BR102013024098A2 - dispositivo tensionador de um membro de tração e motor equipado com um membro de tração e com um tal dispositivo tensionador - Google Patents

Abstract

dispositivo tensionador de um membro de tração e motor equipado com um membro de tração e com um tal dispositivo tensionador. a presente invenção é relativa a um dispositivo tensionador (2) que compreende uma placa de montagem (3), uma polia esticadora (4) centralizada sobre um eixo de proteção (x4) e montada móvel sobre a placa (3) com o grau de liberdade em rotação em torno de um eixo pivô (6) descentralizado em relação ao eixo de proteção (x4) entre a pelo menos uma configuração de montagem e uma configuração ativa (c2) de colocação sob tensão de um membro de tração colocado sobre a polia esticadora (4); meios (36) de travamento da polia esticadora (4) em relação á placa (3) e meios (36, 98) de bloqueio antirretorno da polia esticadora (4) a partir da configuração ativa (c2) para a configuração de montagem em relação à placa (3) distintos dos meios de travamento (36). o dispositivo tensionador (2) é caracterizado pelo fato de os meios de bloqueio antirretorno (38, 98) compreenderem um elemento antirretorno macho formado por uma protuberância (98) que pertence a um primeiro membro entre a placa (3) e a polia esticadora (4) e um elemento antirretorno fêmea formado por uma cavidade 38 arranjada em um rebaixo periférico (37) na borda exterior de um segundo membro, entre a placa (3) e a polia esticadora (4), e pelo fato de na configuração ativa (02) a protuberância (98) ser alojada na cavidade (38) com suas faces frente a frente indo de encontro uma contra a outra, estes elementos antirretorno (38, 98) operando em conjunto impedindo um retorno da polia esticadora (4) para a configuração de montagem. a invenção é relativa igualmente a um motor equipado com pelo menos um membro de tração e pelo menos um dispositivo tensionador (2) tal como mencionado aqui acima

Description

“DISPOSITIVO TENSIONADOR DE UM MEMBRO DE TRAÇÃO E MOTOR

EQUIPADO COM UM MEMBRO DE TRAÇÃO E COM UM TAL DISPOSITIVO TENSIONADOR” A presente invenção é relativa a um dispositivo tensionador de um membro de tração, por exemplo, uma correia ou uma corrente que equipa o motor de combustão interna de um veículo automóvel. A invenção é relativa igualmente a um motor equipado com um tal dispositivo tensionador. O domínio da invenção é aquele dos dispositivos tensionadores.

De maneira clássica, um tal dispositivo tensionador é utilizado para aplicar uma tensão constante sobre o membro de tração em uma gama de tensão predeterminada, e/ou para modificar localmente um circuito de tração que compreende este membro. Uma vez montado no circuito de tração, o membro de tração é acionado por, pelo menos, um dispositivo motor, em particular por um eixo de manivelas que equipa o motor de combustão interna e aciona, pelo menos, um dispositivo ao qual ele está ligado e que deve ser colocado em movimento, em particular, um compressor ou um gerador.

Na prática, o membro de tração é conectado ao dispositivo motor e ao dispositivo acionado por meio de polias montadas sobre estes dispositivos. O membro de tração é em seguida colocado sob tensão graças ao dispositivo tensionador, em uma tensão de serviço suficiente para evitar qualquer deslizamento sobre as polias e permitir um funcionamento otimizado do circuito de tração. A US-A-2008/0207367 descreve um dispositivo tensionador que compreende um braço de alavanca e uma mola previstos para colocar o membro de tração sob tensão.

Devido à presença do braço de alavanca e da mola, um tal dispositivo tensionador apresenta um espaço ocupado importante, e não pode ser utilizado para certas aplicações. Por outro lado, devido às inúmeras peças que constituem o dispositivo tensionador, seu custo e seu tempo de montagem são relativamente elevados. Enfim, a mola está sujeita a afrouxar com o tempo, conduzindo assim a um afrouxamento da tensão exercida pelo dispositivo tensionador sobre o membro de tração, e um funcionamento degradado do circuito de tração. O objetivo da presente invenção é propor um dispositivo tensionador melhorado.

