BR102022001122A2 - Dispositivo de fixação e conexão com ventosas para estabilização de embarcações - Google Patents

Abstract

Trata-se de um dispositivo (10) empregado no ramo náutico para fixação e conexão de embarcações (EB) como barcos, lanchas e outros atracadas em cais, píer e similares; dito dispositivo (10) é compreendido por haste de conexão (11) de comprimento (cl) diverso e dimensionado de acordo com o tipo de embarcação (EB) a ser estabilizada, sendo que próximo às extremidades livres da haste (11) são praticados orifícios (11c) que transpassam as faces (lla)/(llb) e que recebem perfis de sustentação (13c) de respectivos cabeçotes (13), estes, por sua vez, providos em ventosas (13d), as quais aderem nas superfícies de cascos (EB') de embarcações (EB) para a estabilização entre ambos; ditos orifícios (11c) na face oposta ao recebimento dos cabeçotes (13) recebem tampões (12) de acabamento.

Description

DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES CAMPO TÉCNICO

[001] A presente patente de invenção trata de um dispositivo de fixação e conexão com ventosas para estabilização de embarcações como barcos, veleiros, lanchas, motonáutica e similares onde, notadamente, dito dispositivo é compreendido por uma haste de conexão com extremidades livres providas de cabeçotes que integram ventosas capazes de aderirem ao casco de embarcações de pequeno e médio porte, fazendo a conexão entre ambas com agilidade e de forma segura, bem como, dito dispositivo pode ser instalado diretamente na estrutura de atracadouros viabilizando a retenção das embarcações, mantendo-as estacionadas próximas ao cais.

HISTÓRICO DA TÉCNICA

[002] É sabido que embarcações como veleiros, lanchas e barcos de médio e pequeno porte são atracados em estruturas de madeira conhecidas como caís ou píer construídos próximo aos portos de embarcação e que incluem um atracadouro, este, por sua vez, dotado de pequenos pilares destinados a receber amarrações dos barcos para que seja possível mantê-los estáveis junto ao caís, evitando que a correnteza e a movimentação da água os leve para mar aberto e águas distantes.

[003] Atualmente, no ramo náutico é utilizado por marinheiros e navegadores alguns tipos de amarrações cuja dobradura conforma um nó resistente que fixam as embarcações ao ancoradouro, sendo um tipo de amarração formada por um "nó de cunho" é, basicamente, compreendida pelo amarrar de um chicote ou corda no cunho do barco previsto sobre a proa/poupa do mesmo, podendo ser utilizado para amarração do barco ao atracadouro ou para amarração entre embarcações. Também são previstos outros tipos de amarrações que formam nós de fixação como o "nó de defensa", nó "Lais de guia" entre outros.

[004] Ocorre que supracitadas amarrações seguem uma determinada ordem de dobradura da corda que caso seja realizada de modo incorreto resulta na soltura das embarcações, liberando os barcos do atracadouro e, consequentemente, prejuízos financeiros ao proprietário por colisão do barco, perda da estrutura e outros inconvenientes.

[005] Outro inconveniente refere-se ao fato das ditas amarrações exigirem certo nível de concentração e conhecimento técnico para realização dos nós fato que impossibilita que qualquer pessoa execute impedindo que um marinheiro ou navegador iniciante realize as dobraduras rapidamente, implicando num procedimento complexo e moroso.

[006] No mercado são encontrados alguns meios alternativos de fixação do barco no ancoradouro, tal como revelado no documento de n⍛. US3793685A que apresenta um aparelho de acoplamento com duas seções, sendo um macho e outra fêmea conectáveis e desconectáveis; a seção macho é instalado no baco e inclui um invólucro geralmente tubular com meios de retenção do tipo esfera, enquanto que a seção fêmea é montada num ancoradouro, de modo que a medida que são conectadas, fornecem uma fixação entre ambas, mantendo o barco estável.

[007] Outro documento de n⍛. GB842407A apresenta uma fechadura ou manilha para atracar um barco ou embarcação a um ancoradouro que compreende duas partes; uma primeira parte que é adaptada para ser fixada em uma extremidade à ancoragem e na outra extremidade é formada com um membro de fixação, sendo uma segunda parte formada como um olhal através do qual a corda do barco ou da embarcação está adaptada para ser passada, estando as duas partes conectadas de forma articulada uma à outra, de modo que a tensão da corda faça com que a corda seja presa por atrito entre o membro de fixação e o olhal, atracando o barco ou embarcação.

