BR102018012612B1 - Equipamento circular com desmoldador automático para produção de picolés e método de produção de picolés - Google Patents

Equipamento circular com desmoldador automático para produção de picolés e método de produção de picolés Download PDF

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Abstract

equipamento circular com desmoldador automático para produção de picolés e método de produção de picolés, compreendendo um tanque de congelamento em forma de canal toroidal (1) contendo líquido refrigerante, ao qual é superposto um porta-moldes rotativo com o formato de uma coroa circular (7), formado por uma pluralidade de setores (7d) afixados à periferia de um disco de tração (8) acionado por um motor de passo (12), ditos setores tendo aberturas retangulares (7c) em que se encaixam moldes (9), cujas porções inferiores ficam imersas no líquido refrigerante. no fundo de dito canal é provida uma tubulação rígida (4) dotada de uma pluralidade de orifícios (19) através dos quais são lançados jatos de líquido refrigerante sob pressão. os meios de desmolde dos picolés compreendem um nicho paralelepipédico (29) orientado radialmente dentro de dito tanque de congelamento (1) e uma caixa (40) verticalmente deslocável, que, na sua posição superior acomoda em seu interior um molde (9) e uma tubulação horizontal (41) perfurada que lança jatos de fluido aquecido contra os copos do molde (9). o mesmo fluido é usado para o congelamento e para o desmolde, sendo selecionado dentre o grupo que consiste de hidrocarbonetos parafínicos, propileno glicol e solução aquosa de formiato de potássio.

Description

Campo da Invenção
[001] A presente invenção tem por objeto um prático e inovador maquinário para a produção de picolés, uma substância para o resfriamento e um método de aplicação da mesma, pertencente ao campo dos equipamentos industriais para a produção alimentícia, de uso mais precisamente na produção de sorvetes presos em palitos, conhecidos popularmente como picolés.
[002] O objeto do presente pedido de patente contempla um equipamento automatizado, cujo tanque de geometria circular possui integrado em seu interior um dispositivo de desmoldagem automática, além de um fluido congelante e a sua formulação.
Resumo do Estado da Técnica
[003] Como é sabido, notadamente por técnicos no assunto, as máquinas produtoras de picolés possuem um tanque provido de um fluido mantido em baixa temperatura que, agitado fortemente, congela a mistura dos picolés dentro de moldes de aço inoxidável imersos nesse fluido. Tal fluido é mantido em temperaturas baixas (de -20 a -35°C) por intermédio de serpentinas de cobre, que ficam dentro desse tanque, ou trocadores de calor que normalmente ficam na parte inferior do equipamento, abaixo do tanque, onde também estão: o compressor de refrigeração, a bomba centrífuga para circulação/agitação do fluido e outros componentes do sistema frigorífico.
[004] Durante esse processo, são inseridos os palitos que ficarão presos aos picolés à medida que estes passam da fase líquida para sólida.
[005] Após o congelamento, os moldes são retirados do tanque de congelamento e inseridos num tanque com água quente para que os picolés sejam destacados das paredes dos moldes (processo chamado de desmoldagem) e extraídos destes para posterior embalagem.
[006] A maioria dos equipamentos para produção de picolés utiliza este mesmo conceito há décadas. O que varia é o tipo de fluido de congelamento, que pode ser álcool, salmoura (cloreto de sódio ou cálcio) ou propileno glicol; seu sistema de agitação, que poder ser feito por hélices ou bombas de circulação e, por fim, a forma como os moldes se movimentam dentro do tanque, que pode ser linear, circular ou oval.
[007] O mercado dessas máquinas é dividido em artesanal, semi-industrial e industrial. O primeiro é composto por equipamentos de menor custo e operação manual, enquanto o segundo inclui automação parcial e o terceiro automação total das etapas descritas anteriormente, a custos crescentes.
[008] Mais especificamente a máquina artesanal, cuja produção é da ordem de 200 a 1000 picolés por hora, é constituída por uma estrutura compacta de geometria prismática retangular verticalizada, de aço inox comum com unidades de refrigeração, rejeição de calor e bombeamento internos. Possui operação aberta (fluido congelante exposto à atmosfera).
[009] Quanto ao molde e ao congelamento dos picolés, apresenta tanque de imersão da ordem de 40 litros de propileno glicol ou álcool a -20°C ou -25°C e de desmolde a +50°C. Os picolés são congelados por propileno glicol ou álcool, que circula por bomba centrífuga.
[0010] Os ingredientes são despejados manualmente dentro dos moldes, que são retirados do tanque frio e mergulhados no tanque quente para extração manual dos picolés e os moldes são lavados fora da máquina.
[0011] O equipamento semi-industrial, cuja produção é da ordem de 2000 a 8000 picolés por hora, é constituído por um gabinete de geometria linear, de dimensões médias em aço inox comum com sistema de refrigeração e bombeamento internos e rejeição de calor externa. Possui operação aberta (fluido congelante exposto à atmosfera).
[0012] Os moldes são iguais ao artesanal, porém empurrados passo a passo sobre trilhos num tanque de imersão de 400 litros de propileno glicol ou álcool a -20 ou -25°C, que congela os picolés circulando por bomba centrífuga.
[0013] Quanto ao processo, os moldes passam por estações fixas de dosagem/palitamento e são mergulhados manualmente num tanque quente para desmolde e extração dos picolés. Ditos moldes são lavados fora da máquina.
[0014] Já as máquinas industriais, cuja produção é maior que 8000 picolés por hora, são constituídas por um túnel de banho integrado a uma mesa giratória e possuem grandes dimensões, com sistemas externos de refrigeração, rejeição de calor e bombeamento do fluido congelante. Construídas em aço inox especial, com operação fechada (fluido congelante confinado abaixo da mesa giratória).
[0015] Apresentam moldes em mesa giratória, imersos em 2000 litros de solução de Cloreto de Cálcio a -35°C, que circula por bomba centrífuga e congela os picolés. Possui sistema de desmolde a jato quente por baixo dos moldes.
[0016] A mesa gira em passos e estações fixas dosam os ingredientes, inserem palitos e extraem picolés, indo para banho de chocolate em túnel. Os moldes são lavados manualmente na própria mesa.
[0017] O equipamento ora proposto é dedicado ao mercado semi-industrial e se destina a substituir as atuais máquinas lineares.
[0018] Dentre os sistemas conhecidos do estado da técnica pode-se citar aquele descrito na patente US 5,447,036 que utiliza uma mesa giratória porta-moldes, estes estando dispostos em diversos setores.
