BR102017027278A2 - configuração de lente de zona de tratamento de centro mais alto e método para prevenir e/ou desacelerar a progressão da miopia - Google Patents

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Abstract

configuração de lente de zona de tratamento de centro mais alto e método para prevenir e/ou desacelerar a progressão da miopia. a presente invenção refere-se a lentes de contato que incorporam perfis de potência de add ou de potência mais alta que pelo menos desaceleram, retardam ou impedem a progressão da miopia e minimizam o efeito de halo. a lente inclui uma zona central com uma potência de add para tratamento contra progressão da miopia e pelo menos uma potência de correção de visão de miopia em uma região periférica que circunda a zona central.

Description

(54) Título: CONFIGURAÇÃO DE LENTE DE ZONA DE TRATAMENTO DE CENTRO MAIS ALTO E MÉTODO PARA PREVENIR E/OU DESACELERAR A PROGRESSÃO DA MIOPIA (51) Int. Cl.: G02C 7/04 (30) Prioridade Unionista: 19/12/2016 US 15/383,414 (73) Titular(es): JOHNSON & JOHNSON VISION CARE, INC.
(72) Inventor(es): NOEL A. BRENNAN; XU CHENG; MICHAEL J. COLLINS; BRETTA. DAVIS; JACLYN HERNANDEZ; C. BENJAMIN WOOLEY; FAN Yl (85) Data do Início da Fase Nacional:
18/12/2017 (57) Resumo: CONFIGURAÇÃO DE LENTE DE ZONA DE TRATAMENTO DE CENTRO MAIS ALTO E MÉTODO PARA PREVENIR E/OU DESACELERAR A PROGRESSÃO DA MIOPIA. A presente invenção refere-se a lentes de contato que incorporam perfis de potência de ADD ou de potência mais alta que pelo menos desaceleram, retardam ou impedem a progressão da miopia e minimizam o efeito de halo. A lente inclui uma zona central com uma potência de ADD para tratamento contra progressão da miopia e pelo menos uma potência de correção de visão de miopia em uma região periférica que circunda a zona central.
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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para CONFIGURAÇÃO DE LENTE DE ZONA DE TRATAMENTO DE CENTRO MAIS ALTO E MÉTODO PARA PREVENIR E/OU DESACELERAR A PROGRESSÃO DA MIOPIA.
REFERÊNCIA CRUZADA AO PEDIDO RELACIONADO [0001] O presente pedido é uma continuação-em-parte do pedido de patente US N°de série 14.464.182, depositado em 20 de agosto de 2014.
Antecedentes da Invenção
Campo da Invenção [0002] A presente invenção refere-se a lentes oftálmicas e, mais particularmente, a lentes de contato projetadas para desacelerar, retardar ou prevenir a progressão da miopia no usuário. As lentes oftálmicas da presente invenção compreendem uma zona de tratamento de ADD alta ou mais alta, evitando e/ou desacelerando assim a progressão da miopia.
Discussão da Técnica Relacionada [0003] As condições comuns que levam a acuidade visual reduzida são miopia e hipermetropia, para as quais lentes corretivas na forma de óculos, ou lentes de contato rígidas ou suaves, são prescritas. As condições são geralmente descritas como o desequilíbrio entre o comprimento do olho e o foco dos elementos ópticos do olho. Os olhos miópicos focam na frente do plano retiniano e os olhos hipermetropes focam atrás do plano retiniano. A miopia se desenvolve tipicamente devido ao fato de que o comprimento axial do olho cresce e se torna mais longo do que o comprimento focal dos componentes ópticos do olho, ou seja, o olho cresce demais. Tipicamente, a hipermetropia se desenvolve porque o comprimento axial do olho é muito curto em comparação ao comprimento focal dos componentes ópticos do olho, ou seja, o olho não cresce o suficiente.
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2/26 [0004] A miopia tem uma alta taxa de prevalência em muitas regiões do mundo. De maior preocupação com essa condição é a possível progressão para miopia alta, por exemplo, maior do que cinco (5) ou seis (6) dioptrias, o que afeta drasticamente a capacidade de uma pessoa de realizar suas atividades sem auxílios ópticos. A miopia alta é também associada a um risco aumentado de doença retiniana, catarata e glaucoma.
[0005] Lentes corretivas são utilizadas para alterar o foco bruto do olho para proporcionar uma imagem mais nítida no plano retiniano, deslocando o foco da frente do plano para corrigir a miopia, ou de trás do plano para corrigir hipermetropia, respectivamente. No entanto, a abordagem corretiva às condições não trata a causa da condição, e sim é meramente prostética ou destinada a tratar os sintomas.
[0006] A maioria dos olhos não tem simples miopia ou hipermetropia, mas tem astigmatismo miópico ou astigmatismo hipermetrópico. Erros astigmáticos de foco fazem com que a imagem de uma fonte de ponto de luz se forme como duas linhas mutuamente perpendiculares em diferentes distâncias focais. Em uma discussão anteriormente mencionada, os termos miopia e hipermetropia são utilizados para incluir miopia simples ou astigmatismo miópico, e hipermetropia ou astigmatismo hipermetrópico respectivamente.
[0007] A emetropia descreve o estado de visão nítida em que um objeto no infinito está em foco relativamente preciso com as lentes do cristalino relaxadas. Em olhos adultos normais ou emetrópicos, a luz proveniente tanto de objetos distantes quanto de objetos próximos e passando pela região central ou paraxial da abertura ou pupila é focada pela lente do cristalino dentro do olho, próximo ao plano retiniano onde a imagem invertida é sentida. Observa-se, no entanto, que a maior parte dos olhos normais exibe uma aberração esférica longitudinal positiva, geralmente na região de cerca de +0,50 dioptria (D) para
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3/26 uma abertura de 5,0 mm, o que significa que os raios que passam através da abertura ou da pupila em sua periferia são focados +0,50 D na frente do plano retiniano quando o olho está focado ao infinito. Como utilizado no presente documento, a medida D é a potência dióptrica, definida como o recíproco da distância focal de uma lente ou sistema óptico, em metros.
[0008] A aberração esférica do olho normal não é constante. Por exemplo, a acomodação (a mudança na potência óptica do olho derivada primariamente através de mudanças na lente do cristalino) faz com que a aberração esférica mude de positiva para negativa.
