BR102014031562A2 - compostos derivados furoxânicos, compostos derivados furoxânicos intermediários, processos de obtenção dos mesmos e seus usos - Google Patents

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compostos derivados furoxânicos, compostos derivados furoxânicos intermediários, processos de obtenção dos mesmos e seus usos. esta invenção descreve compostos derivados furoxânicos e compostos derivados furoxânicos intermediários, bem como o processo de obtenção dos mesmos e seus usos, incluindo o uso no tratamento de doenças causadas por micobactérias, tais como a tuberculose. mais especificamente os novos compostos derivados furoxânicos agem sobre o mycobacterium tuberculosis de maneira distinta, através da potente atividade antituberculose da isoniazida, bem como da liberação de óxido ní­trico pela subunidade furoxânica. sendo o óxido ní­trico um importante mediador quí­mico produzido por macrófagos durante a infecão pelo mycobacterium tuberculosis, atuando na inibição de processos anabólicos do bacilo, como sí­ntese de dna, rna e proteí­nas. a invenção tem por objetivo minimizar as principais dificuldades do tratamento da tuberculose, ou seja, o tratamento da forma latente da doença e das formas resistentes aos fármacos já existentes na terapia.

Description

COMPOSTOS DERIVADOS FUROXÂNICOS, COMPOSTOS DERIVADOS FUROXÂNICOS INTERMEDIÁRIOS, PROCESSOS DE OBTENÇÃO DOS MESMOS E SEUS USOS Campo da invenção [001] A presente invenção se refere a compostos derivados furoxânicos e compostos derivados furoxânicos intermediários, bem como aos processos de obtenção dos mesmos e seus usos, incluindo o uso no tratamento de doenças causadas por micobactérias, tais como a tuberculose.
Fundamentos da invenção [002] A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. Ela geralmente afeta os pulmões (TB pulmonar) , mas também pode afetar outros órgãos (TB extrapulmonar) . A doença é transmitida pelo ar quando pessoas que estão doentes com TB pulmonar expelem as micobactérias, principalmente através da tosse (World Health Organization, 2013).
[003] Atualmente a tuberculose é a segunda principal causa de morte por doenças infecciosas no mundo, atrás apenas do virus da imunodeficiência humana (HIV). Dados da Organização Mundial da Saúde apontaram 8.6 milhões de novos casos no mundo, levando 1.3 milhões de pessoas a óbito em 2012 (World Health Organization, 2013) .
[004] O bacilo da tuberculose é um patógeno intracelular aeróbico estrito que necessita de oxigênio para crescer e se multiplicar. Por ser capaz de sobreviver e de se multiplicar no interior de células fagocitárias, é considerado um parasito intracelular facultativo, de virulência variável. Normalmente, no processo de infecção pelo bacilo da tuberculose, o mesmo se instala no organismo humano, geralmente sendo o pulmão o principal órgão afetado, porém a micobactéria pode se disseminar para outros órgãos através da corrente sanguinea, podendo vir a causar formas extrapulmonares da doença.
[005] No interior do pulmão, os bacilos são fagocitados pelos macrófagos alveolares e pelos pneumócitos tipo 11 .
[006] Após a fagocitose dos bacilos, inicia-se, dentro do citoplasma do macrófago, um mecanismo de fusão do fagossoma contendo o Mycobacterium tuberculosis com um lisossoma repleto de substâncias lesivas visando à destruição da bactéria. 0 fagolisossoma formado fica ligado ao bacilo por meio de receptores de complemento e do receptor de manose, principalmente.
[007] Dentro do fagolisossoma, o ambiente é hostil para o Mycobacterium tuberculosis, que sofre a ação do pH ácido e de intermediários reativos de oxigênio (ROIs) e de nitrogênio (RNIs), de enzimas lisossômicas, de peptideos tóxicos e do interferon-gama (IFN-γ). Aparentemente, os RNIs são a arma mais potente do macrófago contra as micobactérias virulentas.
[008] Após fagocitar o Mycobacterium tuberculosis, o macrófago libera quimiocinas que atraem e ativam monócitos, neutrófilos, linfócitos e outras células inflamatórias que se conjugam visando à destruição do bacilo. Este complexo de células produz um meio repleto de citocinas. Entre estas citocinas, o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) apresenta um importante papel, induzindo a formação de intermediários reativos de nitrogênio e a necrose de caseificação.
[009] Os linfócitos T CD4+ também apresentam importante papel na defesa do organismo contra bacilo, secretando citocinas lesivas à bactéria e induzindo a produção de óxido nitrico (NO) pelo macrófago. Com a chegada dos linfócitos T ao local da infecção, tem inicio a lesão granulomatosa característica da tuberculose. O granuloma é formado por células gigantes, derivadas dos macrófagos, e por linfócitos T, que tentam conter a disseminação do BK. Com o desenvolvimento da imunidade celular, o centro do granuloma sofre um processo de necrose de caseificação. O meio necrótico é hostil ao Mycobacterium tuberculosis, que deprime sua atividade metabólica e fica dormente, condição na qual pode sobreviver por décadas. Mesmo deprimindo seu metabolismo, o bacilo pode proliferar dentro do granuloma, podendo reativar a infecção posteriormente.
[010] O regime de tratamento da tuberculose recomendado pela OMS é altamente eficaz, com taxas de cura de cerca de 90% em pacientes HIV negativos. No entanto, o regime requer seis meses de tratamento com medicamentos de primeira linha (rifampicina, isoniazida, etambutol e pirazinamida) e não atinge as formas resistentes nem latentes da doença. Uma das grandes dificuldades no tratamento da infecção por Mycobacterium tuberculosis é a forma latente, pois atualmente não há ainda fármacos específicos para tal (World Health Organization, 2013) .
[011] O óxido nitrico é um importante mediador produzido pelos macrófagos durante infecção por micobactérias, como o Mycobacterium tuberculosis. Todo o papel do óxido nitrico na infecção por Mycobacterium tuberculosis ainda não é completamente entendido, mas é sabido que baixas concentrações de óxido nitrico inibem a respiração do Mycobacterium tuberculosis levando a inibição de processos anabólicos como síntese de DNA, RNA e proteínas. Isto inibe o crescimento do Mycobacterium tuberculosis e pode promover um estado persistente de não responsividade aos fármacos (Voskuil, M.I.; Visconti, K.C.; Schoolnik, G.K. Inhibition of respiration by nitric oxide induces a Mycobacterium tuberculosis dormancy program. J. Exp. Med., Volume 195, Pages 705-713, 2003) . Moderadas e altas concentrações de NO apresentam efeito bacteriostático e bactericida em Mycobacterium tuberculosis, respectivamente. A fim de eliminar o microrganismo, o óxido nitrico pode induzir ainda apoptose em macrófagos para impedir o crescimento e replicação do Mycobacterium tuberculosis (Herbst, S.; Schaible, U.; Schneider, B.E. Interferon gamma activated macrophages kill mycobacteria by nitric oxide induced apoptosis. PLoS One. Volume 6, 2011) .
[012] Após infecção por Mycobacterium tuberculosis, células de defesa como os monócitos aumentam a produção da enzima óxido nitrico sintase induzida (iNOS) e consequentemente de óxido nitrico produzido por essas células (Jagannahth, C.; Actor, J.K.; Hunter Jr, R.L. Induction of nitric oxide in human monocytes and monocyte cell lines by Mycobacterium tuberculosis. Nitric Oxide. Volume 2, Pages 174-186, 1998.). Experimentos in vivo demonstraram que em camundongos, iNOS é induzida por interferon-y (IFN-γ), essa via também parece ser importante em humanos já que mutações nos receptores de IFN-γ e polimorfismos do promotor IFN-γ aumentam a susceptibilidade de infecção por Mycobacterium tuberculosis (Rossouw, M.; Nel, H.J.; Cooke G.S.; van Helden, P.D.; Hoal, E.G. Association between tuberculosis and a polymorphic NFkappaB binding site in the interferon gamma gene. Lancet. Volume 361, Pages 1871-1872, 2003.) . Além disso, sendo o NO um importante segundo mensageiro celular, pode ocorrer modulação da resposta imune adaptativa e da função das células fagociticas.