[0019] O documento de patente GB1091492A descreve um sistema que utiliza um canal toroidal ao qual está sobreposto um porta-moldes circular, dotado de meios de preenchimento dos moldes, e mecanismo de movimentação giratória intermitente de dito porta- moldes.
[0020] O documento de patente GB509411, intitulado Improvements in Machines for the Production of Moulded Portions or Bodies of Ice-Cream, refere-se a uma máquina para a produção de picolés caracterizada por duas ou mais fileiras concêntricas de bolsões de congelamento, que estão dispostos em um recipiente anular adaptado para ser girado em torno de seu eixo, e que participam do movimento rotativo deste último em torno do referido eixo, sendo o referido recipiente dividido em segmentos por meio de paredes transversais radiais, cada um dos quais contém pelo menos um bolso de congelamento pertencente a cada uma das referidas fileiras, e por vários tubos estacionários que terminam no recipiente anular, os referidos tubos servindo para fornecer continuamente um líquido ou meio de resfriamento ou um líquido ou meio de descongelamento para os segmentos, conforme os referidos segmentos se movem através de regiões angulares definidas durante o movimento de rotação do conjunto.
[0021] A patente PI9507332 cujo título é Máquina para Fazer Confeitos Endurecidos, Máquina Giratória para Fazer Confeitos Unitários e Método para Fazer Confeitos Endurecidos, refere-se a uma máquina compreendendo partes complementares conformadas que consistem de diferentes receitas, sabores, cores, texturas e/ou inclusões de misturas tendo grupos de moldes complementares (11, 12), em que um grupo de primeiros moldes (11) produz formatos físicos que deslocam pelo menos uma porção do produto em um grupo de segundos moldes (12) para produzir confeitos conformados ligados complementarmente produzidos no grupo de segundos moldes.
[0022] O documento de patente KR201500955438 intitulado Apparatus for Manufacturing Iced Bar of Circle Type, descreve um aparelho com estrutura circular para fabricar picolés, que pode incluir: um tanque externo circular que possui um tubo de recuperação de refrigerante que recupera refrigerantes, que é conectado a um tubo de fornecimento de refrigerante do lado inferior para o lado superior e possui uma parte circular oca no centro; um tanque interno que está disposto para ser separado e corresponder ao lado superior do tanque externo e que desloca os refrigerantes fornecidos pelo tubo de fornecimento de refrigerante da parte final para baixo, passando por dentro do tanque externo até o tubo de recuperação do refrigerante; uma placa de molde onde um material líquido é injetado em um canal de acomodação e girado a partir do lado superior do tanque interno e que fabrica picolés refrigerando o material líquido com os refrigerantes; uma unidade de guia de divisão que é fornecida no tanque interno e que guia os refrigerantes fornecidos para a parte final do tubo de fornecimento de refrigerante em ambos os lados; e uma unidade de separação térmica que é fornecida no tanque externo e que aquece e separa os picolés fabricados por refrigeração do material líquido acomodado no canal de acomodação.
[0023] O artigo de autoria de A. Aittomaki, intitulado Potassium Formate as a Secondary Refrigerant (International Journal of Refrigeration, Volume 20, issue 4, June 1997, pages 276-282) discute as propriedades da solução aquosa de formiato de potássio a fim de encontrar um refrigerante secundário melhorado para sistemas de refrigeração indireta. As vantagens mais importantes em comparação com as soluções aquosas tradicionais de álcoois e glicóis são as boas propriedades termodinâmicas, baixa toxicidade e não inflamabilidade. Um benefício notável é uma mudança reduzida de um fluxo laminar. O calor volumétrico é menor, o que produz uma maior taxa de fluxo de massa, caso a mudança de temperatura do fluido seja mantida constante. Ademais, devido aos valores substancialmente mais baixos de viscosidade, a potência de bombeamento necessária está no mesmo nível. Boa condutividade térmica promove boa transferência de calor.
[0024] Os equipamentos do estado da técnica possuem diversos inconvenientes, que serão expostos a seguir.
[0025] O equipamento automatizado conhecido como produtora giratória de picolés possui todas as etapas de produção automatizadas, inclusive o processo de desmolde, porém seu custo é extremamente elevado.
[0026] Alguns aspectos desse equipamento em relação às máquinas semi-industriais lineares são apresentados a seguir:
[0027] O "prato" de aço inoxidável que contém os moldes de picolés é feito de forma integral ou separado em setores de circunferência, e os copos de picolés são soldados diretamente nesses setores ou no "prato" integral. Isso causa grande empenamento do conjunto após a soldagem e existem apenas dois fornecedores confiáveis desses pratos no mundo todo, a preços exorbitantes.
[0028] Os moldes do tipo artesanal, usados nas máquinas artesanais e semi-industriais, são feitos de forma padronizada por vários fornecedores e seu custo é significativamente menor, uma vez que são peças independentes com cerca de 28 picolés cada. Ao contrário do que ocorre com as máquinas industriais, onde o sistema de prato giratório elimina qualquer contato do fluido congelante com os picolés, nas máquinas semi-industriais que utilizam os moldes artesanais o fluido do tanque fica exposto no espaço entre moldes adjacentes e a manipulação e a movimentação dos moldes sempre acaba espirrando fluido para dentro deles, configurando um processo não muito sanitário, além de contaminar os ingredientes dos picolés.
[0029] Em função da solda de centenas de copos sobre uma mesma base de aço inoxidável de grande espessura nas máquinas giratórias (para minimizar empenamentos após as soldas), seu peso acaba ficando exagerado e isto obriga os construtores a apoiar esse grande disco num mancal central reforçado, cujo custo é bastante elevado.
[0030] Os copos de picolés são soldados no prato com seu lado maior no sentido radial, para facilitar a extração automática, posterior banho de chocolate e colocação dos picolés em embaladoras automáticas. Isso causa um desperdício de espaço entre picolés, aumentando significativamente a quantidade de fluido congelante abaixo deles, obrigando que o tanque de congelamento tenha volume significativamente maior. O tanque congelante dessas máquinas possui pelo menos três metros de diâmetro em função disso.
[0031] Os moldes artesanais, por sua vez, são montados com os picolés com seu lado maior invertido (em relação ao prato da máquina industrial), lado a lado e bem próximos, deixando um volume pequeno para ser ocupado pelo fluido refrigerante. Isso dificulta a extração automática, posterior banho de chocolate e dispensa dos picolés de forma alinhada em máquinas de embalagem, uma vez que esse modelo de molde do tipo "caixa" (cada caixa tem em média 28 picolés) foi concebido para custar pouco e ser usado de forma manual.