Para isto, a invenção tem como objetivo um dispositivo tensionador que compreende: uma placa de montagem; uma polia esticadora centralizada sobre um eixo de proteção e montada móvel sobre a placa, com pelo menos um grau de liberdade em rotação em torno de um eixo pivô descentralizado em relação ao eixo de proteção entre pelo menos uma configuração de montagem e uma configuração ativa de colocação sob tensão de um membro de tração colocado sobre a polia esticadora; meios de travamento da polia esticadora em relação à placa nas diferentes configurações do dispositivo tensionador; e meios de bloqueio anti- retorno da polia esticadora a partir da configuração ativa para a configuração de montagem em relação à placa, estes meios de bloqueio antirretorno sendo distintos dos meios de travamento, Este dispositivo tensionador é caracterizado pelo fato de os meios de bloqueio antirretorno compreenderem: - um elemento antirretorno macho formado por uma protuberância que pertence a um primeiro membro, entre a placa e a polia esticadora, e - um elemento antirretorno fêmea formado por uma cavidade arranjada em um rebaixo periférico na borda exterior de um segundo membro entre a placa e a polia esticadora; e por na configuração ativa a protuberâncias ser alojada na cavidade com suas faces frente a frente vindo de encontro uma contra a outra, estes elementos antirretorno operando em conjunto impedindo um retorno da polia esticadora para a configuração de montagem, principalmente sob a ação de restrições exercidas pelo membro de tração sobre a polia esticadora.

Assim, a invenção permite manter o membro de tração tensionado pelo dispositivo tensionador com uma tensão satisfatória com o tempo, enquanto que a polia esticadora é bloqueada em posição em relação à placa de maneira confiável e assegurada. Em comparação com os dispositivos existentes, com os quais a tensão exercida sobre o membro de tração arrisca se afrouxar com o tempo, por exemplo, os dispositivos integrados por molas ou macacos, os meios de bloqueio antirretorno de acordo com a invenção impedem que a polia esticadora deixe a configuração ativa. Por outro lado, o dispositivo tensionador de acordo com a invenção ocupa pouco espaço, é simples de fabricar e prático para montar no seio do circuito de tração.

De acordo com outras características vantajosas da invenção tomadas de maneira isolada ou em combinação: - Os meios de bloqueio antirretorno impedem de maneira automática uma rotação da polia esticadora em torno do eixo pivô na configuração ativa, principalmente no caso de desbloqueio dos meios de bloqueio quando o dispositivo tensionador está em serviço. A cavidade e rebaixo periférico são dispostos em uma parte da placa que suporta a polia esticadora enquanto que a protuberância chega a termo com uma parte da polia esticadora que suporta um rolamento. A cavidade e rebaixo periférico são dispostos em uma parte da polia esticadora que suporta um rolamento enquanto que a protuberância chega a termo com uma parte da placa que suporta a polia esticadora. O elemento antirretorno macho e o elemento antirretorno fêmea são formados axialmente com o eixo pivô respectivamente no primeiro membro e no segundo membro. O elemento antirretorno macho e o elemento antirretorno fêmea são formados radialmente ao eixo pivô, respectivamente no primeiro membro e no segundo membro.

Na configuração de montagem a protuberância é alojada no rebaixo periférico. O rebaixo periférico é realizado sobre no máximo um quarto da circunferência de uma parte da placa que suporta a polia esticadora.

Quando de uma transição da configuração de montagem para configuração ativa, os meios de bloqueio são desbloqueados e a polia esticadora é afastada da placa paralelamente ao eixo pivô caso contrário a protuberância vem encontrar uma face do rebaixo e depois da aproximação da polia esticadora para a placa na configuração ativa, os meios de bloqueio antirretorno impedem de maneira automática um retorno da polia esticadora para a configuração de montagem caso os meios de bloqueio estejam bloqueados ou desbloqueados. A invenção tem igualmente por objetivo um motor equipado com pelo menos um membro de tração, caracterizado pelo fato de ser igualmente equipado com, pelo menos, um dispositivo tensionador tal como mencionado aqui acima. De preferência, a placa traseira do dispositivo tensionador é fixada a uma parede deste motor. A invenção será mais bem compreendida com a leitura da descrição que vem em seguida, fornecida unicamente a título de exemplo não limitativo, e feita com referência aos desenhos anexos, nos quais: A figura 1 é uma vista de frente de um dispositivo tensionador de acordo com a invenção, mostrado em uma configuração de montagem; A figura 2 é uma vista de frente análoga à figura 1, que mostra o dispositivo tensionador em uma configuração ativa de tensão de um membro de tração; A figura 3 é uma vista em perspectiva que mostra o dispositivo tensionador na configuração ativa, o membro de tração não estando representado com um objetivo de simplificação;

