BR102018016386A2 - Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham - Google Patents

Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham Download PDF

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Abstract

espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham a presente invenção trata de uma espuma com atividade antimicrobiana, cicatrizante e analgésica que são propriedades presentes no óleo essencial da lippia sidóides cham, planta medicinal nativa do brasil conhecida popularmente como alecrim-pimenta pertencente à família verbenaceae. é usada como antisséptico pela população. suas propriedades antimicrobianas e larvicidas estão associadas a presença de timol e carvacrol no seu óleo essencial. a atividade do óleo essencial de lippia sidoides cham é relatada em estudos mostrando sua capacidade inseticida e larvicida onde é descrita a atividade antibacteriana deste óleo contra staphylococcus aureus, pseudomonas aeruginosa e escherichia coli.

Description

“ESPUMA DENTAL COM ADIÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE LIPPIA SIDOIDES CHAM” [001] A presente invenção trata de uma espuma com atividade antimicrobiana, cicatrizante e analgésica que são propriedades presentes no óleo essencial da Lippia sidóides cham., planta medicinal nativa do Brasil conhecida popularmente como alecrim-pimenta pertencente a família Verbenaceae. Seus arbustos são encontrados principalmente no Nordeste, sobretudo nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, e costuma ser usada como antisséptico pela população.
[002] Suas propriedades antimicrobianas e larvicidas estão associadas a presença de timol e carvacrol no seu óleo essencial. A atividade do óleo essencial de Lippia sidóides cham é relatada em estudos mostrando sua capacidade inseticida e larvicida onde é descrita a atividade antibacteriana deste óleo contra Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli.
[003] A espuma é uma parte importante da ação dos cremes dentais. Sua formação ocorre quando há redução do atrito entre a escova e a superfície dos dentes, criando, assim, espuma na cavidade oral. O mais indicado é que se forme uma espuma suave, sem bolhas volumosas e com ausência de agentes nocivos, que causem irritação nas gengivas, proporcionando limpeza, clareamento, cicatrização, analgesia e controle da desmineralização dental. Uma alternativa para inclusão destes benefícios nas espumas dentais são os óleos essenciais. Estes possuem complexas estruturas e podem ser extraídos por vários métodos, sendo o mais comum o arraste em vapor d'água.
[004] Além de serem empregados nas áreas de alimentos e cosméticos também possuem grande atuação no campo das indústrias farmacêuticas visto que as drogas vegetais são ricas em óleos essenciais, empregadas in natura para a preparação de infusões e/ou sob a forma de outras preparações simples. As composições do óleo essencial de L. sidóides podem variar muito, dependendo da região geográfica, da idade da planta, do método de secagem e do método de extração do óleo, tornando difícil comparar resultados obtidos a partir de estudos em diferentes regiões. Em geral a análise química do óleo essencial de L. sidóides tem como principais constituintes o timol (59,65%), E-cariofileno (10,60%) e p-cimeno (9,08%), α-felandreno (22,4%), β-cariofileno (9,7%), α-cimeno (8,6%), mirceno (6,5%) e carvacrol (4,3%).
[005] A parte da planta a ser processada, seca ou fresca, para originar o extrato fluido, foi submetida a métodos como maceração ou decocção com o respectivo solvente. Assim obteve-se extratos alcoólicos, hidroalcoólicos, metanólicos e aquosos. Os extratos alcoólicos ou etanólicos foram obtidos por moagem da droga vegetal ou parte dela em moinho de facas, seguida por maceração dinâmica a 200 rpm e a 50°C por 30 min ou por trituração da droga vegetal ou parte dela e posterior extração com etanol. O extrato hidroalcoólico foi obtido de folhas secas e maceradas com posterior filtração à vácuo. O extrato metanólico foi obtido por maceração, lixiviação das folhas com metanol ou ainda por espessão, originando uma resina. Os extratos aquosos foram obtidos por maceração da droga vegetal ou parte dela pulverizada. Também se fez uso de extrato seco, o qual foi obtido como resultado da secagem em leito fluidizado.
