BR102018068525A2 - Motor turbina de ciclo brayton integrado de circuito fechado regenerativo para geração a partir de fonte heliotérmica ou termonuclear e processo de controle para o ciclo termodinâmico do motor - Google Patents

Motor turbina de ciclo brayton integrado de circuito fechado regenerativo para geração a partir de fonte heliotérmica ou termonuclear e processo de controle para o ciclo termodinâmico do motor Download PDF

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Vitor Hugo Iockheck
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Vitor Hugo Iockheck
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Abstract

refere-se a presente patente de invenção a um motor térmico tipo turbina de ciclo brayton integrado regenerativo para geração de energia a partir de fonte termonuclear, do calor do sol concentrado, ou através da energia, calor, armazenada em fluidos térmicos. mais especificamente, trata-se de um motor tipo turbina de ciclo brayton, do sistema termodinâmico fechado, com a regeneração do calor rejeitado pelo processo isobárico de compressão para uma unidade secundária que opera por meio de um processo isocórico de entrada de energia, um processo adiabático de trabalho e um processo isotérmico de compressão e rejeito de energia, gerando um novo motor integrado, regenerativo, do sistema termodinâmico fechado, com um ciclo termodinâmico resultante, composto por cinco processos, um processo isobárico de entrada de energia, um processo de expansão adiabático, um processo isobárico de compressão, um processo de compressão isotérmico de rejeito de energia e um processo isocórico de aquecimento regenerativo.

Description

MOTOR TURBINA DE CICLO BRAYTON INTEGRADO DE CIRCUITO FECHADO REGENERATIVO PARA GERAÇÃO A PARTIR DE FONTE HELIOTÉRMICA OU TERMONUCLEAR E PROCESSO DO CICLO TERMODINÂMICO DO MOTOR
CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO [001] Refere-se a presente patente de invenção a um motor térmico tipo turbina de ciclo Brayton integrado regenerativo (figura 9) para geração de energia a partir de fonte termonuclear, do calor do sol concentrado, ou através da energia, calor, armazenada em fluidos térmicos. Mais especificamente, trata-se de um motor tipo turbina de ciclo Brayton, do sistema termodinâmico fechado, com a regeneração do calor rejeitado pelo processo isobárico de compressão (69) para uma unidade secundária que opera por meio de um processo isocórico de entrada de energia (610), um processo adiabático de trabalho (68) e um processo isotérmico de compressão e rejeito de energia (66), gerando um novo motor integrado, regenerativo, do sistema termodinâmico fechado (figura 9), com um ciclo termodinâmico resultante, composto por cinco processos, um processo isobárico de entrada de energia (65) , um processo de expansão adiabático (68), um processo isobárico de compressão (69), um processo de compressão isotérmico de rejeito de energia (66) e um processo isocórico de aquecimento regenerativo (610).
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [002] A termodinâmica clássica define três conceitos de sistemas termodinâmicos, o sistema termodinâmico aberto, o sistema termodinâmico fechado e o sistema termodinâmico isolado. Estes três conceitos de sistemas termodinâmicos foram conceituados no século XIX nos primórdios da criação das leis da termodinâmica e fundamentam todos os ciclos motores conhecidos até o presente.
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2/21 [003] O sistema termodinâmico isolado é definido como um sistema no qual nem matéria, nem energia passa através dele. Portanto, este conceito de sistema termodinâmico não oferece propriedades que permitam o desenvolvimento de motores.
[004] O sistema termodinâmico aberto é definido como um sistema termodinâmico em que energia e matéria podem entrar e sair deste sistema. São exemplos de sistemas termodinâmicos aberto, os motores de combustão interna de ciclo Otto, de ciclo Atkinson, semelhante ao ciclo Otto, de ciclo Diesel, de ciclo Sabathe, semelhante ao ciclo Diesel, de ciclo Brayton de combustão interna, de ciclo Rankine com exaustão do vapor ao ambiente. As matérias que entram nestes sistemas são os combustíveis e oxigênio ou fluido de trabalho ou gás de trabalho. A energia que entra nestes sistemas é o calor. As matérias que saem destes sistemas são a exaustão da combustão ou do fluido de trabalho, gases e resíduos, as energias que saem destes sistemas são a energia mecânica de trabalho e parte do calor dissipado.
[005] O sistema termodinâmico fechado é definido como um sistema termodinâmico em que apenas a energia pode entrar e sair deste sistema. São exemplos de sistema termodinâmico fechado, motores de combustão externa como o de ciclo Stirling, de ciclo Ericsson, de ciclo Rankine com fluido de trabalho em circuito fechado, de ciclo Brayton de calor ou de combustão externa. A energia que entra neste sistema é o calor. As energias que saem deste sistema são a energia mecânica de trabalho e parte do calor dissipado, porém não sai matéria destes sistemas, como ocorre no sistema aberto.
[006] Ambos os sistemas, aberto e fechado, toda a massa do gás de trabalho é exposta à energia de entrada, calor ou combustão e toda ela também é exposta ao resfriamento ou arrefecimento, isto é, a massa do gás de trabalho é constante em seus processos e a diferença entre ambos é que no sistema aberto a massa de gás de trabalho atravessa o sistema, e no sistema fechado a massa permanece no sistema.
