BR112017016050B1 - Dispositivo de monitoramento de doses e método para registrar o tempo de injeção e a quantidade de líquido injetada por seringa - Google Patents

Dispositivo de monitoramento de doses e método para registrar o tempo de injeção e a quantidade de líquido injetada por seringa Download PDF

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Joseph Eckerle
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Abstract

DISPOSITIVO DE MONITORAMENTO DE DOSES E MÉTODO PARA REGISTRAR O TEMPO DE INJEÇÃO E A QUANTIDADE DE LÍQUIDO INJETADA POR SERINGA. É descrito aqui um dispositivo inteligente de monitoramento da dose. O dispositivo de monitoramento da dose pode incluir elementos eletrônicos tais como sensores de movimento, sensores de orientação e temporizadores relacionados ao monitoramento do tempo e da quantidade de dose administrada durante um evento de injeção.

Description

PEDIDOS DE PATENTES U.S. RELACIONADOS
[0001] Este Pedido de Patente reivindica prioridade ao Pedido de Patente U.S. Provisório No. 62/107.946 depositado em 26 de janeiro de 2015, que é incorporado aqui como referência em sua totalidade.
ANTECEDENTE DA INVENÇÃO Campo da Invenção
[0002] A invenção refere-se a seringas e mais particularmente, refere-se a dispositivos inteligentes para capturar dados de dosagem das seringas.
Descrição da Técnica Relacionada
[0003] Há várias doenças em que os pacientes têm uma função ativa no controle da doença. Sob alguns regimes de tratamento, pode ser necessário que um paciente injete medicamento em seu corpo várias vezes ao dia. Por exemplo, pacientes diabéticos têm que se injetar insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando o medicamento de autoinjeção é preparado, pode ser necessário que o paciente leve vários fatores em consideração. Por exemplo, pode ser necessário que o paciente mantenha registros das quantidades de dose de injeção anteriores bem como os tempos precisos nos quais tais doses foram administradas com a finalidade de calcular a quantidade de dose e o tempo para uma autoinjeção subsequente. Os pacientes diabéticos podem precisar injetar insulina várias vezes ao dia em níveis variáveis. Pode ser difícil que o paciente mantenha registros da quantidade de dose e do tempo de cada evento de injeção. Além disso, após puxar a insulina para dentro de uma seringa, mas antes da injeção em um paciente, parte do medicamento pode ser perdida da seringa durante a “preparação”, a remoção de bolhas de ar da seringa. Isto pode fazer com que o paciente se lembre incorretamente da quantidade de insulina que foi originalmente puxada para dentro da seringa como a quantidade de dose injetada. Estes problemas criam uma possibilidade de erro na determinação das quantidades da dose e nos tempos que são utilizados para autoinjeções subsequentes.
[0004] Para resolver estes problemas, a arte anterior se concentrou em sensores configurados para monitorarem e registrarem a distância linear percorrida pela borracha do êmbolo ou haste do êmbolo da seringa, que pode ser utilizada para calcular a quantidade de fluido presente na seringa. Entretanto, uma borracha do êmbolo ou uma haste do êmbolo pode ser submetida a vários movimentos lineares antes da injeção do medicamento. Por exemplo, para preencher uma seringa com insulina, o paciente primeiramente preenche a seringa com uma quantidade de a equivalente à quantidade de sua dose de insulina pretendida. O paciente então pressuriza um frasco de insulina através da injeção de ar dentro do frasco. Com a seringa ainda dentro do frasco, o paciente então vira a seringa e o frasco de forma que a extremidade da agulha da seringa fique apontada para cima. O paciente então aspira a insulina do frasco para dentro da seringa. Durante este processo, o ar pode ser puxado para dentro da seringa junto com a insulina. Para remover o ar, o paciente pode se incumbir da preparação, que envolve várias etapas. Primeiramente, o paciente orienta a extremidade da agulha da seringa apontada para cima. Esta rotação permite que o ar apareça na parte superior da agulha. O paciente pode então bate levemente na seringa para expulsar bolhas das paredes laterais da seringa. A seguir, o paciente pode pressionar o êmbolo até que todas as bolhas de ar sejam retiradas da seringa. Todos os vários movimentos do êmbolo antes da injeção podem ser registrados e levam a medidas errôneas da distância percorrida pelo êmbolo durante a injeção e consequentemente da quantidade de dose.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0005] Um aspecto da invenção é um dispositivo de monitoramento da dose que pode detectar o movimento de uma haste do êmbolo ou uma borracha do êmbolo dentro de uma seringa e determinar a orientação da seringa quando tal movimento ocorrer. O dispositivo de monitoramento da dose pode incluir um primeiro canal configurado para receber um corpo da seringa de uma seringa, um ou mais sensores de movimento configurados para detectar o movimento de um êmbolo no corpo da seringa, um ou mais sensores de orientação configurados para detectar a orientação da seringa, um ou mais sensores configurados para detectar movimentos repentinos da seringa, um temporizador e um módulo de comunicação configurado para transmitir dados do um ou mais sensores de movimento, do um ou mais sensores de orientação, do um ou mais sensores configurados para detectar movimentos repentinos da seringa e do temporizador para um dispositivo externo.
[0006] Em uma modalidade, os dados de movimento e os dados de orientação podem ser transmitidos para um dispositivo externo.
[0007] Outra modalidade da presente invenção é um método para calcular e registrar a quantidade de dose e o momento preciso de injeções de medicamento anteriores. O método pode incluir o fornecimento de uma seringa que possui um êmbolo configurado para administrar um medicamento, o fornecimento de um dispositivo de monitoramento da dose que compreende um ou mais sensores de movimento, um ou mais sensores de orientação e um temporizador, em que o dispositivo de monitoramento da dose é fixado na seringa e é configurado para detectar dados utilizando o um ou mais sensores de movimento, o um ou mais sensores de orientação e o temporizador, transmitindo os dados para um processador e determinado quais dados correspondem a um evento de injeção da seringa.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0008] A FIG. 1 representa um dispositivo de monitoramento da dose para uma seringa de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção.
[0009] A FIG. 2 representa um dispositivo de monitoramento da dose acoplado a uma seringa de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção.