[0009] Conforme observado, a miopia tipicamente ocorre devido ao crescimento axial ou alongamento excessivos do olho. Hoje em dia, é geralmente aceito, primariamente pela pesquisa com animais, que o crescimento axial do olho pode ser influenciado pela qualidade e pelo foco da imagem retiniana. Experimentos realizados em uma faixa de diferentes espécies de animais, que utilizaram inúmeros paradigmas experimentais diferentes, ilustraram que alterar a qualidade de imagem retiniana pode levar a mudanças consistentes e previsíveis no crescimento do olho.
[0010] Além disso, o desfocamento da imagem retiniana tanto em aves quanto em modelos de animais primatas, através de lentes positivas (desfocamento míope) ou lentes negativas (desfocamento hipermetrópico), é conhecido por levar a mudanças previsíveis (em termos tanto de direção quanto de magnitude) no crescimento de olho, o que é consistente com os olhos crescerem para compensar pelo desfocamento imposto. Foi mostrado que as alterações no comprimento do olho associadas ao embaçamento óptico são moduladas por alterações tanto no crescimento da esclera quanto na espessura da coroide. O embaçamento com lentes positivas, o que leva ao embaçamento miópico e a uma diminuição na taxa de crescimento escleral, resulta
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4/26 no desenvolvimento de erros refrativos hipermetrópicos. O embaçamento com lentes negativas, o que leva a um embaçamento hipermetrópico e a um aumento na taxa de crescimento escleral, resulta no desenvolvimento de erros refrativos miópicos. Pode-se constatar que essas mudanças de crescimento de olho em resposta ao desfocamento de imagem retiniana são em grande parte mediadas por meio de mecanismos retinianos locais, visto que mudanças de comprimento de olho ainda ocorrem quando o nervo óptico está danificado, e demonstrou-se que impor o desfocamento em regiões retinianas locais resulta em um crescimento de olho alterado localizado somente naquela região retiniana específica.
[0011] Em seres humanos há tanto evidência indireta quanto direta que sustenta a noção de que a qualidade de imagem retiniana pode influenciar o crescimento do olho. Constatou-se que uma variedade de diferentes condições oculares, todas as quais levam a uma perturbação na visão de formas, tal como ptose, catarata congênita, opacidade corneana, hemorragia vítrea e outras doenças oculares, estão associadas ao crescimento anormal do olho em seres humanos jovens, o que sugere que alterações relativamente grandes na qualidade de imagem retiniana de fato influenciam o crescimento do olho em indivíduos humanos. A influência de mudanças de imagem retiniana mais sutis no crescimento do olho em seres humanos também foi suposta com base nos erros ópticos no sistema de foco humano durante uma atividade relacionada a enxergar de perto, que podem fornecer um estímulo para o crescimento do olho e desenvolvimento de miopia em seres humanos.
[0012] Um dos fatores de risco para o desenvolvimento de miopia é a atividade relacionada a enxergar de perto. Devido ao atraso de acomodação ou à aberração esférica negativa associados à acomodação durante tal atividade relacionada a enxergar de perto, o olho pode
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5/26 experimentar embaçamento hipermetrópico, o que estimula a progressão da miopia conforme discutido acima. Além disso, o sistema de acomodação é um sistema óptico adaptativo ativo; o mesmo constantemente reage a objetos próximos, assim como a projetos ópticos. Independentemente de quais configurações ópticas se colocam nos olhos, quando o olho se acomoda a objetos quase próximos, o desfocamento hipermetrópico contínuo estará presente e tornará o olho míope. Portanto, uma forma de projetar a óptica de modo a reduzir a taxa de progressão de miopia é usar um sinal mais alto em relação à retina através do uso de ADD alto ou potências maiores.
[0013] O documento de patente US N° 6.045.578 descreve que a adição de aberração esférica positiva na lente de contato irá reduzir ou controlar a progressão da miopia. O método inclui mudar a aberração esférica de um sistema ocular por uma direção e grau relacionados para alterar o crescimento em comprimento ocular, em outras palavras, a emetropização pode ser regulada por aberração esférica. Nesse processo, a córnea de um olho miópico é equipada com uma lente que tem potência dióptrica crescente longe do centro da lente. Os raios de luz paraxiais que entram na porção central da lente são focados na retina do olho, produzindo uma imagem nítida de um objeto. Os raios de luz marginais que entram na porção periférica da córnea são focados em um plano entre a córnea e a retina, e produzem aberração esférica positiva da imagem na última. Essa aberração esférica positiva produz um efeito fisiológico no olho que tende a inibir o crescimento do olho, mitigando assim a tendência do olho miópico de se tornar mais longo.
[0014] Embora o nível de aberração esférica positiva e/ou de potência maior necessários para se alcançar uma ótima desaceleração na taxa de miopia não sejam evidentes, pesquisadores no campo tentaram usar dispositivos de múltiplas zonas com regiões de potência
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6/26 positiva de cerca de + 1,50 a um máximo de + 3,00 D ADD em uma tentativa de desacelerar a progressão da miopia. É importante notar que uma potência positiva de até 4,00 dioptrias também foi testada. A abordagem resultou em resultados de tratamento menores que cerca de 50 por cento. A eficácia do tratamento é definida como a alteração relativa de comprimento axial e/ou refração esférica equivalente da linha de base para um grupo de teste em comparação com a alteração do comprimento axial e/ou refração esférica equivalente de um grupo de controle, ao longo de um ano ou de um período de tempo predeterminado. Permanece uma necessidade de um tratamento para controle de miopia com eficácia maior que 50 por cento e próxima a 100 por cento. Intuitivamente, adicionar zonas de tratamento de potência mais alta forneceria maior tratamento, visto que a resposta de crescimento ocular em animais foi proporcional à potência do estímulo óptico, como relatado por Wildsoet & Wallman, Vision Research 1995. [0015] No entanto, o conhecimento convencional no campo de lentes oftálmicas bifocais ou multifocais presume que lentes com potência de ADD alta ou mais alta podem ter efeitos prejudiciais na visão e sensibilidade ao contraste, como relatado por Ardaya et al, Optometry 2004. Adicionalmente, Smith et al (US7025460) ensina o contrário de aplicar potências fora da faixa, normalmente encontrada em lentes bifocais ou multifocais para presbiopia. Eles afirmam que É importante observar que, embora o tipo apropriado de desfocamento de refração possa acionar o crescimento ocular (ou o não crescimento) levando à miopia (ou a sua regressão) no fenômeno de compensação de lente, quando a quantidade de desfocamento de refração é grande, pode haver uma degradação tão grande na qualidade de imagem devido ao severo desfocamento, que o estado óptico pode mudar para o fenômeno de privação de formas e pode induzir a miopia deste modo. Adicionalmente, eles mostram que a quantidade máxima de curvatura
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7/26 relativa do campo antes de uma degradação visual substancial ocorrer, que leva à miopia de privação de formas, se situa ao redor do equivalente esférico de + 3,50 D a + 4,00 D, o que representa o limite superior para a curvatura negativa de campo para um tratamento eficaz da miopia. Essa ideia tem impedido que os pesquisadores busquem zonas de tratamento mais altas para o controle da miopia.
