BR102020017066A2 - Farinha mista de frutos de juazeiro (ziziphus joazeiro mart.) - Google Patents
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Abstract
A presente invenção trata-se do processamento da farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.). O diferencial dessa invenção está baseado em disponibilizar farinha mista de frutos de juazeiro, aproveitando a mistura de frutos para aumentar a concentração de substancias bioativas da farinha. A presente invenção tem potencial de aplicabilidade nas indústrias de alimentos, podendo ser utilizado em diversas formulações, visando seu o aproveitamento na panificação, confeitaria e outros produtos afins. A metodologia desenvolvida na elaboração do processamento da farinha mista de frutos de juazeiro é simples e de baixo custo, fazendo desse produto uma alternativa economicamente viável.
Description
[001] A presente invenção trata-se do processamento da farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.). Mais especificamente, de processo que utiliza frutos de juazeiro com diferentes estádios de maturação, para a obtenção de um produto alimentício com aplicabilidade em diversas formulações, visando seu o aproveitamento na panificação, confeitaria e outros produtos afins para as indústrias de alimentos.
[002] Típico da região semiárida brasileira, o juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) é encontrado naturalmente nas áreas de caatinga, conhecido pelos nativos por joá, enjuá, laranjeira-de-vaqueiro, juá-fruta, juá e juá-espinho (COSTA, 2011).
[003] Apresenta uma grande importância econômica e biológica, devido especialmente a suas propriedades medicinais, seus frutos apresentam propriedades nutricionais que podem ser utilizados para alimentação humana (DANTAS et al., 2014).
[004] Os frutos de juazeiro apresentam polpa de coloração branca e sabor adocicado, possuem forma arredondada e quando maduros, chamam atenção por sua cor amarelada (ROCHA, 2012).
[005] Destaca-se nos frutos de juazeiro a elevada concentração de vitamina C, além de apresentar características físicas e físico-químicas relevantes, como o rendimento de polpa e alto conteúdo de sólidos solúveis. Além disso, os frutos possuem em sua composição alta concentração de compostos fenólicos, que são substâncias tidas como antioxidantes (LORENZI, 2000; MONIZ, 2002; SILVA, 2015).
[006] Segundo Silva (2015) a classificação dos frutos de juazeiro em estádios de maturação pode ser realizada de acordo com a cor da casca do fruto: os frutos de juazeiro no estádio de maturação I (cor da casca totalmente verde), no estádio II (há predominância da cor verde), no estádio III (há predominância é da cor amarela), no estádio IV (cor da casca totalmente amarela) e no estádio V (frutos que se desprenderam naturalmente da planta, com casca amarela e manchas escuras).
[007] O consumo de frutos de juazeiro é dado basicamente por animais e pessoas carentes na sua forma in natura, sendo escassos na literatura trabalhos que propõem o seu processamento. Por exemplo, obtenção da polpa do juá para posterior utilização na fabricação de doces, geleias, sucos, ou transformação da polpa em outro produto, como por exemplo, uma farinha, que pode ser agregada na produção de vários alimentos.
[008] Várias tecnologias foram desenvolvidas com frutos de juazeiro. Porém, não há registro da aplicação de secagem dos frutos em diferentes estádios de maturação para produção de farinha.
[009] Cavalcanti et al. (2011) estudando sobre “Obtenção da farinha do fruto do juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) e caracterização físico-química” desenvolveu e avaliou parâmetros físico-químicos da farinha do fruto de juazeiro, conforme os autores a farinha apresentou cor e aroma agradáveis, com alto teor de açúcares e baixa acidez, podendo o fruto desidratado ser utilizado em formulações alimentícias diversas. O estudo em questão é diferente do proposto, visto que foi utilizado frutos maduros.
[010] Batista et al. (2015) na sua pesquisa sobre “Avaliação da composição centesimal da farinha do fruto do juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.)” avaliou as características físico-químicas da farinha para fornecer informações para o possível uso em matrizes alimentícias, com o intuito de substituir a farinha de trigo pela farinha de juazeiro nos derivados de panificação. O estudo é diferente do proposto porque utilizou frutos maduros.
