BR102019026105A2 - modelo simulador para anestesias - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se a um modelo simulador tridimensional e uso de tal modelo para simular a realização de procedimentos anestésicos e facilitar a análise do comportamento de medicamentos anestésicos, como sua baricidade, padrões de distribuição, etc.

Description

MODELO SIMULADOR PARA ANESTESIAS CAMPO DE APLICAÇÃO
[001] A presente invenção refere-se ao campo de pesquisas e ensino em anestesia, especificamente no que se refere à avaliação do comportamento de medicamentos anestésicos. Particularmente, a presente invenção refere-se a um modelo simulador tridimensional e uso de tal modelo para simular a aplicação de anestesias e facilitar a análise do comportamento de medicamentos anestésicos, como sua baricidade, padrões de distribuição e demais fatores clínicos relevantes em procedimentos anestésicos.
ESTADO DA TÉCNICA
[002] Métodos para proporcionar insensibilidade a dor para as mais diversas finalidades são aplicados e pesquisados há muito tempo, podendo ser encontrados registros de técnicas rudimentares de anestesia datadas de 4.000 anos a.C, quando os povos Sumérios utilizavam sementes de ópio para esse fim.
[003] Técnicas mais precisas começaram a ser validadas apenas em 1846, quando o dentista norteamericano William T. G. Morton em parceria com o cirurgião John Collins Warren, conseguiram estabelecer que a inalação de vapor de éter era adequada para a sedação de um paciente e operá-lo de forma indolor e segura.
[004] Segundo informações da Sociedade Europeia de Anestesiologia, por volta de 230 milhões de pacientes são submetidos anualmente à anestesia para procedimentos cirúrgicos de grande porte, sendo a segurança dos pacientes durante tais procedimentos uma preocupação crescente.
[005] Os primeiros procedimentos adotados para otimizar a segurança de pacientes submetidos à anestesia foram oximetria de pulso e capnografia, implementados no final dos anos 1970, que proporcionaram, nos Estados Unidos, uma queda de mortes por parada cardíaca associada à anestesia de 2,1 a cada 10.000 procedimentos anestésicos para 1,0 a cada 10.000 procedimentos durante o período de 1970 a 1988 (Staender S. Patient safety in anesthesia. Minerva Anestesiol 2010 Jan; 76(1):45- 50).
[006] A preocupação com a segurança durante procedimentos anestésicos é tão significativa que a Sociedade Europeia de Anestesiologia elaborou em 2010 um documento nomeado Declaração de Helsinki, no qual são elencados diversos objetivos para garantir a segurança do paciente, incluindo checar adequadamente as drogas utilizadas, especialmente no que se refere à toxicidade das mesmas. A América Latina, como um bloco, assinou esse acordo em 2012.
[007] Nesse contexto, aponta-se que existem diversos tipos de procedimentos anestésicos à disposição da prática médica atualmente, tais como anestesia geral, anestesia local, anestesia regional e sedação, esta última não necessitando da utilização de aparelhos que auxiliem na ventilação respiratória do paciente.
[008] As anestesias regionais são aquelas direcionadas a anestesiar apenas uma porção específica do corpo do paciente. São úteis em cirurgias do abdómen inferior, membros inferiores e membros superiores, podendo ser dividida em 4 tipos: anestesia intrateccal (raquianestesia), anestesia epidural, anestesia venosa regional (Bloqueio de Bier) e bloqueios dos plexos e nervos periféricos.
[009] A raquianestesia é tipicamente caracterizada pela administração de um anestésico local (como, por exemplo, opioides, agonistas alfa2 adrenérgicos, etc) associado ou não a adjuvantes no líquido cefalorraquidiano (líquido que banha a medula espinhal), gerando bloqueios motor e sensitivo reversíveis em membros inferiores e/ou na zona inferior do abdome.
[010] Uma abordagem para otimizar a segurança dos pacientes submetidos à anestesia e que vem sendo cada vez mais utilizada é a simulação de tais procedimentos em aparatos construídos especificamente para a finalidade de ensino e treinamento.
[011] Nesse contexto, considera-se que procedimentos de anestesias regionais são significativamente mais difíceis de aprender quando comparados com os procedimentos de anestesia geral, por conta de, entre outros fatores, o posicionamento da agulha na coluna espinhal (Allen J, et.al. A teaching tool in spinal anesthesia. AANA J. 2003 Feb; 71(1):29-36).
