem ser microcápsulas, microesferas, ou quaisquer outros tipos de vasos de tamanho e formato adequados. Cada vaso pode ter uma camada externa absorvível que pode degradar e dessa forma liberar um medicamento retido dentro daquele vaso quando os vasos são liberados de um auxiliar. O auxiliar pode ser usado para aplicar medicamentos de uma maneira não homogênea em relação a ao menos tempo de liberação e local de liberação.
[00138] Conforme mostrado na Figura 9, o auxiliar 108 tem múltiplos reservatórios ou regiões, cinco dos quais são mostrados como regiões 109a, 111a, 113a, 109b, 111b que transportam os respectivos vasos 110, 112, 114, 110, 112. Dessa forma, conforme mostrado esquematicamente na Figura 9, as regiões 109a, 109b transportam o mesmo primeiro tipo de vasos 110, as regiões 111a, 111b transportam o mesmo segundo tipo de vasos 112, e a região 113a transporta um terceiro tipo de vasos 114.
[00139] Conforme mostrado na Figura 9, em um primeiro lado 108a do auxiliar 108, uma camada de revestimento B1 veda a regiões 111a, 113a e a região 111b. Uma camada de um revestimento A1 está disposta ao longo de todo o primeiro lado 108a e cobre as camadas do revestimento B1. Em um segundo lado oposto 108b do auxiliar 108, uma camada do revestimento B1 veda a região 109a e uma outra camada do revestimento B1 veda a região 109b. Uma camada de um revestimento C1 veda a região 113a no segundo lado 108b. Similar ao primeiro lado 108a, todo o segundo lado 108b é coberto pelo revestimento A1.
[00140] Neste exemplo, os revestimentos A1, B1, C1 têm diferentes taxas de degradação ou absorção de modo que o revestimento A1 começa a absorver primeiro, mediante uma aplicação do auxiliar ao tecido, o revestimento B1 absorve depois do revestimento A1 ser ao menos parcialmente absorvido, e o revestimento C1 é não absorvível. O revestimento A1 pode ser selecionado de modo que ele absorve substancialmente imediatamente após a aplicação do auxiliar ao tecido ou em algum momento posterior. O revestimento A1 pode ser absorvido antes do revestimento B1 porque o revestimento A1 está disposto sobre a superfície do auxiliar e é, portanto, mais acessível à água e/ou a outros agentes em um local de tratamento. Outras propriedades do revestimento A1 podem contribuir para sua taxa de absorção adicional ou alternativamente.
[00141] Por causa das diferentes características de absorção do revestimento usado, o revestimento A1 absorve de modo a liberar o primeiro medicamento 110 das regiões 109a, 109b no primeiro lado 108a e a liberar o segundo medicamento 112 das regiões 111a, 111b no segundo lado 108b, conforme mostrado na Figura 10. Como também mostrado na Figura 10, as camadas do revestimento B1 permanecem associadas ao auxiliar 108. Conforme mostrado na Figura 11, após o primeiro medicamento 110 ser liberado no primeiro lado 108a e o segundo medicamento 112 ser liberado no segundo lado 108b, o re-vestimento B1 absorve de modo a liberar o terceiro medicamento 114 da região 113a no primeiro lado 108a. Dessa maneira, diferentes medicamentos podem ser aplicados em momentos adequados aos locais desejados no tecido que está sendo tratado. Deve-se considerar que um auxiliar pode ter qualquer padrão adequado de regiões que retêm de modo liberável vários medicamentos para criar um processo/perfil de cicatrização desejado.
[00142] Em alguns aspectos, alternativamente ou em adição ao uso de vários revestimentos, um auxiliar pode estar sob a forma de um retículo de fibras que tem regiões com diferentes características de absorção. Por exemplo, cada uma das regiões pode estar sob a forma de retículos de fibras com diferentes taxas de absorção. Um medicamento associado a um retículo de fibras pode ser liberado conforme o retículo de fibras se desintegra. Devido à degradação heterogênea dos polímeros absorvíveis que formam o auxiliar, o auxiliar pode ser configurado de modo que um ou mais medicamentos associados a ele podem ser liberados em vários padrões espaciais e temporais. O medicamento pode ser incorporado em péletes que têm um revestimento dissolvível (por exemplo, como um "quebra-queixo") de modo que, conforme o revestimento é desintegrado, o medicamento pode ser distribuído como uma dose de bólus ou como uma dosagem de liberação temporizada.
[00143] As figuras 12 a 14 ilustram um auxiliar 116 que tem uma primeira (de topo) camada e uma segunda (de fundo) camada 118, 120 formadas de polímeros absorvíveis tendo diferentes taxas de degradação. Por exemplo, a primeira camada 118 pode ser um polímero absorvível de baixo peso molecular que absorve durante um primeiro período de tempo após o auxiliar 116 ser aplicado ao tecido e a segunda camada 120 pode ser um polímero absorvível de alto peso molecular que absorve durante um segundo período de tempo após o primeiro período de tempo ter sido completado. A primeira e a segunda camadas 118, 120 podem ser formadas a partir de polímeros diferentes ou do mesmo tipo de polímero que é tratado de modo a formar camadas ou outras estruturas tendo diferentes propriedades de degradação.
[00144] No exemplo da Figura 12 à Figura 14, a primeira camada 118 tem um primeiro medicamento 119 presente na mesma, e a segunda camada 120 tem um segundo medicamento 121 presente na mesma. Deve-se considerar, entretanto, que cada uma dentre a primeira e a segunda camadas 118, 120 pode incluir mais de um tipo de medicamento diferente. Os medicamentos podem ser retidos em associação com a primeira e a segunda camadas 118, 120 de várias maneiras adequadas. O primeiro medicamento 119 pode ser liberado primeiro devido à absorção da primeira camada 118, conforme mos-trado na Figura 13 onde a primeira camada 118 é mostrada parcialmente desintegrada de modo que os péletes contendo o primeiro medicamento 119 estão sendo liberados. Conforme mostrado, a primeira camada 118 começa a absorver a partir de sua superfície que é mais acessível à água e outros agentes do que porções da primeira camada 118 removidas mais distantes da superfície. Após a primeira camada 118 ter sido totalmente ou parcialmente absorvida, a segunda camada 120 pode começar a se desintegrar a partir de sua superfície de modo a liberar os péletes contendo o segundo medicamento 121, conforme mostrado na Figura 14 onde a segunda camada 120 é mostrada parcialmente desintegrada e os péletes contendo o segundo medicamento 121 estão sendo liberados do auxiliar 116.
[00145] Em alguns aspectos, um auxiliar que retém de maneira libe- rável um ou mais medicamentos pode ser configurado de modo que uma ou mais regiões do auxiliar se desintegram devido aos efeitos de temperatura, pH, luz, ou outros fatores ambientais de modo a liberar o(s) medicamento(s). Alternativamente, o auxiliar pode se romper sob a tensão exercida sobre uma ou mais de suas porções. As Figuras 15 a 17 ilustram um auxiliar 122 tendo um corpo 123 que retém um medicamento 124, uma camada porosa 125 disposta sobre o corpo 123, e uma camada de filme externa absorvível 126 disposta sobre a camada porosa 125. O medicamento 124 pode estar sob a forma de péletes (por exemplo, microcápsulas sólidas ou microesferas ou outros vasos) que transportam de modo liberável um ou mais medicamentos.
[00146] No exemplo ilustrado, em sua configuração original, o auxiliar 122 tem uma primeira largura X1, conforme mostrado na Figura 15. Em tal configuração, a camada de filme externa 126 restringe a camada porosa 125 e os poros na camada porosa 125 têm um tamanho que não permite que o medicamento 124 escape do auxiliar 122. Entretanto, quando o auxiliar 122 é aplicado ao tecido e a camada de filme externa 126 se torna dessa forma exposta ao pH, temperatura, vários agentes, e/ou outras condições ambientais no local de tratamento, a camada externa de filme absorvível 126 pode começar a se desinte- grar, conforme mostrado por uma rasgo ou abertura 127 na camada de filme 126 na Figura 16. Adicional ou alternativamente, a camada de filme externa 126 pode se romper sob tensão devido ao posicionamento de grampos ou outra tensão mecânica sobre o auxiliar 122.
[00147] Independentemente dos fatores específicos que resultam na desintegração ou ruptura da camada de filme externa 126, o auxiliar 122 pode inchar ou de outro modo alterar sua conformação de modo que sua largura aumente a partir da largura original X1 para uma largura maior X2. Conforme também mostrado na Figura 15, o tamanho dos poros da camada porosa 125 aumenta, permitindo que o conteúdo dos poros, os péletes que transportam o medicamento 124, passem através dos poros dilatados e sejam assim liberados do auxiliar 122.
[00148] Um período de tempo durante o qual o corpo 123 do auxiliar se expande e os péletes com o medicamento 124 são liberados pode variar com base em uma taxa de absorção do filme externo 126, as propriedades do corpo 123 do auxiliar, as características do ambiente ao qual o auxiliar 122 é aplicado, e outros fatores. Após um certo período de tempo, a camada de filme externa 126 pode se desintegrar e o auxiliar 122 pode se expandir adicionalmente para ter uma largura X3 de modo que a totalidade ou substancialmente a totalidade do medicamento 124 se torna liberada do corpo 123 para aplicar a terapia adequada ou atingir o efeito desejado, conforme mostrado na Figura 17. O auxiliar 122 pode ser formado a partir de ao menos um polímero absorvível (por exemplo, gelatina, celulose, etc) que regula a dispersão dos vasos. Dessa forma, o auxiliar 122 pode agir como uma carga de espaço que cria uma vedação temporária em um local de tratamento e é então dissolvida para ser subsequentemente substituída por tecido.
[00149] A Figuras 18 e a Figura 19 ilustram um outro exemplo de um auxiliar 128 que retém de modo liberável diferentes medicamentos e é configurado para liberar os medicamentos de uma maneira não homogênea. O auxiliar 128 pode ser configurado para liberar os medicamentos devido aos efeitos de temperatura, pH, vários agentes, e/ou outros fatores ambientais no auxiliar 128. O auxiliar 128 pode alterar uma conformação de uma ou mais de suas porções em resposta aos fatores ambientais. Conforme mostrado na Figura 18, o auxiliar 128 pode ter múltiplas regiões ou reservatórios, dois dos quais, primeiro e segundo reservatórios 130, 132 transportando o primeiro e segundo medicamentos 131, 133, respectivamente, são mostrados. Os reservatórios 130, 132 podem estar sob a forma de tubos, cavidades, orifícios, ou quaisquer outras estruturas. O primeiro reservatório 130 é vedado por um primeiro revestimento A2 em um primeiro lado 128a do auxiliar 128 e por um segundo revestimento B2 em um segundo lado 128b do auxiliar 128. O segundo reservatório 131 é vedado pelo segundo revestimento B2 no primeiro lado 128a e pelo primeiro revestimento A2 no segundo lado 128. Neste exemplo, o primeiro e o segundo revestimentos A2, B2 são selecionados de modo que o primeiro revestimento A2 e suas propriedades e/ou configuração podem ser alterados pelos efeitos de temperatura, pH, agentes ativos, e/ou outros fatores e, dessa forma, abrir um reservatório que ele veda. Por exemplo, o primeiro revestimento A2 pode inchar, amolecer, ou de outro modo se tornar alterado.
[00150] Consequentemente, conforme mostrado na Figura 19, após a aplicação do auxiliar 128 em um local de tratamento, o primeiro revestimento A2 pode mudar sua configuração de modo a não mais vedar o reservatório 130 no primeiro lado 128a do auxiliar 128 e não mais vedar o reservatório 132 no segundo lado 128b do auxiliar 128. Como resultado, o primeiro e o segundo medicamentos 131, 133 são liberados no primeiro e segundo lados 128a, 128b do auxiliar, respectivamente, conforme também mostrado na Figura 19. O segundo re- vestimento B2 permanece no lugar ao menos até que a totalidade dos medicamentos seja liberada nos locais do tecido desejados, desse modo impedindo a liberação dos medicamentos.
[00151] Em alguns aspectos, o auxiliar pode estar sob a forma de fibras ou outros componentes estruturais associados a um ou mais componentes fluidos viscosos (por exemplo, vasos) que retêm o medicamento. O componente viscoso pode estar sob uma forma seca (por exemplo, em uma forma de pó secado por congelamento) e pode se reidratar após o posicionamento do auxiliar. Conforme o componente viscoso se reidrata, ele pode abrir e, dessa forma, liberar um medicamento. Adicional ou alternativamente, o vaso que retém o medicamento pode ser rompido por tensão como, por exemplo, ruptura mecânica imposta sobre o mesmo pelos grampos ou outros meios.
[00152] A Figura 20 e a Figura 21 ilustram um auxiliar 140 sob a forma de múltiplas fibras, três das quais são denotadas a título de exemplo como fibras 142, 144, 146. Conforme mostrado, cada uma das fibras 142, 144, 146 é associada a um vaso respectivo dentre os vasos 143, 145, 147 retendo um medicamento. Os vasos 143, 145, 147 podem reter medicamentos iguais ou diferentes. No exemplo ilustrado, os vasos 143, 145, 147 estão sob a forma de microesferas redondas de formato irregular com tamanhos diferentes, entretanto eles podem ser conformados de qualquer outra maneira e podem ter vários tamanhos. Os vasos podem ser aplicados às fibras como um pó ou eles podem ser ligados, ancorados a, ou de outro modo associados com os fios de fibra. Os vasos podem permanecer associados às fibras ou podem ser liberados das fibras para dessa forma aplicar um tratamento desejado com o uso do auxiliar.
[00153] Conforme mostrado na Figura 21, quando tensão é aplicada ao auxiliar 140, o que é esquematicamente mostrado pelas setas 141, as fibras podem se deformar e os vasos podem se romper e libe- rar o medicamento incorporado no mesmo. A magnitude da tensão pode controlar as taxas de liberação dos medicamentos. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 21, o vaso 143 é rompido e um medicamento 148 está liberado. Em alguns aspectos, os vasos podem ser rompidos em momentos diferentes, dependendo de seu tamanho e/ou outras propriedades. Neste exemplo, o vaso 143 pode ser rompido primeiro para liberar o medicamento 148 retido no mesmo, conforme mostrado na Figura 21, após o que o vaso menor 145 e, então, mesmo o vaso menor 147 pode se romper dessa forma liberando os respectivos medicamentos em momentos diferentes (não mostrados). Entretanto, dependendo da pressão aplicada e de outros fatores, um ou mais vasos podem se romper simultaneamente. Além disso, conforme mencionado acima, os vasos 143, 145, 147 podem absorver em diferentes momentos de modo a liberar os respectivos medicamentos em momentos diferentes.
[00154] Em alguns aspectos, um auxiliar pode ter várias texturas de superfície de suas fibras e pode liberar um ou mais medicamentos de várias maneiras para influenciar ou controlar o recrescimento de tecido. O auxiliar pode ser aplicado por grampos que transportam o auxiliar nos mesmos de modo que os medicamentos se liberam quando grampo é deformado durante o posicionamento do grampo. Por exemplo, a Figura 22 ilustra um auxiliar 150 que tem uma camada ou revestimento externo 152 que encapsula uma camada interna 154 disposta sobre um grampo 151 de um dispositivo cirúrgico usado para aplicar o auxiliar 150. Entretanto, em alguns aspectos, ao invés de ser disposto sobre um grampo, o auxiliar 150 pode ser disposto sobre um retículo de fibras que pode ser dobrado em um formato tubular ou outro formato.
[00155] Um primeiro medicamento pode ser retido entre o revestimento externo 152 e a camada interna 154, e um segundo medicamento pode ser incorporado à camada interna 154. A camada interna 154 pode estar sob a forma de uma malha flexível enrolada sobre a fibra 156. Quando tensão é aplicada ao auxiliar 150 (por exemplo, quando o grampo 151 é deformado), conforme mostrado esquematicamente por uma seta 153 na Figura 23, o revestimento externo 152 pode ser levado a também se deformar e romper. Após a ruptura do revestimento externo 152, o primeiro medicamento retido entre o revestimento externo 152 e a camada interna 154 pode liberar (155) o primeiro medicamento como uma dose de bólus. O segundo medicamento incorporado à camada interna 154 pode começar sua liberação como uma liberação temporizada após o primeiro medicamento ser liberado ou durante o tempo em que o primeiro medicamento é liberado. A liberação do segundo medicamento no tecido pode ser regulada pela liberação do primeiro medicamento. O segundo medicamento pode ser alternativamente liberado em uma dose de bólus. Deve-se considerar que o auxiliar 150 pode in-cluir um medicamento disposto dentro da camada interna 154 que pode se liberar como uma dose de bólus.
[00156] Conforme mencionado acima, uma quantidade eficaz de ao menos um medicamento disposto dentro ou associado a um auxiliar pode ser retida dentro de vasos distintos transportados pelo auxiliar. Os vasos podem ser dispostos dentro de uma ou mais regiões do auxiliar ou de outro modo associadas ao mesmo. A Figura 24 e a Figura 25 ilustram um exemplo de um vaso 158 sob a forma de um pélete ou cápsula que tem um revestimento externo 159 que encapsula dentro do mesmo ao menos um medicamento 160. Neste exemplo, o vaso 158 tem um formato esférico e se assemelha a uma quebra-queixo. Entretanto, deve-se considerar que o vaso pode ter qualquer outro formato. Além disso, em algumas implementações exemplificadoras, o revestimento externo 159 pode encapsular uma região interna que inclui ao menos um polímero bioabsorvível tendo ao menos um medicamento incorporado ao mesmo. Os vasos 158 podem incluir múltiplas camadas tendo diferentes taxas de degradação e reter de modo libe- rável em seu interior um ou mais medicamentos. Cada uma das camadas pode reter um medicamento diferente, ou duas ou mais das camadas podem transportar o mesmo medicamento.
[00157] Quando uma tensão é aplicada ao vaso 158, conforme mostrado esquematicamente por uma seta 161 na Figura 25, o revestimento externo 159 pode quebrar ou se romper de modo que seus conteúdos sob a forma de ao menos um medicamento 160 sejam liberados. Adicional ou alternativamente, o revestimento externo 159 pode absorver, dissolver ou de outro modo se desintegrar mediante exposição do vaso 158 a uma ou mais condições ambientais de modo que o ao menos um medicamento 160 seja liberado do vaso 158.
[00158] A Figura 26 e a Figura 27 ilustram um exemplo de um auxiliar 162 na forma de um retículo de fibras que tem uma determinada conformação que é alterável, como pela ação de água e/ou de outros agentes ao qual o auxiliar é submetido, no local de tratamento. Conforme mostrado na Figura 26, o auxiliar 162 que tem um formato de uma espiral firmemente enrolada pode reter no mesmo um ou mais vasos que transportam um medicamento 164. O medicamento 164 pode ser retido em associação ao auxiliar 162 ao ser mantido firmemente pelas fibras do auxiliar. Por exemplo, o medicamento pode incluir uma estrutura de polímero absorvível/de múltiplas camadas onde uma camada mais externa dentre as camadas inclui um polímero absorvível que pode ser ligado às fibras do auxiliar, por exemplo, ligação de um polímero absorvível a um outro polímero absorvível, conforme será entendido pelo versado na técnica.
[00159] Quando o auxiliar 162 é aplicado no local de tratamento, as fibras enroladas do mesmo podem inchar e aumentar de comprimento, ou alongar, de modo que as distâncias entre as fibras aumentam e o auxiliar 162 se "desenrola" e libera o medicamento 164 "aprisionado" dentro do auxiliar 162, conforme mostrado na Figura 27. As fibras do auxiliar podem se desenrolar 162 de modo que o auxiliar 162 inteiro adota uma conformação diferente, como no exemplo da Figura 26 e Figura 27. Entretanto, em alguns aspectos, as fibras do auxiliar podem começar a se desenrolar ou rasgar a partir de uma extremidade ou outra superfície do auxiliar.