[006] Outro tipo de derivado relatado na literatura para L. sidoides inclui a tintura obtida por maceração com mistura de etanol-água na proporção 70%-30%, respectivamente. Já o óleo essencial foi obtido de diferentes formas, sendo hidrodestilação em aparelho de Clevenger a mais usada, seguida por extração por arraste de vapor e por extração assistida por micro-ondas. Ainda, o óleo essencial foi extraído com fluido supercrítico (CO2) a temperaturas de 31,3 e 61,3 °C e tempo de contato de 30 e 60 min a uma pressão fixa de 78 bar.
[007] O óleo essencial foi testado contra micro-organismos benéficos, fitobactérias, bactérias patogênicas e fungos. Os valores de concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM), concentração fungicida mínima (CFM), inibição do crescimento micelial (ICM) e halos de inibição (HI) para cada micro-organismo avaliado estão descritos na Tabela 3. Por vezes é relatada a atividade dos derivados vegetais de L. sidoides em associação com fármacos de referência, causando um aumento na atividade dos mesmos. É o caso do óleo essencial e do timol, os quais reduziram a CIM da gentamicina frente a Klebsiella pneumoniae em 32 vezes e em 4 vezes, frente à Pseudomonas aeruginosa. A CIM da penicilina G foi reduzida de 128 pg/ mL para 32 e 2 pg/ mL, quando associada ao óleo essencial e ao timol, respectivamente. Houve reforço na atividade da ceftriaxona apenas na associação do óleo essencial e timol frente a Enterococcus faecalis, com redução da CIM de 64 para 4 pg/ mL.
[008] O óleo essencial e o timol potencializaram a atividade de aminoglicosídeos testados por contato do vapor frente à P. aeruginosa e S. aureus. Ainda, foi demonstrado que apenas 1 minuto em contato com o óleo essencial puro foi suficiente para o efeito antisséptico contra cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli isoladas de amostras de queijo Minas. As linhagens de Streptococcus mutans, Streptococcus mitis, Streptococcus sanguinis, Streptococcus sobrinus e Lactobacillus casei apresentaram-se sensíveis ao óleo essencial de forma semelhante ao gluconato de clorexidina à 0,12%. A CIM foi detectada na diluição de 1:4 e a inibição da aderência bacteriana de S. mutans ocorreu até a diluição de 1: 128. O óleo essencial na concentração de 126 pL/mL inibiu ainda o crescimento dos fungos Fusarium sp., Fusarium oxyisporum, Aspergillus niger e Penicillium sp. Na concentração > 50 mg/ml o óleo essencial das folhas inibiu totalmente o crescimento do fungo Microsporum canis.
[009] Em concentrações superiores a 25 mg/ mL, o óleo essencial apresentou maiores zonas de inibição que o controle positivo, anfotericina B, frente a cepas do gênero Candida. Na concentração de 100 mg/ml, induziu uma inibição total do crescimento do fungo Malassezia pachydermatis, com maiores zonas de inibição do que o itraconazol. Pode-se observar que o óleo essencial foi mais ativo contra micro-organismos patogênicos em relação aos benéficos, mostrando uma seletividade de ação. Um estudo realizado com proteínas extraídas das flores de L. sidoides constatou que na concentração de 100 pg/ mL estas foram capazes de inibir o crescimento das cepas de Klebsiella pneumoniae ATCC 31488, Proteus sp., Escherichia coli ATCC 35518 e Streptococcus pyogenes ATCC 19615.