[013] Durante a infecção, Mycobacterium tuberculosis está exposto a uma série de fatores que promovem o estresse óxido-redutivo, como as espécies reativas de oxigênio (ROS) e nitrogênio (RNS), pH ácido, limitação de nutrientes e hipóxia. A exposição do Mycobacterium tuberculosis a esses fatores provoca mudanças em seu metabolismo que permitem não apenas sua sobrevivência dentro do hospedeiro, mas também a expressão de fatores de virulência responsáveis pela sua patogenicidade. As modificações fisiológicas no Mycobacterium tuberculosis frente ao ambiente redox determinarão o estado replicativo ou não replicativo do mesmo. Após infecção, macrófagos alveolares aumentam a expressão de uma série de enzimas responsáveis por causar estresse oxidativo na tentativa de eliminar o parasita. Entre essas enzimas podemos citar: NADPH oxidases, mieloperoxidases, catalases e hidrolases. A enzima NADPH oxidase transfere elétrons ao oxigênio durante metabolismo, levando a formação dos radicais superóxidos. Estes por sua vez, levam a formação de outras ROS como H2O2, hipoclorito e radical hidroxil. Entre os efeitos das ROS podemos citar: a) inibição do crescimento do Mycobacterium tuberculosis; b) danos a componentes celulares como lipidios, proteínas e material genético; c) ativação da resposta inflamatória/antimicrobiana dos macrófagos e; d) modulação da apoptose (Kurthkoti, K.; Varshney, U. Distinct mechanisms of DNA repair in myco-bacteria and their implications in attenuation of the pathogen growth. Mech. Ageing Dev. Volume 133, Pages 138-146, 2012.; Behar, S.M.;
Martin, C.J.; Booty, M.G.; Nishimura, T.; Zhao, X.; Gan, H.X.; Divangahi, M.; Remold, H.G. Apoptosis is an innate defense function of macrophages against Mycobacterium tuberculosis. Mucosal Immunol. Volume 4, Pages 279-287, 2011.; Perskvist, N.; Long, M. ; Stendahl, O.; Zheng, L. Mycobacterium tuberculosis promotes apoptosis in human neutrophils by activating caspase-3 and altering expression of Bax/Bcl-xL via an oxygen-dependent pathway. J. Immunol. Volume 168, Pages 6358-6365, 2002) . A micobactéria por sua vez possui uma série de mecanismos e enzimas protetores contra ROS que incluem: superóxido dismutase, catalase (KatG), alquil hidroperoxidase, peroxiredoxinas entre outros que as protegem contra o inóspito ambiente intracelular. Além disso, Mycobacterium tuberculosis mantém o potencial redox intracelular usando micotiol (conjugado de N-acetilcisteina com pseudo dissacarídeo de glucosamina e mioinositol) como tampão redox intracelular (Newton, G.L.; Arnold, K.; Price, M.S.; Sherrill, C.; Delcardayre, S.B.; Aharonowitz, Y.; Cohen, G.; Davies, J. ; Fahey, R.C.; Davis, C. Distribution of thiols in microorganisms : mycothiol is a major thiol in most actinomy -cetes . J. Bacteriol. Volume 178, Pages 1990-1995, 1996.). Os niveis de ROS têm importante papel na patogênese da TB. Pacientes com doença granulomatosa crônica (defeito genético na produção de ROS) são susceptíveis à infecção por várias espécies do gênero Mycobacterium (Ohga, S.; Ikeuchi, K.; Kadoya, R. ; Okada, K.; Miyazaki, C.; Surta, S.; Ueda, K. Intrapulmonary Mycobacterium avium infection as the first manifestation of chronic granulomatous disease. J.Infect. Volume 34, Pages 147-150, 1997.; Allen, D.M.; Chng, H.H. Disseminated Mycobacterium flavescens in a probable case of chronic granulomatous disease. J. Infect. Volume 26, Pages 83-86 1993.).
[014] De fato, compostos doadores de óxido nitrico, a exemplo dos furoxanos, podem exercer efeito anti Mycobacterium tuberculosis. Hernández e colaboradores (2013) relataram efeito anti-TB de diversos compostos furoxânicos com valores de concentração inibitória minima 4.5 vezes menor que isoniazida contra cepas de TB sensíveis e resistentes (Hernández, P.; Rojas, R.; Gilman, R.H.; Sauvain, M.; Lima, L.M.; Barreiro, E.J.; González, M.; Cerecetto, H. Hybrid furoxanyl N-acylhydrazone derivatives as hits for the development of neglected diseases drug candidates. Eur. J. Med. Chem. Volume 59, Pages 64-74, 2013).
[015] O furoxano e derivados (N- óxido -1,2,5-oxadiazol) representam uma importante classe de compostos com diferentes propriedades quimicas e atividades biológicas como antimicrobianos, antichagásicos, antifúngicos, antimicobacterianos, antiagregantes plaquetários entre outros. Essas atividades farmacológicas são relacionadas em parte à capacidade de doação de óxido nitrico (NO) pela subunidade furoxânica (Cerecetto, H.; Porcal, W. Pharmacological Properties of Furoxans and Benzofuroxans: Recent Developments. Mini-Reviews in Medicinal Chemistry. Volume 5, Pages 57-71, 2005.). O oxido nitrico é reconhecidamente um potente antimicobacteriano capaz de causar danos irreversíveis ao Mycobacterium tuberculosis (Voskuil, M.I.; Bartek, I.L.; Visconti, K. Schoolnik GK. The response of Mycobacterium tuberculosis to reactive oxygen and nitrogen species. Front Microbiol. Volume 2, Pages 1-10, 2011.; Li, D.; Wang, L.; Cai, H.; Zhang, Y.; Xu, J. Synthesis and Biological Evaluation of Novel Furozan-Based Nitric Oxide-Releasing Derivatives of Oridonin as Potential Anti-Tumor Agents. Molecules. Volume 17, Pages 7556-7568, 2002). A capacidade de doação de NO pelos furoxanos esta bem fundamentada na literatura e o mecanismo para essa doação é cisteino-dependente. A doação de NO pode ser facilitada pela introdução no carbono alfa à subunidade N-óxido (R3) de substituintes que retiram a densidade eletrônica, tornando esse átomo de carbono mais deficiente eletronicamente e mais suscetível ao ataque nucleofilico do enxofre presente no residuo de cisteina (Sorba, G.; Medana, C.; Fruttero, R. ; Cena, C.; Di Stilo, A.; Galli, U.; Gasco, A. Water soluble furoxan derivatives as NO prodrugs. J. Med. Chem. v.40, p .463-469, 1997.).
[016] Além disso, recente trabalho mostrou uma possivel relação entre o NO dos compostos furoxânicos e a inibição de moléculas transportadoras ABC-B1 (glicoproteina-P) e ABC-C1- 6 [multidrug resistance associated proteins (MRP1-6)] em células epiteliais MDCK (Fruttero, R.; Crosetti, M. ; Chegaev, K.; Guglielmo, S.;
Gasco, A.; Berardi, F.; Niso, M.; Perrone, R.; Panaro, M.A.; Colabufo, N.A. Phenylsulfonylfuroxans as modulators of multidrug-resistance-associated protein-1 and P-glycoprotein. J. Med. Chem. Volume 53, Pages 5467-5475, 2010.). Essas moléculas transportadoras são os maiores representantes de bombas de efluxo relacionadas com resistência celular.
[017] Entre os métodos de descoberta de novos fármacos para tuberculose a modificação molecular se mostra como uma das mais promissoras. Esta auxilia na descoberta de novos fármacos com perfil farmacocinético e farmacodinâmico mais adequado que o do protótipo original. (Wermuth, C.G. Multitargeted drugs: the end of the "one-target -one-disease" philosophy?. Drug Discov. Today, Volume 9, Pages 826-827, 2004.; Koul, A.; Arnoult, E.; Lounis, N.; Guillemont, J.; Andries, K. The challenge of new drug discovery for tuberculosis. Nature. Volume469, Pages 483-490, 2011.) . Atualmente, a maior parte dos fármacos em pesquisa clinica para tratamento de tuberculose foram descobertos a partir de estratégias de modificação molecular (Koul, A.; Arnoult, E.; Lounis, N.; Guillemont, J.; Andries, K. The challenge of new drug discovery for tuberculosis. Nature. Volume469, Pages 483-490, 2011.). Entre os processos de modificação molecular destacam-se: hibridação, latenciação, bioisosterismo entre outros (Santos, J.L.; Yamasaki, P.R.; Chin, C.M.; Takashi, C.H.; Pavan, F.R.; Leite, C.Q. Synthesis and in vitro anti Mycobacterium tuberculosis activity of a series of phthalimide derivatives. Bioorg Med Chem. Volume 17, Pages 3795-9, 2009 . ) .