[0016] Ao contrário, a pesquisa do requerente mostra que o uso de uma configuração com uma zona de distância central e uma zona de tratamento de ADD alta ou mais alta que tem 3,00 D reduz a perda de acuidade visual em relação a configurações do tipo pouco convencionais, sem impacto adicional significativo na sensibilidade ao contraste. Isso também é apoiado em trabalhos recentes de Gracia et al, OVS 2013, embora eles tenham investigado apenas uma potência de ADD de até 4,00 D, e não tenham relacionado o trabalho a um benefício potencial no controle da progressão de miopia. Esse avanço permite que configurações oftálmicas alcancem uma desaceleração significativa maior que 50 por cento na progressão da miopia, sem impactar mais negativamente a acuidade visual.
[0017] Além disso, não se espera que uma potência alta significativamente maior em relação à potência de distância leve a uma acomodação reduzida, o que pode ocorrer com uma configuração de potência de ADD mais baixo, onde um indivíduo pode depender, até um certo ponto, da potência de ADD para uma visão clara durante atividades de trabalho mais próximas, conforme foi observado durante o período de nossas pesquisas. Essa acomodação reduzida pode levar a um desfocamento hipermetrópico dos raios que passam pela porção de distância do dispositivo. Na presente invenção, o indivíduo precisa se acomodar ao longo da porção de distância da lente para uma correção visual de perto, visto que objetos retratados através das zonas de tratamento de potências mais altas estão suficientemente fora de
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8/26 foco, que não podem ser limpos com o sistema de convergência de acomodação.
[0018] Outro pesquisador no campo, R. Griffin, WO2012/173891, reivindica o alívio das tensões acomodativas e do atraso acomodativo que levam à progressão de miopia através da criação de um orifício artificial que resulta em profundidade de foco e profundidade de campo aumentadas. Em sua propriedade intelectual, a acomodação do olho é mais relaxada em contraste com a presente invenção.
[0019] Com referência agora à Figura 1, o gráfico ilustra um dispositivo com uma configuração (design) que incorpora uma zona de distância para corrigir a visão à distância, e uma zona periférica de potência maior variável. A acuidade visual foi medida com o uso de quatro métodos de escolha forçada com optótipos de Snellen progressivamente menores. O aumento de maior potência periférica para cerca de + 2,00 D a 3,00 D causa uma perda crescente de alta acuidade visual de contraste, como é comum em configurações do tipo multifocais para presbiopia. À medida que a potência periférica continua a aumentar; entretanto, o efeito relativo na acuidade visual surpreendentemente se aprimora e se eleva, de modo que acima de uma maior potência periférica de cerca de +4,00 D a +5,00 D, a perda de acuidade visual se torna relativamente constante. Isso é importante para a configuração de lentes de controle de miopia, uma vez que foi constatado que a potência mais alta (com modelos animais) tem um impacto maior no crescimento ocular, conforme relatado em Wildsoet & Wallman, Vision Research 1995.
[0020] Entretanto, uma otimização adicional de configurações de mais potência é requerida para otimizar a qualidade de imagem. Com referência agora à Figura 2, são ilustrados perfis de potência que têm potência de +5,00 D ou +10,00 D, além de uma localização radial de
2,25 mm a partir de um centro de uma lente. Os raios que passam
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9/26 através dessas regiões de potência de ADD alta ou mais alta formam focos precisos na frente da retina. Entretanto, devido à propagação contínua até a retina, esses raios formam um borrão desfocado semelhante a um anel na retina.
[0021] Conforme mostrado na seção transversal de função de espalhamento de ponto (PSF) da Figura 3, os raios provenientes das regiões de +5,00 D e +10,00 D formam picos separados na retina. Portanto, se um indivíduo olha para uma fonte de luz pontual através de lentes mais altas de +5,00 D ou +10,00 D, sua retina poderá receber um sinal de pico circundado por um halo semelhante a um anel. Geralmente, isso não é um problema quando se lê letras ou se resolve detalhes finos de objetos, porque o halo é tão fraco que o ser humano não o percebe. Todavia, isso é um problema se uma pessoa olha para uma borda preta/branca, uma borda branca/preta, uma borda clara/escura, uma borda escura/clara, e/ou qualquer borda de alto contraste, uma vez que a energia do fundo branco/preto/claro pode vazar para o preto/branco/escuro, devido à presença do pico na PSF.
[0022] Com referência agora à Figura 4, a seção transversal de imagem para os perfis de potência de +5,00 D e +10,00 D da Figura 2 em um tamanho de pupila de entrada de 6,0 mm é mostrada convolvendo a PSF com uma borda branca/preta no espaço do objeto. Uma lente que tem uma potência de 0,00 D forma uma borda precisa entre o preto e o branco (a uma localização de 0,0 mm) e, portanto, não tem uma estrutura semelhante a halo. Por outro lado, as lentes com regiões de +5,00 D e +10,00 D não têm uma borda precisa entre o preto e o branco, resultando assim em imagens nas quais o fundo preto não é completamente preto, e o fundo branco não é completamente branco na borda na imagem.
[0023] Consequentemente, a presença de um halo é uma propriedade inerente de configurações de lente de ADD alta ou mais alta. A
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10/26 presente invenção refere-se a lentes que têm zonas de tratamento de potência mais alta que são adequadas para o uso no tratamento, controle ou redução da progressão de miopia, ao mesmo tempo em que minimizam um efeito de halo.
