BR102013003270A2 - Dispositivo estabilizador de mandíbula e método de medição das estruturas anatômicas da mandíbula - Google Patents

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Abstract

DISPOSITIVO ESTABILIZADOR DE MANDÍBULA E MÉTODO DE MEDIÇÃO DAS ESTRUTURAS ANATÕMICAS DA MANDÍBULA A presente invenção descreve um dispositivo estabilizador de mandíbula (1) compreendendo uma base (2), um módulo de fixação e posicionamento (3) e um módulo de medição (4), os quais mantêm a mandíbula em uma posição correta e estável em relação ao plano sagital e mandibular, possibilitando que a medição realizada seja parametrizada. Adicionalmente, é descrito um método de medição das estruturas anatômicas da mandíbula baseado na transformação das estruturas anatômicas conhecidas em medidas parametrizadas. O referido método é realizado por meio do dispositivo da presente invenção, utilizando medidas baseadas nos pontos craniométricos determinados pela sociedade científica.

Description

DISPOSITIVO ESTABILIZADOR DE MANDÍBULA E MÉTODO DE MEDIÇÃO DAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DA MANDÍBULA CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção se insere no campo da ciência médica de diagnóstico e identificação, mais especificamente na área de medição de comprimentos, espessuras ou outras dimensões da mandibula, uma vez que se refere a um dispositivo estabilizador de mandibulas e a um método de medição das estruturas anatômicas da mandibula.
ESTADO DA TÉCNICA
Diversos estudos têm mostrado que várias regiões anatômicas podem ser utilizadas na estimativa do sexo, idade e etnia, além do fato de que algumas delas costumam apresentar maior precisão do que outras. A referida precisão tem sido discutida em alguns estudos, no entanto, as características da população nacional e a forma como a anatomia do crânio pode influenciar nessas mensurações muitas vezes não é alvo do interesse de todos os países. O dimorfismo sexual ou diagnose do sexo pode ser observado e mensurado através do crânio, especialmente se a mandibula estiver presente. A mandibula, por si só, constitui um importante modelo para exames do gênero do dimorfismo sexual. A existência da diagnose do sexo em esqueletos humanos, bem como sua importância nas investigações médico-legais, está bem estabelecida e o crânio permanece como uma das partes que apresentam mais informações a esse respeito.
Grande parte dos artigos internacionais utilizam parâmetros qualitativos para realizar mensurações da mandibula, entretanto, parâmetros passíveis de reprodução, ou quantitativos não são considerados para mensuração das diversas características de uma mandíbula.
No Brasil, por exemplo, com a grande miscigenação da população, a estimativa do sexo, idade e etnia por meio de caracteres anatômicos constitui um importante estudo, já que parâmetros, desses gêneros, utilizados em outros países têm grande possibilidade de não serem válidos em seu território.
Pelo acima exposto, tornou-se necessária a realização de um estudo que verificasse as medidas da mandíbula determinadas pela literatura e a análise acerca da compatibilidade com a população brasileira.
Nesse contexto, a craniometria é geralmente definida como sendo uma técnica ou um sistema convencional que determina a mediação do crânio e da mandíbula de maneira sistematizada universalmente, o que permite a avaliação comparativa entre estudos realizados por diferentes pesquisadores. A craniometria tem a finalidade de complementar a inspeção visual, corrigindo o acervo subjetivo das observações pessoais. Em suma, a craniometria permite o conhecimento das variabilidades morfológicas das estruturas mandibulares dos humanos, dentro das exigências naturais à objetividade científica.
Entretanto, a realização da craniometria requer o correto posicionamento da estrutura a ser medida, ou seja, para que se obtenha uma uniformidade da técnica, é necessário que o plano mandibular esteja paralelo ao solo, para que as medidas mandibulares sejam corretamente aferidas.
No estado da técnica são descritos equipamentos para fixação de ossos na realização de exames, tais como os mencionados nos documentos US 4.938.762, US 6.077.270, PI0105252-7, por exemplo, os quais fazem referência a sistemas de ajuste de posição e medição óssea compreendendo elementos como volantes de ajuste, pinos retráteis e meios de fixação que não podem ser utilizados para se obter um protocolo de medição mandibular, uma vez que são destinados à realização de exames de ossos com características de linearidade, como o metatarso, o osso femoral, ou ainda prótese de joelhos.
Para o caso da fixação de maxilares, no documento US 4.639.220 é descrita a fixação dos maxilares de pacientes (in vivo) a partir do apoio em tecidos moles do corpo, inviabilizando o seu uso em um osso mandibular seco, ou seja, desprovido de tecido mole. Além disso, o apoio utilizado pelo aparelho é o meato acústico externo, o qual não está presente em mandíbulas esqueletizadas.
