BR102017021006A2 - Sistema e método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar e uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal de identificação em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar - Google Patents
Sistema e método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar e uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal de identificação em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar Download PDFInfo
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Abstract
descreve-se um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4?), em que o sistema compreende: ao menos um dispositivo emissor e receptor (2,2?) associado a um usuário (3,3?) do ambiente hospitalar (4,4?), uma pluralidade de dispositivos identificadores (5) associados a uma pluralidade de artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4?). o sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar é configurado de modo a gerar um sinal de higienização (90) caso o usuário (3,3?) do ambiente hospitalar (4,4?) estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4?). adicionalmente, o sinal de higienização (90) é gerado caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários (3,3?) do ambiente hospitalar (4,4?). aborda-se ainda um método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para SISTEMA E MÉTODO DE DETECÇÃO DOS EVENTOS DE CONTATO FÍSICO EM UM AMBIENTE HOSPITALAR E USO DO CORPO HUMANO COMO MEIO DE TRANSMISSÃO DE UM SINAL DE IDENTIFICAÇÃO EM UM SISTEMA DE DETECÇÃO DOS EVENTOS DE CONTATO FÍSICO EM UM AMBIENTE HOSPITALAR.
[001] A presente invenção refere-se a um sistema e método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar. Mais especificamente, a presente invenção refere-se a um sistema e método aptos a efetivamente detectar a ocorrência de contato físico não somente entre um usuário e determinados equipamentos, mas também a ocorrência de contato físico entre dois ou mais usuários. Aborda-se ainda o uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal de identificação em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar.
DESCRIÇÃO DO ESTADO DA TÉCNICA [002] A higienização das mãos é prática comum e exigida em hospitais tanto para profissionais da área da saúde quanto para pacientes/acompanhantes e visa obviamente evitar ou ao menos reduzir a transmissão de doenças e infecções.
[003] Por tal razão, em um hospital é disposta uma pluralidade de dosadores (dispensers) compreendendo na maioria das vezes álcool gel para que assim os profissionais da saúde e transeuntes (visitantes) tenham a oportunidade de realizar a correta higienização das mãos. Além dos referidos dosadores, obviamente pode-se realizar a higienização através de torneiras dispostas no interior dos hospitais.
[004] O cuidado com a higienização é mais acentuado dentro de centros cirúrgicos, uma vez que nestes locais a interação entre paciente e profissional médico é máxima, bem como a interação entre o profissional da saúde e equipamentos, utensílios, objetos, móveis, que
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2/29 por ventura possam estar contaminados.
[005] Ainda em relação específica aos procedimentos cirúrgicos, é dever do profissional médico realizar a escovação das mãos e braços antes da realização de uma cirurgia, devendo o profissional realizar uma sequência de etapas para que tal escovação seja devidamente realizada.
[006] Caso durante uma cirurgia ocorra contato físico (toques) entre o médico e determinados equipamentos ou ainda entre dois ou mais médicos, se faz necessária a higienização das mãos. Similarmente, caso tais contatos ocorram durante a escovação das mãos, o processo deve ser iniciado novamente.
[007] São conhecidas do estado da técnica algumas propostas para monitoramento da higienização das mãos em hospitais que fazem uso de radiofrequência para rastrear a movimentação e posicionamento do profissional médico, porém, e como será abordado adiante, tais propostas pecam em efetivamente detectar se um contato físico entre o profissional e determinados equipamentos de fato ocorreu.
[008] Os conhecimentos revelados no estado da técnica permitem apenas sugerir ou estimar que o contato físico possa ter ocorrido, isto porque tais propostas fazem uso de antenas dispostas em determinados ambientes (quartos, salas, corredores). Porém, o uso de antenas permite apenas indicar que o profissional médico está próximo a um determinado equipamento, mas não se pode garantir com absoluta certeza se um evento de toque de fato ocorreu.
[009] Como exemplo, podem-se citar os ensinamentos do documento PI 0704998, em que um sistema de lavagem de mãos utilizando radiofrequência é proposto. O dito sistema basicamente compreende estações de paciente (tal como leitos), estações de higiene (pontos para lavagem das mãos) e etiquetas identificadoras de paciente. Citase ainda que cada estação de paciente e de higiene terá um identifica
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3/29 dor acoplado.
[0010] A partir da utilização dos identificadores nas estações de paciente e de higiene bem como das etiquetas identificadoras do paciente, o PI 0704998 cita que podem rastrear as interações entre paciente e equipamentos. De fato, tal proposta permite estimar a posição de um profissional médico em relação aos equipamentos e leitos, através da comunicação via radiofrequência entre a pluralidade de etiquetas e identificadores distribuídos ao longo do hospital.
[0011] Porém, apenas a estimativa da posição dentro do ambiente hospitalar não é suficiente para determinar se ocorreu de fato contato físico entre profissionais e determinados equipamentos. Por exemplo, os ensinamentos da PI 0704998 permitem estimar que o médico está próximo de um determinado equipamento, porém tal estimativa de proximidade não é suficiente para garantir que tenha ocorrido um contato físico (toque) entre o profissional médico e o dito equipamento.
[0012] De maneira semelhante, o documento US 2014/0266692 revela um método e sistema que visam potencializar as práticas de higiene das mãos. Em tal proposta pode-se detectar se um profissional está perto de um determinado equipamento ou mesa, porém, o profissional pode estar ao lado do equipamento, mas sem tocá-lo, assim tais sistemas pecam em efetivamente detectar a ocorrência de um toque entre o médico e equipamentos.
[0013] Alguns sistemas revelados no estado da técnica podem até determinar a ocorrência de toques entre profissionais e equipamentos, porém estes são totalmente dependentes do local (posição) em que um determinado dispositivo identificador é disposto no profissional médico ou ainda em determinados equipamentos.
[0014] Por exemplo, alguns sistemas só irão operar se o médico utilizar seu crachá associado a uma determinada porção específica de seu corpo, caso contrário dependendo de seu posicionamento a co
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4/29 municação entre crachá e antena do sistema pode não ocorrer. Similarmente, sistemas conhecidos no estado da técnica pecam em detectar a ocorrência de contato físico quando o profissional médico toca um determinado equipamento com a porção posterior de seu corpo (de costas) ou ainda quando o toque é realizado, por exemplo, com o braço que não faz uso de uma pulseira de identificação.
[0015] Sabe-se que em centros cirúrgicos o profissional de saúde estará situado muito próximo a determinados equipamentos, porém sem efetivamente tocá-los, assim, entende-se que os ensinamentos do estado da técnica são válidos para rastrear o posicionamento do médico, porém não fornecem uma solução eficiente para verdadeiramente avaliar se um toque físico de fato ocorreu, foco da presente invenção.
[0016] Ainda, alguns sistemas revelados no estado da técnica que se propõem a detectar a ocorrência de toques entre profissionais e equipamentos necessitam que o usuário utilize determinado componente diretamente em contato com a sua pele, para que só assim a ocorrência de toques possa ser detectada.
[0017] Em alguns sistemas, a detecção de toques ocorre através do deslocamento de uma corrente elétrica de condução entre o dispositivo associado à pele do médico e o dispositivo associado ao elemento em que se deseja detectar o toque, ambos com acoplamento elétrico direto à pele, isto é, com contato físico entre a pele e os dispositivos. Esta forma de detecção apresenta algumas desvantagens, conforme exposto a seguir.