A figura 4 é uma vista traseira do dispositivo tensionador de acordo com a seta IV na figura 3; A figura 5 é um corte em escala aumentada de acordo com a linha V-V na figura 4; A figura 6 é uma vista em perspectiva análoga à figura 3 para um dispositivo tensionador de acordo com um segundo modo de realização da invenção mostrada sensivelmente na configuração de montagem; A figura 7 é uma vista em escala aumentada do detalhe 7 na figura 6; A figura 8 é uma vista análoga à figura 6, que mostra o dispositivo tensionador na configuração ativa; e A figura 9 é uma vista análoga à figura 4 para um dispositivo tensionador de acordo com um terceiro modo de realização da invenção, mostrado na configuração ativa.

Nas figuras 1 até 5 está representado um dispositivo tensionador 2 de acordo com a invenção. O dispositivo tensionador 2 é adaptado para a colocação sob tensão controlada de um membro de tração 1. A título de exemplo não limitativo, este membro de tração 1 pode ser uma correia ou uma corrente que pertence a um circuito de tração, que equipa um motor. Com um objetivo de simplificação, a correia 1 está representada parcialmente e de maneira esquemática unicamente na figura 2, enquanto que o motor e os outros elementos que constituem o circuito de tração, tais como polias que operam em conjunto com a correia 1 para a transmissão de um movimento no seio do circuito de tração, não estão representadas. O dispositivo tensionador 2 compreende uma placa traseira 3 de montagem sobre uma parede exterior do motor, assim como uma polia esticadora 4 centralizada sobre um eixo de polia X4 e montada móvel sobre a placa 3. Por “traseira” se define uma orientação dirigida para a parede do motor, enquanto que por “dianteira” se define uma orientação dirigida para o oposto da parede do motor. Quando o dispositivo tensionador 2 equipa o motor, a placa traseira 3 está situada na traseira da polia esticadora 4 e situada adiante do dispositivo tensionador 2.

Em particular, a polia esticadora 4 é montada móvel sobre a placa 3 com pelo menos um grau de liberdade em rotação em torno de um eixo pivô descentralizado em relação ao eixo de polia X4 como detalhado aqui adiante. Devido à mobilidade entre a placa traseira 3 e a polia esticadora 4 o dispositivo tensionador 2 pode apresentar diferentes configurações distintas. Mais precisamente, o dispositivo tensionador 2 apresenta, pelo menos, uma configuração C1 de montagem da placa 3 sobre a parede do motor, sem colocar sob tensão a correia 1, assim como uma configuração ativa C2 de colocação sob tensão da correia 1 colocada sobre a polia esticadora 4, com uma força de tensão F exercida de maneira controlada sobre esta correia 1, radialmente ao eixo X4. A configuração de montagem C1 está mostrada na figura 1, enquanto que a configuração ativa C2 está mostrada nas figuras 2 até 5. A placa traseira 3 apresenta uma forma globalmente alongada entre duas extremidades 31 e 32. A placa 3 comporta igualmente uma parte suporte 33 prevista para acomodar a polia esticadora 4, assim como uma parte central 34 que liga as duas extremidades 31 e 32 à parte suporte 33. Seguindo uma direção dianteira- traseira paralela ao eixo X4, a parte central 34 é mais estreita que as extremidades 31 e 32 e que a parte suporte 33.

