BR102019020761A2 - disposição aplicada a suporte para elementos ópticos de miras optrônicas - Google Patents

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Abstract

A presente invenção refere-se à indústria armamentista, mais especificamente, propõe uma nova peça e disposição de montagem para miras reflex. Assim sendo, a solução proposta prevê uma estrutura modular (1) que servirá como base e encaixe de todos os elementos necessários da mira, sendo independente da base (8) e casco (9) da mira. Essa característica, por si só, permite maior flexibilidade de design para o restante dos componentes, e ainda simplifica a montagem de precisão que é necessária aos elementos óticos. Assim sendo, a estrutura modular (1) apresenta encaixes para todos os elementos ópticos necessários. Ademais, como a peça é independente da base (8) e do casco (9), faz com que sua instalação e manutenção apresentem um custo menor na fabricação e manutenção da mira. Com a presente invenção, todas as tolerâncias que afetam a performance recaem sobre a mesma peça, tornando a integração com o conjunto final mais barata, independente e intercambiável. Outra característica é o intercâmbio de peças estruturais externas avariadas, sem necessidade de movimentação ou troca das peças ópticas internas, caso essas ainda estejam intactas, sendo a situação contrária também válida.

Description

DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS Setor tecnológico da invenção
[001] A presente invenção pertence à indústria armamentista e se refere, mais especificamente, a uma nova peça de montagem para miras do tipo reflex, sendo que essa peça servirá como base e encaixe de todos os elementos óticos da mira necessários e ainda é independente da base e cobertura da mira.
Estado da Técnica Conhecido
[002] A pólvora é datada de 700 a.C. e seu primeiro uso foi realizado na China. Assim, cientistas e pesquisadores chineses criaram diferentes tipos de armas de fogo incluindo lanças de fogo de alma lisa de um único tiro, armas de canos múltiplos, foguetes de artilharia de lançamento múltiplo e o primeiro canhão no mundo feito de bronze modelado. As primeiras armas de fogo são datadas do século XII, na China, onde foi utilizada pela primeira vez a pólvora para combate. Assim, as primeiras armas de fogo são conhecidas como canhões. A partir disso, muito foi pesquisado para que as armas de fogo fossem desenvolvidas de modo a serem disponibilizadas em tamanho portátil e, especialmente, nos modelos atuais.
[003] Quando a arma de fogo surgiu na Europa, no século XIV, o estilo se espalhou pelo resto do continente asiático e no oriente médio. Logo foi adaptada para poder ser utilizada em combates individuais, as conhecidas armas de fogo portáteis de hoje. As primeiras, foram caracterizadas por serem curtas, com grande dificuldade de manuseio, se assemelhando com os canhões de mão.
[004] A arma de mão portátil se desenvolveu ao longo dos anos, e começou a ser separada em diferentes classes, geralmente divididas por seu tamanho e precisão. Ainda por volta do século XIV, surgiu a arcabuz no sacro império germânico, na região da hoje Alemanha. A arcabuz ficou conhecida como sendo uma das primeiras armas de fogo portátil a ser utilizada pela infantaria. Era caracterizada por ser longa, pesando em torno de cinco quilogramas e um alcance de até 800 metros, mas com baixa precisão, sendo mais utilizadas contra alvos a no máximo 150 metros de distância.
[005] No século XIX foi quando se deu um dos maiores picos de desenvolvimento armamentista da história. Como foi uma época de muitas guerras, alguns países viram uma grande oportunidade no desenvolvimento de novas tecnologias. Segundo o livro Brothers in Arms, a Guerra da Sucessão (1861-1865) notou-se que, as batalhas eram decididas pela tecnologia de cada batalhão, notou-se que o exército da união obteve vantagens sobre o inimigo, uma vez que dispunha de mais rifles, com carregamento mais rápido por serem carregados pela culatra, e o exército dos confederados dispunha de mosquetes, que eram carregados pela frente, apresentando um carregamento mais demorado.
