BR102017015050B1

BR102017015050B1 - Cabo condutor fase para linhas de distribuição de energia e processo de formação de cabo condutor fase para linhas de distribuição de energia

Info

Publication number: BR102017015050B1
Application number: BR102017015050-0A
Authority: BR
Inventors: Fernanda Tiemy Yoshida; Ricardo Tadashi Tanaka
Original assignee: Furukawa Electric Latam S.A
Priority date: 2017-07-13
Filing date: 2017-07-13
Publication date: 2022-12-20
Also published as: BR102017015050A2

Abstract

O cabo condutor fase (CF) é do tipo híbrido e compreende um elemento tubular metálico (10) que é envolvido por fios metálicos (20) condutores elétricos, arranjados em configuração helicoidal e que aloja, internamente, pelo menos uma fibra óptica (30). O cabo condutor fase (CF) compreende ainda pelo menos um elemento tubular isolante elétrico (40) envolvendo pelo menos uma fibra óptica (30), internamente ao elemento tubular metálico (10), sendo que os fios metálicos (20) podem ser envolvidos por uma capa externa (90) de material polimérico. O processo de formação do cabo condutor fase (CF) compreende formar, progressiva e continuamente, em torno da fibra óptica (30), o elemento tubular isolante elétrico (40), em torno do qual é formado o elemento tubular metálico (10) a ser envolvido com os fios metálicos (20) condutores elétricos.

Description

Campo da invenção

[001] Define-se genericamente como "Linha de Distribuição de Energia" toda a infraestrutura de postes, cabos e equipamentos construída e mantida por uma empresa do setor elétrico e que tem como objetivo distribuir a energia elétrica para os consumidores finais em redes rurais ou urbanas, em diferentes Classes de Tensão. Neste contexto, refere-se a presente invenção a um cabo do tipo condutor fase, ou seja, elemento responsável pela condução de energia elétrica em uma linha de distribuição de energia, sendo que, de acordo com a presente invenção, este novo cabo condutor fase, além de possuir todas as qualidades e características necessárias à sua função como condutor fase de linhas de distribuição de energia, também possuirá em seu interior fibras ópticas e ainda, preferivelmente, uma capa externa de material polimérico permitindo uma utilização inédita para o produto, qual seja, a capacidade de também servir como meio físico de comunicação entre componentes da rede de distribuição de energia, e, devido à capa externa, a redução de corrente de fuga em caso de contato acidental com objetos aterrados, evitando assim o desligamento da linha. A invenção diz respeito ainda a um processo para formação do referido cabo condutor fase.

Estado da técnica

[002] São bem conhecidas da técnica diferentes construções para os cabos condutores fase, cobertos ou não, utilizados em redes aéreas de distribuição de energia em média (13,8 kV a 35 kV) e baixa tensão (110/220/380 V), no vão entre dois postes de sustentação consecutivos em redes elétricas rurais e urbanas.

[003] Esses conhecidos cabos condutores fase são geralmente formados por uma pluralidade de fios metálicos estruturais e de alta condutividade elétrica, encordoados em uma configuração helicoidal em torno de um fio metálico central, para definirem um cabo capaz de transmitir energia elétrica nas linhas de distribuição de energia, nos vãos definidos entre dois postes consecutivos.

[004] Um arranjo típico, mas não único, em redes de distribuição de energia, é aquele utilizado na chamada “Rede de Distribuição Convencional”, que utiliza os cabos efetivos do sistema (Fases da Rede Primária, Fases e Neutro da Rede Secundária) longitudinalmente dispostos em espaçamentos regulares ao longo do vão entre postes consecutivos, sendo normalmente nus os cabos, ou seja, desprovidos de capa externa polimérica.

[005] Outro arranjo típico é chamado de "Rede de Distribuição Compacta" onde os cabos condutores fase, , são longitudinalmente dispostos em espaçamentos regulares, menores e mais compactos, ao longo do vão entre postes consecutivos, sendo nestes sustentados por suportes dielétricos. Nesse caso, os conjuntos dos fios metálicos condutores são cobertos por uma capa externa polimérica, sendo esses cabos usualmente suportados, por um cabo mensageiro.