Dessa forma, é notável que no estado da técnica não foram identificados documentos descrevendo meios para a realização de medições mandibulares parametrizadas como: comprimento total da mandíbula — distância do ponto mais anterior da proeminência mentoniana (Pogonion) até a perpendicular tangente à parte posterior do côndilo esquerdo; profundidade do corpo da mandíbula - distância entre o ponto mais anterior da proeminência mentoniana (Pogonion) até o ponto médio da linha bi gonion; largura bi condiliana da mandíbula - distância bi kondylion laterale; largura bigoníaca ou largura angular da mandíbula -distância bi gonion; largura mandibular anterior - distância bi mentale; largura coronoide - distância entre os pontos mais altos das apófises coronoide; largura minima do ramo da mandibula - menor distância entre o bordo posterior e o bordo anterior do ramo da mandibula, medida perpendicularmente à altura; largura da incisura da mandibula - distância entre a parte mais alta do côndilo e o ápice da apófise coronóide; altura do corpo da mandibula -distância entre o rebordo alveolar e o bordo inferior do corpo da mandibula, passando por Mentale; altura do ramo da mandibula - distância de Gonion (virtual) à parte superior do côndilo, medida sobre a tangente à parte posterior do osso; profundidade da incisura da mandibula — distância entre a parte mais profunda da incisura e a linha que une as suas partes mais altas; espessura do corpo da mandibula -medida na altura de Mentale; ângulo Goniaco- ângulo formado pela intersecção da tangente à parte posterior do ramo com o Plano Mandibular. A presente invenção, portanto, além de permitir medições como acima mencionadas, descreve um aparelho para posicionamento correto da mandibula, evitando eventuais erros de medições e também simplificando o trabalho dos peritos da área.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO A presente invenção descreve um dispositivo estabilizador de mandibula (1) compreendendo uma base (2), um módulo de fixação e posicionamento (3) e um módulo de medição (4), os quais mantêm a mandibula em uma posição correta e estável em relação ao plano sagital e mandibular, possibilitando a realização de uma medição parametrizada.
Adicionalmente, é descrito um método de medição das estruturas anatômicas da mandibula baseado na transformação das estruturas anatômicas conhecidas em medidas parametrizadas. O referido método é realizado por meio do dispositivo da presente invenção, e utilizando medidas baseadas nos pontos craniométricos determinados pela sociedade cientifica.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A figura 1 é uma vista superior do dispositivo da presente invenção. A figura 2 é uma vista lateral do dispositivo da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção descreve um dispositivo estabilizador de mandibula (1) compreendendo uma base (2), um módulo de fixação e posicionamento (3) e um módulo de medição (4), os quais mantêm a mandibula em uma posição correta e estável em relação ao plano sagital e mandibular, possibilitando a realização de uma medição parametrizada. Foi adotado o padrão comprimento x largura x altura para as medidas que serão expostas a seguir. A base (2) do dispositivo compreende uma superfície com dimensões variando na faixa de (412 mm x 328 mm x 12 mm) a (618 mm x 492 mm x 19 mm), que sustenta o módulo de fixação e posicionamento (3) e o módulo de medição (4), aparafusados a mesma base (2) através dos pilares de fixação do módulo de fixação (3.1) e dos pilares de fixação do módulo de medição (4.1).
Assim como a base (2), todos os componentes do dispositivo são confeccionados em aço inox, pois é um material que permite esterilização. No entanto, outros materiais como acrílico e madeira podem ser utilizados sem interferir na confiabilidade das medições realizadas por meio do dispositivo. A base (2) possui, ainda, quatro sapatas niveladoras (12) , com diâmetro variando de 40 mm a 60 mm. Cada sapata é nivelada em relação ao solo com o auxílio de um nível adquirido comercialmente e pelo ajuste em seu parafuso e em sua contraporca. O módulo de fixação e posicionamento (3) da mandíbula, fixado sobre a base (2), possui dimensão variando da faixa de (150mm x 130 mm x 8 mm) a (230 mm x 210 mm x 12 mm) . Compreende cinco principais partes: a superfície de fixação e posicionamento mandibular; o fuso roscado horizontal (9), o qual é acoplado ao volante de ajuste do fuso roscado horizontal (6) com diâmetro variando na faixa de 48 mm a 72 mm; uma peça em formato de "V" (10) para apoio do mento, com dimensão variando na faixa de (36 mm x 32 mm x 12 mm) a (54 mm x 48 mm x 18 mm) ; dois pinos retráteis (11) para apoio condilar, com diâmetro variando na faixa de 24 mm a 36 mm.