[018] Hernández e colaboradores (Hernández, P.; Rojas, R.; Gilman, R.H.; Sauvain, M.; Lima, L.M.; Barreiro, E.J.; González, M.; Cerecetto, H. Hybrid furoxanyl N-acylhydrazone derivatives as hits for the development of neglected diseases drug candidates. Eur. J. Med. Chem. Volume 59, Pages 64-74, 2013) utilizando a estratégia de hibridação molecular obteve compostos hibridos de derivados iV-acilhidrazonicos com a subunidade furoxânica, doadora de óxido nitrico, com potenciais atividades antituberculose .
[019] Diante disso, na busca por novos compostos com atividade antituberculose, os derivados furoxânicos são potenciais candidatos. Os novos compostos descritos na presente invenção são obtidos através da estratégia de hibridação molecular entre os diferentes furoxanos (tido como responsável pela liberação de óxido nitrico) e a isoniazida, um dos mais importantes fármacos de Io linha no tratamento da tuberculose. Tem função bactericida sobre os bacilos de multiplicação rápida, mas tem ação restrita sobre os bacilos de crescimento lento (geralmente intracelulares) e aqueles de multiplicação intermitente (geralmente extracelulares) . A isoniazida é um pró-fármaco que necessita ser ativado pela enzima catalase/peroxidase (KatG) do Mycobacterium tuberculosis, produzindo radicais reativos de oxigênio (superóxido, peróxido de hidrogênio e peroxinitrato) e radicais orgânicos que inibem a formação de ácido micólico da parede celular, causando dano ao DNA e subsequente morte do bacilo.
[020] Dessa forma, os novos compostos apresentam uma nova abordagem terapêutica para o tratamento da tuberculose com vantagens terapêuticas por atuarem em alvos distintos na mesma doença, através da inibição da síntese de ácido micólico pela isoniazida, um componente importante da parede de micobactérias e pelo estresse oxidativo causado pelo óxido nítrico liberado pelos furoxanos.
Estado da técnica [021] Alguns documentos do estado da técnica descrevem compostos doadores de NO com ação terapêutica, em especial, anticâncer.
[022] O documento CN 101190917 descreve um derivado da temozolomida, um medicamento para o tratamento de câncer, que atua no DNA da célula cancerígena, alterando ou evitando a duplicação celular. 0 composto é obtido a partir da reação da temozolomida com os doadores de óxido nítrico do furazano.
[023] O documento CN101812059 faz referência a um derivado de ácido farnesil tiosalicílico do tipo doador de óxido nítrico, bem como seu sal, processo de obtenção e uso. 0 composto proposto preserva a atividade inibitória da proteína Ras e, simultaneamente, libera altas concentrações de NO para induzir a apoptose de células cancerígenas.
[024] O documento RU2240321 descreve novos compostos derivados do 3,4-bis-(furazan-3-il)furoxano e composições compreendendo os mesmos. Os compostos são capazes de gerar NO e inibir a agregação plaquetária, ativando a forma solúvel da enzima guanilato ciclase e provendo, assim, sua atividade espasmolítica, vasodilatadora e hipotensiva.
[025] Diferentemente, esta invenção descreve os processos de obtenção de compostos derivados furoxânicos e compostos derivados furoxânicos intermediários, e seus usos no preparo de medicamentos para a prevenção e o tratamento de doenças causadas por micobactérias.
[026] Os compostos propostos apresentam múltiplas ações, tais como: (i) liberação de óxido nitrico, levando ao estresse oxidativo intracelular; (ii) inibição da bomba de efluxo, eliminando o mecanismo de resistência da micobactéria; e (iii) capacidade de inibir vias bioquimicas e enzimas essenciais à sobrevivência e/ou replicação da micobactéria.
Breve descrição da invenção [027] A presente invenção se refere a compostos derivados furoxânicos e compostos derivados furoxânicos intermediários, bem como aos processos de obtenção dos mesmos e seus usos como uma alternativa diferenciada para o tratamento de doenças causadas por micobactérias, como por exemplo, a tuberculose. Mais especificamente os novos compostos derivados furoxânicos agem sobre o Mycobacterium tuberculosis de maneira distinta, através da potente atividade antituberculose da isoniazida, bem como da liberação de óxido nitrico pela subunidade furoxânica. Sendo o óxido nitrico um importante mediador quimico produzido por macrófagos durante a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, atuando na inibição de processos anabólicos do bacilo, como síntese de DNA, RNA e proteínas.
[028] A invenção tem por objetivo minimizar as principais dificuldades do tratamento da tuberculose, ou seja, o tratamento da forma latente da doença e das formas resistentes aos fármacos já existentes na terapia.
Breve Descrição das Figuras [029] A Figura 1 mostra o esquema do processo de obtenção dos compostos derivados furoxânicos de fórmula geral I .
[030] A Figura 2 mostra o esquema do processo de obtenção dos compostos derivados furoxânicos intermediários de fórmula geral II.
[031] A Figura 3 mostra o esquema do processo de obtenção dos exemplos dos derivados furoxânicos Lapdesf_TBl - Lapdesf_TB3.
[032] A Figura 4 mostra o esquema do processo de obtenção dos exemplos dos derivados furoxânicos Lapdesf_TB4 - Lapdesf_TB6.
[033] A Figura 5 mostra o esquema do processo de obtenção dos exemplos dos derivados furoxânicos Lapdesf_TB7 - Lapdesf_TB9.
[034] A Figura 6 mostra o esquema do processo de obtenção dos exemplos dos derivados furoxânicos Lapdesf_TB10 - Lapdesf_TB12.
[035] A Figura 7 mostra o esquema do processo de obtenção do exemplo do derivado furoxânico Lapdesf_TB13.
[036] A Figura 8 mostra o esquema do processo de obtenção dos exemplos dos derivados furoxânicos intermediários Lapdesf^Il - Lapdesf_l3.
[037] A Figura 9 representa esquematicamente o preparo da microplaca para o método de redução da resazurina em microplacas (REMA).
[038] A Figura 10 representa esquematicamente o preparo da microplaca para a determinação da citotoxicidade (IC50) .
Descrição Detalhada da Invenção [039] A presente invenção refere-se aos compostos derivados furoxânicos tendo a fórmula geral (I): [040] Onde: - Rl representa -CH3; fenil; fenilsulfonil; formamida; 4-nitro-benzeno;
[041] O processo de obtenção dos compostos derivados furoxânicos tendo a fórmula geral (I) desta invenção compreende a etapa de: (a) reação de condensação de 1,0 g do respectivo intermediário furoxânico funcionalizado no carbono 3 do anel furoxânico com diferentes grupamentos químicos, como metila, fenil, fenilsulfonil, formamida e 4-nitro-benzeno, com 400 mg de isoniazida em 20 mL de etanol, catalisado por 2 gotas de ácido acético, explorando a nucleofilicidade do carbono aldeídico do furoxano, levando a formação da N- acilhidrazona. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 24 horas, protegida da luz. Após este tempo, o precipitado formado é filtrado a vácuo e lavado com etanol gelado. Os produtos resultantes deste processo são compostos de caráter hibrido que são utilizáveis em composições farmacêuticas como fármacos.
[042] A presente invenção também se refere aos compostos derivados furoxânicos intermediários tendo a fórmula geral (II): [043] O processo de obtenção dos compostos derivados furoxânicos intermediários tendo a fórmula geral (II), compreende as etapas de: (a) Obtenção do ácido feniltioacético; (b) Obtenção do ácido fenilsulfoniltioacético; (c) Obtenção do derivado bis-arilsulfonil furoxano; (d) Obtenção dos derivados furoxânicos intermediários (regioisômeros orto, meta e para).