[0032] A temperatura de operação do fluido congelante nas máquinas industriais fica entre -30°C e -35°C, para que os picolés sejam extraídos bem consistentes e suportem banhos (às vezes mais de um) de chocolate posteriores. Nessas temperaturas muito baixas, o único fluido congelante de baixo custo existente, que mantém viscosidade baixa o suficiente para ser agitado por bomba centrífuga, é a solução de cloreto de cálcio com água. Extremamente corrosiva, essa solução exige que todos os aços inoxidáveis sejam especiais e consideravelmente mais caros que os convencionais, inclusive dos moldes de picolés, cujas chapas são também mais espessas; mesmo assim, a durabilidade dos componentes, sobretudo da bomba centrífuga, é bastante limitada. Embora a solução usada seja de baixo custo, o volume necessário é bem grande e o custo operacional, em função dos desgastes gerados, acaba se tornando muito alto, razão pela qual esse tipo de equipamento só é viável para produções acima de oito mil picolés por hora.
[0033] As máquinas semi-industriais utilizam álcool ou propileno glicol como fluidos congelantes, porém o primeiro trabalha bem até -25°C e o segundo até -20°C apenas, temperaturas abaixo das quais as viscosidades aumentam muito e a bomba centrífuga não consegue mais promover a agitação necessária para o congelamento dos picolés, retardando consideravelmente sua produção. A utilização de cloreto de cálcio nessas máquinas acabaria rapidamente com os aços inoxidáveis nelas utilizados, uma vez que são comuns e de pequena espessura (baixo custo). Por essa razão, os picolés extraídos desse tipo de equipamento normalmente necessitam ser encaminhados para um freezer, por algumas horas, antes de serem submetidos a qualquer banho de chocolate. Sumário da Invenção
[0034] Com o objetivo de promover um avanço significativo nos equipamentos semi-industriais para produção de picolés e de solucionar os inconvenientes acima citados, a invenção proposta utiliza um tanque de congelamento circular, mais exatamente na forma de canal toroidal, sobre o qual é apoiado um porta-moldes rotativo que é intermitentemente movimentado por um motor de passo posicionado ao centro da estrutura que compõe o tanque de congelamento. Ao contrário do que é de praxe nas máquinas industriais, dito porta-moldes não possui os copos de picolés soldados em sua estrutura. Essa configuração soluciona o desperdício de espaço entre picolés, reduzindo substancialmente a quantidade de fluido congelante abaixo deles, além de apresentar um reduzido peso se comparado aos modelos do estado da técnica.
[0035] Mais especificamente, a presente invenção utiliza um conceito de prato giratório associado a moldes convencionais removíveis, de formato retangular alongado. O prato giratório apresenta uma configuração inovadora que permite a utilização dos moldes convencionais e de baixo custo, do tipo utilizado em máquinas lineares. Esse conceito soluciona os inconvenientes da movimentação dos moldes nas máquinas que utilizam sistemas lineares mediante o emprego de um porta-moldes configurado como um prato giratório, com custo reduzido se comparado ao dos sistemas industriais, que não utilizam moldes comuns e apresentam uma construção bastante onerosa.
[0036] Nessa configuração os moldes são alimentados por cabeçotes montados em estruturas com rodízios que podem ser posicionados ao lado do tanque de congelamento, junto ao seu perímetro externo. Os moldes são movimentados pelo porta-molde giratório, à medida que são abastecidos.
[0037] No interior do tanque de congelamento é previsto uma estação de desmolde, compreendendo um dispositivo formado por um nicho substancialmente paralelepipédico 29 posicionado radialmente, dentro do qual se movimenta verticalmente uma caixa móvel, dito dispositivo eliminando o processo manual de retirar o molde e mergulhá-lo num tanque de água quente, como ocorre nas máquinas lineares.
[0038] Para solucionar os inconvenientes relacionados aos fluidos congelantes utilizados até o momento foi desenvolvida uma inovadora fórmula de fluido congelante e o seu método de aplicação, que serão detalhados mais adiante.
Descrição das Figuras
[0039] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características da presente invenção e de acordo com uma realização prática preferencial da mesma, acompanha a descrição um conjunto de figuras, nas quais, de maneira exemplificada, não limitativa, se representou o seguinte:
[0040] A FIG. 1 mostra uma vista em perspectiva superior do equipamento com desmoldador automático da invenção para a produção de picolés.
[0041] A FIG. 2 mostra uma vista em perspectiva superior do equipamento com desmoldador automático da invenção para a produção de picolés, em que se pode ver o nicho (29) no tanque onde está instalado o desmoldador.
[0042] A FIG. 3 é uma vista superior do tanque de congelamento, mostrando o nicho (29) em forma de tanque, que integra a estação de desmolde, bem como o tubo distribuidor de fluido congelante (4) que acompanha o contorno do fundo do tanque de congelamento toroidal, assim como o vertedouro (5) em forma de calha circular, cuja soleira (5A), referenciada no FIG. 4, mantém constante o nível do fluido congelante.
[0043] A FIG. 4 mostra uma vista em perspectiva superior em corte da região relativa ao tanque de congelamento do equipamento com desmoldador automático para produção de picolés.
[0044] A FIG. 5 é uma vista em corte que detalha o dispositivo de desmolde, no qual se pode ver a estrutura de caixa em sua posição de máxima elevação, de forma a acomodar em seu interior o molde de picolés.
[0045] A FIG. 6 mostra os componentes do equipamento da invenção situados abaixo do tanque.
[0046] A FIG. 7 mostra uma estrutura de apoio (20) formada por um conjunto de cantoneiras parafusadas, que suporta o tanque de congelamento (1). Ao redor do conjunto são colocadas placas de revestimento (21), geralmente de inox. Em sua parte inferior estão dispostos rodízios para movimentação do equipamento bem como sapatas (22) com alturas reguláveis para o nivelamento correto.
[0047] A FIG. 8 é uma vista em detalhe de um dos setores que compõem o porta-moldes, e sua relação com o disco de tração o qual é acionado por um motor de passo (não ilustrado nessa figura).
