BR102021009152A2 - Estilete para intubação endotraqueal - Google Patents

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Abstract

A presente invenção pertence ao campo das ciências médicas, mais particularmente trata de um dispositivo médico utilizado na intubação endotraqueal ou orotraqueal de pacientes. De forma mais específica, a invenção revela um dispositivo para a intubação de pacientes de forma simples e rápida, dispensando o uso de laringoscópio. Assim, é revelado um estilete (10) para intubação endotraqueal dotado de uma câmera (20) na extremidade distal (12) compreendendo um elemento alongado rígido em formato geral em “L”, tendo um eixo substancialmente longitudinal por onde se configura uma porção proximal (11) de manuseio. Uma porção distal (12) forma um ângulo de 50 a 90° com a porção proximal (11), configurando um joelho (13) que une a porção proximal (11) e porção distal (12). O estilete (10) é dotado ainda em toda sua extensão de um canal (16) semiaberto que vaza a extremidade distal (12) e a extremidade proximal (11). O referido canal (16) semiaberto permite o encaixe e desencaixe de um fio guia (30). A presente invenção é dotada ainda de um canal de trabalho (18) bidirecional interno e contínuo em toda a extensão do estilete (10) e com uma abertura na porção distal (12) para a limpeza, aspiração e introdução de anestésicos.

Description

ESTILETE PARA INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL Campo da Invenção
[001] A presente invenção pertence ao campo das ciências médicas, mais particularmente trata de um dispositivo médico utilizado na intubação endotraqueal ou orotraqueal de pacientes. De forma mais específica, a invenção revela um dispositivo para a intubação de pacientes de forma simples e rápida, dispensando o uso de laringoscópio.
Histórico da Invenção
[002] A intubação endotraqueal ou orotraqueal é um procedimento médico para a introdução de uma sonda ou tubo na traqueia do paciente passando pela sua boca e laringe.
[003] A intubação do paciente é necessária em caso como parada respiratória, insuficiência respiratória, edema de glote, além de casos com obstruções das vias aéreas, presença de secreções ou quando há anormalidades de troca gasosa em geral entre outros quadros clínicos. Na maioria das cirurgias com anestesia geral também é necessário intubar o paciente.
[004] A intubação é geralmente realizada com um laringoscópio para visualização principalmente das cordas vocais para a passagem do tubo pela laringe até chegar à traqueia do paciente.
[005] Devido a questões anatômicas em alguns pacientes, a intubação pode ser um procedimento mais ou menos difícil. Os pacientes mais desafiadores para intubação são conhecidos como pacientes com via aérea difícil (VAD).
[006] A fim avaliar a dificuldade de intubação de um paciente há duas escalas mais utilizadas: a classificação de Mallampati e a de Cormack.
[007] Ambas são graduadas de I a IV. Na classificação de Mallampati, a classificação é realizada com o paciente na posição sentada com o observador em frente e com o olhar ao nível dos olhos. Assim, a avaliação da dificuldade de intubação se dá de acordo com o seguinte:
Classe I - palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis;
Classe II - palato mole, fauce e úvula visível;
Classe III - palato mole e base da úvula visível;
Classe IV - palato mole totalmente não visível.
[008] Segundo classificação de Mallampati, as classes III e IV são indicativas de uma via aérea de maior dificuldade para a intubação.
[009] Já a classificação de Cormack e Lehane é baseada no grau de visualização da laringe com o laringoscópio, da seguinte forma:
Grau I - a glote é bem visível;
Grau II - somente a parte posterior da glote é visualizada;
Grau III - somente a epiglote pode ser visualizada, mas nenhuma porção da glote é visível;
Grau IV - a epiglote e a glote não podem ser visualizadas.
[0010] Dessa forma, o grau IV na a classificação de Cormack também é considerado o mais difícil para a intubação do paciente.
[0011] Tendo em vista a dificuldade de intubar pacientes em geral e, principalmente, aqueles com via aérea difícil (VAD) a presente invenção foi criada.