Adicionalmente, o dispositivo compreende, ainda, o módulo de medição (4) com dimensões variando na faixa de (248 mm x 64 mm x 12 mm) a (372 mm x 96 mm x 18 mm) . Este módulo compreende dois carros de medição (13), com dimensão variando na faixa de (80 mm x 64 mm x 32 mm) a (120 mm x 96 mm x 48 mm) ; duas pontas apalpadoras (5) , com dimensão variando na faixa de (168 mm x 8 mm) a (252 mm x 12 mm); um fuso roscado vertical (14) acoplado ao volante de ajuste do fuso roscado vertical (7), cujo diâmetro varia na faixa de 48 mm a 72 mm e um display (8) digital, que pode ser, não estando restrito a, um indicador de cristal liquido com 5 digitos mais o sinal (-) e a indicação milimetro/polegada, possuindo plástico com tela de cristal liquido que varia na faixa de (56 mm x 24 mm x 8 mm) a (84 mm x 36 mm x 12 mm). A peça em formato de "V" (10) para apoio do mento e os dois pinos retráteis (11) para apoio condilar têm a função de fixar a mandibula na posição desejada, de modo que a estrutura não se movimente durante a medição. O formato em "V" (10) é que possibilita o correto posicionamento do mento. Já os pinos retráteis (11) para apoio condilar estão dispostos paralelamente entre si, servindo de apoio para os côndilos mandibulares e evitando movimentações indesejáveis.
Assim sendo, o conjunto fuso, a peça em formato de "V" (10) para apoio do mento e os 2 pinos retráteis (11) de apoio condilar possibilitam o posicionamento da mandibula, de maneira que a altura do ramo mandibular se encontre perpendicular ao solo.
No módulo de medição (4) é realizada a medida da largura minima do ramo mandibular. Os dois carros de medição (13) proporcionam o movimento longitudinal do conjunto de pontas apalpadoras (5), que por sua vez, possuem movimento transversal. Já o fuso roscado vertical (14) proporciona o movimento perpendicular ao plano horizontal do módulo de medição (4).
Adicionalmente, é descrito um método de medição baseado na transformação das estruturas anatômicas conhecidas em medidas parametrizadas. O referido método é realizado por meio do dispositivo da presente invenção, utilizando medidas baseadas nos pontos craniométricos determinados pela sociedade cientifica. O método da presente invenção compreende as seguintes etapas: (a) Ajuste das quatro sapatas niveladoras (12) da base (2) para nivelamento da mesma em relação ao solo; (b) Fixação da mandibula no módulo de fixação (3); (c) Posicionamento das pontas apalpadoras (5); (d) Movimentação dos volantes do fuso vertical (7) e do fuso horizontal (6) para a medição da largura minima do ramo mandibular e (e) Realização das medições com o auxilio de um paquimetro móvel.
Na etapa (a), a base (2) é nivelada em relação ao solo. Com o auxilio de um nivel adquirido comercialmente, os quatro parafusos niveladores, que se encontram roscados na base (2) do dispositivo e apoiados nas sapatas, são ajustados até que o plano estabelecido pela base (2) esteja paralelo ao solo. Em sequência, as quatro contraporcas são apertadas para garantir o nivelamento.
Na etapa (b) de fixação da mandibula na posição adequada para a medição, algumas subetapas são requeridas: - posicionar os côndilos nos pinos retráteis (11) de apoio condilar; - girar o volante do eixo horizontal até a peça em formato de "V" (10), para que o apoio do mento se posicione no mento de modo a comprimir o condilar contra os pinos retráteis (11). A etapa (c) compreende as seguintes subetapas para o posicionamento das pontas apalpadoras (5): - abrir os dois carros de medição (13), provocando a consequente abertura das pontas apalpadoras (5); - posicionar um dos apalpadores de forma a apalpar o bordo anterior do ramo da mandibula e o outro bordo posterior do ramo mandibular.
Na etapa (d) de movimentação dos volantes do fuso vertical (7) e do fuso horizontal (6) para a medição da largura minima do ramo mandibular, deve-se começar a girar os volantes do fuso vertical (7) e do fuso horizontal (6), com as pontas apalpadoras (5) já posicionadas. Com o movimento do fuso roscado vertical (14), as pontas apalpadoras (5) se deslocam horizontalmente pelo ramo mandibular e com o movimento do fuso roscado horizontal (9), é corrigida a perpendicularidade do ramo mandibular com relação ao solo.
