BR102018068166B1 - Estação de descarregamento de grãos com mecanismo elevatório de correia transportadora aplicado em sistema de deslocamento horizontal - Google Patents
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Abstract
estação de descarregamento de grãos com mecanismo elevatório de correia transportadora aplicado em sistema de deslocamento horizontal trata-se de uma estação de descarregamento de grãos (10) instalado no sistema de deslocamento horizontal de grãos (sd), especificamente, em trilhos (t1) sobre a correia transportadora (ct) para a distribuição dos grãos como café, trigo, entre outros em múltiplas tulhas (th) dispostas paralelamente ao sistema (sd); dita estação de descarregamento de grãos (10) contempla uma caixa de distribuição (20) compreendido por um receptáculo (20a) dotado de uma abertura principal (20b) e de cuja base se desenvolve um par de ramificações tubulares (20c) dispostas de forma espelhadas entre si, as quais compõe bocais de distribuição dos grãos para as tulhas (th); cada estação de descarregamento (10) é associada a pelo menos duas tulhas (th) configurando um arranjo para a composição de uma logística automatizada de distribuição dos grãos, sendo que cada estação de descarregamento (10) é dotada de mecanismo elevatório (30), controlado de forma remota e acionado de maneira intermitente em relação aos outros mecanismos elevatórios (30) previstos nas outras estações (10); o acionamento de cada mecanismo elevatório (30) é determinado com relação ao abastecimento integral de cada tulha (th) compondo uma distribuição automatizada e contínua de grãos; dito mecanismo elevatório (30) prevê meio de elevação da correia transportadora (ct) para a distribuição individualizada de grãos na abertura (20b) da caixa de distribuição (20) e respectivas tulhas (th).
Description
[001] A presente patente de invenção trata de estação de descarregamento de grãos com mecanismo elevatório de correia transportadora aplicado em sistema de deslocamento horizontal mais particularmente grãos do tipo café, soja, trigo, entre outros onde, notadamente, dita estação de descarregamento, também, conhecido como ‘tripper’, passa a ser confeccionado de maneira a compor uma ou mais estações fixas ao longo da esteira transportadora e onde cada estação de descarregamento é associada a pelo menos duas tulhas, configurando, assim, um arranjo inovador aplicado na logística automatizada de distribuição dos grãos nas respectivas tulhas; para tanto, cada estação de descarregamento é dotada de mecanismo elevatório, controlado de forma remota que, ao ser acionado individualmente em relação às demais estações de descarregamento, viabiliza o levantamento da correia transportadora de grãos durante seu deslocamento para a distribuição individualizada nas respectivas tulhas laterais proporcionando, assim, maior celeridade ao beneficiamento.
[002] É sabido que, após a colheita de grãos, especificamente, de café é necessário o armazenamento adequado dos grãos por um determinado período até a torra, moagem ou outras etapas, sendo que dito armazenamento necessita a preservação das características originais dos grãos para reduzir as perdas qualitativas e quantitativas do produto.
[003] Os grãos podem ser armazenados como café coco ou pergaminho, logo após a secagem e antes do beneficiamento, a granel ou em tulhas, e, como café beneficiado, normalmente acondicionado em sacos de juta, empilhados nos armazéns.
[004] A armazenagem em tulhas é realizada logo após a secagem, sendo que ditas tulhas são dispostas de forma a compor um agrupamento e devem ser construídas nas proximidades do terreiro ou dos secadores e ligadas às instalações de beneficiamento.
[005] O transporte dos grãos de café até as ditas tulhas é realizado através de sistema de deslocamento horizontal (SD) de grãos que é, basicamente, compreendido por uma correia sem fim que se apoia sobre polias, também, denominadas como roletes, que se fixam a cavaletes duplos ou triplos configurando o formato de calha ao lado superior da correia sem fim. Dita correia (CT) se desloca entre dois tambores, um de acionamento e outro de estiragem, ou seja, motriz e retorno, e a estrutura da correia é construída com chapas dobradas e roletes justapostos, sobre os quais a correia desliza, com baixo atrito, possibilitando a movimentação de grandes volumes de cargas. A parte de retorno da correia sem-fim se apoio sobre os roletes de retorno que são geralmente retos e que se fixam nas longarinas de estrutura.