Estado da Técnica
[0012] O uso do laringoscópio em uma intubação pode apresentar algumas desvantagens como, por exemplo, causar trauma nos dentes incisivos, principalmente os incisivos superiores, devido a força muitas vezes exercida pelo flange da lâmina do Macintosh durante a intubação.
Além disso, com o uso do laringoscópio é necessário realizar a elevação da laringe e a tração do mento. A manipulação da laringe e mento com força suficiente para expor as cordas vocais pode lesar tecido e nervos na região causando alterações neurológicas e cardíacas além de sangramento e edema local. As complicações da laringoscopia incluem, hipertensão (HTN), disritmias, trauma ocular, trauma dentário, laringoespasmo, broncoespasmo, perfuração das vias aéreas ou esôfago, sangramento, edema e obstrução das vias aéreas (“Complications of Managing the Airway Jan-Henrik Schiff”, Carin A. Hagberg, in Benumof and Hagberg's Airway Management, 2013)
[0013] A presente invenção permite a intubação de forma muito simples e prática sem as necessidades de elevação da laringe e mento diminuindo a mobilização de nervos e tecidos, facilitando o procedimento para os médicos e reduzindo o risco de complicações em comparação ao uso do laringoscópio.
[0014] Dessa forma, a intubação com laringoscópio exige muita destreza do médico, sendo muitas vezes difícil mesmo para os médicos mais experientes. A fim de resolver esse problema do estado da técnica a presente invenção foi criada. Por meio da presente invenção, é possível a intubação do paciente de forma muito simples e prática, sem necessidade de utilizar o laringoscópio.
[0015] A fim de evitar o uso do laringoscópio principalmente em pacientes com via aérea difícil (VAD), no estado da técnica existem estiletes iluminados semiflexíveis (maleáveis). Esses estiletes funcionam como guia e possuem um emissor de luz na sua porção distal. A luz permite a visualização dos tecidos moles do pescoço por meio do princípio da transiluminação, ou seja, a luz atravessa esses tecidos moles do paciente permitindo o médico saber onde se encontra a ponta do estilete. Isso tem o objetivo de direcionar a ponta de um tubo endotraqueal para a traqueia do paciente.
[0016] No entanto, não há qualquer câmera para a visualização das vias aéreas do paciente e, principalmente das cordas vocais. Dessa forma, o uso de estilete luminoso é desaconselhável quando há tumores, pólipos ou abscesso retrofaríngeo, algum corpo estranho na via aérea superior. Além disso, devido a necessidade de visualizar a transiluminação, de forma desvantajosa, o estilete luminoso não é preconizado o seu uso na presença de luz solar ou em ambientes muito iluminados.
[0017] Outros estiletes do estado da técnica possuem uma câmera na sua porção distal a fim de visualizar as vias aéreas superiores do paciente. No entanto, são flexíveis de forma que há necessidade de laringoscopar o paciente para realizar a intubação. Além disso, esses estiletes funcionam como guia para tubo endotraqueal. Dessa forma, o tubo endotraqueal encobre a câmera do estilete durante a passagem do tubo endotraqueal entre as cordas vocais do paciente (um dos momentos mais importantes e difíceis da intubação). Logo, esses estiletes do estado da técnica de forma muito desvantajosa não permitem a visualização por meio da câmara da passagem do tubo pelas cordas vocais do paciente.
[0018] O presente estilete dispensa o uso do laringoscópio já que é rígido.
[0019] Ao mesmo tempo em que não usa o laringoscópio, o presente estilete permite a perfeita visualização da passagem do tubo endotraqueal pelas cordas vocais do paciente durante a intubação.
[0020] Essa vantagem proporcionada pela presente invenção é obtida pelo fato do fio guia ser destacável do estilete durante o processo de intubação. De forma mais específica, no presente dispositivo, o canal semiaberto do fio guia permite que o mesmo seja destacado do estilete à medida que se introduz o tubo endotraqueal. Essa característica da presente invenção será mais bem compreendida durante a descrição detalhada do dispositivo.
Sumário da Invenção
[0021] A presente invenção revela então um estilete para intubação endotraqueal dotado de uma câmera na extremidade distal compreendendo um elemento alongado rígido em formato geral em “L”, tendo um eixo substancialmente longitudinal por onde se configura uma porção proximal de manuseio.