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O ESTADO ATUAL DA TÉCNICA [007] Os motores conhecidos atualmente são basicamente os motores de ciclo Rankine o mais antigo, ciclo Stirling, ciclo Otto, ciclo Brayton e ciclo Diesel. Existem outros, mas são basicamente versões destes. Foram inventados a maioria deles no século XIX e a partir dos seus inventos vem sendo aprimorados. No século XX surgiram alguns ciclos combinados. Os motores de ciclos combinados conhecidos até o presente foram inventados e projetados unindo-se no mesmo sistema dois conceitos de motores idealizados no século XIX, fundamentados em sistemas termodinâmicos aberto ou sistemas termodinâmicos fechado, os mais conhecidos são os ciclos combinados de um motor de ciclo Brayton com um motor de ciclo Rankine e o ciclo combinado de um motor de ciclo Diesel com um motor de ciclo Rankine.
[008] O conceito básico de um ciclo combinado é um sistema composto por um motor operante por meio de uma fonte de temperatura alta, de forma que o rejeito de calor deste motor é a energia que move um segundo motor que requeira uma temperatura mais baixa de operação, ambos formando um sistema combinado de conversão de energia térmica em energia mecânica para um mesmo fim comum.
[009] O estado atual da técnica revela ciclos combinados formados por um motor principal de ciclo Brayton que funciona com uma fonte principal com temperatura superior a 1000 oC e com gases de exaustão na faixa entre 600 oC e 700 oC e estes gases por sua vez são canalizados para alimentar outro motor de ciclo Rankine, geralmente “Rankine orgânico” (ORC). O ciclo Rankine convencional tem como fluido de trabalho a água, o ciclo Rankine orgânico utiliza fluidos orgânicos, estes são mais adequados para projetos em temperaturas menores que os projetos com o ciclo Rankine convencional, portanto normalmente são utilizados nos ciclos combinados.
[010] Algumas das principais desvantagens dos ciclos combinados atuais,
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4/21 considerando a segunda máquina um motor de ciclo Rankine ou Rankine orgânico são a troca do estado físico do fluido de trabalho, isto é, há uma fase líquida exigida pelos processos do ciclo termodinâmico que deve ser controlada, e a energia do aquecimento da fase líquida e da fase latente de troca de estado não podem ser convertidas em energia útil de trabalho, são perdas impostas pelo conceito Rankine. Este sistema exige itens do motor que implicam em mais processos, mais peso, mais controle e mais perdas, são necessários reservatórios do líquido, reservatório para geração de vapor, trocador do tipo resfriador para condensação, reservatório para condensação, bomba para vazão do fluido no estado líquido, válvulas de controle dos processos de estado líquido e gasoso. Este conjunto de particularidades implicam em peso adicional, volume adicional, perdas térmicas adicionais, redução da eficiência global e por consequência, índices de poluição maiores, custos de implementação maiores e menores índices de sustentabilidade nestes projetos.
[011] Atualmente existem alguns motores integrados, inventados recentemente, um motor tipo turbina a gás de combustão interna com um motor a pistões do sistema fechado, um motor de combustão interna de ciclo Diesel com um motor a pistões do sistema fechado e um motor de combustão interna de ciclo Otto com um motor a pistões do sistema fechado.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO [012] Os grandes problemas do estado da técnica, especificamente quanto aos ciclos conhecidos, sistemas de cogeração e ciclos combinados se encontram na eficiência limitada. A tecnologia mais próxima à deste invento, é o motor turbina de ciclo Brayton de combustão interna, isto é, é um motor integrado de ciclo Brayton, porém pertencente ao sistema termodinâmico aberto, é um motor que necessita de um combustível refinado, como por exemplo, querosene, óleo, gás, e este combustível é injetado no interior da câmara de combustão e após passar pela turbina, os gases resultantes da
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5/21 combustão são despejados na atmosfera. Outra tecnologia com alguma semelhança, é o ciclo combinado de uma turbina Brayton com uma máquina Rankine, e a unidade Rankine por sua vez impõem muitas perdas com condensação, troca do estado físico do fluido de trabalho, bombeamento do líquido para o tanque de vapor, nova troca de estado físico, calor latente, estas propriedades exigem energia que não se converterá em energia mecânica.
[013] O objetivo da invenção se concentra em eliminar alguns dos problemas existentes, minimizar outros problemas e oferecer novas possibilidades, para alcançar estes objetivos, objetivos de melhorar a eficiência, um novo conceito de motores térmicos passou a mostrar vantagens substanciais. Um novo conceito, um passo que evoluiu do ciclo combinado para o ciclo integrado, isto é, não teremos mais um ciclo de uma unidade cujo rejeito de calor deste passa a alimentar outra unidade independente, agora temos um ciclo plenamente integrado a outro onde o processo de transferência de energia passa a ser conceituado como regeneração que interliga duas unidades formando uma nova unidade integrada mecanicamente e termodinamicamente de forma a termos um ciclo resultante único.
[014] Outro objetivo desta invenção se encontra em um novo conceito de motor tipo turbina que pode ser empregado para gerar força mecânica de pequena a alta potência a partir de fontes de calor que dispensam a combustão, por exemplo, a fonte heliotérmica, utilizando o calor do sol concentrado ou armazenado em um fluido térmico, ou ainda para gerar força mecânica a partir de uma fonte termonuclear, podendo ser empregado na geração de energia, inclusive para aplicações espaciais, em sondas, naves e estações espaciais.
[015] Este novo conceito apresenta comprovadamente melhor eficiência teórica que qualquer outro ciclo conhecido, seja ele independente, como o Otto, Diesel, Stirling, Brayton e Rankine, como também qualquer outro ciclo combinado conhecido, como o Diesel com o Rankine e Brayton com o Rankine ou Rankine orgânico. As demonstrações destas vantagens se encontram nas
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6/21 equações apresentadas no texto desta patente.