[006] Dessarte, a correia transportadora (CT) é dividida por quatro partes básicas, sendo a cabeça de acionamento (cb), corpo, ponto de carga e conjunto do esticador, sendo que justaposta a correia é instalado sobre trilhos é previsto um carro de despejo, também, denominado como ‘tripper’ que consiste num dispositivo móvel que permite que se faça a descarga dos grãos em qualquer ponto intermediário lateral do sistema transportador e em pontos diferentes ou ao longo de todo o percurso de transporte para a distribuição dos grãos para nas respectivas tulhas.
[007] Os carros de descarga podem ser manuais ou motorizados, sendo que o modelo manual (CD) (ver figura 1) contempla perfis ortogonais (pt) projetados a partir de ambas paredes laterais do carro para auxiliar no deslocamento sobre os trilhos (t1) e quando atinge o ponto correto para descarga, ou seja, o bocal da tulha (TH) o operador paralisa o carro de descarga.
[008] Supracitado modelo requer pelo menos um operador para empurrar o carro de descarga até as tulhas tornando uma operação árdua e lenta prejudicando, assim, a etapa de distribuição dos grãos nas tulhas.
[009] Atualmente, existem modelos de carros de descargas motorizados, porém, apresentam maior porte e são utilizados em descargas de alta capacidade, sendo que ditos carros são controlados remotamente e possuem dispositivos de segurança como chaves fim-de-curso e freios.
[010] Em pesquisa realizada em bancos de dados especializados foram encontrados documentos referentes estação de descarregamento ou ‘tripper’, tal como, o documento de n°. BR10.2016.023103-5 que trata de carro ‘tripper’ acoplável a um transportador de correia, do tipo aplicado para a alimentação de material a granel para um carregador de navio. O carro ‘tripper’ compreende um transportador de correia de restrição tendo um tambor de acionamento, um tambor de esticamento e uma correia de restrição, do tipo sem-fim. Dito carro ‘tripper’ prevê conjuntos de roletes de restrição configurados para formar um perfil transversal côncavo no lado da correia de restrição.
[011] O documento de n°. CN207107741 refere-se à um ‘ tripper ’ que inclui meios de condução do carregamento de modo que o transporte através de um tambor de transferência para montagem na calha de carga e descarga, evitando o derramamento do material.
[012] Outro documento de n°. CN205132475, que se refere a uma correia transportadora ‘tripper’ antiderrapagem, a qual incluí um motor, um redutor de velocidade entre outros dispositivos que auxiliam na antiderrapagem dos objetos acondicionados na correira transportadora.
[013] O documento de n°. CN204660788 refere-se a carro ‘tripper’ adaptado para transferir material particulado, tal como carvão, enquanto mantém um nível reduzido de poeira, próximo da área em que o dito carro ‘tripper’ se move; o carro ‘tripper’ recebe continuamente carvão de uma correia transportadora móvel e transfere o carvão de um primeiro para um segundo local, no segundo local, o carro ‘tripper’ descarrega o carvão em um silo que armazena o carvão para uso posterior por caldeiras. O ‘tripper’ utiliza sprays líquidos, tal como água, para reduzir a acumulação de pó de carvão dentro de uma estrutura em que o carro ‘tripper’ funciona, bem como para lavar as paredes internas da estrutura, teto e outras superfícies próximas para reduzir o acúmulo de pó de carvão.
[014] Os documentos citados nos parágrafos acima referem-se apenas como estado da técnica e, portanto, não apresentam anterioridade em relação ao objeto ora aperfeiçoado garantindo, assim, que o mesmo atenda aos requisitos legais de patenteabilidade.
[015] É objetivo da patente apresentar uma estação de descarregamento de grãos com mecanismo elevatório de correia transportadora aplicado em sistema de deslocamento horizontal mais particularmente grãos do tipo café, soja, trigo, entre outros.
[016] É objetivo da patente apresentar uma estação de descarregamento, também, conhecido como ‘tripper’ estabelecidos de maneira a compor uma ou mais estações fixas ao longo da esteira transportadora e onde cada estação de descarregamento é associada a pelo menos duas tulhas, configurando, assim, um arranjo inovador aplicado na logística automatizada de distribuição dos grãos nas respectivas tulhas.
[017] É objetivo da patente apresentar uma estação de descarregamento com mecanismo elevatório que ao ser acionado remotamente viabiliza o levantamento da correia transportadora de grãos para a distribuição individualizada na respectiva tulha proporcionando, assim, maior celeridade ao beneficiamento.
