BR102013003026A2 - Módulo para dosagem de cana semente para o plantio de cana-de-açúcar em processo de plantio de precisão - Google Patents

Módulo para dosagem de cana semente para o plantio de cana-de-açúcar em processo de plantio de precisão Download PDF

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Oscar Antonio Braunbeck
Adriano Chaves Bastos
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MÓDULO PARA DOSAGEM DE CANA SEMENTE PARA O PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM PROCESSO DE PLANTIO DE PRECISÃO. A presente invenção se refere a um módulo para dosagem de rebolo de cana semente para o plantio de cana-de-açúcar, que compreende, em sequência de operação, um desagregador (1), um ordenador (2) e um dosador (3); o desagregador compreendendo uma caçamba basculante (5) suportada em uma determinada altura por uma estrutura de sustentação (4), a dita caçamba (5) sendo basculável por um atuador de caçamba (9) e portando, em uma das extremidades, pelo menos uma porta de descarga (6) acionável por um atuador de porta (10); o ordenador (2) compreendendo transportadores de primeiro estágio (13), segundo estágio (14) e terceiro estágio (15) dispostos sequencialmente e sustentados por uma estrutura de fixação (12), sob a qual está disposta uma estrutura de molas inclinadas (11); um atuador de vibração longitudinal (18) e um atuador de vibração transversal (19) atuantes na estrutura de fixação (12); e sendo que os transportadores (13, 14, 15) possuem canais de condução de rebolos (C), cada um dos ditos canais apresentando em sua base uma correia transportadora plana (T) acionado por um atuador rotativo (A); o dosador (3) compreendendo um seletor de linhas (20) com placas retentoras de fluxo (P), cada uma das ditas placas (P) sendo controlada por um atuador de abertura (22), e um condutor de rebolos (21) com um rotor com divisões (D), o dito condutor (21) sendo acionável por um atuador (23). A invenção se refere ainda a um processo de plantio de precisão.

Description

“MÓDULO PARA DOSAGEM DE CANA SEMENTE PARA O PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM PROCESSO DE PLANTIO DE PRECISÃO”
A presente invenção se refere a um módulo para dosagem de rebolos de cana semente, utilizado no plantio de precisão da cana-de-açúcar, que pode ser acoplado a um implemento agrícola rebocado por trator ou caminhão, ou a um trator, a um caminhão, ou ainda a uma plantadora de precisão completa, autopropelida.
TÉCNICA ANTERIOR:
Existem três sistemas de plantio de cana-de-açúcar em
utilização:
O primeiro sistema consiste no plantio manual, onde as etapas de sulcação, deposição dos rebolos e a cobertura do sulco são realizadas manualmente por operários.
No segundo sistema, o semi-mecanizado, a sulcação é 15 efetuada mecanicamente e a deposição dos rebolos, ao longo dos sulcos de plantio, é executada manualmente por operários, a partir de mudas depositadas no campo, em montes, com o auxilio de caminhões e guindastes. A distribuição manual pode também ser efetuada diretamente pelos trabalhadores que circulam sobre caminhões ou carretas, ou por meio de implementos de plantio, que necessitam de operadores para 20 alimentar os colmos inteiros a um mecanismo picador, sendo que a cobertura posterior dos rebolos ocorre mecanicamente.
No terceiro sistema, o sistema de plantio mecanizado, um mesmo equipamento autopropelido ou tracionado por trator executa as operações de sulcação, deposição dos rebolos, adubação de plantio, aplicação de agroquímicos de solo, cobertura dos rebolos e adensamento do solo.
Atualmente, o setor sucroalcooleiro tem passado por mudanças importantes com aumentos significativos dos custos e redução da qualidade do processo de plantio. Fatores como aumento significativo das áreas cultivadas, falta de cana semente de boa qualidade, introdução acelerada do plantio mecanizado, 30 resultante do crescimento acelerado da colheita mecânica de cana crua, com redução da oferta de mão de obra, provocada pela quebra do ciclo anual de mão de obra envolvida na seqüência plantio-colheita manual, aumento do custo dos insumos e entrada em operação de novos grupos e suas equipes técnicas com menor conhecimento do manejo agrícola do canavial, são fatores que têm contribuído para 35 uma queda acentuada na qualidade do plantio. Em vista dessas mudanças, os produtores têm que reduzir custos e aumentar a produtividade, o que requer a introdução de novos conceitos como a dosagem de precisão dos rebolos na etapa de distribuição no sulco de plantio. A dosagem de precisão reduz a quantidade de mudas requerida, além de propiciar uma distribuição de plantas mais uniforme, reduzindo a competição por água, nutrientes e radiação solar, de forma a propiciar aumento da produtividade do canavial.