Sumário da Invenção [0024] A configuração de lente da presente invenção supera as limitações da técnica anterior pelo fornecimento de lentes que garantem a correção da visão para longe e têm zonas de tratamento de potência mais alta que tratam, controlam ou reduzem a progressão de miopia, ao mesmo tempo que minimizam o efeito de halo.
[0025] De acordo com um aspecto, a presente invenção é direcionada a uma lente oftálmica para pelo menos um dentre desaceleração, retardo ou impedimento de progressão da miopia e para minimizar um efeito de halo. A lente oftálmica compreende uma zona óptica, sendo que a zona óptica inclui uma zona central configurada como uma zona de tratamento contra progressão da miopia, em que a zona central compreende uma potência de ADD entre + 0,5 dioptria e + 20,0 dioptrias em relação à potência negativa necessária para corrigir miopia, e pelo menos uma zona periférica circundando a zona central, onde a pelo menos uma zona periférica compreende uma região de correção de visão de miopia com uma potência negativa para correção de visão miópica; e uma zona externa circundando a zona óptica.
[0026] A lente oftálmica compreende uma zona central com potência mais alta como uma zona de tratamento contra a progressão da miopia. A potência mais alta tem o mesmo significado que a potência de ADD alta, e não resulta necessariamente em uma alta potência positiva na zona de tratamento, como é no caso, por exemplo, da correção da visão de alta hipermetropia. Em vez disso, refere-se a uma diferença em potência entre a zona de tratamento e a zona de correção de visão miópica, que é mais alta do que a tradicionalmente usada paPetição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 17/94
11/26 ra potências de adição de leitura classicamente utilizadas em lentes de adição bifocais, multifocais ou progressivas para presbiopia. Mais especificamente, a lente de contato compreende uma zona óptica e uma zona externa. A zona óptica compreende uma zona central e uma primeira zona periférica. Em outras modalidades, um número diferente de zonas pode estar presente, conforme é explicado em detalhes subsequentemente. Nessa modalidade exemplificadora, a zona central tem um diâmetro que varia de 0,50 mm a 4,00 mm, com uma potência na faixa de +5 dioptrias a +15 dioptrias. Em outras modalidades, a potência pode ser mais baixa, por exemplo, +2,5 dioptrias, e mais alta, por exemplo, +20 dioptrias. Também nessa modalidade exemplificadora, a primeira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica. Em outras palavras, a potência para corrigir o erro refrativo do indivíduo, miopia, reside na primeira zona periférica em vez de na parte central da lente. A lente de contato pode incluir uma ou mais zonas de tratamento adicionais concêntricas de mais potência fora da primeira zona periférica. Por exemplo, uma zona central mais baixa e zonas periféricas mais altas, ou uma zona central mais alta com zonas periféricas mais baixas. Mais especificamente, a primeira zona periférica que tem a potência para corrigir o erro refrativo é circundada por zonas de tratamento de mais potência. É importante observar que cada uma das zonas de tratamento pode ter a mesma potência maior, ou diferentes potências maiores. O diâmetro da primeira zona periférica e das uma ou mais zonas de tratamento adicionais concêntricas de maior potência é selecionado para fornecer um equilíbrio entre a visão adequada e o tratamento de controle da miopia. Será prontamente evidente aos versados na técnica que os diâmetros de zona periférica serão escolhidos dependendo do diâmetro da zona central para atingir um equilíbrio entre a obtenção de um controle de miopia adequado e a visão. Por exemplo, em uma modalidade preferencial, o diâmetro da
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12/26 zona central é de 1,0 mm, o diâmetro externo da primeira zona periférica é de 2,6 mm e o diâmetro externo da segunda zona periférica é de
3,6 mm. Nesse exemplo, podem haver zonas periféricas adicionais na zona óptica além de 3,6 mm.
[0027] A configuração de lente de contato mais alta da presente invenção fornece um meio simples, com boa relação custo/benefício e eficaz, e um método para impedir e/ou desacelerar a progressão de miopia que está aumentando em todo o mundo.
Breve Descrição dos Desenhos [0028] O supracitado, bem como outros recursos e vantagens da presente invenção, ficará evidente a partir da descrição mais específica, apresentada a seguir, das modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos desenhos em anexo.
[0029] A Figura 1 ilustra um gráfico mostrando alterações na acuidade visual à medida que mais potência é adicionada em uma zona periférica.
[0030] A Figura 2 ilustra perfis de potência de duas lentes, uma tendo uma zona de tratamento de +5,00 D e outra tendo uma zona de tratamento de +10,00 D.
[0031] A Figura 3 ilustra uma seção transversal da função de espalhamento de ponto para os perfis de potência da Figura 2 em um tamanho de pupila de entrada de 6,0 mm.
[0032] A Figura 4 ilustra uma seção transversal de imagem dos perfis de potência da Figura 2.
[0033] A Figura 5A ilustra uma função de espalhamento de ponto para cinco perfis de potência.
[0034] A Figura 5B ilustra a seção transversal de imagem dos perfis de potência da Figura 5A.
[0035] As Figuras de 6A a C ilustram perfis de potência de três lentes de acordo com a presente invenção.
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13/26 [0036] As Figuras de 7A a C ilustram a seção transversal de imagem dos perfis de potência das Figuras de 6A a C, respectivamente. [0037] As Figuras de 8A a C ilustram perfis de potência de três lentes adicionais de acordo com a presente invenção.
[0038] A Figura 9 é uma representação diagramática de uma lente de contato exemplificadora de acordo com a presente invenção.
[0039] A Figura 10 é uma representação diagramática de uma primeira lente de contato exemplificadora alternativa de acordo com a presente invenção.
[0040] A Figura 11 é uma representação diagramática de uma segunda lente de contato exemplificadora alternativa de acordo com a presente invenção.
[0041] A Figura 12 é uma representação gráfica da perda de acuidade visual versus o tamanho da zona central (isto é, diâmetro) ao longo de quatro potências de ADD para um tamanho da pupila de 5,5 mm de acordo com a presente invenção.
[0042] A Figura 13 é uma representação gráfica da perda de acuidade visual versus o diâmetro de zona central em uma lente com uma maior configuração central que tem uma potência de +10 dioptrias para uma pupila de 5,5 mm e uma pupila de 3,5 mm, de acordo com a presente invenção.