[0018] Por necessitar que um determinado dispositivo esteja diretamente associado à pele do médico (tal como um bracelete, relógio ou pulseira), tal forma de detecção utiliza como base a transmissão pela pele de corrente elétrica diretamente acoplada ao dispositivo, nesse sentido, sabe-se que em muitos casos o percurso realizado por uma corrente elétrica pode não ser adequadamente controlado, assim,
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5/29 tal forma de condução pode eventualmente ocasionar choques elétricos aplicados ao corpo do médico.
[0019] Assim, a detecção de toques via corrente elétrica com acoplamento direto pode pôr em risco a segurança do usuário devido à ocorrência de choques elétricos, ademais, a dita corrente pode interferir em um marcapasso eventualmente utilizado pelo usuário, podendo ainda provocar uma fibrilação ou arritmia cardíaca.
[0020] Ademais, a transmissão via corrente elétrica com acoplamento direto através da pele pode interferir também na operação de determinados equipamentos dispostos em um ambiente médico, por exemplo, a dita corrente pode afetar a operação de um equipamento de eletrocardiograma, colocando assim em risco a segurança do paciente e afetando a correta utilização do equipamento. Adicionalmente, a dita forma de detecção via transmissão de corrente elétrica pode ser inviabilizada caso o usuário esteja fazendo uso de algum tipo de vestimenta que atue como um isolante elétrico, como por exemplo, utilizando luvas. Nesse sentido, sabe-se que a utilização de luvas é comum em ambientes médicos (tal como em centros cirúrgicos).
[0021] Assim, diversas são as desvantagens relacionadas à detecção de toques através da transmissão de uma corrente elétrica pela pele de um determinado usuário com acoplamento elétrico direto aos dispositivos transmissores e receptores.
[0022] A presente invenção fornece um sistema e método que permitem verdadeiramente indicar ao profissional médico ou ainda à gerência do hospital que um contato físico ocorreu entre o profissional da saúde e qualquer equipamento disposto no interior de um hospital.
[0023] Os ensinamentos da presente invenção são especificamente benéficos para o monitoramento e detecção dos eventos de contato físico dentro de centros cirúrgicos ou ainda durante a prática de escovação das mãos obrigatoriamente realizada por profissionais antes da
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6/29 realização de cirurgias. Por exemplo, a presente invenção permite detectar a ocorrência de toque entre o braço do profissional médico e a pia de alumínio comumente disposta em salas adjacentes à sala de cirurgia.
[0024] Como uma vantagem adicional, considera-se que a presente invenção permite ainda detectar a ocorrência de contato físico entre dois ou mais profissionais da saúde. Por exemplo, com os ensinamentos da presente invenção torna-se possível avaliar se houve contato entre os braços de dois cirurgiões durante o processo de escovação das mãos, cenário este em que o processo de escovação deve ser reiniciado.
[0025] Para a detecção da ocorrência de toques, e diferentemente dos conceitos conhecidos no estado da técnica, a presente invenção toma como base um acoplamento capacitivo entre os dispositivos transmissores e receptores associados ao profissional médico e os dispositivos transmissores e receptores associados aos objetos em que se deseja detectar os toques, dispensando-se o contato físico entre estes. Assim, na presente invenção os problemas relacionados à transmissão de uma corrente elétrica, através da pele do usuário, com acoplamento direto aos dispositivos, são inexistentes.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO [0026] A presente invenção tem por objetivo a provisão de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar que seja apto a detectar a ocorrência de toques entre profissionais médicos e qualquer equipamento disposto no ambiente hospitalar. [0027] É um objetivo adicional da presente invenção a provisão de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar que seja apto a detectar a ocorrência de toques entre dois ou mais profissionais médicos.
[0028] A presente invenção também tem como objetivo a provisão
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7/29 de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar apto a ser utilizado em centros cirúrgicos (salas de cirurgia).
[0029] Um objetivo adicional da presente invenção é a provisão de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar apto a ser utilizado para detecção da ocorrência de toques durante a realização do procedimento de escovação realizado por profissionais médicos anteriormente a uma cirurgia.
[0030] É também um objetivo da presente invenção a provisão de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar que utiliza o próprio corpo humano como um meio de transmissão de dados.
[0031] A presente invenção também tem como objetivo a provisão de um método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar em harmonia com o sistema proposto.
[0032] É também um objetivo da presente invenção a proposta do uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal de identificação, o dito sinal de identificação associado à ocorrência de um contato físico dentro de um ambiente hospitalar.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [0033] Os objetivos da presente invenção são alcançados através de um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar, em que o sistema compreende: ao menos um dispositivo emissor e receptor associado a um usuário do ambiente hospitalar e ao menos um dispositivo identificador associado a ao menos um artigo disposto no ambiente hospitalar.
[0034] Em que o sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar é configurado de modo a gerar um sinal de higienização caso o usuário do ambiente hospitalar estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos dispostos no ambiente
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8/29 hospitalar. O sinal de higienização é também gerado caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários do ambiente hospitalar. [0035] A presente invenção aborda ainda um método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar, o ambiente hospitalar compreendendo: ao menos um dispositivo emissor associado a ao menos um usuário do ambiente hospitalar e ao menos um dispositivo identificador associado a ao menos um artigo dispostos no ambiente hospitalar, em que o método compreende ao menos uma entre as etapas de: gerar um sinal de higienização caso o usuário do ambiente hospitalar estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos dispostos no ambiente hospitalar e gerar o sinal de higienização caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários do ambiente hospitalar.
[0036] Os objetivos da presente invenção são ainda alcançados através do uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal de identificação capacitivamente acoplado a ele, o sinal de identificação associado à ocorrência de um contato físico dentro do ambiente hospitalar.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0037] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram:
[0038] Figura 1 - representa um esquema de uma configuração do sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar proposto na presente invenção;
[0039] Figura 2 - representa um esquema simplificado da configuração ilustrada na figura 1;
[0040] Figura 3 - representa um esquema ilustrando a ocorrência de um contato entre um usuário e um artigo disposto em um ambiente hospitalar;
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9/29 [0041] Figura 4 - representa um esquema ilustrando a ocorrência de um contato entre dois usuários de um ambiente hospitalar;
[0042] Figura 5 - representa um esquema ilustrando a ocorrência de contato entre usuários com artigos de um ambiente hospitalar, em que a figura 5 (a) ilustra a ocorrência de contato entre dois usuários em que ambos estabelecem contato com o artigo e a figura 5 (b) ilustra a ocorrência de contato entre dois usuários em que apenas um deles estabelece contato com o artigo do ambiente hospitalar; e [0043] Figura 6 - é uma representação de um procedimento de escovação realizado por um usuário antes da realização de um procedimento cirúrgico, em que as figuras 6(a), 6(b) e 6(c) ilustram a ocorrência de toques do usuário em um artigo do ambiente hospitalar.
[0044] Figura 7 - é uma representação, através de um modelo de elementos concentrados, de como ocorre a detecção da ocorrência de um contato físico entre um usuário e um artigo disposto no ambiente hospitalar, considerando o conceito de comunicação intracorpos;
[0045] Figura 8 - é uma representação, através de um modelo de elementos concentrados, de como ocorre a detecção da ocorrência de um contato físico entre dois usuários, considerando o conceito de comunicação intracorpos;
[0046] Figura 9 - é uma representação, através de um modelo de elementos concentrados, da transmissão do sinal de identificação entre distintos usuários do ambiente hospitalar;
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS FIGURAS [0047] A presente invenção refere-se a um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar. Destaca-se que a referência a um ambiente hospitalar deve ser entendida como qualquer localidade de tratamento de saúde, tal como um hospital, englobando seus corredores, elevadores, quartos, salas, áreas de alimentação, áreas de internação, áreas de tratamento intensivo, centros
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10/29 cirúrgicos, salas de escovação, entre outras.
