BR112016015908B1

BR112016015908B1 - Sistema de retenção de ferramenta

Info

Publication number: BR112016015908B1
Application number: BR112016015908-0A
Authority: BR
Inventors: Patrick S. Campomanes
Original assignee: Caterpillar Inc
Priority date: 2014-01-15
Filing date: 2015-01-12
Publication date: 2022-06-28
Also published as: ES2897767T3; BR112016015908A2; EP3094790A1; BR112016015908A8; AU2015206710A1; AU2015206710B2; CA2936237A1; EP3094790B1; RU2671986C1; US20150197921A1; CN105899739A; US9518380B2; CA2936237C; WO2015108822A1; EP3094790A4; CN105899739B

Abstract

SISTEMA DE RETENÇÃO DE FERRAMENTA. É fornecido um sistema de retenção (20) para o uso com uma ferramenta de engate à terra (14). O sistema de retenção de ferramenta pode ter um carretel (26) com um canal alongado (60), e um colar (68) que divide o canal alongado em uma primeira porção e uma segunda porção. O sistema de retenção de ferramenta também pode ter um fixador (32) disposto no interior do canal alongado e que passa através do colar. O fixador pode ter uma cabeça localizada no interior da primeira porção e uma haste rosqueada localizada no interior da segunda porção. O sistema de retenção de ferramenta pode ter adicionalmente um membro resiliente (34) disposto entre a cabeça do fixador e o colar, e um elemento deslizante (30) engatado de modo rosqueado com a haste rosqueada e configurado para deslizar no interior da segunda porção do canal alongado conforme o fixador é girado.

Description

Campo da técnica

[0001] A presente revelação refere-se, de modo geral, a um sistema de retenção e, mais particularmente, a um sistema para reter uma ferramenta de engate à terra conectada a um implemento de trabalho.

Antecedentes

[0002] Máquinas de trabalho com terra, tais como pás de cabo, escavadoras, carregadeiras e pás frontais, incluem implementos usados, de modo geral, para cavar em, escarificar ou de outro modo mover material terroso. Esses implementos são submetidos à extrema abrasão e impactos que fazem com que os mesmos se desgastem. Para prolongar a vida útil dos implementos, diversas ferramentas de engate à terra podem ser conectadas aos implementos de trabalho com terra em áreas que experimentam o maior desgaste. Essas ferramentas de engate à terra são conectadas de modo substituível aos implementos que usam um sistema de retenção.

[0003] Um sistema de retenção exemplificativo é revelado no Documento de Patente n° U.S. 2011/0072693 da Knight que foi publicado em 31 de março de 2011 (“a publicação ’693”). Especificamente, a publicação ’693 revela um corpo de ferramenta em formato de forquilha que se encaixa sobre a borda frontal de uma caçamba de escavador. Uma braçadeira passa através do corpo e da caçamba, e uma cunha é inserida juntamente à braçadeira para segurar a braçadeira na posição. A cunha tem uma reentrância axial em formato de U, e um tirante rosqueado é recebido no interior da reentrância e orientado em um ângulo relativo à braçadeira. Um bloco rosqueado é montado ao tirante, e o tirante é giratório para mover o bloco ao longo do tirante. O bloco inclui dentes que engatam a braçadeira mediante a inserção da cunha no corpo, de modo que, conforme o tirante é girado e o bloco se move ao longo do tirante, a cunha é adicionalmente forçada no corpo. Conforme a cunha é adicionalmente forçada no corpo, a braçadeira é impulsionada mais apertada contra o corpo e a caçamba. Com essa configuração, o corpo de ferramenta em formato de forquilha pode ser conectado de modo removível à caçamba de escavador através da rotação do tirante.

[0004] Embora seja aceitável para algumas aplicações, o sistema de retenção da publicação ’693 pode se menos que ideal. Em particular, o engate dentado entre o bloco e a braçadeira pode ser um recurso custoso que tem geometria que é difícil de ser controlada durante a fabricação. Além disso, após um período de desgaste, a braçadeira pode se tornar frouxa, exigindo o ajuste adicional do tirante. Em algumas situações, a quantidade de ajuste exigido para apertar a junta pode exigir a substituição da braçadeira com um tamanho diferente de braçadeira, que pode ser dispendioso para um proprietário da máquina. Ademais, conforme o sistema de retenção se desgasta e é ajustado, pode ser possível que a cunha seja movida muito distante para o interior do corpo de ferramenta, tornando a substituição difícil.