[00010] A FIG. 3 representa uma vista esquemática de um dispositivo de monitoramento da dose de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção.
[00011] A FIG. 4 representa um fluxograma de uma modalidade de monitoramento de um evento de injeção de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção.
[00012] A FIG. 5 representa um fluxograma de uma modalidade de processamento de dados do sensor em um dispositivo externo de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[00013] Como será considerado por um perito na arte, há inúmeras formas de realizar os exemplos, as melhorias e os ajustes de um dispositivo de fornecimento de medicamento de acordo com modalidades da invenção divulgada aqui. Embora seja feita referência às modalidades ilustrativas representadas nos desenhos e na descrição a seguir, não é pretendido que estas modalidades sejam exaustivas dos vários projetos alternativos e das modalidades que são abrangidas pela invenção divulgada. Os peritos na arte considerarão facilmente que várias modificações podem ser feitas e que várias combinações podem ser produzidas, sem se afastar da invenção.
[00014] Uma modalidade é um dispositivo de monitoramento da dose de medicamento, que é representado nas Figuras 1-4. Em uma modalidade ilustrativa, o dispositivo de monitoramento da dose é configurado e moldado para se encaixar em uma seringa típica. Em algumas modalidades, o dispositivo de monitoramento da dose é configurado e moldado de forma que possa ser fixado e desprendido de mais de um tipo ou formato de seringa descartável. Por exemplo, em uma modalidade, o dispositivo de monitoramento da dose tem formato de crescente e é planejado para se encaixar na parte superior de uma seringa.
[00015] Em uma modalidade ilustrativa, o dispositivo de monitoramento da dose pode incluir um ou mais sensores para a detecção de dados relevantes para o movimento da seringa por um usuário. Por exemplo, o movimento pode estar relacionado a um evento de injeção, em que o usuário está se preparando para ou realizando uma injeção. O um ou mais sensores podem incluir êmbolo sensores de movimento para a detecção do movimento linear de uma haste do êmbolo ou uma borracha do êmbolo dentro de uma seringa. Os sensores de movimento do êmbolo podem ser configurados para detectar a distância e a direção percorridas pela haste do êmbolo ou pela borracha do êmbolo. Em uma modalidade o êmbolo se encaixa dentro de uma reentrância dentro do dispositivo de monitoramento da dose. A reentrância inclui um sensor de movimento que detecta o movimento linear do êmbolo.
[00016] O dispositivo de monitoramento da dose também pode incluir um ou mais sensores de orientação para a determinação da orientação da seringa e para a detecção de movimentos repentinos associados com a manipulação da seringa. Os sensores de orientação podem ser configurados para detectar movimentos da seringa tais como, mas, sem limitação, impactos repentinos associados às batidas de leve na lateral da seringa. Em algumas modalidades, os sensores de orientação diferentes são configurados para determinar a orientação da seringa ao invés de serem configurados para determinar movimentos associados com a manipulação da seringa. Em uma modalidade ilustrativa de acordo com a presente invenção, o dispositivo de monitoramento da dose pode incluir ainda um relógio digital ou um temporizador para registrar ao tempo associado com o movimento da haste do êmbolo ou da borracha do êmbolo da seringa.
[00017] Em uma modalidade ilustrativa de acordo com a presente invenção, o dispositivo de monitoramento da dose pode incluir ainda um módulo de comunicação para fornecer conectividade entre o dispositivo de monitoramento da dose e dispositivos externos. O módulo de comunicação pode ser conectado a um dispositivo externo utilizando comunicação com fio ou sem fio. Esta conexão pode ser realizada utilizando protocolos de comunicação sem fio bem conhecidos, tal como Bluetooth, WIFI ou outros meios. O dispositivo de monitoramento da dose pode incluir ainda uma bateria para fornecer energia para os componentes elétricos do dispositivo de monitoramento da dose.
[00018] O dispositivo de monitoramento da dose também pode ser configurado para transmitir dados dos sensores para um dispositivo externo, tal como um computador ou um dispositivo móvel. O dispositivo externo pode ser configurado para processar os dados para determinar quais movimentos do êmbolo ou da borracha do êmbolo estão associados a um evento de injeção. Os dados para a distância percorrida pelo êmbolo durante um evento de injeção podem então ser processados para calcular a quantidade de medicamento expelida da seringa, isto é, a quantidade de dose injetada em um usuário. A quantidade de dose e o tempo associado a um evento de injeção podem então ser registrados e exibidos para um usuário em uma interface do usuário do dispositivo externo.
[00019] Um usuário pode fixar o dispositivo de monitoramento da dose em uma seringa antes de realizar uma injeção. Por exemplo, um paciente diabético pode fixar o dispositivo de monitoramento da dose em uma seringa vazia antes de realizar uma injeção de insulina. Neste exemplo, o usuário forneceria energia ao dispositivo ou o dispositivo receberia energia automaticamente após ser encaixado em uma seringa. O dispositivo então detectaria o movimento lateral da seringa à medida que o usuário puxasse o êmbolo para fora do corpo da seringa com a finalidade de encher a seringa com a quantidade apropriada de ar antes da pressurização de um frasco de insulina. O dispositivo pode detector se a seringa foi movida para fora de forma correspondente a uma unidade de insulina, com base no tipo de seringa planejada para se encaixar no dispositivo. O dispositivo pode então detectar o usuário pressionando o êmbolo para baixo para pressurizar o frasco de insulina.
[00020] Durante estas operações, um sensor de orientação pode estar registrando de forma ativa a orientação da seringa para análise posterior. Isto permite que o sistema processe e determine uma previsão acuradamente quando a dosagem real ocorreu com base na posição anterior e atual da seringa no espaço tridimensional. Por exemplo, é improvável que o movimento do êmbolo para baixo enquanto que a agulha está voltada para cima seja um evento de injeção. Normalmente, um evento de injeção ocorreria com a agulha voltada para baixo ou aproximadamente paralela ao chão.