[016] Portanto o objetivo é apresentar um conceito de uma nova tecnologia de motor térmico que ofereça mais eficiência na conversão e geração de energia comparando-se às tecnologias convencionais a partir de fontes térmicas sem combustão.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [017] Os motores de ciclos integrados, diferente dos combinados, são caracterizados por constituírem um único motor formado por duas unidades e com um único ciclo termodinâmico resultante.
[018] O conceito presente considera uma unidade tipo turbina de ciclo Brayton a gás em circuito fechado integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões, formando uma unidade integrada mecanicamente, cujo processo entre as unidades seja de regeneração total da energia e com entrada de energia por meio de uma fonte de calor heliotérmica, termonuclear ou outra por um processo isobárico na unidade tipo turbina, e o rejeito de calor na unidade por pistões por um processo isotérmico de compressão.
[019] A presente invenção trás evoluções importantes para a conversão de energia térmica em mecânica pelo conceito da integração mecânica e termodinâmica formando um novo ciclo resultante. A figura 3 mostra o detalhe da regeneração total entre a unidade principal com a unidade secundária sendo que toda a energia de entrada entra na unidade principal e todo o calor descartado, é descartado teoricamente e integralmente pela unidade secundária. A figura 9 mostra como a unidade principal é conectada na unidade secundária e a figura 11 mostra o ciclo termodinâmico resultante desta integração. A figura 17 mostra um modelo construtivo completo do motor plenamente integrado. Algumas das principais vantagens do invento deste motor de ciclo Brayton a gás em circuito fechado integrado que podem ser
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7/21 constatadas são a inexistência de elementos de troca de fase física do fluido de trabalho e suas perdas associadas, a inexistência de elementos de condensação e de vaporização, portanto a inexistência também de perdas associadas ao calor latente do fluido de trabalho, a inexistência de circuitos, bombas, elementos de controle destinados aos processos de troca de fase física do fluido e suas perdas associadas, itens estes presentes nos ciclos combinados do atual estado da técnica. Portanto, entre outras, a inovação apresentada com este invento é expressiva.
[020] O motor térmico de ciclo Brayton a gás em circuito fechado tipo turbina integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões, pode ser construído com materiais e técnicas semelhantes aos motores de ciclo Brayton convencionais e com técnicas amplamente conhecidas, oferecendo viabilidades para seu desenvolvimento, construção e aplicação prática.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [021] As figuras anexas demonstram as principais características e propriedades do novo conceito de um motor térmico tipo turbina a gás em circuito fechado integrado a uma unidade secundária de gás a circuito fechado a pistões, formando uma unidade integrada mecanicamente e termodinamicamente com um ciclo termodinâmico resultante de cinco processos, um processo isobárico de entrada de energia, um processo adiabático de expansão, um processo isobárico de compressão regenerativo, um processo isotérmico de compressão e rejeito de calor e um processo isocórico regenerativo, sendo representadas conforme segue abaixo:
A figura 1 mostra o ciclo termodinâmico da unidade principal de ciclo Brayton à gás em circuito fechado tipo turbina com a energia entrando por um processo isobárico (11) e a parte não utilizada, é rejeitada por outro processo isobárico (12);
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A figura 2 mostra a energia de entrada (13) e mostra o detalhe da linha isotérmica (15) entre os pontos (1) e (3) do ciclo termodinâmico da unidade principal a qual é necessária para gerar a regeneração que permite a formação do ciclo termodinâmico de cinco processos e a saída do calor não utilizado (14);
A figura 3 mostra detalhes de como é formado o ciclo integrado, a entrada de energia (21), o fluxo de energia (22) da regeneração do processo isobárico de compressão da unidade principal tipo turbina para o processo isocórico da unidade secundária a pistões e o descarte da energia não utilizada (23);
A figura 4 mostra na área hachurrada o trabalho acrescido ao ciclo do motor tipo turbina pelo motor a pistões;
As figuras 5 e 6 mostram como o ciclo termodinâmico começa a ser integrado;
As figuras 7 e 8 mostram como o ciclo termodinâmico da unidade a pistões se encaixa no ciclo termodinâmico da unidade por turbina para formar o motor integrado, a energia regenerada (41), o descarte final da energia não utilizada pelo motor integrado (42). A energia da unidade principal do processo isobárico (3-4) é indicada por (413) e o resfriamento ocorre pelo fluxo de um fluido de resfriamento com a entrada indicada por (414) e a saída por (52);
A figura 9 mostra o diagrama completo do motor integrado composto por uma unidade principal a gás em circuito fechado tipo turbina e uma unidade secundária a pistões interligados por um regenerador;
A figura 10 mostra de forma mais clara a integração do ciclo termodinâmico da unidade principal tipo turbina com um trabalho líquido mostrado pela região (63) do gráfico, integrada ao trabalho líquido mostrado pela região (64) da unidade secundária a pistões formando um novo ciclo
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9/21 resultante mostrado na figura 11 com um trabalho líquido mostrado pela região (67) do gráfico;
A figura 12 mostra o diagrama do motor integrado formado pela unidade principal tipo turbina com a unidade secundária a pistões com o detalhe do fluxo de energia e gás (71) do processo isocórico da unidade a pistões indicando a atuação da válvula V1 no processo isocórico de aquecimento;