[006] Ainda outro arranjo típico é chamado de "Rede de Distribuição Rural" onde os fios metálicos condutores elétricos podem ser nus (desprovidos de capa externa polimérica) ou cobertos por uma capa externa polimérica que evita o desligamento da rede devido ao toque acidental de objetos aterrados, tais como árvores. Deve ser entendido que os aqui chamados cabos cobertos podem ser também utilizados em áreas urbanas em situações nas quais os cabos nus são indesejáveis.

[007] Conforme já acima mencionado, os usuais arranjos de Rede de Distribuição acima exemplificados apresentam o grande inconveniente de requerer a instalação de cabos de fibras ópticas adicionais à infraestrutura já existente nos postes, a qual pode ser definida por cabos condutores, nus ou cobertos, rede secundária, composta por cabos condutores e cabos neutros e cabos mensageiros da rede compacta. A instalação de cabos ópticos adicionais nos postes passa a exigir maior espaço na congestionada rede de telecomunicações.

[008] Outro inconveniente relacionado às instalações aéreas mistas (cabos da rede de distribuição de energia e cabos de comunicação ópticos, compartilhando espaço no posteamento), resulta do fato de ser exigido um distanciamento mínimo entre os cabos energizados e os cabos de telecomunicações. Mesmo respeitando-se as normas de distanciamento, podem surgir situações em que a linha de distribuição energizada deve ser desligada para permitir trabalhos de instalação e manutenção de cabos ópticos e metálicos de telecomunicações, o que acaba por interferir também com a rotina dos consumidores finais.

[009] O uso de cabos híbridos, para condução de energia elétrica e transmissão de dados por fibras ópticas, é conhecido, com a aplicação do conceito construtivo de associação de uma pluralidade de fios condutores metálicos envolvendo, de modo helicoidal, o núcleo tubular contendo fibras ópticas, sendo ainda conhecida a eventual provisão de elementos de tração adicionais aos fios condutores elétricos. Exemplos dessas construções podem ser observados nos documentos de patente EP 81,327 US 4.699.461, US 5.123.075, US 5.555.338 e US 6.859.590.

[0010] Apesar de demonstrarem o conhecimento anterior do conceito de cabo híbrido, as construções anteriores acima citadas apresentam características que resultam em soluções complexas e onerosas, geralmente voltadas a cabos autossustentáveis em grandes vãos entre torres ou postes. Além disso, essas conhecidas construções de cabo condutor híbrido não apresentam uma cobertura (capa externa) para evitar o desligamento da linha devido ao contato acidental com objetos aterrados.

[0011] O documento EP 81,327: apresenta uma construção na qual as fibras ópticas estão livremente alojadas em um compartimento que é circundado por um núcleo central de metal ou liga metálica, sendo provida, ao redor do núcleo central, pelo menos uma camada de elementos condutores alongados nus, de metal ou de liga metálica, e dispostos em arranjo helicoildal. Nessa construção anterior, o compartimento que contém as fibras ópticas é preenchido por uma resina, do tipo silicone. Segundo esse documento, as fibras ópticas também são suportadas por um elemento, o qual está espaçadamente preso ao núcleo central. Construtivamente, já são hoje amplamente utilizados outros materiais para preenchimento do núcleo óptico, tal como uma geleia ou graxa de petróleo, que possuem a função de inibir o ingresso de água. Essa construção anterior, além de ser desprovida de capa externa, torna pouco prática a instalação dos acessórios para esse cabo.

[0012] O documento US 4.699.461 apresenta um condutor aéreo flexível aperfeiçoado, composto por pelo menos uma camada de elementos condutores metálicos, ou de liga metálica e nus, com um tubo plástico resiliente, o qual tem a função de proteger as fibras ópticas quando sujeitas à tensão longitudinal e que contém pelo menos uma fibra óptica, a qual está livremente disposta dentro do tubo plástico resiliente. Nessa construção, as fibras ópticas apresentam um comprimento maior que o comprimento do cabo. , Neste documento o cabo é desprovido de capa externa, o que conduz ao mesmo inconveniente acima mencionado em relação ao primeiro documento citado.,

[0013] O documento US 5.123.075 reivindica um método de instalação de um sistema de transmissão, descrevendo o uso de um cabo condutor híbrido que compreende um elemento central tubular de alumínio alojando, em seu interior e de modo folgado, fibras ópticas, sendo o referido elemento tubular envolvido por duas camadas superpostas de fios condutores, em alumínio, dispostos em arranjos helicoidais opostos. Nessa construção, as fibras ópticas são envolvidas apenas pelo elemento tubular de alumínio, sem qualquer outro elemento tubular isolante envolvendo as fibras ópticas. O elemento tubular central envolvido apenas pelo elemento tubular central metálico, não é capaz de prover uma segura proteção para as fibras ópticas. Além disso, nessa solução anterior não é provida nenhuma capa externa capaz de proteger o cabo contra incidentes de aterramento involuntário.