[010] Os estudos clínicos de fase I encontrados na literatura compreendem ensaios aplicados à odontologia. O uso tópico de um enxaguatório bucal contendo óleo essencial das folhas de L. sidoides nas concentrações de 0,6%, 0,8%, 1% e 1,2% foi avaliado em humanos. O ensaio foi randomizado e tanto antes como após a aplicação do tratamento, a saliva dos pacientes foi coletada. Como resultado, foi observado que a concentração de 0,8% mostrou maior redução do crescimento de unidades formadoras de colônias (UFC) de Streptococcus mutans. Também foi avaliado o uso de gel contendo o óleo essencial das folhas nas concentrações de 0,6%; 0,8%; 1%; 1,2% e 1,4%. Seguindo o mesmo protocolo, o estudo foi randomizado e tanto antes como após a aplicação do tratamento, a saliva dos pacientes foi coletada. Quando na forma de gel, a concentração de 1,4% mostrou maior redução do crescimento de Streptococcus mutans.
[011] Para os constituintes isolados, timol e carvacrol, foram avaliadas atividades na redução da carga bacteriana com um enxaguatório bucal contendo a mistura das duas substâncias. Não houve diferença entre o enxaguatório à base de óleo essencial e o enxaguatório que continha os constituintes timol e carvacrol. Este padrão se repete para a avaliação do gel contendo o óleo essencial ou esses dois constituintes, onde não foi constatada diferença entre o gel contendo 1,4% de óleo essencial e o gel composto da mistura timol-carvacrol.
[012] Da mesma forma que para os estudos de fase I, os estudos de fase II trazem ensaios aplicados à odontologia. A fim de avaliar o efeito sobre o índice de placa e índice gengival bem como o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes, utilizou-se um colutório contendo o óleo essencial de L. sidoides durante 28 dias. Os resultados obtidos foram confrontados com os de um placebo. A administração foi realizada por via tópica sob forma de bochecho. O estudo foi randomizado, cego e os pacientes foram distribuídos em quatro grupos. O grupo-teste I utilizou colutório formulado à base de óleo essencial de L. sidoides associado ao extrato de Myracrodruon urundeuva. O grupo-teste II usou o hidrolato de L. sidoides, o grupo controle positivo usou colutório formulado à base de clorexidina e o grupo controle negativo utilizou solução placebo.
[013] Os índices de placa e gengival foram coletados em todos os pacientes antes e após o tratamento. A redução do índice de placa foi 28,7%; 21,8% e 33,6% para os colutórios dos grupos teste I, teste II e controle positivo (clorexidina), respectivamente. A análise dos resultados indicou que o bochecho com a clorexidina foi mais eficaz que o colutório teste II na inibição do acúmulo de placa. Os colutórios dos grupos I, II e clorexidina produziram uma redução do índice gengival de 25,4%, 20,2% e 27,4%, respectivamente, quando comparados ao placebo (141).
[014] Um enxaguatório bucal com 1% de óleo essencial das folhas foi avaliado em pacientes de 17 a 63 anos de idade, com índice de placa gengival mínimo de 1,2 e possuindo 10 ou mais dentes. Os indivíduos foram alocados nos grupos por sorteio, realizado por um software. A avaliação foi realizada por profissional que não participou do processo de randomização. O tratamento consistiu em bochecho com 15 mL do enxaguatório, por 30 s, duas vezes ao dia durante sete dias. O grupo teste recebeu o enxaguatório à base de óleo essencial de L. sidoides (n= 27) e o grupo controle positivo recebeu enxaguatório com clorexidina a 0,12% (n= 28). O grupo tratado com o enxaguatório à base de óleo essencial apresentou redução do índice de placa gengival e do sangramento gengival similar ao controle positivo de clorexidina. Outro estudo também avaliou um enxaguatório bucal contendo 1% de óleo essencial no mesmo protocolo de dose e frequência de administração descritos acima, e duração do tratamento de 30 dias. O ensaio foi randomizado, controlado, duplo-cego, e os critérios de inclusão foram pacientes de 18 a 69 anos, com índice gengival mínimo de 1,05 e possuindo 10 ou mais dentes.
[015] O uso do enxaguatório diminuiu em mais de 58% a contagem de S. mutans, de forma similar ao controle positivo. Os índices de placa gengival e de sangramento gengival foram reduzidos no 7° e 30° dia após o início do tratamento, em relação às medidas basais. Houve relato de leve sensação de queimação nos grupos teste e controle.