[006] No início do século XX, as armas de fogo portáteis já contavam com carregadores descartáveis, sendo utilizadas, pela primeira vez, na Primeira Guerra Mundial. Onde os exércitos já contavam com rifles e metralhadoras. Na Segunda Guerra, houve mais um pico de desenvolvimento armamentista, e surgiu a submetralhadora. No final da Segunda Guerra Mundial, ainda surgiram os rifles de assaltos. Ditos rifles de assalto nasceram na Alemanha Nazista, e foi inspirada na necessidade de que, diferente da Primeira Guerra Mundial, onde foi muito utilizada as trincheiras, na Segunda Guerra Mundial, devido a movimentação de tanques e carros blindados, as tropas não poderiam ficar estabelecidas em um só local, exigindo uma arma mais leve e precisa para a movimentação dos combatentes. A Sturmgewehr 44, o primeiro rifle de assalto, foi utilizada pelos alemães e se resume em uma mistura da precisão e poder de fogo dos rifles tradicionais, com o fogo automático das metralhadoras.
[007] Após a Segunda Guerra Mundial o desenvolvimento armamentista aumentou consideravelmente, e diversas tecnologias, principalmente envolvendo os fuzis de assalto, foram apresentadas. Atualmente, os modelos mais populares dos rifles de assalto são a russa AK-47 e a americana M16. Nesse contexto, um dos focos desse desenvolvimento se deu nas miras para os armamentos, especialmente para os rifles.
[008] Assim sendo, o desenvolvimento de elementos que sejam acoplados ou parte de equipamentos armamentistas. A evolução dos armamentos dotados de elementos óticos se fez necessário para que o usuário atinja maior precisão de seu alvo. Sendo assim, esse tipo de elemento é um dispositivo geralmente indispensável em armamentos, desde armas de fogo, até mesmo em armamentos do tipo balestra ou besta.
[009] Cabe destacar que as miras para armas são comumente usadas para alinhar corretamente a arma com o alvo que se deseja atingir. Quando usada em conjunto com uma arma de fogo pequena, como uma pistola por exemplo, sistemas de visão normalmente incluem pelo menos um ponto fixo visando dispostos em uma extremidade distal de um cano da arma de fogo. O ponto de mira pode ser usado por um atirador para alinhar o cano da arma de fogo com uma meta de aumentar a probabilidade de que um projétil disparado será o impacto de um alvo em um local desejado.
[010] Uma das tecnologias desenvolvidas no inicio do século XX foi o uso de miras reflex, também conhecida como mira holográfica ou marcador. No início, essas miras eram utilizadas em aviões e tanques, mas, a partir da Segunda Guerra Mundial, algumas armas de fogo portáteis começaram a utilizar a mira reflex, oferecendo mais precisão ao atirador. Tal dispositivo, se utiliza de elementos ópticos, seguidos de um emissor de luz, para que a mira fique sempre na mesma posição com relação ao alvo. Com isso, a mira muda de posição dependendo do ângulo de visão do usuário.
[011] As miras holográficas apresentaram significativa evolução na indústria armamentista e, atualmente, muitas empresas, como a EoTech e a Aimpoint investem em melhorias, principalmente na parte de montagem, já que esse tipo de dispositivo compreende diferentes componentes, mas possui um espaço restrito para a sua devida instalação. Baseando-se nisso, muitas empresas investiram em novos meios de fabricação e instalação das miras holográficas em armamentos. Nesse sentido, podemos citar alguns documentos de patentes que tentam sanar os problemas de instalação das miras holográficas para uso.