[044] Os produtos resultantes deste processo são compostos intermediários que são utilizáveis na preparação de fármacos para tratamento da tuberculose.
[045] Na etapa (a), 9,3 mL de tiofenol é reagido com 9,44 g ácido mono cloroacético, em 40 mL de água destilada, sob agitação a 110 °C por 2 horas. Após, esse tempo, o precipitado branco formado é filtrado a vácuo e lavado com água gelada.
[046] Em seguida, na etapa (b), o grupo sulfeto do ácido feniltioacético é oxidado à sulfona através da reação entre 5 g de ácido f eniltioacético e 15 mL peróxido de hidrogênio 30%, em 40 mL de ácido acético, sob agitação em temperatura ambiente por 48 horas. Após esse tempo, a mistura reacional é extraida com acetato de etila, e sobre a fase orgânica obtida foi adicionado sulfato de sódio anidro, o qual foi submetido à filtração simples. O filtrado foi reduzido por evaporador rotatório para obtenção de um precipitado branco, o ácido fenilsulfonil acético.
[047] Na etapa (c), 3,21 g do ácido fenilsulfoniltioacético é reagido com uma mistura de 5 mL de ácido nitrico fumegante e 10 mL de ácido acético em refluxo, sob agitação a uma temperatura de 110 °C por 45 minutos. Após esse tempo o meio reacional é resfriado em banho de gelo, e o precipitado formado é filtrado a vácuo e cristalizado em etanol. O produto obtido é novamente filtrado a vácuo e lavado com água gelada para obter o derivado bis-arilsulfonil furoxano, o qual é o intermediário chave desta reação.
[048] A partir desse intermediário-chave, na etapa (d) , os intermediários furoxânicos orto, meta e para são obtidos através de uma reação de substituição nucleofilica aromática utilizando 400 mg de orto, meta ou para hidroxi benzaldeido, 0,49 mL de 1,8-diazabiciclo [5,4,0] undec-7-eno (DBU) e 1,0 g do bis-arilsulfonil furoxano em 15 mL de diclorometano em temperatura ambiente por 1 hora protegidos da luz. Após este tempo, o meio reacional é diluido em 50 mL de diclorometano e lavado com uma solução saturada de carbonato de potássio. Em seguida, o diclorometano é evaporado. O produto final obtido é um óleo de cor marrom. O produto é então submetido à purificação por CC-FN (5x3 cm), utilizando-se um gradiente de eluição de DCM:hexano nas proporções 5:5, 6:4, 7;3, 8:2, 9:1 e DCM 100%. O volume de cada eluente foi de 3 x o volume morto calculado, o qual foi eluido com auxilio de ar comprimido, e as frações foram coletadas com volume de 30 mL. As frações foram analisadas por CCD e reunidas de acordo com o grau de pureza e o fator de retenção (Rf), além de serem reveladas com o reagente Brady (2,4-dinitrofenilhidrazina) , revelador para compostos carbonilicos, a exemplo do grupo funcional aldeido presente nos compostos em questão. São obtidos os derivados furoxânicos intermediários (regioisômeros orto, meta e para) tendo a fórmula geral II.
[049] O processo da invenção que permite obter derivados furoxânicos com excelentes rendimentos, tendo a fórmula geral I está ilustrado no esquema 1 (Figura 1) que mostra a rota sintética de preparação dos mesmos, rota essa que se caracteriza por apresentar uma única etapa sintética para a obtenção dos compostos finais, partindo-se de intermediários furoxânicos descritos na literatura cientifica, o que qualifica esta metodologia sintética para utilização industrial.
[050] Outro processo da invenção permite ainda a obtenção dos derivados furoxânicos intermediários, tendo fórmula geral II utilizando rotas sintéticas com bons rendimentos, rota essa que se caracteriza pela utilização de reagentes disponíveis comercialmente, conforme mostrado no esquema 2 (Figura 2) . Os derivados furoxânicos intermediários aqui apresentados podem ser precursores para a síntese de derivados furoxânicos de fórmula geral I.
[051] A Figura 2 mostra a rota sintética para a obtenção dos derivados furoxânicos intermediários.
[052] A invenção compreende ainda o composto derivado furoxânico tendo a fórmula geral (III) : [053] O processo de obtenção do composto derivado furoxânico tendo a fórmula geral III compreende a etapa de: (a) reação de condensação entre 1,0 g do nitro-fenil furoxano com 400 mg de isoniazida em 20 mL de etanol e catalisada por 2 gotas de ácido acético. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 24 horas, protegida da luz. Após este tempo, o precipitado formado é filtrado a vácuo e lavado com etanol gelado.
[054] Os compostos da presente invenção, compreendidos dentro das possibilidades da fórmula I, II, e III, são utilizáveis como princípios ativos em composições farmacêuticas, tanto na qualidade de fármacos como de pró-fármacos na prevenção e tratamento de doenças causadas por micobactérias, tais como a Mycobacterium tuberculosis, agente causador da tuberculose. Ainda apresentam aplicação e uso no tratamento de tuberculose resistente (MDR) e extensivamente resistente (XDR).
[055] Os compostos da invenção, compreendidos dentro das possibilidades da fórmula geral II, são utilizáveis como precursores para a sintese de compostos finais, como por exemplo, os derivados furoxânicos de fórmula geral I, que por sua vez são utilizáveis como princípios ativos em composições farmacêuticas, tanto na qualidade de fármacos como de pró-fármacos.
[056] A invenção tem como uma das características inovadoras a síntese de novos derivados furoxânicos com atividade antimicobacteriana, desenhados a partir da condensação da isoniazida com diferentes núcleos furoxânicos e planejados racionalmente através da estratégia de hibridação molecular, visando à obtenção de fármacos tendo ação por diferentes mecanismos, como a inibição da síntese de ácido micólico, um componente importante da parede de micobactérias e o estresse oxidativo causado pelo óxido nítrico liberado pela subunidade furoxânica.
[057] Exemplos de derivados furoxânicos preferidos da presente invenção são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Exemplos de derivados furoxânicos da invenção [058] Os compostos da invenção podem ser administrados em uma variedade de formas de dosagem, por exemplo, oralmente, na forma de tabletes, cápsulas, açúcar ou tabletes cobertos de filme, soluções líquidas ou suspensões; via retal na forma de supositórios; parenteralmente, isto é via intramuscular, ou por infusão ou injeção intravenosa e/ou intratecal e/ou intraespinal.
[059] Exemplificando, as formas farmacêuticas orais sólidas podem conter, juntamente com o composto ativo, diluentes, lubrificantes, agentes de ligação, agentes desagregantes e outros.
[060] Exemplos de diluentes que podem ser usados no preparo de composições farmacêuticas são: lactose, dextrose, sacarose, celulose, amido de milho ou amido de batata.
[061] Exemplos de lubrificantes que podem ser usados no preparo de composições farmacêuticas são: silica, talco, ácido esteárico, estearato de magnésio ou de cálcio, e/ou glicóis de polietileno.
[062] Exemplos de agentes de ligação que podem ser usados no preparo de composições farmacêuticas são: amidos, goma arábica, gelatina, metilcelulose, carboximetilcelulose ou polivinil pirrolidona.
[063] Exemplos de agentes desagregantes que podem ser usados no preparo de composições farmacêuticas são: amido, ácido alginico, alginatos ou glicolato de amido ou sódio; misturas efervescentes; corantes; açucarados.
[064] Adicionalmente, podem ser usados no preparo de composições farmacêuticas agentes umidificantes tais como lectina, polisorbatos, laurilsulfatos; e, em geral, substâncias inativas farmacologicamente e não tóxicas usadas comumente em formulações farmacêuticas. A preparação das ditas composições farmacêuticas pode ser executada de forma conhecida, por exemplo, por meio de mistura, granulação, prensagem em pastilha, cobertura de açúcar, ou processo de revestimento de filme.
[065] As dispersões liquidas para administração oral podem ser, por exemplo, xaropes, emulsões e suspensões. Além do composto ativo da presente invenção, os xaropes podem conter um ou mais agentes carreadores, por exemplo, sacarose ou sacarose com glicerina e/ou manita e/ou sorbitol. As suspensões e as emulsões podem conter como carreador, por exemplo, uma goma natural, ágar, alginato de sódio, pectina, metilcelulose, carboximetilcelulose ou álcool polivinilico.