[0005] O sistema de retenção de ferramenta revelado é destinado a superar um ou mais dos problemas estabelecidos acima.

Sumário

[0006] De acordo com um aspecto exemplificativo, a presente revelação é destinada a um sistema de retenção de ferramenta. O sistema de retenção de ferramenta pode incluir um carretel que tem um canal alongado e um colar que divide o canal alongado em uma primeira porção e uma segunda porção. O sistema de retenção de ferramenta também pode incluir um fixador disposto no interior do canal alongado e que passa através do colar. O fixador pode ter uma cabeça localizada no interior da primeira porção e uma haste rosqueada localizada no interior da segunda porção. O sistema de retenção de ferramenta pode incluir adicionalmente um membro resiliente disposto entre a cabeça do fixador e o colar, e um elemento deslizante engatado de modo rosqueado com a haste rosqueada e configurado para deslizar no interior da segunda porção do canal alongado conforme o fixador é girado.

[0007] De acordo com outro aspecto exemplificativo, a presente revelação é destinada a outro sistema de retenção de ferramenta. Esse sistema de retenção de ferramenta pode incluir um carretel que tem um canal alongado, um colar que divide o canal alongado em uma primeira porção e uma segunda porção e uma cavidade formada no interior da segunda porção em uma extremidade oposta ao colar. O sistema de retenção de ferramenta também pode incluir um fixador disposto no interior do canal alongado e que passa através do colar. O fixador pode ter uma cabeça localizada no interior da primeira porção e uma haste rosqueada localizada no interior da segunda porção. O sistema de retenção de ferramenta também pode incluir um elemento deslizante engatado de modo rosqueado com a haste e configurado para deslizar no interior da segunda porção do canal alongado conforme o fixador é girado, e uma cunha configurada para se intertravar seletivamente com o elemento deslizante apenas quando o elemento deslizante estiver fora da cavidade.

[0008] De acordo com ainda outro aspecto exemplificativo, a presente revelação é destinada a um método de conexão de uma ferramenta removível ao implemento de trabalho. O método pode incluir girar um fixador em uma primeira direção para mover um elemento deslizante conectado com o fixador e comprimir um membro resiliente, e inserir o fixador, elemento deslizante e membro resiliente comprimido em um canal alongado de um carretel. O método também pode incluir girar o fixador em uma segunda direção para mover o elemento deslizante e permitir que o membro resiliente seja descomprimido. A descompressão do membro resiliente pode travar o fixador, o elemento deslizante e o membro resiliente ao carretel.

Breve descrição dos desenhos

[0009] A Figura 1 é uma ilustração isométrica de uma máquina revelada exemplificativa.

[0010] A Figura 2 é uma ilustração isométrica de um sistema de retenção de ferramenta revelado exemplificativo que pode ser usado em conjunto com a máquina da Figura 1;

[0011] A Figura 3 é uma ilustração em seção transversal de uma porção exemplificativa do sistema de retenção de ferramenta da Figura 2; e

[0012] A Figura 4 é uma ilustração isométrica da porção do sistema de retenção de ferramenta da Figura 3.

Descrição detalhada

[0013] A Figura 1 ilustra uma máquina móvel 10 que tem um implemento de trabalho 12 conectado de modo operacional em uma extremidade anterior. Na modalidade revelada, a máquina 10 é uma pá de cabo. Contempla-se, no entanto, que a máquina 10 pode incorporar qualquer outro tipo de máquina móvel ou estacionária conhecida na técnica, por exemplo, uma escavadeira, uma niveladora a motor, um cabo de arrasto, uma draga ou outra máquina semelhante. A máquina 10 pode ser configurada para usar o implemento de trabalho 12 para mover o material, como material terroso, durante a conclusão de uma tarefa atribuída. Embora não seja mostrado como localizado na extremidade anterior da máquina 10, contempla-se que o implemento de trabalho 12 pode, alternativa ou adicionalmente, ser localizado em uma extremidade de ponto médio ou posterior da máquina 10, se desejado.

