BR102022006318A2 - Preparação medicinal à base de óleos essenciais para tratamento, prevenção e controle de mastite em animais - Google Patents

Preparação medicinal à base de óleos essenciais para tratamento, prevenção e controle de mastite em animais Download PDF

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Abstract

“PREPARAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS” refere-se à uma composição de aplicação via intramamária utilizado para o tratamento, controle e prevenção de mastite subclínica, aguda e crônica vinculado a área da Medicina Veterinária. O produto apresenta formulação composta por um ou mais óleos essenciais de plantas com óleos vegetais e compatíveis com a formulação, focada em efeito antimicrobiano e anti-inflamatório e opcionalmente focada em efeito cicatrizante e regenerador de tecidos danificados pela mastite, sendo uma alternativa sustentável quando comparado aos antimicrobianos e anti-inflamatórios alopáticos devido à baixa toxicidade, não deixa resíduos prejudiciais no leite, são biodegradáveis, não persistentes no ambiente.

Description

PREPARAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS
[001] A presente invenção refere-se a uma formulação fitoterápica para uso no tratamento, controle e na prevenção de mastite subclínica, aguda e crônica, aplicada à pecuária de leite e à Medicina Veterinária, cuja administração é feita via intramamária. Trata-se de uma alternativa sustentável ao uso de antimicrobianos e anti-inflamatórios alopáticos, com a vantagem de não deixar resíduos medicamentosos prejudiciais no leite e não persistir no meio-ambiente, além de apresentar atividade antimicrobiana, anti-inflamatória, cicatrizante e regeneradora de tecidos.
[002] A mastite, inflamação da glândula mamaria, representa um sério problema de saúde animal, tendo e vista o grande número de animais acometidos e as várias alterações orgânicas que podem ocasionar, podendo resultar na morte desses animais nos casos de infecções mais severas. A doença é causada por microrganismos patogênicos que invadem e destroem as células da glândula mamaria, sendo as bactérias gram-positivas e gram-negativas os principais responsáveis, com destaque para Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Uma vez instalada nos animais leiteiros, a mastite afeta a produtividade, resultando em prejuízos econômicos devido ao gasto financeiro com profissionais especializados e com fármacos antimicrobianos e anti-inflamatórios alopáticos que são aplicados via intramamária ou parenteral, dependendo da intensidade da infecção. A administração desses fármacos resulta na presença de resíduos medicamentosos no leite, obrigando o produtor rural a descartar todo o material enquanto houver a presença desses resíduos. Durante o período em que o fármaco é administrado e se mantém presente no leite, o prejuízo ao produtor é potencializado, especialmente nos países em que o leite é pouco valorizado. Ainda existe o agravante de que o uso desses fármacos contribui para a resistência microbiana, especialmente quando aplicados de forma indiscriminada ou equivocada, e isso corresponde à uma das principais razões para realizar o controle da mastite em bovinos leiteiros.
[003] Os óleos essenciais (OEs) obtidos a partir de plantas medicinais vêm se destacando por serem compostos naturais complexos sintetizados por plantas aromáticas encontradas em países de clima quente durante seu metabolismo secundário, e representam parte fundamental da farmacopeia tradicional. Os OEs apresentam efeitos farmacológicos antibacteriano, antiviral, antifúngico, antiparasitário, antibiofilme, antioxidante, analgésico e cicatrizante. A utilização de óleo essencial (OE) é uma alternativa sustentável quando comparado aos antimicrobianos e anti-inflamatórios alopáticos devido à baixa toxicidade, não deixa resíduos prejudiciais nos alimentos, são biodegradáveis e não persistentes no meio ambiente.