[066] As suspensões ou soluções para injeção intramuscular podem conter, juntamente com o composto ativo da invenção, um carreador farmacêuticamente aceitável, isto é, água estéril, óleo de oliva, oleato de etila, glicóis, tal como glicol de propileno, e se desejado, quantidade apropriada de hidrocloreto de lidocaina. As soluções para injeções intravenosas ou infusões podem conter como carreador, por exemplo, água estéril ou preferencialmente eles podem estar na forma de soluções salina estéril, aquosa, isotônica ou elas podem conter como carreador propileno glicol.
[067] Os supositórios podem conter juntamente como o composto ativo da invenção, um carreador farmacêuticamente aceitável, por exemplo, manteiga de cacau, polietilieno glicol, polioxietilieno de sorbitano, surfactante de éster de ácido graxo ou lecitina.
[068] A seguir são apresentados, a titulo de exemplo, concretizações da preparação dos derivados furoxânicos da invenção, tendo a fórmula geral I e dos derivados furoxânicos intermediários, tendo fórmula geral II. No entanto, deve ser entendido que tais exemplos são providos somente para finalidade ilustrativa e que várias modificações ou mudanças são possíveis visando o aprimoramento do projeto, à luz das concretizações aqui reveladas, sendo sugestivas aos versados na técnica, sem que tais alterações não estejam cobertas pelo escopo da presente invenção.
EXEMPLOS EXEMPLO 1 [069] Preparação dos Compostos: • (E)-4- (2- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-metil-l,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB1) • (E)-4- (3- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-metil-l,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB2) • (E)-4- (4- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-metil-l,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB3) [070] A síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf_TBl - Lapdesf_TB3 da invenção pode ser representada esquematicamente conforme mostrado na Figura 3, onde as condições de reação são as seguintes: i = etanol, catálise ácida, temperatura ambiente, 16h.
[071] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos. Síntese dos intermediários furoxânicos orto, meta e para [072] Os intermediários furoxânicos orto, meta e para podem ser preparados de acordo com as técnicas conhecidas e descritas na literatura cientifica. Síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf TB 1 - Lapdesf TB 3 [073] Em um balão de 50 mL, adicionar 10 mL de etanol, 500 mg (2,27 mmol) do corresponde intermediário furoxânico (orto, meta ou para) e 3 gotas de ácido acético glacial. O meio reacional é mantido sob agitação por 15 minutos. Em seguida é adicionado 311 mg (2,27 mmol) de isoniazida. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 16 horas até que a cromatografia em camada delgada indique o término da reação (Fase móvel: 95% acetato de etila; 5% metanol).
[074] Os produtos das reações precipitam-se no meio etanólico. • Lapdesf TB 1 [075] É realizada uma filtração simples para fornecer 693 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 196-198 °C (C16H13N5O4; PM=339,31; rendimento: 90%).
[076] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-dé)) é o seguinte: δ 2,24 (3H); 7,44-7, 65 (3H); 7,80 (2H) ; 7,95 (1H); 8,60 (1H); 8,78 (2H); 12,08 (1H) ppm. • Lapdesf TB 2 [077] É realizada uma filtração simples para fornecer 700 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 149-154 °C {C16H13N5O4; PM=339,31; rendimento: 90%).
[078] O espectro de RMN XH (300MHz; DMSO-dé)) é o seguinte: δ 2,15 (3H); 7,50-7, 62 (2H) ; 7,62 (1H); 7,83 (3 H) ; 8,50 (1H); 8,88 (2H) ; 12,08 (1H) ppm. • Lapdesf TB 3 [079] É realizada uma filtração simples para fornecer 690 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 214-217 °C (C16H13N5O4; PM=339,31; rendimento: 90%).
[080] O espectro de RMN (300MHz; DMSO-db) é o seguinte: δ 2,11 (3H); 7,51-7,54 (3H); 7,81 (2H) ; 7,85 (2 H) ; 8,49 (1H); 8,80 (2H)ppm. EXEMPLO 2 [081] Preparação dos Compostos: • (E)-4- (2- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-fenil-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB4) • (E)-4- (3- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-fenil-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB5) • (E)-4- (4- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-fenil-1,2, 5-oxadiazoi 2-oxide (Lapdesf TB6) [082] A síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf_TB4 - Lapdesf_TB6 da invenção pode ser representada esquematicamente conforme mostrado na Figura 4, onde as condições de reação são as seguintes: i = etanol, catálise ácida, temperatura ambiente, 16h.
[083] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos. Síntese dos intermediários furoxânicos orto, meta e para [084] Os intermediários furoxânicos orto, meta e para podem ser preparados de acordo com as técnicas conhecidas e descritas na literatura cientifica. Síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf TB 4 - Lapdesf TB 6 [085] Em um balão de 50 mL, adicionar 10 mL de etanol, 500 mg (1,77 mmol) do corresponde intermediário furoxânico (orto, meta ou para) e 3 gotas de ácido acético glacial. O meio reacional é mantido sob agitação por 15 minutos. Em seguida é adicionado 245 mg (1,77 mmol) de isoniazida. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 16 horas até que a cromatografia em camada delgada indique o término da reação (Fase móvel: 95% acetato de etila; 5% metanol).
[086] Os produtos das reações precipitam-se no meio etanólico. • Lapdesf TB 4 [087] É realizada uma filtração simples para fornecer 640 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 209-211 °C (C21H15N5O4; PM=401,11; rendimento: 90%).
[088] O espectro de RMN XH (300MHz; DMSO-dé>) é o seguinte: δ 7,47-7,52 (1H); 7,59-7,69 (5H); 7,75-7,77 (2H); 8,03-8,05 (1H); 8,14 (2H); 8,65 (1H); 8,74 (2H); 12,05 (1H) ppm. • Lapdesf TB 5 [089] É realizada uma filtração simples para fornecer 645 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 210-213 °C {C21H15N5O4; PM=401,11; rendimento: 90%).
[090] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-dé>) é o seguinte: δ 7,59-7,67 (5H); 7,70-7,73 (1H); 7,82 (2H); 7,94 (1H) ; 8,09 (2 H) ; 8,50 (1H); 8,78 (2H) ; 12,16 (1H) ppm. • Lapdesf TB 6 [091] É realizada uma filtração simples para fornecer 640 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 198-202 °C (C2iH15N504,· PM=401,11; rendimento: 90%) .
[092] O espectro de RMN ΧΗ (300MHz; DMSO-db) é o seguinte: δ 7,58-7,65 (5H); 7,82-7,84 (2H); 7,87-7,90 (2H); 8,07 (2 H) ; 8,50 (1H); 8,78 (2H) ; 12,11 (1H) ppm. EXEMPLO 3 [093] Preparação dos Compostos: • (E)-4- (2- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-(fenilsulfonil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB7) • (E)-4- (3- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-(fenilsulfonil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB8) • (E)-4- (4- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)fenoxi) -3-(fenilsulfonil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB9) [094] A sintese dos derivados furoxânicos Lapdesf__TB7 - Lapdesf_TB9 da invenção pode ser representada esquematicamente, conforme mostrado na Figura 5, onde as condições de reação são as seguintes: i = etanol, catálise ácida, temperatura ambiente, 16h.
[095] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos.
Sintese dos intermediários furoxânicos orto, meta e para [096] Os intermediários furoxânicos orto, meta e para podem ser os derivados furoxânicos intermediários de fórmula geral II preparados de acordo com o processo anteriormente descrito para os mesmos.
Sintese dos derivados furoxânicos Lapdesf TB 7 - Lapdesf TB 9 [097] Em um balão de 50 mL, adicionar 10 mL de etanol, 500 mg (1,44 mmol) do corresponde intermediário furoxânico (orto, meta ou para) e 3 gotas de ácido acético glacial. O meio reacional é mantido sob agitação por 15 minutos. Em seguida é adicionado 200 mg (1,44 mmol) de isoniazida. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 16 horas até que a cromatografia em camada delgada indique o término da reação (Fase móvel: 95% acetato de etila; 5% metanol).