[00160] A Figura 28 e a Figura 29 ilustram um outro exemplo de um auxiliar 166 que tem um medicamento 168 retido de modo liberável no mesmo. Neste exemplo, o auxiliar 166 está sob a forma de uma malha tecida de fibras em forma de folha. Conforme mostrado na Figura 28, as fibras firmes do auxiliar 166 em sua configuração original permitem que o medicamento 168 seja retido no mesmo. Quando o auxiliar 166 é aplicado no local de tratamento, água e/ou outros agentes, mostrado esquematicamente como gotas 167a, 167b na Figura 28, podem fazer com que as fibras se expandam e alonguem de modo que as distâncias entre as fibras aumentem, conforme mostrado na Figura 29. Desta forma, o medicamento 168 é liberado, conforme também mostrado na Figura 29. O versado na técnica compreenderá que o auxiliar 166 pode ser formado a partir de diferentes tipos de fibras. As fibras podem ter diferentes taxas de absorção, densidade, direção, padrões, tamanho, e outras propriedades que são selecionadas de modo a fornecer o recrescimento desejado do tecido. Embora algumas regiões do auxiliar possam ser configuradas para liberar ao menos um medicamento para estimular o recrescimento do tecido, uma ou mais regiões do auxiliar podem ser configuradas para liberar ao menos um medicamento de modo a desencorajar o recrescimento do tecido.
[00161] Em aspectos nos quais ao menos um medicamento é disposto no interior de um vaso formado a partir de um revestimento de polímero bioabsorvível que encapsula o medicamento, o medicamento pode ser configurado para ser liberado a partir do vaso em determina- dos tempos com base em vários fatores. Os fatores podem incluir, por exemplo, a velocidade de degradação do polímero bioabsorvível, um volume do vaso, uma área de superfície do vaso, as condições ambientais em um ambiente fisiológico que circundam o vaso e a responsivida- de do polímero bioabsorvível a tais condições, um número de camadas do polímero bioabsorvível, uma concentração do medicamento, e um tipo de associação entre o medicamento e o polímero bioabsorvível.
[00162] A Figura 30 ilustra um exemplo do primeiro e segundo vasos 170, 172 que podem estar associados a um auxiliar 171. Neste exemplo, o primeiro e o segundo vasos 170, 172 estão sob a forma de microesferas esféricas. Entretanto, outros tipos de vasos podem ser usados adicional ou alternativamente de modo que o auxiliar 171 pode incluir um ou mais tipos diferentes de vasos que transportam diferentes tipos de medicamentos. O primeiro e o segundo vasos 170, 172 têm revestimentos externos de polímero absorvível A3, B3 que têm diferentes taxas de degradação que, portanto, controlam a liberação do primeiro e segundo medicamentos D1, D2 encapsulados dentro dos revestimentos A3, B3 de diferentes maneiras. A velocidade de degradação do revestimento externo A3 pode ser maior do que uma velocidade de degradação do revestimento externo B3. Dessa forma, o primeiro medicamento D1 é liberado do primeiro recipiente 170 antes do segundo medicamento D2 ser liberado do segundo vaso 172. Por exemplo, o primeiro medicamento D1 pode ser um agente anti- inflamatório que é liberado dentro de 1 a 2 dias após o auxiliar 171 ser aplicado a um local de tratamento. O segundo medicamento D2 pode ser um agente anti-inflamatório que é liberado dentro de 3 a 5 dias após a liberação do auxiliar 171. Dessa maneira, a liberação dos medicamentos D1, D2 do primeiro e segundo vasos 170, 172 pode fornecer um efeito desejado sobre o crescimento interno do tecido.
[00163] Um vaso que tem ao menos um medicamento encapsulado no mesmo pode ter múltiplos medicamentos associados ao mesmo de várias maneiras diferentes. A Figura 31 ilustra um exemplo de um vaso 174 sob a forma de uma esfera que tem múltiplas camadas concêntricas cada uma transportando ao menos um medicamento respectivo. Neste exemplo, conforme mostrado na Figura 31, o vaso 174 tem, do lado de fora para o interior, quatro camadas distintas E1, E2, E3, E4 tendo primeiro, segundo, terceiro e quarto medicamentos F1, F2, F3, F4, respectivamente. Cada uma das camadas E1, E2, E3, E4 pode ter diferentes taxa de degradação, espessura, densidade, capacidade de resposta às condições ambientais, e outras propriedades que controlam a liberação dos medicamentos dispostos nas mesmas. Por exemplo, a primeira camada mais externa E1 pode ser configurada para degradar primeiro, de modo que o medicamento seja liberado primeiro, e as outras camadas E2, E3, E4 podem ser configuradas para degradar de modo que uma camada externa se degrada antes que uma camada interna se degrade.
[00164] À medida que cada camada se degrada, um medicamento respectivo incorporado no mesmo é liberado. Deve-se considerar que as camadas podem ser selecionadas de modo que ao menos uma camada interna possa começar a degradar após apenas uma porção de ao menos uma camada externa ter sido degradada. Os medicamentos F1, F2, F3, F4 dispostos dentro do vaso de multicamadas 174 podem ser diferentes ou ao menos alguns dos medicamentos podem ser iguais. Os medicamentos podem ser liberados como uma dose de bólus ou de outras maneiras. Por exemplo, o primeiro medicamento F1 disposto na primeira camada E1 pode ser liberado como uma dose de bólus substancialmente imediatamente após a aplicação de um auxiliar que retém o vaso 174 ao tecido. A liberação do segundo medicamento F2 disposto dentro da segunda camada E2 pode ser regulada pela liberação do primeiro medicamento F1.
[00165] Uma distribuição espacial de medicamentos em um auxiliar pode variar dependendo de um tipo de medicamento e de um efeito desejado sobre o crescimento interno do tecido. A aplicação direcionada dos medicamentos pode ser realizada de várias maneiras. Por exemplo, um auxiliar pode ser configurado para liberar um ou mais medicamentos de uma maneira heterogênea de modo que vários medicamentos podem ser aplicados ao tecido em momentos diferentes, para facilitar a cicatrização desejada. Diferentes porções do auxiliar podem ser formadas a partir de materiais diferentes ou de materiais iguais tratados de modo a ter diferentes taxas de absorção.
[00166] A Figura 32 ilustra um auxiliar 176 sob a forma de um laminado que inclui porções ou camadas heterogêneas que têm diferentes taxas de degradação e que incorporam diferentes medicamentos. Conforme mostrado, o auxiliar 176 tem uma camada ou porção superior 178 e uma camada ou porção inferior 180 que têm diferentes taxas de degradação. Além disso, cada uma das porções superior e inferior 178, 180 pode ter várias porções com taxas de degradação que variam de uma maneira distinta ou contínua. As taxas de degradação podem variar ao longo do auxiliar de várias formas adequadas que dependem de um efeito de tratamento desejado a ser fornecido pelo auxiliar.
[00167] No exemplo da Figura 32, a porção superior 178 do auxiliar 176 tem duas porções 178a, 178b que têm diferentes taxas de degradação. A porção inferior 180 tem duas porções 180a, 180b que têm diferentes taxas de degradação. Cada uma das porções pode incluir um medicamento diferente de modo que, quando uma porção se degrada, um medicamento respectivo é eluído ou liberado. As taxas de degradação e distribuição dos medicamentos dentro de uma ou mais das porções 178a, 178b, 180a, 180b podem adicionalmente variar de uma maneira distinta ou contínua de modo que o auxiliar 176 possa fornecer um perfil de eluição mostrado em um gráfico 177 na Figura 32. Conforme mostrado, uma área central 182 do auxiliar 176 centralizada em torno de uma porção intermediária 179 do mesmo tem uma da taxa de eluição aumentada de um ou mais medicamentos que atinge o pico na porção intermediária 179, ao passo que uma quantidade menor dos medicamentos é eluida a partir de lados opostos do auxiliar 176 ao longo de seu comprimento L. O aumento da taxa de eluição pode ser devido às propriedades do auxiliar 176 na área central 182 e à concentração dos medicamentos.
[00168] Conforme mostrado adicionalmente na Figura 32, o auxiliar 176 é configurado para liberar medicamentos em diferentes perfis de eluição ao longo do comprimento L do mesmo e ao longo de uma largura W do mesmo. Por exemplo, os medicamentos podem ser liberados ao longo da largura W como uma dose de bólus e ao longo do comprimento como uma dose de liberação temporizada. A liberação de um ou mais dos medicamentos pode regular a liberação de ao menos um outro dentre os medicamentos. Entretanto, os medicamentos podem ser liberados de qualquer outra maneira, dependendo de um tratamento desejado a ser aplicado.
[00169] A Figura 33 ilustra um outro exemplo de um auxiliar 184 que tem camadas ou porções superior e inferior 186, 188. De modo similar ao auxiliar 176 na Figura 32, cada uma dentre as porções superior e inferior 186, 188 do auxiliar 184 pode ter diferentes medicamentos dispostos nas mesmas. Dessa forma, conforme mostrado na Figura 33, a porção de topo 186 pode ter um primeiro e um segundo medicamentos G1 e G2, em porções respectivos da mesma. A porção de fundo 188 pode ter um terceiro e um quarto medicamentos G3 e G4 em porções respectivas da mesma dispostas de modo que o terceiro medicamento G3 está em uma porção disposta sobre uma porção que transporta o quarto medicamento G4, como também mostrado na Figura 34.
[00170] A Figura 35 ilustra um exemplo de uma porção de um auxiliar 185 que pode ser similar ao auxiliar 176 (Figura 32) ou auxiliar 184 (Figura 33). Conforme mostrado na Figura 35, o auxiliar 185 pode ter porções lado a lado 185a, 185b que têm diferentes medicamentos G5, G6, dispostos nas mesmas. A Figura 36 ilustra um outro exemplo de uma porção de um auxiliar 187 que tem uma porção interna 187a e uma porção externa 187b tendo diferentes medicamentos G7, G8 dispostos nas mesmas.
[00171] Em alguns aspectos, as taxas de eluição de ao menos um medicamento a partir de um auxiliar tendo uma ou mais porções distintas formadas a partir de ao menos um polímero bioabsorvível podem depender de uma posição das porções dentro do auxiliar, uma velocidade de degradação do ao menos um polímero bioabsorvível, a res- ponsividade do ao menos um polímero bioabsorvível às condições ambientais, e uma configuração geral do auxiliar.
[00172] A Figura 37 ilustra um exemplo de um auxiliar 190 em uma forma de um cilindro que tem camadas concêntricas externa e interna 191, 192 que podem ser formadas a partir de diferentes tipos de polímero absorvível e podem ter espessura e outras propriedades diferentes. As camadas externa e interna 191, 192 podem ter diferentes medicamentos B4, A4 dispostos nas mesmas e que podem ser liberados a partir das respectivas camadas 191, 192 em diferentes momentos e em diferentes taxas. Neste exemplo, uma cavidade mais interna 193 criada pela camada interna 192 pode estar vazia. O medicamento A4 pode ser configurado para começar a liberar antes do medicamento B4 ser liberado. Deve-se considerar que, em alguns aspectos, as camadas externa e interna 191, 192 podem ser dispostas sobre uma fibra.
[00173] A Figura 38 ilustra um exemplo de um auxiliar tubular 194 que tem múltiplas porções radiais formadas a partir de diferentes tipos de polímero absorvível. Conforme mostrado, o auxiliar 194 tem uma cavidade interna 194a tendo as porções radiais dispostas concentri- camente ao redor da mesma. No exemplo ilustrado, as porções podem ser formadas a partir do primeiro e segundo tipos de polímero de uma maneira alternada, conforme mostrado pelas porções 195, 196 na Figura 38 formadas a partir do primeiro e segundo polímeros, respectivamente. A porção 195 formada a partir do primeiro polímero tem um medicamento A5 disposto na mesma, a porção 197 formada a partir do segundo polímero tem um medicamento B5 disposto na mesma, e outras porções formadas a partir do primeiro e segundo polímeros têm os medicamentos A5, B5 dispostos nas mesmas da mesma maneira alternada, conforme mostrado na Figura 38. De modo similar aos exemplos anteriores, os medicamentos A5, B5 podem ser liberados das respectivas camadas em diferentes momentos e em diferentes taxas. Por exemplo, o medicamento A5 pode ser configurado para começar a liberar antes do medicamento B5 ser liberado.
[00174] A Figura 39 ilustra um exemplo de um auxiliar tubular 197 similar ao auxiliar 190 (Figura 37). Conforme mostrado na Figura 39, o auxiliar 197 tem camadas concêntricas externa e interna 198, 199 que podem ser formadas de diferentes tipos de polímero absorvível e podem ter espessura e outras propriedades diferentes. As camadas externa e interna 198, 199 podem ter diferentes medicamentos B6, A6 dispostos nas mesmas e que podem ser liberados a partir das respectivas camadas 198, 199 em diferentes momentos e em diferentes taxas. Por exemplo, conforme mostrado em um gráfico 197a na Figura 39, o medicamento A6 pode ser liberado antes do medicamento B6 ser liberado. Além disso, o medicamento A6 pode-se liberar em uma dose maior que o medicamento B6, conforme mostrado no gráfico 197a.
[00175] Em ao menos algumas implementações, um cartucho de grampos pode incluir um lubrificante (por exemplo, estearato de sódio ou outro lubrificante) aplicado ao mesmo que inclui ao menos um me- dicamento (por exemplo, LAE, doxiciclina, e/ou outro agente antimi- crobiano) removível do mesmo. O lubrificante pode ser aplicado ao cartucho de grampos como uma aspersão e pode revestir o cartucho e os grampos dispostos de modo liberável no mesmo. O lubrificante, incluindo um ou mais medicamentos, pode permitir que os medicamentos sejam aplicados aos grampos. Dessa maneira, os medicamentos podem ser aplicados a uma área alvo (por exemplo, ao longo de uma linha de grampos definida pelos grampos) onde os medicamentos podem ser mais capazes de facilitar a cicatrização de ferimentos (ou feridas), conforme discutido neste documento. O lubrificante, incluindo um ou mais medicamentos, pode ser usado com um auxiliar que inclui um ou mais medicamentos, o que pode facilitar a cicatrização de ferimentos alvejado.
CICATRIZAÇÃO DE FERIMENTOS (OU FERIDAS)
[00176] Durante a realização de um procedimento cirúrgico, o tecido de um paciente pode ser lesionado (por exemplo, cortado, rasgado, perfurado, etc.) em qualquer uma de uma variedade de maneiras. A lesão pode ser um aspecto pretendido do procedimento cirúrgico, como em um procedimento de anastomose e/ou quando o tecido é cortado e preso com o uso de um dispositivo cirúrgico como um grampeador cirúrgico. O tecido lesionado normalmente cicatriza ao longo do tempo, em geral, da mesma maneira todos os pacientes.
[00177] A cicatrização de ferimentos é tradicionalmente considerada como incluindo quatro estágios: hemostasia, inflamação, proliferação, e remodelagem (ou remodelação). O estágio de hemostasia geralmente envolve a coagulação do sangue, por exemplo, interrupção do sangramento. Em geral, os vasos sanguíneos danificados se cons- tringem e reduzem o fluxo sanguíneo, as plaquetas se agregam para ajudar a vedar o local do ferimento, as plaquetas ativam a fibrina para facilitar ainda mais a cicatrização do ferimento, e um coágulo sanguí- neo se forma no local do ferimento. O estágio de inflamação geralmente envolve a limpeza do local do ferimento. Em geral, o sistema imune fornece uma resposta à ameaça de uma possível infecção no local do ferimento através de sinalização para células imunes defensivas como neutrófilos e macrófagos. O estágio de proliferação envolve geralmente a reconstrução de tecido com crescimento de tecido e angiogênese (crescimento do vaso sanguíneo). Em geral, os fibroblastos chegam ao local do ferimento, os fibroblastos depositam colágeno, os fibroblastos liberam fatores de crescimento que atraem células epiteliais, e as células epiteliais atraem células endoteliais. O estágio de remodelagem, também chamado de estágio de maturação, geralmente envolve o fortalecimento do tecido cicatricial no local do ferimento. Em geral, as fibras de colágeno se alinham e reticulam, e a cicatriz amadurece e finalmente desaparece. Cada um desses quatro estágios é discutido adicionalmente abaixo.
[00178] Embora cada um dos quatro estágios da cicatrização de ferimentos envolva um aspecto diferente do processo de cicatrização, os estágios tipicamente se sobrepõem um ao outro. Especificamente, cada um dos últimos três estágios tipicamente se sobrepõe ao seu estágio anterior, por exemplo, a inflamação se sobrepõe à hemostasia, a proliferação se sobrepõe à inflamação, e a remodelagem se sobrepõe à proliferação. A velocidade na qual a transição entre os estágios ocorre geralmente afeta a velocidade de cicatrização geral dos ferimentos e, dessa forma, geralmente afeta o tempo de recuperação do paciente, as chances de complicações, e/ou o conforto do paciente. De modo similar, a extensão de cada um dos quatro estágios individuais geralmente afeta a velocidade da cicatrização geral do ferimento e a recuperação geral do paciente. Em geral, quanto mais lento o processo de cicatrização do ferimento e, em particular, quanto mais longo o tempo para iniciar o estágio de remodelação, maior a probabilidade de o feri- mento se tornar infectado, causar desconforto ao paciente, se tornar um ferimento crônico, causar uma úlcera, e/ou o desenvolver cicatrizes patológicas.
[00179] O estágio de hemostasia geralmente se inicia dentro de minutos da lesão inicial, a menos que haja distúrbios de coagulação subjacentes, em cujo caso a hemostasia pode ser retardada. O estágio de hemostasia dura tipicamente 30 a 60 minutos antes do estágio de inflamação se iniciar (por exemplo, antes da chegada dos neutrófilos, conforme discutido abaixo) e termina tipicamente horas após o ferimento, por exemplo, 2 a 6 horas após a lesão. Um controle hemostáti- co inadequado que resulta em um estágio de hemostasia mais longo pode levar a aumento de sangramento e danos ao tecido. Adicionalmente, um estágio prolongado de hemostasia pode resultar em formação de cicatriz adicional que atrasa os estágios de proliferação e re-modelação.
[00180] No estágio de hemostasia, os vasos sanguíneos danificados no local do ferimento são vedados. Os vasos sanguíneos se comprimem em resposta à lesão, por exemplo, em resposta a serem cortados, mas esse espasmo por fim relaxa. As plaquetas sanguíneas secretam substâncias vasoconstritoras para ajudar neste processo. As plaquetas também formam um coágulo estável que vedam os vasos danificados. Sob a influência de adenosina difosfato (ADP) que vaza do tecido danificado no local do ferimento, as plaquetas sanguíneas se agregam e se aderem ao colágeno exposto. As plaquetas sanguíneas secretam fatores, que interagem com e estimulam uma cascata de coagulação intrínseca através da produção de trombina, que por sua vez inicia a formação de fibrina a partir de fibrinogênio. A cascata de coagulação ocorre para atingir a hemostase, ou parar a perda de sangue por meio de um coágulo de fibrina. Mais particularmente, a fibrina forma uma malha que reforça o agregado de plaquetas em um tampão ou coágulo hemostático estável, desse modo reduzindo e/ou evitando o sangramento. A malha serve como um arcabouço para células invasoras, como neutrófilos, macrófagos, fibroblastos, e células endoteli- ais, durante os estágios de inflamação e proliferação. Adicionalmente, as plaquetas secretam vários fatores solúveis, como quimioquinas, ci- toquinas, e fator (PDGF) de crescimento derivado de plaqueta (PDGF). Essa secreção geralmente inicia o estágio de inflamação da cicatriza- ção de ferimentos, já que os fatores solúveis atraem células que fago- citam o material (por exemplo, detritos, micro-organismos como bactérias, e tecido danificado).