[0043] A Figura 14 é uma representação gráfica do tamanho de halo em graus versus o diâmetro da zona central de uma lente com uma maior configuração central que tem uma potência de +10 dioptrias para uma pupila de 5,5 mm e uma pupila de 3,5 mm, de acordo com a presente invenção.
[0044] A Figura 15 é uma representação gráfica do brilho de halo versus o diâmetro da zona central em uma lente com uma maior configuração central que tem uma potência de +10 dioptrias para uma pupila de
5,5 mm e uma pupila de 3,5 mm, de acordo com a presente invenção.
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14/26 [0045] As Figuras de 16A a 16D ilustram vários perfis de potência exemplificadores de acordo com a presente invenção.
Descrição Detalhada da Invenção [0046] De acordo com a presente invenção, uma lente oftálmica tem pelo menos uma zona de tratamento de ADD alta ou mais alta circundando uma zona central para tratar, impedir ou desacelerar a progressão de miopia, ao mesmo tempo em que minimiza qualquer efeito de halo em uma borda preta/branca. De acordo com modalidades exemplificadoras alternativas, as lentes oftálmicas são descritas com maiores configurações centrais, e são descritas em relação à Figura 10 e além.
[0047] Com referência agora à Figura 5A (gráfico da margem), cinco perfis de potência são ilustrados: 1) um perfil de potência que tem uma zona de tratamento de +5,00 D; 2) um perfil de potência que tem uma zona de tratamento de +10,00 D; 3) dois perfis de potência em zigue-zague ou serrilhados com modulação de potência periódica entre cerca de +5,00 D e cerca de +12 D; e 4) um perfil de potência que tem um aumento de potência gradual de + 5,00 D para +12,00 D. [0048] Na seção transversal de PSF da Figura 5A (gráfico principal), os dois picos dos perfis de potência de +5,00 D e +10,00 D têm uma intensidade muito maior do que os outros três perfis de potência, devido ao fato de que as três últimas configurações têm modulação de potência contínua. Por outro lado, as três últimas configurações têm picos de anel mais largos. A convolução entre os picos com largura maior e intensidade menor produz uma transição suave de intensidade de halo entre bordas pretas e brancas, conforme mostrado na Figura 5B (gráfico da margem), em comparação com as bordas afiadas para os perfis de potência de +5,00 D e +10,00 D, conforme mostrado no gráfico principal da Figura 5B. Como um resultado da transição suave, a visão humana acha qualquer efeito de halo para os três últimos perPetição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 21/94
15/26 fis de potência menos incômodo que o efeito de halo resultante dos perfis de intensidade abruptos.
[0049] Com referência agora às Figuras de 6A a 6C, os perfis de potência de três configurações de lente de acordo com a presente invenção são ilustrados. Para cada modelo, o perfil de potência compreende uma zona central, que pode ter uma potência focal negativa para corrigir uma condição de visão para longe miópica existente (isto é, potência paraxial). O diâmetro da zona central pode ser cerca de 3 mm a cerca de 7 mm, por exemplo, 4,3 mm. Cada configuração de lente também compreende pelo menos uma zona de tratamento que circunda a zona central. A pelo menos uma zona de tratamento contém uma grande quantidade de potência de ADD alta ou mais alta em relação à potência na zona central.
[0050] Conforme ilustrado nas Figuras 6A e B, os perfis de potência aumentam gradual e continuamente de uma margem da zona central (ponto A) para um ponto dentro de pelo menos uma zona de tratamento (ponto B). Em modalidades específicas, a localização do ponto B se situa entre 3,0 mm e 4,5 mm a partir de um centro da lente. A pelo menos uma zona de tratamento pode permanecer constante do ponto B até uma margem de uma zona óptica (ponto C, por exemplo, em 4,5 mm). Conforme ilustrado na Figura 6C, o perfil de potência pode ser em zigue-zague ou pode oscilar à medida que a potência aumenta do ponto A até o ponto B e/ou ponto C, e não necessita ser monotônico. Em modalidades específicas, a pelo menos uma zona de tratamento pode ter uma potência dióptrica na faixa de cerca +1 D a cerca de +15 D.
[0051] De acordo com a presente invenção, uma alteração gradual e/ou periódica de maior potência na pelo menos uma zona de tratamento atenua o efeito de halo, devido ao fato de que tais variações suavizam o perfil de intensidade nas bordas afiadas pretas e brancas.
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Os perfis de intensidade de halo das três configurações de lente das Figuras de 6A a Csão mostrados nas Figuras de 7A a C, respectivamente. Todas as três configurações têm um perfil de intensidade de halo suave na borda preta/branca.
[0052] Embora as lentes da presente invenção tenham sido projetadas de modo que o halo se torne menos incômodo ao olho humano, pode ser difícil reduzir o efeito de halo quando a lente se torna descentralizada no olho. Quando uma lente descentraliza, a estrutura do tipo anel em PSF se torna assimétrica, e a potência irá mudar de um lado de PFS para outro lado. Como resultado, um lado de estrutura tipo anel em PSF terá uma intensidade muito maior, e a intensidade de halo aumentará. O halo se tornará óbvio independentemente do perfil de intensidade de halo. Portanto, a configuração geométrica de lente utilizada deve, de preferência, resultar em boa centralização de lente no olho para minimizar adicionalmente o potencial para artefatos visuais. [0053] Com referência agora às Figuras de 8A a C, os perfis de potência para três configurações de lente adicionais de acordo com a presente invenção são ilustrados. Essas três configurações de lente têm 1) pelo menos uma zona de tratamento aprimorada na qual potência é adicionada dentro da zona de tratamento, e 2) pelo menos uma zona de tratamento. A pelo menos uma zona de tratamento aprimorada pode variar em diâmetro de cerca de 0,5 mm a cerca de 1,0 mm. A magnitude de potência da pelo menos uma zona de tratamento aprimorada pode variar na faixa de cerca +1 D (Figura 8A) até cerca de +10 D (Figuras 8B e C). A pelo menos uma zona de tratamento tem uma mudança gradual e/ou de período em potência maior ou potência de ADD conforme discutido acima, ou pode ter um aumento escalonado em potência maior ou potência de ADD. A magnitude de potência da pelo menos uma zona de tratamento pode estar na faixa de cerca de +5 D a cerca de +15 D (Figuras 8B e C).