As extremidades 31 e 32 são dotadas de duas aberturas vazadas, respectivamente 311 e 321, arranjadas de acordo com dois eixos X31 e X32 paralelos entre eles e ao eixo X4. Estas aberturas vazadas 311 e 321 são previstas para acomodar elementos de fixação da placa 3 e, pois, do dispositivo tensionador 2 sobre a parede exterior do motor. Alojamentos com ombros 312 e 322 são dispostos, respectivamente, em torno das aberturas 311 e 312 do lado dianteiro da placa 3, e formam uma superfície de apoio para estes elementos de fixação, não representados com um objetivo de simplificação. De maneira vantajosa, o orifício 311 é oblongo para facilitar a montagem da placa 3 sobre a parede do motor, em função de tolerâncias de posicionamento nesta parede de orifícios de acomodação dos elementos de fixação da placa 3.

As extremidades 31 e 32 comportam saliências 313 e 323 formadas do lado traseiro da placa 3. Estas saliências 313 e 323 são dotadas de superfícies 314 e 324 planas e perpendiculares aos eixos X31 e X32 de apoio contra a parede do motor. Para melhorar a resistência mecânica da placa 3 na zona de fixação ao motor, as saliências 313 e 323 são mais espessas que a parte central 34.

Para assegurar uma resistência otimizada da placa 3 em sua interface de fixação com a polia esticadora 4 e evitar qualquer risco de atrito da polia esticadora 4 que pivota em relação à placa 3, a espessura da parte suporte 33 é superior àquela da parte central 34. Assim, a parte suporte 33 forma uma saliência do lado dianteiro da placa 3 e é dotada de uma superfície 331 plana e perpendicular aos eixos X31 e X32 orientada do lado dianteiro da placa 3 em face da polia esticadora 4. Por outro lado, a parte suporte 33 é dotada de uma abertura vazada 36 do eixo X36 paralela ao eixo X34, X31 e X32. Esta abertura 36 é perfurada para acomodar um parafuso 6 de sustentação da polia esticadora 4 sobre a placa 3. O parafuso 6 se estende de acordo com um eixo X6 que coincide com o eixo X33 e é dotado de uma cabeça de parafuso 61 colocada do lado dianteiro da polia esticadora 4. A polia esticadora 4 compreende uma polia 7 centralizada sobre o eixo de polia X4 e na periferia externa da qual está montada a correia 1. A polia 7 comporta um orifício 71 no qual é colocado um rolamento 8 que é centralizado sobre o eixo X4 e suporta a polia em rotação em torno do eixo X4. O rolamento 8 comporta um anel exterior 81 e um anel interior 82 que delimitam uma câmara de rolamento radialmente ao eixo X4. Nesta câmara é colocada uma pista de rolamento 83 prevista para manter elementos rolantes tais como esferas 84 na figura 5. Em alternativa, os elementos rolantes podem ser rolos. A polia 7 é montada de maneira rígida sobre o anel exterior 81 do rolamento 8 que é colocado de maneira fixa no furo 71. Dois encontros 72 e 73 são formados de um lado e de outro do furo 71 seguindo uma direção paralela ao eixo X4. Os encontros 72 e 73 envolvem o anel exterior 81 e impedem qualquer deslocamento axiaf ao longo do eixo X4 da polia 7 em relação ao rolamento 8. A polia esticadora 4 inclui igualmente um suporte de proteção 9 centralizado sobre o eixo de polia X4. O suporte de proteção 9 compreende um cilindro 91 e um disco anelar 92 de diâmetro superior àquele do cilindro 91 radialmente ao eixo X4. O disco 92 é situado na traseira do cilindro 91. O anel interior 82 do rolamento 8 comporta um furo de diâmetro sensivelmente igual àquele do cilindro 91 no qual este último está montado. De maneira vantajosa, do lado dianteiro da polia esticadora 4 o anel interior 82 pode ser solidário ao cilindro 91 por cravação de frisos de matéria do cilindro 91 contra o anel interior 82. Do lado traseiro da polia esticadora 4 o disco anelar 92 está em contato com o anel interior 82 e forma um encontro axial adicional para este anel 82. O suporte de polia 9 é igualmente dotado de uma abertura vazada 93 centralizada sobre o eixo de parafuso X6 deslocado radialmente e paralelamente ao eixo de polia 4. A abertura vazada 93 é prevista para acomodar o parafuso 6 que pode em seguida ser aparafusado na abertura perfurada 36 para manter a polia esticadora 4 em posição em relação à placa 3. O suporte de polia 4 é igualmente dotado de uma superfície plana traseira 94 prevista para entrar em contato com a superfície dianteira 331 da placa 3. O suporte de polia 9 é igualmente dotado de uma superfície plana dianteira 95 contra a qual a cabeça de parafuso 61 vem apoiar quando o parafuso 6 é aparafusado na abertura perfurada 36. Para aumentar sua superfície de apoio contra a superfície 95 a cabeça de parafuso 61 pode, de maneira vantajosa, ser dotada de um flange rebordado 62 solidário com esta cabeça de parafuso 61. Em alternativa, a arruela 62 pode ser distinta da cabeça de parafuso 61.