[012] Diversos fatores devem ser considerados quando da aplicação de anestesias regionais, tais como local da inserção da agulha, correta seleção da dose e da baricidade dos medicamentos anestésicos, correto posicionamento do paciente durante a aplicação da anestesia e logo após tal aplicação e também a velocidade de administração e o volume do medicamento anestésico administrado (Praxedes H, et.al. Failure of subarachnoid blocks. Rev. Bras. Anestesiol. 2010 Jan./Feb.; 60(1):90-7).
[013] A simulação de procedimentos no currículo médico é entendida como recriar ou imitar parte de um cenário clínico para o propósito de treinamento ou orientação de novos procedimentos, exposição dos alunos à cenários clínicos críticos, tendo como foco acelerar a aquisição e retenção de novas habilidades.
[014] Diversos tipos de modelos têm sido usados na área de anestesiologia para a simulação como técnica de ensino, entre eles modelos físicos e mecânicos, modelos altamente fiéis à anatomia humana e modelos computacionais e digitais (softwares).
[015] Atualmente existem mais de 80 simuladores disponíveis comercialmente nos Estados Unidos, a grande maioria deles relacionados com modelos de alta fidelidade anatômica e sensorial, configurando-se como modelos de alta tecnologia que podem simular, inclusive, os sinais vitais de pacientes, apresentando, porém, alto custo de fabricação e comercialização (Green M. Improving Patient Safety through Simulation Training in Anesthesiology: Where Are We? Anesthesiol Res and Pract 2016; 2016: 4237523).
[016] Nesse contexto, existem muitos documentos que descrevem os mais diversos tipos de modelos para simular a aplicação de anestesias regionais, modelos voltados ora para reproduzir a resistência dos tecidos humanos à penetração da agulha da injeção anestésica, ora para reproduzir a anatomia óssea humana ou a presença do líquido cefalorraquidiano.
[017] Rigler (1991) descreve um modelo que simula o espaço intratecal, com o objetivo específico de estudar o comportamento de medicamentos anestésicos. O modelo foi construído a partir de um tubo de acrílico rígido com diâmetro interno de 1,8 cm e diâmetro externo de 2,5 cm. As dimensões e o molde do modelo basearam-se em imagens de ressonância magnética da coluna de homens adultos, com foco em reproduzir corretamente a curvatura da coluna. Foram dispostos pequenos orifícios a cada 2 cm do modelo, de forma a simular o espaço intervertebral e o tubo foi preenchido por um líquido que simula o líquido cefalorraquidiano, composto por sódio (140 a 150 mEq/L), cloreto (120 a 130 mEq/L), albumina (25 mg %) e glicose (50 mg %). Para o estudo do comportamento de anestésicos, foram utilizadas misturas 20:1 de cloridrato de lidocaína (5%), com glicose (7,5%) e solução de azul de metileno (1%), resultando em uma solução hiperbárica com concentração efetiva de lidocaína de 4,76% e densidade específica de 1,047 (Rigler ML et. al. Distribution of catheter-injected local anesthetic in a model of the subarachnoid space. Anesthesiology 1991 Oct; 75(4):684-692).
[018] Wachter (1997) desenvolveu modelos de medula espinhal o mais fiel possível à medula humana, a partir de imagens de tomografia computadorizada de três pacientes com geometrias espinhais diferentes. Os modelos foram construídos a partir de tubos de PVC com diâmetro interno de 19 mm e comprimento total de 500 mm. Os tubos de PVC são acoplados à uma base de tal forma que é possível rotacioná-lo de maneira transversal e horizontal, simulando a posição do paciente em supino, decúbito lateral, posição de trendelemburg ou de pé. Os modelos desenvolvidos por Wachter tem como objetivo o estudo das causas da síndrome da cauda equina (Wachter D. et. al. Distribution of Marcaine in an in vitro model of the subarachnoid space conforming to actual spinal column geometries. Technol and Health Care 1997 Dec; 5(6): 43747).
[019] O documento GB2369714 descreve um modelo para simular a aplicação de anestesia epidural consistindo em uma espuma de polietileno de alta densidade para simular os ligamentos da coluna lombar e permite que uma agulha seja introduzida na espuma através de orifícios cortados na estrutura correspondente ao espaço intermédio lombar S1/L5 a L1/L2.