[0048] Pode-se ainda interpretar o ambiente hospitalar como uma casa de repouso, unidades de pronto atendimento, postos de saúde, postos de vacinação, postos de tratamento de emergência, entre outros. Basicamente, qualquer localidade relacionada ao tratamento de saúde deve ser entendida como o ambiente hospitalar referenciado na presente invenção.
[0049] Tal como será melhor abordado adiante, esta configuração do sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar fará referência a um centro cirúrgico de um hospital ou ainda a uma sala de escovação comumente disposta de modo contíguo a uma sala de cirurgia de um hospital. Obviamente, tais referências não devem ser consideradas como limitações da presente invenção.
[0050] Por contato físico, deve-se entender como a ocorrência de um toque entre um usuário do ambiente hospitalar e um determinado artigo disposto no interior do hospital. Nesta configuração, o usuário do ambiente hospitalar deve ser entendido como um profissional médico, alternativamente, os ensinamentos da presente invenção podem ser perfeitamente absorvidos por qualquer pessoa que esteja no interior do hospital, tal como visitantes, acompanhantes, enfermeiros, atendentes, instrumentador, entre outros.
[0051] Por artigos dispostos no ambiente hospitalar, deve-se entender como qualquer equipamento ou instrumento no qual se deseja detectar a ocorrência de um toque. Nesta configuração, e tal como será melhor abordado adiante, os ditos artigos devem ser entendidos como os equipamentos comumente dispostos no interior de um centro cirúrgico e ainda na sala de escovação deste.
[0052] Salienta-se que o sistema proposto na presente invenção permite não somente a detecção da ocorrência de contato físico entre o profissional médico e os equipamentos (artigos) dispostos no ambi
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11/29 ente hospitalar bem como também a ocorrência de contato físico entre dois ou mais profissionais médicos.
[0053] Para tal, o sistema e método propostos na presente invenção utilizam o próprio corpo humano (e o dispositivo em que se deseja verificar a ocorrência de toques) como meios de transmissão do sinal relativo a uma ocorrência de toque (sinal de identificação). Mais especificamente, a presente invenção toma como base a comunicação por meio do corpo humano, ou a chamada comunicação intracorpos. COMUNICAÇÃO INTRACORPOS [0054] A dita comunicação intracorpos emprega o corpo humano como meio de propagação de sinais elétricos para a transmissão de dados. O princípio de funcionamento está no acoplamento capacitivo de radiações eletromagnéticas de campo próximo (near field communication) ao corpo humano, de modo que o sinal transmitido é confinado a uma região próxima a este.
[0055] Os dispositivos transmissor e receptor são acoplados capacitivamente ao corpo por intermédio de elementos condutores instalados em contato com ele ou em sua proximidade. Esses elementos condutores, denominados eletrodos, são comumente metálicos, mas também podem ser confeccionados com outros tipos de material condutor. Nesse contexto, os tecidos condutivos do corpo humano funcionam também como um eletrodo, provendo um meio de transmissão entre os eletrodos dos dispositivos transmissor e receptor, permitindo que estes troquem dados entre si através de sinais elétricos.
[0056] Para que a comunicação intracorpos seja possível, é necessário que o transmissor e o receptor compartilhem uma referência de potencial, chamada de potencial terra comum. O potencial terra comum é fornecido pelo ar, pelo solo e pelos objetos condutores e/ou dielétricos que compõem o ambiente próximo aos dispositivos, os quais são acoplados capacitivamente a esse ambiente por meio de um
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12/29 segundo eletrodo, instalado em cada um deles.
[0057] De forma simplificada, as interações entre os pares de eletrodos adjacentes do sistema podem ser aproximadas por capacitores de placas paralelas. Neste modelo, os dois condutores (por exemplo, condutores associados a dois profissionais médicos ou a um profissional médico e a um equipamento), separados por uma região de comprimento d preenchida com material dielétrico (por exemplo, ar, roupas e tecidos humanos não condutivos), apresentam uma capacitância C, a qual mede a quantidade de carga elétrica Q que o capacitor armazena em suas placas na presença de uma diferença de potencial (tensão) V entre elas, ou seja C = Q/V.
[0058] Assim, os dois condutores estarão mais fortemente acoplados capacitivamente quanto maior for o valor de C, sendo esse valor inversamente proporcional a d (distância entre os condutores), diretamente proporcional à área dos eletrodos e também afetado pelo tipo de dielétrico existente entre estes.
[0059] Na situação em que a tensão V é aplicada entre as placas do capacitor por um dispositivo transmissor, um campo elétrico de intensidade E = V/d desenvolve-se entre elas. Aplicando-se uma tensão V variável no tempo, as placas serão carregadas e descarregadas de acordo com essa variação, e tem-se um campo elétrico que também varia no tempo de acordo com V. Caracteriza-se, então, a radiação de campo próximo propagada através dos acoplamentos capacitivos e do próprio corpo humano. A variação do campo elétrico pode ser detectada por dispositivos receptores adequadamente construídos. Estabelece-se, então, o caminho de comunicação entre os dispositivos transmissores e receptores.
[0060] Um esquema de modulação pode ser imposto sobre a tensão V variável no tempo, de forma que se codifiquem mensagens, propagadas através do acoplamento capacitivo entre os condutores. O
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13/29 sistema pode então ser utilizado para enviar ou receber informações através de pacotes de dados. A tensão V variável no tempo pode ser produzida através, por exemplo, de um circuito ressonador, calibrado para uma determinada frequência preferencial de transmissão. COMUNICAÇÃO INTRACORPOS APLICADA À PRESENTE INVENÇÃO [0061] A figura 1 ilustra uma representação do sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar tal como proposto na presente invenção, em que o referido ambiente hospitalar deve ser preferencialmente entendido como um centro cirúrgico 4 e uma sala de escovação 4' disposta de modo adjacente a este.
[0062] Observa-se que o centro cirúrgico 4 compreende uma pluralidade de artigos dispostos em seu interior, tal como dispensers 6 de substância asséptica, um leito 7 (cama) para acomodação de um paciente e uma bancada de apoio 8.
[0063] Similarmente, a sala de escovação também compreende dispensers 6 e ainda uma pia 9 e torneira 10 para que os usuários 3 do ambiente hospitalar possam realizar o procedimento de escovação das mãos antes da realização de procedimentos cirúrgicos.
[0064] Obviamente, a pluralidade de artigos 6, 7, 8, 9 e 10 abordados para os ambientes 4 e 4' não deve ser considerada como uma característica limitante da presente invenção.
[0065] Para que a ocorrência de contato físico em um dos artigos 6, 7, 8, 9 e 10 seja detectada, estes devem receber uma pluralidade de dispositivos identificadores 5 associados a estes. Basicamente, devese associar o dispositivo identificador 5 à porção do artigo 6,7,8 e 9 em que se deseja verificar a ocorrência de um toque, tal como será melhor descrito adiante.