[012] Um exemplo disso é o documento US2015/0267997, intitulado como “GUN SIGHT”, de 15/07/2014, que trata sobre uma mira holográfica com ajustes de montagem por parafusos. O documento ainda apresenta uma configuração onde permite que os elementos ópticos sejam montados somente em uma única peça, com o intuito de facilitar a montagem e também reduzir o número de peças constituintes do dispositivo. Apesar disso, o invento prevê a utilização de uma peça separada para instalar as lentes e espelhos, fazendo com que a montagem final recaia em duas peças, e não somente em uma peça, como previsto. Ademais, o invento em questão prevê que a reflexão é exercida via revestimentos especiais, sendo assim a sua limpeza é delicada, e o contato com as substâncias agressivas frequentemente usadas na limpeza de armamentos deve evitada, pois pode esse tipo de produto químico pode danificar o revestimento e reduzir a performance da mira. Outro ponto negativo consiste no fato de que este design aponta um LASER para fora da mira que pode ser detectado pelo inimigo.
[013] Outro documento relacionado a montagem das miras reflex é o documento de patente americana N. US2016/161735, intitulado “MODULAR HOLOGRAPHIC SIGHTING SYSTEM”, depositado em 07/07/2014. O documento em questão propõe uma mira holográfica, em que a instalação dos elementos recai somente sobre duas peças. Assim, a solução descrita prevê um sistema com construção modular, evidenciando que a produção desse equipamento em larga escala é otimizada. Entretanto, apesar de melhorar a qualidade da montagem das miras, a necessidade de duas peças, onde uma é a carcaça superior e outra é a base, ainda apresenta uma menor precisão de encaixe por necessitar de duas peças para instalar os elementos. Ademais, a mira em questão se trata de uma Mira Holográfica, um sistema conhecido por funcionar a partir de múltiplos espelhos, que devem estar alinhados adequadamente, apresentando visível desvantagem com relação a precisão e manutenção do equipamento.
[014] Além disso, o documento de patente estadunidense n. US2016/0377378, intitulado “HYBRID HOLOGRAPHIC SIGHT”, propõe uma mira holográfica híbrida para armamentos. Dita concepção compreende uma fonte de luz operável para projetar um feixe de luz e um elemento óptico holográfico sobre o feixe de luz. Entretanto, o invento descrito no documento em questão apresenta falta de padronização da montagem da mira, cujas tolerâncias de montagem se acumulam pelo fato da óptica ser montada em peças diversas também montadas entre si. Dessa forma, são inseridos erros no sistema, que se acumulam e inserem tolerâncias apertadas em todos os itens da mira, deixando o processo de obtenção dos mesmos mais caro. Já o presente invento, faz com que as tolerâncias de montagem recaiam sobre uma única peça, ao contrário do objeto apresentado neste documento de patente.
[015] Por fim, em geral, verifica-se que as miras existentes no mercado fazem a fixação dos elementos críticos para a precisão ótica através de diferentes componentes que mais tarde são integrados em uma estrutura portante rígida. Essa forma de acoplamento apresenta desvantagens, como por exemplo, impossibilita o intercâmbio de peças estruturais sem interferir no sistema óptico. Outra importante desvantagem, é que o desempenho do sistema ótico, afetado pelas tolerâncias de fabricação, depende da montagem precisa de diversos componentes, dificultando o controle de qualidade do produto.
[016] Nesse contexto, notou-se que o estado da técnica é falho ao tentar apresentar soluções que efetivamente venham a sanar o problema de instalação otimizada das miras holográficas. Ou seja, não se conhece atualmente disponível uma mira holográfica para armamentos que atenda às necessidades, entretanto apresentando baixo custo e baixa complexidade de instalação/montagem e alto desempenho.
[017] Em resumo, o estado da técnica conhecido apresenta conjuntos ópticos integrados com elementos estruturais, o que impossibilita o intercâmbio de peças estruturais e peças ópticas independentemente. Isso se mostra evidente, uma vez que a remoção de elementos ópticos dos dispositivos atualmente disponíveis no mercado muitas vezes não é possível e, desse modo, a montagem fora do ambiente industrial também não.
[018] Baseando-se nisso, o presente invento apresenta uma nova construtividade das miras holográficas, onde é apresentada uma peça intermediaria, independente da carcaça e da base da mira, e ainda onde todos os elementos ópticos holográficos sejam instalados. Com isso, a invenção apresenta uma disposição menos complexa que otimiza sua montagem no momento da produção e manutenção do equipamento.