[00181] A cascata de coagulação ocorre no estágio de hemostasia pouco antes do estágio inflamatório se iniciar. O estágio de inflamação se inicia tipicamente dentro de uma hora da lesão e tipicamente dura por 2 a 6 dias, mas pode durar ainda mais, por exemplo, até 10 dias. Quanto mais longo for o estágio de inflamação, maior a probabilidade de que ocorram cicatrizes adicionais, atrasando assim os estágios de proliferação e remodelação. Durante o estágio de inflamação, o tecido ferido pode mostrar vários sinais de inflamação, como eritema, calor, edema, dor, e distúrbio funcional. Estes sinais podem durar a maior parte ou a totalidade do estágio de inflamação. Consequentemente, quanto mais longo o estágio de inflamação, mais tempo o tecido experimenta esses efeitos adversos da inflamação, que por sua vez podem prolongar o desconforto do paciente e/ou prolongar o período de tempo em que o paciente é particularmente suscetível à infecção. Os efeitos adversos da inflamação podem ser graves o bastante em alguns doentes para causar a morte. A inflamação deve ocorrer durante a ci- catrização adequada do ferimento, entretanto, e seus efeitos adversos tolerados a fim de que os estágios finais de cicatrização dos ferimentos tenham início.
[00182] No estágio de inflamação, as células atraídas pelos fatores solúveis secretados no estágio de hemostasia secam o material. A saber, as células imunes incluindo células fagocíticas, neutrófilos, e ma- crófagos destroem o material em um esforço para ajudar a evitar infecções. A chegada dos neutrófilos geralmente sinaliza o início do estágio de inflamação. Os neutrófilos tipicamente chegam ao local do ferimento dentro de uma hora do ferimento. Os neutrófilos são capazes de fagocitar detritos e micro-organismos e fornecer uma primeira linha de defesa contra infecção. Eles são auxiliados por mastócitos locais. A fibrina é decomposta, e os produtos de degradação atraem macrófagos. Os macrófagos aparecem tipicamente 1 a 2 dias após a lesão. Os macrófagos são capazes de fagocitar as bactérias e fornecer uma segunda linha de defesa contra a infecção. Os macrófagos secre- tam uma variedade de fatores quimiotáticos e fatores de crescimento, como fator de crescimento de fibroblasto (FGF), fator de crescimento epidérmico (EGF), fator de crescimento transformante beta (TGF-β), interleucina-1 (IL-1), que são tradicionalmente reconhecidos por direcionar os estágios de proliferação e remodelação subsequentes. Em outras palavras, os macrófagos liberam substâncias angiogênicas para ajudar a iniciar o estágio de proliferação para estimular o crescimento capilar e a granulação, definindo assim o estágio para o estágio de remodelação. Os linfócitos (por exemplo, linfócitos T) atraídos para o local do ferimento tipicamente aparecem no local do ferimento depois que os macrófagos aparecem.
[00183] O estágio de proliferação se inicia tipicamente 2 a 5 dias após a lesão e dura tipicamente por 2 a 21 dias. No estágio de proliferação, a secreção de macrófagos induz a proliferação de fibroblastos. Os fibroblastos entram no local do ferimento e formam uma matriz ex- tracelular (MEC) por excreção de colágeno e fibronectina. O ferimento é assim "reconstruído" com o novo tecido de granulação que inclui o co- lágeno e a MEC na qual uma nova rede de vasos sanguíneos se de- senvolve, um processo tradicionalmente conhecido como angiogênese. O colágeno aumenta a resistência do ferimento. Consequentemente, quanto mais rápido o colágeno é produzido, mais rápido os fibroblastos entram na área do ferimento, mais rápido o ferimento pode se tornar resistente e, desse modo, menos propenso a causar qualquer número de problemas, como infecção e desconforto para o paciente.
[00184] Concomitante com a formação da MEC, as células epiteliais (por exemplo, queratinócitos) migram da borda do ferimento para cobrir o ferimento e formam uma barreira entre o ferimento e seu ambiente. Em outras palavras, as células epiteliais recobrem o ferimento, em um processo tradicionalmente conhecido como epitelialização. As células epiteliais migram para o tecido de granulação, mas abaixo da cicatriz no ferimento (se uma cicatriz foi formada anteriormente). As células epiteliais devem dissolver o coágulo, os detritos, e as partes da MEC para migrar adequadamente para o ferimento. Para facilitar sua migração, as células epiteliais secretam um ativador de plasminogênio, que ativa plasminogênio, transformando-o em plasmina para dissolver o coágulo, detritos, e partes da MEC. Adicionalmente, como as células podem migrar para o tecido vivo, as células epiteliais excretam cola- genases e proteases como metaloproteinases de matriz (MMPs) para dissolver partes danificadas da MEC em sua trajetória migratória. Na fase final de epitelialização, a contração do ferimento ocorre quando os fibroblastos se diferenciam em miofibroblastos para formar a camada externa protetora, ou estrato córneo. A contração pode durar dias ou várias semanas e continua mesmo depois que o ferimento é completamente reepitelializado. A contração é a principal causa da cicatri- zação associado à cicatrização de ferimentos.
[00185] O estágio de remodelação geralmente começa quando os níveis de produção de colágeno e degradação se igualam. Em outras palavras, a remodelação geralmente começa quando uma cicatriz se formou e a resistência à tração do ferimento começou a aumentar. O estágio de remodelação se inicia tipicamente 7 a 21 dias após a lesão e dura tipicamente ao menos 3 semanas e pode durar meses ou anos dependendo de fatores como tamanho do ferimento e reincidência da lesão.
[00186] No estágio de remodelação, o ferimento amadurece para se tornar mais resistente, por exemplo, para ter resistência à tração aumentada. Em geral, o colágeno tipo III mais fraco, que é comum no local do ferimento no estágio de proliferação, é substituído por coláge- no do tipo I mais forte. Essa substituição geralmente envolve reorganização, reticulação, e alinhamento das fibras de colágeno temporárias. Conforme a remodelação avança, a cicatriz desaparece.
[00187] A Figura 40 ilustra uma representação da cicatrização do ferimento ao longo do tempo. Uma porção superior da Figura 40 mostra um primeiro gráfico de cicatrização de ferimentos 200 de resistência de tecido (força de tração F) em função do tempo (t). Uma porção inferior da Figura 40 mostra um segundo gráfico de cicatrização de ferimentos 202 da quantidade de dose de medicamento em função do tempo (t). O primeiro e o segundo gráficos 200, 202 são plotados com um eixo horizontal compartilhado para facilitar a comparação dos dados mostrados nos primeiro e segundo gráficos 200, 202. O tempo zero (t=0) no primeiro e segundo gráficos 200, 202 representa um tempo de lesão, por exemplo, quando um ferimento ocorre. Uma primeira resistência de tecido F1 no primeiro gráfico 200 representa, assim, a resistência do tecido no ferimento no momento da lesão.
[00188] O primeiro gráfico 200 inclui uma primeira curva 204 de resistência do tecido ao longo do tempo durante a cicatrização de ferimentos típica, e inclui uma segunda curva 206 de resistência do tecido ao longo do tempo durante a cicatrização acelerada do ferimento de acordo com ao menos alguns métodos, sistemas, e dispositivos aqui fornecidos. A segunda curva 206 da cicatrização acelerada do ferimento pode ser obtida com o uso de uma ou mais doses de medicamentos fornecidos no segundo gráfico 202, conforme discutido adicionalmente abaixo. Os estágios de cicatrização do ferimento (um estágio de hemostasia 208, um estágio de inflamação 210, e um estágio de proliferação 212) são mostrados na Figura 40 com referência ao segundo gráfico 202 e, portanto também à segunda curva 206 do primeiro gráfico 200. A primeira curva 204 no primeiro gráfico 200 tem uma temporização diferente dos estágios de hemostasia, inflamação e proliferação, conforme discutido abaixo.
[00189] A escala de tempo na Figura 40 é apenas um exemplo. Conforme discutido acima, a temporização da cicatrização do ferimento pode variar, por exemplo, os estágios de cicatrização do ferimento podem se iniciar em momentos diferentes para ferimentos diferentes e/ou para pacientes diferentes. A Figura 40 demonstra que para o mesmo ferimento no mesmo paciente, a cicatrização típica do ferimento, conforme ilustrado pela primeira curva 204, é aprimorada quando um ou mais medicamentos são dosados para o paciente de acordo com o segundo gráfico 202, conforme ilustrado pela segunda curva 206. Em outras palavras, independentemente da escala de tempo do eixo horizontal do primeiro e do segundo gráficos 200, 202, a dosagem de um ou mais medicamentos pode proporcionar cicatrização de feri-mentos mais rápida que a cicatrização de ferimentos típica e pode proporcionar um período mais curto de resistência à tração de tecido mínima do que a cicatrização de ferimentos típica.
[00190] Conforme demonstrado pela primeira curva 204, a cicatri- zação de ferimentos típica envolve o tecido que tem o primeiro estágio de resistência ao tecido F1 no instante zero e diminui em resistência ao longo do tempo até uma resistência ao tecido mínima F4 que começa durante o dia quatro (5 > t > 4) durante um estágio de inflama ção e persiste até um tempo durante o dia seis (7 > t > 6) antes que a resistência ao tecido comece a melhor gradualmente novamente em direção à primeira resistência ao tecido F1. A primeira resistência ao tecido F1 pode ser obtida novamente durante a cicatrização de ferimentos típica, conforme mostrado pela primeira curva 204, em algum momento durante ou após um estágio de proliferação. A resistência do tecido começa a diminuir a partir da primeira resistência de tecido F1 em resposta à inflamação, por exemplo, em resposta à entrada no estágio de inflamação, durante o primeiro dia (2 > t > 1) e continua a diminuir em direção a e/ou permanece em seu nível mais baixo F4 até que a inflamação do tecido começa a diminuir, por exemplo, até que o estágio de proliferação começa, durante o dia seis. O tecido está, dessa forma, diminuindo em resistência e está mais vulnerável para sucumbir a qualquer número de efeitos adversos da inflamação durante um período de tempo relativamente longo que se inicia durante o dia um e dura até o dia seis.
[00191] Conforme demonstrado pela segunda curva 206, a cicatri- zação acelerada de ferimentos de acordo com ao menos algumas modalidades dos métodos, sistemas, e dispositivos aqui fornecidos envolve ter um tecido com a primeira resistência de tecido F1 no tempo zero, e uma resistência que diminui ao longo do tempo até uma resistência mínima de tecido F3 que começa durante o dia três (4 > t > 3) durante o estágio de inflamação 210 e persiste até que um tempo durante o dia quatro (5 > t > 4) antes da resistência de tecido começa a gradualmente melhorar de volta em direção à primeira resistência de tecido F1. A resistência mínima do tecido F3 na cicatrização acelerada de ferimentos é maior que a resistência mínima do tecido F4 na cicatriza- ção de ferimentos típica. O tecido que experimenta a cicatrização acelerada do ferimento, desse modo, nunca tem resistência tão baixa àquela durante a cicatrização de ferimentos típica. Em outras palavras, a cicatrização acelerada de ferimentos permite menos enfraquecimento do tecido do que a cicatrização de ferimentos típica. A resistência do tecido começa a diminuir a partir da primeira resistência de tecido F1 em resposta à inflamação, por exemplo, em resposta à entrada no estágio de inflamação 210, durante o primeiro dia (2 > t > 1) e continua a diminuir em direção a e/ou permanece em seu nível mais baixo F3 até que a inflamação começa a diminuir, por exemplo, até que o estágio de proliferação 212 começa, durante o dia quatro. O tecido está, desse modo, diminuindo em resistência e está mais vulnerável para sucumbir mais rapidamente a qualquer número de efeitos adversos da inflamação e por um período de tempo mais curto do que a cicatrização de ferimentos típica, isto é, começando durante o primeiro dia e durando até o dia quatro em vez de começar durante o primeiro dia e durar até o dia seis. Em outras palavras, a cicatrização acelerada de ferimentos pode proporcionar um estágio de inflamação mais curto do que a cica- trização de ferimentos típica. A resistência do tecido pode não aumentar de volta ao seu nível de resistência de tecido pré-enrolado F1 após o estágio de inflamação 210 na cicatrização acelerada, mas pode aumentar até um nível próximo disso, conforme mostrado pela segunda curva 206 que atinge uma nova resistência máxima de tecido F2 durante o estágio de proliferação 212.
[00192] O segundo gráfico 202 ilustra um exemplo de doses de medicamentos que podem ser administradas ao paciente para se obter a cicatrização de ferimentos acelerada indicada pela segunda curva 206. As doses de medicamentos podem incluir uma dose de medicamento A configurada para facilitar a hemostasia no estágio de hemostasia 208 conforme também mostrado na Figura 41; doses de medicamento B, medicamento B1, medicamento C, e medicamento C1 configuradas para facilitar a inflamação no estágio de inflamação 210 conforme também mostrado na Figura 42; doses de medicamento D e medicamento D1 configuradas para inibir MMPs durante uma fase de macrófagos 214 do estágio de inflamação 210 (por exemplo, durante um tempo no qual macrófagos estão presentes e ativos no local do ferimento no estágio de inflamação 210) conforme também mostrado na Figura 43; uma dose de medicamento E configurada para evitar inflamação no estágio de proliferação 212 durante uma fase de fi- broblastos 216 do estágio de proliferação 212 (por exemplo, durante um período em que os fibroblastos estão presentes e ativos no local do ferimento no estágio de proliferação 212) conforme também mos-trado na Figura 44; e uma dose de medicamento F configurada para facilitar o crescimento de tecido no estágio de proliferação 212 durante uma fase de fibroblastos 216 do estágio de proliferação 212 (por exemplo, durante um período em que os fibroblastos estão presentes e ativos no local do ferimento no estágio de proliferação 212) conforme também mostrado na Figura 44. Cada um dos medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F é discutido adicionalmente abaixo.
[00193] Em um exemplo, ao menos um medicamento pode ser administrado ao tecido durante cada estágio dentre os estágios de he- móstase, inflamação e proliferação 208, 210, 212 da cicatrização de ferimentos para otimizar de modo geral o processo de cicatrização do ferimento com todos os medicamentos mostrados no segundo gráfico 202 que estão sendo administrados, por exemplo, o medicamento A no estágio de hemostasia 208, os medicamentos B, B1, C, C1, D, D1 no estágio de inflamação 210, e os medicamentos E, F no estágio de proliferação 212. Em um outro exemplo, ao menos um medicamento pode ser administrado ao tecido durante cada estágio dentre os estágios de hemóstase, inflamação e proliferação 208, 210, 212 da cicatri- zação de ferimentos para otimizar de modo geral o processo de cica- trização do ferimento sem que todos os medicamentos mostrados no segundo gráfico 202 sejam administrados, por exemplo, o medicamen- to A no estágio de hemostasia 208, ao menos um dentre os medicamentos B, B1, C, C1, D, D1 no estágio de inflamação 210 (e em um exemplo adicional, ao menos dois dentre os medicamentos B, B1, C, C1, D, D1), e um ou ambos os medicamentos E, F no estágio de proliferação 212. O subconjunto dos medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F administrados pode ser determinado em uma base caso-a-caso com base em um ou mais fatores como tipo de ferimento, tamanho do ferimento, preferência do cirurgião, medicamentos disponíveis em um tempo de cirurgia, histórico médico do paciente, etc. Em ainda um outro exemplo, ao menos um medicamento pode ser administrado ao tecido durante apenas um ou dois estágios dentre os estágios de hemostasia, inflamação, proliferação 208, 210, 212 para otimizar a seleção dos estágios do processo de cicatrização de ferimentos (com uma melhora em um estágio sendo capaz de melhorar o estágio subsequente do processo de cicatrização de ferimentos, conforme discutido acima) sem que todos os medicamentos mostrados no segundo gráfico 202 sejam administrados. Adicionalmente, os medicamentos podem ser administrados nos um ou dois estágios selecionados conforme mostrado no segundo gráfico 202 (por exemplo, o medicamento A no estágio de hemostasia, os medicamentos B, B1, C, C1, D, D1 no estágio de inflamação 210, os medicamentos de E, F no estágio de proliferação 212) ou podem ser seletivamente administrados nos um ou dois estágios selecionados (por exemplo, o medicamento A no estágio de hemostasia 208, ao menos um dos medicamentos B, B1, C, C1, D, D1 no estágio de inflamação 210 (e em um outro exemplo, ao menos dois dos medicamentos B, B1, C, C1, D, D1), um ou ambos dentre os medicamentos de E, F no estágio de proliferação 212). O um ou dois dos estágios 208, 210, 212 em que as doses de medicamento são administradas podem ser determinados em uma base caso-a- caso com base em qualquer um ou mais fatores como tipo de ferimento, tama- nho do ferimento, preferência do cirurgião, medicamentos disponíveis em um momento da cirurgia, histórico médico do paciente, etc.
[00194] Conforme discutido neste documento, um material auxiliar que inclui um ou mais medicamentos liberáveis do mesmo pode ser aplicado ao tecido, por exemplo, com o uso de um grampeador cirúrgico. O um ou mais medicamentos do material auxiliar podem incluir a administração de cada um dos medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F, independente de serem administrados todos os medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F ou um subconjunto dos mesmos. Os medicamentos administrados dentre os medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F podem, então, ser aplicados ao paciente concomitantemente com um momento da lesão (t=0). Conforme discutido neste documento, os medicamentos do material auxiliar podem ser liberáveis do mesmo de diversas maneiras. A temporização da liberação pode permitir que os medicamentos sejam administrados ao tecido no momento adequado no processo de cicatrização de ferimentos, conforme também discutido neste documento. Os medicamentos A, B, B1, C, C1, D, D1, E, F (ou o subconjunto selecionado dos mesmos) podem, então, ser simultaneamente aplicados ao paciente, mas podem ser liberados ao tecido do paciente em momentos diferentes e ao longo do tempo para alcançar os efeitos desejados.
[00195] O medicamento A configurado para facilitar a hemostasia pode ter uma variedade de configurações. Em geral, o medicamento A pode incluir um agente hemostático configurado para promover a hemostasia. A administração de um medicamento A pode, dessa forma, ajudar a interromper o sangramento e ajudar a encurtar um comprimento do estágio de hemostasia 208 e, consequentemente, ajudar o estágio de inflamação 210 a começar mais cedo do que na cicatriza- ção de ferimentos típica. Exemplos do medicamento A incluem fibrina e trombina. Também, exemplos de agentes hemostáticos configurados para promover a hemostasia e a aplicação dos mesmos são descritos na publicação de patente US n° 2013/0149343 intitulada "Hemostatic Bioabsorbable Device with Polyethylene Glycol Binder", depositada em 13 de dezembro de 2011, na patente US n° 8.383.147 intitulada "Reinforced Absorbable Synthetic Matrix For Hemostatic Applications", depositada em 22 de agosto de 2012, e na patente US n° 8.329.211 intitulada "Reinforced Absorbable Multi-Layered Fabric For Hemostatic Applications" depositada em 17 de maio de 2010, as quais estão por meio desta incorporadas em sua totalidade a título de referência.