[008] Assim, é fato que os documentos citados nos parágrafos acima, apesar de pertencerem ao mesmo campo de aplicação e preverem meios em ancoragem de embarcações, não apresentam nenhuma das características do objeto ora aperfeiçoado garantindo, assim, que o mesmo atenda aos requisitos legais de patenteabilidade.

OBJETIVOS DA INVENÇÃO

[009] É objetivo da presente invenção apresentar um dispositivo de fixação e conexão para estabilização de embarcações que integra um de par de cabeçotes interligados por haste central, sendo que cada cabeçote é provido de ventosa que ao serem fixadas nas superfícies dos cascos das embarcações, promove a conexão entre ambas de modo facilitado e ágil.

[010] Outro objetivo da presente invenção visa apresentar um dispositivo de fixação e conexão para estabilização de embarcações que promove praticidade ao marinheiro, navegante ou outro usuário similar com relação à instalação do dispositivo entre as embarcações.

[011] Outro objetivo da presente invenção visa apresentar um dispositivo que proporcione segurança quanto à fixação e estabilização entre as embarcações atracadas no cais, píer e similares.

[012] Outro objetivo da presente invenção visa apresentar um dispositivo que dispensa a utilização de cabos, cordas, boias e materiais similares para amarrações e fixação entre embarcações, bem como, retenção e estabilização da embarcação no cais.

[013] Outro objetivo da presente invenção visa apresentar um dispositivo cuja fixação facilitada evita a soltura acidental das embarcações, conforme pode ocorrer com a técnica de amarração convencional.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[014] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou seu funcionamento:

[015] a figura 1A representa uma vista esquemática do dispositivo de fixação e conexão instalado entre duas embarcações;

[016] a figura 1B representa uma vista em perspectiva explodida dos elementos que compõem o dispositivo ora inovado;

[017] a figura 1C revela uma vista em perspectiva montada do dispositivo;

[018] aa figuras 1D, 1E e 1F ilustram vistas superior do dispositivo, exemplificando a articulação dos cabeçotes através da rotação do perfil tubular em orifícios prevista na haste central;

[019] a figura 1G mostra uma vista em corte transversal Ά. Α' indicado na vista anterior e ilustrando o encaixe entre o perfil tubular do cabeçote e a haste de conexão;

[020] a figura 2A ilustra uma vista em perspectiva de uma segunda variação construtiva do dispositivo; e

[021] a figura 2B representa uma vista esquemática da segunda variação do dispositivo acoplado diretamente do ancoradouro do cais.

DESCRIÇÃO DETALHADA DO OBJETO

[022] Com referência aos desenhos ilustrados, a presente patente de invenção se refere à "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", mais precisamente trata-se de um dispositivo (10) empregado no ramo náutico para fixação e conexão entre as embarcações (EB) como barcos, lanchas e outros atracadas em cais, píer e similares.

[023] Segundo a presente invenção, dito dispositivo (10) é compreendido por haste de conexão (11) de comprimento (cl) diverso e dimensionado de acordo com o tipo de embarcação (EB) a ser estabilizada, sendo que próximo às extremidades livres da haste (11) são praticados orifícios (11c) que transpassam as faces (lla)/(llb) e que recebem perfis de sustentação (13c) de respectivos cabeçotes (13), estes, por sua vez, providos em ventosas (13d), as quais aderem nas superfícies de cascos (EB') de embarcações (EB) para a estabilização entre ambos. Ditos orifícios (11c) na face oposta ao recebimento dos cabeçotes (13) recebem tampões (12) de acabamento.

[024] Ditos perfis (13c) (ver figuras 1D à 1F) acoplados aos orifícios (11c) conformam um eixo (el) passível de ser rotacionado (r) para a articulação do cabeçote (13) de acordo com angulação do casco de cada embarcação (EB), assim, como a haste de conexão (11) configura um eixo longitudinal (e2) alinhado transversalmente entre as embarcações (EB).

[025] A aplicação do dispositivo (10) entre embarcações (EB) configura um elo de conexão (EC) (ver figura 1A) que evita o desmembramento, perda ou danificação das embarcações (EB) em função da movimentação das águas próximas à costa de cais, píer ou outro local de atracagem similar. Ditas ventosas (13d) são liberadas do casco (EB') das embarcações (EB) por trava basculante (TV) prevista em cada cabeçote (13) facilitando a desinstalação.

[026] Dita haste de conexão (11) pode ser confeccionada em plástico rígido ou outro adequado de seção ordinariamente retangular ou outra adequada.