[0066] Nesta configuração da presente invenção, e tal como já abordado anteriormente, cada um dos dispositivos identificadores 5 é
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14/29 configurado como um elemento condutor, tal como um eletrodo constituído de placas condutoras. Tais dispositivos identificadores 5 são preferencialmente metálicos, mas também podem ser perfeitamente fabricados em outros materiais, tal como papéis metalizados, materiais têxteis e polímeros e plásticos condutores de eletricidade (tal como polianilina, polipirrol, poliacetileno e politiofeno).
[0067] Em uma configuração, tais dispositivos identificadores 5 podem ser fixados, por exemplo, na porção inferior de mesas, ao redor dos dispensadores de substância asséptica 6 e ao redor das camas 7 dispostas no ambiente hospitalar 4, 4'.
[0068] Assim, observa-se a partir da figura 1 que os dispositivos identificadores 5 são associados a cada um dos dispensers 6, leito 7 e bancada de apoio 8, permitindo assim que a ocorrência de qualquer contato físico em tais artigos seja devidamente detectada, tal como melhor descrito adiante.
[0069] Para que a ocorrência de qualquer toque em tais artigos seja devidamente detectada, propõe-se que o usuário 3 do sistema, tal como um profissional médico, faça uso de um dispositivo emissor e receptor 2.
[0070] Nesta configuração, o dispositivo emissor e receptor 2 é configurado como um dispositivo de emissão/recepção de radiofrequência associado ao usuário 3, tal como um crachá, pulseira, bracelete ou qualquer meio equivalente. Ainda, não se faz necessário que o dispositivo emissor e receptor 2 fique visível, de modo que este pode ser, por exemplo, disposto no bolso do avental/calça do usuário 3, assim, entende-se que o local de disposição do dispositivo emissor e receptor 2 não remete a uma limitação dos ensinamentos aqui propostos, ainda, entende-se que o dispositivo emissor e receptor 2 não necessariamente precisa estar em contato direto com a pele do usuário 3, por exemplo, e tal como já citado, o dispositivo 2 pode ser disposto
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15/29 no bolso do avental do médico 3, cenário este em que não há contato direto com sua pele.
[0071] Mais especificamente, o dispositivo emissor e receptor 2 inclui um transmissor de radiofrequência de campo próximo, um receptor de radiofrequência de campo próximo, um transmissor de radiofrequência de campo distante (por exemplo, Bluetooth, Zigbee ou WiFi), um microcontrolador e dois eletrodos. Assim como os dispositivos identificadores 5, os eletrodos do dispositivo emissor e receptor 2 são comumente metálicos, mas podem ainda ser confeccionados com outros tipos de material condutor, como papéis metalizados, materiais têxteis e polímeros e plásticos condutores de eletricidade (tal como polianilina, polipirrol, poliacetileno e politiofeno).
[0072] Tal como será abordado adiante, os transmissores e receptores de campo próximo do dispositivo 2 são responsáveis por detectar a ocorrência de contato físico entre usuários e artigos ou entre usuário entre si, de modo que o transmissor de radiofrequência de campo distante é responsável por posteriormente enviar o dito evento de contato físico para uma central de coleta de dados 100, conforme ilustrado na figura 1.
[0073] Ainda, destaca-se que cada dispositivo emissor e receptor 2 e cada dispositivo identificador 5 deverá ter um número de identificação único, para que assim seja possível a identificação do usuário e do artigo disposto no ambiente hospitalar.
[0074] Ainda em referência à figura 1, observa-se que a associação do dispositivo emissor e receptor 2 ao usuário 3 estabelece uma zona de emissão (e recepção) 20 do dispositivo emissor e receptor 2, a dita zona de emissão 20 correspondente aos limites do corpo do usuário 3 que faz uso do dispositivo 2.
[0075] De maneira similar, a associação dos dispositivos identificadores 5 aos artigos 6, 7 e 8 estabelece uma zona de identificação 50
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16/29 de cada um dos referidos artigos, a dita zona de identificação 50 correspondente aos limites do artigo 6, 7 e 8 em que o dispositivo identificador 5 é associado.
[0076] Em referência à figura 1, tanto a zona de identificação 50 quanto a zona de emissão 20 são representadas por meio de linhas tracejadas e devem ser entendidas respectivamente como os limites de cada um dos artigos 6, 7, 8 e do corpo do usuário 3. Em outras palavras, a zona de identificação 50 delimita a porção monitorada pelo dispositivo identificador 5 e a zona de emissão 20 delimita a porção monitorada pelo dispositivo emissor e receptor 2.
[0077] Visando uma descrição referente à ocorrência de contato físico entre o profissional de saúde 3 e um dos artigos 7 e 8 do centro cirúrgico 4, a figura 2 ilustra uma representação simplificada da figura 1, em que apenas o leito 7 e a bancada de apoio 8 são ilustrados juntamente com o profissional de saúde 3.
[0078] Considera-se um cenário em que o profissional médico 3 ingressa no centro cirúrgico 4 e desloca-se inicialmente ao leito 7 do paciente, tal como indicado pelo percurso 35 representado na figura 2.
[0079] Ainda em referência à figura 2, na ocorrência de um contato físico (toque) entre o corpo do profissional médico 3 (ou seja, a porção delimitada pelo dispositivo emissor e receptor 2) e os limites do leito 7 (ou seja, a porção delimitada pelo dispositivo identificador 5), uma primeira intersecção de contato 70 será identificada.
[0080] Assim, por primeira intersecção de contato 70, entende-se como a ocorrência de uma intersecção entra a zona de identificação 50 e a zona de emissão 20, ou seja, há uma intersecção (indicada através do ponto 70) entre as zonas delimitadas pelo dispositivo identificador 5 e pelo dispositivo emissor e receptor 2.
[0081] De maneira similar, e considerando agora o trajeto 36 realizado pelo médico 3 em direção à bancada de apoio 8, a intersecção
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17/29 de contato 70 será gerada caso novamente ocorra um cruzamento entre a zona de identificação 50 e a zona de emissão 20.
[0082] Desta maneira, entende-se que a primeira intersecção de contato 70 é estabelecida na ocasião de um cruzamento (a ocorrência de um ponto em comum) entre os sinais de radiofrequência emitidos pelo dispositivo emissor e receptor 2 e pelo dispositivo de identificação 5, respectivamente.
[0083] Para que todo e qualquer toque físico entre o profissional de saúde 3 e qualquer um dos artigos 6, 7, 8, 9 e 10 seja detectado, a presente invenção propõe que a primeira intersecção de contato 70 seja gerada a partir de um sinal de identificação 60 emitido pelo dispositivo identificador 5, em que tal sinal de identificação 60 é transmitido desde o dispositivo identificador 5 até o dispositivo emissor e receptor 2 associado ao profissional médico 3 e através de um meio de transmissão 80. Assim, entende-se que o sinal de identificação 60 é enviado desde o dispositivo identificador 5 até o dispositivo emissor e receptor 2 do centro cirúrgico.
[0084] Mais especificamente, e em referência as figuras 2, 3 e 7, os ensinamentos da presente invenção propõem que o sinal de identificação 60 seja transmitido diretamente desde o dispositivo identificador 5 (associado ao artigo do ambiente hospitalar) até o dispositivo emissor e receptor 2 associado ao profissional médico.
[0085] Assim, entende-se que o sinal de identificação deve percorrer o artigo do ambiente hospitalar (neste caso o leito 7 e bancada 8) e também o corpo do profissional médico 3, chegando assim ao dispositivo emissor e receptor 2. Assim, entende-se que o meio de transmissão 80 deve ser entendido como o próprio artigo do ambiente hospitalar bem como o próprio corpo do profissional médico.