Este procedimento é efetuado observando a leitura no display (8) do módulo de medição (4) até que se encontre o menor valor. O examinador tem certeza que aferiu corretamente quando perceber que no display (8) do módulo de medição (4), ao girar os volantes dos fusos quer seja no sentido horário quer seja no sentido anti-horário, os valores aumentam.
Na etapa (e) de realização das medições com o auxilio de um paquimetro móvel adquirido comercialmente, é possível realizar medidas da ordem de: Comprimento total da mandibula, que é a distância do ponto mais anterior da proeminência mentoniana, Pogonion, até a perpendicular tangente à parte posterior do côndilo esquerdo; profundidade do corpo da mandibula, que é a distância, entre o ponto mais anterior da proeminência mentoniana, Pogonion, até o ponto médio da linha bi gonlon; largura bi condiliana da mandíbula, que é a distância bi kondylion laterale; largura bigoniaca ou largura angular da mandíbula, que é a distância bi gonion, largura mandibular anterior, que é a distância bi mentale; largura coronóide, que é a distância entre os pontos mais altos das apófises coronóide; largura mínima do ramo da mandíbula, que é a menor distância entre o bordo posterior e o bordo anterior do ramo da mandíbula, medida perpendicularmente à altura; largura da incisura da mandíbula, que é a distância entre a parte mais alta do côndilo e o ápice da apófise coronóide; altura do corpo da mandíbula, que é a distância entre o rebordo alveolar e o bordo inferior do corpo da mandíbula, passando por Mentale; altura do ramo da mandíbula, que é a distância de Gonion (virtual) à parte superior do côndilo, medida sobre a tangente à parte posterior do osso; profundidade da incisura da mandíbula, que é a distância entre a parte mais profunda da incisura e a linha que une as usas partes mais altas; espessura do corpo da mandíbula, que é a medida na altura de Mentale; ângulo Goníaco, que é o ângulo formado pela intersecção da tangente à parte posterior do ramo com o Plano Mandibular.
Vale ressaltar que as etapas (d) e (e) acima descritas são sugeridas nessa ordem, sem, no entanto, ser uma ordem obrigatória, ou seja, é indiferente a cronologia da medição, porém, é de extrema importância as etapas de nivelamento e posicionamento da mandíbula para que não haja distorções nas medidas.
Pelo acima exposto, é facultativa a ordem das medições, de modo que é possível começar medindo a largura mínima do ramo mandibular e posteriormente seguir com o restante das medições, ou fazer o contrário, se necessário ou preferível for.
Após a obtenção das medidas, o examinador realiza uma análise dos valores adquiridos na medição para determinar as características como idade, sexo e etnia do crânio e posteriormente realiza a identificação da mandíbula. O dispositivo e o método podem ser utilizados tanto para mandíbulas de humanos adultos quanto para mandíbulas de crianças.
Inicialmente, a presente invenção é aplicada para mandíbulas de humanos, porém é passível de ser adaptada à antropologia animal, uma vez que a maioria dos animais possui côndilos mandibulares para o posicionamento no dispositivo. A grande diferença é a localização deste côndilo. Em suma, é possível a estabilização de mandíbulas de humanos e animais que possuam os côndilos mandibulares e um apoio na parte anterior para realizar o correto posicionamento da mandíbula. Isso porque a mandíbula é constituída anatomicamente pelo corpo da mandíbula, anteriormente, e ramo da mandíbula, posteriormente. Estes se unem posteriormente, no ângulo da mandíbula. Todas estas partes da mandíbula são visíveis na vista anterior e o corpo da mandíbula é dividido em duas partes: a parte inferior, que é a base da mandíbula e a parte superior, que é a parte alveolar da mandíbula. A parte alveolar da mandíbula contém os dentes e a base da mandíbula tem uma protuberância (a protuberância mentual) em sua superfície anterior, onde dois lados da mandíbula se unem. Dessa forma, a estabilização é, a princípio, passível de ser realizada nos mamíferos e nos répteis pela protuberância raentual, denominada de região de incisivos. Pela possibilidade de estabilização torna-se possível a realização correta do protocolo de medição da mandíbula.
Embora a invenção tenha sido amplamente descrita, é óbvio para aqueles versados na técnica que várias alterações e modificações podem ser feitas sem que as referidas alterações não estejam cobertas pelo escopo da invenção.