[004] No estado da técnica, existem pedidos de patentes que citam a utilização de agentes antimicrobianos para o tratamento de mastite, porém não existe conflito com o presente invento, uma vez que estão relacionados à alopatia, conforme apresentado a seguir:
  • 4A) O documento US7812009/2010 refere-se a uma composição farmacêutica alopática de administração intramamária composta por um agente antibacteriano e um corticoide (prednisolona) para o tratamento de mastite clínica, sem causar alterações significativas na contagem de leucócitos dos animais leiteiros;
  • 4B) O pedido de patente WO95/31180 está atribuído a um produto composto por um fármaco antimícrobiano alopático a base de cloxacilina benzantina, de administração intramamária, e um selante de teto à base de subnitrato de bismuto na forma de gel de polietileno. Os testes indicaram que o fármaco provou leve irritação nas vacas e que após 8 dias depois da primeira administração os níveis de fármaco estavam abaixo do máximo aceitável e o selante gel de polietileno com bismuto não causou irritação nos tetos;
  • 4C) O pedido de patente WO98/50045 menciona uma formulação veterinária que contém um fármaco antimicrobiano e outro anti-inflamatório, ambos alopáticos, porém de administração parenteral, que causa uma pequena irritação e até danos nos tecidos do animal leiteiro;
  • 4D) A patente US3049473/1962 refere-se a composições veterinárias alopáticas, de administração intramamária a base de penicilina e/ou estreptomicina em mistura com agente dispersante adequado e um óleo mineral e óleo vegetal adequado ao composto;
  • 4E) O pedido de patente BRl020160098394 refere-se a um produto de administração intramamária constituído pela associação dos antibióticos alopáticos cloridrato de ceftiofur e florfenicol;
  • 4F) O pedido de patente BRl 120150088040 refere-se a uma formulação antimicrobiana esteroidal catiônica (CSA) de uso intramamário e/ou aplicação tópica, sem afetar a produção de leite ou causar irritação dos tecidos do teto ou do animal leiteiro;
  • 4G) O pedido de patente PI10026010 refere-se ao desenvolvimento de dois tipos de nanocápsulas poliméricas, as quais encapsulam o fármaco antimicrobiano cloxacilina benzatina para tratamento da mastite em gado leiteiro;
  • 4H) O pedido de patente PI05174732 refere-se ao tratamento simplificado da mastite com os fármacos alopáticos enrofloxacina ou ciprofloxacina, particularmente em vacas, de administração parenteral; e
  • 4I) O pedido de patente PI04085590 que refere-se a um método de tratamento alopático de mastite por meio da administração de agente antibacteriano em associação com um agente anti-inflamatório, ambos alopáticos.
[005] Com relação ao uso de fitoterápicos, o estado da técnica apresenta diversos pedidos de patentes que citam a utilização de antimicrobianos para o tratamento da mastite, porém estão relacionados à alopatia e, portanto, não conflitam com o presente invento, conforme segue:
  • 5A) O pedido de patente BRl 120170276127 é direcionado a uma composição de formação de filme antimicrobiana aquosa pulverizável contendo um polimero de formação de filme, um agente antimicrobiano, um uretano etoxilado hidrofobicamente modificado e como um modificador de reologia e opcionalmente um agente antiespumante, de uso tópico para reduzir a incidência de mastite contagiosa e de mastite ambiental em um rebanho leiteiro, e o teto e úbero devem ser lavados antes da ordenha para remover o filme formado;
  • 5B) O pedido de patente BRl 120150234453 refere-se a um polímero de poliamida amina funcional antimicrobiana de atuação local com solubilidade em água para o tratamento e prevenção da mastite em mamíferos não-humanos, particularmente em vacas;
  • 5C) O pedido de patente BR1020130111295 refere-se a uma composição antisséptica para o tratamento da mastite bovina que compreende o extrato aquoso de Hedychium coronarium, planta popularmente conhecida como “lírio-do-brejo”, em concentração de 25% na forma líquida ou gel, que apresenta ação biológica contra microrganismos encontrados na pele de tetos de vacas produtoras de leite, de aplicação tópica para prevenção de mastite;
  • 5D) O pedido de patente PIl1033940 trata de composições à base de extrato das raízes de Salvinia aunculata e do óleo de macaúba, tendo composição geral de 70 a 80% de base glicerinada, 20 a 25% de óleo de macaúba, 1 a 2% de vitamina E, 0,5 a 2% de extrato de Salvinia aunculata, 18 a 20% de óleos essenciais e 0,01 a 2% de conservantes de fase oleosa, trata-se de composições domissaneantes utilizadas na prevenção e controle da mastite de forma tópica, na assepsia dos tetos dos animais leiteiros, na assepsia das mãos os ordenadores antes da ordenha e também para limpeza do ambiente;
  • 5E) O pedido de patente PI09036997 refere-se a uma invenção composta por gelatina vegetal natural e solução de melito de abelha estéril, utilizados como veículo na adição do extrato intermediário de própolis para tratamento natural e profilático de vacas portadoras de mastite em lactação e vacas secas;