Os diversos modelos comerciais de plantadoras ou equipamentos de plantio mecanizado da cana-de-açúcar da técnica anterior utilizam o mesmo princípio mecânico para a dosagem dos rebolos. Nesses equipamentos, os rebolos para plantio ficam armazenados a granel, em uma caçamba com piso móvel, 10 formando uma massa agregada e emaranhada de rebolos. Na parte inferior e frontal ou traseira desta caçamba são instalados um ou mais transportadores de correntes inclinados, contendo taliscas que deslizam sobre a massa agregada e emaranhada de rebolos, visando desagregá-la, de forma que os rebolos se acomodem sobre as taliscas e sejam elevados até a parte superior da caçamba, com a finalidade de dosar 15 a quantidade requerida para o plantio. Este equipamento pode ser denominado de dosador inclinado de corrente com taliscas. Posteriormente a esta elevação, os rebolos são liberados em queda livre dentro de uma calha, que os direciona até o fundo do sulco de plantio, sulco este com formato em “V”, previamente aberto pelos sulcadores da própria plantadora. Após a deposição dos rebolos no fundo do sulco, é 20 efetuada a cobertura dos rebolos com solo, utilizando discos inclinados que retornam parte do solo das laterais para o centro do sulco. Os equipamentos de plantio usados na técnica anterior utilizam rebolos que demandam o uso de máquinas adicionais para o manuseio dos mesmos.
Outra técnica anterior utilizada na índia e em outros países do 25 oriente, por exemplo, é encontrada em algumas plantadoras semimecanizadas onde a desagregação e o ordenamento dos caules inteiros é efetuada manualmente por operadores localizados sobre o implemento de plantio. O fracionamento dos caules, dosagem, deposição, abertura dos sulcos e a cobertura dos rebolos com solo são executados mecanicamente. As operações de fracionamento dos caules e dosagem 30 são executadas por cilindro rotativo, contendo diversas facas que fracionam os caules inteiros de cana-de-açúcar em rebolos, variando a rotação deste cilindro conforme a dosagem requerida.
INCONVENIENTES DAS PLANTADORAS DA TÉCNICA
ANTERIOR:
Os equipamentos de plantio mecanizado da técnica anterior
utilizam, aproximadamente, 20 toneladas de rebolos por hectare no processo de plantio, quando comparados com o sistema de plantio manual que utiliza em tomo de 10 t/ha. Estes rebolos são colhidos mecanicamente e transportados a granel, onde sofrem operações de transporte e transferência por tombamento até chegar ao equipamento de plantio. Nessas operações, os rebolos sofrem danos mecânicos 5 provocados por forças de atrito e impacto que ocasionam perdas de gemas, com conseqüente redução nos índices de germinação das mesmas.
Um outro inconveniente que ocasiona danos às gemas é na transição da caçamba de armazenamento para o dosador inclinado de correntes com taliscas. Os rebolos armazenados a granel na caçamba da plantadora se encontram 10 emaranhados e agregados pela ação das forças de atrito geradas pelo próprio peso da massa. Quando essa massa agregada atinge as taliscas com movimento ascendente do dosador inclinado, os rebolos são forçados a se desagregarem um dos outros, sob a ação das forças de atrito, gerando interferência mecânica que provoca danos às gemas.
Outro inconveniente consiste em que os rebolos desagregados
são submetidos a uma dosagem mássica ao se alojarem sobre as taliscas do dosador inclinado, que na seqüência os eleva até o extremo superior do dosador. Após esta elevação, os rebolos são liberados em queda livre dentro de uma calha que os conduz até o fundo do sulco de plantio. Este lançamento em queda livre impõe novamente os rebolos a impactos mecânicos, e consequentemente, a danos às gemas.