[0014] Implemento de trabalho 12 pode incorporar qualquer dispositivo usado para realizar a tarefa atribuída à máquina 10. Por exemplo, o implemento de trabalho 12 pode ser uma pá (mostrado na Figura 1), uma lâmina, uma caçamba, um esmagador, uma pinça, um escarificador, ou qualquer outro material que move o dispositivo conhecido na técnica. Além disso, embora seja conectado na modalidade da Figura 1 para suspender, enrolar, e descarregar em relação à máquina 10, o implemento de trabalho 12 pode, alternativa ou adicionalmente, girar, oscilar, pivotar, deslizar, se estender, abrir/fechar, ou se mover de outra maneira conhecida na técnica.

[0015] O implemento de trabalho 12 pode ser equipado com uma ou mais ferramentas de engate à terra (GET) 14 localizadas ao redor de uma abertura das mesmas. Por exemplo, a pá revelada é mostrada como dotada de múltiplas montagens de dentes 14a que são espaçadas ao longo do comprimento de uma borda de corte 16, e múltiplas coberturas de aleta 14b que são localizadas em paredes laterais verticais 18 de uma pá. Contempla-se que GET 14 pode ter qualquer outra forma conhecida na técnica, por exemplo, uma configuração de forquilha, uma configuração chanfrada, uma configuração de gancho ou uma configuração de extremidade embotada. Outras configurações também podem ser possíveis.

[0016] Conforme mostrado nas Figuras 2 e 3, cada GET 14 pode incluir pernas 38 que se estendem em uma direção oposta a uma extremidade externa 24. As pernas 38 podem ser espaçadas umas das outras para formar uma abertura 40 entre as mesmas que é grande o suficiente para receber a borda de corte 16 e/ou parede lateral vertical 18 do implemento de trabalho 12. Um orifício 42 pode ser formado no interior de cada perna 38, e orifícios 42 podem ser alinhados, de modo geral, uns aos outros e com um orifício correspondente 44 (mostrado apenas na Figura 3) no implemento de trabalho 12. Nas modalidades reveladas, os orifícios 42, 44 podem ser, de modo geral, cilíndricos ou elípticos, embora outros contornos também possam ser utilizados.

[0017] Cada GET 14 pode ser conectada de modo removível ao implemento de trabalho 12 através de um sistema de retenção 20. Dessa maneira, cada GET 14 pode funcionar como uma peça de desgaste na localização de afixação, e ser substituída periodicamente quando desgastada ou mal formada além de uma quantidade desejada ou eficaz. O sistema de retenção 20 pode ser configurado para passar através de e engatar as superfícies curvadas dos orifícios 42 e 44, assim, travando a GET 14 para o implemento de trabalho 12. Contempla-se que o mesmo sistema de retenção 20 pode ser usado para todas as GET 14 ou que um sistema de retenção diferente 20 pode ser usado para tipos diferentes de GET 14, conforme desejado.

[0018] O sistema de retenção exemplificativo 20 mostrado nas Figuras 3 e 4 incluem múltiplos componentes que interagem com para prender uma GET associada 14 (por exemplo, cada cobertura de aleta 14b) de uma maneira removível à borda de corte 16 e/ou parede lateral vertical 18 do implemento de trabalho 12. Especificamente, o sistema de retenção 20 inclui um carretel 26, uma cunha 28, um elemento deslizante 30, um fixador 32 e um membro resiliente 34. Conforme descrito em maiores detalhes abaixo, o carretel 26 pode passar através de GET 14 (por exemplo, através dos orifícios 42 da cobertura de aleta 14b) e do implemento de trabalho 12 (por exemplo, através do orifício 44), e a cunha 28 pode ser usada para segurar o carretel 26 no lugar. O elemento deslizante 30 pode engatar seletivamente a cunha 28 e ser conectado ao carretel 26 pelo fixador 32. O membro resiliente 34 pode ser uma arruela belleville, mola, bucha de borracha, ou outro dispositivo que é transportado no fixador 32 no interior do carretel 26 para manter uma força de conexão desejada do sistema de retenção 20.

[0019] Conforme mostrado nas Figuras 3 e 4, o carretel 26 pode ter uma seção intermediária 50 e braços espaçados 52 localizados em extremidades opostas da seção intermediária 50. O carretel 26 pode ser inserido através dos orifícios 42 da GET 14 e do orifício 44 do implemento de trabalho 12, com braços 52 orientados para a direção oposta à parede lateral vertical 18 (ou borda de corte 16, como com montagens de dentes 14a) e em direção às pernas 38 da GET 14. As superfícies internas dos braços 52 podem ser configuradas para engatar o implemento de trabalho 12 e as superfícies externas dos braços 52 podem ser configuradas para engatar as pernas 38 da GET 14, de modo que conforme o carretel 26 é forçado para direção oposta à borda de corte 16 seja a cunha 28, os braços 52 podem gerar forças para dentro (isto é, em direção ao implemento de trabalho 12) que empurra GET 14 adicionalmente para o implemento de trabalho 12. Em alguns exemplos, os bolsos 54 podem ser formados no interior das superfícies internas das pernas 38 para receber os braços 52 do carretel 26.