  • 5F) O pedido de patente PI98124498 refere-se a obtenção e aplicação de composição farmacêutica composta por extratos de plantas para tratar mastite em animais bovinos, ovinos e caprinos e seu processo de obtenção. A composição compreende suco ou gel de babosa (Aloe vera), extrato aquoso de agave (Agave atrovirens), azeite essencial de limão (Citrus limon), azeite essencial da arvore do chá (Maleleuca alternifólia), extrato de confrei (Symphytum officinalis), associada ao sulfato de zinco, sal sódico do ácido etileno-diamino tetracético, ácido cítrico, ácido ascórbico e benzoato de sódio;
  • 5G) O pedido de patente PI98140515 refere-se a um produto para imersão de tetos, composto por uma composição liquida aquosa espessada com componentes orgânicos que podem ser combinados com uma solução aquosa simples de um sal de ácido cloroso, preferivelmente um clorito de metal alcalino, formando um filme que provê uma barreira antimicrobiana e escudo profilático que atua na prevenção de mastite em bovinos leiteiros;
  • 5H) O pedido de patente PI94079889 refere-se a peptídeos derivados de proteínas associadas com aderência bacteriana ao epitélio do ducto mamário para prevenir mastite de aplicação na forma de vacina;
  • 5I) No pedido de patente BR2020160289454, o óleo essencial de Melaleuca alternifolia é utilizado em conjunto com óleo essencial de Schinus terebinthifolius e um filme cicatrizante e antimicrobiano a base de alginato de sódio cuja aplicação tópica objetiva o tratamento de feridas infectadas por microrganismos e fungos, entretanto tratam-se de feridas externas, na pele, e não para tratamento de mastite em animais leiteiros;
  • 5J) O produto registrado no pedido de patente BRl020150039603 é utilizado para a prevenção e tratamento de lesões de peles, ulceras por pressão, escoriações, queimaduras e dermatites, sendo constituído por gaze Rayon, óleos de copaíba e Melaleuca, pertence ao setor da indústria de produtos farmacêuticos e cosméticos, sem ressaltar sua aplicação em casos de mastite;
  • 5K) No pedido de patente BR1020140244972 é descrito a obtenção de nanoemulsões com extrato etanólico bruto das folhas de Melaleuca leucadendron e/ou pilocarpina e sua aplicação como radioprotetor tópico, antioxidante, anti-inflamatório e regenerador tissular;
  • 5L) No pedido de patente PI0816297-2 (WO2009044241) é descrito um método de tratamento, ou profilaxia, de uma infecção por virus usando uma composição de óleo derivado de Maleleuca;
  • 5M) O pedido de patente PI04043154 refere-se a uma composição antibacteriana a base de óleo de Maleleuca e solvente e/ou frações/diluições desta composição para uso em feridas, ou seja, não relata sua aplicação nos casos de mastite;
  • 5N) O pedido de patente BRl020130296937 refere-se obtenção e aplicação de extrato natural antioxidante liofilizado abase de Rosmarinus officinalis como antioxidante em óleos e gorduras vegetais com fins alimenticios, durante o armazenamento e conservação, bem como nos processos de processamento, aquecimento e utilização alimentar, visando à redução de processos oxidativos que comprometem a utilização e aplicação destas matérias-primas;
  • 5O) O pedido de patente PI98021532 refere-se a um método de tratamento de hemorroidas, ulceras varicosas ou neurotróficas, pacientes que sofrem de doenças do ouvido, tais como tonturas, hipoacusia e zumbidos através do uso deste extrato de Rosamarinus officinalis através da via oral;
  • 5P) O pedido de patente BRl020130224006 refere-se a composições bioativas de plantas a base de óleos essenciais, na forma de pomada, para cicatrização epitelial, anti-inflamatória, adequado para aplicação tópica na pele humana e de animais, porém não relaciona o produto com casos de mastite;
  • 5Q) O pedido de patente BR1020130158410 refere-se a composições bioativas de plantas a base de óleos essenciais, na forma de gel, para banho seco, adequado para aplicação tópica na pele humana e animal com formulação a base de extrato ou óleos essenciais de plantas como a copaiba, citronela, cravo, eucalipto, melaleuca, alecrim, erva cidreira, camomila, melissa, jaborandi, capim limão e/ou babosa, compreendendo um polímero aniônico;
  • 5R) O pedido de patente BRl02012329271 trata de um processo de produção de extratos glicerinados de bioativos probioticos adicionado de óleos essenciais aromáticos e antimicrobianos para utilização em insumo de cosméticos, produtos de tratamento dermatológicos, com uso externo, bem como aditivo de alimentos e bebidas no uso interno do corpo humano e animal; e
  • 5S) O pedido de patente PI09050990 trata de um composto bioativo de plantas para cicatrização de pele a base de óleos essenciais que, de acordo com as suas características, propicia um composto bioativo de plantas na forma de pomada com formulação a base de óleo de sassafrás, lanolina e vaselina solida USP, sendo obtido por meio de aquecimento e homogeneização dos seus componentes, com vistas a ser administrado como pomada na forma tópica sobre a ferida da pele dos pacientes até a cicatrização destas pela interferência ativa e harmoniosa nas diversas fases do processo cicatrieial dos vários tipos de feridas, a fim de garantir a perfeita restauração tissular destas, aliado a inexistência de contra indicações e efeitos colaterais aos pacientes e, tendo como base um composto bioativo de plantas na forma de pomada facilmente adaptável a uma vasta gama de pacientes e férias de pele em geral.