[0014] O documento US 5.555.338 apresenta um cabo nu formado por pelo menos um elemento condutor elétrico, pelo menos um elemento central de resistência à tração e pelo menos uma fibra óptica contida em um tubo, que pode ser metálico e que é coberto por uma fina camada metálica (de alumínio), que pode ser metalurgicamente ligada à superfície do tubo que contém as fibras ópticas, com uma espessura de 5 a 70 μm, a fim de evitar a corrosão. Nessa solução também não é provida capa externa para proteger o cabo contra toques acidentais com objetos aterrados, apresentando ainda uma complexidade construtiva que dificulta a instalação de acessórios de distribuição de energia elétrica e de fibras ópticas em diferentes pontos da rede de distribuição.

[0015] Apesar de apresentarem soluções construtivas distintas entre si, os quatro documentos anteriores acima citados apresentam construções que não permitem a fácil instalação dos acessórios atrelados a esse cabo. Além disso, essas soluções possuem a camada exterior metálica nua, ou seja, sem a capa externa, permitindo o contato eventual de objetos aterrados a esse cabo e o consequente desligamento da linha. Hoje, também já são amplamente utilizados outros materiais para preenchimento do núcleo óptico, tal como uma geleia ou graxa de petróleo, como cita o documento US 5.555.338, e/ou fita impregnado por partículas em forma de pó absorvedor de umidade (fios ou fitas WTB - “Water Blocking”), formando uma barreira contra o acesso de umidade às fibras ópticas.

[0016] O documento US 6.859.590 apresenta uma construção na qual as fibras ópticas são envolvidas por um cabo de suporte ou de tração em torno do qual são dispostos, em arranjo helicoidal, os condutores elétricos individualmente revestidos por respectivas capas isolantes. Essa solução anterior apresenta o inconveniente de não permitir uma fácil instalação dos acessórios relacionados à distribuição de energia elétrica e de fibras ópticas em diferentes pontos da rede de distribuição, sem exigir operações complexas e demoradas, a serem realizadas por mão de obra especializada e com riscos de danos às fibras ópticas. Apesar de apresentar os inconvenientes acima, essa solução anterior provê as fibras ópticas envolvidas por um cabo com função somente mecânica, sendo que na solução ora proposta o cabo possui as funções mecânica e elétrica.

[0017] Conforme descrito mais adiante em maiores detalhes, um aspecto inovador deste trabalho refere-se ao fato de que este novo produto possui, em seu interior, fibras ópticas protegidas no interior de, pelo menos, um núcleo tubular resistente à tração/compressão, ditas fibras permitindo o tráfego de dados, sejam eles para telecomunicações ou automação e controle, de forma confiável e com alta disponibilidade, resolvendo um problema atual das distribuidoras de energia elétrica que é a detecção de rompimento de cabos condutores, por exemplo, além de evitar um grande problema das redes de distribuição de energia atuais, qual seja, a necessidade de se instalar cabos de fibras ópticas adicionais à infraestrutura já existente nos postes, ocupando maior espaço na já excessivamente congestionada rede aérea de distribuição de energia e telecomunicações, principalmente nos grandes centros urbanos, além de apresentar a possibilidade de o cabo condutor fase possuir uma capa externa polimérica que evita o desligamento da linha devido ao contato com objetos aterrados. A solução em questão permite, através de uma construção simples, uma fácil instalação dos acessórios relacionados à distribuição de energia elétrica e de fibras ópticas em diferentes pontos da rede de distribuição, sem exigir operações complexas e demoradas, a serem realizadas por mão de obra especializada e com riscos de danos às fibras ópticas.