[00021] Assim que o usuário pressurizou o frasco de insulina, o sistema pode detectar o usuário orientando a agulha para cima e retirando uma quantidade particular de insulina do frasco pressurizado. A detecção da agulha na posição para cima e de um movimento de remoção do êmbolo pode sinalizar este evento para o dispositivo de monitoramento da dose. O sistema pode então armazenar a quantidade de insulina calculada com base na distância em que o êmbolo foi puxado durante este evento.
[00022] O dispositivo de monitoramento da dose pode então monitorar o movimento da seringa para determinar se o usuário está realizando uma operação de preparação. Em tal operação, o usuário pode “agitar” ou bater na seringa para liberar bolhas de ar aprisionadas. Isto é normalmente realizado com a agulha apontando para cima de forma que quaisquer bolhas de ar aprisionadas se movam para a parte superior da seringa. O usuário pode então pressionar ligeiramente o êmbolo para expelir qualquer ar aprisionado. Durante este processo de expulsão do ar, o usuário também pode liberar parte do medicamento, neste caso insulina, da seringa. Isto reduziria a quantidade de insulina realmente injetada e assim o dispositivo pode rastrear o movimento do êmbolo durante este evento, de forma que o cálculo posterior de quanta insulina foi injetada fosse mais acurado.
[00023] Após a preparação, o dispositivo monitoraria um evento em que a agulha está voltada ou principalmente paralela ao chão e o êmbolo é pressionado totalmente de volta no corpo da agulha. Isto sinalizaria um evento de injeção. Partindo do movimento do êmbolo e dos dados armazenados anteriormente em relação ao movimento do êmbolo durante as fases anteriores, o dispositivo pode prever de forma acurada e armazenar a quantidade de insulina ou de qualquer medicamento, administrada ao usuário.
[00024] Deve ser imaginado que o dispositivo de monitoramento da dose pode ser configurado de forma que seringas de capacidade diferente possam ser encaixadas no dispositivo e o dispositivo possa calcular apropriadamente a quantidade de medicamento que será injetada. Assim, o dispositivo reconhecerá um tipo de seringa automaticamente ou o usuário pode selecionar uma seringa de tamanho particular, por exemplo, através da seleção de botões particulares no dispositivo ou alternativamente ligando o dispositivo através de uma porta a um sistema de computação.
[00025] Embora várias pessoas, incluindo, mas se limitação, um paciente ou um profissional de cuidado da saúde, possam operar ou utilizar as modalidades ilustrativas da presente invenção, para concisão, um operador, um paciente ou um usuário será referido como um “usuário” posteriormente aqui.
[00026] Embora vários fluidos possam ser empregados em modalidades ilustrativas da presente invenção, o fluido em uma seringa será referido como “medicamento” posteriormente aqui.
[00027] A Figura 1 representa uma modalidade ilustrativa de um dispositivo de monitoramento da dose com formato de crescente 100. Uma parte inferior do dispositivo de monitoramento da dose 100 inclui um canal do corpo 117 que é configurado para se encaixar com um corpo de uma seringa. O canal do corpo 117 possui um conjunto de protrusões 104A, B que definem a periferia externa do canal do corpo 117 e ajudam a prender o corpo em uma seringa.
[00028] Acima do canal do corpo 117 fica um conjunto de fendas de acoplamento de flanges 105A, B que são configuradas para se encaixar com uma flange da seringa. Uma flange da seringa, quando montada, ficaria acima das protrusões 104A, B e se encaixaria de forma deslizável nas fendas de acoplamento 105A, B de forma que a seringa não se mova em relação ao dispositivo 100 quando estiverem encaixadas. Embora esta modalidade ilustre fendas para encaixe com a seringa, seria imaginado que outros mecanismos de acoplamento, tais como prendedores, grampos ou outros meios de fixação também são considerados.
[00029] Fica posicionado sobre as fendas de acoplamento 105A, B no dispositivo 100 um recesso retangular 110 que é configurado para se encaixar em uma parte superior de uma seringa. Acima do recesso retangular 110 fica um canal da haste do êmbolo 115 configurado para se encaixar com o êmbolo de uma seringa. Dentro do canal da haste do êmbolo 115 fica um sensor de movimento 120 que é configurado para medir o movimento da haste de um êmbolo sobre uma agulha montada. Através do canal 115 fica uma haste de fixação 106 configurada para ajudar a manter a haste do êmbolo no lugar.
[00030] O dispositivo de monitoramento da dose 100 pode compreender ainda uma porta de conexão (não mostrada) tal como uma porta USB.
[00031] A Figura 2 representa uma modalidade ilustrativa do dispositivo de monitoramento da dose 100 acoplado a uma seringa 140. A seringa 140 compreende um êmbolo 145, uma haste do êmbolo 150, um conjunto de flanges 155A, B, um corpo 160, uma agulha 170 e uma borracha do êmbolo (não mostrada). A borracha do êmbolo é fixada à extremidade da haste do êmbolo 150 localizada na parte interna do corpo 160. Em uma modalidade ilustrativa, a seringa 140 é uma seringa de insulina. A agulha 170 pode ser, mas, sem limitação uma agulha de 6 mm, 8 mm ou 12,7 mm de comprimento. A agulha 170 também pode ser, mas, sem limitação, uma agulha de calibre 28, calibre 30 ou calibre 31.
[00032] A Figura 2 também mostra como o conjunto de fendas de acoplamento de flanges 105A, B, o recesso retangular 110 e o canal da haste do êmbolo 115 do dispositivo de monitoramento da dose 100 se fixam na seringa 140. O conjunto de flanges 155A, B se encaixa no conjunto de fendas de acoplamento de flanges 105A, B. O corpo 160 se encaixa no canal do corpo 117. A haste do êmbolo fica localizada dentro do orifício do êmbolo 115. A extremidade do êmbolo da seringa se encaixa no recesso retangular 110. Uma aba 107 do dispositivo de monitoramento da dose 100 pode ser configurada para permitir que um usuário segure o dispositivo e acione o êmbolo com uma mão.