[011] Feitoza et al. (2016) realizou uma pesquisa bibliográfica sobre “o juá e seu potencial diversificativo através da tecnologia de conservação dos alimentos” apresentou alguns métodos de conservação como alternativa para preservação do fruto do juazeiro, e consequentemente sua diversificação produtiva, os métodos abordados apresentam como técnicas de alta viabilidade, possibilitando uma maior diversificação de produtos derivados do juá.
[012] Diniz (2016) no estudo sobre o “Processamento do fruto do juazeiro para obtenção da farinha e do óleo” realizou o processamento e caracterização do fruto do juazeiro para a obtenção da farinha (casca e polpa) e do óleo (sementes). O estudo é diferente do proposto porque utilizou frutos maduros.
[013] Almeida et al. (2017) na pesquisa sobre a “Caracterização físico-química da casca do juazeiro para produção de farinhas com fins de complemento alimentar” caracterizou físico-quimicamente a casca do juazeiro para utilização como complemento alimentar na forma de farinha. Com base na caracterização da casca do juazeiro, a mesma mostrou-se ser uma solução viável para produção e enriquecimento de farinhas. O estudo é diferente porque utilizou a casca do juazeiro.
[014] Souza (2017) estudando sobre a “Digestibilidade aparente e energia metabolizável do juá” avaliou a composição bromatológica da casca e polpa ou semente do fruto do juazeiro, para descobrir a digestibilidade aparente dos nutrientes das rações formuladas com esses alimentos alternativos.
[015] Vasconcelos (2017) na pesquisa sobre a “Definição de parâmetros para a secagem em camada de espuma (foam-mat drying) do juazeiro (Ziziphus joazeiro)", definiu parâmetros para a secagem em camada de espuma da entrecasca do juá para a obtenção do juá em pó. O autor informou que a utilização desse método para a secagem do juá apresentou bons resultados. O trabalho em questão é diferente do proposto, visto que foi utilizado frutos maduros.
[016] Oliveira (2018) estudando a “Avaliação da secagem de frutos do juazeiro (Ziziphus joazeiro) em estufa e secador solar”, realizou a secagem dos frutos do juá em estufa e secador solar e caracterizou as amostras in natura e desidratadas. O trabalho em questão é diferente do proposto, visto que foi utilizado apenas frutos de juazeiro no estádio maduro.
[017] Costa (2019) em sua pesquisa sobre “Obtenção e caracterização físico-química e citotóxica da farinha do fruto do juá (Ziziphus joazeiro Mart.): um estudo preliminar para uso em sistemas alimentícios” obteve e avaliou a farinha do fruto do juá, quanto à toxidade frente à Artemia salina Leach, e a sua caracterização físico-química, visando aplicação em formulações de alimentos, o autor concluiu que a farinha do juá pode ser utilizada na formulação de produtos alimentícios. O estudo é diferente do proposto porque utilizou frutos maduros.
[018] Silva et al. (2019) estudando sobre “Composição físico química de alimentos alternativos do semiárido para aves” realizou análises laboratoriais de matéria seca, matéria mineral, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, lignina em detergente ácido na semente e casca de juazeiro. O estudo em questão é diferente do proposto, porque foi utilizado apenas frutos da árvore quando iniciaram queda espontânea.
[019] Silva (2019) avaliando o “Potencial nutricional e tecnológico de amêndoa de juá” verificou o potencial tecnológico e nutricional das amêndoas de juá, estudando a cinética de secagem das amêndoas, composição centesimal e nutricional da farinha, além de elaborar biscoitos com adição da farinha de amêndoas de juá.
[020] Sousa (2020) na pesquisa sobre a “Obtenção de farinha do fruto do juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterização físico-química e elaboração de sorvete artesanal de juá”, desidratou os frutos de juazeiro em forno com calor seco à 75°C por 6h. O estudo em questão é diferente do proposto porque foi utilizado frutos de juazeiro maduros.
[021] Sousa e Felix (2020) avaliando a “Caracterização físico-química da farinha obtida a partir da casca do fruto do juazeiro (Ziziphus joazeiro Martius)” obteve e caracterizou a farinha da casca do juá. Para a obtenção da farinha a casca foi submetida a um processo de secagem à 60°C por 6 horas em forno combinado. O estudo é diferente porque utilizou frutos maduros.