[0086] Desta maneira, se faz desnecessária a utilização de antenas para que o sistema opere corretamente, uma vez que a presente
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18/29 invenção propõe a transmissão de dados através do próprio corpo humano, ou seja, através do corpo do profissional médico e também através do artigo disposto no ambiente hospitalar.
[0087] Tal característica assegura que o objetivo principal da presente invenção seja atingido, ou seja, a possibilidade de detecção de toques, bem como que qualquer toque realizado entre o médico 3 e os artigos dispostos no ambiente 4 serão devidamente detectados, não importando se este toque ocorreu com uma das mãos do profissional, com suas costas ou qualquer outra parte do corpo.
[0088] De modo mais específico, o sinal de identificação 60 é configurado como radiações eletromagnéticas com frequência adequada e emitidas desde os dispositivos identificadores 5 até dispositivo emissor e receptor 2. Em uma proposta preferencial, uma faixa de frequência entre 50kHz a 150MHz seria aceitável.
[0089] Em referência também às figuras 2 e 3, a figura 7 ilustra uma representação de como ocorre a detecção da ocorrência de um contato físico entre o profissional médico 3 e um artigo disposto no ambiente hospitalar, neste caso a bancada de apoio 8, considerando o conceito de comunicação intracorpos.
[0090] Destaca-se que o corpo humano possui uma resistência 306 e uma capacitância 305 intrínsecas, devido às propriedades resistivas e capacitivas dos tecidos humanos. Assumindo como referência de potencial a terra 400, tem-se a existência de uma capacitância 302 entre o corpo humano e os eletrodos do dispositivo identificador 5, bem como uma capacitância 303 entre o corpo humano e os eletrodos do dispositivo emissor e receptor 2. Nota-se ainda da figura 7 um acoplamento capacitivo 304 entre o dispositivo emissor e receptor 2 e o referencial terra 400 bem como um acoplamento capacitivo 301 entre o dispositivo identificador 5 e a referência terra 400.
[0091] Em referência à figura 7, nota-se ainda uma capacitância
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300 entre o corpo humano e a referência da terra 400, de modo que o acoplamento entre o corpo humano e o potencial terra 400 deve ser minimizado, por exemplo, com o uso de calçados de borracha.
[0092] Tal como já abordado anteriormente, o dispositivo emissor e receptor 2 é capaz de transmitir e receber dados através do corpo humano e com isso detectar os dispositivos identificadores 5 associados aos artigos dentro do ambiente hospitalar.
[0093] A comunicação entre o dispositivo emissor e receptor 2 e o dispositivo identificador 5 irá ocorrer quando a distância entre o corpo do profissional 3 (no exemplo da Figura 7, a mão deste) estiver a uma determinada distância mínima (distância de detecção) tal que o acoplamento capacitivo desenvolvido, indicado pelo capacitor 302, seja forte o suficiente para que o caminho de transmissão seja estabelecido. A dita distância mínima pode ser configurada para um centímetro de distância, por exemplo, ou qualquer distância mínima que indique que um toque entre o profissional 3 e o artigo 8 tenha ocorrido (entende-se assim que tal distância pode ser configurada como nula).
[0094] Assim, entende-se que essa distância de detecção pode ser calibrada pelo sistema, sendo possível limitar a detecção a quando a mão estiver em contato com a bancada de apoio 8 (distância de detecção igual a zero).
[0095] Desta maneira, e em referência também à figura 2, entende-se que a primeira intersecção de contato 70 está atrelada à distância de detecção, ou seja, estando o corpo (neste caso, a mão) do médico 3 a uma distância equivalente (ou inferior) à distância de detecção em relação à bancada de apoio 8, a primeira intersecção de contato 70 será gerada e consequentemente a capacitância 302 será suficiente para permitir a transmissão do primeiro sinal de identificação 60 desde o dispositivo identificador 5 até o dispositivo emissor e receptor 2, utilizando como meio de transmissão a bancada de apoio 8 e o corpo do
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20/29 profissional médico, conforme ilustrado na figura 7.
[0096] Assim, e por utilizar o próprio corpo humano e o artigo (bancada de apoio 8) disposto no ambiente hospitalar como meio de transmissão de dados, a presente invenção possibilita a detecção de toques realizados por um profissional médico 3 a qualquer artigo 6, 7, 8, 9, 10 disposto no ambiente hospitalar.
[0097] Uma vantagem adicional do sistema proposto na presente invenção reside na possibilidade de se detectar não somente a ocorrência de contato entre o usuário 3 com um dos artigos 6, 7, 8, 9, 10, mas também na possibilidade de se detectar a ocorrência de toques entre dois ou mais profissionais médicos 3, 3'.
[0098] Sabe-se que durante um procedimento cirúrgico as chances de contaminação se potencializam, assim, caso ocorra um contato físico entre, por exemplo, o braço de dois cirurgiões durante um procedimento, se faz necessária a higienização das mãos antes da sequência da cirurgia.
[0099] Desta maneira, e em referência às figuras 4 e 8, a ocorrência de toque entre distintos profissionais médicos, tal como os cirurgiões 3, 3' será detectada através da existência de uma segunda intersecção de contato 40 entre estes. Assim, entende-se que a segunda intersecção de contato 40 é gerada quando ocorrer uma intersecção (cruzamento) entre duas zonas de emissão distintas, tal como as zonas 20 e 20' representadas na figura 4 e respectivamente geradas pelos dispositivos emissores e receptores 2 e 2'.
[00100] Detectada a ocorrência de um toque entre os profissionais 3,3', ou seja, gerada a segunda intersecção de contato 40, pode-se dizer que é estabelecida comunicação entre os sinais de identificação 60 gerados por cada um dos dispositivos emissores e receptores 2 e 2'.
[00101] Em outras palavras, e ainda em referência à figura 4, en
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21/29 tende-se que o sinal de identificação 60 gerado pelo dispositivo emissor e receptor 2 do médico 3 é enviado até o dispositivo emissor e receptor 2' do cirurgião 3', e vice-versa. Ou seja, neste caso, o dispositivo emissor e receptor 2 irá enviar um sinal de identificação 60 ao dispositivo emissor e receptor 2', e, de maneira similar, o dispositivo emissor e receptor 2' irá enviar o sinal de identificação 60 para o dispositivo emissor e receptor 2.
[00102] De modo similar, a descrição anteriormente realizada quando da ocorrência de toques entre o profissional 3 e um artigo disposto no ambiente hospitalar, tal transmissão de dados utiliza como meio de transmissão 80, 80' o próprio corpo dos médicos 3 e 3', respectivamente.
[00103] A figura 8 ilustra uma representação de como ocorre a detecção da ocorrência de um contato físico entre dois profissionais médicos 3 e 3' considerando o conceito de comunicação intracorpos. [00104] Neste caso, cada profissional 3 e 3' possui respectivamente um dispositivo emissor e receptor 2 e 2' com um número de identificação próprio. Quando do contato físico entre os dois profissionais (ou seja, quando a distância entre os profissionais for igual ou inferior à distância de detecção previamente calibrada), tais dispositivos 2 e 2' irão detectar o dito evento e consequentemente a segunda intersecção de contato 40 e o sinal de identificação 60 serão gerados.
[00105] Desta maneira, ocorrerá a transmissão do sinal de identificação 60 entre os dispositivos 2 e 2', utilizando o corpo humano como meio de transmissão e conforme representação da figura 9.