Descrição Detalhada da Invenção
[0048] De conformidade com o quanto ilustram as figuras acima relacionadas, o EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS E MÉTODO DE PRODUÇÃO DE PICOLÉS, objeto da presente invenção, caracteriza-se essencialmente por ser constituído a partir de um tanque de congelamento (1) na forma de um canal toroidal de parede dupla (1A, 2) ladeado internamente por um vertedouro em forma de canaleta circular (5), adjacente à parede interna do canal interno (1A), dita canaleta (5) sendo conectada a um duto de sucção de fluido (6), sendo que a estrutura que comporta ambos é confeccionada em fibra de vidro, com um invólucro externo (2), também em fibra de vidro, contendo poliuretano expandido como isolamento térmico rígido (3) entre eles. O "sanduíche"compreendendo as duas peças (1A, 2) de fibra de vidro e o poliuretano possui rigidez suficiente para suportar o peso do fluido congelante que vai preencher o dito canal interno do tanque de congelamento (1), onde ficam imersos os moldes de picolés (9), bem como garante planicidade para acomodar e girar o prato porta-moldes (7) com precisão.
[0049] Dito tanque de congelamento toroidal (1) é suportado por uma estrutura rígida de perfis ou cantoneiras (20) revestidas lateralmente com placas (21) de aço inox. No centro dessa estrutura está provido o motor de passo (12), visível na Fig. 6, cujo eixo é conectado ao disco de tração (8), em cuja periferia são acoplados os setores (7D) que, em conjunto, formam o prato porta-moldes (7), cujo perímetro externo é apoiado sobre roletes (11) instalados no topo da parede externa da estrutura do tanque (1), sendo o disco de tração (8) igualmente apoiado sobre roletes posicionados no topo da parede interna do tanque (1).
[0050] O prato porta-moldes (7) é constituído por uma estrutura planificada na forma de coroa circular compreendendo uma pluralidade de setores (7D) com aberturas retangulares (7C) radialmente dispostas, onde são encaixados os moldes de picolés (9).
[0051] No fundo do tanque de congelamento (1) é provido um distribuidor tubular (4) de fluido congelante, constituído por um tubo rígido dotado de múltiplos orifícios angulados (19). Dito tubo distribuidor (4) é alimentado pelo fluido congelante sob pressão fornecido pela conexão a uma bomba centrífuga (35) visível na Fig. 6. Os jatos de fluido congelante provenientes desses orifícios provocam uma turbulência no fluido contido no tanque de congelamento, melhorando a eficiência da transmissão de calor.
[0052] No interior do tanque de congelamento (1) há um dispositivo de desmolde compreendendo um nicho substancialmente paralelepipédico (29) em cujo interior está acomodada uma caixa (40) verticalmente deslocável que, em sua posição elevada, acomoda dentro de si um molde de picolés (9).
[0053] Segundo mostra a FIG. 5, o fundo dessa da caixa é acoplado a um pistão elevador (30) posicionado verticalmente embaixo do tanque de congelamento, cuja haste transpassa o seu fundo.
[0054] A FIG. 3 mostra a vista superior do tanque com um nicho (29) para acomodar o dispositivo de desmolde, além do distribuidor de fluido (4) e seus orifícios angulados (19), o vertedouro em forma de calha (5) adjacente à parede interna do tanque de congelamento em forma de canal toroidal, e os roletes (11), detalhados mais adiante.
[0055] O custo da construção em fibra de vidro é bastante reduzido quando comparado aos tanques convencionais feitos em aço inoxidável, além de permitir detalhes de rebaixos, acomodações de conexões e cantos arredondados (mais higiênicos), praticamente impossíveis de serem feitos com chapas de aço inoxidável soldadas. Jateamento de fluido congelante
[0056] Dentro do tanque de congelamento (1) é posicionado um distribuidor de fluido (4) congelante, situado por baixo dos moldes (9), constituído por um tubo de aço inoxidável dotado de pequenos orifícios angulados (19) de maneira que, sob ação de uma bomba centrífuga (35), mostrada na Fig. 6, este fluido seja lançado sob pressão na forma de jatos contra cada molde de picolés (9) acima deles, promovendo a agitação do fluido e consequente congelamento rápido dos picolés.
[0057] A disposição dos orifícios (19) de jateamento é projetada de tal forma que todos os picolés de cada molde (9) sejam congelados uniformemente, permitindo inserir recheios pastosos em quantidades iguais na parte central de cada picolé (ao redor do palito de madeira), uma vez que esta é a região onde o congelamento ocorre por último (o congelamento do picolé ocorre da parede do molde para seu centro, onde fica o palito de madeira). Se o congelamento dos picolés não for uniforme, um picolé terá mais ou menos espaço em seu miolo para acomodar o recheio, quando comparado a outro picolé.
Pulmão de fluido e vertedouro de nível constante
[0058] O fluido bombeado e jateado embaixo dos moldes de picolés (9), por sua vez, é escoado por cima da soleira (5A) da calha do vertedouro (5), dita soleira estando associada à parede interna do tanque de congelamento em forma de canal toroidal. A função de dita soleira é assegurar que o nível (N.L.) do fluido congelante no tanque de congelamento (1) seja mantido constante, de maneira a garantir que os moldes de picolés (9) fiquem sempre 100% banhados.
[0059] Dita calha (5) também tem a função de pulmão (estoque) de fluido, cuja principal vantagem é possibilitar a substituição parcial ou integral de moldes de picolés (9) por outros de maior ou menor volume imerso (picolés de maior ou menor tamanho), sem a necessidade de regular manualmente o nível de fluido para que todos os moldes fiquem imersos no nível adequado o qual corresponde, como já citado, à soleira (5A) do vertedouro em forma de calha.
[0060] Também se pode trabalhar com parte dos moldes, para produções menores, ficando espaços vazios nos pratos porta-moldes (7), que são providos de tampas para este caso, sendo que o nível do fluido congelante é automaticamente ajustado para cobrir os moldes presentes na altura adequada. A evaporação ou outras perdas de fluido durante longos períodos de operação também são compensadas automaticamente por este pulmão, mantendo sempre constante o nível do tanque de congelamento.
[0061] Tal construção não está presente em nenhum equipamento semi-industrial linear no mercado. Nas máquinas lineares o operador precisa controlar visualmente o nível de fluido, tanto para substituição de moldes por outros de volume diferente, quanto para repor as perdas por evaporação e manuseio, consideravelmente grandes por se tratar de um sistema aberto.
[0062] A calha do vertedouro (5) é construída com fundo inclinado de maneira que o fluido congelante seja conduzido para seu ponto mais baixo, onde está localizado o duto de sucção (6) da bomba de circulação. O recalque dessa bomba força o fluido a passar por um trocador de calor (36), mostrado na Fig. 6, e em seguida o reconduz novamente para o distribuidor de fluido (4).