[006] Embora o estado da técnica tenha apresentado soluções para o controle e prevenção de mastite subclínica, aguda e crônica, o inventor da presente patente pesquisou e desenvolveu uma solução inovadora usando óleos essenciais que foi objeto do pedido de patente BR1020200183230, tratando-se de um composto a base de óleos essenciais de Maleleuca alternifolia e Rosmarinus officinalis, pedido diferente do atual cuja solicitação apresenta maior amplitude de plantas do pedido supracitado. Na continuação das pesquisas do inventor, foi observado através de estudos e testes que outros óleos essenciais poderiam ser utilizados com a mesma finalidade e também com excelentes resultados.
[007] “PREPARAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS” foi desenvolvida para superar as desvantagens, os inconvenientes e as limitações dos produtos anteriores, tratando-se de formulações fitoterápicas prontas para uso no momento da administração nos animais, sendo uma alternativa sustentável ao uso antimicrobianos e anti-inflamatórios alopáticos, com a vantagem de não deixar resíduos medicamentosos prejudiciais no leite e não persistir no meio-ambiente, além de apresentar atividade antimicrobiana, anti-inflamatória, cicatrizante e regeneradora de tecidos.
[008] Fármacos alopáticos atuais apresentam o inconveniente de ser necessário o descarte de leite durante o período de tratamento e de carência, também apresentam a desvantagem de poder causar irritação nos tecidos dos animais leiteiros, além disso existe o problema técnico de que tais medicamentos podem colaborar para o desenvolvimento de microrganismos resistentes à antibióticos e outros fármacos alopáticos, provocando mastites mais difíceis de serem tratadas e que necessitam de medicamentos mais agressivos.
[009] Composições atuais cuja forma de uso está baseada na formação de um filme protetor, apresentam a desvantagem de apenas atuar na prevenção de mastite e o inconveniente de não atuar contra a doença já instalada, podendo perder sua eficácia durante a movimentação do animal e se faz necessária a lavagem do úbere para remoção das substancias formadoras do filme antes da ordenha.
[010] Outras composições atuais do estado da técnica contendo fitoterápicos foram desenvolvidos para tratar apenas de feridas superficial e possuem a limitação de não atuar diretamente contra mastite.
[011] Problemas, inconvenientes e desvantagens resolvidos pela presente patente cuja composição de um medicamento fitoterápico de aplicação intramamária possui aplicação no controle, no tratamento e na prevenção de mastite subclínica, aguda e crônica, é de fácil manipulação e administração, não promove reações adversas nos animais leiteiros, dispensa a necessidade de descartar leite durante o período de aplicação e não possui tempo de carência após o período de aplicação.
[012] Após incessantes pesquisas, e desenvolvimentos, foram testados diversos óleos essenciais que poderiam ter atividade anti-inflamatória e antimicrobiana e óleos vegetais que poderiam ter atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos, concluindo-se que a composição com melhores resultados foi preparada a partir dos óleos essenciais, ou suas combinações, extraídos das seguintes espécies de plantas: Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides. Os OEs são extraídos por arraste a vapor e utilizados em combinação com um óleo vegetal escolhido entre os óleos de girassol, abacate, semente de uva, copaíba, andiroba, amêndoas doce, coco, buriti, germe de trigo, jojoba, linhaça, macadâmia, neem, pracaxi, prímula, rícino, rosa mosqueta, semente de abobora, urucum ou gergelim, ou combinação dos mesmos, preferencialmente extraídos a frio, e preferencialmente utilizado o óleo de girassol.
[013] A seguir estão descritas as principais características e funções tecnológicas dos óleos essenciais e óleos vegetais utilizados na composição:
[014] Os OEs apresentam efeitos farmacológicos antibacteriano, antiviral, antifúngico, antiparasitário, antibiofilme, antioxidante, analgésico e cicatrizante. A atividade antimicrobiana se dá por meio da interação entre os fitocompostos presentes nos óleos essenciais com as proteínas da membrana celular das bactérias, comprometendo sua estrutura e funcionalidade e consequentemente causando alterações no material genético, no transporte de nutrientes e no metabolismo, podendo inibir a respiração dos micróbios e de lisar as células dos patógenos, além de evitar a formação de tubos germinativos. A ação anti-inflamatória se dá pela inibição da transcrição de NF-Kb e supressão da cascata de ácido araquidônico. Diferentes combinações de OEs podem controlar a oxidação de alimentos e a proliferação de microrganismo, inclusive àqueles que apresentam elevada resistência a agentes antimicrobianos e os causadores de mastite. Uma atenção especial deve ser dada à concentração máxima dos OEs, uma vez que o excesso de OE na composição pode provocar um excesso de estimulo químico e intoxicações no animal. Elevadas concentrações podem promover a cura da mastite, entretanto provoca a morte tecidual e inflamação no interior do teto e úbere, comprometendo a glândula mamaria e a produção de leite. Entretanto, se a composição apresentar baixa concentração de OE, haverá pouca atividade no combate à mastite em animais infectados e também afeta uma quantidade reduzida de patógenos que causam a enfermidade. Os OEs utilizados foram extraídos por arraste a vapor, em temperatura máxima de 100 °C, pois dessa forma são obtidos os principais compostos fitoterápicos que atuam no tratamento, no controle e na prevenção de mastite subclínica, aguda e crônica.