[0020] A seção intermediária 50 do carretel 26 pode ter uma superfície interna 58 entre os braços 52 que é curvada, de modo geral, para corresponder ao perfil cilíndrico dos orifícios 42, 44 quando montados, e uma superfície externa, de modo geral, plana 62 oposta aos braços 52 que são inclinados relativos a um eixo geométrico dos orifícios 42, 44. Conforme o carretel 26 é movido na direção oposta à parede lateral vertical 18 (ou borda de corte 16) em direção às pernas 38, a superfície interna 58 da seção intermediária 50 pode engatar as superfícies de extremidade interna curvadas dos orifícios 42 e/ou 44.

[0021] Um canal alongado 60 pode ser formado no interior da superfície externa 62 do carretel 26, e um colar 68 pode ser localizado para dividir o canal 60 no sentido do comprimento em uma primeira porção e uma segunda porção. A primeira porção do canal 60 pode ser configurada para receber a cabeça do fixador 32 e membro resiliente 34, enquanto a segunda porção pode ser configurada para receber uma haste rosqueada do fixador 32 e elemento deslizante 30. Um batente de extremidade 70 pode ser formado no interior da primeira porção do canal 60, em uma extremidade oposta ao colar 68. O colar 68 pode ser configurado para fornecer um ponto de reação e sustentação axial para o membro resiliente 34, enquanto o batente de extremidade 70 pode ser configurado para fornecer um ponto de reação e sustentação axial para a cabeça do fixador 32. Com essa configuração, um desvio gerado pelo membro resiliente 34 após a inserção do fixador 32 e do membro resiliente 34 na primeira porção do canal 60, pode funcionar para empurrar a cabeça do fixador 32 axialmente na direção oposta ao colar 68 e contra o batente de extremidade 70. Essa ação pode ajudar a reter o fixador 32 e o membro resiliente no interior da primeira porção do canal 60 durante a montagem do sistema de retenção 20. Em algumas modalidades, o colar 68 pode ser entalhado (mostrado na Figura 4) para facilitar a montagem ou a desmontagem do fixador 32 do carretel 26.

[0022] Na modalidade revelada, o canal 60 e o colar 68 podem ser, ambos, circulares, de modo geral, em corte transversal e tem uma lateral aberta orientada na direção oposta ao carretel 26. Contempla-se, no entanto, que o canal 60 e/ou o colar 68 podem ter outro formato, se desejado, como uma corte transversal quadrado ou retangular. Em algumas modalidades, uma depressão cilíndrica 56 pode ser formada no interior de extremidade axial do colar 68 (isto é, a extremidade voltada para a primeira porção do canal 60) e/ou no interior do batente de extremidade 70, e configurado para assentar o membro resiliente 34 e/ou a cabeça do fixador 32 para, assim, inibir a remoção não intencionada da mesma.

[0023] A cunha 28 pode ser localizada imediatamente adjacente à superfície externa 62 do carretel 26 (por exemplo, em uma lateral do carretel 26 oposta aos braços 52 e próxima à parede lateral vertical 18), e ter uma superfície interna inclinada, de modo geral, plana 64 configurada para deslizar contra a superfície externa 62. Cunha 28 também pode ter uma superfície externa 71 que é curvada para corresponder ao perfil cilíndrico dos orifícios 42, 44. Com essa disposição, conforme a cunha 28 é puxada adicionalmente através dos orifícios 42, 44 e para a abertura 40, o carretel 26 pode ser mais forçado em direção às extremidades distais das pernas 38 (isto é, contra superfícies de extremidade opostas dos orifícios 42, 44).