[016] Ainda relacionando estudos com enxaguatórios bucais, relata-se o uso de uma solução de óleo essencial a 1%, porém com bochechos por 30 segundos, três vezes ao dia por sete dias. Comparou-se neste estudo a intervenção, ou seja, a solução contendo o óleo essencial com um enxaguatório bucal com clorexidina a 0,12%. O ensaio clínico foi randomizado, duplo-cego e os 81 pacientes tinham idade média de 38,3 anos e 45,7% eram do sexo masculino. Foram realizados exames clínicos avaliando o índice de placa, índice gengival e índice de sangramento gengival antes da intervenção, sete e 30 dias após tratamento.
[017] Verificou-se uma redução no índice de placa antes do tratamento e 30 dias após o tratamento de 68% e 75% com a solução do óleo essencial e clorexidina, respectivamente. O índice gengival foi reduzido em 70,4% e 74,7% com a solução do óleo essencial e clorexidina, respectivamente, após 30 dias de tratamento. A redução do índice de sangramento gengival foi de 52% e 50% com a solução do óleo essencial e clorexidina, respectivamente, após 30 dias de tratamento. O número de UFCs de S. mutans na saliva foi reduzido em 41,7% e 72,7% com a solução do óleo essencial e clorexidina, respectivamente, após 30 dias de tratamento.
[018] Foram realizados ensaios com um enxaguatório e um gel contendo óleo essencial das folhas, ambos tendo sua eficácia comparada com enxaguatório e gel de clorexidina. Em cada um dos tratamentos com bochecho foram utilizados 5 mL durante 1 min., porém na administração do gel foram utilizadas moldeiras individuais por 4 min. O estudo foi randomizado e os pacientes, num total de 100, eram todos crianças e foram observadas por um período de um ano. Foi observado que a melhor concentração do enxaguatório foi a 0,8% e a melhor concentração para o gel foi a de 1,4%, com redução da carga bacteriana de S. mutans.
[019] É relatado, adicionalmente, um ensaio com a aplicação de um gel contendo óleo essencial a 10%, durante três meses. O controle positivo do estudo consistiu em um gel de digluconato de clorexidina a 2%. O estudo foi uma permutação randomizada de três, com pacientes entre entre 26 e 47 anos de idade e com presença de no mínimo 20 dentes naturais e com índice de gengivite > 30%. O gel não foi efetivo no controle da placa bucal, entretanto teve boa aceitação e não produziu efeitos adversos, tais como ulcerações ou reações alérgicas. Na avaliação do índice de placa bucal e na observação de gengivite, o gel contendo o óleo essencial teve efeito similar ao controle positivo. Outro ensaio randomizado duplo-cego com gel contendo óleo essencial, também a 10%, foi realizado em pacientes com placa dental pré-existente.
[020] Durante o teste foi realizada a escovação dos dentes com o gel contendo óleo essencial e o controle com o creme dental comercial, ambos por 21 dias. O gel em teste reduziu o acúmulo de placa de forma similar ao creme dental comercial. Apenas um estudo randomizado envolvento extrato de L. Sidoides, aplicado na forma de colutório, é relatado na literatura. O extrato foi comparado com a associação de extrato aquoso de Matricaria recutita Linn associado à Gelclair® e a aplicação foi feita em forma de bochecho. Em 94% dos pacientes que usaram o colutório a base de extrato de L. Sidoides houve remissão completa ou parcial da mucosite. Apenas em 6% dos casos não houve alteração do quadro clínico. Os resultados obtidos de dor e xerostomia foram similares em ambos os grupos, teste e controle.
[021] Por via tópica, preparações à base da planta ou seu extrato são empregados como desinfetante externo, no combate a gengivite, na lavagem e no tratamento de lesões bucais. Ainda por via tópica ou oral (externo e interno), preparações à base de L. sidoides são utilizadas para tratar infecções de pele, respiratórias e rinite. Já por via oral a infusão das folhas é utilizada para combater cólicas estomacais, indigestão e diarreia.