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17/26 [0054] Com referência agora à Figura 9, é ilustrada uma vista esquemática de uma lente de contato 900 de acordo com uma modalidade da presente invenção. A lente de contato 900 compreende uma zona óptica 902 e uma zona externa 904. A zona óptica 902 compreende uma primeira zona central 906 e pelo menos uma zona periférica 908. Em modalidades específicas, o diâmetro da zona óptica 902 pode ser selecionado para ser de 8,0 mm, o diâmetro da primeira zona substancialmente circular 906 pode ser selecionado para ser de 4,0 mm, e os diâmetros do contorno de uma zona periférica externa anular 908 podem ser de 5 mm e 6,5 mm, conforme medidos a partir do centro geométrico da lente 900. É importante notar que a Figura 9 ilustra apenas uma modalidade exemplificadora da presente invenção. Por exemplo, nessa modalidade exemplificadora, o contorno externo da pelo menos uma zona periférica 908 não necessariamente coincide com a margem externa da zona óptica 902, enquanto que em outras modalidades exemplificadoras os mesmos podem coincidir. A zona externa 904 contorna a zona óptica 902 e fornece características de lente de contato padrão, incluindo posicionamento e centralização da lente. De acordo com uma modalidade exemplificadora, a zona externa 904 pode incluir um ou mais mecanismos de estabilização para reduzir a rotação da lente quando sobre o olho.
[0055] É importante observar que as várias zonas na Figura 9 são ilustradas como círculos concêntricos, sendo que as zonas podem compreender quaisquer formatos redondos ou não redondos adequados, como um formato elíptico.
[0056] É importante notar que à medida que o tamanho da pupila de entrada varia entre subpopulações, em certas modalidades exemplificadoras, a configuração de lente pode ser personalizada para alcançar a boa correção da visão foveal e a eficácia do tratamento miópico, com base no tamanho médio da pupila do paciente. Além disso,
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18/26 uma vez que o tamanho de pupila se correlaciona com a refração e idade para pacientes pediátricos, em certas modalidades exemplificadoras a lente pode ser adicionalmente otimizada para subgrupos da subpopulação pediátrica com idade e/ou refração específicas, com base em seus tamanhos de pupila. Essencialmente, os perfis de potência podem ser ajustados ou customizados para o tamanho da pupila, a fim de se alcançar um equilíbrio ideal entre a correção da visão foveal e a minimização do efeito de halo resultante de uma zona de tratamento de ADD alta ou mais alta.
[0057] As lentes de contato atualmente disponíveis continuam sendo um meio de baixo custo para a correção da visão. As lentes de plástico fino se ajustam sobre a córnea do olho para corrigir defeitos de visão, inclusive miopia ou hipometropia, hipermetropia ou hiperopia, astigmatismo, isto é, asfericidade na córnea, e presbiopia, isto é, a perda da capacidade de a lente do cristalino se acomodar. As lentes de contato estão disponíveis em uma variedade de formas e são produzidas a partir de uma variedade de materiais para fornecer diferentes funcionalidades.
[0058] As lentes de contato gelatinosas de uso diário são tipicamente produzidas a partir de materiais de polímero macio combinados com água para permeabilidade ao oxigênio. As lentes de contato gelatinosas de uso diário podem ser descartadas diariamente ou descartadas após o uso prolongado. As lentes de contato descartáveis diariamente são geralmente usadas por um único dia e, então, jogadas fora, enquanto as lentes de contato descartáveis de uso prolongado ou de substituição frequente são geralmente usadas durante um período de até trinta dias. As lentes de contato gelatinosas coloridas usam materiais diferentes para fornecer funcionalidade diferente. Por exemplo, uma lente de contato com tonalidade de visibilidade usa uma tonalidade leve para ajudar o usuário a localizar uma lente de
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19/26 contato que foi deixada cair, as lentes de contato com tonalidade de intensificação apresentam uma tonalidade translúcida que se destina a melhorar a cor natural do olho de uma pessoa, a lente de contato com tonalidade de cor compreende uma tonalidade mais escura e opaca destinada a mudar a cor do olho de uma pessoa, e a lente de contato com tonalidade para filtração de luz funciona para acentuar determinadas cores enquanto suaviza outras. As lentes de contato rígidas permeáveis a gás são produzidas a partir de polímeros que contêm siloxano, mas são mais rígidas que as lentes de contato gelatinosas e, assim, mantêm seu formato e são mais duráveis. As lentes de contato bifocais são projetadas especificamente para pacientes com presbiopia, e estão disponíveis tanto na variedade gelatinosa quanto na rígida. As lentes de contato tóricas são projetadas especificamente para pacientes com astigmatismo, e também estão disponíveis em ambas as variedades gelatinosa e rígida. As lentes de combinação que combinam diferentes aspectos do descrito acima também estão disponíveis, por exemplo, as lentes de contato híbridas.
[0059] É importante notar que as configurações de lente da presente invenção podem ser incorporadas em qualquer número de lentes de contato diferentes formadas a partir de qualquer número de materiais. Especificamente, a configuração de lente da presente invenção pode ser utilizada em qualquer uma das lentes de contato descritas aqui, incluindo lentes de contato gelatinosas de uso diário, lentes de contato rígidas permeáveis a gás, lentes de contato bifocais, lentes de contato tóricas, e lentes de contato híbridas. Além disso, apesar da invenção ser descrita com respeito a lentes de contato, é importante observar que o conceito da presente invenção pode ser utilizado em lentes de óculos, lentes intraoculares, dispositivos intracorneanos e extracorneanos.