[015] Os óleos vegetais são compostos majoritariamente por triglicerídeos, constituídos por três moléculas de ácidos graxos, com a presença de uma instauração na cadeia de carbono, e são substancias que possuem intensa atividade biológica e atuam como carreadores de vitaminas lipossolúveis. Quando extraídos por prensagem a frio, mantém muitas vitaminas e nutrientes provenientes da planta ao qual foi extraído. Por tais motivos, os óleos vegetais auxiliam na regeneração de tecidos, sendo especialmente úteis no caso de mastite em animais leiteiros uma vez que a doença danifica o tecido que envolve os ductos coletores maiores de leite do úbere e danificam as células responsáveis pela produção de leite no alvéolo, podendo até atrofiar definitivamente o alvéolo, portanto, sua principal função na composição é auxiliar na cicatrização e promover regeneração dos tecidos danificados pela mastite nos animais infectados. A exemplo de composição química, o óleo de girassol prensado a frio, dependendo da qualidade e região em que a planta foi cultivada, apresenta níveis de concentração de 59 a 68% de ácido linoleico, 15 a 19% de ácido oleico, aproximadamente 5% de ácido linolênico e 4% de ácido esteárico e quantidades menores de ácido palmitoléico, mirístico, e outros ácidos, além de substâncias como vitaminas e sais minerais. Já o óleo proveniente de rosa mosqueta, como outro exemplo, apresenta concentrações de 43 a 49% de ácido linoleico, 32 e 38 % de ácido linolênico, 14 e 16% de ácido oleico, 3 a 5% de ácido palmítico, até 5% de ácido palmitoléico, até 2% de ácido esteárico e quantidades menores de outros ácidos, vitaminas e sais minerais.
[016] Antes de aplicar a composição in vivo, ensaios laboratoriais foram conduzidos para avaliar a eficácia da composição contra as seguintes cepas padrões: Staphylococcus aureus NP23, S. aureus LB25923, S. aureus B24, Geobacillus stearothermophilus, Pseudomonas aeruginosa ATCC27853, Shigella flexneri NP122, Escherichia coli NP22, E. coli ATCC25922, Streptococcus uberis, S. pyogenes, S. agalactiae, Klebsiella sp., Bacillus cereus, Proteus mirabilis, Serratia sp., Enterococcus faecalis, Candida glabrata, C. tropicalis, C. parapsilosis, Cryptococcus gattii 178 e C. gattii 179. Foi utilizado o método de difusão em ágar para rastrear as atividades antibacteriana e antifúngica. Os OEs testados foram obtidos através da técnica de destilação por arraste a vapor com temperatura máxima de vapor de 100°C, com posterior armazenagem em vidro âmbar. Foram ensaiados os OEs extraídos das espécies Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides. Como base para os ensaios, foi utilizado o óleo vegetal de girassol prensado a frio, a 80% em volume com diferentes combinações de OEs, totalizando a quantia de 20% em volume de OEs nas composições testadas.
[017] Os resultados em laboratório evidenciaram sensibilidade das cepas, confirmando a atividade antimicrobiana da composição. O passo seguinte foi realizar ensaios nos animais leiteiros (in vivo), sendo aplicada a composição em vacas com aptidão leiteira diagnosticadas com mastite clínica e em vacas com aptidão leiteira diagnosticadas com mastite subclínica.
[018] Foi avaliada a quantidade mínima e máxima, em porcentagem volumétrica, único OE e também de misturas de OEs, com óleos vegetais, através dos testes 1 a 14, apresentados nas tabelas 1 a 4. Para tanto, foi selecionado único OE e as misturas de OEs escolhidos entre Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides, em todas as proporções volumétricas entre esses óleos essenciais no caso da mistura de OEs, com mistura de óleos vegetais escolhidos entre os óleos vegetais de girassol, de abacate, de semente de uva, de copaiba, de andiroba, de amêndoas doce, de coco, de buriti, de germe de trigo, de jojoba, de linhaça, de macadâmia, de neem, de pracaxi, de prímula, de rícino, de rosa mosqueta, de semente de abobora, de urucum e de gergelim em todas as proporções volumétricas entre esses óleos vegetais.
[019] A metodologia utilizada nos testes 1 a 14, apresentados nas tabelas 1 a 4, foi a seguinte:
  • 19A) Seringas intramamárias envasadas com 10mL com as composições foram conservadas em local seco e fresco, em temperatura entre 15°C e 30°C, ao abrigo de luz solar intensa;
  • 19B) Foi aplicada uma seringa via intramamária para cada ordenha, sendo realizada de duas a três ordenhas por dia;
  • 19C) A administração do produto foi feita após a secagem do quarto mamário por meio de ordenha mecânica e sanitização do teto com álcool, com foco para a sanitização da superfície externa do orifício do canal do teto; e
  • 19D) O procedimento supracitado foi realizado até que se verificou melhora do quadro de infecção, com acompanhamento dos testes CMT (California Mastitis Test) e CT (Caneca Telada) com fundo da cor preta.