A figura 13 mostra o diagrama do motor integrado formado pela unidade principal tipo turbina com a unidade secundária a pistões com o detalhe do gás em um processo adiabático de expansão da unidade a pistões indicando que o gás de trabalho permanece confinado adiabaticamente, na câmara (81) no interior do cilindro (46) pelos bloqueios das válvulas V1, V2 e V3 no processo adiabático de expansão e trabalho;
A figura 14 mostra o diagrama do motor integrado formado pela unidade principal tipo turbina com a unidade secundária a pistões, com o detalhe do fluxo de energia e gás (91) e (92) do processo isotérmico de compressão da unidade a pistões indicando a atuação da válvula V2, V3 e do turbo compressor (47) no processo isotérmico de compressão e rejeito de calor;
A figura 15 mostra o diagrama do motor integrado, formado pela unidade principal tipo turbina com a unidade secundária a pistões, novamente no estado inicial do seu respectivo ciclo de entrada da energia regenerada por um processo isocórico com o fluxo do gás indicado por (101);
A figura 16 mostra o diagrama do motor integrado formado pela unidade principal tipo turbina com a unidade secundária a pistões com o detalhe do acoplamento das forças mecânicas de ambas as unidades por meio da caixa de velocidades (111);
A figura 17 mostra um desenho de um modelo construtivo de um motor integrado, constituído por uma unidade principal a gás em circuito fechado tipo
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10/21 turbina com uma unidade secundária a pistões;
A figura 18 mostra um gráfico (135) de eficiência comparando a eficiência do motor de ciclo Brayton a gás em circuito fechado integrado a uma unidade a pistões (131), comparando com um ciclo Brayton ideal (132) e um ciclo Brayton regenerativo ideal (133);
A figura 19 mostra o diagrama mecânico de um motor de ciclo Brayton a gás em circuito fechado regenerativo;
A figura 20 mostra um exemplo de aplicação do motor integrado constituído por uma unidade principal de ciclo Brayton tipo turbina com uma unidade secundária a pistões para geração de energia elétrica;
DESCRIÇÃO DETALHADA DO INVENTO [022] O entendimento do conceito do motor tipo turbina de circuito fechado integrado, formado por uma unidade principal tipo turbina de ciclo Brayton e uma unidade secundária por pistões, exige a análise inicialmente do ciclo da unidade tipo turbina mostrado na figura 1. Para configurar um motor integrado com um ciclo termodinâmico resultante de cinco processos é necessário que a unidade tipo turbina seja configurada ou projetada com parâmetros tal que a temperatura T4 seja igual à temperatura fria Tf e a temperatura T1 seja próxima à temperatura final do processo de expansão adiabático T3, de forma a termos uma linha isotérmica entre a temperatura T3 e T1 mostrada por (15) na figura 2. Esta exigência fica bem evidente uma vez que desejamos regenerar teoricamente toda a energia indicada por (14) do processo de compressão isobárico (3-4), figura 2, para a unidade a pistões, recuperando esta energia no processo isocórico (5-1) de aquecimento desta unidade a pistões, mostrado na figura 3. Então conforme mostrado na figura 3, teremos a energia (22) teoricamente totalmente regenerada da unidade por turbina para a unidade a pistões onde a temperatura T5 do processo isocórico da unidade a pistões é
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11/21 igual à temperatura Tf do segmento de menor temperatura do regenerador e a temperatura T1 do processo isocórico da unidade a pistões é igual à temperatura T3 do segmento de maior temperatura do regenerador.
[023] A figura 4 mostra o resultado da integração do ciclo da unidade principal tipo turbina com gás em circuito fechado com o ciclo da unidade secundária por pistões e dois ciclos distintos, um de quatro processos termodinâmicos e outros de três processos termodinâmicos passam a ter uma configuração e um comportamento de um único ciclo de cinco processos, um isobárico de expansão (1-2) de entrada de energia, um adiabático de expansão (2-3), um isobárico de compressão regenerativo (3-4), um isotérmico de compressão e rejeito de calor (4-5) e um isocórico regenerativo (5-1).
[024] As figuras 5 e 6 mostram respectivamente o ciclo termodinâmico e o modelo mecânico da unidade principal tipo turbina. A energia de entrada de uma fonte heliotérmica ou termonuclear (31) executa o processo isobárico (1-2) no interior da câmara de entrada de energia (34). Na sequência conforme o fluxo de energia, ocorre o processo de expansão adiabática na turbina (35), esta turbina atua girando o eixo (37). Na sequência ocorre o processo de compressão isobárico (3-4), quando o calor não convertido em trabalho (32) é rejeitado ao ambiente. Na sequência ocorre o processo adiabático de compressão (4-1) quando o gás da câmara de compressão isobárica (33) é aspirado e comprimido pelo rotor do compressor (36) para o interior da câmara de aquecimento isobárica (34).
[025] As figuras 7 e 8 mostram respectivamente o ciclo termodinâmico e o modelo mecânico da unidade secundária por pistões com gás em circuito fechado. A energia indicada por (41) do regenerador (33) promove o processo isocórico de aquecimento (5-1) com o movimento a volume constante dos pistões dos cilindros (45) e (46). Na sequência ocorre o processo adiabático de expansão (1-4) com a expansão do gás movimentando o pistão do cilindro (46) gerando força mecânica nos elementos de força motriz (412). Na sequência
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12/21 ocorre o processo isotérmico de compressão e rejeito de calor (4-5) com o gás sendo comprimido pelo pistão do cilindro (46) forçando o gás a passar pelo trocador isotérmico (44) movendo o pistão do cilindro (45) e este processo ocorre com o auxílio do turbo compressor (47) movido eletricamente pelo motor elétrico (48).