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20/26 [0060] De acordo com outra modalidade exemplificadora, uma lente oftálmica compreende uma zona central com potência mais alta como uma zona de tratamento para a progressão miópica. Mais uma vez, a potência mais alta tem o mesmo significado que a potência de ADD, e não resulta necessariamente em uma alta potência positiva na zona de tratamento como é no caso, por exemplo, da correção de visão de alta hipermetropia. Em vez disso, refere-se a uma diferença em potência entre a zona de tratamento e a zona de correção de visão miópica que é mais alta do que a tradicionalmente usada para as potências de adição de leitura classicamente utilizadas em lentes de adição bifocais, multifocais ou progressivas para presbiopia. Referindo-se à Figura 10, é ilustrada uma representação diagramática de uma lente de contato 1000 de acordo com essa modalidade exemplificadora. A lente de contato 1000 compreende uma zona óptica 1002 e uma zona externa 1004. A zona óptica 1002 compreende uma zona central 1006 e uma primeira zona periférica 1008. Nessa modalidade exemplificadora, a zona central 1006 tem um diâmetro que varia de 0,50 mm a 4,0 mm, com uma potência na faixa de +5 dioptrias a +15 dioptrias. Em outras modalidades, a potência pode ser mais baixa, por exemplo, +2,5 dioptrias, e mais alta, por exemplo, +20 dioptrias. Também nessa modalidade exemplificadora, a primeira zona periférica 1008 tem uma potência negativa para a correção de visão miópica. Em outras palavras, a potência de erro refrativo do indivíduo, miopia, reside na primeira zona periférica 1008 em vez de na parte central da lente. A lente de contato 1000 pode incluir uma zona de tratamento adicional concêntrica de maior potência 1010 fora da primeira zona periférica 1008. Mais especificamente, a primeira zona periférica 1008 que tem a potência para corrigir o erro refrativo é circundada com zonas de tratamento de maior potência. É importante observar que cada uma das zonas de tratamento pode ter a mesma potência maior ou diferentes potências
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21/26 maiores. O diâmetro da primeira zona periférica 1008 e uma ou mais zonas de tratamento adicionais concêntricas de maior potência 1010 é selecionado para proporcionar um equilíbrio entre a visão adequada e o tratamento de controle da miopia. Os diâmetros de zona exemplificadores adicionais são ilustrados na Figura 10. Será prontamente evidente aos versados na técnica que os diâmetros de zona periférica serão escolhidos dependendo do diâmetro da zona central para atingir um equilíbrio entre a obtenção de um controle de miopia adequado e uma visão satisfatória. Por exemplo, em uma modalidade preferencial, o diâmetro da zona central é de 1,0 mm, o diâmetro externo da primeira zona periférica é de 4,2 mm, e o diâmetro externo da segunda zona periférica é de 8,5 mm.
[0061] Referindo-se à Figura 11, é ilustrada uma representação diagramática de uma lente de contato 1100 de acordo com outra modalidade exemplificadora. A lente de contato 1100 compreende uma zona óptica 1102 e uma zona externa 1104. A zona óptica 1102 compreende uma zona central 1106 e uma primeira zona periférica 1108. Nessa modalidade exemplificadora, a zona central 1106 tem um diâmetro que varia de 0,50 mm a 4,0 mm, com uma potência na faixa de +5 dioptrias a +15 dioptrias. Em outras modalidades, a potência pode ser mais baixa, por exemplo, +2,5 dioptrias, e mais alta, por exemplo, +20 dioptrias. Também nessa modalidade exemplificadora, a primeira zona periférica 1108 tem uma potência negativa para correção de visão miópica. Em outras palavras, a potência para corrigir o erro refrativo do indivíduo, miopia, reside na primeira zona periférica 1108 em vez de na parte central da lente. A lente de contato 1100 pode incluir uma ou mais zonas de tratamento adicionais concêntricas de maior potência 1110 fora da primeira zona periférica 1108. Mais especificamente, a primeira zona periférica 1108 que tem a potência para corrigir o erro refrativo é circundada por zonas de tratamento de mais potênPetição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 28/94
22/26 cia. É importante observar que cada uma das zonas de tratamento pode ter a mesma potência maior ou diferentes potências maiores. A lente de contato 1100 pode incluir uma potência negativa adicional para a zona de correção de visão miópica 1112. O diâmetro da primeira zona periférica 1108, das uma ou mais zonas de tratamento adicionais concêntricas de maior potência 1110, e da zona de potência negativa adicional 1112 são selecionados para proporcionar um equilíbrio entre a visão adequada e o tratamento de controle de miopia. Para essa modalidade exemplificadora, refere-se à Figura 11 para a faixa de diâmetros para as zonas.
[0062] Várias modalidades podem incluir uma zona de tratamento de progressão de miopia central em combinação com zonas periféricas que podem ser utilizadas para correção de erro refrativo, e zonas de tratamento adicionais de progressão de miopia, todas dentro da região periférica. Várias combinações podem ser usadas fora da zona central. Múltiplas zonas concêntricas para tratamento e correção de visão miópica com diferentes potências de ADD podem ser adicionadas na região periférica da zona óptica, com as zonas dispostas de tal forma a se obter um equilíbrio entre a eficácia de tratamento de controle miópico e visão adequada.
[0063] Acredita-se que a eficácia do controle de miopia de uma lente de contato macia com múltiplas regiões está relacionada a vários fatores, incluindo a potência da zona de tratamento, o tamanho da zona de tratamento em relação à pupila de entrada, e a proximidade da zona de tratamento com o centro geométrico da lente de contato. O desafio de qualquer tratamento de controle de miopia é proporcionar um alto efeito de controle de miopia enquanto mantém a visão aceitável. A configuração dessa modalidade exemplificadora maximiza a potência da zona de tratamento e a proximidade da zona de tratamento com o centro da lente, enquanto minimiza o tamanho da zona de traPetição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 29/94
23/26 tamento em relação à pupila de entrada para proporcionar uma visão aceitável. Em outras palavras, a lente de contato da presente invenção compreende uma zona de tratamento de pequeno diâmetro de potência mais alta no centro da lente. Inúmeros experimentos demonstram a capacidade de se ter uma visão aceitável com essas configurações e são apresentados abaixo.
[0064] Com referência agora à Figura 12, é ilustrada uma representação gráfica da perda de acuidade visual, AV, em logMAR versus o tamanho da zona central, ao longo de quatro potências de ADD para um tamanho de pupila de 5,5 mm. Esses dados de AV foram gerados pela introdução de configurações ópticas ao olho. Como pode ser visto a partir da Figura 12, minimizar o tamanho da zona de tratamento em relação à pupila de entrada produz resultados melhores em relação à perda de VA. Além disso, os dados sugerem que, uma vez que uma potência de +5 dioptrias ou maior é utilizada, os raios que passam pelas zonas de tratamento são suficientemente espalhados ao atingir a retina, de modo que a perda em acuidade visual é minimizada.