[020] Os testes 1 a 4 que determinaram a quantidade mínima e máxima de misturas de OE e de misturas de óleos vegetais para tratamento contra mastite de 2 a 4 dias de aplicação após cada ordenha, estão listados na tabela 1.
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[021] Teste 1: Quantidade de mistura de óleos essenciais de 9 % em volume. A quantidade de 9 % em volume de mistura de óleos essenciais apresentou atividade no combate à mastite, mas em tempo médio de tratamento maior que 4 dias de administração da composição para eliminação da mastite nos animais. Esta quantidade de óleos essenciais de 9 % em volume foi reprovada para tratamento de 2 a 4 dias. Entretanto, 9 % de misturas de óleos essenciais foi aprovada para tratamento de 7 a 10 dias.
[022] Teste 2: Quantidade de mistura de óleos essenciais de 10 % em volume. O resultado da composição com 10 % de mistura de óleos essenciais apresentou bons resultados no combate a mastite em animais infectados, e redução no período de tratamento para 2 a 4 dias, dependendo do grau de infecção dos animais. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando que a composição foi eficaz e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Verificou-se a presença de atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos, e maior atividade antimicrobiana. Portanto a composição foi aprovada.
[023] Teste 3: Quantidade de mistura de óleos essenciais de 20 % em volume. Tal quantidade combateu eficientemente os microrganismos que causam a mastite em animais infectados num período de 2 a 4 dias de aplicação da composição. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando que o produto foi eficaz e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Não foram detectadas intoxicações ou lesões da glândula mamaria e dos tecidos envolvidos nos animais que receberam essa composição, também foi observada atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos. Portanto essa quantidade foi aprovada, e se caracteriza como a quantidade máxima de óleos essenciais da composição para atuação satisfatória em um período de 2 a 4 dias e também a quantidade máxima de óleos essenciais da composição de maneira geral.
[024] Teste 4: Quantidade de mistura de óleos essenciais de 21 % em volume. Adicionando-se 21 % de mistura de óleos essenciais na composição, houve o efetivo combate da mastite em animais infectados, e esses foram negativados para os testes de CMT e CT. Entretanto o excesso de óleos essenciais começou a gerar problemas de intoxicação e de lesão da glândula mamaria e dos tecidos envolvidos, o que prejudicou a produção e o bem-estar dos animais leiteiros, além disso, não reduz o tempo de tratamento, resultando em uma indesejada e elevada relação de custo/benefício. Portanto essa quantidade foi reprovada.
[025] A formula preferencial, para tratamento entre 2 e 4 dias com misturas de óleos essenciais, escolhidos entre os óleos essenciais extraídos de Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides foi, 10 % em volume de mistura de óleos essenciais e 90 % de mistura de óleos vegetais.
[026] Os testes 5 a 8 que determinaram a quantidade minima e máxima de único óleo essencial e de óleos vegetais para tratamento contra mastite de 2 a 4 dias de aplicação após cada ordenha, estão listados na tabela 2.
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Figure img0003
[027] Teste 5: Quantidade de único óleo essencial de 9 % em volume. A quantidade de 9 % em volume de único óleo essencial apresentou tempo médio de tratamento maior que 4 dias de administração da composição para eliminação da mastite nos animais. Esta quantidade de óleo essencial de 9 % em volume foi reprovada para tratamento de 2 a 4 dias. Entretanto, 9 % de único óleo essencial foi aprovada para tratamento de 7 a 10 dias.
[028] Teste 6: Quantidade de único óleo essencial de 10 % em volume. O resultado da composição com 10 % de único óleo essencial apresentou bons resultados no combate a mastite em animais infectados, e redução no período de tratamento para 2 a 4 dias, dependendo do grau de infecção dos animais. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando que a composição foi eficaz e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Verificou-se a presença de atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos, e maior atividade antimicrobiana. Portanto a composição foi aprovada.
[029] Teste 7: Quantidade de único óleo essencial de 20 % em volume. Tal quantidade combateu eficientemente os microrganismos que causam a mastite em animais infectados num período de 2 a 4 dias de aplicação da composição. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando que o produto foi eficaz e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Não foram detectadas intoxicações ou lesões da glândula mamaria e dos tecidos envolvidos nos animais que receberam essa composição, também foi observada atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos. Portanto essa quantidade foi aprovada, e se caracteriza como a quantidade máxima de óleo essencial da composição para atuação satisfatória em um período de 2 a 4 dias e também a quantidade máxima de óleo essencial da composição de maneira geral.