Sumário da invenção

[0018] Em função das limitações e inconvenientes das conhecidas montagens de cabos elétricos contendo fibras ópticas, a presente invenção tem, como um de seus objetivos, a provisão de tal tipo de cabo condutor fase que dispense, por meio de uma construção simples e de fácil instalação de acessórios de distribuição de energia elétrica e de fibras ópticas, a instalação de um cabo óptico adicional à rede de distribuição, sem exigir elementos adicionais de resistência à tração .

[0019] A construção objeto da presente invenção utiliza um cabo condutor fase, coberto ou não, para linhas de distribuição de energia e que compreende um elemento tubular metálico envolvido por uma pluralidade de fios metálicos, arranjados em configuração helicoidal em, pelo menos, uma camada, dito elemento tubular alojando, internamente, pelo menos um núcleo de fibras ópticas. No caso de o cabo condutor fase ser coberto, os fios metálicos em arranjo helicoidal são ainda cobertos por pelo menos uma capa isolante elétrica ou capa dielétrica, geralmente em material polimérico.

[0020] De acordo com a invenção, o cabo condutor fase compreende ainda pelo menos um elemento tubular isolante elétrico que envolve as fibras ópticas, e que é provido internamente ao elemento tubular metálico.

[0021] O processo de formação do referido cabo condutor fase compreende uma etapa de formar, progressiva e continuamente, em torno de pelo menos uma fibra óptica, um elemento tubular isolante elétrico, em torno do qual é então formado, progressiva e continuamente, o elemento tubular metálico a ser subsequentemente envolvido com a pluralidade de fios metálicos.

[0022] Os cabos condutores fase cobertos pela capa externa polimérica podem requerer ainda a provisão de uma camada de material polimérico semicondutor, chamada de camada semicondutora disposta em torno dos fios metálicos e interna à capa externa dielétrica.

[0023] Como pode ser observado pela definição sucinta, acima apresentada, a construção de cabo condutor fase em questão permite que ele apresente, simultaneamente, a função de condutor de eletricidade, que, no caso de condutor fase coberto, evita o desligamento da linha de distribuição devido ao contato acidental com objetos aterrados, e ainda a função de cabo de telecomunicação e automação da rede, tornando possível a instalação rápida do cabo e de acessórios, tais como a mufla óptica, além de garantir a integridade física das fibras ópticas durante o manuseio.

Breve descrição dos desenhos

[0024] A invenção será descrita a seguir, fazendo-se referências aos desenhos anexos, dados apenas a título exemplificativo e nos quais:

[0025] A figura 1 representa uma vista lateral de uma extensão do cabo condutor fase da invenção, com um dos extremos parcial e progressivamente cortado para ilustrar o posicionamento relativo de suas partes componente;

[0026] A figura 2 representa uma vista em corte transversal do cabo condutor fase da figura 1, segundo uma primeira configuração da invenção, na qual apresenta um elemento de bloqueio na forma de fio ou fita e fios metálicos condutores elétricos com seção transversal circular;

[0027] A figura 2A representa uma vista semelhante àquela da figura 2, mas ilustrando o mesmo cabo condutor fase com os fios metálicos condutores elétricos envolvidos por uma camada semicondutora e por uma capa externa polimérica;

[0028] A figura 3 representa uma vista em corte transversal do cabo condutor fase da figura 1, segundo uma segunda configuração da invenção, na qual apresenta um elemento de bloqueio na forma de geleia ou graxa de petróleo e fios metálicos condutores elétricos com seção transversal trapezoidal; e

[0029] A figura 3A representa uma vista semelhante àquela da figura 3, mas ilustrando o mesmo cabo condutor fase com os fios metálicos condutores elétricos envolvidos por uma camada semicondutora e por uma capa externa polimérica.

Descrição da invenção

[0030] Conforme já mencionado e ilustrado nos desenhos anexos, a presente invenção provê um cabo condutor fase CF para linhas de distribuição de energia, do tipo utilizado para transmitir energia elétrica em linhas de distribuição.