[020] O documento US7403883 descreve um modelo que permite o estudo e análise de como as substâncias são distribuídas pelo canal medular humano. Tal modelo contém uma primeira porção que contempla uma passagem curva com uma estrutura que simula, em tamanho e formato, a coluna humana de um adulto em pé. Essa primeira porção pode ser acoplada à uma segunda porção, que simula o formato anatômico da vértebra presente na coluna humana. A primeira porção pode ser preenchida com fluído que simula o líquido cefalorraquidiano podendo ser aplicadas outras substâncias em solução nessa porção, de forma a simular a administração de medicamentos anestésicos.
[021] Chavez (2010) realiza um estudo sobre o comportamento dos anestésicos utilizando um modelo que simula o comportamento do líquido cefalorraquidiano. O objetivo do estudo é avaliar a influência da posição de trendelemburg e variações na configuração da espinha humana no “espalhamento” de medicamentos anestésicos hiperbáricos. São apresentados dois modelos, um com um formato reto, não apresentando possíveis desvios lombares resultantes de lordoses, por exemplo, e o outro modelo inclui simulações de curvaturas da espinha para uma análise mais específica do espalhamento de bupivacaína hiperbárica em posições contemplando simulações de inclinação do paciente em 0°, 5°, 10° e 15° (Chavez VC et al. Spread of hyperbaric local anesthetics in a spinal canal model. The influence of Trendelenburg position and spinal configuration Anaesthesist. 2010 Jan; 59(1):23-9).
[022] Mashari (2018) descreve um modelo de coluna a partir de impressão 3D de um modelo de coluna fiel à anatomia humana obtido de informações de tomografia computadorizada armazenada em softwares específicos. O modelo desenvolvido por esse pesquisador apresenta como objetivo simular a sensação tátil e de resistência ao aplicar uma injeção (Mashari A. et al; Low-cost threedimensional printed phantom for neuraxial anesthesia training: Development and comparison to a commercial model PLoS One. 2018; 13(6): e0191664).
[023] Apesar de existirem diversos modelos para simular a aplicação de anestesias com o objetivo de investigar o comportamento de medicamentos anestésicos e/ou servir como ferramenta de ensino, os modelos simuladores presentes na técnica apresentam desvantagens, tais como alto custo, não reproduzem fielmente a anatomia humana e/ou permitem a simulação das possíveis posições do paciente.
[024] Adicionalmente, os modelos descritos na técnica apresentam como objetivo proporcionar a simulação adequada de apenas um ou no máximo dois cenários clínicos relacionados com a aplicação de anestesias (por exemplo, simular a posição do paciente ou a curvatura da coluna humana), de forma que não foi descrito na técnica um modelo que permite a simulação de diversos cenários clínicos simultaneamente e ainda que seja prático para transportar para diversas localidades.
[025] Neste contexto, a presente invenção descreve um modelo simulador para anestesias adequado para simular procedimentos anestésicos, sendo possível a simulação do espaço cefalorraquidiano e que ainda configura reprodução fiel da anatomia óssea da vértebra humana.
[026] O modelo simulador da presente invenção possibilita a simulação de diversos cenários clínicos simultaneamente, tais como simular qualquer posição do paciente para aplicação da injeção e quaisquer curvaturas existentes da coluna, além de ser um modelo leve, de fácil manuseio, apresentando baixo custo de produção. Além disso, o modelo simulador da presente invenção é de fácil montagem e limpeza, podendo ser prontamente reutilizado.
[027] Estas e outras vantagens da invenção, bem como as características inventivas adicionais unidas ao mesmo conceito inventivo, serão evidentes na descrição da invenção fornecida neste documento.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[028] A presente invenção se refere a um modelo simulador tridimensional para anestesias regionais que permite o estudo e análise sobre a aplicação de anestesias, permitindo a simulação adequada de diversos cenários clínicos que ocorrem durante procedimentos anestésicos. Em um objetivo específico, o presente modelo pode ser utilizado para caracterizar e estudar padrões de distribuição de medicamentos através do líquido cefalorraquidiano, permitindo melhor compreensão das características das mesmas, tais como sua baricidade.
[029] Mais especificamente, o presente modelo (1) é caracterizado por compreender uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D) e uma barra opcionalmente flexível (B4) que, inserida no interior do orifício (O1), fixa as referidas peças (L1 a L5) e o disco (D) através de uma trava (B1). Em uma configuração alternativa, o modelo (1) opcionalmente apresenta um tubo de apoio (B2), opcionalmente flexível, e uma base de apoio (B3).