Todos estes impactos nos rebolos, e, consequentemente, os danos mecânicos causados às gemas pelos equipamentos da técnica anterior durante o plantio, geram falhas de germinação na área de plantio, causando redução direta na produtividade do canavial, o que demandaria um trabalho de replantio nos pontos de 25 falha, trabalho este que normalmente não é praticado. Atualmente, para compensar estas falhas é aumentada a quantidade de rebolos distribuídos no sulco de plantio, a qual pode alcançar o dobro da quantidade utilizada no plantio tradicional efetuado de forma manual ou semimecanizada. Este aumento na quantidade de rebolos aumenta consideravelmente os custos de colheita, transporte e plantio da cana semente. A 30 função do dosador inclinado de correntes com talisca, conforme citado anteriormente, é a desagregação e dosagem dos rebolos. A variabilidade desta dosagem mássica é elevada, pois são observados, ao longo do sulco, trechos com ausência de rebolos, seguidos de aglomerações localizadas de rebolos. Esta condição dificulta o contato das gemas com o solo, retardando sua germinação e desenvolvimento e com isso 35 facilitando o ataque de pragas. Os trechos com elevada concentração de gemas geram maior competição por água e nutrientes entre as gemas em emergência, o que contribui para uma maior mortalidade de perfilhos com efeito negativo sobre a produtividade do canavial.
Um outro inconveniente da técnica anterior consiste em que os espaçamentos entre linhas e plantas são definidos pelas máquinas e equipamentos 5 agrícolas existentes no mercado e não pela meta principal que é a produtividade da cultura. Assim, a técnica anterior não oferece flexibilidade no ajuste dos parâmetros de plantio, tais como distância entre sulcos ou entre plantas dentro do sulco, de forma a adequar o plantio às características fisiológicas da cultivar de cana-de-açúcar ou aos conceitos da agricultura de precisão que visam atingir o potencial produtivo da cultura. 10 OBJETIVOS E VANTAGENS DA INVENÇÃO:
A fim de tornar mais clara a descrição da invenção, serão chamados de rebolos os fragmentos de cana semente cortados de caules de cana-deaçúcar para utilização no plantio ou replantio da cultura, contendo uma ou várias gemas, independentemente das dimensões deste rebolo.
A presente invenção tem o objetivo principal de reduzir a
quantidade de rebolos necessários para o plantio mecanizado e melhorar a qualidade das mesmas ao minimizar os danos impostos às gemas durante o processo de plantio.
Outro objetivo da invenção consiste em viabilizar o conceito de “plantio de precisão em taxa variada” na cultura da cana-de-açúcar, conforme já difundido na cultura de grãos, o que contribui para o aumento substancial da produtividade agrícola.
Estes objetivos são alcançados por meio de um módulo para dosagem de rebolos de cana semente que compreende, em seqüência de operação, um desagregador, um ordenador e um dosador;
o desagregador compreendendo uma caçamba basculante
suportada em uma determinada altura por uma estrutura de sustentação, a dita caçamba sendo basculável por um atuador de caçamba e portando, em uma das extremidades, pelo menos uma porta de descarga acionável por um atuador de porta;
o ordenador compreendendo transportadores de primeiro 30 estágio, segundo estágio e terceiro estágio dispostos seqüencialmente e sustentados por uma estrutura de fixação sob a qual está disposta uma estrutura de molas inclinadas; um atuador de vibração longitudinal e um atuador de vibração transversal atuantes na estrutura de fixação; e sendo que os transportadores possuem canais de condução de rebolos, cada um dos ditos canais apresentando uma correia 35 transportadora plana acionada por um atuador rotativo; o dosador compreendendo um seletor de linhas com placas retentoras de fluxo, cada uma das ditas placas sendo controlada por um atuador de abertura, e um condutor de rebolos com um rotor com divisões, o dito condutor sendo acionável por um atuador.
Assim, a vantagem do módulo de acordo com a invenção
consiste em que os danos mecânicos nos rebolos são minimizados antes do plantio e com isso o plantio de precisão requer uma quantidade muito menor de cana semente do que na técnica anterior.
A invenção se refere ainda a um processo de plantio de precisão utilizando um módulo conforme definido acima, em que dito processo compreende as seguintes etapas:
acoplamento do módulo a um veículo de tração, de preferência, a uma plantadora de precisão completa, autopropelida;
deposição dos rebolos paralelamente ao sulco de plantio, com dosagem em espaçamento uniforme e preciso ao longo do sulco, conforme a densidade de plantio definida para aquela área de cultivo e aos aspectos fisiológicos e produtivos da cultura.
A invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita, a título de exemplo, com base nas Figuras anexas:
FIGURA 1 - vista em perspectiva do módulo de acordo com a
invenção;
FIGURA 2 - vista em perspectiva do desagregador;
FIGURA 3 - vista lateral do desagregador com a caçamba basculada em três posições diferentes (A, B e C);
FIGURA 4 - vista em perspectiva do ordenador;
FIGURA 5 - vista lateral do ordenador;
FIGURA 6 - vista superior do ordenador;
FIGURA 7 - vista em perspectiva do dosador; e FIGURA 8 - vista lateral do dosador.
O módulo de acordo com a invenção, utilizado no plantio de
precisão da cana-de-açúcar, executa basicamente três operações, onde cada uma utiliza um equipamento, sendo estes denominados de desagregador 1, ordenador 2 e dosador 3, conforme mostrado na figura 1. Estes equipamentos podem ser dispostos com diferentes configurações de montagem, posições ou dimensões, desde que 35 operem nesta seqüência. O módulo poderá ser acoplado, por exemplo, a um trator ou caminhão, ou a um implemento agrícola rebocado por um trator, ou a uma plantadora de precisão completa, autopropelida. No módulo de acordo com a invenção poderão ser acoplados equipamentos adicionais necessários ao plantio mecanizado da canade-açúcar.
Desagregador (Figuras 2 e 3):
O desagregador 1 tem a função de proporcionar a extração de
rebolos de uma caçamba de armazenamento, com mínima força de interação entre os mesmos, e, consequentemente, entre as gemas. Trata-se, portanto, de desagregar a massa de rebolos que se encontra armazenada, a granel, na caçamba, fortemente agregada e emaranhada, permitindo um fluxo contínuo de rebolos que alimenta os processos posteriores de ordenamento e dosagem.
Para atender a esta função o desagregador compreende uma estrutura de sustentação 4, uma caçamba basculante 5, portas de descarga 6, amortecedores de queda ajustáveis 7, uma moega de descarga 8, um atuador da caçamba 9 e um atuador da porta 10, conforme mostrado na figura 2.
A massa de rebolos é armazenada na caçamba basculante 5, a
qual está apoiada na estrutura de sustentação 4, conforme mostrado na figura 2. No início do processo de desagregação, ou seja, no carregamento da caçamba basculante 5 com rebolos, esta se encontra na posição horizontal e as portas de descarga 6 fechadas, conforme mostrado na posição A da figura 3. Para desagregar e 20 descarregar a massa de rebolos, o desagregador 1 utiliza o ângulo de talude do material como princípio de descarga, escoando sempre o material que se encontra na superfície superior da massa de rebolos que flui pela parte frontal da caçamba basculante 5. Conforme mostrado na figura 3, o atuador da caçamba 9 eleva uma extremidade da caçamba basculante 5, inclinando-a continuamente, conforme 25 verificado pela posição B, até o ângulo de 45°, conforme mostrado na posição C da figura 3. De maneira sincronizados ou não com a inclinação da caçamba basculante 5, as portas de descarga 6 abrem-se e desobstruem a parte frontal da caçamba basculante 5, possibilitando o escoamento dos rebolos. Nesta condição, o ângulo de talude da massa de rebolos permanece no valor máximo de escoamento durante a 30 descarga, obtendo-se, assim, uma vazão mássica uniforme com mínima mecânica entre os rebolos. Para auxiliar no escoamento dos rebolos, podem ser fixados à caçamba basculante 5 motores de vibração.
Durante a abertura progressiva das portas da caçamba basculante 5, os rebolos escoam em movimento de queda livre. Para reduzir os prováveis impactos mecânicos recebidos pelas canassementes durante o escoamento em queda livre, o desagregador 1 possui amortecedores de queda ajustáveis 7 e amortecedores de queda fixos 7a instalados nas portas de descarga 6, conforme mostrado na figura 2, amortecedores estes que compreendem um conjunto de placas. Os amortecedores de queda ajustáveis 7 acompanham o movimento de inclinação da caçamba basculante 5, reduzindo a velocidade de queda os rebolos e, 5 consequentemente, minimizando os impactos provocados pelo escoamento, conforme mostrado nas posições A, B e C da figura 3. Após o escoamento, os rebolos caem por gravidade na moega de descarga 8, que direciona os rebolos para o ordenador 2, conforme mostrado na figura 2.