Prato giratório porta-moldes
[0063] Sobre o tanque de congelamento (1) é colocado o prato porta-moldes (7) em forma de coroa circular, constituído por setores circulares (7D) com recortes (7C) para encaixe preciso de cada molde de picolés (9) e fixadores de moldes interno (10) e externo (não referenciado). Estes setores podem ser feitos em plástico (usinado, roto moldado ou laminado em fibra de vidro) ou até em aço inoxidável de pequena espessura. A alternativa roto moldada pode ser preenchida com poliuretano em seu interior, configurando um isolamento térmico que evita a condensação de água sobre as placas. A alternativa plástico usinado, com espessura adequada, também possui essa vantagem.
[0064] Abaixo dessas placas existem roletes (11) fixados no tanque de congelamento que possibilitam o giro do conjunto completo de moldes de picolés, movimentados pelo disco de tração (8), também feito em plástico ou em aço inoxidável, que por sua vez é acionado em seu centro pelo motorredutor de passo (12). Devido ao baixo peso dessa estrutura, não há a necessidade de um mancal central robusto para apoiá-la, como nas máquinas giratórias industriais conhecidas do estado da técnica. Elimina-se também a necessidade de vários pistões pneumáticos como nas máquinas lineares tipo "vai-e-vem". O motorredutor de passo (12) é controlado eletronicamente de forma a movimentar com precisão, de acordo com a velocidade de produção desejada, o prato porta- moldes, em intervalos angulares correspondentes à distância entre moldes adjacentes.
[0065] Os recortes ou aberturas retangulares (7C) para acomodar os moldes providos no prato porta-moldes (7) evitam que um molde (9) empurre outro durante o processo de produção (o que pode danificar os moldes com o tempo de uso), como nas máquinas lineares, e também fecham o ambiente dos moldes (9) contra respingos de fluido congelante, muito comuns nas máquinas lineares de sistema aberto. O sistema ora proposto assemelha-se àquele utilizado no prato giratório das máquinas industriais conhecidas, com a enorme vantagem de permitir a remoção de cada molde (9) individualmente a qualquer momento, tanto para lavagem quanto para qualquer eventualidade (substituição por outro modelo de molde, manutenção, etc.).
Desmolde de picolés
[0066] O dispositivo de desmolde opera sem que haja necessidade de retirar o molde (9) e mergulhá-lo num tanque de água quente, tal como ocorre nas máquinas lineares. De acordo com a invenção, tal dispositivo compreende uma caixa de aço inoxidável (40) que é movimentada verticalmente por um pistão elevador (30) dentro de um nicho (29), entre uma posição inferior e uma posição superior.
[0067] Antes da operação de desmolde - a qual se inicia quando o motor de passo posiciona o molde com os picolés congelados na estação de desmolde, ou seja, sobre o nicho (29) - tal caixa (40) se encontra na posição inferior, ou seja, junto ao fundo do tanque de congelamento, estando imersa no fluido congelante (em baixa temperatura) e cheia desse fluido.
[0068] Ao iniciar-se o ciclo de desmolde, um pistão elevador (30) promove a elevação da dita caixa, guiada por dois tubos (42) e (44), que transpassam a parede externa (2) do canal toroidal (1) à qual estão rigidamente fixados. Ao atingir a posição de máxima elevação, dita caixa acomoda em seu interior o molde de picolés congelados (9).
[0069] O fluido congelante é então drenado através do tubo (44) e pela eletroválvula (43) que encaminha esse fluido para um tanque frio (38), segundo indicado pela seta (F) na FIG. 5. Uma bomba (39) envia esse fluido para o pulmão (5) que funciona como reservatório do fluido congelante.
[0070] Em seguida, a bomba (31) é acionada, enviando sob pressão o fluido aquecido, contido no tanque (33), para o tubo (42), como simbolizado pela seta (Q) na FIG. 5. O referido tubo introduz esse fluido numa tubulação horizontal (41) dotada de uma pluralidade de perfurações voltadas para cima, através das quais o fluido quente é lançado sob a forma de jatos que atingem os copos do molde (9). O uso de tais jatos, simbolizados na FIG. 5. pelas setas verticais pequenas, aumenta a eficiência na troca de calor, que resulta no desmolde dos picolés em cerca de 3 segundos. A técnica de desmoldagem por meio de jatos apresenta a vantagem adicional de dispensar o enchimento da caixa com fluido quente, sendo utilizado um volume equivalente a apenas cerca de 1/3 de sua capacidade. O fluido jorrado embaixo dos copos de picolés é imediatamente drenado pelo tubo (44) conforme a seta (Q).
[0071] O fluido drenado é encaminhado, mediante a eletro válvula (43), ao tanque de aquecimento (33) onde é aquecido por meio de resistências elétricas para ser reencaminhado pela bomba (31) ao tubo (42) e à caixa (40).
[0072] Na parte superior do molde, que está preso no prato porta- molde (7), por intermédio dos fixadores de moldes (10), um operador apenas retira manualmente o extrator (9A) com os vinte e oito palitos de picolés presos nele.
[0073] Terminado o ciclo de desmolde, com a retirada dos picolés e o esvaziamento completo da caixa (40), o pistão elevador (30) desce a caixa para o fundo do tanque de congelamento (1), onde a mesma é novamente inundada com fluido congelante.
[0074] O acionamento do pistão elevador (30) é feito por uma derivação da tubulação de fluido congelante associada à bomba centrífuga (35) de fluido congelante, indicada na Fig. 6, aproveitando a pressão fornecida por essa bomba, processo este que também é objeto da presente invenção. Tal acionamento do pistão elevador pode também ser feito por ar comprimido ou por motor elétrico.
[0075] Uma vez abaixada a caixa (40), o prato porta-moldes (7) está pronto para girar mais um passo, quando outro molde será posicionado na estação de desmolde, e assim por diante.
[0076] Importante ressaltar que o fluido congelante e o fluido de aquecimento são iguais, porém trabalham em circuitos diferentes de maneira a evitar perdas térmicas, não havendo mistura entre os fluidos quente e frio. Essa separação é proporcionada pelo conjunto de eletroválvulas e pelo sistema de esvaziamento e enchimento da caixa de desmolde, conforme explicado anteriormente.
[0077] Por oportuno, deve-se observar que o tubo de drenagem (44) não possui conexão hidráulica com o tubo perfurado (41). Há apenas uma conexão mecânica entre eles. A caixa (40) é fixada ao pistão elevador (30) de modo que somente ela suba e desça, enquanto os tubos verticais (42) e (44) formam uma espécie de “ponte” com o tubo (41),fixada ao fundo do tanque de fibra de vidro.