Novidade e objetivos da invenção
[019] O presente invento apresenta uma solução para sanar os problemas de montagem e manutenção das miras reflex, ou seja, miras holográficas para armamento. De modo geral, o presente invento trata sobre uma peça intermediaria, opcionalmente chamada de Torre Óptica, que apresenta encaixes para todos os elementos ópticos necessários para concretização da projeção do retículo luminoso sobre um alvo. Assim sendo, a solução propõe uma nova disposição de mira do tipo reflex, constituída em material polimérico, de baixo custo para uso na indústria da defesa.
[020] Ademais, a disposição desenvolvida prevê a utilização de peça que é independente da base e da carcaça da mira holográfica, fazendo com que sua instalação e manutenção sejam facilitadas. Desse modo, o invento torna independente a estrutura responsável pela manutenção da integridade dos elementos internos e a estrutura óptica responsável pela precisão e características técnicas dos elementos ópticos presentes no conjunto. Outro objetivo da invenção proposta no presente relatório descritivo está relacionado ao fato de que essa disposição inovadora possibilita a alteração de peças estruturais, bem como a alteração das características técnicas ópticas sem a influência de uma estrutura na outra. Ainda, essa nova disposição possibilita o uso de peças de reposição estruturais sem afetar a precisão e performance do conjunto óptico.
[021] O invento também torna possível a alteração das características ópticas de uma mesma mira fazendo a troca apenas da torre óptica, viabilizando claramente a manutenção da mira no caso de dano óptico, mantendo as estruturas não danificadas e alterando o conjunto óptico danificado, diferindo de outras miras que seriam totalmente inutilizadas em caso de dano óptico. Isso só é possível pelo fato de a peça ora proposta ser previamente montada com sistema de lentes fixo, sem que sua troca na mira afete posicionamento de seus elementos nem seu desempenho. Esse conjunto é facilmente destacado de sua fixação por parafusos, possibilitando alteração de características ópticas e manutenção da mira em caso de dano na lente, por exemplo. Assim sendo, a invenção permite que todo o caminho da luz usada para geração do reticulo esteja definida por apenas um componente, simplificando o processo de montagem e de controle de qualidade.
[022] Em termos econômicos, ainda cabe destacar que a presente invenção pode ser manufaturada por diversos processos de fabricação, como injeção de termoplásticos com ou ser reforço de fibras, injeção metálica de alumínio ou outros metais, sinterizado ou até usando manufatura aditiva. Essa gama de métodos permite que se obtenha o processo de fabricação ideal para a escala de produção desejada, reduzindo ainda mais o custo do componente. Por fim, o invento também permite que os outros componentes da mira possam ser fabricados de materiais menos nobres do ponto de vista da estabilidade térmica, uma propriedade necessária aos materiais das estruturas portantes de elementos óticos.
[023] Por fim, cabe destacar que o dispositivo proposto no presente relatório descritivo recebe todas as tolerâncias dimensionais responsáveis pelas características ópticas da mira, deixando as outras superfícies e peças livres de tolerâncias excessivamente justas, como ocorre em outras miras. Assim sendo, o desempenho do sistema óptico independente se torna independente da estrutura externa e das suas tolerâncias de fabricação. Desse modo, resta claro que o processo produtivo do dispositivo proposto, viabilizando a injeção dessas peças, é otimizado por consequência tem seus custos reduzidos.
Descrição dos desenhos anexos
[024] A fim de que a presente invenção seja plenamente compreendida e levada à prática por qualquer técnico deste setor tecnológico, a mesma será descrita de forma clara, concisa e suficiente, tendo como base os desenhos anexos, que a ilustram e subsidiam abaixo listados.
[025] Figura 1 representa a vista em perspectiva, a partir de um ponto de vista superior, da peça suporte dos elementos óticos da mira optrônica, conforme presente invenção.