[00106] Destaca-se que o sistema proposto na presente invenção possibilita que seja detectada a ocorrência de contato não somente entre um médico e um artigo (figuras 2, 3 e 7) e entre dois ou mais médicos (figura 4, 8 e 9), mas também a combinação de tais fatos, tal como a ocorrência de contato entre os médicos 3 e 3' em que ambos
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22/29 ainda estabelecem contato com o leito 7, tal como representado na figura 5 (a). Assim, entende-se que a presente invenção é apta a combinar a geração da primeira intersecção de contato 70 com a segunda intersecção de contato 40.
[00107] Obviamente, o sistema proposto é apto ainda a detectar a ocorrência de contato entre dois ou mais profissionais médicos, tal como os cirurgiões 3 e 3' representados na figura 5(b), em que apenas um destes estabelece contato com o leito 7.
[00108] Tal como já abordado anteriormente, os ensinamentos da presente invenção são ainda benéficos para a detecção dos eventos de contato físico dentro da sala de escovação 4' de um ambiente hospitalar, conforme representação da figura 1.
[00109] Assim, podem associar os dispositivos identificadores 5 aos dispensers 6 dispostos em tal sala bem como à pia 9 e torneiras 10 existentes para a realização do procedimento de escovação.
[00110] Em relação específica a tal procedimento de escovação, sabe-se que este é geralmente realizado em uma pia de alumínio, tal como a pia 9 representada nas figuras 1 e 6.
[00111] Ainda, é necessária uma técnica específica para a escovação cirúrgica, de modo que a escovação vai no sentido das mãos até quase os cotovelos. Todas as faces, como a anterior, posterior e laterais, devem ser escovadas. Quando os cirurgiões 3 terminam de fazer a escovação, fazem a retirada do sabão com a água escorrendo no mesmo sentido, das mãos para os cotovelos.
[00112] Esses movimentos podem ocasionar que os profissionais 3 encostem nas laterais da pia 9 ou ainda na torneira 10, ainda, caso a escovação seja realizada por mais de um profissional 3, é possível a ocorrência de contato físico entre estes.
[00113] Se houver algum tipo de contato das mãos, punho ou antebraço com a estrutura da pia 9 ou torneira 10, ou ainda caso exista
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23/29 contato entre dois ou mais cirurgiões, o processo de escovação deve ser iniciado novamente.
[00114] Com o sistema proposto na presente invenção, e a partir da descrição anteriormente realizada, qualquer contato entre o corpo do usuário 3 com os limites da pia 9 ou torneira 10 serão devidamente detectados a partir da geração da primeira intersecção de contato 70. Similarmente, e tal como já descrito anteriormente, qualquer contato entre dois ou mais profissionais médicos 3,3' será detectado a partir da geração da segunda intersecção de contato 40, indicando a necessidade de se realizar a higienização das mãos novamente.
[00115] Em referência às figuras 3 e 4, a indicação da necessidade de se higienizar as mãos é realizada através de um sinal de higienização 90, o dito sinal 90 gerado sempre que ocorrer um contato físico entre o profissional médico 3 e um dos artigos 6, 7, 8, 9, 10 ou caso ocorra um contato físico entre dois ou mais profissionais 3,3', tal como descrito anteriormente. Desta maneira, entende-se que o sinal de higienização 90 é gerado a partir do sinal de identificação 60, conforme representação das figuras 3 e 4.
[00116] Em uma configuração, o sinal de higienização 90 é enviado via radiofrequência pelo dispositivo emissor e receptor 2 (através de seu transmissor de campo distante) para uma central de coleta de dados 100, a referida central também compreendendo um módulo de radiofrequência. A dita central 100 pode ser preferencialmente disposta em cada um dos ambientes 4,4' que utilizam o sistema proposto na presente invenção, conforme representação da figura 1. Alternativamente, pode-se dispor uma única central 100 na sala de gerência do hospital em que informações sobre a ocorrência de contato físico em diversas salas de cirurgia do hospital seriam informadas.
[00117] Destaca-se ainda que os dados recebidos pela central de coleta 100 podem ser retransmitidos para um software de gerencia
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24/29 mento do sistema, habilitando assim a geração de relatórios e criação de banco de dados relacionados à ocorrência de contatos físicos.
[00118] O sinal de higienização 90 compreende informações (dados) referentes ao número de identificação do dispositivo emissor e receptor 2 (identificação do profissional médico 3), identificação do artigo 6, 7, 8, 9, 10 em que o contato físico ocorreu, data, hora e duração do evento de contato físico. Dados similares são expostos caso o contato tenha ocorrido entre dois ou mais profissionais da saúde.
[00119] Em uma configuração, a central de coleta de dados 100 pode perceptivelmente indicar a ocorrência de um toque diretamente na sala de cirurgia 4 ou na sala de escovação 4'. Tal indicação pode ocorrer através de uma luz vermelha, indicando assim ao médico 3 a necessidade de higienizar as mãos ou reiniciar os procedimentos de escovação.
[00120] Casos os procedimentos cirúrgicos ou de escovação transcorram sem a ocorrência de toques, uma luz verde pode ser permanentemente exibida na central de coleta de dados 100.
[00121] Tal indicação perceptiva do sinal de higienização 90 pode ainda ser realizada diretamente no dispositivo emissor e receptor 2 (crachá) do médico 3, por exemplo, através de uma indicação luminosa ou alerta vibratório.
[00122] Os ensinamentos da presente invenção permitem que os dados recebidos pela central 100 sejam compilados e que um relatório da ocorrência de contatos físicos seja gerado e informado à gerência do ambiente hospitalar.
[00123] Adicionalmente, o dispositivo emissor e receptor 2 pode ainda determinar o tempo em que o profissional 3 levou para realizar o procedimento de escovação das mãos, referenciado como tempo de escovação. Em uma modalidade, o tempo de escovação poderia ser obtido através do tempo transcorrido entre o primeiro e o último toque
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25/29 de um usuário na torneira 10 ou na pia 9, por exemplo, em um determinado intervalo de tempo. Assim, pode-se monitorar se o tempo da escovação realizada pelo profissional médico 3 foi o tempo considerado como aceitável pela gerência do ambiente hospitalar, por exemplo, cinco minutos.
[00124] Ademais, pode-se informar ao profissional médico 3 presente no centro cirúrgico sobre a necessidade de se realizar uma nova escovação das mãos caso seja transcorrido um período de tempo também determinado pela gerência do hospital. Por exemplo, em uma modalidade preferencial, um alerta vibratório/luminoso poderia ser exibido no dispositivo emissor e receptor 2 do profissional médico caso este permaneça dentro do centro cirúrgico por um período superior a quatro horas, em que o dito período de quatro horas poderia ser determinado considerando o último instante de contato físico do profissional médico 3 na torneira 10 ou pia 9.
[00125] Em uma modalidade alternativa, a dita indicação ao profissional médico 3 poderia ocorrer através de indicações presentes no próprio centro cirúrgico, por exemplo, através da central de coleta de dados 100. Ainda, obviamente deve-se considerar o período de quatro horas como uma descrição apenas preferencial e não limitativa da presente invenção.
[00126] Em harmonia com a descrição realizada para o sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar, a presente invenção aborda ainda um método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar.