[00033] Na operação, o êmbolo 145 pode ser deslocado linearmente para dentro ou para fora da parte interna do corpo 160. Quando o êmbolo 145 for deslocado linearmente para for a do corpo 160, o fluido é puxado para dentro através da agulha 170 e para dentro do corpo 160. Quando o êmbolo 145 for deslocado para dentro do corpo 160, o fluido é emitido para fora do corpo 160 através da agulha 170. A borracha do êmbolo cria um selo ao longo das paredes laterais do corpo de forma que o fluido fique confinado na seção do corpo entre a borracha do êmbolo e a agulha.
[00034] O êmbolo 145 pode ser deslocado várias vezes durante a preparação e a injeção do medicamento. O dispositivo de monitoramento da dose 100 pode ser configurado para detectar e medir a distância linear e a direção de percurso do êmbolo durante cada deslocamento utilizando o sensor de movimento 120. Um acelerômetro integrado pode ser utilizado para determinar a orientação da seringa 140 durante cada deslocamento. Em adição, o tempo de cada deslocamento pode ser medido e registrado com um temporizador interno. A distância linear e os dados de direção, os dados de orientação e os dados de tempo podem ser armazenados em uma memória e transmitidos para um dispositivo externo através de um módulo de comunicação, como discutido de forma mais completa com referência à Figura 3 abaixo.
[00035] O conjunto de fendas de acoplamento de flanges 105A , B é configurado e moldado de forma que a flange de uma seringa possa ser montada dentro das fendas de acoplamento 105A, B. O recesso retangular 110 é configurado e moldado de forma que o dispositivo de monitoramento da dose possa ser montado na extremidade do êmbolo de uma seringa. O canal da haste do êmbolo 115 é configurado para permitir o movimento linear de uma haste do êmbolo tanto para dentro quanto para forma da seringa. Em uma modalidade, os sensores de movimento ficam localizados no canal da haste 115.
[00036] A Figura 3 representa uma vista esquemática de uma modalidade ilustrativa de um dispositivo de monitoramento da dose 100. O dispositivo de monitoramento da dose 100 compreende um módulo de comunicação 138, uma bateria 135, os sensores de movimento 120, um acelerômetro 125, um temporizador 130 e uma memória 133. Em uma modalidade ilustrativa, o módulo de comunicação 138 pode se comunicar com um dispositivo externo 175 tal como um dispositivo móvel, um computador, um servidor ou qualquer outro dispositivo eletrônico externo que é conhecido na arte. O dispositivo externo 175 pode incluir um módulo de comunicação 180 para receber dados provenientes do módulo de comunicação 138. O dispositivo externo 175 também pode incluir uma interface do usuário 190 para acessar e ler os dados no dispositivo externo. O dispositivo externo pode compreender ainda um processador 185. O processador 185 pode ser configurado para realizar processamento em sistema integrado dos dados recebidos do dispositivo de dosagem inteligente 100 utilizando algoritmos para determinar o momento preciso que uma injeção ocorreu e a quantidade de dose administrada. O dispositivo externo 175 pode incluir ainda um módulo de energia 195 para fornecer energia aos componentes elétricos do dispositivo externo.
[00037] Os sensores de movimento 120 podem ser configurados para detectar e medir a distância linear e direção de percurso de uma haste do êmbolo ou uma borracha do êmbolo de uma seringa utilizando um ou mais de um ou mais de sensor magnético, resistivo, capacitivo, óptico e mecânico. Em uma modalidade, os sensores de movimento 120 podem compreender um mecanismo codificador. O mecanismo codificador pode ser um mecanismo giratório-a-linear que inclui uma engrenagem do codificador que se encaixa em uma haste do êmbolo de uma seringa de forma que o movimento linear da haste do êmbolo faça com que a engrenagem gire. O mecanismo codificador pode medir a rotação da engrenagem à medida que a haste do êmbolo se move com a finalidade de detectar e calcular a distância linear e a direção de percurso da haste do êmbolo. Os sensores de movimento 120 podem compreender ainda um sistema óptico que inclui uma ou mais fontes de luz e um ou mais detectores de luz que podem detectar e medir o movimento linear da haste do êmbolo ou da borracha do êmbolo.
[00038] O acelerômetro 125 pode ser configurado para determinar a orientação do dispositivo de monitoramento da dose 100. Consequentemente, o acelerômetro 125 pode ser utilizado para determinar a orientação de uma seringa quando o dispositivo de monitoramento da dose 100 estiver acoplado à seringa. O acelerômetro 125 pode ser adicionalmente configurado para detectar movimentos repentinos da seringa, tais como, por exemplo, aqueles que podem ocorrer quando um usuário bate suavemente na seringa durante a preparação. O acelerômetro 125 pode compreender um acelerômetro de eixo único ou um acelerômetro de vários eixos. Deve ser reconhecido que o acelerômetro 125 não é limitado a um acelerômetro, mas pode incluir qualquer sensor de orientação conhecido na arte.
[00039] O temporizador 130 pode ser configurado para registrar um tempo em cada caso em que os sensores de movimento 120 e o acelerômetro 125 obtêm dados de forma que cada conjunto de dados tenha um tempo associado. O tempo 130 pode medir a quantidade de tempo que o dispositivo de monitoramento da dose 100 fica em uma orientação particular. Os sensores de movimento 120 e o acelerômetro 125 podem ser configurados para a obtenção de dados em intervalos de tempo definidos. Alternativamente, os sensores de movimento 120 e o acelerômetro 125 podem ser configurados para a obtenção de dados em cada ponto de tempo que a haste do êmbolo ou a borracha do êmbolo sofre movimento linear. Em uma modalidade, o temporizador 130 pode compreender um relógio digital.
[00040] A bateria 135 pode ser configurada para fornecer energia aos componentes elétricos do dispositivo de monitoramento da dose 100. A bateria 135 pode ser recarregável. A bateria 135 também pode incluir um interruptor externo. Em uma modalidade, o dispositivo de monitoramento da dose 100 pode ser configurado de forma que os sensores de movimento 120, o acelerômetro 125 e o temporizador 130 sejam ativados em qualquer momento em que a bateria 135 está fornecendo energia para o dispositivo de monitoramento da dose 100. Em uma modalidade alternativa, os sensores de movimento 120, o acelerômetro 125 e o temporizador 130 podem ser ativados quando o dispositivo de monitoramento da dose 100 estiver acoplado a uma seringa.