[026] Figura 2 representa a vista em perspectiva, a partir de um ponto de vista lateral, da peça suporte dos elementos óticos da mira optrônica, conforme presente invenção.
[027] Figura 3 representa a vista em perspectiva, a partir de um ponto de vista lateral, da peça suporte dos elementos óticos da mira optrônica, conforme presente invenção.
[028] Figura 4 representa a vista em corte transversal de peça suporte dos elementos óticos da mira optrônica, de acordo com a presente invenção.
[029] Figura 5 representa, em vista explodida, a mira optrônica de acordo com a presente invenção.
[030] Figura 6 representa, em corte lateral, o conjunto de emissão de luz, de acordo com a presente invenção.
Descrição detalhada das figuras
[031] A partir disso, a presente invenção consiste basicamente em um suporte do sistema óptico interno inovador que é independente da estrutura externa e que se integra às peças intercambiáveis injetadas como carcaça e base. Essa disposição inovadora permite que toda precisão dimensional que afeta a performance do produto seja dependente de apenas um componente. Dessa forma, se pode obter uma mira optrônica de baixo custo aliada a fácil manutenção e troca de peças sem interferir no desempenho óptico do instrumento. Ou seja, essa solução inédita pode inclusive permitir a troca de elementos em campo por operadores com baixo nível de especialização, tornando-se um equipamento versátil e de alto desempenho. Ainda cabe destacar que o invento permite que apenas um componente, com os elementos óticos previamente montados, seja substituído em caso de necessidade de reparos, alteração de características óticas.
[032] O funcionamento de uma mira optrônica tipo reflex é baseado em óptica de raios. A fonte luminosa em forma de ponto ilumina a lente (3) à uma distância fixa, preestabelecida, próximo a seu foco, fazendo com que o ponto luminoso seja projetado a uma distância no lado oposto da lente (3) (100m de distância, por exemplo). Esse ponto pode ser visto pelo operador da mira graças ao divisor de feixes (22), que faz com que este visualize simultaneamente a imagem do interior da mira (ponto luminoso) e a imagem do ambiente, fazendo com que as duas imagens se sobreponham.
[033] Assim sendo, o presente invento propõe uma nova disposição construtiva de miras do tipo reflex que compreende basicamente elementos como espelho, lente (3) – que pode ser de plano convexa, biconvexa ou asférica, divisor de feixes (22), suporte (6) do emissor de luz e ao menos uma fonte luminosa. As particularidades desse conjunto é que se podem alterar as características ópticas ajustando o foco da lente e a posição da fonte luminosa, deixando o sistema livre de erros de paralaxe para uma distância fixa.
[034] Desse modo, como representado nas figuras anexas, o invento em questão propõe a inovação de dispor de uma estrutura modular (1) a ser utilizada em miras optrônicas, que torna independente o sistema óptico interno do seu sistema estrutural, fazendo com que todas as tolerâncias de fabricação recaiam sobre uma única peça. A estrutura modular (1) é responsável por dar as características ópticas de uma mira optrônica, compreendendo ao menos uma cavidade (14) para encaixe das lente (3), suporte do espelho (16), suporte do divisor de feixes (22) e a articulação (17) do elemento de ajuste (5), que se encaixa no eixo acoplado da estrutura modular (1). Assim, o conjunto óptico paramétrico responsável pelas características funcionais da mira é dado pela montagem do conjunto estrutura modular (1), lente (3), espelho (4), divisor de feixes (22), elemento de ajuste (5), emissor de luz e suporte (6), sendo basicamente esses os elementos construtivos do dispositivo.