[030] Teste 8: Quantidade de único óleo essencial de 21 % em volume. Adicionando-se 21 % de único óleo essencial na composição houve o efetivo combate da mastite em animais infectados, e esses foram negativados para os testes de CMT e CT. Entretanto o excesso de óleo essencial começou a gerar problemas de intoxicação e de lesão da glândula mamaria e dos tecidos envolvidos, o que prejudicou a produção e o bem-estar dos animais leiteiros, além disso, não reduz o tempo de tratamento, resultando em uma indesejada e elevada relação de custo/benefício. Portanto essa quantidade foi reprovada.
[031] A formula preferencial, para tratamento entre 2 e 4 dias com único óleo essencial, escolhido entre Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba ou Vetiveria zizanoides foi, 10 % em volume de óleo único essencial e 90 % de óleos vegetais.
[032] Os testes 9 a 11 que determinaram a quantidade minima e máxima de misturas de óleos essenciais e de mistura de óleos vegetais para tratamento contra mastite de 7 a 10 dias de aplicação após cada ordenha, estão listados na tabela 3.
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[033] Teste 9: Quantidade de 4 % em volume de mistura de óleos essenciais. A quantidade de 4 % em volume de mistura de óleos essenciais demonstrou pouca atividade no combate à mastite em animais infectados, afetando uma quantidade reduzida de microrganismos patogênicos, caracterizando um resultado insatisfatório. Portanto, essa formulação foi reprovada.
[034] Teste 10: Quantidade de 5 % em volume de mistura de óleos essenciais. Ao adicionar 5 % em volume de mistura de óleos essenciais, a composição exibiu atividade satisfatória no combate a mastite em animais infectados, entretanto, em razão de não ser uma quantidade elevada de óleo essencial, o tempo de administração da composição para que a mastite fosse completamente eliminada foi de 7 a 10 dias. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando a eficácia da composição e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Outro ponto verificado, foi maior atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos por conta do óleo vegetal presente em quantidade elevada, se comparado aos testes com 10 % ou mais de óleo essencial ou suas misturas. Portanto essa formulação foi aprovada, e 5 % em volume foi caracterizada como a quantidade mínima de mistura de óleos essenciais na composição.
[035] Teste 11: Quantidade de mistura de óleos essenciais de 9 % em volume. A quantidade de 9 % em volume de mistura de óleos essenciais apresentou tempo médio de tratamento similar á quantidade de 5 % em volume, com uma média de 7 a 10 dias de administração da composição para eliminação da mastite nos animais. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o deste de CMT e CT, demonstrando a eficácia da composição e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Portanto a quantidade foi aprovada, e 9 % em volume se caracteriza como a quantidade máxima de mistura de óleos essenciais numa faixa de 5 a 9 % em volume para administração da composição em um período de 7 a 10 dias.
[036] A formula preferencial, para tratamento entre 7 e 10 dias com misturas de óleos essenciais, escolhidos entre Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides foi, 8 % em volume de mistura de óleos essenciais e 92 % de mistura de óleos vegetais.
[037] Os testes 12 a 14 que determinaram a quantidade minima e máxima único óleo essencial e de mistura de óleos vegetais para tratamento contra mastite de 7 a 10 dias de aplicação após cada ordenha, estão listados na tabela 4.
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[038] Teste 12: Quantidade de 4 % em volume de único óleo essencial. A quantidade de 4 % em volume de único óleo essencial demonstrou pouca atividade no combate à mastite em animais infectados, afetando uma quantidade reduzida de microrganismos patogênicos, caracterizando um resultado insatisfatório. Portanto, essa formulação foi reprovada.
[039] Teste 13: Quantidade de 5 % em volume de único óleo essencial. Ao adicionar 5 % em volume de único óleo essencial, a composição exibiu atividade satisfatória no combate a mastite em animais infectados, entretanto, em razão de não ser uma quantidade elevada de óleo essencial, o tempo de administração da composição para que a mastite fosse completamente eliminada foi de 7 a 10 dias. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o teste de CMT e CT, demonstrando a eficácia da composição e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Outro ponto verificado, foi maior atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos por conta do óleo vegetal presente em quantidade elevada, se comparado aos testes com 10 % ou mais de óleo essencial ou suas misturas. Portanto essa formulação foi aprovada e 5 % em volume foi caracterizada como a quantidade minima de óleo essencial na composição.
[040] Teste 14: Quantidade de 9 % em volume de único óleo essencial. A quantidade de 9 % em volume de único óleo essencial apresentou tempo médio de tratamento similar à quantidade de 5 % em volume, com uma média de 7 a 10 dias de administração da composição para eliminação da mastite nos animais. Após o último dia de tratamento, todos os animais foram negativados para o deste de CMT e CT, demonstrando a eficácia da composição e não foi necessário descartar leite durante o período de administração da composição. Portanto a quantidade foi aprovada, e 9 % em volume se caracteriza como a quantidade máxima de óleo essencial numa faixa de 5 a 9 % em volume para administração da composição em um período de 7 a 10 dias.