[030] A referida porção (A) se encaixa perfeitamente na porção (B), de forma a simular o ambiente interno do canal vertebral, que contém o líquido cefalorraquidiano e a medula espinhal, e os orifícios. A dita porção (B) simula fielmente a anatomia óssea da vértebra e do disco intervertebral da coluna humana, de forma que o conjunto configura um modelo simulador tridimensional que permite a avaliação adequada do comportamento de medicamentos anestésicos quando administrados no espaço cefalorraquidiano e a simulação de diversos cenários clínicos relacionados com a aplicação de anestesia.
[031] Em um outro aspecto, a presente invenção descreve o uso do modelo aqui descrito para a simulação de procedimentos anestésicos e mais especificamente, a simulação da raquianestesia.
[032] Tal simulação tem como objetivo adicional se configurar como uma boa técnica de ensino e avaliação do comportamento de medicamentos anestésicos e simulação de diversos cenários clínicos para o treinamento da correta aplicação de anestesia, no que se refere à posição de inserção da agulha, velocidade da aplicação do medicamento, possíveis desafios, como curvatura da coluna, posição do paciente, etc.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[033] A seguir faz-se a descrição das figuras que acompanham este relatório descritivo, para melhor entendimento e ilustração da presente invenção.
[034] Figura 1. Representação esquemática do modelo simulador (1) na vista em perspectiva, compreendendo uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D). Nessa representação, o modelo (1) apresenta um tubo de apoio (B2), opcionalmente flexível, e uma base de apoio (B3).
[035] Figura 2: Representação esquemática do modelo simulador (1), destacando os orifícios (A4) presentes no tubo transparente (A1) e que simulam os sítios intervertebrais para a inserção da agulha da injeção anestésica.
[036] Figura 3: Uma configuração do tubo transparente (A1), com os códigos indicativos das dimensões (3a, 3b).
[037] Figura 4: 4a, 4b - Uma configuração da tampa superior (A2); 4c, 4d - uma configuração da tampa inferior (A3).
[038] Figura 5: 5a, 5b - Uma configuração do tubo de apoio (B2), opcionalmente flexível, com destaque para o orifício (O2) para encaixe da barra (B4);
[039] Figura 6: 6a, 6b, 6c – Uma configuração das peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5), com destaque para o orifício (O1); e 6d - representação da barra opcionalmente flexível (B4).
[040] Figura 7: 7a, 7b, 7c – Uma configuração das peças que simulam fielmente o disco intervertebral, com destaque para o orifício (O1).
[041] Os objetos da presente invenção serão melhor compreendidos a partir da descrição detalhada da invenção e das reivindicações anexas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[042] A presente invenção diz respeito a um modelo simulador tridimensional para a simulação de procedimentos anestésicos, em especial anestesias regionais e ainda mais especificamente, a raquianestesia, e que permite o estudo e análise da aplicação de soluções anestésicas, especialmente no que se refere à distribuição do medicamento através do líquido cefalorraquidiano e a simulação de diversos cenários clínicos relacionados com a aplicação de anestesias.
[043] A presente invenção refere-se a um modelo simulador tridimensional para anestesias (1) caracterizado por compreender uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D) e uma barra opcionalmente flexível (B4) que, inserida no interior do orifício (O1), fixa as referidas peças (L1 a L5) e o disco (D) através de uma trava (B1). Em uma configuração alternativa, o modelo (1) opcionalmente apresenta um tubo de apoio (B2), que contém um orifício (O2) para encaixe da barra (B4), e uma base de apoio (B3).
[044] Em uma modalidade específica, a presente invenção consiste de um modelo simulador tridimensional para anestesias caracterizado pelo fato de compreender uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D) e uma barra opcionalmente flexível (B4) que, inserida no interior do orifício (O1), fixa as referidas peças (L1 a L5) e o disco (D) através de uma trava (B1), sendo o referido conjunto (B) fixado à um tubo de apoio (B2) que contém um orifício (O2) para encaixe da barra (B4) e que é acoplado a uma base de apoio (B3) e fixado a tal base através de uma trava (B1).