[026] A figura 9 mostra o motor turbina de ciclo Brayton regenerativo, formado por uma unidade principal tipo turbina (53) de circuito fechado e uma unidade secundária por pistões (54) e seus elementos fundamentais, é um motor constituído pela integração de uma unidade tipo turbina (53), que não exige combustão, alimentada por uma fonte de calor, termosolar ou termonuclear, ou uma fonte de calor qualquer, com uma unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) alimentado por um processo regenerativo, sendo que a unidade tipo turbina é alimentada por combustão externa ou fonte de calor (31) contendo uma câmara de troca de calor, entrada de energia, (34), a qual expande o gás aquecido pela fonte quente em processo isobárico atuando sobre o rotor da turbina (35) em processo adiabático de expansão acionando o eixo (37) que por sua vez produz trabalho útil e atua no rotor do compressor (36) em processo adiabático de compressão que aspira o gás de trabalho do circuito fechado a partir do trocador isocórico (33) para o interior da câmara de entrada de energia (34), e o fluxo de gás (32) de saída da turbina (35) alimenta, transfere a energia ao regenerador que é um trocador de calor isocórico (33), e o trocador de calor isocórico (33) responsável pela regeneração, alimenta a unidade a pistões (54) por meio de um processo isocórico atuando nos cilindros de deslocamento de gás (45) o qual é auxiliar dos processos isocórico e isotérmico, e de força mecânica do cilindro (46) responsável pelo trabalho útil que através de um sensor de posição angular dinâmico chamado de encoder (55) fixado no eixo dos elementos de força mecânica (412) e uma unidade de controle eletrônico ou mecânico (56) atua nas válvulas ou conjunto de válvulas V1 (49), V2 (410) e V3 (411) e controlam os processos termodinâmicos da unidade a pistões (54) e de forma que o processo isotérmico da unidade a
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13/21 pistões ocorre pelo rejeito de calor em um trocador isotérmico (44) com o auxílio de um compressor ou circulador de gás formado por um rotor (47) e um motor elétrico (48) e o resultado do processo é a força mecânica no eixo que interliga os elementos de força (412), caracterizando o motor integrado por uma unidade tipo turbina (53) alimentado por combustão externa ou calor, com uma unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) alimentado por um processo regenerativo.
[027] As figuras 10 e 11 mostram graficamente todos os processos que formam o ciclo termodinâmico do motor tipo turbina de ciclo Brayton integrado com seu modelo mecânico mostrado na figura 9, formado por uma unidade tipo turbina (53) com gás em circuito fechado e uma unidade a pistões, também com gás em circuito fechado (54). O motor possui um ciclo termodinâmico cujos fenômenos são gerados a partir de uma fonte térmica, calor do sol, fonte termonuclear ou massa de fluidos quentes (61) a qual produz a expansão do gás na câmara de troca de calor, entrada de energia, (34) da unidade tipo turbina (53) e que gera o processo de entrada de energia do ciclo termodinâmico com uma expansão isobárica (1-2), onde o gás aumenta a temperatura com a pressão constante Ph de T1 para Tq, após o processo de expansão isobárico (1-2) ocorre o processo de expansão adiabático (2-3) no rotor de turbina (35) onde o gás reduz a temperatura de Tq para T3 e reduz a pressão de Ph para PL, após o processo de expansão adiabático (2-3) ocorre o processo regenerativo de compressão isobárico (3-4) com a transferência de energia com pressão constante PL para o trocador de calor, regenerador isocórico (33), e o gás de trabalho na temperatura Tf é novamente aspirado pelo compressor (36), após o processo de compressão isobárico (3-4) ocorre o processo de compressão adiabático (4-1) no rotor do compressor (36) onde o gás aumenta a temperatura de Tf para T1 e pressão de PL para Ph, finalizando os processos na unidade Brayton tipo turbina (53) e estes quatro processos (1-
2), (2-3), (3-4) e (4-1) ocorrem em uma ordem de acordo com o fluxo de energia, porém todos ocorrem simultaneamente no domínio do tempo, e a
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14/21 partir do processo de compressão isobárico regenerativo (3-4) com o fluxo de gás quente (32) transferindo sua energia ao regenerador (33) ocorre simultaneamente a este, o processo isocórico de aquecimento (5-1) da unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) onde o gás em volume constante V1 com o movimento simultâneo dos pistões dos cilindros (45) e (46) passando o gás pelo regenerador (33) onde o gás aumenta a sua temperatura de Tf para T1 e aumenta a pressão de P5 para Ph, após o processo de aquecimento isocórico (5-1) ocorre o processo de expansão adiabático (1-4) no cilindro de força mecânica (46) onde este se move a partir do volume V1 para o volume V4 com a expansão do gás produzindo força mecânica nos elementos de força motriz (412), e neste processo o gás reduz a temperatura de T1 para Tf e reduz a pressão de Ph para PL, após o processo de expansão adiabático (1 -4) ocorre por meio da energia cinética armazenada nos eixos e elementos de força motriz (412), o processo de compressão e rejeito de calor (62) isotérmico (4-5) finalizando os processos na unidade a pistões (54) com gás em circuito fechado e estes três processos (5-1), (1-4), e (4-5) ocorrem em uma ordem sequencial no domínio do tempo finalizando os processos que formam o ciclo termodinâmico do motor térmico tipo turbina de ciclo Brayton regenerativo integrado a uma unidade com pistões com gás em circuito fechado de forma a caracterizar uma nova máquina complexa com duas unidades integradas que no conjunto opera mediante um ciclo (611) formado por cinco processos termodinâmicos, por um processo de entrada de energia isobárico (1-2) a partir de uma fonte de calor (65), um processo de expansão adiabático (2-3) com realização de trabalho (68), um processo de compressão isobárico (3-4) regenerativo (69), um processo de rejeito de calor por compressão isotérmica (4-5), (66), e um processo de aquecimento isocórico (5-1), (610) regenerado pelo processo isobárico (3-4) de forma que o motor de ciclo Brayton integrado realiza o trabalho líquido (67) resultante da soma de todos os processos que formam o ciclo termodinâmico.