[041] A formula preferencial, para tratamento entre 7 e 10 dias com único óleo essencial, escolhido entre Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba ou Vetiveria zizanoides foi, 8 % em volume de único óleo essencial e 92 % de óleos vegetais.
[042] Em suma, para um tratamento contra a mastite mais prolongado de 7 a 10 dias com foco na atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos, a faixa de óleo essencial total (único OE ou mistura de OEs) na composição varia de 5 a 9 %, enquanto que para um tratamento contra a mastite mais rápido de 2 a 4 dias com boa atividade cicatrizante e regeneradora de tecidos, a faixa de óleo essencial total (único OE ou mistura de OEs) na composição varia de 10 a 20%.
[043] A tabela 5 a seguir demonstra as faixas em porcentagem volumétrica dos componentes e seus respectivos períodos de administração da composição para combater mastite.
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[044] Conclui-se, portanto, que a PREPARAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS da presente patente possui a seguinte formulação:
[045] Para o tratamento contra mastite de 2 a 4 dias, composta por 10 a 20 % em volume de único óleo essencial ou mistura de óleos essenciais escolhidos entre os óleos essenciais de Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides, e com 80 a 90 % em volume de óleos vegetais escolhidos entre óleo vegetal de girassol, de abacate, de semente de uva, de copaíba, de andiroba, de amêndoas doce, de coco, de buriti, de germe de trigo, de jojoba, de linhaça, de macadâmia, de neem, de pracaxi, de prímula, de rícino, de rosa mosqueta, de semente de abobora, de urucum e de gergelim.
[046] Para o tratamento contra mastite de 7 a 10 dias, composta por 5 a 9 % em volume de único óleo essencial ou mistura de óleos essenciais escolhidos entre os óleos essenciais de Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba e Vetiveria zizanoides, e com 91 a 95 % em volume de óleos vegetais escolhidos entre óleo vegetal de girassol, de abacate, de semente de uva, de copaíba, de andiroba, de amêndoas doce, de coco, de buriti, de germe de trigo, de jojoba, de linhaça, de macadâmia, de neem, de pracaxi, de prímula, de rícino, de rosa mosqueta, de semente de abobora, de urucum e de gergelim.

Claims (4)

  1. “FORMULAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS”, para aplicação no tratamento de mastite com formulação focada na atividade antimicrobiana e anti-inflamatória, caracterizada por formulação composta por 10 a 20 % em volume de único óleo essencial ou mistura de óleos essenciais, escolhidos entre os óleos essenciais de Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba ou Vetiveria zizanoides em todas as proporções, e 80 a 90 % em volume de óleos vegetais escolhidos entre óleo vegetal de girassol, de abacate, de semente de uva, de copaíba, de andiroba, de amêndoas doce, de coco, de buriti, de germe de trigo, de jojoba, de linhaça, de macadâmia, de neem, de pracaxi, de prímula, de rícino, de rosa mosqueta, de semente de abobora, de urucum ou de gergelim em todas as proporções, em período de 2 a 4 dias com aplicação após cada ordenha.
  2. “FORMULAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS”, de acordo com reivindicação 1, caracterizada por formulação preferencial 10 % em volume de óleos essenciais e 90 % de óleos vegetais.
  3. “FORMULAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS”, para aplicação no tratamento de mastite com formulação focada na atividade regeneradora de tecidos e cicatrizante, caracterizada por formulação composta por 5 a 9 % em volume único óleo essencial ou mistura de óleos essenciais escolhidos entre os óleos essenciais de Lavandula angustifolia, Cymbopogon citratus, Cymbopogon flexuosus, Syzygium aromaticum, Copaifera reticulata, Cordia curassavica, Corymbia citriodora, Eucalyptus globulus, Zingiber officinalis, Ocimum sanctum, Origanun syriacum, Cymbopogon nardus, Lippia alba ou Vetiveria zizanoides em todas as proporções e 81 a 95 % em volume de óleos vegetais escolhidos entre óleo vegetal de girassol, de abacate, de semente de uva, de copaíba, de andiroba, de amêndoas doce, de coco, de buriti, de germe de trigo, de jojoba, de linhaça, de macadâmia, de neem, de pracaxi, de prímula, de rícino, de rosa mosqueta, de semente de abobora, de urucum ou de gergelim em todas as proporções, em período de 7 a 10 dias com aplicação após cada ordenha.
  4. “FORMULAÇÃO MEDICINAL À BASE DE ÓLEOS ESSENCIAIS PARA TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE MASTITE EM ANIMAIS”, de acordo com reivindicação 3, caracterizada por formulação preferencial 8 % em volume de óleos essenciais e 92 % de óleos vegetais.
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