[0024] Como o carretel 26, a cunha 28 também pode ser dotada de um canal longitudinal 72 formado no interior das superfícies inclinadas 64. O canal 72 pode ser dividido em uma primeira porção e uma segunda porção. A primeira porção do canal 72 pode se alinhar, de modo geral, com a primeira porção do canal 60 no carretel 26, enquanto a segunda porção do canal 72 pode se alinhar, de modo geral, com a segunda porção do canal 60. A primeira porção do canal 72 pode fornecer, simplesmente, liberação para a cabeça do fixador 32, o membro resiliente 34 e o colar 68, enquanto a segunda porção do canal 72 pode ser dotada de dentes 74 (mostrado apenas na Figura 3). Conforme descrito em maiores detalhes abaixo, os dentes 74 podem ser configurados para se enredarem com os dentes correspondentes do elemento deslizante 30, e podem ser usados para puxar a cunha 28 para o engate com os orifícios 42, 44.

[0025] O elemento deslizante 30 pode ser cilíndrico, de modo geral, tendo uma superfície externa macia 76 (mostrado apenas na Figura 3) configurada para deslizar no interior do canal 60 do carretel 26, e um superfície dentada oposta 78 configurada para se enredar com os dentes 74 da cunha 28. O elemento deslizante 30 também pode incluir um furo rosqueado 80 configurado para receber a haste rosqueada do fixador 32. Com essa configuração, conforme o fixador 32 é girado no interior do colar 68, o elemento deslizante 30 pode ser levado a deslizar ao longo do comprimento do canal 60.

[0026] Na modalidade revelada, o elemento deslizante 30 pode ser dotado de uma ou mais protuberâncias 82 que são configuradas para facilitar a submontagem do elemento deslizante 30, do fixador 32 e do membro resiliente 34 no carretel 26. As protuberâncias 82 podem ser conformadas para se estenderem axialmente a partir de uma extremidade do elemento deslizante 30 em direção à cabeça do fixador 32 e para passar através da área entalhada do colar 68 (por exemplo, em laterais opostas do fixador 32). Conforme descrito em maiores detalhes abaixo, as protuberâncias 82 podem ser usadas para comprimir seletivamente o membro resiliente 34 durante a montagem e a desmontagem.

[0027] O fixador 32 pode ser configurado para unir de modo ajustável o elemento deslizante 30 com a cunha 28. Em particular, conforme a cabeça do fixador 32 é girada por um técnico de serviço, a haste rosqueada do fixador 32 pode interagir com o furo 80 do elemento deslizante 30 para causar a translação linear do elemento deslizante 30 no interior do canal 60. O elemento deslizante 30, que tem superfície dentada 78 entrelaçada com dentes 74 de cunha 28, pode, então, transferir seu movimento linear à cunha 28. Em outras palavras, conforme o fixador 32 é girado no interior do carretel 26, a cunha 28 pode ser forçada para dentro ou para fora dos orifícios 42, 44 pelo elemento deslizante 30,dependendo da direção de rotação de fixador. E, conforme descrito acima, o movimento linear da cunha 28 pode corresponder às forças de preensão geradas pelo carretel 26 na GET 14 e no implemento de trabalho 12.

[0028] Além de facilitar a submontagem do carretel 26 (conforme será descrito em maiores detalhes abaixo), o membro resiliente 34 também pode ser usado para manter uma quantidade desejada de tensão com o fixador 32 após a montagem. Em particular, após a inserção do sistema de retenção 20 através dos orifícios 42, 44 do implemento de trabalho 12 e da GET 14, o fixador 32 pode ser apertado em um nível desejado de tensão que prende adequadamente a GET 14 ao implemento de trabalho 12. No entanto, ao longo do tempo, essa conexão pode se afrouxar devido ao desgaste e/ou deformação dos componentes diferentes. Convencionalmente, a fim de manter a GET 14 presa adequadamente ao implemento de trabalho 12, o fixador 32 teria que ser reapertado, o que pode ser uma tarefa demorada e difícil. No entanto, com a configuração revelada, o membro resiliente 34 pode, em vez disso, descomprimir de alguma forma conforme os componentes diferentes se desgastam, assim, tomando a folga criada no interior da montagem. Dessa maneira, o serviço manual do sistema de retenção 20 não pode ser exigido tão frequentemente, e a conexão da GET 14 ao implemento de trabalho 12 pode ser mantida em um nível desejado por um período de tempo maior. Um propósito adicional do membro resiliente 34 pode ser fornecer tensão substancialmente constante nas roscas do fixador 32, desse modo, fornecendo resistência a afrouxamento do fixador 32 devido a carregamento e vibrações cíclicas.