[00041] A memória 133 pode ser configurada para armazenar dados dos sensores de movimento 120, do acelerômetro 125 e do temporizador 130.
[00042] O módulo de comunicação 138 pode ser configurado para permitir a transmissão de dados para um dispositivo externo. O módulo de comunicação 138 pode ser conectado a um dispositivo externo através de uma conexão com fio ou sem fio. O módulo de comunicação 138 pode ser configurado para realizar comunicação de RF em curta distância, tal como Bluetooth, BLE ou ZigBee®. O dispositivo de monitoramento da dose 100 pode compreender ainda uma ou mais portas ou slots para permitir uma conexão com fio entre o dispositivo de monitoramento da dose 100 e um dispositivo externo. Além disso, o dispositivo de monitoramento da dose 100 pode compreender um dispositivo de armazenamento de dados tal como um flash drive ou um cartão de memória ou pode ser configurado para acionar tal dispositivo de armazenamento de dados com a finalidade de transmitir dados para um dispositivo externo.
[00043] A bateria 135 pode ser configurada para fornecer energia para os componentes elétricos do dispositivo de monitoramento da dose 100.
[00044] Como descrito anteriormente, os sensores de movimento 120 podem detectar e medir a distância linear e a direção de percurso de um êmbolo de uma seringa. O acelerômetro 125 pode detectar a posição angular de uma seringa bem como eventos de movimento repentino associados à seringa. Em uma modalidade ilustrativa, o processador 185 pode ser configurado para processar os fluxos de dados fornecidos pelos sensores de movimento 120, pelo acelerômetro 125 e pelo temporizador 130 para determinar qual parte do movimento linear do êmbolo está associada a um evento de injeção, em qual momento o evento de injeção ocorreu e o tempo durante o qual o evento de injeção ocorreu. Por exemplo, o processador 185 pode ser configurado para engrenar em um processo que rejeita os dados quando for detectado que um êmbolo é puxado do corpo de uma seringa independentemente da orientação detectada da seringa porque tal retirada não constituiria um evento de injeção.
[00045] O processador 185 pode ainda ser configurado para rejeitar dados registrados quando for detectado que o êmbolo está avançando para dentro do corpo da seringa, mas a orientação detectada da seringa é tal que a agulha está apontada para cima acima de certo ângulo. Além disso, o processador pode ser configurado para rejeitar dados registrados quando for detectado que um êmbolo está avançando para dentro do corpo da seringa, mas é detectado que um movimento repentino ocorreu após o movimento do êmbolo, tal como a batida de leve da seringa que pode ocorrer durante a preparação. Em contraste, o processador 185 pode ser configurado para aceitar dados do sensor se for detectado no movimento mais recente do êmbolo que o êmbolo estava avançando para dentro do corpo da seringa, de forma que a orientação da seringa era geralmente tal que a agulha estava apontada para baixo abaixo de certo ângulo e que não houve movimento repentino da seringa associado ao deslocamento do êmbolo. É provável que estas condições estejam presentes no evento de uma injeção real. Entretanto, o processador 185 pode ser configurado para rejeitar tais dados se for determinado que um movimento linear para fora do êmbolo ocorreu logo após o movimento linear para dentro do êmbolo e o movimento linear para fora do êmbolo ocorreu quando a seringa estava orientada em uma direção apontada para cima. Isto pode ser indicativo de pressurização ao invés de injeção. O processador 185 pode ainda ser configurado para realizar cálculos utilizando a distância percorrida pelo êmbolo durante a injeção para determinar a quantidade de dose expelida da seringa durante a injeção. A quantidade de dose calculada e os dados de tempo associados ao evento de injeção podem ser registrados na memória 198 e exibidos em uma interface do usuário 190.
[00046] Deve ser reconhecido que um usuário pode conectar o dispositivo de monitoramento da dose 100 ao dispositivo externo 175 após várias administrações de doses. O processador 185 pode ser configurado para aceitar dados para mais de um movimento registrado de um êmbolo durante cada conexão ao dispositivo de monitoramento da dose 100.
[00047] A interface do usuário 190 pode ser configurada para permitir que um usuário acesse os dados de quantidade de dose e os dados de tempo registrados na memória 198. Um usuário pode acessar estes dados para determinar uma quantidade de dose e o tempo para sua próxima injeção. A interface do usuário pode compreender uma touch screen (tela sensível), um teclado e uma tela de exibição ou qualquer outra interface do usuário conhecida na arte.
[00048] Em uma modalidade, a memória 198 é configurada para manter dados para um número definido de injeções mais recentes. Em uma modalidade alternativa, a memória 198 pode ser configurada para manter dados apenas para a injeção registrada mais recente.
[00049] A Figura 4 representa um fluxograma de um processo 400 para uma modalidade de monitoramento de um evento de injeção de acordo com uma modalidade ilustrativa da presente invenção. O processo 400 começa em uma etapa inicial e então passa para uma etapa 405, em que um dispositivo de monitoramento da dose, tal como dispositivo de monitoramento da dose 100 representado nas Figuras 1-3, é fixado a uma seringa, tal como seringa 140 representada na Figura 2. Após o dispositivo de monitoramento da dose ser fixado à seringa, o processo 400 se passa para uma etapa 410, em que os dados começam a ser monitorados por um ou mais sensores de movimento, tais como sensores de movimento 120 representados nas Figuras 1-3. Os sensores de movimento podem detectar a distância percorrida e a direção percorrida por uma haste do êmbolo de uma seringa.
[00050] Após os dados começarem a ser monitorados pelos sensores de movimento, o processo 400 passa para uma etapa 415, em que os dados começam a ser monitorados por um ou mais sensores de orientação, tal como o acelerômetro 125 representado nas Figuras 1-3. Os sensores de orientação podem detectar o ângulo no qual uma agulha da seringa está orientada ou se ocorreram movimentos repentinos da seringa. Após os dados começarem a ser monitorados pelos sensores de orientação, o processo 400 passa para uma etapa de decisão 420, em que é decidido se é interrompido o monitoramento dos dados pelos sensores de movimento e pelos sensores de orientação. Pode-se interromper o monitoramento dos dados quando for detectado que o dispositivo de monitoramento da dose foi desligado da seringa. Alternativamente, pode- se interromper o monitoramento dos dados quando o dispositivo de monitoramento da dose estiver conectado a um dispositivo externo, tal como o dispositivo externo 175 representado na Figura 3.