[035] Dita estrutura modular (1), apresenta formato prismático compreendendo encaixes para os elementos de uma mira optrônica. Essa peça inicialmente deverá ser fabricada por injeção de termoplástico, mas pode ser feita por outros métodos que usem um molde para criar o componente, como fundição, ou mesmo por manufatura aditiva ou ainda por usinagem (fresamento), por exemplo. Na superfície superior (2) são dispostas garras (11) para fixar e posicionar o divisor de feixes (22) e relevos (12), servindo como batentes para posicionar o divisor de feixes (22). Ademais, as garras (11) apresentam orifícios para se acoplar ao menos uma haste que fixa o divisor de feixes (22), pressionando o mesmo contra ao menos um anel de vedação montado imediatamente abaixo, na cavidade (13). Com isso as garras (11), a haste e o relevo (12) evitam o deslocamento do divisor de feixes (22) para que este fique imóvel em situações com impactos e movimentos bruscos. Ademais, a haste aplica uma pressão no divisor de feixes (22) para pressioná-lo contra ao menos um anel de vedação (não representado) instalado na cavidade (13), o qual serve como um sistema de vedação entre a estrutura modular (1). No centro da superfície superior (2) se dispõe ao menos uma cavidade (14) para o encaixe de diferentes tipos de lentes (3), especialmente lentes de plano convexo, biconvexo ou asféricas, bem como lentes côncavo-convexa, côncava, ou bicôncava que serão fixadas por pressão, com auxílio de materiais colantes ou ainda com elementos elásticos para pressionar a lente no interior da cavidade, como anéis de elastômero, por exemplo. Assim sendo, a geometria dessa cavidade (14) depende do formato da lente (3), e é disposta de modo a posicionar a lente (3) de forma a deixá-la alinhada com os demais elementos construtivos do objeto. No centro da parte interna da estrutura modular (1), encontra-se ao menos um suporte (15), com rebaixo (16) nas laterais das paredes internas, ambos inclinados entre 38° a 54°, preferencialmente a 40º, para poder encaixar os espelhos (4) da mira. Ditos espelhos (4) são fixados com resinas e/ou quaisquer materiais colantes e alinhados com o emissor de luz (6), para que a luz emitida seja refletida, sendo direcionada para o centro da lente (3) e chegue no divisor de feixes (22). Ainda, na parte interna, abaixo do suporte (15) em direção vertical inferior, encontra-se pelo menos uma articulação (17) para ser fixado o elemento de ajuste (5) do emissor de luz (6) via elementos de fixação (21). A parte externa da estrutura modular (1) apresenta ao menos um rebaixo (18) na parte superior para encaixe de ao menos um elemento de vedação (7), preferencialmente anéis o-ring, para realizar a vedação da estrutura modular (1) com o casco (9).
[036] Conforme representado na FIG. 5, com essa configuração, a estrutura modular (1) se torna independente da base (8) e do casco (9), podendo ser fixada por elementos de fixação, especialmente parafusos (10), via orifícios (19), presentes na superfície inferior (20), ou ainda por adesivos, termofusão ou enclausuramento entre as peças constituintes. Ou seja, uma mira reflex, mesmo que já contenha os elementos de suporte dos componentes óticos, ao utilizar a disposição proposta na presente invenção, apresenta a vantagem de que a carcaça tem uma grande liberdade de forma, pois precisa de apenas uma seção plana e furos para respectivos elementos de fixação para ser fixada.
[037] Com isso, a estrutura modular (1) apresenta maior facilidade de instalação e, consequentemente, de manutenção. Ademais, nota-se que todas as folgas de produção dos encaixes recaem somente na estrutura modular (1), aumentando a precisão dos encaixes. Com isso, a estrutura modular (1) torna todos os elementos ópticos das miras independentes da base (8) e casco (9) das miras, fazendo com que estas não tenham nenhuma ligação mecânica diretamente com os elementos ópticos da mira. Ademais, cabe destacar que a mira se torna paramétrica através da fixação por parafusos (6) entre a estrutura modular (1) e a base da mira (7), tornando as características ópticas também intercambiáveis conforme a necessidade em campo ou mesmo para manutenções e reparos no sistema, o que não é possível em miras convencionais sem perda de desempenho.