[00196] O medicamento A pode ser administrado de diversas formas. Em um exemplo, o medicamento A pode ser administrado a partir de um vaso. O vaso pode incluir um revestimento bioabsorvível ou dis- solúvel, por exemplo, um revestimento de sacarídeo, etc, que circunda o medicamento A. O revestimento pode estar configurado para bioab- sorver/dissolver de forma relativamente rápida para ser administrado ao tecido ferido dentro de minutos da lesão, por exemplo, dentro minutos de t=0. Os efeitos hemostáticos do medicamento A podem assim começar antes do início do estágio de inflamação 210. Conforme mostrado nas Figuras 40 e 41, a dose do medicamento A pode diminuir ao longo do tempo à medida que o agente se dissipa no tecido/corpo do paciente.
[00197] Os medicamentos B, B1, C, C1 configurados para facilitar a inflamação pode ter uma variedade de configurações. Em geral, cada um dos medicamentos B, B1, C, C1 pode incluir um agente inflamatório configurado para promover inflamação. Os medicamentos B, B1, C, C1 podem dessa forma ajudar a acelerar o processo inflamatório e, consequentemente, ajudar a reduzir o estágio de inflamação 210 em comparação com a típica cicatrização de ferimentos, ajudar o estágio de proliferação 212 a se iniciar antes da típica cicatrização de ferimentos, ajudar o tecido a atingir sua resistência mínima F3 antes do que quando a resistência mínima F4 é atingida na típica cicatrização de ferimentos e ajudar a diminuir um período de tempo no qual o tecido está em sua resistência mínima F3 em comparação com a típica cica- trização de ferimentos. Exemplos dos medicamentos B, B1, C, C1 incluem medicamentos pró-inflamatórios. Em alguns aspectos, cada um dos medicamentos B, B1, C, C1 pode incluir o mesmo agente. Em outros aspectos, cada um dos medicamentos B, B1 pode incluir o mesmo agente, e cada um dos medicamentos C, C1 pode incluir um agente igual ao outro que é um agente diferente dos medicamentos B, B1. Em ainda outros aspectos, cada um dos medicamentos B, B1, C, C1 podem incluir diferentes agentes um do outro.
[00198] Os medicamentos B, B1, C, C1 pode ser administrado em uma variedade de maneiras. Em um exemplo, o medicamento B pode ser administrado como um vaso com o medicamento B1 sendo um revestimento do vaso do medicamento B, e o medicamento C pode ser administrado como um outro vaso com o medicamento C1 sendo um revestimento do vaso do medicamento C. As dosagens dos medicamentos B, C do vaso podem ser maiores que as dosagens dos medicamentos de revestimento B1, C1, conforme mostrado nas Figuras 40 e 42, uma vez que os revestimentos de vaso incluem tipicamente menos substância que o vaso que circundam.
[00199] Em um exemplo, o medicamento B1 pode ser configurado para iniciar a liberação antes do medicamento B, que pode ser configurado para iniciar a liberação antes do medicamento C1, que pode ser configurado para iniciar a liberação antes do medicamento C. Os medicamentos inflamatórios B, B1, C, C1 podem dessa forma ser configurados para serem liberados de maneira escalonada com dose de medicamento atingindo o pico em um tempo diferente (por exemplo, em um ponto diferente ao longo do eixo de tempo t do segundo gráfico 202). As diferentes dosagens de pico dos medicamentos inflamatórios B, B1, C, C1 podem permitir que os medicamentos B, B1, C, C1 tenham uma dose inflamatória cumulativa, mostrada como "BC" na Figura 40 e na Figura 42, maior que qualquer uma de suas doses individuais. Em outras palavras, as dosagens de pico dos medicamentos individuais B, B1, C, C1 podem ser temporizadas para contribuir para uma dose inflamatória total "BC" maior do que poderia ser alcançada individualmente com suas doses. A dose inflamatória "BC" pode, em geral, ter o formato de uma onda quadrada, como também mostrado nas Figuras 40 e 42.
[00200] Os medicamentos inflamatórios B, B1, C, C1 pode ser configurado para começar a liberar antes da liberação dos outros medicamentos eficazes no estágio de inflamação 210, os medicamentos D, D1 configurados para inibir MMPs. Desse modo, o tecido no local do ferimento pode ser deixado para ser inflamado e aproximar sua resistência à tração mínima F3 um curto período de tempo antes do dia três (t=3), em cujo momento a fase de macrófagos 214 do estágio de inflamação 210 geralmente se inicia e durante a qual os medicamentos D, D1 podem ser administrados.
[00201] Os medicamentos D, D1 configurados para inibir as MMPs pode ter uma variedade de configurações. Em geral, cada um dos medicamentos D, D1 pode incluir um agente configurado para inibir MMP, por exemplo, um inibidor de MMP. Os medicamentos D, D1 podem dessa forma ajudar que menos MMP seja liberada no estágio de inflamação 210, permitindo assim que menos do MEC seja destruído no estágio de inflamação 210. O tecido no local do ferimento pode assim ser menos desgastado e ainda permitir o processo inflamatório e, consequentemente, permitir que o tecido tenha mais resistência do que no processo de cicatrização de ferimentos típico, por exemplo, F3 > F4. Exemplos dos medicamentos D, D1 incluem inibidores teciduais de degradação de matriz que inibem a ação das MMPs e de outras pro- teases. Em um exemplo, cada um dos medicamentos D, D1 inclui um mesmo agente, mas os medicamentos D, D1 podem diferir um do outro em ao menos alguns exemplos.
[00202] Os medicamentos D, D1 podem, cada um, ser administrados em uma variedade de maneiras. Em um exemplo, cada um dos medicamentos D, D1 pode ser administrado através do recipiente. Cada um dos dois vasos pode incluir um revestimento configurado para facilitar a liberação dos medicamentos D, D1 no momento adequado, no processo de cicatrização de ferimentos, por exemplo, em um tempo após a liberação dos medicamentos inflamatórios B, B1, C, C1, como em algum momento de 4 a 7 dias após a lesão (4 < t < 7). Exemplos do revestimento incluem um copolímero tendo 90% de poliglicolídeo (também chamado de poli(ácido glicólico) (PGA) e 10% de polilactídeo (também chamado de poli(ácido lático) (PCA), como Vicryl™ Rapide.
[00203] Em um exemplo, o medicamento D pode ser configurado para iniciar a liberação antes do medicamento D1. Os medicamentos D, D1 inibidores de MMP, podem dessa forma ser configurados para serem liberados de maneira escalonada com cada dose de medicamento atingindo o pico em um tempo diferente (por exemplo, em um ponto diferente ao longo do eixo de tempo t do segundo gráfico 202). As diferentes dosagens de pico dos medicamentos D, D1 inibidores de MMP podem permitir que os medicamentos D, D1 tenham uma dose cumulativa de inibição de MMP, mostrada como "DD1" na Figura 40 e na Figura 43, maior que suas doses individuais. Em outras palavras, as dosagens de pico dos medicamentos individuais D, D1 podem ser temporizadas para contribuir para uma dose de inibição geral de MMP "DD1" maior que pode ser obtida individualmente com suas doses.
[00204] Os medicamentos inibidores de MMP, D, D1, pode ser configurado para começar a ser liberado antes da liberação dos medicamentos E, F. Dessa forma, o tecido no local do ferimento pode ser dei- xado inflamar e suportar sua resistência à tração mínima F3 antes que o estágio de proliferação 212 se inicie em algum momento durante o dia quatro.
[00205] O medicamento E configurado para evitar inflamação pode ter uma variedade de configurações. Em geral, o medicamento E pode incluir um agente configurado para inibir a inflamação, por exemplo, um agente anti-inflamatório. O medicamento E pode assim ser configurado para ajudar a reduzir a inflamação no local do ferimento e, consequentemente, ajudar a encerrar o estágio de inflamação 210. Exemplos do medicamento E incluem diclofenaco.
[00206] O medicamento E pode ser administrado de diversas formas. Em um exemplo, o medicamento E pode ser administrado como um vaso. O vaso pode incluir um revestimento configurado para facilitar a liberação do medicamento E no momento adequado no processo de cicatrização de ferimentos, por exemplo, em um momento após a liberação dos medicamentos inibidores de MMP, D, D1, como ao menos 4 dias após a lesão (4 < t), por exemplo, em algum momento 7 a 10 dias após a lesão (7 < t < 10). Exemplos do revestimento incluem um copolímero tendo 90% de PGA e 10% de PCA e com um alto peso molecular, por exemplo, um peso molecular mais alto do que o revestimento usado para os medicamentos inibidores de MMP, D, D1, de modo a serem liberados depois disso.
[00207] O medicamento F configurado para facilitar o crescimento de tecidos pode ter uma variedade de configurações. Em geral, o medicamento F pode incluir um agente configurado para promover o crescimento de tecidos, por exemplo, um fator de crescimento. O medicamento F pode assim ser configurado para ajudar a reconstruir o tecido no estágio de proliferação 212. Exemplos do medicamento F incluem TGF-β.
[00208] O medicamento F pode ser administrado de diversas for- mas. Em um exemplo, o medicamento F pode ser administrado como um vaso. O vaso pode incluir um revestimento configurado para facilitar a liberação do medicamento F no momento adequado no processo de cicatrização de ferimentos, por exemplo, em um momento após a liberação do medicamento anti-inflamatório E, como ao menos 5 dias após a lesão (5 < t), por exemplo, em algum momento 5 a 10 dias após a lesão (5 < t < 10). Exemplos do revestimento incluem um copo- límero tendo 65% de PGA e 35% de PCA. IMPLEMENTAÇÕES
[00209] Vários materiais auxiliares exemplificadores para promover o crescimento de tecidos são descritos na presente invenção. Em geral, um composto adjuvante implantável pode ser configurado para ser aplicado a um tecido por meio de um grampeador cirúrgico, em conjunto com grampos. O material auxiliar pode ter um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no interior do mesmo que são eficazes em fornecer um efeito desejado sobre o crescimento de tecido de um modo predeterminado. Uma ou mais características associadas aos materiais auxiliares podem ser alteradas entre várias implementações para promover a remodelagem tecidual organizada de modo desejado durante a cura de ferimentos, como por meio do encorajamento do crescimento de tecido em uma determinada direção e/ou por meio do impedimento do crescimento de tecido em uma determinada área e/ou sobre uma determinada estrutura. As características associadas ao auxiliar incluem a construção do auxiliar (por exemplo, espaçamento de fibras que formam o auxiliar (por exemplo, densidade das fibras), a orientação das fibras que formam o auxiliar, a espessura ou diâmetro das fibras que formam o auxiliar, o material de fibras que formam o auxiliar, a elasticidade das fibras que formam o auxiliar, e a carga das fibras que formam o auxiliar), os locais de onde o um ou mais medicamentos são dispostos dentro do auxiliar (por exemplo, sobre um cer- to lado do auxiliar, e dentro de uma determinada região do auxiliar), e a funcionalidade do um ou mais medicamentos (por exemplo, os efeitos desejados dos medicamentos no crescimento interno do tecido, a taxa de eluição dos medicamentos, a quantidade das dose do medicamento, e o tipo de medicamento). Dependendo das características de um auxiliar específico, o auxiliar pode ser configurado para promover a remodelagem tecidual organizada, o um ou mais medicamentos podem ser configurados para promover a remodelagem tecidual organizada, ou tanto o auxiliar quanto o um ou mais medicamentos podem ser configurados para promover a remodelagem tecidual organizada.
[00210] A seleção de características particulares associadas a um auxiliar pode otimizar a eficácia do auxiliar e do um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável no mesmo durante o processo de cicatrização de ferimento, por estimulação do crescimento de tecido de uma determinada maneira e/ou por desencorajamento do crescimento de tecido de uma determinada maneira. O auxiliar e os medicamentos retidos de modo liberável no mesmo podem, dessa forma, se beneficiar da natureza anti-isotrópica do tecido. Em outras palavras, o auxiliar e os medicamentos retidos de maneira liberável no mesmo podem se beneficiar de uma direção preferencial do tecido na qual o tecido é resistente ao rasgamento, em oposição à direção não preferencial do tecido na qual o tecido é propenso a rasgamento, por estimulação do crescimento do tecido na direção preferencial do tecido. O tecido pode dessa forma ser estimulado a cicatrizar de uma maneira eficaz, eficiente mediante estimulação do crescimento de tecido de acordo com a estrutura natural do tecido, por exemplo, de uma maneira que imita a direção preferencial das fibras do tecido. O ferimento pode se tornar mais resistente, mais rapidamente devido ao crescimento de tecido correspondente à estrutura natural do tecido e/ou o tecido cicatrizado pode ter uma estrutura resultante mais forte uma vez que, durante a cicatrização, o tecido é encorajado a crescer de uma maneira que imita a direção preferencial do tecido. Adicional ou alternativamente, a seleção de características particulares associadas a um auxiliar pode otimizar a eficácia do auxiliar e do um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no mesmo durante o processo de cicatrização de ferimentos ao ajudar a desencorajar o crescimento de tecido. Por exemplo, a construção do auxiliar, os locais onde o um ou mais medicamentos estão dispostos dentro do auxiliar, e/ou a funcionalidade do um ou mais medicamentos podem ser selecionados para evitar que o tecido em contato com o mesmo aumente, o que pode ajudar a evitar adesões indesejadas de tecido durante a cicatrização do ferimento, como adesão de órgãos adjacentes.
[00211] As características particulares associadas a um auxiliar que tem um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável no mesmo podem ser direcionadas para uso do auxiliar com um órgão específico, por exemplo, direcionadas para o grampeamento do auxiliar destinado a um órgão específico. Diferentes órgãos têm diferentes estruturas de tecido, como será entendido por um versado na técnica, como fibras de tecido que se estendem em direções diferentes para diferentes órgãos. Como será também entendido pelo versado na técnica, alguns órgãos estão mais próximos das estruturas corporais adjacentes do que outros órgãos de modo que o crescimento de tecido possa ser mais suscetível de causar adesões de tecido indesejadas para alguns órgãos do que para outros órgãos devido a sua relativa proximidade com as estruturas corporais adjacentes. As características particulares associadas ao auxiliar podem ser selecionadas para corresponder à estrutura tecidual do órgão ao qual o auxiliar retendo de modo liberável o um ou mais medicamentos se destina a ser usado e/ou selecionadas para refletir a proximidade do órgão com outras estruturas corporais. O tecido pode dessa forma ser encorajado a cicatrizar de uma maneira eficaz, eficiente, encorajando o tecido a crescer de acordo com a estrutura natural do tecido do órgão (por exemplo, de uma maneira que imita a direção das fibras do tecido do órgão) e/ou desencorajando o crescimento do tecido próximo às estruturas corporais adjacentes. O ferimento pode então se tornar mais resistente, mais rapidamente devido ao crescimento de tecido correspondente à estrutura natural do tecido do órgão, o tecido cicatrizado pode ter uma estrutura resultante mais resistente uma vez que, durante a cicatrização, o tecido é encorajado a crescer de uma maneira que imita a estrutura natural do tecido e/ou as adesões de tecido podem ser evitadas.
[00212] O auxiliar pode estar sob a forma de um retículo de fibras (também chamado na presente invenção de "retículo à base de fibras") formado a partir de uma pluralidade de fibras que podem, conforme discutido acima, ser tecidas, trançadas, de malha, ou de outro modo interconectadas de modo a formar uma estrutura regular ou irregular. Uma ou mais características associadas ao retículo de fibras podem ser alteradas entre várias implementações do auxiliar para promover a remodelagem tecidual organizada de uma maneira desejada, como encorajando o crescimento de tecido para estar em uma certa direção durante a cicatrização do ferimento. Essas características podem incluir as características acima mencionadas, especificamente a construção do retículo de fibras, locais onde o um ou mais medicamentos estão dispostos dentro do retículo de fibras e a funcionalidade do um ou mais medicamentos.
[00213] O retículo de fibras tem ao menos duas seções heterogêneas distintas de retículo de fibras. Em outras palavras, cada uma das duas ou mais seções do retículo de fibras pode ser diferente uma da outra por ter diferentes características uma da outra, por exemplo, tendo construções diferentes. Cada uma das seções do retículo de fibras pode ser disposta em um padrão configurado para promover a remo- delagem tecidual organizada de uma maneira desejada. A construção do retículo de fibras pode definir o padrão. Um auxiliar que tem múltiplas seções heterogêneas de retículos de fibras pode causar um crescimento mais rápido e/ou mais controlado do tecido do que um auxiliar com uma estrutura com um retículo de fibras, uma vez que as seções podem ser adequadamente escolhidas para diferentes tipos de tecido, diferentes tamanhos de tecido, e/ou diferentes efeitos pretendidos (por exemplo, para estimular o crescimento de tecido ou desencorajar o crescimento de tecido). Um auxiliar único que tem múltiplas seções heterogêneas de retículos de fibras pode permitir que uma única estrutura (o auxiliar único) afete o crescimento de tecido de múltiplas maneiras diferentes, por exemplo, por estimular o crescimento de tecido de diferentes maneiras, desencorajar o crescimento de tecido de diferentes maneiras, ou uma combinação de estimular e desencorajar o crescimento de tecido. A aplicação da estrutura única ao tecido pode ser mais rápida e/ou mais fácil do que a aplicação de múltiplas estruturas diferentes, e/ou a estrutura única pode ser mais fácil de se acoplar de maneira liberável a um grampeador cirúrgico para aplicação ao tecido do que múltiplas estruturas, que podem nem mesmo serem capazes de serem simultaneamente aplicadas ao tecido com o uso do grampeador, ao contrário do auxiliar único.
[00214] Um ou mais medicamentos podem ser retidos de modo li- berável em cada uma das seções do retículo de fibra e podem ser configurados para serem liberados do auxiliar de uma maneira homogênea, por exemplo, para liberação uniforme a partir do mesmo. A liberação homogênea do um ou mais medicamentos pode ajudar o um ou mais medicamentos a serem aplicados de maneira eficaz ao tecido substancialmente ao mesmo tempo de modo que os um ou mais medicamentos começam a fornecer seus respectivos efeitos desejados ao mesmo tempo. O versado na técnica compreenderá que cada um dos um ou mais medicamentos pode não ser aplicado eficazmente ao tecido exatamente ao mesmo tempo devido a qualquer um ou mais fatores, como a exatidão dos dispositivos de medição de tempo e/ou as pequenas diferenças temporais como quando os medicamentos liberados do auxiliar entram diretamente em contato com o tecido, mas, entretanto, pode ser considerado eficazmente aplicado ao tecido substancialmente ao mesmo tempo. Adicionalmente, conforme discutido neste documento, os medicamentos podem ser temporizados para liberação simultânea de um auxiliar em uma variedade de maneiras, como por temporização da desintegração do revestimento, temporização da dissolução do polímero, através da aplicação de pressão aos mesmos, etc.