Uma vez a polia esticadora 4 montada sobre a placa 3 e o parafuso 6 posicionado nas aberturas 93 e 36, os eixos X6 e X36 coincidem estando paralelos e descentralizados radialmente ao eixo de polia X4. Assim, quando o parafuso 6 não está apertado contra o suporte de polia 9 a polia esticadora 4 é móvel em rotação em torno do eixo pivô X6 definido pelo parafuso 6 de maneira descentralizada em relação a seu eixo X4. De preferência, a polia esticadora 4 pode ser deslocada por um operador inserindo uma ferramenta em um alojamento cego 97 disposto no suporte de polia 4 no nível da superfície 95. Em alternativa, o alojamento 97 não é cego, mas atravessa o suporte de polia 9 paralelamente ao eixo X4.

Na prática, o parafuso 6 e a abertura perfurada 36 formam meios de travamento da polia esticadora 4 em relação à placa 3 nas diferentes configurações do dispositivo tensionador 2, principalmente as configurações C1 e C2.

Inicialmente, principalmente quando de sua entrega para o operador encarregado de montar o circuito de tração, a polia esticadora 4 é travada na configuração de montagem C1 da figura 1. Os orifícios 311 e 321 da placa 3 são então acessíveis ao operador pela dianteira do dispositivo tensionador 2. A montagem da placa 3 sobre a parede do motor é assim autorizada e facilitada. Igualmente, a polia esticadora 4 pode ser travada na configuração ativa C2 das figuras 2 até 5 antes da tensão da correia 1, mas sobretudo quando a correia 1 está tensionada. O orifício 311 da placa 3 não é mais acessível a um operador pela dianteira do dispositivo tensionador 2. Nesta configuração ativa C2 a ação de restrições exercidas pela correia 1 sobre a polia esticadora 4 pode ter tendência a destravar os meios de travamento 6 e 36, e assim provocar um retorno da polia esticadora 4 da configuração ativa C2 para a configuração de montagem C1, ou além disto. Estas restrições são representadas de maneira esquemática por uma seta Fc oposta à seta F na figura 2. Neste caso, a tensão da correia 1 e o funcionamento do circuito de tração arriscam não serem mais satisfatórios. A invenção permite remediar este inconveniente prevendo meios de bloqueio antirretorno da polia esticadora 4 a partir da configuração ativa C2 para a configuração de montagem C1 em relação à placa 3. De acordo com a invenção, estes meios de bloqueio antirretorno são distintos dos meios de travamento 6 e 36, e permitem evitar qualquer rotação da polia esticadora 4 em torno do eixo pivô X6 em configuração ativa C2, principalmente em caso de destravamento dos meios de travamento 6 e 36 quando o dispositivo tensionador 2 está em serviço. O suporte de polia 9 é igualmente dotado de uma protuberância 98 que se estende para a traseira em saliência da superfície 94 em direção da placa 3 seguindo uma direção globalmente paralela ao eixo X4 e X6. De preferência, a protuberância 98 chega a termo com o suporte de polia 9, por exemplo, todos os dois são formados monobloco por moldagem e depois os contornos da protuberância 98 são delimitados no suporte de polia 9 por usinagem. Em alternativa, a protuberância 98 pode ser uma peça distinta trazida sobre o suporte de polia 9, por exemplo, inserida em uma abertura dedicada do suporte de polia 9. Além disto, a protuberância 98 pode apresentar qualquer forma adaptada à presente aplicação sem sair do quadro da invenção. No exemplo das figuras 1 a 3, a protuberância 98 apresenta faces laterais planas que se estendem perpendicularmente à superfície 94 e são ligadas por uma face traseira plana 98a que se estende paralelamente à superfície 94.