[028] A tabela 1 mostra os quatro processos (1-2, 2-3, 3-4, 4-1) que formam o
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15/21 ciclo parcial do motor da unidade tipo turbina, mostrados passo a passo, com dois processos isobáricos e dois processos adiabáticos.
Tabela 1
Passo Processo Unidade de ciclo Brayton
1 1-2 Isobárico de expansão Entrada de energia
2 2-3 Adiabático de expansão
3 3-4 Isobárico de compressão Regeneração de energia Energia transferida por regeneração
4 4-1 Adiabático de compressão
[029] A tabela 2 mostra os três processos (5-1, 1-4, 4-5) que formam o ciclo da unidade a pistões de circuito fechado mostrados passo a passo, com um processo isocórico de entrada de energia, um processo adiabático de trabalho útil e um processo isotérmico de compressão e rejeito de calor.
Tabela 2
Passo Processo Unidade a pistões de circuito fechado
1 5-1 Isocórico de aquecimento Entrada de energia Regeneração
2 1-4 Adiabático de expansão
3 4-5 Isotérmico de compressão Rejeito de calor
[030] A tabela 3 mostra os cinco processos (1-2, 2-3, 3-4, 4-5, 5-1) que formam o ciclo termodinâmico resultante do motor tipo turbina de ciclo Brayton integrado, formado por uma unidade tipo turbina de circuito fechado integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões, formando uma unidade integrada mecanicamente e termodinamicamente com entrada de energia por meio de uma fonte de calor, heliotérmica, termonuclear, ou outra, em um processo de expansão isobárico, e o rejeito de calor por um processo de compressão isotérmico.
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Tabela 3
Passo Processo Unidade integrada
1 1-2 Isobárico de expansão Entrada de energia
2 2-3 Adiabático de expansão
3 3-4 Isobárico de compressão Regeneração de energia Energia transferida ao regenerador
4 4-5 Isotérmico de compressão Rejeito de calor
5 5-1 Isocórico de aquecimento Regeneração de energia Energia devolvida pelo regenerador
[031] Todos os processos que formam o ciclo termodinâmico do motor integrado podem ser demonstrados por meio de equações matemáticas. A energia de entrada do motor térmico tipo turbina integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões ocorre por meio de um processo isobárico, e a energia de entrada na câmara (34) produz um acréscimo da energia a partir do ponto (1), figura 10, do processo isobárico (1-2) de expansão e aquecimento representado pela expressão (a).
r η.γ-R (π / X [032] Na equação (a), (Q) representa a energia total de entrada no sistema, em “Joule”, (n) representa o número de mol pertencendo à unidade tipo turbina, (R) representa a constante universal dos gases perfeitos, (Tq) representa a temperatura máxima do gás em “Kelvin” no ponto (2) do processo, figura 10, (Ti) representa a temperatura no ponto (1) inicial do processo isobárico, figura 10, e (y) representa o coeficiente de expansão adiabático.
[033] O processo subsequente do ciclo é um processo de expansão adiabático (2-3), é um processo de trabalho da turbina (35) e é representada pela expressão (b).
^2_3= fl_T).(T3-Tq) (b)
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17/21 [034] O processo subsequente do ciclo é um processo de compressão isobárico regenerativo (3-4), figura 10, onde o gás da unidade tipo turbina transfere sua energia a um regenerador, trocador de calor isocórico (33) e é representada pela expressão (c).
r _ η.γ-R (π / >
reg - (y-1-. Uf 7 3) (c) [035] Na equação (c), (Qreg) representa a energia total transferida ao regenerador pelo processo isobárico (3-4), em “Joule”, esta energia alimentará a unidade a pistões.
[036] O processo subsequente do ciclo é um processo de compressão adiabático (4-1), figura 10, onde o compressor (36) da unidade tipo turbina leva o gás à pressão (Ph) e temperatura (T1) e é representado pela expressão (d).
W4_i=(^1-y(Ti-Tf) (d) [037] Os processos da unidade tipo turbina ocorrem em uma ordem de fluxo de energia, porém ocorrem simultaneamente no domínio do tempo.
[038] O processo que alimenta a unidade a pistões de circuito fechado é um processo isocórico (5-1) e é o processo regenerativo do processo isobárico (34) da unidade tipo turbina, este processo foi definido pela expressão (c) por (Qreg). Na unidade a pistões é representado pela expressão (e).
f) — np.R fp _ J1 \ (a\
V5_1 - _1-.(11 lf- (e) [039] Considerando que o número de mol de gás da unidade a pistões seja definido como (np), para haver uma equalização da regeneração as equações (c) e (e) devem ser iguais, desta forma o número de mol de gás da unidade a pistões deverá ser (ηρ=γ.η), portanto a equação do processo isocórico compensado passará a ser definida pela expressão (f).
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Qs-1
y.n.R (Y-1) . (T1 - Tf) (f) [040] Com o número de mol da unidade a pistões compensado, o processo de expansão adiabático (1-4) da unidade a pistões será representado pela expressão (g).
W _ y.n.R ,-rp _ τ \ W1-4 - (γ-ι^·(11 V) (g) [041] O processo de rejeito de calor da unidade a pistões é um processo isotérmico (4-5) e com o número de mol compensado, este processo de compressão isotérmico e rejeito de calor será representado de forma aproximada pela expressão (h).
W^-Y.n.R.Tf.ln^) (h) [042] O trabalho útil total do motor térmico tipo turbina integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões é representado graficamente pela área hachurada, indicada por (67) da figura 11, é a diferença entre a entrada e a saída da energia e é representado aproximadamente pela expressão (i) abaixo.