[022] Uma técnica que pode ser empregada no desenvolvimento da farinha de frutos de juazeiro é a secagem, pois, além de transformar um fruto perecível em um produto com maior vida útil, viabiliza inúmeras possibilidades de inserção dessa farinha em formulações alimentícias, uma vez que o método é relativamente simples, com poucas etapas de processamento, sendo empregados equipamentos de custo razoável.
[023] A secagem de produtos alimentícios apresenta diversas vantagens, como a facilidade na conservação do produto, proteção contra degradação enzimática e oxidativa, estabilidade dos componentes aromáticos à temperatura ambiente por longos períodos de tempo, disponibilidade do produto durante qualquer época do ano, redução do peso do produto e economia de energia por não necessitar de refrigeração (FEMENIA et al., 2009; MAHAYOTHEE et al., 2009).
[024] Atualmente, no estudo da técnica não há registros de deposito de patentes relacionado ao tema. No entanto, foram encontrados depósitos sobre a farinha utilizando polpa de frutos de juazeiro apenas no estádio de maturação maduro, sendo uma tecnologia diferente, uma vez que a invenção proposta utilizou frutos em diferentes estádios de maturação.
[025] A patente PI 98 01351 3 A depositada pelo Laboratório Madrevita LTDA, intitulada “Produto para higiene pessoal” a invenção refere-se a um produto de higiene pessoal, desenvolvido para proporcionar vantagens em relação ao desempenho na assepsia no campo de aplicação da higiene. A patente de invenção difere por se trata de um processo tecnológico diferente.
[026] No documento de patente PI 05 04183 0 A2, depositado Fernando Rodrigues Gemin em 2005, intitulado “Erva mate misturada a ervas com propriedades anti-ssépticas”. A invenção trata-se da formulação de erva mate misturada a ervas como: melissa, sálvia, mirra, erva-doce, juá e outros. A patente citada difere por se trata de um processo tecnológico diferente.
[027] A patente BR 10 2014 014027 1 A2 depositada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em 2014, reivindica a proteção sobre o “Processo de obtenção de extrato e produção de biofungicida a partir de folhas de juá”. A invenção diz respeito a um processo de obtenção do extrato e frações a partir de folhas de Ziziphus joazeiro Mart. e a utilização na elaboração de produtos agrícolas e composições farmacêuticas compreendendo aos mesmos e seus usos agrícolas e medicamentosos, notadamente como antifúngico. A invenção difere tecnologicamente da atual por se tratar de matéria-prima e processos diferentes.
[028] Na literatura de patente pode-se citar a patente BR 10 2014 014027 1 A2 depositada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em 2014, intitulado “Processo de obtenção de extrato e produção de biofungicida a partir de folhas de juá”. A invenção trata-se do processo de obtenção do extrato e frações a partir de folhas de (Ziziphus joazeiro Mart.) e a utilização na elaboração de produtos agrícolas e composições farmacêuticas compreendendo aos mesmos e seus usos agrícolas e medicamentosos, notadamente como antifúngico. Esta tecnologia difere da presente invenção quanto ao tipo de produto e processo utilizado.
[029] No documento de patente BR 10 2015 029575 8 A2, depositado por Heide Indústria e Comercio LTDA em 2015, intitulado “Processo de produção de insumos biotecnológicos a base de saponinas de origem vegetal e seus usos como tensoativo e emulsionante em indústrias”. A invenção trata-se da formulação de insumos biotecnológicos a base de saponinas de origem vegetal por meio de processos produtivos distintos, empregando enzimas em condições controladas. A patente citada difere por se trata de um processo tecnológico diferente.
[030] Da literatura de patente, pode-se citar a patente BR 10 2017 024967 0 A2 depositada pela Universidade Federal da Paraíba em 2017, intitulada “Obtenção do gel da babosa em pó através da secagem em camada de espuma”. A invenção refere-se à formação de uma espuma do gel da babosa (Aloe vera) utilizando a entrecasca do juá (Ziziphus joazeiro) como agente espumante e sua posterior secagem em estufa de circulação de ar, a fim de se obter um produto final em pó. Esta tecnologia difere da presente invenção quanto ao tipo de produto e processo utilizado.