[038] Por fim, destaca-se a inovação pontual da solução descrita no presente relatório descritivo, em que ao dispor de uma peça (1) que torna independente o sistema óptico interno do sistema estrutural da mira. Essa característica, por si só, permite maior flexibilidade de design para o restante dos componentes, e ainda simplifica a montagem de precisão que é necessária aos elementos óticos. Assim sendo, reitera-se que esta disposição viabiliza trocas de manutenção e atualizações do sistema óptico da mira sem que se perca desempenho em relação ao produto idealizado. O invento também permite a troca do conjunto óptico em campo, uma vez que suas tolerâncias são todas ajustadas anteriormente à montagem na carcaça e base, tornando o sistema óptico independente das tolerâncias dos demais itens estruturais da mira.
[039] É importante salientar que as figuras e descrição realizadas não possuem o condão de limitar as formas de execução do conceito inventivo ora proposto, mas sim de ilustrar e tornar compreensíveis as inovações conceituais reveladas nesta solução. Desse modo, as descrições e imagens devem ser interpretadas de forma ilustrativa e não limitativa, podendo existir outras formas equivalentes ou análogas de implementação do conceito inventivo ora revelado e que não fujam do espectro de proteção delineado na solução proposta.
[040] Tratou-se no apresente relatório descritivo de uma peça auxiliar para servir de encaixe para todos os elementos necessários para compor uma mira reflex, sendo esta peça independente das já conhecidas base e carcaça das miras, dotado de novidade, atividade inventiva, suficiência descritiva, aplicação industrial e, consequentemente, revestido de todos os requisitos essenciais para a concessão do privilégio pleiteado.

Claims (13)

  1. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS que compreende espelho (4), lente (3), divisor de feixes (22), suporte do emissor de luz (6) caracterizado por compreender uma estrutura modular (1) dotada de ao menos uma cavidade (14) de encaixe das lentes (3), garras (11) e relevos (12) de posicionamento do divisor de feixes (22), articulação (17) do elemento de ajuste (5) e suporte do espelho (16); sendo que ditas garras (11) são dispostas na superfície superior da estrutura modular (1); e dita estrutura modular (1) compreende ao menos um suporte (15) disposto no centro em sua porção interna, cavidade (14) na sua superfície externa superior (2) e ao menos uma articulação (17) na porção interna.
  2. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender ao menos um rebaixo (18) com ao menos um elemento de vedação (7) envolvendo a parte externa da estrutura modular (1).
  3. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ditas garras (11) apresentarem orifícios de acoplamento de ao menos uma haste que fixa o divisor de feixes (22).
  4. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por dito divisor de feixes (22) serem acoplados às garras (11) por pressão contra ao menos um anel de vedação montado na cavidade (13).
  5. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por dita cavidade (14) ser destinada ao encaixe de diferentes tipos de lentes (3).
  6. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com as reivindicações 1 e 5, caracterizado por compreender lentes de plano convexo, biconvexo, asférico, côncavo-convexo, côncavo ou bicôncavo.
  7. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por dito suporte (15) apresentar rebaixos (16) nas laterais, ambos com a mesma inclinação de 38º a 54º para encaixe de ao menos um espelho (4).
  8. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por dita articulação (17) ser utilizada para a fixação do elemento de ajuste (5) do emissor de luz (6).
  9. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por dita articulação (17) ser encaixada no eixo acoplado da estrutura modular (1).
  10. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela estrutura modular (1) ser independente da base (8) e do casco (9) da mira.
  11. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela estrutura modular (1) apresentar formato prismático.
  12. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os elementos ópticos fixados na estrutura modular (1) também serem independentes da base (8) e do casco (9) da mira.
  13. DISPOSIÇÃO APLICADA A SUPORTE PARA ELEMENTOS ÓPTICOS DE MIRAS OPTRÔNICAS, de acordo com as reivindicações 1 e 12, caracterizado pelo fato da estrutura modular (1) ser fixada na base (8) da mira via elementos de fixação (10).
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