[00215] A Figura 45 ilustra uma implementação de um auxiliar 300 formado a partir de uma pluralidade de fibras 302. Apenas uma porção parcial do auxiliar 300 é mostrada na Figura 45. As fibras 302 nesta modalidade ilustrada têm espaçamento diferente um do outro em diferentes seções do retículo de fibras 304a, 304b, 304c do auxiliar 300. Conforme ilustrado, o auxiliar 300 inclui três seções heterogêneas de retículos de fibras 304a, 304b, 304c, mas pode incluir um outro número plural de seções. Em geral, quanto menor o espaço entre as fibras adjacentes 302 (por exemplo, quanto mais densas são as fibras 302 ou quanto mais compactada são as fibras 302), mais crescimento da MEC é encorajado porque mais fibras 302 estão presentes. As células posicionam-se adjacentes às fibras durante o recrescimento do tecido, de modo que quanto mais fibras estão presentes em uma determinada área, mais células se assentarão nessa área, por exemplo, mais MEC se formará naquela área. O auxiliar 300 pode ser aplicado ao tecido com a seção do retículo de fibras 304a tendo as fibras com espaçamento mais próximo 302 localizadas em uma área onde o maior crescimento de MEC é desejado durante a cicatrização do ferimento, como em uma porção central de um ferimento, por exemplo, ao longo de uma linha de grampos no ferimento. A seção do retículo de fibras 304c que tem as fibras próximas com espaçamento mais próximo 302 e a seção do retículo de fibras 304b que tem fibras com menos espaçamento mais próximo 302 podem também ser adequadamente posicionadas em relação ao ferimento, por exemplo, com a seção do retículo de fibras 304b sendo posicionada onde o crescimento de MEC precisa ser menos fortemente encorajado. O auxiliar 300 pode ser aplicado ao tecido com a seção menos densa do retículo de fibras 304b localizada em uma área onde o tecido irá esticar ou expandir o máximo no curso natural da função corporal. O menor crescimento de tecido é geral-mente desejado na área onde o tecido irá estirar ou expandir o máximo para ajudar a evitar a inibição do estiramento ou expansão, uma vez que a inibição do estiramento ou expansão pode causar desconforto para o paciente, função de tecido reduzida, e/ou outros resultados adversos. O auxiliar 300 que tem as seções do retículo de fibras 304a, 304b, 304c com diferentes espaçamentos de fibras pode dessa forma ajudar a permitir que o tecido cresça onde mais necessário, conforme encorajado por seções tendo fibras mais firmemente espaçadas, e ajudar a limitar o crescimento de tecido onde o crescimento é menos desejado, conforme encorajado por seções tendo fibras menos firme-mente espaçadas.
[00216] As fibras 302 nesta implementação ilustrada são dispostos em um padrão de grade com uma primeira pluralidade de fibras 302 que se estende em uma primeira direção 302X e uma segunda pluralidade das fibras 302 se estendendo em uma segunda direção oposta 302Y que é substancialmente perpendicular à primeira direção 30X. O versado na técnica compreenderá que as fibras 302 nas duas direções 302X, 302Y podem não ser precisamente perpendiculares umas às outras devido a qualquer um ou mais fatores, como elasticidade das fibras 302 e/ou exatidão dos dispositivos de medição, mas, entretanto, são consideradas como sendo substancialmente perpendiculares umas às outras.
[00217] Conforme mencionado acima, as células se posicionam adjacentes às fibras de tecido durante a recrescimento, de modo que a orientação das fibras 302 afeta como o tecido recresce. O tecido ao qual o auxiliar 300 é aplicado pode dessa forma ser encorajado a crescer em um padrão de grade, com algum tecido recultivado se estendendo na primeira direção 302X como encorajado pela primeira pluralidade das fibras 302 e algum tecido recultivado se estendendo na segunda direção 302Y como encorajado pela segunda pluralidade das fibras 302. O auxiliar 300 que tem fibras 302 de diferentes orientações pode, assim, ajudar a estimular o crescimento de uma matriz resistente de fibras de tecido interconectadas. A orientação das fibras 302 em uma certa direção pode encorajar o crescimento de tecido de acordo com a estrutura natural do tecido ao estimular o crescimento de tecido em uma direção natural do tecido por ter fibras 302 que se estendem nessa direção natural. Adicionalmente, quanto mais as fibras 302 se estendem na direção natural do tecido, mais o tecido pode ser encorajado a crescer nessa direção, o que pode ajudar a fornecer um tecido cicatrizado mais resistente e/ou ajudar a fornecer um tecido mais resistente durante a cicatrização. Por exemplo, a primeira direção 302X pode corresponder a uma direção natural das fibras do tecido alvo, de modo que quanto mais espaçadas forem as fibras 302 que se estendem na primeira direção 302X, mais o auxiliar 300 pode encorajar o crescimento de tecido de uma maneira que imita a estrutura natural do tecido.
[00218] O auxiliar 300 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 300 é desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 300, por exemplo, de modo que a seção do retículo de fibras densa em fibras 304a seja posicionada onde o crescimento de MEC é mais desejado, de modo que as fibras 302 que se estendam na primeira direção 302X se estendem na direção natural das fibras do tecido, etc.
[00219] A Figura 46 ilustra uma outra implementação de um auxiliar 306 formado a partir de uma pluralidade de fibras 308a, 308b, 308c, 308d. Apenas uma porção parcial do componente auxiliar 306 é mostrada na Figura 46. As fibras 308a, 308b, 308c, 308d nesta modalidade ilustrada são dispostas em um padrão de grade similar ao padrão de grade da Figura 45. As fibras 308a, 308b, 308c, 308d nesta modalidade ilustrada têm diferentes configurações de material umas das outras. Uma primeira pluralidade de fibras 308a tem uma primeira configuração de material, uma segunda pluralidade das fibras 308b tem uma segunda configuração de material, uma terceira pluralidade das fibras 308c tem uma terceira configuração de material, e uma quarta pluralidade das fibras 308d tem uma quarta configuração de material. O auxiliar 306 nesta implementação ilustrada tem quatro conjuntos de fibras 308a, 308b, 308c, 308d com diferentes configurações de material, mas um auxiliar pode ter um outro número plural de conjuntos com diferentes configurações de material. As configurações de material podem diferir umas das outras de qualquer uma ou mais formas, como qualquer uma ou mais dentre diferentes elasticidades, diferentes espessuras (por exemplo, diferentes diâmetros), diferentes acabamentos de superfície, e diferentes cargas.
[00220] As fibras que têm elasticidade diferente podem ajudar a estimular o crescimento de tecido de acordo com a estrutura natural do tecido. O tecido tende a naturalmente se estender ou se expandir em uma certa direção. Essa direção pode variar pelo tipo de tecido, con- forme mencionado na presente invenção e conforme será entendido pela pessoa versada na técnica. As fibras que têm mais elasticidade podem ser alinhadas com uma direção do estiramento ou expansão natural do tecido, o que pode ajudar a estimular o crescimento de tecido que resulta em um tecido cicatrizado mais resistente e/ou um tecido mais resistente durante a cura.
[00221] As fibras que têm diferentes espessuras podem ajudar a estimular diferentes quantidades de crescimento de tecido de acordo com as espessuras. As fibras mais espessas, por exemplo, as fibras mais espessas 308a da Figura 46 e as próximas fibras grossas 308b da Figura 46, encorajam menos crescimento de tecido do que as fibras mais finas, por exemplo, as fibras mais finas 308d da Figura 46 e as fibras mais finas 308 da Figura 46. Consequentemente, fibras mais espessas podem ser posicionadas onde menos crescimento de tecido é desejado, e fibras mais delgadas podem ser posicionadas onde mais crescimento de tecido é desejado. Por exemplo, fibras mais delgadas podem ser posicionadas em uma porção central de um ferimento, por exemplo, ao longo de uma linha de grampos no ferimento. Para um outro exemplo, as fibras mais espessas podem estar em uma área central de um auxiliar, e as fibras mais delgadas podem estar em uma área periférica que circunda a área central. Mais crescimento de tecido pode dessa forma ser encorajado em uma área na periferia do auxiliar.
[00222] As fibras que têm diferentes espessuras podem fornecer diferentes quantidades de suporte estrutural a um ferimento. As fibras mais espessas geralmente fornecem mais suporte estrutural do que as fibras mais finas. Uma porção de um auxiliar que inclui fibras mais espessas pode, consequentemente, ser posicionada em uma área de um ferimento onde suporte estrutural pode ser mais necessário do que em uma outra área do ferimento, onde fibras mais delgadas do auxiliar podem ser posicionadas. Embora as fibras mais espessas geralmente encorajem menos crescimento de tecido do que as fibras mais finas, o maior suporte estrutural fornecido pelas fibras mais espessas ao ferimento pode ajudar a otimizar a integridade estrutural geral da área do ferimento e, consequentemente, reduzir as chances de quaisquer um ou mais efeitos adversos da cicatrização de ferimentos resultantes do desenvolvimento devido à resistência aumentada fornecida pelas fibras mais espessas do auxiliar. O suporte estrutural aumentado pode ajudar a compensar a quantidade mais lenta e/ou menor de crescimento de tecido que pode ocorrer nas fibras mais espessas.
[00223] As fibras mais delgadas podem ser agrupadas juntas, o que pode ajudar a estimular o crescimento do tecido devido ao menor diâmetro das fibras enquanto fornece mais integridade estrutural como uma unidade do que qualquer uma das fibras finas individuais pode fornecer individualmente. Consequentemente, as fibras finas agrupadas podem ajudar a fornecer integridade estrutural a um ferimento enquanto encoraja o crescimento do tecido.
[00224] As fibras que têm diferentes acabamentos de superfície podem ajudar a influenciar o crescimento do tecido de formas diferentes de acordo com os diferentes acabamentos. Acabamentos de superfície lisa geralmente desencorajam o crescimento de tecido (por exemplo, ajudam a evitar a adesão do tecido), e acabamentos de superfície não lisa geralmente estimulam o crescimento de tecido (por exemplo, fornecendo uma superfície tornada áspera à qual as células podem se fixar). Uma porção de um auxiliar que inclui fibras com acabamentos de superfície lisa pode assim ser posicionada onde o crescimento de tecido é geralmente indesejado, como em uma área onde o tecido ao qual o auxiliar é grampeado está em risco de aderir a uma estrutura de tecido adjacente, e uma porção do auxiliar incluindo fibras com aca-bamentos de superfície não lisa pode ser posicionada onde o crescimento de tecido é desejado, como ao longo de uma linha de grampos. Exemplos de acabamentos de superfície não lisa incluem superfícies microgravadas ou perfurados de modo que as fibras que têm acabamentos de superfície não lisa sejam gravados ou marcados. Acabamentos de superfície não lisa são descritos com mais detalhes na publicação de patente US n° 2015/129634 intitulada "Transwall Visualization Arrangements And Methods For Surgical Circular Staplers" depositada em 8 de novembro de 2013, a qual está aqui incorporada a título de referência, em sua totalidade.
[00225] As fibras que têm cargas diferentes (por exemplo, positivas ou negativas) podem ajudar a influenciar o crescimento de tecido de formas diferentes de acordo com as diferentes cargas. Uma pessoa versada na técnica entenderá que o sangue e seus componentes são negativamente carregados. Dessa forma, as fibras que são positivamente carregadas podem atrair células inflamatórias e componentes sanguíneos responsáveis pela cicatrização de um ferimento (que, conforme mencionado, pode ser negativamente carregado), incluindo plaquetas, PDGF, células T 1704, macrófagos e neutrófilos. As fibras positivamente carregadas podem facilitar a cicatrização de ferimentos. Além disso, as fibras positivamente carregadas podem ativar os macrófagos teciduais. Conforme discutido neste documento, quando ativados, os macrófagos liberam fatores de crescimento e ativam citoquinas no ferimento, proporcionando um estímulo para a proliferação celular e deposição de matriz de colágeno. As fibras positivamente carregadas podem, desse modo, facilitar adicionalmente a cicatrização. De modo similar, a fibra que tem uma carga negativa pode ajudar a repelir células inflamatórias e componentes sanguíneos responsáveis pela cicatrização de um ferimento, desencorajando assim o crescimento do tecido. As fibras que têm uma carga positiva podem assim ser posicionadas onde o crescimento de tecido é desejado, como ao longo de uma linha de grampos, e as fibras que têm uma carga neutra (não carga) ou uma carga negativa podem ser posicionadas onde menos crescimento de tecido é desejado. Materiais auxiliares carregados são adicionalmente descritos na publicação do pedido de patente n° 2015/0133996 intitulada "Positively Charged Implantable Materials And Method Of Forming The Same" depositada em 8 de novembro de 2013, a qual está aqui incorporada a título de referência, em sua totalidade.
[00226] O auxiliar 306 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 306 seja desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 306, por exemplo, de modo que as diferentes configurações de material das fibras 308a, 308b, 308c, 308d são posicionadas em relação a áreas onde eles podem encorajar ou desencorajar o crescimento de tecido conforme desejado.
[00227] A Figura 47 ilustra uma outra implementação de um auxiliar 310 formado a partir de uma pluralidade de fibras 312a, 312b. Apenas uma porção parcial do componente auxiliar 310 é mostrada na Figura 47. Ao contrário dos auxiliares 300, 306 das Figuras 45 e 46 que têm fibras perpendicularmente dispostas, o auxiliar 310 da Figura 47 tem fibras dispostas radialmente 312a, 312b. O tecido ao qual o auxiliar 310 é aplicado pode dessa forma encorajar o crescimento do tecido em um padrão radial definido pelas fibras dispostas radialmente 312a, 312b. Uma primeira pluralidade de fibras 312a pode se estender em uma primeira direção 312X que geralmente se estende em direção à /contrária de um centro radial 314 do auxiliar 310, e uma segunda pluralidade de fibras 312b pode se estender em uma segunda direção 312Y que geralmente se estende em torno do centro radial 314 do auxiliar 310. O centro radial 314 pode geralmente ser definido por uma abertura do auxiliar 310, por exemplo, uma porção central aberta do mesmo.
[00228] A primeira e a segunda pluralidades de fibras 312a, 312b estão geralmente mais firmemente espaçadas em relação ao centro radial 314. Conforme ilustrado, as extremidades terminais de cada uma dentre a primeira pluralidade de fibras 312a mais próximas ao centro radial 314 podem estar mais próximas umas das outras do que as extremidades terminais de cada uma dentre a primeira pluralidade de fibras 312a mais distantes do centro radial 314. A primeira pluralidade de fibras 312a pode dessa forma ajudar a estimular mais crescimento de tecido mais próximo ao centro radial 314. Conforme ilustrado, a segunda pluralidade de fibras 312b pode ser espaçada mais próxima uma da outra mais perto do centro radial 314 e mais distante uma da outra o mais distante que a segunda pluralidade de fibras 312b está a partir do centro radial 314. A segunda pluralidade de fibras 312b pode dessa forma ajudar a estimular mais crescimento de tecido mais próximo ao centro radial 314. Consequentemente, o auxiliar 310 pode ser posicionado com o centro radial 314 mais próximo a uma área do ferimento onde o crescimento do tecido é mais desejado, por exemplo, de modo que as fibras mais espaçadas da primeira pluralidade de fibras 312a e as mais espaçadas da segunda pluralidade de fibras 312b são posicionadas mais próximas de uma área do ferimento onde o crescimento do tecido é mais desejado.
[00229] As fibras 312a, 312b do auxiliar 310 podem ter diferentes configurações de material umas das outras. Outras implementações dos auxiliares aqui descritos podem também ter diferentes configurações de material umas das outras, mesmo que isso não seja especificamente mencionado. Por exemplo, a primeira pluralidade de fibras 312a pode ter menos elasticidade que a segunda pluralidade de fibras 312b, o que pode permitir que o auxiliar 310 estire ou se expanda mais na primeira direção 312X do que na segunda direção 312Y. Essa configuração pode facilitar a expansão e retração da abertura definida pe- lo auxiliar 310, o que pode facilitar a passagem de material (por exemplo, sangue e/ou outra matéria corporal) através da abertura. O auxiliar 310 fixado a um cólon, por exemplo, pode se contrair e expandir, de acordo com a contração e expansão radial natural do cólon, com a elasticidade da segunda pluralidade de fibras 312b facilitando a contração e expansão do auxiliar 310 com pouca ou nenhuma restrição da expansão ou contração radial natural do cólon. Em um outro exemplo, conforme ilustrado, as fibras dentre as fibras 312a, 312b em uma borda periférica interna 314a e uma borda periférica lateral 314b do auxiliar 310 podem ser mais espessas que as outras dentre as fibras 312a, 312b. O auxiliar 310 nas bordas periféricas internas e laterais 314a, 314b pode assim ser configurado para fornecer suporte estrutural aprimorado a uma área do ferimento.
[00230] O auxiliar 310 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 310 é desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 310.
[00231] A Figura 48 ilustra uma outra implementação de um auxiliar 316 formado a partir de uma pluralidade de fibras e que inclui uma pluralidade de seções heterogêneas do retículo de fibras 318a, 318b, 318c, 318d, 318e. O auxiliar 316 nessa implementação ilustrada inclui cinco seções do retículo de fibras 318a, 318b, 318c, 318d, 318e, mas conforme mencionado na presente invenção, os auxiliares podem ter um outro número de seções do retículo de fibras. Conforme ilustrado, a primeira seção do retículo de fibras 318a está situada em um lado superior e em lados longitudinais opostos do auxiliar 316 e é configurada para desencorajar o crescimento de tecido, por exemplo, para evitar a adesão. A primeira seção do retículo de fibras 318a pode ser configurada para impedir o crescimento de tecido em uma variedade de formas, conforme discutido neste documento. Conforme ilustrado, a primeira seção do retículo de fibras 318a tem um primeiro medicamento (não mostrado) retido de modo liberável na mesma que é configurado para desencorajar o crescimento de tecido, como um agente antiadesão.
[00232] Conforme ilustrado, a segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c estão cada uma localizadas em um lado inferior do auxiliar 316 e são cada uma configuradas para estimular o crescimento de tecido. A segunda e terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c podem ser configuradas de modo a estimular o crescimento de tecido em uma variedade de formas, conforme discutido neste documento. Conforme ilustrado, a segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c têm, cada uma, um segundo medicamento (não mostrado) retido de modo liberável nas mesmas que é configurado para estimular o crescimento do tecido, como um fator de crescimento. A segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c têm a mesma construção uma da outra e têm o mesmo medicamento retido de modo liberável nas mesmas, mas em outras implementações, a segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c podem ser configuradas para estimular o crescimento do tecido mas diferir uma da outra na construção e/ou no medicamento retido.
[00233] Entre a segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c no lado inferior do auxiliar 316 nesta implementação ilustrada está a quarta seção do retículo de fibras 318d, que é configurada para facilitar a hemostasia. A Figura 48 também mostra a quarta seção do retículo de fibras 318d subjacente à primeira e quinta seção do retículo de fibras 318a, 318e pela linha pontilhada no lado superior do auxiliar 316. Conforme ilustrado, a quarta seção do retículo de fibras 318d se estende ao longo de uma porção longitudinal central do auxiliar 316, o que pode facilitar a aplicação de suas propriedades hemostá- ticas ao tecido, conforme discutido adicionalmente abaixo. A quarta seção do retículo de fibras 318d pode ser configurada para facilitar o crescimento de tecido em uma variedade de formas, conforme discutido neste documento. Conforme ilustrado, a quarta seção do retículo de fibras 318d tem um terceiro medicamento 320 (mostrado nas figuras 49 e 50) retido de modo liberável no mesmo que é configurado para facilitar a hemostasia, como um agente hemostático.
[00234] Conforme ilustrado, a quinta seção do retículo de fibras 318e está situada em uma área interior do auxiliar 316 em uma cavidade definida pelo lado superior, lados longitudinais opostos, e lado inferior do auxiliar 316 e é configurada para espaçar os lados superior e inferior do auxiliar 316 para assim espaçar as porções de encorajamento de crescimento de tecido e desencorajamento de crescimento de tecido do auxiliar 316. Em outras palavras, a quinta seção do retículo de fibras 318e é configurada para espaçar a segunda e a terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c separadamente da primeira seção do retículo de fibras 318a. A quinta seção do retículo de fibras 318e pode ter um quarto medicamento (não mostrado) retido de modo liberável na mesma. O quarto medicamento pode incluir, por exemplo, um agente antiadesão ou pode incluir ORC e/ou um outro agente he- mostático.