[00051] Se for tomada uma decisão na etapa de decisão 420 de não interromper o monitoramento dos dados, o processo 400 volta para a etapa 410. Se for tomada uma decisão na etapa de decisão 420 de interromper o monitoramento dos dados, então o processo 400 passa para uma etapa 425, em que os dados são transmitidos do dispositivo de monitoramento da dose para um dispositivo externo para análise. Isto pode ser realizado por um módulo de comunicação, tal como o módulo de comunicação 138 representado na Figura 3.
[00052] Após os dados serem transmitidos para um dispositivo externo, o processo 400 passa para uma etapa de processo 430, em que os dados são processados no dispositivo externo. As funções da etapa de processo 430 serão adicionalmente explicadas na referência à Figura 5. Após os dados serem processados no dispositivo externo, o processo 400 é concluído em uma etapa final.
[00053] A Figura 5 representa um fluxograma de um processo 430 de uma modalidade ilustrativa de processamento de dados em um dispositivo externo. O processo 430 começa em uma etapa inicial e então passa para uma etapa 505, em que o dispositivo detecta se um conjunto de dados corresponde à seringa estar cheia de ar. Esta detecção pode ser realizada através do monitoramento dos dados de movimento linear da seringa e da sinalização do fato de tal distância percorrida por um êmbolo, tal como o êmbolo 145 representado na Figura 2 ter ocorrido em uma direção para fora de um corpo da seringa, tal como o corpo 160 representado na Figura 2. Este tipo de dados pode ocorrer quando uma quantidade de ar equivalente à quantidade de medicamento que se pretende injetar é aspirada para dentro da seringa. Por exemplo, os dados dos sensores de movimento podem indicar que o êmbolo, tal como o êmbolo 145 representado na Figura 2, é puxado de um corpo da seringa, tal como o corpo 160 representado na Figura 2.
[00054] Em adição, os dados de orientação podem ser monitorados e o dispositivo pode indicar quando a posição da seringa estava em uma orientação para cima. Esta é uma orientação típica em que o ar é puxado durante esta etapa. Ainda, o tempo em que os dados foram registrados pode ser monitorado e pode ser indicado que não ocorreram movimentos lineares do êmbolo logo antes do movimento linear do êmbolo para fora do corpo. Os dados de tempo podem ser utilizados para a diferenciação entre o preenchimento com ar e a aspiração do medicamento. Após o dispositivo detectar que um conjunto de dados corresponde à seringa ser preenchida com ar, o processo 430 passa para uma etapa 510, em que o dispositivo detecta que um conjunto de dados corresponde à pressurização de um frasco de medicamento utilizando a seringa. Esta detecção pode ser realizada através do monitoramento dos dados de movimento linear da seringa e da indicação de que uma distância foi percorrida pelo êmbolo em uma direção para dentro corpo da seringa. Em adição, os dados de orientação podem ser monitorados para detectar se a posição da seringa estava em uma orientação para baixo. Esta é uma orientação típica em que um frasco de medicamento é pressurizado. Além disso, o tempo do movimento do êmbolo pode ser monitorado e comparado com o tempo de outros movimentos lineares para distinção de outros movimentos da seringa. Por exemplo, se o tempo do movimento linear for imediatamente seguido por um movimento linear que é sabido que indica aspiração de medicamento, que será explicado a seguir, pode ser determinado se o movimento linear do êmbolo para dentro do corpo constituía pressurização de um frasco e não um evento de injeção.
[00055] Após o dispositivo detectar que um conjunto de dados corresponde à pressurização de um frasco de medicamento utilizando a seringa, o processo 430 passa para uma etapa 515, em que o dispositivo detecta se um conjunto de dados corresponde à aspiração do medicamento para dentro de uma seringa. Esta detecção pode ser realizada através do monitoramento dos dados de movimento linear da seringa e da observação se a distância foi percorrida pelo êmbolo em uma direção para fora do corpo da seringa. Em adição, os dados de orientação podem ser monitorados para detectar se a posição da seringa estava em uma orientação para cima. Esta é uma orientação típica em que um frasco de medicamento é aspirado. Além disso, o tempo em que os dados foram registrados pode ser monitorado e pode ser indicado que não ocorreram movimentos lineares do êmbolo para dentro do corpo logo antes do movimento linear do êmbolo para fora do corpo. Os dados de tempo podem ser utilizados para diferenciação entre o preenchimento com ar e a aspiração do medicamento.
[00056] Após o dispositivo detectar que um conjunto de dados corresponde à aspiração de medicamento, o processo 430 passa para uma etapa 520, em que o dispositivo detecta se um conjunto de dados corresponde à preparação de uma seringa. A detecção pode ser realizada através do monitoramento dos dados do sensor de orientação e da observação dos movimentos repentinos da seringa. Os movimentos repentinos são típicos quando uma seringa é preparada para remover as bolhas de ar.
[00057] Após o dispositivo detectar que um conjunto de dados corresponde à preparação da seringa, o processo 430 passa para uma etapa 525, em que o dispositivo detecta se um conjunto de dados corresponde à injeção de medicamento em um paciente. Esta detecção pode ser realizada através do monitoramento dos dados de movimento linear da seringa e da observação de que uma distância foi percorrida pelo êmbolo em uma direção para dentro do corpo da seringa. Em adição, os dados de orientação podem ser monitorados para detectar se a posição da seringa estava em uma orientação para baixo. Esta é uma orientação típica em que o medicamento é injetado. Em adição, o tempo dos dados pode ser monitorado e pode ser indicado que não houve deslocamento do êmbolo em uma distância para fora do corpo logo após o movimento do êmbolo para dentro do corpo.
[00058] Após o dispositivo detectar se um conjunto de dados corresponde à injeção de medicamento em um paciente, o processo 430 é concluído na etapa final.