[031] A Universidade Federal da Paraíba em 2017, depositou a patente BR 10 2017 023344 8 A2 intitulada “Obtenção do pó da entrecasca do juá (Ziziphus joazeiro) através da secagem em camada de espuma”. A invenção refere-se ao campo técnico da secagem/desidratação de produtos de origem vegetal, constituindo-se de um processo de obtenção da entrecasca do juá em pó por meio de sua secagem em camada de espuma. A invenção difere tecnologicamente da atual pesquisa por se tratar de matéria prima e processos diferentes.
[032] A Universidade Federal da Paraíba depositou em 2018, a patente de invenção BR 10 2018 074505 0 A2 intitulada “Processo de produção de pó da folha do juá”. A invenção refere-se ao processo da secagem em camada de espuma e a definição de parâmetros para a secagem, proporcionando um produto de baixo custo. Esta tecnologia difere da presente invenção quanto ao tipo de produto e processo utilizado.
[033] A patente BR 10 2018 005557 7 A2 depositada pela Universidade Federal de Campina Grande em 2018, intitulada “Obtenção da farinha da polpa e óleo da semente do Zizyphus joazeiro Mart.” a invenção refere-se à obtenção da farinha da polpa e óleo de semente de juá. A patente de invenção difere porque trata-se de um processo tecnológico diferente.
[034] A Universidade Federal da Paraíba em 2018, depositou a patente BR 10 2018 075991 4 A2 intitulada “Obtenção do pó do suco da polpa e casca do juá” a invenção trata-se da obtenção da espuma do suco composta por polpa e casca do juá (Ziziphus Joazeiro) e sua posterior secagem em estufa com circulação de ar, com a finalidade de obter um produto final em pó. Esta tecnologia difere da presente invenção quanto ao tipo de processo utilizado, visto que utiliza secagem em camada de espuma.
[035] O objetivo da invenção é diponibilizar farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), visando o aproveitamento na indústria de panificação, confeitaria e outros produtos afins.
[036] É um dos objetos da presente invenção propiciar farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), assegurando ao consumidor conveniência, praticidade e segurança.
[037] É um adicional objeto da presente invenção propiciar farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) sem que haja perda de qualidade nutricional.
[038] É um dos objetos da presente invenção proporcionar farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) com aparência e textura aceitável para os consumidores.
[039] É um adicional objeto da presente invenção gerar farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) livres de contaminação, com adoção de algumas ferramentas na cadeia de produção, utilizando boas práticas agrícolas e boas práticas de fabricação.
[040] Estes e outros objetos da presente invenção serão melhor compreendidos e valorizados a partir da descrição detalhada da invenção.
[041] A Figura 1 apresenta o fluxograma do processamento da farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.).
[042] A presente invenção refere-se ao processamento da farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), sendo os frutos de juazeiro submetidos a etapas subsequentes antes da secagem.
[043] Os frutos do juazeiro foram colhidos manualmente no início da manhã de plantas sadias e livres de pragas.
[044] Foram colhidos frutos nos estádios de maturação (I, II, III, IV e V) conforme Silva (2015).
[045] A colheita foi realizada de acordo com a cor da casca dos frutos de juazeiro: no estádio de maturação I (cor da casca totalmente verde), no estádio II (predominância da cor verde), no estádio III (predominância da cor amarela), no estádio IV (cor da casca totalmente amarela) e no estádio V (frutos que se desprenderam naturalmente da planta, com casca amarela e manchas escuras).
[046] Os mesmos foram transportados em caixas plásticas individais para o Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Pombal, Paraíba.
[047] Os frutos foram selecionados visualmente quanto à ausência de injúrias de modo a obter amostras uniformes e com qualidade.
[048] No laboratório os frutos foram higienizados em água corrente e sanitizados utilizando solução de Sumaveg (6,25% de dicloroisocianurato de sódio dihidratado e 3,5% de cloro ativo) a 200 ppm durante 10 minutos.
[049] Os frutos foram submetidos ao enxague em solução de Sumaveg (6,25% de dicloroisocianurato de sódio dihidratado e 3,5% de cloro ativo) a 5 ppm durante por 10 minutos.
[050] As polpas dos frutos de juazeiro foram obtidas por meio de despolpamento manual com auxílio de facas de aço inoxidável, separando o conjunto casca e polpa, da semente.