[098] Os produtos das reações precipitam-se no meio etanólico. • Lapdesf TB 7 [099] É realizada uma filtração simples para fornecer 605 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 199-202 °C (C21H15N5O6S; PM=465,44; rendimento: 90%) .
[100] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-dh) é o seguinte: δ 7,46-7,58 (3H); 7,65-7,81 (5H); 7,96-7,99 (1H); 8,03-8,05 (2 Η) ; 8,56 (1H); 8,76 (2Η) ; 12,05 (1Η) ppm. • Lapdesf TB 8 [101] É realizada uma filtração simples para fornecer 600 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 202-204 °C (C2iH15N506S; PM=465,44; rendimento: 90%) .
[102] O espectro de RMN (300MHz; DMSO-dh) é o seguinte: δ 7,51-7,63 (3H); 7,70-7,85 (5H); 7,91-7,95 (1H); 8,07-8,09 (2 H) ; 8,48 (1H); 8,78 (2H) ; 12,05 (1H) ppm. • Lapdesf TB 9 [103] É realizada uma filtração simples para fornecer 597 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 194-197 °C (C2iH15N506S; PM=465,44; rendimento: 90%).
[104] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-d6) é o seguinte: δ 7,53-7,56 (2H); 7,75-7,95 (7H); 8,04-8,07 (2H); 8,50 (1H); 8,78 (2H); 12,05 (1H) ppm. EXEMPLO 4 [105] Preparação dos Compostos: • (E)-3-carbamil-4-(2-((2-isonicotinoilhidrazona) metil)fenoxi)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB10) • (E)-3-carbamil-4-(3-((2-isonicotinoilhidrazona) metil)fenoxi)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB11) • (E)-3-carbamil-4-(4-((2-isonicotinoilhidrazona) metil)fenoxi)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB12) [106] A síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf_TB10 - Lapdesf_TB12 da invenção pode ser representada esquematicamente, conforme mostrado na Figura 6, onde as condições de reação são as seguintes: i = etanol, catálise ácida, temperatura ambiente, 16h.
[107] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos. Síntese dos intermediários furoxânicos orto, meta e para [108] Os intermediários furoxânicos orto, meta e para podem ser preparados de acordo com as técnicas conhecidas e descritas na literatura cientifica. Síntese dos derivados furoxânicos Lapdesf TB 10 - Lapdesf TB 12 [109] Em um balão de 50 mL, adicionar 10 mL de etanol, 500 mg (2 mmol) do corresponde intermediário furoxânico (orto, meta ou para) e 3 gotas de ácido acético glacial. O meio reacional é mantido sob agitação por 15 minutos. Em seguida é adicionado 275 mg (2 mmol) de isoniazida. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 16 horas até que a cromatografia em camada delgada indique o término da reação (Fase móvel: 95% acetato de etila; 5% metanol).
[110] Os produtos das reações precipitam-se no meio etanólico. • Lapdesf TB 10 [111] É realizada uma filtração simples para fornecer 665 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 226-229 °C (Ci6Hi2N605; PM=368,30; rendimento: 90%).
[112] O espectro de RMN (300MHz; DMSO-dh) é o seguinte: δ 7,08-7,13 (1H); 7,25-7,28 (1H); 7,43-7,48 (1H); 7,82-7,84 (3 H) ; 7,91-7,94 (1H); 8,51 (1H) ; 8,79 (2H) ; 12,10 (1H) ppm. • Lapdesf TB 11 [113] É realizada uma filtração simples para fornecer 675 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 159-163 °C (CieH^NgOs; PM=368,30; rendimento: 90%).
[114] O espectro de RMN ΧΗ (300MHz; DMSO-dd) é o seguinte: δ 7,14-7,18 (1H); 7,41-7,45 (3H); 7,81-7,83 (4H); 8,46 (1H); 8,78 (2H); 12,08 (1H) ppm. • Lapdesf TB 12 [115] É realizada uma filtração simples para fornecer 663 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 235-239 °C (Ci6H12Ng05; PM=368,30; rendimento: 90%).
[116] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-d6) é o seguinte: δ 7,14-7,17 (1H); 7,23-7,26 (1H); 7,70-7,73 (2H); 7,80-7,82 (3 H) ; 7,88-7,90 (1H); 8,42 (1H); 8, 77-8,79 (2H); 11,95 (1H) ppm. EXEMPLO 5 [117] Preparação do Composto: • (Z)-3- ( (2-isonicotinoilhidrazona)metil)-4-(4-nitrofenil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf TB13) [118] A sintese do derivado furoxânico Lapdesf_TB13 da invenção pode ser representada esquematicamente, conforme mostrado na Figura 7, onde as condições de reação são as seguintes: i = etanol, catálise ácida, temperatura ambiente, 16 h.
[119] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos.
Sintese do intermediário furoxânico [120] O intermediário furoxânico pode ser preparado de acordo com as técnicas conhecidas e descritas na literatura cientifica.
Sintese do derivado furoxânico Lapdesf TB 13 [121] Em um balão de 50 mL, adicionar 10 mL de etanol, 500 mg (2,13 mmol) intermediário furoxânico e 3 gotas de ácido acético glacial. O meio reacional é mantido sob agitação por 15 minutos. Em seguida é adicionado 290 mg (2,13 mmol) de isoniazida. A reação é mantida sob agitação em temperatura ambiente por 16 horas até que a cromatografia em camada delgada indique o término da reação (Fase móvel: 95% acetato de etila; 5% metanol).
[122] Os produtos das reações precipitam-se no meio etanólico. EXEMPLO 6 [123] Preparação dos Compostos: • 4 -(2-formilfenoxi)-3-(fenilsulfonil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf II) • 4 -(3-formilfenoxi)-3-(fenilsulfonil) -1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf 12) • 4 -(4-formilfenoxi)-3-(fenilsulfonil)-1,2,5-oxadiazol 2-oxide (Lapdesf 13) [124] A sintese dos derivados furoxânicos intermediários Lapdesf_Il - Lapdesf_l3 da invenção pode ser representada esquematicamente, conforme mostrado na Figura 8, onde as condições de reação são as seguintes: i = água, hidróxido de sódio, ácido cloroacético, temperatura ambiente, 2 h; ii = ácido acético, peróxido de hidrogênio 30%, temperatura ambiente, 48 h; iii = ácido acético, ácido nitrico fulmegante, temperatura ambiente,Ih; iv = diclorometano, 1,8-Diazabicicloundec-7-eno (DBU), temperatura ambiente, 2 h.
[125] A seguir são descritas detalhadamente as etapas do processo de obtenção dos derivados furoxânicos.
Sintese do ácido feniltioacético [126] Em balão reacional de 250 ml, adicione 9,3 mL de tiofenol (90,7 mmol) em 40 mL de água destilada. Em seguida, adicione 7,6 g de hidróxido de sódio (190,60 mmol) e agite por 5 minutos. Posteriormente, adicione 9,4g de ácido monocloroacético (99,84 mmol). A mistura reacional é mantida sob agitação e aquecimento a 110°C por duas horas. Após, esse tempo, o precipitado branco formado é filtrado a vácuo e lavado com água gelada.
[127] O ácido feniltioacético é obtido como um sólido branco com rendimento de 97% e faixa de fusão entre 60-61 °C.
Sintese do ácido fenilsulfonil acético [128] Em um balão reacional de 125 ml, adicione 5 g do ácido feniltioacético (29,75 mmol) em 40 mL de ácido acético e 12 mL de peróxido de hidrogênio 30% (4 equivalentes). A mistura reacional é mantida sob agitação à temperatura ambiente por 48h. Após esse tempo, o produto é extraído da mistura reacional com acetato de etila (5 x 30 mL) , e sobre a fase orgânica obtida adicione NaS04 anidro, em seguida é feita uma filtração simples. 0 filtrado é reduzido por evaporador rotatório para obtenção de um precipitado branco, o ácido fenilsulfonil acético.