[045] Em uma modalidade da presente invenção, a referida primeira porção (A) apresenta pequenos orifícios (A4) que simulam os possíveis locais para a injeção de composto anestésico. Tais orifícios são opcionalmente revestidos com material emborrachado ou qualquer outro material adequando, de forma a configurar resistência mecânica à inserção da agulha.
[046] A referida primeira porção (A) pode ser facilmente preenchida com líquido que simula o líquido cefalorraquidiano através da abertura da dita tampa superior (A2) e preenchimento do tubo (A1) com tal líquido. Tal porção (A) se encaixa perfeitamente na segunda porção (B), de forma a simular o ambiente interno do canal vertebral, que contém o líquido cefalorraquidiano e a medula espinhal, e os orifícios (A4) simulam os sítios intervertebrais para a inserção da agulha da injeção anestésica.
[047] Em uma modalidade, a referida porção (B) é constituída de peças (L1 a L5) que simulam fielmente a anatomia óssea da coluna humana e outras peças (D) que simulam fielmente a anatomia do disco intervertebral. Tais peças são montadas em uma barra opcionalmente flexível (B4), que é inserida no interior do orifício (O1) presente nas referidas peças (L1 a L5) e nos discos (D), fixando-se as peças através da trava (B1). Tal porção apresenta, em uma configuração alternativa, um tubo de apoio (B2) que contém um orifício (O2) para encaixe da barra (B4) e é opcionalmente acoplado a uma base de apoio (B3) e fixado a tal base.
[048] Após uma simulação da aplicação de medicamentos anestésicos, o líquido é facilmente removido da dita primeira porção (A) através da remoção da tampa inferior (A3). A primeira porção (A) é facilmente higienizada, retirando-se as tampas superior (A2) e inferior (A3), procedendo-se com a devida higienização e secagem, se necessário, podendo ser realizada outra simulação de maneira rápida e prática.
[049] A característica opcional de flexibilidade do tubo (A1) e da barra (B4) permite simular diversos desvios fisiológicos e patológicos da curvatura da coluna vertebral e que podem dificultar a aplicação da raquianestesia, tais como cifose e lordose acentuadas e escoliose, de forma que tais cenários clínicos são facilmente reproduzíveis pelo modelo simulador aqui descrito.
[050] Adicionalmente, o tubo (A1) é fabricado de material transparente, o que permite a perfeita visualização da aplicação do anestésico contendo um corante e de seu comportamento dentro do referido tubo, que foi previamente preenchido com líquido que simula o líquido cefalorraquidiano, de forma a permitir a simulação adequada do comportamento de tais medicamentos no ambiente espinhal.
[051] Em um aspecto particular, o referido tubo (A1) apresenta um diâmetro de abertura externo (DA1E) de cerca de 40 mm, preferencialmente de 36 mm, um diâmetro de abertura interno (DA1I) de cerca de 30 mm, preferencialmente de 29,70 mm, comprimento total (CA1) de cerca de 350 mm, preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´. Tal tubo (A1) é fabricado em materiais opcionalmente flexíveis, tais como materiais plásticos, mais especificamente poliuretano e as tampas (A2) e (A3) são fabricadas em materiais poliméricos termoplásticos, tais como policarbonato.
[052] A barra (B4), que é inserida no orifício (O1) das peças (L1 a L5) e dos discos (D), é opcionalmente fabricada de materiais flexíveis, preferencialmente poliuretano ou de matérias rígidos, tais como aço inox. Em um aspecto particular, apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm.
[053] As peças (L1 a L5), que simulam fielmente a anatomia óssea da vértebra humana e o disco intervertebral (D), são encaixadas ao redor da barra (B4), intercalando uma peça que simula a vértebra e uma peça que simula o disco intervertebral, fixando-se o conjunto através da trava (B1). Tais peças são opcionalmente encaixadas ao tubo de apoio (B2) através do orifício (O2), sendo opcionalmente fixado à base de apoio (B3), através da referida barra (B4) e da trava (B1), essa última se configurando como sendo uma porca de tamanho adequado, preferencialmente M6.
[054] Em uma modalidade específica, as peças (L1 a L5) que simulam a vértebra humana apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm. Já as peças que simulam o disco intervertebral (D) apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm.
[055] Em uma modalidade específica preferencial, as peças que simulam a vértebra humana (L1 a L5) e as peças que simulam o disco intervertebral (D) são produzidas através de impressão 3D, podendo ser fabricadas utilizando-se qualquer material adequado para esse tipo de impressão, preferencialmente polietileno tereftalato com glicol (PETG) e materiais conhecidos como filamentos flex, que podem ser constituídos de diferentes componentes, usualmente materiais poliméricos, tais como acrilonitrila butadieno estireno e ácido polilático.