[051] Após o despolpamento, as mesmas foram pesadas na proporção 1:1 para cada estádio de maturação e misturados para formar o ajuste de polpas de frutos de juazeiro.
[052] O conjunto cascas e polpas foi disposto em bandeja de alumínio com a camada de polpa de 1 cm de espessura.
[053] As bandejas foram colocadas em estufa com circulação de ar na temperatura de 60 °C.
[054] O material permaneceu na estufa até adquirir o peso constante, estando totalmente seco.
[055] O produto seco foi removido das bandejas com auxílio de espátulas de aço inoxidável.
[056] O material foi triturado em liquidificador doméstico e peneirado até obter uma farinha homogênea.
[057] A farinha foi armazenada em recipientes plásticos e mantida à temperatura ambiente.
[058] Para verificar a qualidade da farinha, foram realizadas análises físicas e físico-químicas.
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Claims (17)
- Elaboração de uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por compreender as seguintes etapas:
- a. Colheita de frutos de juazeiro
- b. Transporte de frutos de juazeiro
- c. Seleção de frutos de juazeiro
- d. Higienização em água corrente de frutos de juazeiro
- e. Sanitização a 200 ppm de frutos de juazeiro
- f. Enxágue a 5 ppm de frutos de juazeiro
- g. Despolpamento de frutos de juazeiro
- h. Processo de secagem
- i. Trituração e peneiramento
- j. Armazenamento e utilização
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por a) frutos do juazeiro colhidos manualmente no início da manhã de plantas sadias e livres de pragas.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por a) colheita realizada de acordo com a cor da casca dos frutos de juazeiro: no estádio de maturação I (cor da casca totalmente verde), no estádio II (predominância da cor verde), no estádio III (predominância da cor amarela), no estádio IV (cor da casca totalmente amarela) e no estádio V (frutos que se desprenderam naturalmente da planta, com casca amarela e manchas escuras).
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por b) fazer o transporte dos frutos em caixas plásticas individais para cada estádio de maturação dos frutos, sendo os recipentes devidamente higienizadas com a finalidade de evitar danos aos frutos.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por c) selecionar visualmente os frutos de juazeiro quanto à ausência de injúrias de modo a obter amostras uniformes e com qualidade.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por d) higienização dos frutos de juazeiro em água corrente para retirada de resíduos advindos da colheita.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por e) sanitização dos frutos de juazeiro, podendo ser utilizado diferentes tipos de sanificantes (sanitizantes) específicos para uso em alimentos, de estados físicos diferentes (líquido, pastoso, sólidos e gasoso), e em diferentes concentrações variando de 51 a 1000 ppm.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por f) enxague dos frutos de juazeiro, podendo ser utilizado diferentes sanificantes (sanitizantes) específicos para uso em alimentos, e de estados físicos diferentes (líquido, pastoso, sólidos e gasoso), e em diferentes concentrações variando de 0,1 a 50 ppm.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por g) despolpamento dos frutos de forma manual com auxílio de facas de aço inoxidável, separando o conjunto casca e polpa da semente, podendo ser utilizado vários tipos de cortes e formatos ou espessuras diferentes, como também diferentes tipos de processadores.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por g) polpas pesadas na proporção 1:1 para cada estádio de maturação e misturados para formar o mix das polpas de frutos de juazeiro.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por h) o conjunto casca e polpa disposto em bandeja de alumínio com a camada de polpa de 1 cm de espessura.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por h) bandejas colocadas em estufa com circulação de ar, nas temperaturas de (50 °C à 70 °C), podendo ser utilizado diferentes tipos de estufas, diferentes tipos de equipamentos para secagem e/ou outros tipos secagem.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por h) permanecer as badejas na estufa até adquirir o peso constante, estando o material totalmente seco.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por i) triturar a polpa de juá seca em liquidificador e/ou outros tipos de equipamentos afins.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por i) peneiramento da polpa de juá triturada para obter-se uma farinha homogênea.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por j) armazenamento em embalagens de polietileno de alta, média ou baixa densidade e/ou materiais afins.
- É um adicional objeto da presente invenção propiciar uma farinha mista de frutos de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), caracterizado por j) obter um produto que possa ser utilizado na indústria de panificação, confeitarias e/ou produtos alimentícios afins.
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