[00059] Em uma modalidade ilustrativa, os dados para as funções da seringa detectados pelo processo 400 podem ser registrados em uma memória do dispositivo externo, tal como a memória 198 representada na Figura 3. Os dados de distância percorrida para cada função da seringa podem ainda ser processados para determinar o volume de fluido presente no corpo durante cada função da seringa. Os dados para as funções da seringa detectados pelo processo 400 também podem ser exibidos sem uma interface do usuário, tal como a interface do usuário 190 representada na Figura 3.
[00060] As implementações divulgadas aqui fornecem sistemas, métodos e equipamento para um módulo configurado para se encaixar em um dispositivo de injeção. Um perito na arte reconhecerá que estas modalidades podem ser implementadas em hardware, software, firmware ou quaisquer combinações dos mesmos.
[00061] As funções descritas aqui podem ser armazenadas na forma de uma ou mais instruções em uma mídia que pode ser lida pelo processador ou lida pelo computador. O termo “mídia que pode ser lida pelo computador” refere-se a qualquer mídia disponível que possa ser acessada por um computador ou um processador. Com a finalidade de exemplo e não de limitação, tal mídia pode compreender RAM, ROM, EEPROM, memória flash, CD-ROM ou outros dispositivos de armazenamento em disco óptico, de armazenamento em disco magnético ou outros de armazenamento magnético ou qualquer outra mídia que possa ser utilizada para armazenar código de programa desejado na forma de instruções ou estruturas de dados e que possa ser acessada por um computador. Disk e disco, como utilizados aqui, incluem disco compacto (CD), laser disc, disco óptico, disco versátil digital (DVD), disquete e disco Blu-ray® em que os disks geralmente reproduzem dados magneticamente, enquanto os discs reproduzem dados opticamente com lasers. Deve ser observado que uma mídia que pode ser lida pelo computador pode ser tangível e não transitória. O termo “produto de programa de computador” refere-se a um dispositivo de computação ou um processador em combinação com código ou instruções (por exemplo, um “programa”) que podem ser executadas, processadas ou computadas pelo dispositivo de computação ou processador. Como utilizado aqui, o termo “código” pode se referir a software, instruções, códigos ou dados que são executáveis por um dispositivo de computação ou processador.
[00062] Software ou instruções também podem ser transmitidas através de uma mídia de transmissão. Por exemplo, se o software for transmitido partindo de um website, um servidor ou outra fonte remota utilizando um cabo coaxial, um cabo de fibra óptica, um cabo de par trançado, uma digital subscriber line (linha digital do assinante) (DSL) ou tecnologias sem fio tais como infravermelho, radio e micro-ondas, então o cabo coaxial, o cabo de fibra óptica, o cabo de par trançado, a DSL ou as tecnologias sem fio tais como infravermelho, radio e micro-ondas são incluídas na definição de mídia de transmissão.
[00063] Os métodos divulgados aqui compreendem uma ou mais etapas ou ações para realizar o método descrito. As etapas e/ou as ações do método podem ser intercambiadas umas com outras sem se afastar do âmbito das Reivindicações. Em outras palavras, a não ser que seja exigida uma ordem específica de etapas ou ações para a operação apropriada do método que é descrito, a ordem e/ou o uso de etapas e/ou ações específicas pode ser modificado sem se afastar do âmbito das Reivindicações.
[00064] Deve ser observado que os termos “acoplar”, “acoplamento”, “acoplado(a)” ou outras variações da palavra acoplar como utilizado aqui podem indicar uma conexão indireta ou uma conexão direta. Por exemplo, se um primeiro componente estiver “acoplado” a um segundo componente, o primeiro componente pode estar indiretamente conectado ao segundo componente ou diretamente conectado ao segundo componente. Como utilizado aqui, o termo “grande número” significa dois ou mais. Por exemplo, um grande número de componentes indica dois ou mais componentes.
[00065] O termo “determinar” abrange uma ampla variedade de ações e, portanto, “determinar” pode incluir calcular, computar, processar, derivar, investigar, procurar (por exemplo, procurar em uma tabela, uma base de dados ou outra estrutura de dados), determinar e similares. Ainda, “determinar” pode incluir receber (por exemplo, receber informação), acessar (por exemplo, acessar dados em uma memória) e similares. Ainda, “determinar” pode incluir resolver, selecionar, escolher, estabelecer e similares.
[00066] A expressão “com base em” não significa “baseado(a) apenas em”, a não ser que seja expressamente especificado o contrário. Em outras palavras, a expressão “com base em” descreve tanto “baseado(a) apenas em” quanto “baseado(a) pelo menos em”.
[00067] Na descrição anterior, são fornecidos detalhes específicos para fornecer um entendimento complete dos exemplos. Entretanto, será entendido por um perito comum na arte que os exemplos podem ser praticados sem estes detalhes específicos. Por exemplo, componentes/dispositivos elétricos podem ser mostrados em diagramas de blocos para não confundir os exemplos com detalhes desnecessários. Em outros casos, tais componentes, outras estruturas e técnicas podem ser mostrados em detalhes para explicar adicionalmente os exemplos.
[00068] Os títulos são incluídos aqui para referência e para ajudar na localização de várias seções. Estes títulos não são pretendidos como limitantes do âmbito dos conceitos descritos em relação ao que é apresentado aqui. Tais conceitos podem ter aplicabilidade ao longo de todo o Relatório Descritivo.
[00069] É notado que os exemplos podem ser descritos como um processo, que é representado como um fluxograma, um diagrama de fluxo, um diagrama de estados finitos, um diagrama de estrutura ou um diagrama de blocos. Embora um fluxograma possa descrever as operações como um processo sequencial, muitas das operações podem ser realizadas em paralelo ou concorrentemente e o processo pode ser repetido. Em adição, a ordem das operações pode ser reorganizada. Um processo é terminado quando suas operações forem completadas. Um processo pode corresponder a um método, uma função, um procedimento, uma sub-rotina, um subprograma etc. Quando um processo corresponde a uma função de software, sua conclusão corresponde a um retorno da função para a função de solicitação ou a função principal.