Ordenador (Figuras 4. 5 e 6):
O ordenador 2 tem a função principal de receber os rebolos em
posições aleatórias, desordenadas, provenientes do desagregador, e ordená-las paralelamente entre si e aos canais do ordenador. Além deste ordenamento, o ordenador 2 também tem a função de armazenar rebolos enfileiradas em linhas individuais, para, posteriormente, efetuar a dosagem destas no processo de plantio 15 mecanizado, conforme a dosagem estabelecida para aquela área e a velocidade de deslocamento do equipamento de plantio. Para atender a estas funções, o ordenador 2 compreende uma estrutura de molas inclinadas 11, uma estrutura de fixação de transportadores 12, transportadores de primeiro estágio 13, segundo estágio 14 e terceiro estágio 15; defletores de rebolos 16, extrator de rebolos sobressalentes 17, 20 atuador de vibração longitudinal 18 e atuador de vibração transversal 19, conforme mostrado na Figura 4.
Os transportadores de estágios 13, 14 e 15 são sustentados pela estrutura de fixação de transportadores 12, a qual é suportada pela estrutura de molas inclinadas 11. Esta última possui molas planas inclinadas que, com o 25 acionamento do atuador de vibração longitudinal 18 e do atuador de vibração transversal 19, transmitem aos transportadores de estágios movimentos oscilatórios longitudinais e transversais, respectivamente, ao sentido de deslocamento de correias planas dispostas nos canais C dos transportadores de estágios 13, 14 e 15.
Os rebolos provenientes do desagregador 1 são desagregados 30 na moega de descarga 10, e, em seguida, são conduzidas para os transportadores de estágios 13, 14 e 15 do ordenador 2, conforme mostrado na Figura 4. Estes transportadores são dispostos seqüencialmente, em alturas decrescentes, formando uma cascata, conforme mostrado na Figura 5, e cada transportador possui, de preferência, o dobro de canais de condução C de rebolos em relação ao transportador 35 anterior, compondo uma seqüência de três transportadores, conforme mostrado nas Figuras 5 e 6. Assim, o estágio 13 possui dois canais C, o estágio 14, quatro canais, e o estágio 15, oito canais. Cada canal de condução C possui correias transportadoras planas T acionadas por atuadores rotativos A que efetuam o transporte linear dos rebolos. No transportador de terceiro estágio 15, a largura dos canais é dimensionada para o diâmetro máximo dos rebolos. Assim, nos canais dos transportadores de 5 primeiro 13 e segundo 14 estágios, a largura deverá ser, de preferência, o triplo e o dobro da dimensão do diâmetro médio dos rebolos, respectivamente, conforme mostrado na Figura 6.
Os rebolos, ao entrarem em contato com as correias planas dos transportadores dos estágios 13, 14 e 15, adquirem velocidade e aceleração 10 solidárias ao sentido de movimentação destas correias, sendo acomodados dentro dos canais C no decorrer desta movimentação. Ao final de cada transportador de estágio, os rebolos deparam-se com uma diferença de altura e são lançadas para o transportador do próximo estágio. Quando do lançamento, os rebolos seguem um movimento balístico livre, com uma trajetória direcionada, até entrarem em contato 15 com a correia plana do transportador do próximo estágio, o qual possui canais C com metade da largura dos canais C do estágio anterior, conforme mostrado na Figura 6. Em cada estágio os rebolos são forçadas a ficar paralelos ao transportador, uma vez que a redução da largura do canal provoca o movimento de giro e a acomodação dos rebolos dentro dos ditos canais.
Quando da passagem pelos transportadores de estágios 13, 14
e 15, caso haja rebolos não ordenadas paralelamente aos canais do transportador, ou obstruindo um canal C devido à variação do diâmetro do rebolo, os atuadores de vibração longitudinal 18 e transversal 19 proporcionam vibrações que alinham os rebolos e desobstruem o canal.