[018] É objetivo da patente apresentar uma estação de descarregamento com mecanismo elevatório cuja construtividade simplificada facilita a instalação, bem como, a manutenção.
[019] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente invento e de acordo com uma preferencial realização prática do mesmo, acompanha a descrição, em anexo, um conjunto de desenhos, onde, de maneira exemplificada, embora não limitativa, se representou seu funcionamento:A Figura 1 representa uma vista superior de uma correia transportadora ilustrando o estado da técnica do carro de despejo convencional para a distribuição de grãos nas respectivas tulhas;A Figura 1A mostra uma vista lateral de uma correia transportadora ilustrando o estado da técnica do carro de despejo convencional, o qual se desloca ao longo da correia transportadora para a distribuição de grãos nas respectivas tulhas;A Figura 2 revela uma vista superior de uma correia transportadora ilustrando a montagem de estações de descarregamento de grãos e inovado arranjo logístico automatizado de distribuição dos grãos nas respectivas tulhas; A Figura 2A mostra uma vista lateral de uma correia transportadora ilustrando a montagem de estações de descarregamento de grãos;A Figura 3 ilustra uma vista em perspectiva de uma estação de descarregamento de grãos instalada junto da correia transportadora;A Figura 3A representa uma vista lateral da estação de descarregamento de grãos em posição estacionada;A Figura 4 mostra uma vista em perspectiva da estação de descarregamento de grãos ilustrando a elevação da correia transportadora de grãos;A Figura 4A revela uma vista lateral da estação de descarregamento de grãos ilustrando a elevação da correia transportadora de grãos e alimentação automatizada das tulhas;A Figura 5 ilustra uma vista em perspectiva do mecanismo elevatório da correia transportadora de grãos; eA Figura 6 mostra uma vista em perspectiva do mecanismo elevatório da correia transportadora de grãos, ilustrando a movimentação do braço articulador.
[020] Com referência aos desenhos ilustrados, a presente patente de invenção se refere à “ESTAÇÃO DE DESCARREGAMENTO DE GRÃOS COM MECANISMO ELEVATÓRIO DE CORREIA TRANSPORTADORA APLICADO EM SISTEMA DE DESLOCAMENTO HORIZONTAL”, mais precisamente trata-se de uma estação de descarregamento de grãos (10) instalado no sistema de deslocamento horizontal de grãos (SD), especificamente, em trilhos (t1) sobre a correia transportadora (CT) para a distribuição dos grãos como café, trigo, entre outros em múltiplas tulhas (TH) dispostas paralelamente ao sistema (SD). Dita estação de descarregamento de grãos (10) contempla uma caixa de distribuição (20) compreendido por um receptáculo (20a) dotado de uma abertura principal (20b) e de cuja base se desenvolve um par de ramificações tubulares (20c) dispostas de forma espelhadas entre si, as quais compõe bocais de distribuição dos grãos para as tulhas (TH).
[021] Segundo a presente invenção, cada estação de descarregamento (10) é associada a pelo menos duas tulhas (TH) configurando um arranjo para a composição de uma logística automatizada de distribuição dos grãos, sendo que cada estação de descarregamento (10) é dotada de mecanismo elevatório (30), controlado de forma remota e acionado de maneira intermitente em relação aos outros mecanismos elevatórios (30) previstos nas outras estações (10). O acionamento de cada mecanismo elevatório (30) é determinado com relação ao abastecimento integral de cada tulha (TH) compondo uma distribuição automatizada e contínua de grãos. Dito mecanismo elevatório (30) prevê meio de elevação da correia transportadora (CT) para a distribuição individualizada de grãos na abertura (20b) da caixa de distribuição (20) e respectivas tulhas (TH).
[022] Numa versão construtiva preferencial, o mecanismo elevatório (30) é compreendido por um braço articulador (31) que quando estacionado fica justaposto ao trilho (t1) do sistema de deslocamento de grãos (SD) e sob a correia transportadora (CT), sendo que dito braço articulador (31) é rotacionado em mancais (M1) por um par de pistões pneumáticos (40) instalados obliquamente em membros projetantes (50a) de um chassi (50) (ver figuras 5 e 6), por sua vez, compreendido por um par de perfis em ‘L’ (51) rotacionado e dispostos de forma longitudinal. Nas paredes ortogonais (51a) dos perfis (51) são praticados múltiplos orifícios (51b) para a montagem de parafusos (pf) e fixação do carro de despejo (10) na estrutura do sistema de deslocamento horizontal (SD).