[0031] Essa conhecida construção de cabo condutor fase CF compreende um elemento tubular metálico 10 formado em qualquer um dos materiais selecionados dentre alumínio e aço inoxidável e que é envolvido, externamente, ao longo de seu comprimento, por uma pluralidade de fios metálicos 20, apresentando seção transversal circular ou poligonal, preferivelmente formados em qualquer um dos elementos selecionados dentre alumínio, alumínio-liga, aço-alumínio e/ou aço galvanizado, arranjados em configuração helicoidal, dito elemento tubular metálico 10 alojando, internamente, pelo menos um núcleo de fibra óptica 30. O contorno poligonal é geralmente trapezoidal e utilizado para tornar o cabo condutor fase, um cabo compacto, tal como ilustrado nas figuras 3 e 3A.

[0032] Nas figuras ilustradas, os fios metálicos 20 podem ser individualmente formados de qualquer um dos materiais do grupo acima citado.

[0033] De acordo com a invenção, o cabo condutor fase CF compreende pelo menos um elemento tubular isolante elétrico 40, preferivelmente em material polimérico adequado, tal como um material extrudável, envolvendo pelo menos uma fibra óptica 30, internamente ao elemento tubular metálico 10.

[0034] A produção do cabo condutor fase CF em questão compreende formar, progressiva e continuamente, em torno de uma extensão pelo menos uma fibra óptica 30, o elemento tubular isolante elétrico 40, tal como acima definido, sendo que, em torno do elemento tubular isolante elétrico 40 é então progressiva e continuamente formado o elemento tubular metálico 10.

[0035] Após a formação do núcleo definido pelo elemento tubular metálico 10, pelo elemento tubular isolante elétrico 40 e por pelo menos uma fibra óptica 30, o elemento tubular metálico 10 é progressiva e continuamente envolvido com a pluralidade de fios metálicos 20, arranjados em configuração helicoidal.

[0036] Na forma construtiva preferida e ilustrada nos desenhos, o elemento tubular metálico 10 é assentado diretamente em torno do elemento tubular isolante elétrico 40, dentro do qual deverá ser provido um elemento de bloqueio EB contra a penetração de umidade e que pode ser definido por um preenchimento de composto em forma de geleia ou graxa de petróleo 60 (ilustrado nas figuras 3 e 3A) ou ainda por pelo menos um fio e/ou fita 50 (ilustrado nas figuras 2 e 2A) impregnado por partículas em forma de pó absorvedor de umidade (fios ou fitas WTB - “Water Blocking”), formando uma barreira contra o acesso de umidade às fibras ópticas 30.

[0037] Na configuração ilustrada nas figuras 2A e 3A, os fios metálicos 20 do cabo condutor fase CF estão cobertos por uma camada semicondutora 70, opcional e de material polimérico semicondutor adequado que envolve os referidos fios metálicos 20, penetrando também nos interstícios entre esses, principalmente no caso dos fios metálicos 20 de seção transversal circular.

[0038] Em torno da camada semicondutora 70, se existente, ou em torno dos fios metálicos 20 no caso de inexistência da camada semicondutora 70, é provida uma camada de material polimérico adequado 80, de espessura adequada e formada em qualquer material polimérico em material extrudável, resistente ao trilhamento elétrico e aos raios UV e em qualquer cor, seja cinza, preto ou até laranja.

[0039] Finalmente, é provida, pelo menos uma, capa externa 90, em material polimérico, tal como um material extrudável, para proteção do cabo condutor fase CF contra, por exemplo, abrasão, evitando que os fios metálicos 20 condutores elétricos venham a ser tocados por árvores ou outros objetos aterrados que venham a ser lançados sobre esses cabos condutores fase CF encapados por intempéries ou atos de vandalismo.

[0040] Apesar de terem sido ilustradas apenas duas formas preferidas de realização da invenção, deve ser entendido que poderão ser feitas alterações na configuração dos elementos envolvidos, sem que se fuja do conceito inventivo definido nas reivindicações que acompanham o presente relatório.

Claims

1. Cabo condutor fase para linhas de distribuição de energia, para transmitir energia elétrica em linhas de distribuição aéreas compreendendo um elemento tubular metálico (10) envolvido, externamente, ao longo de seu comprimento, por uma pluralidade de fios metálicos (20) condutores elétricos, e arranjados em configuração helicoidal, dito elemento tubular metálico (10) alojando, internamente, pelo menos uma fibra óptica (30), sendo o cabo condutor fase (CF) caracterizado pelo fato de compreender pelo menos um elemento tubular isolante elétrico (40) envolvendo pelo menos uma fibra óptica (30), internamente ao elemento tubular metálico (10).