[0022] Uma porção distal forma um ângulo de 50 a 90° com a porção posterior, configurando um joelho que une a porção posterior e porção distal. O estilete é dotado ainda em toda sua extensão de um canal semiaberto que vaza a extremidade distal e a extremidade proximal. O referido canal semiaberto permite o encaixe e desencaixe de um fio guia.
[0023] A presente invenção é dotada ainda de um canal de trabalho bidirecional interno e contínuo em toda a extensão do estilete e com uma abertura na porção distal e outro na porção proximal. Esse canal é utilizado exemplarmente para a limpeza, aspiração e introdução de anestésicos.
Breve Descrição dos Desenhos
[0024] As figuras abaixo mostram uma realização exemplar da presente invenção.
[0025] A figura 1 mostra a vista em perspectiva de uma realização da presente invenção.
[0026] A figura 2 mostra outra vista em perspectiva com as indicações das porções distal (A) e proximal (B), que são detalhadas nas figuras 3 e 4 respectivamente.
[0027] As figuras 3 mostram o detalhamento da porção distal. A figura 3a mostra o detalhe da câmera e do canal da câmera. A figura 3b mostra o fio guia e o canal semiaberto de encaixe do fio guia. A figura 3c uma vista em perspectiva mostrando os três canais. As figuras 3d e 3a mostram os detalhes canal do fio guia e da câmera respectivamente. A figura 3f mostra a vista frontal da extremidade distal com os detalhes dos canais da presente invenção.
[0028] As figuras 4 mostram o detalhamento da porção proximal. A figura 4a mostra o detalhe do canal da câmera e a figura 4b do canal do fio guia. A figura 4c mostra a saída do fio guia e do cabo da câmera.
[0029] As figuras 5a e 5b mostram as vistas laterais esquerda e direita respectivamente.
[0030] A figura 6 mostra mais uma vista em perspectiva de uma realização da presente invenção.
Descrição Detalhada da Invenção
[0031] A presente invenção ensina um estilete (10) necessário para intubação endotraqueal, principalmente, dos pacientes com via aérea difícil (VAD). Apesar de ser extremamente útil em pacientes VAD, a presente invenção não se limita aos mesmos, podendo ser utilizado com vantagens em qualquer paciente. A invenção torna o procedimento de intubação muito mais simples e prático. Além disso, reduz as chances de traumas no paciente, principalmente dos dentes incisivos superiores e da mucosa da boca e orofaringe.
[0032] Ao introduzir o estilete (10) na cavidade oral do paciente, a suave curva do joelho (13) faz com que a extremidade (14) da porção distal (12) dotada de uma câmera (20) aponte diretamente para a laringe do paciente, visualizando imediatamente as cordas vocais.
[0033] Uma das maiores dificuldades da intubação endotraqueal é justamente a passagem do tubo endotraqueal (não mostrado) pelas cordas vocais do paciente. Tendo em vista o formato geral em “L” do estilete da presente invenção a câmera (20) visualiza exatamente essa região anatômica auxiliando o profissional no procedimento de intubação.
[0034] O estilete (10) é introduzido ou encaixado em um fio guia (30) por meio de um canal semiaberto (16). Na abertura ou fenda do canal (16) se introduz então o fio guia (30), que pode ser realizada de duas formas.
[0035] A primeira forma é realizada por meio da introdução do fio guia (30) no canal (16) pela extremidade proximal (15). Nesse caso, o profissional segura o estilete (10) com uma mão e introduz o fio guia (30) com a outra mão no canal semiaberto (16) na direção longitudinal da porção proximal (11) de manuseio do estilete (10). Assim, o profissional empurra o fio guia (30) que desliza no interior canal semiaberto (16) até sair na extremidade distal (14).
[0036] A segunda forma de introdução do fio guia (30) no estilete (10) é encaixando no mesmo sob pressão mecânica na fenda do canal semiaberto (16). Assim, a fenda do canal semiaberto (16) serve para encaixar e desencaixar o fio guia (30), funcionando como uma trava de pressão.