Quando o dispositivo tensionador 2 está montado, a protuberância 98 está alojada em um rebaixo periférico 37 disposto exclusivamente na borda exterior da parte suporte 33 da placa 3, Mais precisamente, o rebaixo 37 é disposto na parte 33 no nível da superfície 331, sobre sua borda radialmente oposta ao eixo X36 do lado dianteiro da placa 3. De preferência, o rebaixo 37 é realizado sobre, no máximo, um quarto da circunferência da superfície 331 da parte 33.

No exemplo da figura 3 o rebaixo 37 comporta uma face inclinada 37a orientada do lado dianteiro da placa 3 e inclinada ao longo do rebaixo 37 de maneira que o afastamento entre a face inclinada 37a e a superfície 94 diminui ao se afastar da extremidade 32 da placa 3. O rebaixo 37 apresenta uma seção paralelepípedica de acordo com um corte axial realizado em um plano que compreende o eixo X6, esta seção evoluindo ao longo da face inclinada 37a, O rebaixo 37 apresenta uma forma de setor circular de acordo com um corte radial ao eixo X6 exceto quando o plano de corte encontra a face inclinada 37a, Na extremidade do setor do rebaixo 37 a mais aproximada da extremidade 31, este rebaixo 37 comporta uma cavidade 38 na qual desemboca a face inclinada 37a. No exemplo das figuras 3 até 5, esta cavidade 38 comporta faces laterais planas que se estendem perpendicularmente à superfície 331 e são ligadas por uma face dianteira plana que se estende paralelamente à superfície 331. Na espécie, as faces laterais e a face dianteira da cavidade 38 apresentam um arranjo e dimensões que correspondem às faces laterais e à face traseira da protuberância 98.

Quando o dispositivo tensionador 2 está em configuração ativa c2, a protuberância 98 está alojada na cavidade 38 com suas faces face a face que vem de encontro uma contra a outra, como mostrado na figura 3. Assim, qualquer rotação da polia esticadora 4 em torno do eixo pivô X6 definido pelo parafuso 6 e a rebaixo 93 é impedida de maneira automática por esta cooperação mecânica da cavidade 38 e da protuberância 98. Em outros termos a cavidade 38 e a protuberância 98 formam meios de bloqueio antirretorno da polia esticadora 4 em relação à placa 3. A cavidade 38 constitui um elemento antirretorno macho que pertence à placa 3 enquanto que a protuberância constitui um elemento antirretorno fêmea que pertence à polia esticadora 4. A cavidade 38 e a protuberância 98 são formadas axialmente em relação ao eixo X6.

Neste estágio, nota-se que para passar da configuração de montagem C1 para a configuração ativa C2, enquanto que os meios de travamento 6 e 36 estão destravados, o operador deve afastar a polia esticadora 4 da placa 3 paralelamente ao eixo X6. No caso contrário, a protuberância 98 vem topar contra a face inclinada 38a do rebaixo 37 e não pode penetrar na cavidade 38. Se ela é afastada da placa 3 a polia esticadora 4 pode pivotar em torno do eixo X6 e a protuberância 98 pode ser posicionada adiante da cavidade 38. Depois da aproximação da polia esticadora 4 para a placa 3 na configuração ativa C2, os meios de bloqueio antirretorno 38 e 98 impedem automaticamente um retorno da polia esticadora 4 para a configuração de montagem C1, uma vez que os meios de travamento 6 e 36 estejam travados ou destravados sem que o operador seja forçado a manter sua ferramenta no orifício 97. Assim, é mais prático e menos fatigante para o operador manipular o dispositivo tensionador 2.

Enfim, para travar o dispositivo tensionador 2 em configuração ativa C2, o operador exerce um momento dado sobre a cabeça de parafuso 61 com a ajuda de uma ferramenta de aperto, por exemplo, uma chave dinamométrica. Os meios de bloqueio antirretorno 38 e 39 são, pois complementares aos meios de travamento 6 e 36, melhorando assim os desempenhos do dispositivo tensionador 2 quanto à duração.