[0029] Em uma modalidade alternativa mostrada pelas linhas tracejadas na Figura 3, o carretel 26 pode ser dotado de uma cavidade 84 localizada em uma extremidade do canal 60 oposta ao colar 68. O bolso 84 pode ser uma área inclinada da profundidade aumentada, em que a cavidade 84 se torna mais profunda em distâncias mais opostas do colar 68. Nessa modalidade, quando o elemento deslizante 30 for movido para a direção oposta ao colar 68 em direção à extremidade distal do canal 60, a superfície dentada 78 do elemento deslizante 30 pode cair do engate enredado com os dentes 74 da cunha 28. Isso pode ser útil durante a montagem da cunha 28, permitindo que a cunha 28 seja inserida em uma distância maior através dos orifícios 42, 44 antes do engate da superfície dentada 78 com dentes 74. Inserindo-se a cunha 28 adicionalmente na abertura 40 antes dos dentes 74 serem travados com a superfície dentada 78, um número maior de dentes pode se engatar uns aos outros para maior resistibilidade no engate. Além disso, o técnico pode não exigir girar tanto o fixador 32 para alcançar o nível desejado de engate.

Aplicabilidade industrial

[0030] O sistema de retenção de ferramenta revelado pode ser aplicável a diversas máquinas de trabalho com terras, tais como pás de cabo, carregadeiras, escavadoras, pás frontais, cabos de arrasto e empurradores de terra. Especificamente, o sistema de retenção de ferramenta pode ser usado para conectar de modo removível as ferramentas de engate à terra aos implementos de trabalho dessas máquinas. Dessa maneira, o sistema de retenção revelado pode ajudar a proteger os implementos de trabalho contra desgaste nas áreas que experimentam abrasões e impactos danosos. Além disso, devido à natureza autoajustável do sistema de retenção revelado (isto é, devido ao uso do membro resiliente 34 para manter a força de conexão da GET 14 e do implemento de trabalho 12), a exigência de serviço do sistema de retenção pode ser baixa. O uso do sistema de retenção de ferramenta 20 para conectar a GET 14 ao implemento de trabalho 12 será descrita agora em detalhes.

[0031] Para conectar uma GET particular 14 ao implemento de trabalho 12, por exemplo, para conectar a cobertura de aleta 14b à parede lateral vertical 18, um técnico de serviço pode primeiro posicionar as pernas 38 da cobertura de aleta 14b sobre as superfícies opostas da parede lateral vertical 18 de modo que os orifícios 42 sejam alinhados, de modo geral, com o orifício 44 do implemento de trabalho 12. Uma submontagem, que consistem no carretel 26, o elemento deslizante 30, o fixador 32 e o membro resiliente 34, podem, então, ser inseridos através dos orifícios 42 e 44, com os braços 52 do carretel 26 voltados em direção às extremidades distais das pernas 38 (por exemplo, no interior dos bolsos 54). As superfícies internas dos braços 52 podem engatar as superfícies opostas do implemento de trabalho 12 nos orifícios 42, enquanto as superfícies externas dos braços 52 podem engatar as pernas 38 da GET 14. O elemento deslizante 30, nesse ponto no tempo, podem ser localizados em ou próximos da extremidade do canal 60 oposta ao colar 68 (por exemplo, no interior da cavidade 84, se o canal 60 for formado para ter a cavidade 84).

[0032] Uma vez que a submontagem descrita acima esteja no lugar no interior da abertura 40, o técnico de serviço pode inserir a cunha 28 através dos orifícios 42, 44. Nesse ponto no tempo, a superfície inclinada 64 da cunha 28 deve repousar contra a superfície externa 62 do carretel 26. O técnico de serviço pode empurrar a cunha 28 o mais longe possível na abertura 40, e, então, começar a girar o fixador 32 para apertar a conexão entre o implemento de trabalho 12 e a GET 14. Especificamente, conforme o técnico de serviço leva o fixador 32 para o elemento deslizante 30 (por exemplo, por uma rotação no sentido horário da cabeça do fixador 32), a superfície dentada 78 do elemento deslizante 30 pode se intertravar com os dentes 74 da cunha 28 (por exemplo, ser removida da cavidade 84 e para o engate com a cunha 28) e avançar a cunha 28 adicionalmente para a abertura 40. Devido ao afunilado da cunha 28, o avanço da cunha 28 para a abertura 40 pode forçar o carretel 26 na direção oposta à cunha 28. E conforme o carretel 26 se move em direção às extremidades distais das pernas 38, uma força de preensão maior pode ser exercida sobre as pernas 38. Essa força pode funcionar para segurar a GET 14 no lugar durante a operação da máquina 10, e os braços 52 pode inibir a remoção não intencionada do sistema de retenção 20. Uma vez que a força de preensão adequada tenha sido gerada entre o implemento de trabalho 12 e a GET 14 apertando-se o fixador 32, o membro resiliente pode manter esse nível de força conforme o componente da GET 14 e do sistema de retenção 20 se desgastam ao longo do tempo.