[056] Em uma modalidade, as peças (L1 a L5; e D) são produzidas utilizando-se a tecnologia de impressão 3D tomando como base um modelo confiável da estrutura anatômica humana para servir como molde. A confiabilidade do modelo adotado como molde, associado à técnica de produção via impressão 3D garante que as peças são altamente fiéis à anatomia humana.
[057] Também em um aspecto particular da presente invenção, o referido tubo de apoio (B2) é fabricado de materiais tais como aço inox e apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3´.
[058] Em um aspecto preferencial da presente invenção, o modelo simulador (1) compreende um tubo (A1), que apresenta um diâmetro de abertura externo (DA1E) de cerca de 40 mm, preferencialmente de 36 mm, um diâmetro de abertura interno (DA1I) de cerca de 30 mm, preferencialmente de 29,70 mm, comprimento total (CA1) de cerca de 350 mm, preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´; uma porção B, que compreende peças (L1 a L5), que apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm; e peças (D) apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm, que são fixadas através da inserção em seu orifício (O) de uma barra (B4), que apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm e fixadas com uma trava através de uma trava (B1) de tamanho adequado. Opcionalmente a referida porção B pode ser fixada, através da referida barra (B4), em um tubo de apoio (B2), que apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3´. Tal tubo (B2) é opcionalmente fixado à uma base de apoio (B3).
[059] Em um aspecto particular, a presente invenção consiste de o referido tubo (A1), apresenta um diâmetro de abertura externo (DA1E) de cerca de 40 mm, preferencialmente de 36 mm, um diâmetro de abertura interno (DA1I) de cerca de 30 mm, preferencialmente de 29,70 mm, comprimento total (CA1) de cerca de 350 mm, preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´; a referida porção B compreende peças (L1 a L5), que apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm; e peças (D) que apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm, que são fixadas através da inserção em seu orifício (O1) de uma barra (B4), que apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm e uma trava (B1) de tamanho adequado, sendo a referida porção B fixada, através da referida barra (B4), em um tubo de apoio (B2), que apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3, tal tubo (B2) sendo fixado à uma base de apoio (B3).
[060] Para realizar a simulação das condições clínicas que podem estar presentes quando da aplicação de anestesias, o presente modelo pode ser rapidamente montado, empilhando-se, na barra (B4), as peças que simulam a vértebra humana, intercaladas com as peças que simulam o disco intervertebral. Após essa montagem, as peças são fixadas utilizando-se a trava (B1) e pode-se, opcionalmente, fixar tal montagem em um tubo de apoio (B2) e em uma base de apoio (B3). Tal base de apoio pode ter diferentes formatos e dimensões.
[061] No conjunto montado, fixa-se então a porção (A) do presente modelo, que contempla um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3). Em seguida, abre-se a tampa superior (A2), mantendo a tampa inferior (A3) acoplada ao tubo (A1) e preenche-se o referido tubo (A1) com líquido adequado para simular o líquido cefalorraquidiano. De maneira particular, tal líquido pode ser uma solução de sódio, glicose e albumina ou soro fisiológico.
[062] Para simular o medicamento anestésico, podese utilizar solução com diferentes corantes e que tenham densidade específica em relação ao líquido utilizado no interior do tubo (A1). Tipicamente são utilizadas soluções com densidade maior, igual e/ou inferior ao líquido utilizado no interior do tubo (A1), de forma a ser possível a visualização do comportamento da substância injetada dentro do tubo (A1), em especial simulando a característica de baricidade, e a influência de fatores como a velocidade com a qual o líquido é injetado, a posição da agulha na coluna e a posição simulada na qual o paciente poderia estar.
[063] Nesse contexto, ao injetar uma solução com densidade maior que o líquido presente no interior do tubo (A1), observar-se-á que o líquido injetado irá se concentrar em uma região abaixo do local de aplicação da injeção. Da mesma maneira, caso o líquido injetado apresente uma densidade menor que a densidade do líquido presente no interior do tubo (A1), o mesmo se concentrará em uma região acima do local de aplicação da injeção.