[022] De acordo com estudos pré-clínicos, é segura a utilização de alguns derivados vegetais de L. sidoides. A administração do óleo essencial de folhas por via oral foi destituída de toxicidade e não ocasionou alterações bioquímicas. O uso oral do óleo essencial de folhas diluído foi reportado como tratamento para úlceras gástricas, no controle de nematódeos intestinais e sob forma de nanocápsula no controle da leishmaniose. O uso tópico é previsto objetivando-se uma ação cicatrizante e no tratamento da periodontite. A aplicação tópica do óleo essencial bruto não é recomendada, pois o mesmo mostrou-se edematogênico e pró-inflamatório. Entretanto o óleo essencial diluído tem efeito antiedematogênico. A alcoolatura pode ser usada topicamente, uma vez que não demonstrou toxicidade dérmica. O óleo essencial ou extrato da planta não deve ser usado pela via intraperitoneal ou subcutânea, pois apresentam toxicidade moderada a elevada.
[023] Com o intuito de tratar infecções, auxiliar na mitigação dos efeitos inflamatórios e facilitar o processo de ciatrização na cavidade oral, desenvolve-se a presente invenção que trata-se de uma espuma dental cuja formulação do veiculo apresenta em sua composição: Água (79,99%), Estévia (0,30%), Taumatina (0,001%), Xilitol (5,00%), Benzoato de Sódio (0,50%), Glicerina (5,00%), Sorbitol (1,500%), Propilenoglicol (1,20%), PEG 40 (2,00%), Cocoamidopropilbetaína (2,00%), Decyl Glucosideo (2,00%). A este veículo foi adicionada a Lippia (0,50%) por diluição simples completando assim o composto final da espuma dental.
[024] As aplicações para a espuma dental com adição da L. Sidoides podem ser enumeradas tais como aplicações em lesões que necessitem de limpeza na cavidade oral, possui também ação anti-inflamatória e cicatrizante, etc. A espuma assim é basicamente formada por por 1) Espuma Veículo 2) Óleo essencial de Lippia Sidoides (Compostos Timol e Carvacrol).
[025] A invenção poderá ser melhor compreendida através da seguinte descrição detalhada, em consonância com as figuras anexo, onde: [026] A FIGURA 1 apresenta fotografia da L. Sideoides Cham na forma de arbusto como encontrada na natureza;
[027] A FIGURA 2 apresenta fotografia da espuma dental contendo e óleo essencial de Lippia Sidoides Cham;
[028] A FIGURA 3a representa a estrutura quimica do Timol molécula presente no óleo essencial de L. Sidoides;
[029] A FIGURA 3b representa a estrutura quimica do Carvacrol molécula presente no óleo essencial de L. Sidoides.
REIVINDICAÇÕES

Claims (6)

1. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham” com aplicação oral caracterizado pela espuma dental ser composta por: 79,99% de água; 0,3% de Estévia; 0,001% de Taumatina; 5% de Xilitol; 0,5% de Benzoato de Sódio; 5% de Glicerina; 1,5% de Sorbitol; 1,2% de Propilenoglicol; 2% de PEG 40; 2% de Cocoamidopropilbetaína; 2% de Decyl Glucosideo; e 0,5% de Lippia (timol e carvacrol).
2. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela referida espuma apresentar capacidade de controle de infecções causadas por bactérias.
3. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela referida espuma apresentar capacidade de controle da dor.
4. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela referida espuma apresentar suporte terapêutico capaz de facilitar a redução da inflamação.
5. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela referida espuma apresentar suporte terapêutico capaz de facilitar a cicatrização.
6. “Espuma dental com adição de óleo essencial de lippia sidoides cham”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela referida espuma apresentar controle de formação do biofilme.
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