[0078] Mais especificamente, a válvula (43) posicionada na parte inferior do tubo (44) mostrada na Fig. 4, direciona o fluido drenado para tanques separados, um para fluido quente (33) e outro para fluido frio (38), que ficam na parte inferior do equipamento. O tanque de fluido frio possui uma pequena bomba (39) que leva este fluido de volta ao tanque pulmão (5) da máquina por intermédio do tubo (45). O tanque de fluido quente (33) possui outra bomba (31) para efetuar o jato quente embaixo do molde (9), através do tubo (42), retornando ao mesmo tanque pelo tubo (44). Dentro do tanque quente (33) estão posicionadas resistências elétricas para aquecer o fluido novamente.
[0079] A caixa de desmolde possui volume interno aproximado de 10 litros, suficiente para envolver o molde de picolés. O tanque frio (38) possui volume pouco superior pois recebe e bombeia o volume completo da caixa de desmolde. O tanque quente (33) por sua vez, também possui volume aproximado de 10 litros porém recebe e bombeia somente 3 litros para a caixa de desmolde, sendo o fluido restante utilizado para manter as resistências elétricas sempre cobertas por fluido.
[0080] Uma guarnição de borracha (38) ao redor da caixa evita que respingos do jato de fluido abaixo do molde saiam da caixa e contaminem os picolés.
[0081] Comparado ao dispositivo de desmolde utilizado em máquinas circulares industriais, que não possui partes móveis, o mesmo aparenta ser desvantajoso, ao adotar meios que sobem e descem para fazer o desmolde dos picolés. Entretanto, a configuração adotada resulta em alta eficiência energética tendo em vista que utiliza apenas 3 litros de fluido quente para desmoldar 28 picolés, enquanto máquinas industriais utilizam cerca de 20 litros de fluido aquecido para cada 10 picolés. O espaço ocupado pelo conjunto de desmolde proposto pela invenção é cerca de 1/3 do espaço ocupado pelo conjunto de desmolde de máquinas industriais. O custo final resulta bastante inferior na solução aqui proposta, uma vez que o funcionamento das máquinas industriais, para que o sistema de desmolde não tenha partes móveis, exige tanques e outros aparatos de difícil construção e operação.
Estrutura do equipamento
[0082] A Fig. 7 mostra um conjunto de cantoneiras parafusadas (20) sobre o qual é apoiado o tanque de congelamento (1). Ao redor do conjunto são colocadas placas (21), de inox, como revestimento. Em sua parte inferior estão dispostos rodízios para movimentação do equipamento bem como sapatas (22) com altura regulável para seu nivelamento correto.
Dosadores
[0083] Na FIG. 2 é mostrado o nicho (29) que acomoda o dispositivo de desmolde onde está acomodada a caixa móvel. Ao lado esquerdo desse nicho está posicionado o painel de controle (27) do equipamento.
[0084] Segundo mostra a FIG. 2, nas estações seguintes ao desmolde podem ser posicionados dosadores de líquidos (23), de particulados (24) e de recheios (25), além de palitador, não mostrado na figura, de forma similar ao que é feito hoje em máquinas lineares.
[0085] Cada dosador é acomodado sobre estruturas móveis (28) providas de rodízios com o intuito de facilitar seu posicionamento em função do tipo de picolé a ser produzido.
[0086] Por exemplo, um picolé de três sabores pode precisar de três dosadores de líquidos apenas, um de cada sabor, enquanto um picolé mais elaborado, com particulados em sua mistura (como amendoim, castanhas etc.) pode necessitar apenas de um dosador de particulados e assim por diante. Máquinas semi-industriais convencionais acomodam os dosadores sobre o tanque, tornando difícil o rearranjo destes em função do tipo de picolé a ser produzido.
[0087] A operação de extração dos picolés dos moldes também pode ser feita por um atuador automatizado, utilizando-se um braço giratório que dispensa os picolés diretamente sobre a esteira de uma embaladora, ou até mesmo sistemas de banho de chocolate, como nas máquinas giratórias industriais.
Parte inferior do equipamento
[0088] A Fig. 6 apresenta o conjunto de dispositivos que estão posicionados abaixo do tanque de congelamento. São eles: a bomba (31) de desmolde e o tanque de fluido quente (33), proporcionando fluido quente sob pressão para alimentar a tubulação (41) produtora dos jatos de desmolde; o painel de controle (27) que é conectado à caixa elétrica de modo a acionar todos os dispositivos da máquina; o compressor de refrigeração (34) que trabalha em conjunto com o condensador (37) e o trocador de calor (36) de maneira a manter a temperatura do fluido congelante em temperaturas que podem ultrapassar -30°C; a bomba centrífuga (35) que é responsável por circular e jatear o fluido embaixo dos moldes e promover o congelamento dos picolés, além de fornecer fluido sob pressão para acionamento do pistão elevador (30); o motor de passo (12) que movimenta os pratos porta-moldes (7), de maneira intermitente, posicionando o molde com picolés já congelados sobre a estação de desmolde e os moldes subsequentes nas estações de dosagem.
[0089] O equipamento não possui acionamentos pneumáticos e elimina a necessidade de unidade de ar comprimido, acessório indispensável, e caro, utilizado nas máquinas convencionais.
[0090] A disposição dos componentes dentro da estrutura hexagonal de cantoneiras resulta bastante compacta, com 2,3 metros de diâmetro externo do equipamento e área ocupada 30% inferior aos equipamentos lineares convencionais.
Fluido congelante
[0091] Numa primeira concretização da invenção, foi utilizado um fluido congelante produzido por uma empresa química dos EUA, capaz de manter baixa viscosidade em temperaturas inferiores às atingidas pelo cloreto de cálcio. Trata-se de um fluido compreendendo hidrocarbonetos parafínicos, imiscível em água, não corrosivo e com baixíssimo índice de evaporação, além de ter excelentes propriedades térmicas em baixas temperaturas. O alto custo deste fluido é compensado, no sistema proposto, pela diminuição do volume necessário, uma vez que o tanque de congelamento é confeccionado de maneira a minimizar seu volume interno.
[0092] Com efeito, na técnica conhecida, tal volume varia entre 400 e 600 litros nas máquinas lineares chegando a cerca de 2000 litros nas máquinas industriais. Em contraposição, o sistema da invenção utiliza apenas 200 litros desse fluido congelante, sendo um dos seus fornecedores a empresa Paratherm, que comercializa o dito fluido sob o nome de Paratherm LR®.