[064] Em uma modalidade exemplificativa, poderão ser injetadas como soluções que simulam medicamentos anestésicos hiperbáricos, soluções de PEG-400, cloreto de sódio e azul de metileno. Como soluções que simulam medicamentos anestésicos hipobáricos, solução de cloreto de sódio em álcool 70% e corante vermelho e, como soluções que simulam medicamentos anestésicos isobáricos, solução de cloreto de sódio 0,9% e corante amarelo.
[065] A velocidade de aplicação da injeção também afetará a espalhabilidade do líquido aplicado, fator esse que poderá ser visualizado de maneira adequada quando da simulação utilizando-se o modelo aqui descrito.
[066] Sob outro aspecto, uma vez que o modelo simulador da presente invenção possibilita que sejam simuladas todas as posições possíveis que o paciente pode estar, bem como diversas inclinações possíveis da coluna humana, a influência de tais fatores também poderá ser prontamente visualizada, de forma que o impacto dos mesmos para um procedimento anestésico bem sucedido poderá ser facilmente compreendido.
[067] A compreensão da influência da velocidade da injeção anestésica, da posição do paciente, as características do medicamento anestésico, tal como sua baricidade, além do local de aplicação da injeção, é essencial para que se possa realizar um procedimento anestésico bem sucedido, uma vez que cada um desses fatores deverão ser selecionados de forma adequada a depender da região do corpo que se busca insensibilizar.
[068] Após a simulação do procedimento anestésico e das condições clínicas que podem estar presentes quando da aplicação de anestesias, o modelo da presente invenção pode ser facilmente higienizado, retirando-se a tampa inferior (A3) e descartando-se o líquido presente no interior do tubo (A1). Podese então retirar também a tampa superior (A2), o que proporciona que o modelo seja higienizado de maneira muito facilitada, e consequentemente uma rápida reutilização, caso se deseje realizar outra simulação.
[069] O modelo da presente invenção também pode ser rapidamente desmontado, retirando-se a trava (B1) e a barra (B4) e desacoplando-se as peças (L1 a L5 e D), de forma que tal modelo pode ser facilmente transportado de um lugar a outro.
[070] Tem-se, portanto, que é outro objeto da presente invenção, o uso do modelo simulador tridimensional, para simular a aplicação de medicamentos anestésicos e as condições clínicas que podem estar presentes quando da realização de procedimentos anestésicos, de modo a facilitar a análise do comportamento de medicamentos, tais como sua baricidade e padrões de distribuição.
[071] Diante de todo o exposto, tem-se claro que o modelo simulador aqui descrito permite a visualização simultânea de diversos aspectos clínicos de relevante impacto para a adequada realização de um procedimento anestésico, permitindo, portanto, uma simulação de procedimentos anestésicos mais próxima à realidade, o que auxilia na otimização da segurança com a qual tais procedimentos são realizados.
[072] Adicionalmente, o modelo simulador da presente invenção apresenta baixo custo de produção, além de ser facilmente montado, desmontado, higienizado e transportado, possibilitando que a simulação do procedimento anestésico seja feita nos mais diversos ambientes, democratizando, portanto, o acesso à aquisição e retenção de novas habilidades no campo da anestesia.

Claims (16)

  1. Modelo simulador tridimensional para anestesias caracterizado pelo fato de compreender uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D) e uma barra opcionalmente flexível (B4) que, inserida no interior do orifício (O1), fixa as referidas peças (L1 a L5) e o disco (D) através de uma trava (B1), sendo a referida porção (B) opcionalmente fixada à um tubo de apoio (B2) que contém um orifício (O2) para encaixe da barra (B4) e que é opcionalmente acoplado a uma base de apoio (B3) e fixado a tal base através de uma trava (B1).
  2. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido tubo (A1) apresenta um diâmetro de abertura externo (DA1E) de cerca de 40 mm, preferencialmente de 36 mm, um diâmetro de abertura interno (DA1I) de cerca de 30 mm, preferencialmente de 29,70 mm, comprimento total (CA1) de cerca de 350 mm, preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´.
  3. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a referida primeira porção (A) apresenta pequenos orifícios (A4) que simulam os possíveis locais para a injeção de composto anestésico.
  4. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a referida barra (B4) apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm.
  5. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as peças (L1 a L5) apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm.
  6. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as peças (D) apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm.
  7. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido tubo de apoio opcional (B2) apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3´.