[0037] Em ambas as formas de encaixe, as paredes do canal semiaberto (16) exercem uma pequena pressão mecânica ao fio guia (30) suficiente para manter o mesmo de forma espontânea no interior do canal semiaberto (16). Apesar dessa pequena pressão, o canal semiaberto (16) permite que o fio guia (30) deslize por dentro do estilete (10).
[0038] O estilete (10) deve estar com o fio guia (30) encaixado para o início do procedimento. Assim, a intubação se inicia posicionando o estilete (10) na cavidade oral do paciente com a extremidade proximal (15) apontada para as cordas vocais do paciente, sendo a câmera (20) capaz de captar as imagens da anatomia da laringe do paciente. As imagens são levadas por um cabo (21) para a projeção da imagem em um monitor de vídeo (não mostrado) que irá auxiliar o profissional durante todo o processo de intubação.
[0039] Após o estilete (10) estar posicionado no paciente o profissional empurra o fio guia (30) na direção longitudinal da porção proximal (11), a fim de passar o mesmo pelas cordas vocais do paciente. A passagem do fio guia (30) pelas cordas vocais é auxiliada, de forma muito confortável e prática, pelas imagens produzidas pela câmera (20).
[0040] Ao passar o fio guia (30) pelas cordas vocais do paciente, o profissional introduz o tubo endotraqueal pelo fio guia (30). Dessa forma, o fio guia (30) fica no interior do tubo endotraqueal, sendo que o profissional desliza o tubo endotraqueal pelo fio guia (30) na sua direção longitudinal. Ou seja, o profissional corre o tubo endotraqueal no sentido do estilete (10).
[0041] Quando o tubo endotraqueal atinge a extremidade proximal (15) do estilete (11), o profissional destaca lateralmente o fio guia (30) do canal semiaberto (16) para o posicionamento da parede do tubo endotraqueal entre o estilete (10) e o fio guia (30).
[0042] Em outras palavras, ao destacar o fio guia (30) do canal semiaberto (16), cria-se um espaço entre o canal (16) e o fio guia (30). O profissional segue então empurrando o tubo endotraqueal na direção do paciente, posicionando o tubo endotraqueal entre o canal (16) e o fio guia (30).
[0043] Como o fio guia (30) foi somente destacado parcialmente do canal semiaberto (16) existe um local onde o mesmo ainda está preso ao estilete (10). O profissional de saúde, ao continuar empurrando o tubo endotraqueal na direção do paciente, fará com que a sua borda encontre o local onde o fio guia (30) ainda está encaixado no canal semiaberto (16). A borda do tubo endotraqueal fica então posicionada na bifurcação criada entre o canal semiaberto (16) e o fio guia (30). O profissional ao continuar empurrando o tubo endotraqueal na direção do paciente irá fazer com que o fio guia (30) se destaque gradativamente o canal semiaberto (16).
[0044] Em resumo, a medida que o profissional empurra o tubo endotraqueal na direção do paciente, a força exercida pela borda do tubo endotraqueal na bifurcação (ou seja, no limite de encaixe) entre o fio guia (30) e o canal semiaberto (16) faz com que fio guia (30) se destaque do estilete (10).
[0045] O profissional segue empurrando o tubo endotraqueal e destacando o fio guia (30) da porção proximal (11) adentrando pela cavidade oral do paciente. Continua então empurrando o tubo endotraqueal e destacando o fio guia (30) do joelho (13) e da porção distal (12) até chegar à extremidade distal (14), quando o fio guia (30) é completamente destacado do estilete (10).
[0046] Nesse momento, o fio guia (30) já foi passado previamente pelas cordas vocais do paciente, o profissional continua então empurrando o tubo endotraqueal para a passagem do mesmo pelas cordas vocais. Essa passagem é auxiliada pelas imagens produzidas pela câmera (20).
[0047] Essa é uma grande vantagem da invenção, como o fio guia (30) é completamente destacado do estilete (10) é possível o auxílio das imagens da câmera (20) para a passagem do tubo endotraqueal pelas cordas vocais do paciente, já que a câmera (20) não é encoberta pelo tubo endotraqueal.