W, - ——.(Ta - Ti) - v.n.R.Tf.ln(—') (i) U (y-1) H 1 1 f [043] Desta forma a eficiência do motor térmico tipo turbina de circuito fechado integrado a uma unidade secundária de circuito fechado a pistões é representado aproximadamente pela expressão (j).
η- 1--(Tq~T1) (j) [044] As equações de (a) a (j) demonstram matematicamente todos os processos que formam o ciclo termodinâmico do motor, o trabalho útil e a eficiência. Estas equações demonstram matematicamente como os fenômenos
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19/21 ocorrem, sua origem por meio da fonte de calor, cada um dos processos decorrentes, o trabalho útil resultante e a energia não utilizada na conversão do trabalho rejeitada ao ambiente.
[045] O motor integrado formado por uma unidade tipo turbina com gás em circuito fechado e uma unidade a pistões com gás em circuito fechado constitui uma única máquina plenamente integrada, porém como pelas características próprias, a unidade a turbina opera em alta rotação e a unidade a pistões opera em rotações menores, desta forma há um acoplamento entre os eixos por meio de um multiplicador de velocidades mostrado no desenho da figura 16 onde o eixo (37) da unidade tipo turbina (113) se interliga ao eixo dos elementos de força mecânica (412) da unidade a pistões (114) por um multiplicador, caixa de velocidades indicada por (111) com uma saída de força mecânica única no eixo (112) da figura 16.
[046] Um modelo construtivo do motor integrado formado por uma unidade tipo turbina e uma unidade a pistões com gás em circuito fechado e seus principais elementos é mostrado na figura 17. A unidade tipo turbina mostrado na figura 17 tem a entrada de energia, neste exemplo, por fluido térmico com entrada indicada por (1221) e a saída por (1222), tem um canal (128) de retorno do gás à entrada no compressor indicado por (121), onde o gás é aspirado pelos rotores do compressor (122,) o gás entra na câmara do processo de aquecimento isobárico (124) pelo canal (123), e na saída da câmara de aquecimento (125) o gás sob alta pressão e temperatura atua sobre os rotores da turbina (126) com a saída do gás com menor pressão e temperatura passando pelo canal (127) entrando no regenerador (129) e o gás é conduzido para o canal (128) para novo ciclo, estando então em temperatura baixa. O regenerador (129) alimenta o processo isocórico da unidade a pistões através do deslocamento do pistão do cilindro (1213) que empurra o gás interno para o cilindro (1216) pelo conjunto de válvulas (1214), o cilindro de força mecânica (1216) se move com a expansão do gás realizando um
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20/21 processo adiabático movimentando o eixo, virabrequim (1212) no interior da carcaça (1211), que por sua vez juntamente com o eixo da unidade tipo turbina transmite a potência mecânica ao eixo de saída (1219). Uma caixa de velocidade (1210) acopla a força mecânica da unidade tipo turbina com a unidade por pistões. Um compressor de acionamento elétrico (1215) realiza a circulação do gás de trabalho da unidade por pistões pelo trocador isotérmico (1217) para o processo de compressão e rejeito de calor isotérmico e o trocador isotérmico de rejeito de calor (1217) possui respectivamente uma entrada (1218) e uma saída (1220) de fluido de resfriamento.
[047] A figura 18 mostra um gráfico (135) da eficiência dos motores turbina de ciclo Brayton convencional (132), de ciclo Brayton com regenerador (133) e de ciclo Brayton integrado regenerativo (131). O motor turbina de ciclo Brayton integrado regenerativo apresenta melhor eficiência em toda a faixa de aplicações práticas das turbinas (134) que geralmente são projetadas para operarem em uma razão de (rp) de 5 até 20 e conforme aumenta o (rp), aumenta também a eficiência do motor integrado, além de tudo, sob mesmas condições de projeto, dimensões, pressões, tipo de gás, o motor de ciclo Brayton integrado executa mais trabalho que os motores de ciclo Brayton regenerativo e convencionais. A figura 19 mostra o modelo representativo de um motor de ciclo Brayton regenerativo (136), com a câmara de entrada de energia (137), a turbina (139), o trocador de calor regenerador (138), o trocador de calor do processo de compressão e resfriamento isobárico (1311) e o compressor (1310).
EXEMPLOS DE APLICAÇÕES [048] Motores integrados formado por uma unidade tipo turbina de circuito fechado e uma unidade a pistões com gás em circuito fechado possuem aplicações importantes, a mais evidente seria para gerar energia a partir de fontes térmicas sem combustão, como o calor do sol, calor de fontes termonucleares ou outra fonte de calor, mostrado na figura 20, pois tem como
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21/21 benefício direto a sua capacidade de converter maior quantidade de energia em trabalho a partir de fonte heliotérmica ou termonuclear, em se comparando com quaisquer das tecnologias conhecidas. Este motor integrado possui uma eficiência teórica superior aos conhecidos motores de ciclo Diesel, ciclo Brayton, ciclo Brayton regenerativo, ciclo Rankine e os ciclos combinados destes conforme demonstrado pelas equações apresentadas e pela equação (j) da eficiência e pelo gráfico (135). A figura 20 mostra uma aplicação do motor onde o motor (141) atua sobre um gerador de eletricidade (142).