[023] Dito chassi (50) prevê, ainda, na extremidade oposta aos membros (50a) paredes (50b) interligadas por travessa (50e), bem como, cada parede (50b) prevê respectivos mancais (M2) para a instalação de rolete (R1).
[024] Ditos membros (50a) são interligados entre si por travessas (50c), bem como, cada membro (50a) prevê um apêndice em ‘L’ (50d) para a instalação da extremidade do pistão (40), enquanto que o eixo (40a) do pistão (40) é fixado em outro apêndice em ‘L’ (50d’) instalado em cada face externa dos perfis que compõe o braço articulador (31), os quais, por sua vez, são interligados por outro rolete (R2).
[025] Dessarte, quando da distribuição dos grãos para as tulhas (TH) o operador aciona o mecanismo elevatório (30) da estação (10) determinada para a elevação da correia (CT) despejando os grãos na caixa (20) pela abertura principal (20b), seguindo para as ramificações tubulares (20c) de forma a alimentar as primeiras tulhas (TH) e, assim, consecutivamente com o acionamento dos outros mecanismos elevatórios (30) de outras estações (10).
[026] É certo que quando o presente invento for colocado em pratica, poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais que estão claramente substanciados no quadro reivindicatório, ficando assim entendido que a terminologia empregada não teve a finalidade de limitação.
Claims (1)
1) “ESTAÇÃO DE DESCARREGAMENTO DE GRÃOS COM MECANISMO ELEVATÓRIO DE CORREIA TRANSPORTADORA APLICADO EM SISTEMA DE DESLOCAMENTO HORIZONTAL”, mais precisamente trata-se de uma estação de descarregamento de grãos (10) instalado no sistema de deslocamento horizontal de grãos (SD), especificamente, em trilhos (t1) sobre a correia transportadora (CT) para a distribuição dos grãos como café, trigo, entre outros em múltiplas tulhas (TH) dispostas paralelamente ao sistema (SD); dita estação de descarregamento de grãos (10) contempla uma caixa de distribuição (20) compreendido por um receptáculo (20a) dotado de uma abertura principal (20b) e de cuja base se desenvolve um par de ramificações tubulares (20c) dispostas de forma espelhadas entre si, as quais compõe bocais de distribuição dos grãos para as tulhas (TH); cada estação de descarregamento (10) é associada a pelo menos duas tulhas (TH) configurando um arranjo para a composição de uma logística automatizada de distribuição dos grãos, sendo que cada estação de descarregamento (10) é dotada de mecanismo elevatório (30), controlado de forma remota e acionado de maneira intermitente em relação aos outros mecanismos elevatórios (30) previstos nas outras estações (10); o acionamento de cada mecanismo elevatório (30) é determinado com relação ao abastecimento integral de cada tulha (TH) compondo uma distribuição automatizada e contínua de grãos; dito mecanismo elevatório (30) prevê meio de elevação da correia transportadora (CT) para a distribuição individualizada de grãos na abertura (20b) da caixa de distribuição (20) e respectivas tulhas (TH); caracterizado por mecanismo elevatório (30) ser compreendido por um braço articulador (31) que quando estacionado fica justaposto ao trilho (t1) do sistema de deslocamento de grãos (SD) e sob a correia transportadora (CT), sendo que dito braço articulador (31) é rotacionado em mancais (M1) por um par de pistões pneumáticos (40) instalados obliquamente em membros projetantes (50a) de um chassi (50), por sua vez, compreendido por um par de perfis em ‘L’ (51) rotacionado e dispostos de forma longitudinal; nas paredes ortogonais (51a) dos perfis (51) são praticados múltiplos orifícios (51b) para a montagem de parafusos (pf) e fixação do carro de despejo (10) na estrutura do sistema de deslocamento horizontal (SD); dito chassi (50) prevê, ainda, na extremidade oposta aos membros (50a) paredes (50b) interligadas por travessa (50e), bem como, cada parede (50b) prevê respectivos mancais (M2) para a instalação de rolete (R1); ditos membros (50a) são interligados entre si por travessas (50c), bem como, cada membro (50a) prevê um apêndice em ‘L’ (50d) para a instalação da extremidade do pistão (40), enquanto que o eixo (40a) do pistão (40) é fixado em outro apêndice em ‘L’ (50d’) instalado em cada face externa dos perfis que compõe o braço articulador (31), os quais, por sua vez, são interligados por outro rolete (R2).
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