[00235] O componente auxiliar 316 pode ser acoplado de modo li- berável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 316 seja desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o componente auxiliar 316. Em geral, a posição desejada do auxiliar 316 em relação ao tecido pode incluir o lado inferior do mesmo voltado para o tecido e o lado superior do mesmo voltado para o lado oposto do tecido. A seção do retículo de fibras que encoraja a hemostasia 318d e as seções do retículo de fibras que encorajam o crescimento de tecido 318b, 318c podem dessa forma estar voltadas para o tecido de modo a facilitar a provisão de seus respectivos medicamentos ao mesmo e de acordo com os benefícios das mesmas, e a seção de desencoraja- mento de crescimento de tecido 318a pode dessa forma estar voltada para o lado oposto do tecido para facilitar a provisão de seu medicamento ao mesma de acordo com o benefício das mesmas.
[00236] A Figura 49 e a Figura 50 ilustram um exemplo do auxiliar 316 grampeado a um tecido 322 com uma pluralidade de grampos 324. As Figuras 49 e 50 mostram o terceiro medicamento 320 sendo liberado da quarta seção do retículo de fibras 318d ao longo de uma borda de corte 316c do auxiliar 316 e de uma borda de corte 322c do tecido 322, sendo que as bordas de corte 316c, 322c foram formadas por um elemento de corte do grampeador durante o processo de grampeamento. Conforme descrito na presente invenção, o elemento de corte do grampeador pode trasladar longitudinalmente ao longo de um centro de um cartucho de grampos. O auxiliar 316 pode ser retido de modo liberável no cartucho e/ou em um atuador de extremidade que tem o cartucho assentado no mesmo com a quarta seção do retículo de fibras 318d alinhada com a trajetória longitudinal do elemento de corte. A quarta seção do retículo de fibras 318d que se estende ao longo da porção longitudinal central do auxiliar 316 pode facilitar tal posicionamento. Dessa forma, quando o elemento de corte translada ao longo do cartucho para cortar o tecido 322, o elemento de corte também corta através da quarta seção do retículo de fibras 318d, o que pode facilitar o vazamento, gotejamento, e/ou outra liberação do terceiro medicamento 320 a partir da mesma. Em outras palavras, o corte da quarta seção do retículo de fibras 318d pode ajudar o terceiro medicamento 320 a sair do auxiliar 316. Adicionalmente, a localização da quarta seção do retículo de fibras 318d acima do tecido 322, conforme mostrado nas Figuras 49 e 50, pode ajudar o terceiro medica- mento 320 a gotejar ou de outro modo fluir para baixo sobre o tecido 322 e, em particular, a borda de corte 322c do tecido mais suscetível a sangramento e portanto a área do tecido 322 mais necessitada das propriedades hemostáticas do terceiro medicamento.
[00237] Conforme ilustrado na Figura 50, a segunda seção do retículo de fibras 318b pode ser configurada para desenrolar ou rasgar ao longo de um lado 326 do mesmo voltado para o tecido 322, por exemplo, o lado que define parte do lado inferior do auxiliar 316. Em outras palavras, as fibras das segundas seções do retículo de fibras 318b podem ser configuradas para "desenrolar." O desenrolamento ou desgaste pode, conforme discutido neste documento, facilitar a liberação do segundo medicamento da segunda seção do retículo de fibras 318b. Conforme também discutido neste documento, o desenrolamento ou desgaste pode ser acionado pelo contato das fibras com fluido, por exemplo, com a umidade do tecido 322. A terceira seção do retículo de fibras 318c pode ser configurada de modo similar para desenrolar ou rasgar. A primeira seção do retículo de fibras 318a pode ser configurada para não desenrolar ou rasgar, facilitando assim a antiadesão.
[00238] O auxiliar 316 tem um formato genericamente retangular para facilitar seu uso com um grampeador linear. Outros auxiliares podem ter um formato diferente para facilitar o uso dos mesmos com um grampeador circular. A Figura 51 ilustra uma tal implementação de um auxiliar 328.
[00239] O auxiliar 328 na implementação ilustrada da Figura 51 é formado a partir de uma pluralidade de fibras e inclui uma pluralidade de seções heterogêneas de retículo de fibras 330a, 330b, 330c, 330d. O auxiliar 328 é geralmente configurado de modo similar ao auxiliar 316 da Figura 48 exceto, conforme mencionado acima, pelo fato de que o auxiliar 328 é configurado para uso com um grampeador cirúrgico circular. O auxiliar 328 tem, portanto, um formato genericamente circular. A primeira seção do retículo de fibras 330a é similar à primeira seção do retículo de fibras 318a da Figura 48 e está situada em um lado superior e em um lado externo do auxiliar 328 e é configurada para desencorajar o crescimento do tecido. A segunda seção do retículo de fibras 330b é similar à segunda e terceira seções do retículo de fibras 318b, 318c da Figura 48 e está situada em um lado inferior do auxiliar 328 e é configurada para estimular o crescimento do tecido. A terceira seção do retículo de fibras 330c é similar à quarta seção do retículo de fibras 318d da Figura 48 e está situada em um lado interno do auxiliar 328 e é configurada para facilitar a hemostasia. A quarta seção do retículo de fibras 330d é similar à quinta seção do retículo de fibras 318e da Figura 48 e está situada em uma área interna do auxiliar 328 e é configurada para espaçar os lados superior e inferior do auxiliar 328.
[00240] Um auxiliar pode ser configurado para alterar sua conformação em resposta a uma carga aplicada ao mesmo, por exemplo, em resposta à tensão, e em resposta à carga que está sendo removida do mesmo, em resposta à tensão liberada. A conformação pode mudar por um tamanho e/ou formato tridimensional (3D) do auxiliar que se altera em resposta ao aumento ou diminuição da carga. O auxiliar pode assim ser configurado para permanecer estruturalmente sólido no caso em que uma carga é aplicada ao mesmo ou removida do mesmo, uma vez que o auxiliar pode simplesmente adaptar seu formato, ao contrário de se tornar danificado e/ou completamente inutilizável em resposta à adição/subtração da carga. Os auxiliares configurados para alterar suas conformações em resposta a uma carga podem ser parti-cularmente úteis com tecidos que são naturalmente maleáveis e/ou comprimíveis, como o tecido do estômago. Uma vez que a largura, o comprimento e/ou a altura do tecido maleável/comprimível serão pro-vavelmente alteradas após a aplicação do auxiliar ao mesmo, o auxili- ar sendo conformável pode se ajustar dinamicamente a essas alterações de largura, comprimento, e/ou altura sem que perca sua funcionalidade geral pretendida em relação à cicatrização do tecido.
[00241] As Figuras 52 e 53 ilustram uma implementação de um auxiliar 332 formado a partir de uma pluralidade de fibras e configurado para alterar sua conformação em resposta a uma carga aplicada ao mesmo. Uma carga é ilustrada esquematicamente na Figura 53 como uma seta 340 que aplica pressão para baixo ao auxiliar 332. O auxiliar 332 pode ser configurado para se mover entre uma configuração expandida, mostrada na Figura 52, na qual o auxiliar 332 tem uma altura máxima 332h1, e uma configuração retraída, mostrada na Figura 53, na qual o auxiliar 332 tem uma altura mínima 332h2. O auxiliar 332 pode ser configurado para ter múltiplas configurações intermediárias entre a configuração expandida e a configuração retraída na qual o auxiliar 332 tem uma altura entre suas alturas máxima e mínima 332h1, 332h2.
[00242] Conforme ilustrado, o auxiliar 332 inclui primeira e segunda malhas tecidas de fibras em forma de folha 334a, 334b tendo uma pluralidade de fibras 336 e uma fibra central 338 que se estende entre as mesmas. A pluralidade de fibras 336 pode ser disposta radialmente em torno da fibra central 338. A disposição radial das fibras 336 nessa implementação ilustrada está em um formato de círculo 336c com a fibra central 338 localizada em um centro 338c do círculo 336c. A fibra central 338 e cada uma da pluralidade de fibras 336 podem ser configuradas para se deformar em resposta à carga 340 sendo aplicada às mesmas, alterando assim a altura do auxiliar 332. A fibra central 338 pode ser configurada para aumentar em espessura máxima (diâmetro máximo) em resposta à aplicação de carga 340, conforme mostrado na Figura 52 na qual a fibra central 338 tem um diâmetro máximo que é menor que o diâmetro máximo da fibra central na Figura 53. A fibra central 338 pode se estender em uma direção substancialmente perpendicular a planos contendo as malhas 334a, 334b, conforme ilustrado, para facilitar uma alteração uniforme da espessura da fibra central 338. Cada uma das fibras radiais 336 pode ser configurada para se flexionar radialmente em torno da fibra central 338 em resposta à aplicação de carga 340. Cada uma das fibras radiais 336 pode ser configurada para se flexionar substancialmente ao longo de uma circunferência do círculo 336c, conforme ilustrado, o que pode ajudar a evitar que o emaranhamento das fibras 336 umas com as outras e/ou com a fibra central 338 quando o auxiliar 332 muda sua conformação. As fi-bras radiais 336 pode se estender em uma direção transversal à direção na qual a fibra central 338 se estende e transversal aos planos que contêm as malhas 334a, 334b, conforme ilustrado. Em outras palavras, as fibras radiais 336 podem ser fixadas às malhas 334a, 334b em um ângulo. A angulação das fibras radiais 336 pode forçar as fibras 336 a se dobrarem (em direção à configuração retraída) e s se desdobrarem (em direção à configuração expandida) em uma certa direção para ajudar as fibras 336 a se deformarem de maneira previsível e não se emaranharem.
[00243] A aplicação da carga 340 deforma as fibras 336, 338, o que pode facilitar a densidade de uma MEC durante a cicatrização do ferimento, uma vez que as fibras deformadas podem encorajar o crescimento em direções mais desorganizadas para formar uma matriz mais forte do que com as fibras que se estendem de uma maneira mais organizada, como as extensões mais longitudinais mostradas na Figura 52.
[00244] A aplicação da carga 340 pode controlar uma taxa de elui- ção do um ou mais medicamentos retidos de modo liberável pelo auxiliar 332. Quanto maior a carga 340, mais do um ou mais medicamentos que podem ser liberados do auxiliar 332.
[00245] O auxiliar 332 pode ter ao menos um medicamento retido de maneira liberável em seu interior, como por uma ou ambas das malhas 334a, 334b tendo um ou mais medicamentos dispostos em seu interior e/ou por qualquer uma ou mais das fibras 336, 338 tendo um revestimento externo configurado para romper em resposta à tensão e assim liberar um medicamento, conforme discutido acima em relação à Figura 25.
[00246] O auxiliar 332 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o componente auxiliar 332 seja desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 332. Em geral, a posição desejada do auxiliar 332 em relação ao tecido pode incluir as malhas opostas 334a, 334b sendo posicionadas para permitir que o auxiliar 332 se retraia/expanda na mesma direção do movimento natural do tecido. Dessa forma, quando tensão é aplicada ao tecido ou removida do tecido e/ou do auxiliar 332, o auxiliar 332 pode se mover de acordo com o movimento natural do tecido. Adicionalmente, quando assim posicionado, a direção das fibras 336, 338 irá imitar a direção natural das fibras do tecido, o que pode facilitar o crescimento do tecido de acordo com a direção natural do tecido.
[00247] A Figura 54 ilustra uma implementação de um auxiliar 342 formado a partir de uma pluralidade de fibras 344 tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha. O auxiliar 342 pode ser configurado para se desenrolar ou rasgar ao longo de um perímetro do mesmo. Em outras palavras, as fibras 344 na borda do auxiliar 342 podem ser configuradas para rasgar ou desenrolar, o que, conforme discutido neste documento, pode encorajar o crescimento de tecido fornecendo mais superfície fibrilar para interação celular. A borda desenrolável ou friável do auxiliar 342 pode definir uma primeira seção do retículo de fibras do auxiliar 342, e um interior do auxiliar 342 pode definir uma segunda seção do retículo de fibras do auxiliar 342. Conforme ilustrado, as fibras podem ser configuradas para rasgar ao redor do perímetro inteiro do auxiliar. Conforme discutido neste documento, o desenrolamento ou desgaste pode ser causado por quaisquer um ou mais fatores, como o contato do auxiliar 342 com o fluido corpóreo. Conforme também discutido neste documento, um ou mais medicamentos podem ser retidos de modo liberável pelo auxiliar 342. O desenrolamento ou desgaste pode facilitar a liberação do medicamento do auxiliar 342.
[00248] Cada uma das fibras 344 que formam o auxiliar 342 inclui ma pluralidade de fibras enroladas 344a configuradas para desenrolar ou rasgar suas fibras associadas das fibras 344. Cada uma das fibras 344 inclui cinco fibras enroladas 344a, mas cada uma pode incluir um outro número plural de fibras enroladas, por exemplo, duas, três, etc. Uma das fibras enroladas 344a pode ser uma fibra de núcleo central em torno da qual as outras fibras 344a são enroladas e em torna da qual elas se desenrolam, conforme ilustrado. A fibra de núcleo central pode ajudar a fornecer integridade estrutural às fibras individuais 344, o que pode ajudar o auxiliar 342 de modo geral a ser mais estruturalmente estável e, consequentemente, fornecer melhor resistência ao ferimento durante a cicatrização de ferimentos.
[00249] O componente auxiliar 342 pode ser acoplado de modo li- berável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o componente auxiliar 342 seja desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 342. O auxiliar 342 sendo desenrolável ou friável ao redor de seu perímetro inteiro pode permitir que o auxiliar 342 encoraje o crescimento do tecido independentemente de como o auxiliar 342 é grampeado em relação ao tecido.
[00250] A Figura 55 ilustra uma outra implementação de um auxiliar 346 formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha. Apenas uma porção de uma borda 348 do auxiliar 346 é mostrada na Figura 55, a qual também mostra o auxiliar 346 aplicado ao tecido 350. Uma vista ampliada de uma porção da borda 348 é ilustrada na Figura 56. Similar ao auxiliar 342 discutido acima, o auxiliar 346 pode ser configurado para desenrolar ou rasgar ao longo de um perímetro do mesmo, por exemplo, ao longo da borda 348. O perímetro inteiro pode ser desenrolável ou friável. Também similar ao auxiliar 342 discutido acima, cada uma das fibras que formam o auxiliar 346 incluem uma pluralidade de fibras enroladas configuradas para desenrolar ou rasgar de modo a desenrolar ou desgastar suas fibras associadas das fibras. Conforme discutido neste documento, um ou mais medicamentos podem ser retidos de modo liberável pelo auxiliar 346. O desenrolamen- to ou desgaste pode facilitar a liberação do medicamento do componente auxiliar 346.
[00251] A borda 348 do auxiliar 346 pode ser não linear, o que pode fornecer mais superfície fibrilar para interação celular do que uma borda linear. Conforme ilustrado, a borda não linear 348 pode ser ondulante, por exemplo, definir um padrão de onda. A borda não linear 348 pode se estender em torno do perímetro inteiro do auxiliar, o que pode ajudar a estimular o crescimento de tecido em torno de todo o auxiliar 346. Em contrapartida, a borda do auxiliar 342 da Figura 54 tem uma borda linear.
[00252] O componente auxiliar 346 pode ser acoplado de modo li- berável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 346 seja desejavelmente posicio- nado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 346. O componente auxiliar 346 sendo desenrolável ou friável ao redor de seu perímetro inteiro pode permitir que o componente auxiliar 346 estimule o crescimento do tecido independentemente de como o componente auxiliar 346 é grampeado em relação ao tecido. Adicionalmente, a borda 348 sendo não linear pode ajudar o auxiliar 346 a encorajar o crescimento de tecido ao longo das áreas não lineares do tecido, o que pode ajudar o tecido a se tornar mais resistente mais rapidamente, ao encorajar o crescimento de tecido em diferentes áreas do tecido que podem crescer em conjunto.
[00253] A Figura 57 ilustra uma implementação de um auxiliar formado a partir de uma pluralidade de fibras 352 tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha. Apenas uma porção do auxiliar é mostrada em uma borda 354 da mesma. Cada uma das fibras 352 pode ser configurada para desgastar ou desenrolar a partir de fora 356 da borda 354 do auxiliar e desenrolar ou rasgar em direção a um interior 356i do auxiliar. Similar ao discutido acima em relação ao auxiliar 342, cada uma das fibras 352 pode incluir uma pluralidade de fibras enroladas 354a configuradas para desenrolar ou desgastar ao redor de uma fibra de núcleo central 354c de modo a de-senrolar ou desgastar suas fibras associadas das fibras 352. Cada uma das fibras 354 inclui quatro fibras enroladas 354a, mas cada uma pode incluir um outro número plural de fibras enroladas, por exemplo, duas, três, etc. A fibra de núcleo central 354c pode ter um diâmetro maior que cada uma das fibras enroladas 354a, que podem ter cada uma um diâmetro igual, menor. A fibra de núcleo de diâmetro maior 354c pode ajudar a fornecer resistência à fibra 352. As fibras enroladas 354a podem ser firmemente enroladas em torno da fibra de núcleo central 354c de modo que a fibra de núcleo 354c fique completamente coberta pelas fibras enroladas 354c antes do desenrolamento, confor- me mostrado em uma porção das fibras 352 dentro da borda 354. Esse enrolamento compacto pode fornecer resistência às fibras 352 e, portanto, ao auxiliar, e/ou pode facilitar a liberação controlada de medicamento, por exemplo, liberação de medicamento "oculto" e não liberado antes do desenrolamento ou desgaste. Conforme discutido neste documento, o desenrolamento ou desgaste pode ser causado por quaisquer um ou mais fatores, como o contato do auxiliar com o fluido corpóreo. Conforme também discutido neste documento, um ou mais medicamentos podem ser retidos de modo liberável pelo auxiliar, e o desenrolamento ou desgaste pode facilitar a liberação do medicamento do auxiliar. O auxiliar da Figura 57 pode ser acoplado de modo libe- rável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar é desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar.
[00254] A Figura 58 ilustra uma implementação de uma fibra 358 que pode ser tecida junto com outras fibras para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha que pode formar um auxiliar. Conforme ilustrado, similar ao discutido acima com relação ao auxiliar 342, a fibra 358 pode incluir uma pluralidade de fibras enroladas 360a, 360b, 360c enroladas ao redor e configuradas para desenrolar em torno de um núcleo central de fibra 360d. As fibras enroladas 360a, 360b, 360c podem ser dispostas em camadas ao redor da fibra de núcleo 360d, conforme ilustrado, com uma fibra enrolada interna 360c enrolada em torno da fibra enrolada central 360c, uma fibra enrolada do meio 350b, enrolado em torno da fibra enrolada interna 360c, e uma fibra enrolada externa 360a enrolada em torno da fibra enrolada do meio 350b. Conforme mostrado, cada uma das fibras enroladas 360a, 360b, 360c pode incluir uma ou mais fibras individuais.
[00255] Cada uma das fibras enroladas 360a, 360b, 360c pode ter- minar a uma distância diferente a partir de uma extremidade terminal 360t da fibra de núcleo 360d, conforme ilustrado, ou todas elas podem terminar a uma distância igual a partir da extremidade terminal da fibra de núcleo 360t. Estar a uma distância diferente a partir da extremidade terminal da fibra de núcleo 360t pode ajudar a controlar o desenrola- mento das diferentes fibras enroladas 360a, 360b, 360c uma vez que a fibras tendem a desenrolar a partir de sua extremidades terminal, de modo que na implementação ilustrada, a camada interna 360c começaria a se desenrolar antes da camada intermediária 360b, que começaria a se desenrolar antes da camada externa 360a.