Claims (13)

1. Dispositivo estabilizador de mandíbula (1) caracter i zado pelo fato de compreender uma base (2) com quatro sapatas niveladoras (12) niveladas em relação ao solo com o auxilio de um nível, cada uma possuindo um parafuso e uma contraporca; um módulo de fixação e posicionamento (3) possuindo uma superfície de fixação e posicionamento mandibular; um fuso roscado horizontal (9) acoplado ao volante de ajuste do fuso roscado horizontal (6) ; uma peça em formato de "V" (10) de apoio do mento e dois pinos retráteis (11) de apoio condilar; e um módulo de medição (4) possuindo dois carros de medição (13) ; duas pontas apalpadoras (5) ; um fuso roscado vertical (14) acoplado ao volante de ajuste do fuso roscado vertical (7) e um display (8) digital do módulo de medição (4) .
2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de estabilizar mandíbulas de humanos e animais que possuam o côndilo mandibular e um apoio na parte anterior.
3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da base (2) sustentar o módulo de fixação e posicionamento (3) e o módulo de medição (4) aparafusados a mesma base (2) pelos pilares de fixação do módulo de fixação (3.1) e pelos pilares de fixação do módulo de medição (4.1).
4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato das dimensões variarem: na base (2) na faixa de ( 412 mm x 328 mm x 12 mm) a (618 mm x 492 mm x 19 mm); no diâmetro das sapatas niveladoras (12) de 40 mm a 60 mm; no módulo de fixação e posicionamento (3) de (150mm x 130 mm x 8 mm) a (230 mm x 210 mm x 12 mm) ; no volante de ajuste do fuso roscado horizontal (6) de diâmetro na faixa de 4 8 mm a 72 mm; a peça em formato de "V" (10) de (36 mm x 32 mm x 12 mm) a (54 mm x 48 mm x 18 mm) ; os dois pinos retráteis (11) para apoio condilar de diâmetro de 24 mm a 36 mm; do módulo de medição (4) de (248 mm x 64 mm x 12 mm) a ( 372 mm x 96 mm x 18 mm) ; dos dois carros de medição (13) de (80 mm x 64 mm x 32 mm) a (120 mm x 96 mm x 48 mm) ; as duas pontas apalpadoras (5) de (168 mm x 8 mm) a (252 mm x 12 mm); na altura do fuso roscado vertical (14), o diâmetro na faixa de 48 mm a 72 mm.
5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato dos pinos retráteis (11) para apoio condilar serem dispostos paralelamente entre si.
6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato das pontas apalpadoras (5) se movimentarem transversalmente através do movimento longitudinal dos dois carros de medição (13) e perpendicularmente ao plano horizontal do módulo de medição (4) pelo movimento do fuso roscado vertical (14).
7. Dispositivo, de acordo com qualquer das reivindicações anteriores de 1 a 5, caracterizado pelo fato dos componentes do dispositivo serem confeccionados em aço inox, em acrílico ou em madeira.
8. Método de medição das estruturas anatômicas da mandíbula, caracterizado pelo fato de compreender as seguintes etapas: (a) Ajuste das quatro sapatas niveladoras (12) da base (2) para nivelamento da mesma em relação ao solo; (b) Fixação da mandibula no módulo de fixação (3); (c) Posicionamento das pontas apalpadoras (5); (d) Movimentação dos volantes do fuso roscado vertical (7) e do fuso horizontal (6) para a medição da largura minima do ramo mandibular; (e) Realização das medições com o auxilio de um paquimetro móvel.
9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que as etapas (d) e (e) podem ocorrer sem ordem cronológica predefinida.
10. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracteri zado pelo fato de que a etapa (a) os quatro parafusos niveladores roscados na base (2) do dispositivo e apoiados nas sapatas são ajustados até que o plano estabelecido pela base (2) esteja paralelo ao solo, e as quatro contraporcas são apertadas garantindo o nivelamento.
11. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a etapa (b) compreende as seguintes subetapas: - posicionar os côndilos nos pinos retráteis (11) de apoio condilar; - girar o volante do eixo horizontal até a peça em formato de "V" (10).
12. Método, de acordo com a reivindicação 8, car ac ter i z ado pelo fato de que a etapa (c) compreende as seguintes subetapas: abrir os dois carros de medição (13), abrindo as pontas apalpadoras (5); - posicionar um dos apalpadores de forma a apalpar o bordo anterior do ramo da mandibula e o outro bordo posterior do ramo mandibular.
13. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que na etapa (d) os volantes do fuso vertical (7) e do fuso horizontal (6) são girados; as pontas apalpadoras (5) se deslocam horizontalmente pelo ramo mandibular; com o movimento do fuso roscado horizontal (9) é corrigida a perpendicularidade do ramo mandibular com relação ao solo até que se observe no display (8) do módulo de medição (4) o menor valor.
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