A vibração longitudinal confere aos rebolos movimento de
translação, velocidade e aceleração ascendente ao longo da superfície do transportador. O movimento vibratório auxilia no ordenamento dos rebolos e na desobstrução dos canais. Outro componente de auxílio no ordenamento dos rebolos são os defletores de rebolos 16, mostrados na figura 4 Estes defletores 16 funcionam como barreiras mecânicas
pontuais durante o movimento balístico livre dos rebolos no movimento longitudinal. Os rebolos ao encontrarem esta barreira pontual são forçadas a efetuar um movimento rotativo em torno deste ponto, ordenando-se paralelamente ao transportador e, consequentemente, acomodando-se dentro dos canais C.
A vibração transversal tem a função de direcionar os rebolos
que estão parcialmente paralelos ao canal C, ou desobstruir os canais C dos transportadores que se encontram com uma quantidade de rebolos acima da sua capacidade. Os atuadores de vibração transversal 19 transmitem aos transportadores de estágios 13, 14 e 15 movimentos oscilatórios horizontais, com amplitude e frequência conhecidas, e estes transmitem a vibração aos rebolos, conforme mostrado na Figura 5.
O transportador de terceiro estágio 15 possui também a função de acumulador de rebolos ordenados para a dosagem. Este acúmulo deve ser efetuado com apenas uma camada de rebolos em contato com a correia plana T do transportador. O extrator dos rebolos sobressalentes 17, disposto próximo à extremidade do transportador 15, tem a função de auxiliar no ordenamento dos rebolos e retirar o excesso destes que se encontram na fase superior dos oito canais C. Este extrator possui rotores com movimento giratório que tangencia a fase superior dos canais em sentido contrário ao deslocamento das rebolos no transportador. Os rebolos que estão sobrepostos no canal C, ou desordenadas, ao entrarem em contato com os rotores, são forçadas a retroceder até completarem o ordenamento ou encontrarem espaço para se alojar em um dos ditos canais C do transportador 15, mantendo-se, assim, após a passagem pelo extrator 17, apenas uma camada de rebolos. O extrator de rebolos sobressalentes 17 pode também ser colocado nos demais estágios ou em qualquer ponto dos transportadores para auxiliar o ordenamento conforme descrito.
Dosador (Figuras 7 e 8):
Os rebolos, após a passagem pelo desagregador 1 e ordenador 2, se encontram enfileirados nos canais C do transportador de terceiro estágio 15, conforme já citado anteriormente. A última etapa consiste na dosagem e 25 condução dos rebolos por meio do dosador 3, para que estes possam ser posteriormente depositadas nos sulcos de plantio. O dosador 3, localizado após o ordenador 2, compreende um seletor de linhas 20 e um condutor de rebolos 21, mostrados nas figuras 7 e 8.
O seletor de linhas 20 compreende placas retentoras de fluxo 30 P, perpendiculares ao transportador de terceiro estágio 15, as quais têm a função de reter os rebolos no transportador 15 para que estas sejam armazenadas. Na figura 7 estão mostradas somente quatro placas P para facilitar a visualização, entretanto cada um dos oitos canais C do transportador 15 apresenta uma placa P. Observa-se ainda na figura 7 que a placa mais à esquerda está aberta, possibilitando a passagem dos 35 rebolos. O armazenamento é necessário, uma vez que o ordenamento dos rebolos é efetuado de forma aleatória, podendo ocorrer maior incidência destes em um canal C do que em outro. Desta forma, são abertos para dosagem apenas os canais C que se encontram com o maior número de rebolos ordenadas. A abertura e fechamento das placas retentoras de fluxo P é controlada pelos atuadores de abertura 22, mostrados nas Figuras 7 e 8. Durante esta retenção do movimento dos rebolos nos canais C, 5 estes permanecem apoiados e em atrito com a correia transportadora T do transportador 15 que se encontra em movimento.
Após a liberação do fluxo dos rebolos de um ou mais canais C, estes são encaminhadas para o condutor de rebolos 21, mostrado nas figuras 7 e 8. A função do condutor 21 é aglomerar a quantidade de rebolos recomendada para a 10 dosagem pontual do plantio de precisão e conduzi-los para o fundo do sulco de plantio. O condutor de rebolos 21 é acionado por um atuador de condutor de rebolos 23.