[00256] As fibras enroladas 360a, 360b, 360c podem ser iguais uma à outra ou diferentes uma da outra. Conforme ilustrado, as fibras enroladas 360a, 360b, 360c são diferentes uma da outra, com a fibra enrolada interna 360c tendo um diâmetro menor que a fibra enrolada do meio 360b, e a fibra enrolada do meio 360b tendo diâmetro menor que a fibra enrolada externa 360a. A fibra enrolada externa 360a tendo o maior diâmetro entre as fibras enroladas 360a, 360b, 360c pode ajudar a fornecer integridade estrutural à fibra 358 ao longo de sua estrutura, por exemplo, da fibra de núcleo 360d até a fibra externa 360a. Adicionalmente, a fibra de núcleo 360d pode ser igual ou diferente de qualquer uma das fibras enroladas 360a, 360b, 360c. Conforme ilustrado, a fibra de núcleo 360d tem um diâmetro maior que a fibra enrolada externa 360d.
[00257] Cada uma das fibras enroladas 360a, 360b, 360c pode ser associada a um medicamento diferente, por exemplo, ser configurada para permitir a liberação de um medicamento "oculto" diferente na mesma em resposta ao desenrolamento ou desgaste da fibra. Por exemplo, cada um dos medicamentos pode ter um efeito desejado diferente sobre o tecido (por exemplo, afetar a hemostase, afetar o crescimento de tecido, fornecer efeito antimicrobiano, etc.) de modo que diferentes desenrolamentos de fibra fornecem efeitos diferentes ao tecido. Alternativamente, qualquer uma ou mais das fibras enroladas 360a, 360b, 360c pode ser associada a um mesmo medicamento.
[00258] Um auxiliar formado de uma pluralidade das fibras 358 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar é desejavelmente posicionado em relação ao tecido ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar.
[00259] A Figura 59 ilustra uma outra implementação de um auxiliar 361 formado a partir de uma pluralidade de fibras tecidas juntas para formar uma malha tecida de fibras em forma de folha. Apenas uma porção do auxiliar 361 é mostrada em uma borda externa 363 do mesmo. Conforme mostrado, as fibras que formam o auxiliar 361 incluem quatro tipos 365a, 365b, 365c, 365d de fibras torcidas. Um auxiliar pode incluir qualquer combinação dos tipos de fibras 365a, 365b, 365c, 365d mostradas na Figura 59.
[00260] O primeiro, segundo e terceiro tipos de fibras 365a, 365b, 365c incluem fibras que têm uma certa conformação que é alterável, como pela ação de água e/ou outros agentes ao qual o auxiliar 361 é submetido no local de tratamento, por exemplo, o primeiro, segundo e terceiro tipos de fibras 365a, 365b, 365c são cada um configurados para desenrolar ou rasgar. O primeiro tipo de fibras 365a inclui um revestimento 367 sobre o mesmo que é configurado para absorver, dissolver ou de outro modo desintegrar conforme discutido neste documento para revestimentos. O revestimento 367 pode em si incluir um medicamento, ou o revestimento 367 pode revestir um medicamento em uma superfície externa da fibra que é liberável da fibra devido à desintegração do revestimento. O segundo tipo de fibras 365b tem uma pluralidade de péletes 369 fixados às mesmas. Conforme discuti- do acima, cada pélete 369 pode ter um revestimento dissolúvel de modo que, à medida que o revestimento é desintegrado, o medicamento pode ser distribuído como uma dose de bólus ou como uma dosagem de liberação temporizada. Os péletes 369 podem ser mais densamente compactados nas fibras 365b quanto mais próximas as fibras 365b estiverem de um centro do auxiliar 361, o que pode permitir que mais do medicamento a ser aplicado quanto mais as fibras interagirem com o fluido ou outra matéria que dissolve o revestimento. Adicional ou alternativamente, o medicamento dos péletes 369 pode estar em um padrão de liberação temporizada progressiva em que o medicamento adjacente à borda externa 363 libera mais rápido dos péletes 369 do que dos péletes 369 mais em direção ao centro do auxiliar 361. O terceiro tipo de fibras 365c inclui uma pluralidade de fibras de diâmetro menor 371 trançadas juntas para formar a fibra. Um medicamento pode ser "oculto" no interior da trança e ser liberado em resposta ao desenrolamento ou desgaste do trançado.
[00261] Um quarto tipo de fibras 365d inclui fibras que têm uma certa conformação que não é alterável, por exemplo, os quatro tipos de fibras 365d são configurados para não desenrolar ou rasgar. O quarto tipo de fibras 365d forma uma base do auxiliar 361 de modo a fornecer estabilidade estrutural ao auxiliar 361 e, portanto, fornecer estabilidade estrutural a um ferimento ao qual o auxiliar 361 é aplicado.
[00262] Conforme mencionado acima, diferentes auxiliares podem ter um ou mais medicamentos retidos de modo liberável em diferentes locais para otimizar a eficácia do auxiliar e do um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no mesmo durante o processo de cicatri- zação de ferimentos. Um exemplo de um tal auxiliar é o auxiliar 176 da Figura 32 que inclui uma pluralidade de porções ou camadas heterogêneas 178a, 178b, 180a, 180b incorporando diferentes medicamentos. Um outro exemplo desse auxiliar é o auxiliar 184 da Figura 33 que inclui camadas ou porções superior e inferior 186, 188 que podem, cada uma, ter diferentes medicamentos nas mesmas. Ainda um outro exemplo de tal auxiliar é o auxiliar 185 da Figura 35 que inclui porções lado a lado 185a, 185b tendo diferentes medicamentos G5, G6 dispostos nas mesmas. Mais um outro exemplo de tal auxiliar é o auxiliar 187 da Figura 36 que inclui porções interna e externa 187a, 187b que têm diferentes medicamentos G7, G8 dispostos nas mesmas. Um outro exemplo desse tipo de auxiliar é o auxiliar 190 da Figura 37 que inclui camadas concêntricas externas e internas 191, 192 que podem, cada uma, ter diferentes medicamentos A4, B4 na mesma. Ainda um outro exemplo desse tipo de auxiliar é o auxiliar 194 da Figura 38 que inclui porções radialmente alternadas 195, 196 que têm diferentes medicamentos A5, B5 dispostos nas mesmas. Mais um outro exemplo desse auxiliar é o auxiliar 197 da Figura 39 que inclui as porções externa e interna 198, 199 tendo diferentes medicamentoso B6, A6 dispostas nas mesmas.
[00263] A Figura 60 ilustra um outro exemplo de um auxiliar 362 que inclui uma pluralidade de camadas ou porções heterogêneas. Similar ao auxiliar 176 na Figura 32, o auxiliar inclui uma camada ou porção de topo 364 e uma camada ou porção de fundo 366. No exemplo da Figura 60, a porção de topo 364 tem duas porções 364a, 364b e a porção de fundo 366 tem duas porções 366a, 366b. As duas porções da porção de topo 364a, 364b neste exemplo podem ser similares às duas porções de topo 178a, 178b do auxiliar 176, e as duas porções da porção de fundo 366a, 366b podem ser similares às duas porções de fundo do auxiliar 184 na Figura 33.
[00264] Cada uma das porções 364a, 364b, 366a, 366b pode ter um medicamento retido de modo liberável nas mesmas. Cada um dos medicamentos das porções 364a, 364b, 366a, 366b pode ser igual a qualquer um ou mais dos outros medicamentos, ou cada um dos me- dicamentos pode ser diferente de qualquer um ou mais dos outros medicamentos em qualquer uma de uma ou mais maneiras incluindo tipo de medicamento, quantidade de dosagem, e taxa de eluição. Adicionalmente, similar ao discutido acima, cada uma das porções 364a, 364b, 366a, 366b pode ter taxas de degradação que variam de maneira distinta ou contínua. As taxas de degradação e distribuição dos medicamentos dentro de uma ou mais das porções 364a, 364b, 366a, 366b podem variar de uma maneira distinta ou contínua de modo que o auxiliar 362 possa fornecer um perfil de eluição mostrado em um gráfico 368 na Figura 61.
[00265] O gráfico 368 ilustra diferentes taxas de absorção de medicamento através do auxiliar 362 de um lado esquerdo 362L do mesmo até um lado direito 362R do mesmo. Os termos espaciais "esquerda" e "direita" são usados com referência à orientação do auxiliar 362 conforme mostrado na Figura 60 e não se destinam a ser limitantes e absolutos. O zero ("0") ao longo do eixo x do gráfico 368 representa uma área central 370 do auxiliar 362 centralizada em torno de uma porção média do auxiliar 362. O gráfico 368 representa um perfil de eluição exemplificador após o corte do tecido (por exemplo, corte por um elemento de corte de um grampeador cirúrgico) ao qual o auxiliar 362 é aplicado. O lado direito 362R do auxiliar 362 conforme aplicado ao tecido pode ser posicionado ao longo da linha de corte ou borda de corte, e o lado esquerdo 362L do auxiliar 362 conforme aplicado ao tecido pode ser posicionado ao longo de uma porção não cortada do tecido, como uma borda não cortada do tecido, em uma superfície externa do tecido em algum local dentro do perímetro do tecido, ou sobre uma superfície interna do tecido em algum local dentro do perímetro do tecido. Conforme mostrado, a taxa de eluição do um ou mais medicamentos dispostos no auxiliar 362 atinge o pico no lado direito 362R e se curva para baixo em direção ao lado esquerdo 362L, onde a taxa de eluição é a mais baixa. Consequentemente, uma dose mais alta de medicamento(s) é aplicada nos medicamentos que estão mais próximos do lado direito 362R do auxiliar 362. Desta forma, quando o lado direito 362R é posicionado ao longo da linha de corte ou borda de corte do tecido, mais medicamento pode ser aplicado ao longo da borda de corte do tecido, que conforme discutido aqui, pode ser uma área particularmente suscetível aos efeitos adversos de cicatrização de ferimentos. Em uma implementação exemplificadora, o um ou mais medicamentos dispostos na primeira porção 364a da porção de topo 364 do auxiliar 362 podem incluir um agente hemostático, que pode permitir que uma dose relativamente alta do agente hemostático seja aplicada ao tecido ao longo de sua linha ou borda cortada para facilitar a coagulação do sangue ao longo da mesma de acordo com o perfil de eluição mostrado no gráfico 368.
[00266] No contexto do auxiliar 362 ser aplicado a um pulmão, o auxiliar 362 pode ser aplicado ao tecido pulmonar de modo que o lado direito 362R do auxiliar 362 seja posicionado ao longo de uma borda externa do pulmão. Quando um pulmão é grampeado, o vazamento é tradicionalmente maior ao longo de uma borda externa do pulmão. Dessa forma, o um ou mais medicamentos eluídos do auxiliar 362 de acordo com o perfil de eluição 368 podem ter uma dose mais alta ao longo da borda do pulmão e assim ajudar a resolver o problema específico de vazamento ao longo da mesma.
[00267] A Figura 62 ilustra um outro gráfico 372 mostrando um outro perfil de eluição que o auxiliar 362 pode fornecer de acordo com as taxas de degradação e distribuição dos um ou mais medicamentos dentro das porções 364a, 364b, 366a, 366b. O gráfico 372 é similar ao gráfico 368 da Figura 61 em que a taxa de eluição do um ou mais medicamentos dispostos no auxiliar 362 atinge o pico no lado direito 362R e se inclina para baixo em direção ao lado esquerdo 362L, onde a taxa de eluição é a mais baixa. O coeficiente angular no gráfico 372 é uma linha linear, ao contrário da curva no gráfico 368. Similar ao discutido acima com relação ao gráfico 368, o um ou mais medicamentos dispostos na primeira porção 364a da porção de topo 364 do auxiliar 362 podem incluir um agente hemostático, que pode permitir que uma dose relativamente alta do agente hemostático seja aplicada ao tecido ao longo de sua linha ou borda cortada para facilitar a coagulação do sangue ao longo de acordo com o perfil de eluição mostrado no gráfico 372, quando o lado direito 362R do auxiliar 362 é posicionado ao longo de uma linha de corte ou borda de corte do tecido. Adicionalmente, similar ao discutido acima com relação ao perfil de eluição 368, a elui- ção do um ou mais medicamentos 362 do auxiliar de acordo com o perfil de eluição 372 pode ter uma dose mais elevada ao longo da borda do pulmão e assim ajudar a resolver o problema específico de vazamento ao longo da mesma quando o lado direito 362R do auxiliar 362 é posicionado ao longo da borda do pulmão.
[00268] A Figura 63 ilustra um outro gráfico 374 mostrando um outro perfil de eluição que o componente auxiliar 362 pode fornecer de acordo com as taxas de degradação e distribuição dos um ou mais medicamentos dentro das porções 364a, 364b, 366a, 366b. O gráfico 374 representa um perfil de eluição exemplificador antes do corte do tecido (por exemplo, corte por um elemento de corte de um grampeador cirúrgico) ao qual o auxiliar 362 é aplicado. A área central 370 do auxiliar 362 pode ser posicionada ao longo de uma linha de corte planejada de tecido de modo que a dose mais alta do um ou mais medi-camentos liberados a partir do auxiliar 362 pode ser mais alta ao longo da linha de corte planejada. Desta forma, quando o tecido é cortado ao longo da linha de corte, a aplicação ao tecido já começou em uma dose relativamente alta de medicamento(s) ao longo da linha de corte, o que pode ajudar a limitar os efeitos adversos do corte. Por exemplo, uma dose relativamente alta de um agente hemostático, um agente antimicrobiano, um agente antifúngico, e/ou um agente antiviral pode ser aplicada a partir da área central 370 do auxiliar 362.
[00269] Conforme discutido acima, doses múltiplas de um medicamento podem ser liberadas de um auxiliar para atingir uma dose cumulativa do medicamento. A Figura 64 mostra um exemplo de um gráfico 376 de doses cumulativas possíveis ao longo do tempo para cada um dos três medicamentos 378A, 378B, 378C. A escala de tempo na Figura 64 é apenas um exemplo. Uma dose única de cada um dos medicamentos 378A, 378B, 378C é mostrada por uma linha sólida no gráfico 376. Cada dose cumulativa adicional liberada substancialmente ao mesmo tempo que sua dose associada única é mostrada por uma linha pontilhada, por exemplo, duas doses do medicamento 378A mostradas como uma linha pontilhada A1, três doses do medicamento 378A mostradas como uma linha pontilhada A2, quatro doses do medicamento 378A mostradas como uma linha pontilhada A3, duas doses do medicamento 378B mostradas como a linha pontilhada B1, etc. Em uma implementação exemplificadora, o primeiro medicamento 378A pode ser configurado para facilitar a hemóstase no estágio de hemostasia de cicatrização de ferimento e cada um dentre o segundo e terceiro medicamentos 378B, 378C pode ser configurado para facilitar a inflamação no estágio de inflamação de cicatrização de ferimento. As doses individuais do segundo e terceiro medicamentos 378B, 378C podem ser configuradas para fornecer uma dose cumulativa (por exemplo, uma dose inflamatória cumulativa) similar à dose cumulativa "BC" nas Figuras 40 e 42.
[00270] A Figura 65 mostra um exemplo de um gráfico 402 de doses cumulativas possíveis ao longo do tempo para cada um dos três medi-camentos 404A, 404B, 404C liberáveis a partir de um auxiliar. A escala de tempo na Figura 65 é apenas um exemplo. Conforme mostrado no gráfico 402, o primeiro medicamento 404A começa a ser liberado do auxiliar em um tempo zero da criação do ferimento e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 1, o segundo medicamento 404B começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 1 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 2, e o terceiro medicamento 404C começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 2 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 3. Os três medicamentos 404A, 404B, 404C podem dessa forma ter dosagens de pico escalonadas no tempo. Adicionalmente, conforme mostrado, o primeiro medicamento 404A pode interromper a liberação a partir do auxiliar (por exemplo, ser totalmente liberado do auxiliar) em um instante do dia 3, o segundo medicamento 404B pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 3, e o terceiro medicamento 404C pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 4. As doses individuais dos três medicamentos 404A, 404B, 404C podem ser configuradas para cooperar para fornecer uma dose cumulativa 406 similar à dose cumulativa "BC" nas Figuras 40 e 42. Em uma implementação exempli- ficadora, cada um dos três medicamentos 404A, 404B, 404C pode ser configurado para facilitar a cicatrização do ferimento no estágio de inflamação da cicatrização de ferimentos.
[00271] A Figura 66 mostra um exemplo de um gráfico 408 de doses cumulativas possíveis ao longo do tempo para cada um dos sete medicamentos 410A, 410B, 410C, 410D, 410E, 410F, 410G liberáveis a partir de um auxiliar. A escala de tempo na Figura 66 é apenas um exemplo. Conforme mostrado no gráfico 408, o primeiro medicamento 410A começa a ser liberado do auxiliar em um tempo zero da criação do ferimento e atinge o pico de dosagem logo após o tempo zero, o segundo medicamento 410B começa a ser liberado do auxiliar no tempo zero e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 1, o terceiro medicamento 410C começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 1 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 2, o quarto medicamento 410D começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 2 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 3, o quinto medicamento 410E começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 3 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 4, o sexto medicamento 410F começa a ser liberado do auxiliar em um início do dia 4 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 5, e o sétimo medicamento 410G começa a ser liberado do auxiliar em um instante do dia 5 e atinge o pico de dosagem em um instante do dia 6. Os sete medicamentos 410A, 410B, 410C, 410D, 410E, 410F, 410G podem, dessa forma, ter dosagens de pico escalonadas no tempo. Adicional-mente, conforme mostrado, o primeiro medicamento 410As pode interromper a liberação a partir do auxiliar em instante do dia 1, o segundo medicamento 410B pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante no dia 2, o terceiro medicamento 410C pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 3, o quarto medicamento 410D pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 4, o quinto medicamento 410E pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante no dia 5, o sexto medicamento 410F pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 6, e a o sétimo medicamento 410F pode interromper a liberação a partir do auxiliar em um instante do dia 7. Em uma implementação exemplificadora, o primeiro medicamento 410A pode ser configurado para facilitar a hemostasia no estágio de hemostasia de cicatriza- ção de ferimentos, o segundo, o terceiro, e o quarto medicamentos 410B, 410C, 410D podem ser configurados para facilitar a inflamação no estágio de inflamação de cicatrização de ferimento, o quinto e sexto 410E. 410F podem ser configurados para inibir MMP no estágio de inflamação de cicatrização de ferimentos, e o sétimo medicamento 4101G pode ser configurado para evitar inflamação no estágio de proli- feração de cicatrização de ferimentos.
[00272] A Figura 67 mostra um exemplo de um gráfico 380 de doses possíveis ao longo do tempo para cada um dos três medicamentos 382A, 382B, 382C liberáveis a partir de um auxiliar. Cada uma das doses dos medicamentos 382A, 382B, 382C, conforme mostrado, pode ser obtida com o uso de uma dose única ou de uma dose cumulativa. Conforme mostrado no gráfico 380, o primeiro e o segundo medicamentos 382A, 382B começam a ser liberados a partir do auxiliar em um tempo zero da criação do ferimento e o terceiro medicamento 382C é liberado em um ponto no tempo após o tempo zero. Conforme mostrado, o primeiro medicamento 382A pode alcançar sua dosagem de pico antes do segundo medicamento 382B atingir sua dosagem de pico e o segundo medicamento 382B pode alcançar sua dosagem de pico antes do terceiro medicamento 382C atingir sua dosagem de pico. Os três medicamentos 382A, 382B, 382C podem dessa forma ter dosagens de pico escalonadas no tempo. Adicionalmente, conforme mostrado, o segundo medicamento 382B pode alcançar sua dosagem de pico substancialmente ao mesmo tempo em que a dose do primeiro medicamento 382A termina e a dose do terceiro medicamento 382C começa. Em uma implementação exemplificadora, o primeiro medicamento 382A pode ser configurado para facilitar a hemostasia no estágio de hemostasia de cicatrização de ferimentos e cada um dentre o segundo e terceiro medicamentos 382B, 382C pode ser configurado para facilitar a cicatrização de ferimentos em um estágio após o estágio de hemostasia, por exemplo, em um ou mais dos estágios de in-flamação, proliferação e remodelagem.