[0093] Embora esse fluido já seja conhecido, a sua utilização em circuito aberto é uma inovação importante, tendo em vista que o Paratherm LR® é imiscível em água. Dessa forma, qualquer pequena quantidade de água que venha a ser condensada dentro do tanque, mesmo proveniente do ar úmido ali existente, poderá congelar imediatamente ao cair no fluido congelante, formando flocos de gelo que geralmente obstruem os trocadores de calor do equipamento e muitas vezes bloqueiam completamente o bombeamento do fluido.
[0094] Para resolver esse problema, o inventor adicionou, após exaustivas pesquisas e testes, de 5 a 10% de uma substância higroscópica de baixo ponto de congelamento, tal como o propileno glicol ou o álcool, ao Paratherm LR®. Embora o propileno glicol também não se misture com o Paratherm LR®, ele serve para absorver as eventuais gotas d'água que porventura caiam no fluido congelante, uma vez que ele é miscível em água.
[0095] Ao iniciar o bombeamento, é formada uma emulsão entre o Paratherm LR® e o propileno glicol, separando-se completamente após algumas horas do desligamento da bomba; o propileno glicol ocupa a parte inferior do tanque e pode, assim, ser facilmente drenado quando estiver saturado com água.
[0096] Essa mistura e a forma como ela é utilizada também é objeto da presente invenção, uma vez que, além de inovadora, traz grandes vantagens, ressaltando que a formulação do Paratherm LR® não é apresentada, por ser um produto comercial e a sua fórmula não é disponibilizada pelo fabricante.
[0097] De modo vantajoso, dito fluido à base de hidrocarbonetos pode ser substituído por uma solução salina que não ataca o aço inoxidável nem a maioria dos materiais, como ocorre com o cloreto de cálcio usado em máquinas industriais convencionais. Também não agride polímeros, como ocorre com o Paratherm.
[0098] Trata-se do formiato de potássio (KHCO2) misturado com água deionizada, na proporção em peso entre 30% e 60% de formiato de potássio, ao qual podem ser adicionados compostos anti corrosivos que protegem contra materiais específicos, como ligas de cobre e alumínio. Ao contrário do Paratherm, esta solução não é inflamável, além de ser atóxica e biodegradável (Paratherm não é biodegradável nem 100% atóxico). A faixa de pH em que dita solução é menos corrosiva vai de 7 a 8, sendo o valor do pH ajustado mediante borbulhamento de CO2 ou adição de doses controladas de Fosfato de Dipotássio a 50%.
[0099] Como a máquina da invenção possui um tanque (33) onde o fluido precisa ser aquecido a 50°C (ou mais) para desmolde dos picolés, o formiato de potássio mostrou-se 100% seguro, enquanto o Paratherm pode ser perigoso, caso algum problema venha a acontecer no controle das resistências elétricas de aquecimento e a temperatura ultrapassar os 80°C.
[00100] O controle da densidade dessa mistura é simples, uma vez que somente a água evapora dela (o sal permanece no tanque). O método da invenção compreende ainda o controle de sua acidez (pH), que tem influência direta sobre um eventual potencial corrosivo da substância. Segundo mencionado, a faixa de valores de pH na qual essa solução é monos corrosiva é entre 7 e 8.
Vantagens da máquina construída de acordo com a invenção
[00101] O objeto da presente invenção constitui-se, portanto, numa produtora de picolés giratória, com custo semelhante ou até inferior ao dos modelos lineares, eliminando todos os inconvenientes destes últimos e superando o modelo giratório industrial em diversos aspectos. Segue a relação das vantagens da invenção.
[00102] Permite trabalhar com mais de um tipo de fluido congelante, em temperaturas inferiores a -30°C, tanto com a utilização do Paratherm LR® + propileno glicol, como com a solução de formiato de potássio, a qual, além das vantagens acima citadas, possui custo substancialmente inferior ao Paratherm LR®.
[00103] É construída com componentes de aço inoxidável comum, pois não emprega agentes corrosivos como o cloreto de cálcio. Também podem ser usados plásticos de diversos tipos em sua construção.
[00104] O acionamento do prato porta-moldes rotativo, por sua leveza, pode ser feito por um único atuador, com potência inferior àquela das máquinas lineares semi industriais e nas giratórias industriais.
[00105] Assim como nas máquinas giratórias industriais, não há contato direto dos picolés com o fluido congelante, pois este fica abaixo do disco giratório, que por sua vez acomoda de forma hermética cada um dos moldes em seus encaixes.
[00106] O sistema de encaixe dos moldes elimina a evaporação intensa do fluido congelante, uma vez que este circula em ambiente fechado e não aberto como em máquinas lineares convencionais. Além disso, o material plástico e isolante térmico diminui drasticamente a absorção, pelo fluido congelante, de água condensada do ar ambiente, água esta que aumenta a viscosidade do fluido em pouco tempo e diminui a velocidade de produção de picolés.
[00107] Grande facilidade de posicionamento das unidades dosadoras, uma vez que são acomodadas sobre suportes móveis independentes e não sobre o tanque, como em máquinas lineares convencionais.
[00108] É grande a facilidade de retirada de cada molde da máquina no final do dia para serem lavados em lavadoras de louça industriais, com água quente, detergentes e sanitizantes, num processo 100% seguro e prático. Nas máquinas industriais um operador precisa literalmente subir no prato giratório e lavar os moldes com mangueira d'água, num processo bastante rudimentar, para depois succionar ou expulsar, com sopro de ar comprimido, a água restante nos moldes dos picolés.
[00109] Por utilizar moldes comerciais padronizados e de baixo custo, a troca de formatos de picolés (existem vários modelos ofertados pelos fabricantes de moldes) também fica bastante facilitada. Nas máquinas industriais é preciso trocar o prato porta-moldes inteiro quando se deseja produzir picolés de outros formatos, numa operação que demanda pelo menos um dia de trabalho.
[00110] Não há necessidade de retirar os moldes do tanque de congelamento para serem imersos num tanque de água quente, pois no sistema da invenção o dispositivo de desmolde está posicionado no próprio tanque de congelamento, como já explicado, com a vantagem de utilizar o mesmo fluido utilizado para congelamento, porém aquecido. As máquinas lineares convencionais, ao utilizarem água no tanque de desmolde, fazem com que os moldes tragam gotas d'água para o tanque de congelamento, que acaba saturando o álcool ou glicol ali presentes, aumentando a viscosidade da mistura e diminuindo significativamente a velocidade de produção. Normalmente, nas máquinas lineares, é necessário substituir completamente o álcool ou o propileno glicol a cada 15 dias de trabalho contínuo.