[00127] Em acordo com a descrição previamente realizada, o método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar compreende ao menos uma entre as seguintes etapas: gerar um sinal de higienização 90 caso o usuário 3,3' do ambiente hospitalar 4,4' estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos 6, 7, 8,
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9, 10 dispostos no ambiente hospitalar 4,4', e gerar o sinal de higienização 90 caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários 3,3' do ambiente hospitalar 4,4'.
[00128] Tal como descrito anteriormente, o método proposto ainda compreende a etapa de gerar uma zona de identificação 50 associada a cada um dos artigos 6, 7, 8, 9, 10 dispostos no ambiente hospitalar 4,4' em que a zona de identificação 50 corresponde aos limites do artigo 6, 7, 8, 9, 10 em que o dispositivo identificador 5 é associado.
[00129] Propõe-se ainda a etapa de gerar uma zona de emissão 20 correspondente aos limites do corpo do usuário 3,3' que utiliza o dispositivo emissor e receptor 2,2'.
[00130] Em harmonia com a descrição previamente realizada, o método proposto ainda compreende ao menos uma entre as seguintes etapas: gerar o sinal de higienização 90 devido à existência de uma primeira intersecção de contato 70 entre a zona de identificação 50 e a zona de emissão 20, e gerar o sinal de higienização 90 devido à existência de uma segunda intersecção de contato 40 entre ao menos duas zonas de emissão distintas 20,20'.
[00131] Tal como anteriormente descrito, o método ainda compreende ao menos uma entre as seguintes etapas: transmitir um sinal de identificação 60 desde o dispositivo identificador 5 até os dispositivo emissor e receptor 2,2' através de um meio de transmissão 80,80' quando a primeira intersecção de contato 70 existir, e transmitir o sinal de identificação 60 entre dispositivos emissores 2,2' de distintos usuários 3,3' e através do meio de transmissão 80,80' quando a segunda intersecção de contato 40 existir. Em uma configuração, o meio de transmissão 80,80' é configurado como o próprio corpo do usuário 3,3' do dispositivo emissor e receptor 2,2' ou ainda como o próprio corpo do usuário e também o próprio artigo disposto no ambiente hospitalar.
[00132] Adicionalmente, e tal como já descrito anteriormente, o si
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27/29 nal de identificação 60 é configurado como radiações eletromagnéticas com frequência adequada (entre 50 kHz a 150MHz).
[00133] Em concordância com a descrição anteriormente realizada, aborda-se ainda o uso do corpo humano como meio de transmissão 80,80' de um sinal de identificação 60 em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar 4,4', em que o ambiente hospitalar 4,4' compreende ao menos um dispositivo emissor e receptor 2,2' associado a ao menos um usuário 3,3' do ambiente hospitalar 4,4' e ao menos um dispositivo identificador 5 associado a ao menos um artigo 6, 7, 8, 9 e 10 disposto no ambiente hospitalar 4,4'.
[00134] Assim, em harmonia com a descrição anteriormente realizada, o uso do corpo humano como meio de transmissão 80,80' do sinal de identificação 60 ocorre devido a ao menos um entre: a geração do sinal de identificação 60 devido à ocorrência de um contato físico entre o usuário 3,3' e ao menos um dos artigos 6, 7, 8, 9, 10 dispostos no ambiente hospitalar 4,4' e a geração do sinal de identificação 60 devido à ocorrência de um contato físico entre distintos usuários 3,3' do ambiente hospitalar 4,4'.
[00135] Ainda, o sinal de identificação 60 é transmitido desde o dispositivo identificador 5 até o dispositivo emissor e receptor 2,2' quando da ocorrência de um contato físico entre o usuário 3,3' e ao menos um dos artigos 6, 7, 8, 9, 10 dispostos no ambiente hospitalar 4,4' e o sinal de identificação 60 é transmitido entre dispositivos emissores e receptores 2,2' de distintos usuários 3,3' do ambiente hospitalar 4,4' quando da ocorrência de contato físico entre distintos usuários 3,3' do ambiente hospitalar.
[00136] Assim, descreve-se um sistema e método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar aptos a detectar a ocorrência de toques entre profissionais médicos e também entre
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28/29 profissionais e determinados artigos dispostos no ambiente hospitalar. Descreve-se também o uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal relativo à ocorrência de contato físico em ambientes hospitalares.
[00137] A partir dos ensinamentos da presente invenção, não se faz necessária a utilização de antenas no sistema, uma vez que o sistema utiliza o próprio corpo do profissional médico 3 como meio de transmissão do sinal de identificação 60 gerado pelo dispositivo identificador 5, sinal de identificação 60 este que posteriormente gerará o sinal de higienização 90, indicando assim a necessidade de se realizar novamente a higienização ou escovação das mãos.
[00138] Por utilizar o próprio corpo humano como meio de transmissão do sinal de identificação 60, assegura-se que qualquer toque entre o profissional 3 e equipamentos 6, 7, 8, 9, 10 será detectado, não importando qual parte do corpo do médico 3 realizou tal toque ou a sua posição no momento em que o toque ocorreu. Similarmente, qualquer toque entre dois ou mais médicos 3, 3' será devidamente detectado.
[00139] Em relação à pluralidade de artigos 6, 7, 8, 9, 10 abordada na presente invenção, deve-se entender que a descrição destes como dispensers 6, leito 7, bancada de apoio 8, pia 9 e torneira 10 não deve ser considerada como uma característica limitativa da presente invenção.
[00140] Obviamente, o dispositivo identificador 5 pode ser associado a qualquer elemento existente em um ambiente hospitalar, tal como monitores, portas, maçanetas, móveis, televisores, janelas, cateteres, bombas de infusão, sondas, entre outros.
[00141] Assim, qualquer elemento disposto em um ambiente hospitalar pode ser entendido como um artigo apto a receber o dispositivo identificador 5.
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29/29 [00142] Propõe-se assim um sistema e método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar bem como o uso do corpo humano como meio de transmissão de um sinal referente à ocorrência de contatos físicos em um ambiente hospitalar. Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídos os possíveis equivalentes.
Claims (21)
- REIVINDICAÇÕES1. Sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4'), em que o sistema é caracterizado pelo fato de compreender:ao menos um dispositivo emissor e receptor (2,2') associado a ao menos um usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4'), ao menos um dispositivo identificador (5) associado a ao menos um artigo (6, 7, 8, 9, 10) disposto no ambiente hospitalar (4,4'), em que o sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4') é configurado de modo a gerar um sinal de higienização (90) caso o usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4') estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos (6, 7,8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4').
- 2. Sistema de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o sinal de higienização (90) é gerado ainda caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar (4,4').
- 3. Sistema de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de compreender ainda:uma zona de identificação (50) associada a cada um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4, 4'), em que a zona de identificação (50) corresponde aos limites do artigo (6, 7, 8,9, 10) em que o dispositivo identificador (5) é associado, e uma zona de emissão (20,20') correspondente aos limites do corpo do usuário (3,3') que utiliza o dispositivo emissor e receptor (2,2').
- 4. Sistema de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o sinal de higienização (90) é gerado devido a ao menos um entre:a existência de uma primeira intersecção de contato (70)Petição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 37/602/7 entre a zona de identificação (50) e a zona de emissão (20), e a existência de uma segunda intersecção de contato (40) entre ao menos duas zonas de emissão distintas (20,20').