[0048] Ao passar o tubo endotraqueal pelas cordas vocais o profissional já pode retirar o estilete (10) e o fio guia (30), estado o procedimento completamente realizado.
[0049] No estado da técnica, esse procedimento pode necessitar o auxílio de um profissional para ser realizado. Com o uso do estilete da presente invenção a intubação pode ser realizada por um único profissional de forma simples e rápida.
[0050] A presente invenção é dotada ainda de um canal de trabalho (18) que tem a função de aspirar a saliva, muco, sangue, etc por meio de vácuo (no sentido paciente meio externo). Na direção de fluxo oposta, o canal de trabalho (18) pode ser usado para a introdução de soro para a limpeza da laringe ou para a introdução de anestésico para as cordas vocais do paciente.
[0051] Assim, canal de trabalho (18) tem exemplarmente a função de limpeza, aspiração e introdução de anestésicos.
[0052] Em outras palavras, pode ser introduzido soro pelo canal de trabalho (18) e, em seguida, promover a sucção do soro promovendo a limpeza da laringe. De outra forma, o canal de trabalho (18) pode ser somente utilizado para extrair o excesso de muco ou saliva do paciente.
[0053] Uma outra função do canal de trabalho (18) é a introdução de anestésicos. Em uma intubação costuma-se introduzir anestésico (por exemplo, Xilocaína tópica ou spray). No entanto, esse anestésico pode não atingir as cordas vocais do paciente. Por meio do canal de trabalho (18), é possível introduzir de forma vantajosa anestésicos nas cordas vocais do paciente durante a intubação, tudo isso realizado por um mesmo estilete (10).
[0054] De forma alternativa, o canal (17) que passa o cabo (21) da câmera também pode ser semiaberto. Um canal (17) semiaberto para a câmera (20) traz a vantagem de se poder destacar o cabo (21) e a câmera (20) para a esterilização do estilete (10) após o procedimento de intubação endotraqueal.
[0055] Alternativamente, a porção proximal (11) pode possuir uma ou mais curvaturas a fim de se adaptar melhor à anatomia dos pacientes. Assim como o joelho (13) pode possuir uma curva mais ou menos suave de acordo com a anatomia de pacientes.
[0056] As medidas das porções proximal (11), distal (12) e joelho (13), assim como a angulação entre a porção proximal (11) e distal (12) podem ser adequadas de acordo com os diversos tipos pacientes. Essas medias podem levar em conta o peso e altura do paciente por exemplo.
[0057] Assim, a presente invenção, pode ser utilizada em pacientes infantis, recém-nascidos, adolescentes e adultos, fazendo ajustes nas suas dimensões para a adequações às respectivas anatomias.
[0058] A fim de melhor identificar os elementos da presente invenção, segue as respectivas referências numéricas:
10 - estilete;
11 - porção proximal;
12 - porção distal;
13 - joelho;
14 - extremidade distal;
15 - extremidade proximal;
16 - canal semiaberto de encaixe e desencaixe do fio guia;
17 - canal da câmera;
18 - canal de trabalho;
20 - câmera;
21 - cabo da câmera;
30 - fio guia.

Claims (2)

  1. Um estilete (10) para intubação endotraqueal dotado de uma câmera (20) na extremidade distal (14) caracterizado por compreender um elemento alongado rígido em formato geral em “L”, tendo um eixo substancialmente longitudinal por onde se configura uma porção proximal (11) de manuseio; uma porção distal (12) formando um ângulo de 50 a 90° com a porção proximal (11), configurando um joelho (13) que une a porção proximal (11) e porção distal (12); o referido estilete (10) é dotado ainda em toda sua extensão de um canal semiaberto (16) que vaza a extremidade distal (14) e a extremidade proximal (15), sendo que o referido canal semiaberto (16) permite o encaixe e desencaixe de um fio guia (30).
  2. Um estilete (10) para intubação endotraqueal, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser dotado ainda de um canal de trabalho (18) bidirecional interno e contínuo em toda a extensão do estilete com uma abertura na porção distal (12) e a outra na porção proximal (11).
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