[0033] A submontagem do carretel 26, o elemento deslizante 30, o fixador 32 e o membro resiliente 34 pode facilitar a conexão simples e rápida da GET 14 com o implemento de trabalho 12 no campo. Essa submontagem pode ser criada primeiro colocando-se o membro resiliente 34 sobre a haste porção do fixador 32 e contra a cabeça. O elemento deslizante 30 pode, então, ser rosqueado na haste porção, e levado em direção à cabeça do fixador 32 (por exemplo, através de rotação no sentido horário do fixador 32) até que o membro resiliente 34 seja comprimido suficientemente. Nesse ponto no tempo, o elemento deslizante 30, o fixador 32 e o membro resiliente 34 podem ser colocados dentro do canal 60 do carretel 26. Especificamente, a cabeça do fixador 32 junto com o membro resiliente 34 pode ser colocado no interior da primeira porção do canal 60, em uma lateral do colar 68, e o elemento deslizante 30 pode ser colocado no interior da segunda porção do canal 60 na lateral oposta do colar 68 (isto é, com protuberâncias 82 que são localizadas no interior da área entalhada do colar 68). Devido ao membro resiliente 34 poder ser comprimido durante essa operação, deve haver liberação axial suficiente no interior da primeira porção do canal 60 para permitir essa colocação sem grande dificuldade. Após a colocação do deslizante 30, do fixador 32 e do membro resiliente 34 no canal 60 do carretel 26, o fixador 32 pode ser girado em uma direção oposta (por exemplo, na direção do sentido anti-horário) para mover o elemento deslizante 30 na direção oposta ao colar 58 (isto é, para mover as protuberâncias 82 na direção oposta ao membro resiliente 34 e para fora da área entalhada do colar 68) e permitir a descompressão do membro resiliente 34. Conforme o membro resiliente 34 se descomprime durante esse movimento, uma extremidade do membro resiliente 34 pode, eventualmente, se assentar no interior da depressão 56 do colar 68 e da cabeça do fixador 32 pode ser forçada contra o batente de extremidade 70. Isso pode completar a submontagem e inibir a desmontagem não intencionada dos componentes.

[0034] Para desmontar o sistema de retenção 20, o fixador 32 pode ser girado em uma direção no sentido anti-horário. Isso pode funcionar para mover a cabeça do fixador 32 na direção oposta ao colar 68 até que o batente de extremidade 70 seja engatado. Nesse ponto, a rotação no sentido anti- horário do fixador 32 pode levar o elemento deslizante 30 e a cunha 28 a se moverem axialmente em uma direção oposta até que a cunha 28 seja empurrada para fora dos orifícios 42, 44 e/ou até que o elemento deslizante 30 entre na cavidade 84 e desengate a cunha 28.

[0035] O sistema de retenção revelado pode ser relativamente simples e de baixo custo. Especificamente, devido ao fato do carretel 26 e da cunha 28 poderem se engatar um ao outro em uma superfície deslizante suave, esses componentes podem ser fáceis de serem fabricados, resultando em partes baratas. Além disso, devido ao fato do desgaste excessivo poder ser acomodado automaticamente com descompressão do membro resiliente 34, os custos de serviço da máquina 10 podem ser mantidos baixos.

[0036] Ficará evidente àqueles versados na técnica que diversas modificações e variações podem ser feitas ao sistema de retenção revelado. Outras modalidades da invenção serão evidentes àqueles versados na técnica a partir da consideração do relatório descritivo e da prática do sistema de retenção revelado. Deseja-se que o relatório descritivo e os exemplos sejam considerados como apenas exemplificativos, sendo um verdadeiro escopo indicado pelas seguintes reivindicações e seus equivalentes.