[129] O ácido feniltioacético é obtido como um sólido branco com rendimento de 90% e ponto de fusão de 112 °C. Síntese do bis-arilsulfonilfuroxano [130] Em um balão reacional de 50 mL, adicione 3,2 g do ácido fenilsulfonil acétido (16 mmol) em 10 mL de ácido acético mantendo a temperatura a 0o C. Em seguida, adicione gota a gota 5 mL de ácido nítrico fumegante a 0 °C. A reação é mantida sob agitação por 5 minutos a 0 °C, em seguida é mantida sob agitação por lh sob aquecimento a 110 °C. Após esse tempo o meio reacional é resfriado em banho de gelo, e o precipitado formado é filtrado a vácuo e cristalizado em etanol. O produto obtido é novamente filtrado a vácuo e lavado com água gelada para obter o 3,4-bisaril-sulfonilfuroxano.
[131] Após a filtração é obtido 1,5 g de um sólido branco com faixa de fusão entre 140-142 °C (C14H10N2O6S2; PM=366,37; rendimento: 50%).
[132] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-dh) é o seguinte: δ 7,60 (4H) ; 7,72 (2H) ; 8,10 (4H) ppm.
Sintese dos intermediários furoxânicos Lapdesf II -Lapdesf 13 [133] Em um balão reacional de 50 mL, adicione 400 mg (3,3 mmol) de 2-, ou 3-, ou 4-hidroxi-benzaldeido em 15 mL de diclorometano na presença 1,8-Diazabicicloundec-7-eno (DBU) (3,3 mmol), a reação é mantida sob agitação por 15 minutos. Em seguida, adicione lg (2,73 mmol) de bis-arilsulfonilfuroxano e mantenha a reação sob agitação por 2h em temperatura ambiente. Após esse tempo, dilua o meio reacional em 50 mL de diclorometano e lave com solução saturada de K2C03 (5 x 30 mL). Logo, adicione NaS04 anidro à fase orgânica, e em seguida filtre e remove o solvente em evaporador rotatório. O produto obtido é um óleo marrom escuro.
[134] Para a purificação do composto é utilizado cromatografia de coluna, utilizando silica como fase estacionária e uma proporção de 80% diclorometano e 20% éter de petróleo como fase móvel. As frações são analisadas por CCD e reunidas de acordo com o grau de pureza e o fator de retenção (Rf).
• Lapdesf II
[135] Após a purificação por cromatografia de coluna é obtido 180 mg de um sólido amarelo claro com faixa de fusão entre 104-108 °C (Ci5Hi0N2O6S ; PM=346,31; rendimento: 20%).
[136] O espectro de RMN (300MHz; DMSO-d6) é o seguinte: δ 7,49 (2H) ; 7,69 (3H); 7,80 (1H); 7,97 (1H); 8,15 (2 H) ; 10,20 (1H) ppm. • Lapdesf 12 [137] Após a purificação por cromatografia de coluna é obtido 610 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 102-104 °C (Ci5HioN206S ; PM=346, 31; rendimento: 57%) .
[138] O espectro de RMN 1H (300MHz; DMSO-d6) é o seguinte: δ 7,66 (3H); 7,83 (3H); 7,86 (1H); 8,10 (2H) ; 10.03 {1H) ppm. • Lapdesf 13 [139] Após a purificação por cromatografia de coluna é obtido 410 mg de um sólido branco com faixa de fusão entre 118-120 °C (Ci5HioN206S; PM=346,31; rendimento: 30%) .
[140] O espectro de RMN (300MHz; DMSO-dó) é o seguinte: δ 7,66 (2H) ; 7,75 (2H) ; 7,92 (1H); 8,03 (4H); 10.03 {1H) ppm.
TESTES DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ΑΝΤΙ-TUBERCULOSE E ClTOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DA INVENÇÃO OBTIDOS NOS EXEMPLOS 1 A 4 [141] Para os ensaios biológicos contra o Mycobacterium tuberculosis e os ensaios de citotoxicidade, as seguintes metodologias foram utilizadas: EXEMPLO 7 Determinação da atividade anti - Mycobacterium tuberculosis ín vitro dos compostos [142] A Concentração Inibitória Mínima - ou CIM -foi determinada empregando método de redução da resazurina em microplacas (REMA), já conhecida do estado da técnica.
[143] Em uma microplaca estéril de 96 orifícios (como aquela mostrada na Figura 9) foram depositados os seguintes volumes de meio Middlebrook 7H9 enriquecido com OADC: 150 pL nos controles dos compostos analisados (coluna 1) ; 200 pL na coluna de hidratação (coluna 12) ; 100 pL nos controles positivos (poços A, B, C e D da coluna 11); 100 pL nos controles negativos (poços E, F, G e H da coluna 11) e 100 pL demais orifícios da placa (colunas 2 à 10) .
[144] Em seguida, foi realizada a diluição seriada de maneira a se obter concentrações variáveis de ísoniazida (de 0,01 a 1,00 pg/mL) e dos compostos (de 0,09 a 25,00 pg/mL) - na própria placa. Na coluna 1, foram depositados 50 pL dos compostos para controle de esterilidade. A cepa de M. tuberculosis H37RV - ATCC 27294 congelada foi diluída até atingir a concentração de 105 UFC/mL. A seguir, 100 pL da suspensão foi inoculada em cada um dos orifícios contendo as soluções de isoniazida, dos compostos e no controle positivo. A microplaca foi selada com parafilme e papel alumínio, sendo incubada à 37 °C.
[145] Após sete dias de incubação, foi adicionado o volume de 30 pL da resazurina diluída em água estéril (0,01%) por toda placa, sendo esta reincubada à 37 °C por 24 horas.
[146] Após este período, foi realizada a leitura visual e interpretação da fluorescência em equipamento especifico. O revelador age como indicador da multiplicação celular e/ou viabilidade: a cor azul representa a ausência de multiplicação/viabilidade celular e a rosa representa a multiplicação ou presença de viabilidade.
[147] A CIM é definida como a menor concentração do composto capaz de inibir a multiplicação de 90% da cepa de M. tuberculosis, ou seja, a menor concentração do composto capaz de impedir a mudança da cor azul para a rosa. Compostos que apresentaram CIM menor ou igual a 12,5 pg/mL foram considerados promissores e selecionados para a próxima etapa: determinação da citotoxicidade.
[148] A Figura 9 representa esquematicamente o preparo da microplaca para o método de redução da resazurina em microplacas (REMA). EXEMPLO 8 Determinação da Citotoxicidade (IC50) dos Compostos [149] Após a confluência celular, as células VERO foram retiradas utilizando solução de tripsina/EDTA e contadas em câmara de Newbauer, a fim de ajustar a concentração.
[150] Para cada ensaio de IC50, 3,4 x 105 células/mL, foram semeadas em microplaca de 96 orifícios (vide Figura 10) , permitindo um volume final de 200 pL e incubadas por 24h a 37 °C com 5% CO2 para permitir a adesão celular antes da análise com os compostos.
[151] Após o periodo de incubação, em outra placa de 96 orifícios, as soluções dos compostos em concentrações de 10000 pg/ml foram preparadas em DMSO a 5% e submetida à diluição seriada em meio DMEM com intervalo de 2,0 a 500,0 pg/ml.
[152] Estas soluções foram transferidas a placa de células, a fim de serem expostas aos compostos nas diferentes concentrações por 24h.
[153] Após esta segunda incubação, foram aplicados 30 pL de resazurina em cada orifício na concentração de 0,01% e incubadas por 6 h para, após este período, ser realizada a leitura final baseada na interpretação da fluorescência. O valor de IC50 é definido como a maior concentração do composto em que 50% das células permanecem viáveis.
[154] Como controle, o IC5o do DMSO foi determinado em cada ensaio.
[155] A Figura 10 representa esquematicamente o preparo da microplaca para a determinação da citotoxicidade (ICso) - Determinação do índice de seletividade (IS) [156] A critério de seleção dos compostos utilizou-se o cálculo do indice de seletividade, dado pela razão entre o IC50 e a CIM (IS = IC50/CIM).
[157] Foram consideradas promissoras as moléculas cujo IS se igualou ou foi superior a 10, ou seja, a concentração na qual o composto é citotóxico dista em pelo menos 10 vezes da qual ele é ativo contra o bacilo da tuberculose.