[00273] A Figura 68 ilustra um exemplo de um auxiliar 384 que inclui os três medicamentos 382A, 382B, 382C liberáveis do mesmo ao longo do tempo de acordo com o gráfico 380. Conforme mostrado, o primeiro medicamento 382A é disposto de modo liberável em uma primeira porção ou camada 386 do auxiliar 384, o segundo medicamento 382B é disposto de modo liberável em uma segunda porção ou camada 388 do auxiliar 384, e o terceiro medicamento 382C é disposto de modo liberável em uma terceira porção ou camada 390 do auxiliar 384. O auxiliar 384 pode incluir uma quarta porção ou camada 392 que não tem nenhum medicamento disposto na mesma, embora em outras implementações, a quarta porção ou camada 392 possa ter ao menos um medicamento disposto de modo liberável na mesma.
[00274] A Figura 68 ilustra o auxiliar 384 aplicado ao tecido 394, como sendo aplicado ao mesmo em conjunto com grampos (não mostrados). O auxiliar 384 pode ser posicionado em relação ao tecido 394 de modo que, conforme mostrado, o auxiliar 384 esteja no topo do tecido 394 com uma borda externa 396 do tecido 394 estando alinhada com uma borda externa 398 do auxiliar 384 que tem ao menos a primeira porção ou camada 386 exposta na mesma. O primeiro medicamento 382A pode dessa forma ser configurado para ser liberado a partir da primeira porção ou camada 386 e vazar ou gotejar para baixo sobre a borda externa do tecido 396. A borda externa 396 do tecido pode ser uma borda natural do tecido 394 ou pode ser uma borda de corte do tecido 394. No caso da borda externa 396 do tecido ser uma borda cortada, o auxiliar 384 pode incluir duas metades, com uma das metades sendo a porção mostrada na Figura 68 e a outra metade do auxiliar 384 sendo uma imagem em espelho do mesmo na outra metade do tecido cortado 394.
[00275] O auxiliar 384 pode ser acoplado de modo liberável a um grampeador (por exemplo, a um atuador de extremidade de um grampeador e/ou a um cartucho que pode ser retido em um grampeador) de modo que o auxiliar 384 é desejavelmente posicionado em relação ao tecido 394 ao qual o grampeador aplica grampos e o auxiliar 394, por exemplo, de modo que a primeira porção ou camada 386 do auxiliar 384 seja alinhada com a borda natural 396 do tecido 394 ou onde a borda cortada 396 do tecido 394 será depois que o grampeador corta o tecido 394.
[00276] A Figura 69 ilustra o auxiliar 384 fixado ao tecido 394 com o crescimento de tecido (migração de célula 400) se iniciando na segunda porção ou camada 388. Então, conforme mostrado na Figura 70, depois de um período de tempo, o primeiro medicamento 382A pode ter sido completamente liberado do auxiliar 384, o segundo medicamento 382B pode ser parcialmente liberado do auxiliar 384, e o terceiro medicamento 382C pode começar a ser liberado do auxiliar 384 (uma porção liberada 382R do terceiro medicamento 382C e uma porção não liberada ou inativa do terceiro medicamento 382C sendo mostrada na Figura 70). Nessa implementação ilustrada, o terceiro medicamento 382C começa sua liberação a partir do auxiliar 384 em resposta à interação das células 400 migradas ao mesmo a partir do tecido 394 e através da segunda porção ou camada 388. Em outras palavras, o terceiro medicamento 382C começa sua liberação a partir do auxiliar 384 em resposta ao crescimento interno do tecido.
[00277] Conforme mencionado acima, as características particulares associadas a um auxiliar que tem um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no mesmo podem ser direcionadas ao uso do auxiliar com um órgão particular, como um cólon, um estômago, um pulmão, e um fígado. Em relação ao cólon, sua estrutura de tecido é geralmente organizada para facilitar a expansão ou estiramento (distensão) e para limitar a expansão ou estiramento longitudinal (por exemplo, expansão ou estiramento ao longo de um eixo longitudinal do cólon). Adicionalmente, a anastomose em procedimentos de colecto- mia formados com o uso de um grampeador circular ou um grampea-dor linear deixa uma linha de grampos dentro do cólon. Para procedimentos colorretais, vazamentos anastomóticos no local do ferimento são um evento de risco comum e potencialmente fatal. Um auxiliar que tem um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável no mesmo, aplicado ao tecido do cólon no local da anastomose do ferimento pode ser configurado para ajudar a evitar vazamentos anastomóticos no local da anastomose e, desse modo, melhorar a cicatrização do ferimento e ajudar a evitar os efeitos adversos causados pelos vazamentos e pela cicatrização do ferimento em geral. O auxiliar pode ser aplicado ao tecido do cólon ao longo da linha de grampos para refletir a natureza endoluminal da linha de grampos, para fornecer resistência ao longo da linha de grampos onde os tecidos anastomóticos são unidos um ao outro, e/ou para ajudar a focalizar os benefícios de cicatri- zação do ferimento do auxiliar e/ou seus medicamentos associados ao longo da área em que os vazamentos são mais comuns. Em implementações exemplificadoras, os medicamentos dispostos no auxiliar aplicados ao cólon podem ser configurados para executar uma função dentre qualquer uma ou mais de diminuição da função e/ou produção de macrófagos, aumento da atividade e atração de fibroblastos, e redução da inflamação.
[00278] Conforme discutido acima, um auxiliar tendo um ou mais medicamentos retidos de modo liberável no mesmo pode ser aplicado ao tecido para focalizar o crescimento encorajado de tecido em uma direção de acordo com a expansão e contração radiais naturais do cólon. Esse estímulo pode ser causado de inúmeras formas, conforme discutido acima.
[00279] A Figura 71 ilustra uma implementação de um auxiliar 412 aplicado a um cólon 414 com uma pluralidade de grampos 416 em um procedimento de anastomose látero-lateral com o uso de um grampeador cirúrgico circular (não mostrado). Conforme mostrado, o auxiliar 412 é colocado intraluminalmente, por exemplo, está situado dentro de uma passagem interna 418 do cólon 414. A linha de grampos formada pelos grampos 416 pode se estender geralmente transversal à direção de distensão natural do cólon, conforme mostrado.
[00280] O auxiliar 412 nesta modalidade ilustrada inclui um retículo à base de fibras, em formato circular com os lados opostos 412a, 412b do mesmo posicionados em lados opostos do tecido conectado 414a, 414b. Uma abertura interna 420 do auxiliar 412 está em comunicação com a passagem interna do cólon 418 de modo a facilitar a função normal do cólon. Um auxiliar de formato circular como o auxiliar de formato circular 412 neste exemplo ilustrado pode ser particularmente eficaz em um procedimento de anastomose látero-lateral, uma vez que ele pode circundar toda a área do ferimento em torno de uma circunferência interna do cólon 414, por exemplo, em torno de uma circunfe-rência da passagem interna 418. Circundar toda a área do ferimento pode ajudar a evitar vazamentos a partir de qualquer ponto em torno do local do ferimento.
[00281] A Figura 72 ilustra uma implementação de um auxiliar 422 aplicado a uma estrutura tubular 424 do tecido com uma pluralidade de grampos em um procedimento de anastomose término-terminal. A estrutura tubular 424 do tecido pode incluir, por exemplo, um cólon ou uma porção tubular de um pulmão (por exemplo, um tubo bronquial do mesmo). A linha de grampos formada pelos grampos pode se estender geralmente transversal à direção de distensão natural da estrutura tubular do tecido, conforme mostrado. O auxiliar 422 inclui uma pluralidade de membros, cada um tendo uma camada externa ou revestimento 426 encapsulando uma camada interna (omitido na Figura 72) dispostos sobre um grampo (omitido na Figura 72), similar ao auxiliar 150 da Figura 22. A camada externa 426 e/ou a camada interna podem ser infundidas com um corante reativo ou polímero reativo que, na presença de um agente secundário (por exemplo, uma pílula deglutida, um supositório, etc.), podem ser configuradas para mudar de cor. A mudança de cor pode permitir que vazamentos 428 sejam detectados visualmente e/ou a mudança da cor pode ser de outro modo observada, como por meio de raios x. A ação corretiva pode, dessa forma, ser feita com relação ao vazamento. Auxiliares que sofrem alteração de cor são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° [ ] intitulado "Surgical Adjuncts With Medicants Affected By Activator Materials" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-169F01US (END7632USNP)], o qual está aqui incorporado em sua totalidade a título de referência.
[00282] Ao invés de mudar de cor, um ou mais medicamentos retidos de modo liberável por um auxiliar, como o auxiliar 422, aplicado ao tecido do cólon, podem ser configurados para de outro modo produzir ao menos um dentre um sinal e um efeito sobre o auxiliar, por exemplo, formação de espuma ou uma alteração na conformação do auxiliar. Exemplos de tais medicamentos e auxiliares são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° [ ] intitulado "Surgical Adjuncts With Medicants Affected By Activator Materials" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-169F01US (END7632USNP)].
[00283] Em relação ao estômago, sua estrutura de tecido é geralmente organizada para facilitar a expansão ou estiramento radial e para limitar a expansão ou estiramento ao longo de seu eixo longitudinal. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável nos mesmos podem dessa forma ser aplicados ao tecido do estômago para focalizar o crescimento encorajado do tecido em uma direção de acordo com a expansão e contração radiais naturais do estômago, similar ao discutido aqui em relação ao tecido do cólon. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira libe- rável nos mesmos podem ser aplicados ao tecido do estômago de qualquer uma de uma variedade de procedimentos cirúrgicos, como os procedimentos que usam um grampeador linear no qual um corte linear é formado no tecido do estômago e os procedimentos que usam usando um grampeador circular no qual uma anastomose término- lateral é formada.
[00284] Pode ser benéfico aplicar ao estômago um auxiliar que tenha disposto no mesmo um ou mais medicamentos configurados para evitar que o tecido em contato com os mesmos cresça. O estômago está próximo a várias outras estruturas de tecido, por exemplo, o esôfago, o intestino, etc., nas quais a adesão do estômago não é geralmente desejada. O um ou mais medicamentos configurados para evitar que o tecido em contato com os mesmos cresça podem ser configurados para serem liberados do auxiliar, em qualquer uma das várias maneiras aqui descritas, em áreas adjacentes aos tecidos nas quais o estômago não deve ser aderido.
[00285] Exemplos de auxiliares e medicamentos que podem ser aplicados ao estômago são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° [ ] intitulado "Adjunct Material For Delivery To Stomach Tissue" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-173F01US (END7636USNP)], o qual está aqui incorporado em sua totalidade a título de referência.
[00286] Em relação ao pulmões, sua estrutura de tecido é geralmente organizada para facilitar a expansão ou estiramento radial e para limitar a expansão ou estiramento ao longo de seu eixo longitudinal. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável nos mesmos podem dessa forma ser aplicados ao tecido pulmonar para focalizar o crescimento encorajado do tecido em uma direção de acordo com a expansão e contração radiais naturais do pulmão, similar ao discutido aqui em relação ao tecido do cólon. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira libe- rável nos mesmos podem ser aplicados ao tecido do pulmão de qual- quer uma de uma variedade de procedimentos cirúrgicos, como os procedimentos que usam um grampeador linear no qual um corte linear é formado no tecido do pulmão. Pode ser benéfico permitir a distensão do tecido pulmonar ao longo de um comprimento de uma linha de grampos aplicada ao tecido pulmonar. A direção natural do tecido que encoraja a distensão e, portanto, a direção que um auxiliar pode ser configurada para encorajar o crescimento do tecido em qualquer uma de uma variedade de formas aqui descritas, podem dessa forma estar ao longo de um eixo longitudinal da linha de grampos. Exemplos de auxiliares e medicamentos que podem ser aplicados ao pulmão são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° [ ] intitulado "Surgical Adjuncts And Medicants For Promoting Lung Function" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-174F01US (END7637USNP)] e pedido de patente US n° [ ] intitulado "Inducing Tissue Adhesions Using Surgical Adjuncts And Medicants" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-179F01US (END7642USNP)], os quais estão por meio deste aqui incorporados em sua totalidade, a título de referência.
[00287] Em relação ao fígado, sua estrutura de tecido é geralmente organizada para facilitar a expansão ou estiramento radial e para limitar a expansão ou estiramento ao longo de seu eixo longitudinal. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira libe- rável nos mesmos podem dessa forma ser aplicados ao tecido do fígado para focalizar o crescimento encorajado do tecido em uma direção de acordo com a expansão e contração radiais naturais do fígado, de maneira similar àquela discutida aqui em relação ao tecido do fígado. Os auxiliares que têm um ou mais medicamentos retidos de maneira liberável nos mesmos podem ser aplicados ao tecido do pulmão de qualquer uma de uma variedade de procedimentos cirúrgicos, como os procedimentos que usam um grampeador linear no qual um corte linear é formado no tecido do pulmão. Exemplos de auxiliares e medicamentos que podem ser aplicados ao fígado são descritos com mais detalhes no pedido de patente US n° [ ] intitulado "Adjunct Material For Delivery To Liver Tissue" depositado na mesma data do presente pedido [n° do documento do procurador 47364-177F01US (END7640USNP)], o qual está aqui incorporado em sua totalidade a título de referência.
[00288] Uma pessoa versada na técnica entenderá que a presente invenção tem aplicação na instrumentação cirúrgica aberta e minimamente invasiva convencional bem como aplicação em cirurgia robótica assistida.
[00289] Os dispositivos aqui descritos podem ser projetados para que eles sejam descartados após um único uso, ou podem ser projetados para que eles sejam usados múltiplas vezes. Em qualquer um dos casos, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reu- so após ao menos um uso. O recondicionamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguido de limpeza ou substituição de peças específicas e subsequente remonta- gem. Em particular, o dispositivo pode ser desmontado e qualquer número de peças ou partes específicas do dispositivo podem ser seletivamente substituídas ou removidas, em qualquer combinação. Mediante a limpeza e/ou substituição de partes específicas, o dispositivo pode ser remontado para uso subsequente na instalação de recondici- onamento ou por uma equipe cirúrgica, imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica entenderão que o re- condicionamento de um dispositivo pode usar uma variedade de técnicas para desmontar, limpar/substituir e remontar. O uso de tais técnicas e o dispositivo recondicionado resultante estão dentro do escopo do presente pedido.
[00290] O versado na técnica compreenderá outras características e vantagens da invenção com base nas modalidades acima descritas. Consequentemente, a invenção não deve ser limitada pelo que foi par-ticularmente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas rei-vindicações anexas. Todas as publicações e referências citadas estão expressamente aqui incorporadas na íntegra, a título de referência.

Claims (6)

1. Conjunto de cartucho de grampo (92) para uso com um grampeador cirúrgico circular (80), caracterizado pelo fato de que compreende: um corpo do cartucho (96) tendo ao menos uma fileira anular de cavidades de grampo, cada cavidade de grampo tendo um grampo cirúrgico disposto no interior da mesma; um material auxiliar biocompatível (300) retido de maneira liberável sobre o corpo do cartucho e configurado para ser aplicado ao tecido do cólon em conjunto com o posicionamento dos grampos a partir do corpo do cartucho de modo a formar ao menos uma linha de grampos posicionados, o material auxiliar configurado para ser aplicado ao longo de ao menos uma linha de grampos posicionados, o material auxiliar estando sob a forma de um retículo de fibras, o retículo de fibras tendo ao menos duas seções de retículo de fibras heterogêneas distintas, cada uma das seções de retículos de fibra do material auxiliar sendo disposta em um padrão configurado para promover a remo- delagem organizada do tecido do cólon; e uma quantidade eficaz de ao menos um medicamento disposta no interior e de maneira removível do material auxiliar, o ao menos um medicamento sendo eficaz para afetar o crescimento do tecido do cólon, e sendo removível do material auxiliar de um modo homogêneo, e em que as pelo menos duas seções de retículos de fibra heterogêneas distintas incluem uma primeira seção de retículo de fibra tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo longitudinal do material auxiliar e uma segunda seção de rede de retículos tendo fibras que se estendem anularmente em torno do eixo longitudinal do material auxiliar, o eixo longitudinal do material auxiliar sendo paralelo a um eixo longitudinal do cólon tendo os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar aplicado no mesmo.
2. Conjunto, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material auxiliar é produzido a partir de uma pluralidade de fibras que são uma dentre bioabsorvíveis e solúveis.
3. Conjunto, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um medicamento é eluído mediante a absorção ou dissolução das fibras.
4. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o padrão configurado para promover a remodelagem organizada de tecido do cólon de modo desejado é configurado para promover o crescimento do tecido de cólon em uma direção natural das fibras de tecido do cólon, facilitando, assim, a expansão radial do cólon em uma área do cólon adjacente, para a ao menos uma linha de grampos posicionados.
5. Conjunto, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o pelo menos um medicamento inclui um medicamento angiogênico configurado para proporcionar um efeito desejado de crescimento de vasos sanguíneos.
6. Atuador de extremidade (90) para um grampeador cirúrgico circular (80), caracterizado pelo fato de que compreende: um conjunto de cartucho (92) tendo um corpo do cartucho (96) fixado de modo removível a este, o corpo do cartucho tendo sobre uma superfície voltada para o tecido do mesmo uma pluralidade de cavidades de grampos dispostas de modo anular configuradas para acomodar grampos no interior das mesmas; um conjunto de bigorna (94) tendo uma bigorna com uma pluralidade de cavidades de formação de grampo dispostas de modo anular formadas sobre uma superfície voltada para o tecido das mesmas, ao menos um dentre o conjunto de cartucho e o conjunto de bigorna sendo móvel um em relação ao outro; um material auxiliar biocompatível (300) retido de maneira liberável sobre ao menos uma das superfícies voltadas para o tecido do conjunto de cartucho e do conjunto de bigorna e configurado para ser aplicado ao tecido do cólon por meio do posicionamento dos grampos no corpo do cartucho, o material auxiliar estando sob a forma de um retículo de fibras tendo ao menos duas seções de retícula de fibras heterogêneas distintas, cada uma das seções de retículo de fibras do material auxiliar sendo disposta em um padrão configurado para promover a remodelagem organizada do tecido do cólon; e uma quantidade eficaz de ao menos um medicamento disposta no interior e de maneira removível do material auxiliar, os ao menos um medicamento sendo eficaz em fornecer um efeito desejado sobre o tecido do cólon em crescimento de um modo predeterminado, e sendo removível do material auxiliar de um modo homogêneo, e em que as pelo menos duas seções de retículo de fibra heterogêneas distintas incluem uma primeira seção de retículo de fibra tendo fibras que se estendem ao longo de um eixo longitudinal do material auxiliar e uma segunda seção de retículo de fibra tendo fibras que se estendem anularmente em torno do eixo longitudinal do material auxiliar, o eixo longitudinal do material auxiliar sendo paralelo a um eixo longitudinal do cólon tendo os grampos posicionados no mesmo e o material auxiliar distribuído no mesmo.
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