[00070] A descrição anterior das implementações divulgadas é fornecida para possibilitar que qualquer perito na arte produza ou utilize a presente invenção. Várias modificações nestas implementações serão facilmente evidentes para os peritos na arte e os princípios genéricos definidos aqui podem ser aplicados em outras implementações sem se afastar do espírito ou do âmbito da invenção. Assim, não é pretendido que a presente invenção seja limitada pelas implementações mostradas aqui, mas deve estar de acordo com o âmbito mais amplo coerente com os princípios e as novas características divulgadas aqui.

Claims (20)

1. Dispositivo de Monitoramento de Doses, (100), configurado para se encaixar numa seringa (140), caracterizado por que compreende: um primeiro canal (117) configurado para receber um corpo de seringa da seringa (140); uma ou mais fendas (105A, B) configuradas para se encaixar com um flange de seringa (155A, B) da seringa (140); um segundo canal (115) configurado para receber uma haste (150) do êmbolo (145) da seringa (140), um ou mais sensores de movimento (120) montados no segundo canal (115) superior ao flange (155A, B) da seringa (140), um ou mais sensores de movimento (120) configurados para medir uma distância de percurso linear da haste (150) do êmbolo; um ou mais sensores de orientação (125) configurados para detectar orientações para cima e para baixo da seringa (140); e um módulo de comunicação (138) configurado para transmitir dados para um dispositivo externo a partir de um ou mais sensores de movimento (120) e de um ou mais sensores de orientação (125).
2. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por que um ou mais sensores de movimento (120) compreendem um codificador configurado para medir o movimento da haste (150) do êmbolo dentro do segundo canal (115).
3. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por que compreende ainda um temporizador (130) configurado para medir uma quantidade de tempo durante o qual o dispositivo (100) está numa orientação particular.
4. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 3, caracterizado por que o módulo de comunicação (138) é configurado para transmitir dados sem fio para o dispositivo externo.
5. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por que os sensores de movimento (120) são configurados para detectar e medir uma direção de percurso da haste (150) do êmbolo.
6. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 5, caracterizado por que os sensores de movimento (120) são sensores magnéticos, resistivos, capacitivos, ópticos ou mecânicos.
7. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 1, caracterizado por que os sensores de movimento (120) compreendem um sistema óptico que compreende uma ou mais fontes de luz e um ou mais detectores de luz.
8. Dispositivo de Monitoramento de Doses, de acordo com a Reivindicação 2, caracterizado por que o codificador compreende um codificador giratório-a-linear que compreende uma engrenagem do codificador.
9. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, (140), compreendendo: fornecer uma seringa (140) que possui um êmbolo (145), caracterizado por que a seringa é configurada para administrar um medicamento; fornecer um dispositivo de monitoramento de doses (100) que compreende: um canal (115) da haste do êmbolo configurado para se encaixar com o êmbolo (145) e moldado para permitir o movimento linear de uma haste (150) de êmbolo do êmbolo (145) para dentro e para fora de um corpo de seringa da seringa (140), quando o êmbolo (145) estiver dentro do canal (115) da haste do êmbolo; uma ou mais fendas (105A, B) configuradas para se encaixar com um flange (155A, B) de seringa da seringa (140); um ou mais sensores de movimento (120) localizados dentro do canal da haste (115) do êmbolo superior ao flange (155A, B) da seringa (140) e configurados para medir uma distância de percurso linear da haste (150) do êmbolo; e um ou mais sensores de orientação (125) configurados para detectar uma orientação da seringa (140); detectar um evento de movimento monitorando o sensor de orientação (125) para detectar orientações para cima e para baixo da seringa (140); detectar um evento de injeção monitorando o sensor de êmbolo (120) para detectar o movimento do êmbolo (145) para dentro ou para fora do barril da seringa (140); e transmitir dados de um ou mais sensores de movimento (120) e de um ou mais sensores de orientação (125) com base no evento de movimento detectado ou no evento de injeção para um dispositivo externo.
10. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que um ou mais sensores de movimento (120) são configurados para detectar e medir uma direção de percurso e a distância linear de percurso pelo êmbolo (145) da seringa (140), utilizando um ou mais de sensor magnético, resistivo, capacitivo, óptico e mecânico.
11. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que um ou mais sensores de movimento (120) compreendem um codificador configurado para medir o movimento da haste (150) do êmbolo dentro do canal (115) da haste do êmbolo.
12. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que compreende ainda determinar um evento de preparação da seringa (140) antes da detecção de um evento de injeção.
13. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que os sensores de movimento (120) compreendem um sistema óptico que compreende uma ou mais fontes de luz e um ou mais detectores de luz.
14. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 11, caracterizado por que o codificador compreende um codificador giratório-a-linear que compreende uma engrenagem do codificador.
15. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que detectar um evento de injeção compreende a determinação do fato de um ou mais movimentos da haste (150) do êmbolo estarem associados ao evento de injeção com base nos dados medidos por um ou mais sensores de movimento (120) e por um ou mais sensores de orientação (125).
16. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 15, caracterizado por que compreende ainda determinar uma quantidade de medicamento injetada com base numa distância linear medida de percurso da haste (150) do êmbolo associada ao evento de injeção.
17. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 15, caracterizado por que detectar um evento de injeção compreende a detecção de um movimento da haste (150) do êmbolo dentro do corpo da seringa, enquanto é detectado se uma agulha (170) da seringa (140) está orientada numa direção para baixo.
18. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 17, caracterizado por que um ou mais sensores de orientação (125) são configurados para detectar um movimento repentino da seringa (140), em que detectar um evento de injeção compreende ainda a detecção de ausência de movimentos repentinos da seringa (140) durante o movimento da haste (150) do êmbolo dentro do corpo da seringa.
19. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 9, caracterizado por que compreende ainda medir uma quantidade de tempo durante o qual a seringa (140) está numa orientação particular.
20. Método Para Registrar o Tempo de Injeção e a Quantidade de Líquido Injetada por Seringa, de acordo com a Reivindicação 15, caracterizado por que o dispositivo de monitoramento de doses (100) compreende ainda um temporizador (130).
BR112017016050-1A 2015-01-26 2016-01-22 Dispositivo de monitoramento de doses e método para registrar o tempo de injeção e a quantidade de líquido injetada por seringa BR112017016050B1 (pt)

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