Nas figuras 5 até 9 estão representados outros modos de realização de um dispositivo tensionador 2 de acordo com a invenção. Certos elementos são similares aos elementos constituintes do primeiro modo de realização descrito mais acima, e trazem as mesmas referências numéricas. Apenas as diferenças com o primeiro modo de realização estão descritas aqui abaixo, com um objetivo de simplificação.

Nas figuras 5 até 8 está representado o segundo modo de realização do dispositivo tensionador 2 que comporta uma protuberância 198 que apresenta uma estrutura ligeiramente diferente, mas um funcionamento similar à protuberância 98 do primeiro modo de realização.

Em espécie, a placa 3 comporta uma parte suporte 133 aliviada em relação à parte suporte 33 do primeiro modo de realização. A cavidade 38, arranjada nesta parte 133, comporta duas faces laterais planas 38b e 38c ligadas por uma face plana 38a como no primeiro modo de realização. A protuberância comporta duas faces laterais 198b e 198c ligadas por uma face plana 198a. O operador pode sentir que a face 198b vem de encontro à face 38b quando a protuberância 198 está posicionada adiante da cavidade 38. Na configuração ativa C2 quando o membro de tração está tensionado a face 198c vem de encontro contra a face 38c. A diferença principal da protuberância 198 com a protuberância 98 é relativa à face 198a que é inclinada de acordo com uma inclinação similar àquela da face inclinada 37a. Assim, se o operador esquece de afastar a polia esticadora 4 em relação à placa 3 axialmente seguindo uma direção paralela ao eixo X6 para passar da configuração de montagem C1 para a configuração ativa, a face 198a vem em apoio contra a face 37a reduzindo o risco de dano desta face 37a.

Na figura 9 está representado o terceiro modo de realização do dispositivo tensionador 2. A placa 3 é dotada de uma referência R3 enquanto que a polia esticadora 4 é dotada de uma referência R4. No exemplo não limitativo da figura 9 a referência R3 é posicionada em um rebaixo 33a da parte suporte 33, enquanto que a referência R3 é posicionada na superfície 94. Quando o dispositivo tensionador 2 está em configuração de montagem C1, referências R3 e R4 são colocadas frente a frente. O posicionamento da polia esticadora 4 em relação à placa 3 na configuração de montagem C1, antes de entrega ao operador encarregado de montar o circuito de tração, é pois facilitado.

Em alternativa ou em complemento, o dispositivo tensionador 2 pode ser dotado de diferentes referências que permitem recuperar suas diferentes configurações, principalmente a configuração ativa C1 de colocação sob tensão do membro de tração.

Além disto, o dispositivo tensionador 2 pode ser conformado de maneira diferente das figuras 1 até 9 sem sair do quadro da invenção. Em particular, os meios de bloqueio antirretorno podem apresentar qualquer arranjo, forma e/ou dimensão adaptada ao presente pedido. Em variante, não representada, os meios de bloqueio antirretorno podem compreender um elemento macho e um elemento fêmea formados radialmente ao eixo pivô X6.

De acordo com outra variante não representada, o elemento antirretorno macho pertence à placa 3, enquanto que o elemento antirretorno fêmea pertence à polia esticadora 4.

De acordo com uma outra variante não representada, os meios de bloqueio antirretorno podem compreender diversos elementos macho e diversos elementos fêmea complementares, pertencendo à placa 3 ou à polia esticadora 4.

Além disto, as características técnicas dos diferentes modos de realização podem ser na totalidade, ou para certas dentre elas, combinadas entre elas. Assim, o dispositivo tensionador pode ser adaptado em termos de custo, de funcionalidade, e de desempenho.