Claims (3)

REIVINDICAÇÕES
1) MOTOR TURBINA DE CICLO BRAYTON INTEGRADO DE CIRCUITO FECHADO REGENERATIVO, caracterizado por ser constituído pela integração de uma unidade tipo turbina (53) alimentada por uma fonte de calor externa, calor do sol, ou termonuclear, ou fonte de calor qualquer, com uma unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) alimentado por um processo regenerativo, sendo que a unidade tipo turbina é alimentada por combustão externa ou fonte de calor (31) contendo uma câmara de troca de calor, entrada de energia, (34), a qual expande o gás aquecido pela fonte quente em processo isobárico atuando sobre o rotor da turbina (35) em processo adiabático de expansão acionando o eixo (37) que por sua vez produz trabalho útil e atua no rotor do compressor (36) em processo adiabático de compressão que aspira o gás de trabalho do circuito fechado a partir do trocador isocórico (33) para o interior da câmara de entrada de energia (34), e o fluxo de gás (32) de saída da turbina (35) alimenta, transfere a energia ao regenerador que é um trocador de calor isocórico (33), e o trocador de calor isocórico (33) responsável pela regeneração, alimenta a unidade a pistões (54) por meio de um processo isocórico atuando nos cilindros de deslocamento de gás (45) o qual é auxiliar dos processos isocórico e isotérmico, e de força mecânica do cilindro (46) responsável pelo trabalho útil que através de um sensor de posição angular dinâmico chamado de encoder (55) fixado no eixo dos elementos de força mecânica (412) e uma unidade de controle eletrônico ou mecânico (56) atua nas válvulas ou conjunto de válvulas V1 (49), V2 (410) e V3 (411) e controlam os processos termodinâmicos da unidade a pistões (54) e de forma que o processo isotérmico da unidade a pistões ocorre pelo rejeito de calor em um trocador isotérmico (44) com o auxílio de um compressor ou circulador de gás formado por um rotor (47) e um motor elétrico (48) e o resultado do processo é a força mecânica no eixo que interliga os elementos de força (412), caracterizando o motor integrado por uma unidade tipo turbina (53)
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2) PROCESSO TERMODINÂMICO DO MOTOR TURBINA DE CICLO BRAYTON INTEGRADO, caracterizado por processos termodinâmicos que geram um ciclo termodinâmico cujos fenômenos são gerados a partir de uma fonte térmica, calor do sol, fonte termonuclear ou massa de fluidos quentes (61) a qual produz a expansão do gás na câmara de troca de calor, entrada de energia, (34) da unidade tipo turbina (53) e que gera o processo de entrada de energia do ciclo termodinâmico com uma expansão isobárica (1-2), onde o gás aumenta a temperatura com a pressão constante Ph de T1 para Tq, após o processo de expansão isobárico (1-2) ocorre o processo de expansão adiabático (2-3) no rotor de turbina (35) onde o gás reduz a temperatura de Tq para T3 e reduz a pressão de Ph para PL, após o processo de expansão adiabático (2-3) ocorre o processo regenerativo de compressão isobárico (3-4) com a transferência de energia com pressão constante PL para o trocador de calor, regenerador isocórico (33), e o gás de trabalho na temperatura Tf é novamente aspirado pelo compressor (36), após o processo de compressão isobárico (3-4) ocorre o processo de compressão adiabático (4-1) no rotor do compressor (36) onde o gás aumenta a temperatura de Tf para T1 e pressão de PL para Ph, finalizando os processos na unidade Brayton tipo turbina (53) e estes quatro processos (1-2), (2-3), (3-4) e (4-1) ocorrem em uma ordem de acordo com o fluxo de energia porém todos ocorrem simultaneamente no domínio do tempo, e a partir do processo de compressão isobárico regenerativo (3-4) com o fluxo de gás quente (32) transferindo sua energia ao regenerador (33) ocorre simultaneamente a este, o processo isocórico de aquecimento (5-1) da unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) onde o gás em volume constante V1 com o movimento simultâneo dos pistões dos cilindros (45) e (46) passando o gás pelo regenerador (33) onde o gás aumenta a sua temperatura de Tf para T1 e aumenta a pressão de P5 para Ph, após o processo de aquecimento isocórico (5-1) ocorre o processo de expansão
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3/3 adiabático (1-4) no cilindro de força mecânica (46) onde este se move a partir do volume V1 para o volume V4 com a expansão do gás produzindo força mecânica nos elementos de força motriz (412), e neste processo o gás reduz a temperatura de T1 para Tf e reduz a pressão de Ph para PL, após o processo de expansão adiabático (1-4) ocorre por meio da energia cinética armazenada nos eixos e elementos de força motriz (412), o processo de compressão e rejeito de calor (62) isotérmico (4-5) finalizando os processos na unidade a pistões (54) com gás em circuito fechado e estes três processos (5-1), (1-4), e (4-5) ocorrem em uma ordem sequencial no domínio do tempo finalizando os processos que formam o ciclo termodinâmico do motor térmico tipo turbina de ciclo Brayton regenerativo integrado a uma unidade com pistões com gás em circuito fechado de forma a caracterizar uma nova máquina complexa com duas unidades integradas que no conjunto opera mediante um ciclo (611) formado por cinco processos termodinâmicos.
2/3 alimentado por combustão externa ou calor, com uma unidade a pistões com gás em circuito fechado (54) alimentado por um processo regenerativo.
3) PROCESSO TERMODINÂMICO DO MOTOR TURBINA DE CICLO BRAYTON INTEGRADO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado de forma integrada por um ciclo (611) formado por cinco processos termodinâmicos, sendo um processo de entrada de energia isobárico (1-2), (65), um processo de expansão adiabático (2-3) com realização de trabalho (68), um processo de compressão isobárico (3-4) regenerativo (69), um processo de rejeito de calor por compressão isotérmica (4-5), (66), e um processo de aquecimento isocórico (5-1), (610), regenerado pelo processo isobárico (3-4) de forma que o motor de ciclo Brayton integrado realiza o trabalho líquido (67) resultante da soma de todos os processos que formam o ciclo termodinâmico.
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