[027] Dito tampão (12) é compreendido por uma peça maciça composta por uma porção tubular (12a) de diâmetro (dl) reduzido em relação ao diâmetro (d2) de um alargamento previsto na base que desenvolve uma plataforma circular (12b) com degrau (12b') (ver figura 1G) para assentamento sobre a extremidade do perfil (13c) e respectiva borda dos orifícios (11c) previstas na face (11b).

[028] Citados cabeçotes (13) apresentam base circular (13a) cuja face (13a') desenvolve um suporte (13b) com borda (13b') semicircular e que compõe um trecho plano (13b") de onde é projetado o perfil (13c). Dita borda (13b') do suporte (13b) configura um berço para acomodação dos aparatos da trava (TV) que ao serem articuladas, liberam as ventosas (13d) integradas à face oposta da armação (13b).

[029] Numa segunda versão construtiva, o dispositivo (10') é compreendido por haste de conexão (11') com extremidade (11a') provida de cabeçote (13') com ventosa (13d') para acople no casco das embarcações (EB) e extremidade oposta provida de uma chapa quadrangular (11b') com orifícios para recepção de parafusos e fixação no ancoradouro (AC) do cais, píer e similares, conformando um elo de fixação (EF) (ver figura 2B) compreendido pela instalação da chapa (11b') do dispositivo (10') no ancoradouro (AC) e ventosa (13d') montada no casco (EB') de apenas uma embarcação (EB).

[030] É certo que quando o presente invento for colocado em prática, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada não teve a finalidade de limitação.

Claims (7)

1. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", mais precisamente trata-se de um dispositivo (10) empregado no ramo náutico para fixação e conexão de embarcações (EB) como barcos, lanchas e outros atracadas em cais, píer e similares; caracterizado por dispositivo (10) ser compreendido por haste de conexão (11) de comprimento (c1) diverso e dimensionado de acordo com o tipo de embarcação (EB) a ser estabilizada, sendo que próximo às extremidades livres da haste (11) são praticados orifícios (11c) que transpassam as faces (11a)/(11b) e que recebem perfis de sustentação (13c) de respectivos cabeçotes (13), estes, por sua vez, providos em ventosas (13d), as quais aderem nas superfícies de cascos (EB') de embarcações (EB) para a estabilização entre ambos; ditos orifícios (11c) na face oposta ao recebimento dos cabeçotes (13) recebem tampões (12) de acabamento.
2. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por perfis (13c) acoplados aos orifícios (11c) conformarem um eixo (e1) passível de ser rotacionado (r) para a articulação do cabeçote (13) de acordo com angulação do casco de cada embarcação (EB), assim, como a haste de conexão (11) configura um eixo longitudinal (e2) alinhado transversalmente entre as embarcações (EB).
3. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por dispositivo (10) entre embarcações (EB) configurar um elo de conexão (EC).
4. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado por haste de conexão (11) ser confeccionada em plástico rígido ou outro adequado de seção ordinariamente retangular.
5. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado por tampão (12) ser compreendido por uma peça maciça composta por uma porção tubular (12a) de diâmetro (dl) reduzido em relação ao diâmetro (d2) de um alargamento previsto na base que desenvolve uma plataforma circular (12b) com degrau (12b') para assentamento sobre a extremidade do perfil (13c) e respectiva borda dos orifícios (11c) previstas na face (11b).
6. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com as reivindicações 1, 2, 3 e 5, caracterizado por cabeçotes (13) apresentarem base circular (13a) cuja face (13a') desenvolve um suporte (13b) com borda (13b') semicircular e que compõe um trecho plano (13b") de onde é projetado o perfil (13c); dita borda (13b') do suporte (13b) configura um berço para acomodação dos aparatos da trava (TV).
7. "DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO E CONEXÃO COM VENTOSAS PARA ESTABILIZAÇÃO DE EMBARCAÇÕES", de acordo com as reivindicações 1, 2, 3, 5 e 6 e numa segunda versão construtiva, caracterizado por dispositivo (10') ser compreendido por haste de conexão (11') com extremidade (11a') provida de cabeçote (13') com ventosa (13d') para acople no casco das embarcações (EB) e extremidade oposta provida de uma chapa quadrangular (11b') com orifícios para recepção de parafusos e fixação no ancoradouro (AC) do cais, píer e similares, conformando um elo de fixação (EF) compreendido pela instalação da chapa (11b') do dispositivo (10') no ancoradouro (AC) e ventosa (13d') montada no casco (EB') de apenas uma embarcação (EB).

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