[0065] A Figura 13 é uma representação gráfica da perda de acuidade visual versus o diâmetro da zona central em uma lente com uma maior configuração central, que tem uma potência de +10 dioptrias para uma pupila de 5,5 mm e uma pupila de 3,5 mm. Conforme ilustrado, para uma pupila de 5,5 mm de diâmetro, a AV diminui à medida que o tamanho da maior zona central aumenta. Para uma pupila de 5,5 mm de diâmetro, a AV é reduzida em logMAR de 0,03 +/- 0,01,0,05 +/- 0,04 e 0,06 +/- 0,05 para diâmetros de zona próxima de 1,0, 1,5 e 2,0 mm, respectivamente. Para uma pupila de diâmetro de 3,5 mm, a AV é adicionalmente diminuída para logMAR de 0,07 +/0,03, 0,08 +/- 0,04 e 0,14 +/- 0,01, em comparação com a linha de base.
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24/26 [0066] A Figura 14 é uma representação gráfica do tamanho de halo em graus versus diâmetro central para uma pupila de 5,5 mm de diâmetro e uma pupila de 3,5 mm de diâmetro. Os dados de halo de uma maior configuração central que têm uma potência de +10 dioptrias foram gerados pela introdução de configurações ópticas ao olho e uso de metodologias construídas com propósito para medir o brilho e tamanho do halo. Conforme ilustrado, o halo não foi visível para condições de maior centro para uma maior zona central de 1,0 mm de diâmetro. Para uma pupila de 5,5 mm de diâmetro, o halo foi detectável para ambas zonas centrais de 1,5 e 2,0 mm de diâmetro, com tamanhos de halo de 0,40 +/- 0,24 graus e 0,73 +/- 0,22 graus, respectivamente. Para uma pupila de 3,5 mm de diâmetro, o halo foi detectável com um diâmetro de zona central de 2,0 mm, com um tamanho de halo de 0,28 +/- 0,05 graus. A Figura 15 é uma representação gráfica do brilho de halo versus o diâmetro de zona central para uma pupila de
5,5 mm de diâmetro e uma pupila de 3,5 mm de diâmetro. Conforme ilustrado, o halo não é visível para maiores configurações centrais com uma maior zona central de 1,00 mm de diâmetro. O halo não é detectável para uma maior configuração central de 1,5 mm para um diâmetro de pupila de 3,5 mm. Para uma pupila de 5,5 mm de diâmetro, o halo foi detectável para zonas centrais de 1,5 e 2,0 mm de diâmetro com um brilho de nível de cinza de 13,5 +/- 2,8 e 16,5 +/- 6,4, respectivamente. Para uma pupila de 3,5 mm de diâmetro, o halo foi apenas detectável com uma zona central de 2,0 mm de diâmetro com um brilho de nível de cinza de 15,5 +/- 2,8.
[0067] Experimentos de halo e AV similares podem ser utilizados para permitir que as configurações dessa modalidade exemplificadora sejam otimizadas para a potência, tamanho e localização da(s) zona(s) de tratamento para fornecer visão aceitável.
[0068] É importante observar que vários perfis de potência podem
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25/26 ser usados na parte central e uma ou mais regiões ou zonas periféricas da zona óptica. Por exemplo, na Figura 16A, uma zona central tem uma potência negativa para correção de visão miópica, uma primeira região periférica tem uma alta ADD, e uma segunda zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica igual à zona central. Na Figura 16B, a zona central tem uma alta ADD, uma primeira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica, uma segunda zona periférica tem uma alta ADD igual à zona central, e uma terceira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica igual à primeira zona periférica. Na Figura 16C, a zona central tem uma baixa ADD, uma primeira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica, uma segunda zona periférica tem uma alta ADD que é maior que a ADD na zona central, e uma terceira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica igual à primeira zona periférica. Na Figura 16D, uma zona central tem uma alta ADD, uma primeira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica, uma segunda zona periférica tem uma baixa ADD, e uma terceira zona periférica tem uma potência negativa para correção de visão miópica igual à primeira zona periférica. É importante entender que qualquer número de variações adequadas pode ser utilizado de acordo com a presente invenção, incluindo que baixas ADDs podem ser zero. Nas Figuras de 16A a 16D, a potência de eixo geométrico y está relacionada à potência negativa para correção de visão miópica, como no caso das Figuras 2, 6A, 6B, 6C, 8A, 8B e 8C.
[0069] Embora se acredite que o que é mostrado e descrito sejam as modalidades mais práticas e preferenciais, fica evidente que certas discrepâncias dos projetos e dos métodos específicos descritos e mostrados poderão se apresentar aos versados na técnica e poderão ser
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26/26 usadas sem que se afaste do espírito e do escopo da invenção. A presente invenção não se restringe às construções específicas descritas e ilustradas, mas deve ser interpretada de modo coeso com todas as modificações que possam se enquadrar no escopo das reivindicações.
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Claims (7)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Lente oftálmica para pelo menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia e minimizar o efeito de halo, sendo a lente oftálmica caracterizada pelo fato de compreender:
    uma zona óptica, sendo que a zona óptica inclui uma zona central configurada como uma zona de tratamento contra progressão da miopia, sendo que a zona central compreende uma potência de ADD entre + 0,5 dioptria e + 20,0 dioptrias em relação à potência negativa necessária para corrigir miopia, e pelo menos uma zona periférica circundando a zona central, sendo que a pelo menos uma zona periférica compreende uma região de correção de visão de miopia com uma potência negativa para correção de visão miópica; e uma zona externa circundando a zona óptica.
  2. 2. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a zona óptica compreende uma ou mais zonas adicionais de tratamento concêntricas com maior potência contra a progressão da miopia fora de pelo menos uma zona periférica, sendo que as uma ou mais zonas adicionais de tratamento concêntricas com maior potência contra a progressão da miopia têm uma potência de ADD entre + 0,5 dioptria e + 20,0 dioptrias.
  3. 3. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a zona óptica compreende uma ou mais zonas adicionais de correção de visão miópica com uma potência negativa para a correção da visão.
  4. 4. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a lente oftálmica compreende uma lente de contato.
  5. 5. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a lente oftálmica compreende uma lente de óculos.
    Petição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 34/94
    2/2
  6. 6. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a lente oftálmica compreende uma lente intraocular, um dispositivo intracórneo, ou um dispositivo extracórneo.
  7. 7. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de compreender adicionalmente um ou mais mecanismos de estabilização na zona externa.
    Petição 870170098891, de 18/12/2017, pág. 35/94
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