  8. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´; a referida porção B compreende peças (L1 a L5), que apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm; e peças (D) que apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm, que são fixadas através da inserção em seu orifício (O1) de uma barra (B4), que apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm e uma trava (B1) de tamanho adequado, sendo a referida porção B opcionalmente fixada, através da referida barra (B4), em um tubo de apoio (B2), que apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3, tal tubo (B2) sendo opcionalmente fixado à uma base de apoio (B3).
  9. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1 a 8, caracterizado pelo fato de que tubo (A1) é fabricado em materiais opcionalmente flexíveis, tais como materiais plásticos, preferencialmente poliuretano e a barra (B4) são fabricadas de materiais rígidos tais como aço inox ou opcionalmente fabricada de materiais flexíveis, preferencialmente poliuretano.
  10. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a referida primeira porção (A) apresenta pequenos orifícios (A4) que simulam os possíveis locais para a injeção de composto anestésico.
  11. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 1 a 8, caracterizado pelo fato de que as peças que simulam a vértebra humana (L1 a L5) e as peças que simulam o disco intervertebral (D) são fabricadas através de impressão 3D.
  12. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que as peças que simulam a vértebra humana (L1 a L5) e as peças que simulam o disco intervertebral (D) são fabricadas de qualquer material adequado para esse tipo de impressão, preferencialmente polietileno tereftalato com glicol (PETG) e filamentos flex.
  13. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que os filamentos flex podem ser constituídos de materiais poliméricos, tais como acrilonitrila butadieno estireno e ácido polilático.
  14. Modelo simulador tridimensional para anestesias caracterizado pelo fato de compreender uma primeira porção (A) e uma segunda porção (B), a dita primeira porção (A) consistindo de um tubo transparente (A1), opcionalmente flexível, que contém uma tampa superior (A2) e uma tampa inferior (A3), a dita segunda porção (B) consistindo de peças que simulam fielmente a vértebra humana (L1 a L5) e o disco intervertebral (D) e uma barra opcionalmente flexível (B4) que, inserida no interior do orifício (O1), fixa as referidas peças (L1 a L5) e o disco (D) através de uma trava (B1), sendo a referida porção (B) fixada à um tubo de apoio (B2) que contém um orifício (O2) para encaixe da barra (B4) e que é acoplado a uma base de apoio (B3) e fixado a tal base através de uma trava (B1).
  15. Modelo simulador de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o referido tubo (A1), apresenta um diâmetro de abertura externo (DA1E) de cerca de 40 mm, preferencialmente de 36 mm, um diâmetro de abertura interno (DA1I) de cerca de 30 mm, preferencialmente de 29,70 mm, comprimento total (CA1) de cerca de 350 mm, preferencialmente de 340 mm e um ângulo opcional de curvatura (AA1) na extremidade de cerca de 20°, preferencialmente 19°53´; a referida porção B compreende peças (L1 a L5), que apresentam largura (LL) de cerca de 140 mm, preferencialmente 139 mm, altura (HL) de cerca de 160 mm, preferencialmente 159,1 mm e profundidade (PL) de cerca de 85 mm, preferencialmente 85,6 mm; e peças (D) que apresentam largura (LD) de cerca de 100 mm, preferencialmente 101,9 mm, altura (HD) de cerca de 80 mm, preferencialmente 79,3 mm e profundidade (PD) de cerca de 22 mm, preferencialmente 22,7 mm, que são fixadas através da inserção em seu orifício (O1) de uma barra (B4), que apresenta o comprimento total (CB4) de cerca de 340 mm, preferencialmente 335 mm e uma trava (B1) de tamanho adequado, sendo a referida porção B fixada, através da referida barra (B4), em um tubo de apoio (B2), que apresenta um comprimento total (CB2) de cerca de 100 mm, preferencialmente 97 mm, um diâmetro (DB2) de cerca de 50 mm, preferencialmente 51 mm e uma inclinação (AB2) em sua porção superior de cerca de 7°, preferencialmente 7°3, tal tubo (B2) sendo fixado à uma base de apoio (B3).
  16. Uso do modelo simulador tridimensional, tal como definido nas reivindicações anteriores, para simular a aplicação de medicamentos anestésicos e as condições clínicas que podem estar presentes quando da realização de procedimentos anestésicos, para facilitar a análise do comportamento de medicamentos, tais como sua baricidade e padrões de distribuição.
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