- 5. Sistema de acordo com a reivindicação 4, em que o sinal de higienização (90) é gerado a partir de um sinal de identificação (60) gerado por ao menos um entre o dispositivo identificador (5) e o dispositivo emissor e receptor (2,2'), em que o sistema é caracterizado pelo fato de que:a existência da primeira intersecção de contato (70) acarreta na transmissão do sinal de identificação (60) desde o dispositivo identificador (5) até o dispositivo emissor e receptor (2,2') através de um meio de transmissão (80), e a existência da segunda intersecção de contato (40) acarreta na transmissão do sinal de identificação (60) entre dispositivos emissores (2,2') de distintos usuários (3,3') e através do meio de transmissão (80,80').
- 6. Sistema de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o sinal de identificação (60) é configurado como radiações eletromagnéticas com frequência entre 50kHz a 150MHz.
- 7. Sistema de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o meio de transmissão (80) é configurado como o próprio corpo do usuário (3) do dispositivo emissor e receptor (2,2').
- 8. Sistema de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o dispositivo emissor e receptor (2,2') é configurado para enviar o sinal de higienização (90) para uma central de coleta de dados (100).
- 9. Sistema de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os dispositivos identificadores (5) são associados a uma pluralidade de artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos em um entre um centro cirúrgico (4) e uma sala de escovação (4'), em que a pluralidadePetição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 38/603/7 de artigos (6, 7, 8, 9, 10) é configurada como:ao menos um dispenser (6) de substância asséptica, ao menos um leito (7), ao menos uma bancada de apoio (8), ao menos uma pia (9) e ao menos uma torneira (10).
- 10. Sistema de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de ser configurado de modo a detectar um tempo de escovação através da ocorrência de um primeiro contato físico e de um segundo contato físico entre o usuário (3,3') e um dos artigos (9,10) do ambiente hospitalar (4'), os ditos primeiro e segundo contatos físicos ocorridos dentro de um período de tempo pré-determinado.
- 11. Método de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar, o ambiente hospitalar (4,4') compreendendo:ao menos um dispositivo emissor e receptor (2,2') associado a ao menos um usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4'), ao menos um dispositivo identificador (5) associado a ao menos um artigo (6, 7, 8, 9, 10) disposto no ambiente hospitalar (4,4'), em que o método é caracterizado pelo fato de compreender ao menos uma entre as seguintes etapas:gerar um sinal de higienização (90) caso o usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4') estabeleça um contato físico com ao menos um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4'), e gerar o sinal de higienização (90) caso seja estabelecido contato físico entre distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar (4,4').
- 12. Método de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de ainda compreender a etapa de:gerar uma zona de identificação (50) associada a cada um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4'), em que a zona de identificação (50) corresponde aos limites do artigo (6,Petição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 39/604/77, 8, 9, 10) em que o dispositivo identificador (5) é associado, e gerar uma zona de emissão (20) correspondente aos limites do corpo do usuário (3,3') que utiliza o dispositivo emissor e receptor (2,2')
- 13. Método de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de compreender ainda ao menos uma entre as seguintes etapas:gerar o sinal de higienização (90) devido à existência de uma primeira intersecção de contato (70) entre a zona de identificação (50) e a zona de emissão (20), e gerar o sinal de higienização (90) devido à existência de uma segunda intersecção de contato (40) entre ao menos duas zonas de emissão distintas (20,20').
- 14. Método de acordo com a reivindicação 13, em que o sinal de higienização (90) é gerado a partir de um sinal de identificação (60), o sinal de identificação (60) gerado por ao menos um entre os dispositivos identificadores (5) e os dispositivos emissores e receptores (2,2'), em que o método é caracterizado pelo fato de ainda compreender ao menos uma entre as seguintes etapas:transmitir o sinal de identificação (60) desde o dispositivo identificador (5) até o dispositivo emissor e receptor (2,2') através de um meio de transmissão (80,80') quando a primeira intersecção de contato (70) existir, e transmitir o sinal de identificação (60) entre dispositivos emissores e receptores (2,2') de distintos usuários (3,3') e através do meio de transmissão (80,80') quando a segunda intersecção de contato (40) existir.
- 15. Método de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o meio de transmissão (80,80') é configurado como o próprio corpo do usuário (3,3') do dispositivo emissor e receptorPetição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 40/605/7 (2,2').
- 16. Método de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que o sinal de identificação (60) é configurado como radiações eletromagnéticas com frequência entre 50 kHz a 150MHz.
- 17. Método de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de ainda compreender a etapa de:associar os dispositivos identificadores (5) a uma pluralidade de artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos em um entre um centro cirúrgico (4) e uma sala de escovação (4'), em que a pluralidade de artigos (6, 7, 8, 9, 10) é configurada como:ao menos um dispenser (6) de substância asséptica, ao menos um leito (7), ao menos uma bancada de apoio (8), ao menos uma pia (9) e ao menos uma torneira (10).
- 18. Sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4'), o sistema caracterizado pelo fato de que:o ambiente hospitalar (4,4') é configurado como ao menos um entre um centro cirúrgico (4) e uma sala de escovação (4'), em que o sistema ainda compreende:uma pluralidade de dispositivos identificadores (5) associados a ao menos um entre um dispenser (6) de substância asséptica, um leito (7), uma bancada de apoio (8), uma pia (9) e uma torneira (10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4'), ao menos um dispositivo emissor e receptor (2,2') associado a um usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4'), em que o sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar compreende ainda um sinal de higienização (90), o dito sinal de higienização (90) gerado devido a ao menos um entre:a ocorrência de um contato físico entre o usuário (3,3') doPetição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 41/606/7 ambiente hospitalar (4,4') com ao menos um entre o dispenser (6) de substância asséptica, o leito (7), a bancada de apoio (8), a pia (9) e a torneira (10), e a ocorrência de um contato físico entre distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar (4,4').
- 19. Uso do corpo humano como meio de transmissão (80,80') de um sinal de identificação (60) em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4'), em que o ambiente hospitalar (4,4') compreende:ao menos um dispositivo emissor e receptor (2,2') associado a ao menos um usuário (3,3') do ambiente hospitalar (4,4'), ao menos um dispositivo identificador (5) associado a ao menos um artigo (6, 7, 8, 9, 10) disposto no ambiente hospitalar (4,4'), em que o uso do corpo humano como meio de transmissão (80,80') do sinal de identificação (60) é caracterizado pelo fato de ocorrer devido a ao menos um entre:a geração do sinal de identificação (60) devido à ocorrência de um contato físico entre o usuário (3,3') e ao menos um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4'), e a geração do sinal de identificação (60) devido à ocorrência de um contato físico entre distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar (4,4').
- 20. Uso do corpo humano como meio de transmissão (80,80') de um sinal de identificação (60) em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4') de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que:o sinal de identificação (60) é transmitido desde o dispositivo identificador (5) até o dispositivo emissor e receptor (2,2') quando da ocorrência de um contato físico entre o usuário (3,3') e ao menos um dos artigos (6, 7, 8, 9, 10) dispostos no ambiente hospitalar (4,4'),Petição 870170073860, de 29/09/2017, pág. 42/607/7 eo sinal de identificação (60) é transmitido entre dispositivos emissores e receptores (2,2') de distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar (4,4') quando da ocorrência de contato físico entre os distintos usuários (3,3') do ambiente hospitalar.
- 21. Uso do corpo humano como meio de transmissão (80,80') de um sinal de identificação (60) em um sistema de detecção dos eventos de contato físico em um ambiente hospitalar (4,4') de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que o sinal de identificação (60) é configurado radiações eletromagnéticas com frequência entre 50kHz a 150MHz.
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