[00111] Não há necessidade de regular o nível de fluido congelante visualmente, constantemente e de forma manual, como nas máquinas lineares convencionais, pois o sistema de vertedouro em canaleta circular (5) faz isso automaticamente, mesmo quando são colocados moldes de picolés com volumes diferentes ou a máquina trabalha com menos moldes que o máximo permitido, para produções menores.
[00112] O maquinário proposto de acordo com a invenção pode também trabalhar com propileno glicol no tanque de congelamento, caso o produtor prefira ou não tenha acesso ao Paratherm LR® ou ao Formiato de Potássio, porém as temperaturas de operação não poderão ser inferiores -20°C. A evaporação do propileno glicol neste maquinário é sensivelmente reduzida, bem como a absorção de umidade, uma vez que trabalha em ambiente fechado pelo prato porta-moldes giratório e não em ambiente aberto como em máquinas lineares convencionais.
[00113] Não utiliza unidades de ar comprimido para acionamento do prato giratório nem do sistema de desmolde. As unidades de dosagem também podem ser fornecidas com acionamento elétrico e não pneumático. As máquinas disponíveis no mercado, sejam elas semi-industriais ou industriais, exigem o uso de ar comprimido para sua operação.
[00114] Embora a presente invenção tenha sido descrita em conexão com uma modalidade preferencial de realização, deve ser entendido que poderão ser introduzidas modificações no que se refere a certos detalhes de construção e forma, sem que isso implique afastar-se dos princípios fundamentais da invenção. Assim, pretende-se cobrir todas as alternativas, modificações e equivalentes possíveis dentro do espírito e do escopo da invenção, segundo definida no conjunto de reivindicações que se segue.

Claims (8)

1. EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS, compreendendo um tanque de congelamento em forma de canal toroidal (1) contendo líquido refrigerante, ao qual é superposto um porta-moldes rotativo, caracterizadopelo fato de dito porta-moldes ter o formato de uma coroa circular (7), formada pela junção de uma pluralidade de setores (7D) afixados à periferia de um disco de tração (8) acionado por um motor de passo (12), ditos setores compreendendo aberturas retangulares (7C) radialmente dispostas em que se encaixam moldes (9), as porções inferiores dos moldes estando imersas no líquido refrigerante cujo nível (N.L.) é aquele da soleira (5A) da calha do vertedouro (5) que circunda a parede interna do tanque de congelamento em forma de canal toroidal, em cujo fundo é provida uma tubulação rígida (4) disposta no fundo de dito canal dotada de uma pluralidade de orifícios radiais orientados em ângulos diversos (19) através compreender ainda um dispositivo de desmolde compreendendo um nicho paralelepipédico (29) orientado radialmente dentro de dito tanque de congelamento (1) contendo uma caixa (40) verticalmente deslocável, que acomoda em seu interior ditos moldes (9) quando em sua posição superior, dita caixa contendo no seu fundo uma tubulação horizontal (41) provida de uma pluralidade de furos voltados para cima, através das quais um fluido quente é lançado sob a forma de jatos que atingem ditos moldes (9), sendo dito fluido drenado e encaminhado a um tanque de aquecimento (33).
2. EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de dito canal toroidal possuir parede dupla (1A, 2) formando um sanduíche onde o espaço entre ditas paredes é preenchido com um isolante térmico rígido (3).
3. EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de dita caixa (40), quando na posição superior, ser conectada a uma primeira tubulação (42) através da qual um fluido quente impelido sob pressão por uma bomba (31), ligada a um tanque de aquecimento (33), é introduzido em dita tubulação horizontal (41).
4. EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a drenagem de dito fluido quente ser provida por uma segunda tubulação (44) de drenagem de fluido, dito tubo tendo sua extremidade inferior conectada a uma válvula (43) com saídas para um tanque frio (38) e para um tanque de aquecimento (33).
5. EQUIPAMENTO CIRCULAR COM DESMOLDADOR AUTOMÁTICO PARA PRODUÇÃO DE PICOLÉS, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de compreender um vertedouro em forma de calha (5) escoando por cima da soleira (5A) de dita calha do vertedouro (5), dita soleira estando associada à parede interna do tanque de congelamento em forma de canal toroidal.
6. MÉTODO DE PRODUÇÃO DE PICOLÉS em que uma pluralidade de moldes (9) está disposta de forma radial num porta-moldes rotativo, apoiado por meio de roletes (11) num tanque de congelamento (1) em forma de canal toroidal e cujo deslocamento é efetuado de forma intermitente por um motor de passo (12), ditos moldes estando imersos num fluido congelante contido no dito tanque, caracterizado por compreender as seguintes etapas: (i) despejar por meio de dosadores (23, 24, 25), os ingredientes dentro dos moldes; (ii) congelar ditos ingredientes mediante contato dos moldes com o fluido congelante agitado, onde dita agitação é provida pelo jateamento do fluido através de orifícios angulados (19) providos num distribuidor tubular (4) situado abaixo dos ditos moldes (9), e pelo fato de o controle do nível (N.L.) de dito fluido congelante ser mantido por meio de um vertedouro (5) em forma de calha, cuja soleira (5A) está associada à parede interna de dito canal toroidal; (iii) desmoldar os picolés em um dispositivo de desmolde numa operação que compreende os seguintes passos: - posicionar, por meio do motor de passo (12), o molde (9) sobre a estação de desmoldagem; - acionar o pistão (30) de modo a elevar a caixa (40), inicialmente no fundo do tanque, para uma posição superior, acomodando em seu interior o molde (9) com os picolés congelados; - drenar o fluido congelante contido na caixa (40) através do tubo (44) e válvula (43), encaminhando esse fluido para um tanque frio (38); - bombear o fluido congelante do tanque frio (38) para o vertedouro (5). - acionar a bomba (31) conectada ao tanque aquecido (33) enviando o fluido aquecido através do tubo (42) para uma tubulação horizontal (41) perfurada que lança jatos de dito fluido aquecido contra os copos do molde (9); - drenar o líquido aquecido através do tubo (44) e válvula (43) para o tanque aquecido (33); - extrair os picolés mediante retirada manual de um extrator (9A) ao qual estão presos os palitos dos picolés; - retornar a caixa (40) para o fundo do tanque de congelamento e girar em um passo o disco porta-moldes (7).
7. MÉTODO DE PRODUÇÃO DE PICOLÉS de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de dito fluido congelante compreender uma mistura de um líquido contendo hidrocarbonetos parafínicos com uma substância higroscópica.
8. MÉTODO DE PRODUÇÃO DE PICOLÉS de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de dita substância higroscópica ser selecionada dentre o grupo que compreende o álcool e o propileno glicol.
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