2. Cabo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o elemento tubular metálico (10) ser assentado em torno do elemento tubular isolante elétrico (40).

3. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo fato de o elemento tubular metálico (10) ser formado em qualquer dos materiais selecionados dentre aço inoxidável e alumínio.

4. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de o elemento tubular isolante elétrico (40) ser em material polimérico.

5. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de os fios metálicos (20) serem formados em qualquer dos materiais selecionados dentre alumínio, alumínio-liga, aço-alumínio e/ou aço galvanizado.

6. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de o elemento tubular isolante elétrico (40) alojar ainda um elemento de bloqueio contra penetração de umidade (EB).

7. Cabo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de o elemento de bloqueio contra a penetração de umidade (EB) ser definido por pelo menos um fio e/ou fita (50) impregnado por partículas em forma de pó absorvedor de umidade.

8. Cabo, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de o elemento de bloqueio contra a penetração de umidade (EB) ser definido por um preenchimento de composto em forma de geleia ou graxa de petróleo (60).

9. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de compreender pelo menos uma camada de material polimérico (80), envolvendo a pluralidade de fios metálicos (20) condutores elétricos.

10. Cabo, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de a camada de material polimérico (80) envolver uma camada semicondutora (70) que, por sua vez, envolve, individual e conjuntamente, a pluralidade de fios metálicos (20) condutores elétricos.

11. Cabo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de a camada semicondutora (70) ser de material polimérico semicondutor e a cobertura externa (80) ser em material polimérico resistente ao trilhamento elétrico e raios UV.

12. Cabo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 ou 11, caracterizado pelo fato de compreender ainda uma capa externa (90) em material polimérico.

13. Processo de formação de cabo condutor fase para linhas de distribuição de energia para transmitir energia elétrica em linhas de distribuição aéreas, e compreendendo um elemento tubular metálico (10) envolvido, externamente, ao longo de seu comprimento, por uma pluralidade de fios metálicos (20) condutores elétricos e arranjados em configuração helicoidal, dito elemento tubular metálico (10) alojando, internamente, um conjunto de fibras ópticas (30), sendo o processo caracterizado pelo fato de compreender as etapas de: - formar, progressiva e continuamente, em torno de uma extensão de pelo menos uma fibra óptica (30), um elemento tubular isolante elétrico (40); - formar, progressiva e continuamente, em torno do elemento tubular isolante elétrico (40), um elemento tubular metálico (10); e - envolver, progressiva e continuamente, o elemento tubular metálico (10) com a pluralidade de fios metálicos (20) condutores elétricos arranjados em configuração helicoidal.

14. Processo, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de o elemento tubular metálico (10) ser assentado em torno do elemento tubular isolante elétrico (40).

15. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 ou 14, caracterizado pelo fato de o elemento tubular metálico (10) ser formado em qualquer dos materiais selecionados dentre aço inoxidável e alumínio.

16. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 15, caracterizado pelo fato de o elemento tubular isolante elétrico (40) ser em material polimérico.

17. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 16, caracterizado pelo fato de os fios metálicos (20) condutores elétricos serem formados em qualquer dos materiais selecionados dentre alumínio, alumínio-liga, aço-alumínio e/ou aço galvanizado.

18. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 17, caracterizado pelo fato de a etapa de formação do elemento tubular isolante elétrico (40) ser feita em torno de uma extensão de pelo menos uma fibra óptica (30) e de um elemento de bloqueio contra a penetração de umidade (EB).

19. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 13 a 18 caracterizado pelo fato de incluir a etapa de formar, progressiva e continuamente, em torno dos fios metálicos (20) condutores elétricos, uma camada externa de material polimérico (80).

20. Processo, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de incluir ainda a etapa de formar, opcionalmente, progressiva e continuamente, em torno dos fios metálicos (20) condutores elétricos uma camada semicondutora (70) a ser posteriormente envolvida pela camada externa de material polimérico (80).

21. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 ou 20, caracterizado pelo fato de incluir ainda a etapa de formar, progressiva e continuamente, sobre a camada de material polimérico (80), pelo menos uma capa externa (90) de material polimérico, colorida, resistente ao trilhamento elétrico e raios UV.