Resultados de avaliação antituberculose [158] Os resultados apresentados na Tabela 2 demonstram que os compostos possuem atividade contra o Mycobacterium tuberculosis e baixa citotoxicidade frente a células eucarióticas (Indicações com N.D. significam que os dados não foram determinados por ausência de atividade). Tabela 2: resultados de avaliação antituberculose [159] Os compostos avaliados também apresentaram resultados contra isolados clínicos de Mycobacterium tuberculosis resistentes a dois dos principais fármacos de tratamento da doença, isoniazida e rifampicina. Abaixo, na Tabela 3, encontram-se os perfis de resistência fenotipicos e genotipicos (mostrando as principais mutações que podem estar levando à resistência desses isolados clinicos), e na sequência (Tabela 4) os resultados de atividades dos compostos contra os mesmos: Tabela 3: perfis de resistência fenotipicos e genotipicos Sendo: R: Resistente; n.e.: não encontrada *sequenciamento da região RRDR (Rifampicin Resistance Determining Region) Tabela 4: resultados de atividades dos compostos contra os perfis de resistência fenotipicos e genotipicos *não foi encontrada CIM90 no intervalo testado de 0,098 pg/mL a 25,000 pg/mL.
[160] Assim, os compostos propostos podem ser usados na preparação de medicamentos úteis na prevenção e tratamento de doenças causadas por micobactérias, tais como a Mycobacterium tuberculosas, agente causador da tuberculose. Ainda apresentam aplicação e uso no tratamento de tuberculose resistente (MDR) e extensivamente resistente (XDR).
[161] Apesar de a invenção precedente ter sido descrita em alguns detalhes por meio de ilustração e exemplos para finalidade de clareza e entendimento, ficará óbvio que certas mudanças e modificações podem ser praticadas dentro do escopo das reivindicações que acompanham esta descrição.
[162] Os versados na técnica valorizarão os conhecimentos aqui apresentados e poderão reproduzir a invenção nas modalidades apresentadas e em outras variantes abrangidas no escopo das reivindicações anexas.
REIVINDICAÇÕES

Claims (19)

1 . Compostos derivados furoxânicos CARACTERIZADOS POR compreenderem a fórmula geral (I): onde : Ri representa um grupamento independentemente selecionado do grupo constituído de: metila (-CH3) , fenil (-C6H6) , fenilsulfonil (C6H502S-) ou formamida (-CH2NO) .
2 . Processo de obtenção de compostos derivados furoxânicos, conforme definidos na reivindicação 1, CARACTERIZADO POR compreender a etapa de: a) Reação de condensação entre 1,0 g do respectivo intermediário furoxânico contendo o substituinte metila (-CH3) , fenil (-C6H6) , fenilsulfonil (C6H502S-) ou formamida (-CH2NO) com 400 mg de isoniazida em 20 mL de etanol e catalisada por 2 gotas de ácido acético.
3. Processo, de acordo com a reivindicação 2, CARAC TERIZ ADO POR na etapa a) a reação ser mantida sob agitação em temperatura ambiente por 24 horas, protegida da luz, e, após este tempo, o precipitado formado ser filtrado a vácuo e lavado com etanol gelado.
4. Uso de compostos derivados furoxânicos, conforme definidos na reivindicação 1, CARACTERIZADO POR ser no preparo de composições farmacêuticas como fármacos ou pró fármacos na prevenção e tratamento de doenças causadas por micobactérias, preferencialmente, para o tratamento da tuberculose .
5. Uso, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO POR ser ainda no tratamento de tuberculose resistente (MDR) e extensivamente resistente (XDR).
6. Compostos derivados furoxânicos intermediários CARACTERIZADOS POR compreenderem a fórmula geral (II):
7. Processo de obtenção de compostos derivados furoxânicos intermediários, conforme definidos na reivindicação 6, CARACTERIZADOS POR compreender as etapas de : (a) Obtenção do ácido feniltioacético; (b) Obtenção do ácido fenilsulfoniltioacético; (c) Obtenção do derivado bis-arilsulfonil furoxano; (d) Obtenção dos derivados furoxânicos intermediários (regioisômeros orto, meta e para) .
8. Processo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO POR na etapa (a), 9,3 mL de tiofenol ser reagido com 9,44 g ácido mono cloroacético, em 40 mL de água destilada, sob agitação a 110 °C por 2 horas, e, após esse tempo, o precipitado branco formado ser filtrado a vácuo e lavado com água gelada.
9. Processo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO POR na etapa (b) , o grupo sulfeto do ácido feniltioacético ser oxidado à sulfona através da reação entre 5 g de ácido f eniltioacet ico e 15 mL peróxido de hidrogênio 30%, em 40 mL de ácido acético, sob agitação em temperatura ambiente por 48 horas, e, após esse tempo, a mistura reacional ser extraida com acetato de etila, e sobre a fase orgânica obtida ser adicionado sulfato de sódio anidro, o qual deve ser submetido à filtração simples e o filtrado ser reduzido por evaporador rotatório para obtenção de um precipitado branco, o ácido fenilsulfonil acético.
10. Processo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO POR na etapa (c) , 3,21 g do ácido fenilsulfoniltioacético ser reagido com uma mistura de 5 mL de ácido nitrico fumegante e 10 mL de ácido acético em refluxo, sob agitação a uma temperatura de 110°C por 45 minutos e, após esse tempo, o meio reacional ser resfriado em banho de gelo, e o precipitado formado ser filtrado a vácuo e cristalizado em etanol, sendo o produto obtido novamente filtrado a vácuo e lavado com água gelada para obter o derivado bis-arilsulfonil furoxano.
11. Processo, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERI ZADO POR na etapa (d) , os intermediários furoxânicos orto, meta e para serem obtidos através de uma reação de substituição nucleofilica aromática utilizando 400 mg de orto, meta ou para hidroxi benzaldeido, 0,49 mL de 1,8-diazabiciclo [5,4,0] undec-7-eno (DBU) e 1,0 g do bis-arilsulfonil furoxano em 15 mL de diclorometano em temperatura ambiente por 1 hora protegidos da luz, e, após este tempo, o meio reacional ser diluído em 50 mL de diclorometano e lavado com uma solução saturada de carbonato de potássio, sendo o diclorometano evaporado em seguida, e o produto final obtido ser um óleo de cor marrom.
12. Uso dos compostos derivados furoxânicos intermediários, conforme definidos na reivindicação 6, CARACTERIZADO POR ser como precursores para a síntese de compostos finais, preferencialmente, os compostos derivados furoxânicos de fórmula geral I contendo o grupo sulfonil ligado ao anel furoxânico, conforme definidos na reivindicação 1.
13. Uso dos compostos derivados furoxânicos intermediários, conforme definidos na reivindicação 6, CARACTERIZADO POR ser no preparo de composições farmacêuticas como fármacos ou pró fármacos na prevenção e tratamento de doenças causadas por micobactérias, preferencialmente, para o tratamento da tuberculose.
14. Uso, de acordo com a reivindicação 13, CARACTERIZADO POR ser ainda no tratamento de tuberculose resistente (MDR) e extensivamente resistente (XDR).
15. Composto derivado furoxânico CARACTERIZADO POR compreender a fórmula geral (III) :
16. Processo de obtenção do composto derivado furoxânico, conforme definido na reivindicação 15, CARACTERIZADO POR compreender a etapa de: a) Reação de condensação entre 1,0 g do nitro-fenil furoxano com 400 mg de isoniazida em 20 mL de etanol e catalisada por 2 gotas de ácido acético.
17. Processo, de acordo com a reivindicação 16, CARACTERIZADO POR na etapa (a) a reação ser mantida sob agitação em temperatura ambiente por 24 horas, protegida da luz, e, após este tempo, o precipitado formado ser filtrado a vácuo e lavado com etanol gelado.
18. Uso do composto derivado furoxânico, conforme definido na reivindicação 15, CARACTERIZADO POR ser no preparo de composições farmacêuticas como fármaco ou pró-fármaco na prevenção e tratamento de doenças causadas por micobactérias, preferencialmente, para o tratamento da tuberculose.
19. Uso, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERI ZADO POR ser ainda no tratamento de tuberculose resistente (MDR) e extensivamente resistente (XDR).
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