Claims

1. Sistema de retenção de ferramenta, caracterizado pelo fato de compreender: - um carretel (26) tendo um canal alongado (60), e um colar (68) que divide o canal alongado (60) dentro de uma primeira porção e uma segunda porção; - um fixador (32) disposto dentro do interior do canal alongado (60) e que passa através do colar, o fixador (32) tendo uma cabeça localizada dentro da primeira porção e uma haste rosqueada localizada dentro da segunda porção; - um membro resiliente (34) disposto entre a cabeça do fixador (32) e o colar (68); e - um elemento deslizante (30) engatado de modo rosqueado com a haste rosqueada e configurado para deslizar dentro da segunda porção do canal alongado (60) conforme o fixador (32) é girado; sendo que o elemento deslizante (30) inclui pelo menos uma protuberância que estende-se axialmente em direção ao colar (68), e o colar (68) é entalhado para permitir a passagem da pelo menos uma protuberência (82).

2. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de incluir adicionalmente uma cunha (28) configurada para se intertravar com o elemento deslizante (30).

3. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de o colar (68) incluir uma depressão (56) configurada para assentar o membro resiliente (34).

4. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de: - o carretel incluir um batente de extremidade (70) localizado a uma certa distância do colar (68); e - o membro resiliente (34) é configurado para desviar a cabeça do fixador (32) para a direção oposta ao colar (68) e contra o batente de extremidade (70).

5. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de as superfícies externas do carretel (26) e da cunha serem curvadas.

6. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o carretel (26) incluir braços espaçados (52) que se estendem em uma direção oposta à cunha.

7. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o carretel incluir adicionalmente uma cavidade (84) localizada em uma extremidade do canal alongado (60) oposta ao colar (68), sendo que a cavidade (84) é configurada para permitir o desengate seletivo do elemento deslizante (30) da cunha.

8. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de a cavidade (84) aumentar em profundidade em distâncias maiores do colar (68).

9. Sistema de retenção de ferramenta, caracterizado pelo fato de compreender: - um carretel (26) tendo um canal alongado (60), e um colar (68) que divide o canal alongado (60) dentro de uma primeira porção e uma segunda porção, e uma cavidade (84) formada dentro da segunda porção em uma extremidade oposta ao colar (68); - um fixador (32) disposto dentro do canal alongado (60) e que passa através do colar (68), o fixador (32) tendo uma cabeça localizada dentro da primeira porção e uma haste rosqueada localizada dentro da segunda porção; - um elemento deslizante (30) engatado de modo rosqueado com a haste rosqueada e configurado para deslizar dentro da segunda porção do canal alongado (60) conforme o fixador (32) é girado; e - uma cunha (28) configurada para se intertravar seletivamente com o elemento deslizante (30) apenas quando o elemento deslizante (30) estiver fora da protuberância (82), sendo que o elemento deslizante (30) inclui pelo menos uma protuberância (82) que estende-se axialmente em direção ao colar (68), e sendo que o colar (68) é entalhado para permitir a passagem da pelo menos uma protuberência (82).

10. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de o colar (68) incluir uma depressão anular.

11. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de o carretel (26) incluir um batente de extremidade (70) localizado a uma certa distância do colar (68); e - a cabeça do fixador (32) estar localizada entre o colar (68) e contra o batente de extremidade (70).

12. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de as superfícies externas do carretel (26) e da cunha serem curvadas.

13. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de o carretel (26) incluir braços espaçados (52) que se estendem em uma direção oposta à cunha.

14. Sistema de retenção de ferramenta, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de a cavidade (84) aumentar em profundidade em distâncias maiores a partir do colar (68).

15. Sistema de retenção de ferramenta, caracterizado pelo fato de compreender: - um carretel (26) tendo um canal alongado (60), e um colar (68) que divide o canal alongado (60) dentro de uma primeira porção e uma segunda porção; - um fixador (32) disposto dentro do canal alongado (60) e que passa através do colar (68), o fixador (32) tendo uma cabeça localizada dentro da primeira porção e uma haste rosqueada localizada dentro da segunda porção; - uma arruela belleville ou uma mola disposta entre a cabeça do fixador (32) e o colar (68); e - um elemento deslizante (30) engatado de modo rosqueado com a haste rosqueada e configurado para deslizar dentro da segunda porção do canal alongado (60) conforme o fixador (32) é girado, sendo que o elemento deslizante (30) inclui pelo menos uma protuberância (82) que se estende axialmente em direção ao colar (68), e o colar (68) é entalhado para permitir a passagem da pelo menos uma protuberência (82).