Claims (10)

1. Dispositivo tensionador (2) que compreende: - uma placa de montagem (3); - uma polia esticadora (4) centralizada em um eixo de proteção (X4) e montada móvel sobre a placa (3) com pelo menos um grau de liberdade em rotação em torno de um eixo pivô (X6) descentralizado em relação ao eixo de proteção (X4) entre a pelo menos uma configuração de montagem (C1) e uma configuração ativa (C2) de colocação sob tensão (F) de um membro de tração (1) colocado sobre a polia esticadora (4); - meios (6, 36) de travamento da polia esticadora (4) em relação à placa (3) nas diferentes configurações (C1, C2) do dispositivo tensionador (2); e - meios (38, 98; 38, 198) de bloqueio antirretorno da polia esticadora (4) a partir da configuração ativa (C2) para a configuração de montagem (C1) em relação à placa (3), estes meios de bloqueio antirretorno (38, 98; 38, 198) sendo distintos dos meios de travamento (6, 36); caracterizado pelo fato de os meios de bloqueio antirretorno (38, 98; 38, 198) compreenderem: - um elemento antirretorno macho formado por uma protuberância (98, 198) que pertence a um primeiro membro entre a placa (3) e a polia esticadora (4), e - um elemento antirretorno fêmea formado por uma cavidade (38) disposta em um rebaixo periférico (37) no bordo exterior de um segundo membro entre a placa (3) e a polia esticadora (4); e que na configuração ativa (C2), a protuberância (98; 198) é alojada na cavidade (38) com suas faces frente a frente vindo de encontro uma contra a outra, estes elementos antirretorno (38, 98; 38, 198) cooperando em impedir um retorno da polia esticadora (4) para a configuração de montagem (C1), principalmente sob a ação de restrições exercidas pelo membro de tração (1) sobre a polia esticadora (4).

2. Dispositivo tensionador (2) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de os meios de bloqueio antirretorno (38, 98; 38, 198) impedirem automaticamente uma rotação da polia esticadora (4) em torno do eixo pivô (X6) em configuração ativa (C2), principalmente em caso de destravamento dos meios de travamento (6, 36) quando o dispositivo tensionador (2) está em serviço.

3. Dispositivo tensionador (2) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de a cavidade (38) e o rebaixo periférico (37) serem dispostos em uma parte (33) da placa (3) que suporta a polia esticadora (4) enquanto que a protuberância (98; 198) chega a termo com uma parte (9) da polia esticadora (4) que suporta um rolamento (8).

4. Dispositivo tensionador (2) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato da cavidade (38) e o rebaixo periférico (37) serem dispostos em uma parte (9) da polia esticadora (4) que suporta um rolamento (8) enquanto que a protuberância (98; 198) chega a termo com uma parte (33) da placa (3) que suporta a polia esticadora (4).

5. Dispositivo tensionador (2) de acordo com uma das reivindicações 1 até 4 caracterizado, pelo fato de o elemento antirretorno macho (98; 198) e o elemento antirretorno fêmea (38) serem formados axialmente ao eixo pivô (X6), respectivamente, no primeiro membro e no segundo membro.

6. Dispositivo tensionador (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4 caracterizado, pelo fato de o elemento antirretorno macho e o elemento antirretorno fêmea serem formados radiaímente ao eixo pivô (X6), respectivamente no primeiro membro e no segundo membro.

7. Dispositivo tensionador (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de na configuração de montagem (C1) a protuberância (98; 198) ser alojada no rebaixo periférico (37).

8. Dispositivo tensionador (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de o rebaixo periférico (37) ser realizado sobre no máximo um quarto da circunferência de uma parte (33) da placa (3) que suporta a polia esticadora (4).

9. Dispositivo tensionador (2) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de quando de uma transição da configuração de montagem (C1) para a configuração ativa (C2), os meios de travamento (6, 36) são destravados e a polia esticadora (4) é afastada da placa (3) paralelamente ao eixo pivô (X6) caso contrário a protuberância (98, 198) vem topar contra uma face (37a) do rebaixo (37) e por depois da aproximação da polia esticadora (4) para a placa (3) na configuração ativa (C2) os meios de bloqueio antirretorno (38, 98: 38, 198) impedem automaticamente um retorno da polia esticadora (4) para a configuração de montagem (C1) quer os meios de travamento (6, 36) sejam travados ou destravados.

10. Motor equipado de pelo menos um membro de tração (1), caracterizado pelo fato de ser igualmente equipado de pelo menos um dispositivo tensionador (2) do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9.