O condutor de rebolos 21 pode possuir a forma circular, sendo construído como um rotor com divisões D para acomodar os rebolos, conforme mostrado nas figuras 7 e 8, ou pode apresentar outras formas construtivas tais como, por exemplo, transportadores de correias ou correntes com taliscas, mantendo a mesma função.
A dosagem ou densidade de rebolos desejada para implantação na área de plantio é efetuada por meio das velocidades de movimentação dos transportadores de estágios 13, 14 e 15 e do condutor de rebolos 21. Estas regulagens devem ser sincronizadas com a velocidade de deslocamento do equipamento de plantio, onde o módulo de acordo com a invenção será acoplado.
Além das concretizações apresentadas anteriormente, o mesmo conceito inventivo poderá ser aplicado a outras alternativas ou possibilidades de utilização do invento. Por exemplo, o módulo de acordo com a invenção também poderá ser aplicado em outras diversas culturas.
Assim sendo, a presente invenção deverá ser interpretada de maneira ampla, sendo sua abrangência determinada pelos termos das reivindicações anexas.

Claims (9)

1. Módulo para dosagem de rebolos para o plantio de cana-deaçúcar caracterizado pelo fato de que compreende, em seqüência de operação, um desagregador (1), um ordenador (2) e um dosador (3); o desagregador compreendendo uma caçamba basculante (5) suportada em uma determinada altura por uma estrutura de sustentação (4), a dita caçamba (5) sendo basculável por um atuador de caçamba (9) e portando, em uma das extremidades, pelo menos uma porta de descarga (6), sincronizável com o basculamento da caçamba (5), acionável por um atuador de porta (10), em que abaixo da dita porta de descarga há uma moega de descarga (8); o ordenador (2) compreendendo transportadores de primeiro estágio (13), segundo estágio (14) e terceiro estágio (15) dispostos seqüencialmente e sustentados por uma estrutura de fixação (12) sob a qual está disposta uma estrutura de molas inclinadas (11); um atuador de vibração longitudinal (18), disposto na base da estrutura de molas inclinadas (11), e um atuador de vibração transversal (19), disposto na dita estrutura de fixação (12), atuantes na estrutura de fixação (12); e sendo que os transportadores (13, 14, 15) possuem canais de condução de rebolos (C), cada um dos ditos canais apresentando defletores de rebolos (16) nas suas arestas superiores e, em sua base, uma correia transportadora plana (T) acionada por um atuador rotativo (A); o dosador (3) compreendendo um seletor de linhas (20) com placas retentoras de fluxo (P), cada uma das ditas placas (P) sendo controlada por um atuador de abertura (22), e um condutor de rebolos (21) com um rotor com divisões (D), o dito condutor (21) sendo acionável por um atuador (23).
2. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o desagregador (1) apresenta amortecedores de queda ajustáveis (7) e fixos (7a).
3. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os transportadores de estágios (15, 16 e 17) podem possuir em qualquer ponto um extrator de rebolos sobressalentes (17).
4. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, de preferência, o transportador de primeiro estágio (13) possui dois canais (C), o de segundo estágio (14) quatro canais (C) e o de terceiro estágio (15) oito canais (C).
5. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, os transportadores (13, 14, 15) estão dispostos, seqüencialmente, em alturas decrescentes, formando uma cascata.
6. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o condutor de rebolos (21) possui forma circular, ou de transportadores de correias com taliscas ou de transportadores de corrente.
7. Módulo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, o condutor de rebolos (21) apresenta, de preferência, sincronismo de velocidade com os transportadores de estágios (13, 14 e 15).
8. Módulo de acordo com cada uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o desagregador (1), o ordenador (2) e o dosador (3) apresentam múltiplas configurações de montagem, posições e dimensões e operam em dita seqüência.
9. Processo de plantio de precisão utilizando um módulo conforme definido em cada uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo fato de que compreende as seguintes etapas: acoplamento do módulo a um veículo de tração, de preferência, a uma plantadora de precisão completa, autopropelida; dosagem dos rebolos e deposição paralela ao sulco de plantio, em que dita deposição apresenta espaçamento uniforme e preciso ao longo do sulco, conforme a densidade de plantio definida para aquela área de cultivo e aos aspectos fisiológicos e produtivos da cultura.
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