BR102012006810B1

BR102012006810B1 - Container alveolar de baixo centro de gravidade para logística e transporte de bobinas

Info

Publication number: BR102012006810B1
Application number: BR102012006810-9A
Authority: BR
Inventors: Luiz Armando Carneiro
Original assignee: Luiz Armando Carneiro
Priority date: 2012-03-27
Filing date: 2012-03-27
Publication date: 2022-01-11
Also published as: BR102012006810A2

Abstract

container alveolar de baixo centro de gravidade para logística e transporte de bobinas. o objeto desta patente se consubstancia num "container" alveolar, cuja estrutura física permite que o mesmo tenha altura e centro de gravidade compatíveis com os veículos rodoviários e ferroviários, que podem ou não obedecer às dimensões padrões iso para "containers" de 20 pés de comprimento. conforme mostrado nas ilustrações, o espaço entre as vigas longitudinais permite a passagem das bobinas que serão acomodadas na parte inferior e a posição dos elementos transversais de suporte das bobinas acomodadas na parte superior permite que elas fiquem encaixadas com a porção inferior ocupando espaço entre o cume das bobinas da parte inferior e o infradorso da vida longitudinal superior, permitindo um conjunto de menor altura. estes containers de 20 pés de comprimento são empilháveis em até 06 unidades na vertical, com a capacidade individual de receber 08 bobinas de aço, de diâmetros entre 1.200 e 1.350 milímetros de diâmetro - que são os diâmetros padrões das laminações das siderúrgicas - podendo ser adequados dentro do mesmo princípio, para bobinas de diâmetros diversos. o objeto da presente patente é basicamente constituído de vigas metálicas de dimensões adequadas para a função, conformando o chassis do container, formado pelas vigas verticais (3), vígas de berço (4), vigas de reforço externo (5), vigas superiores de reforço (6), vigas longitudinais inferiores (7), vigas de reforço vertical (8), vigas longitudinais superiores (9) e vigas de interligação transversal (10).

Description

Campos tecnológicos da invenção

[001] Economia, produtividade e segurança do trabalho em logística, transporte, transbordo e estocagem de bobinas.

Estado da Técnica

[002] Fatores econômicos despertaram a consciência dos setores de logística, transporte, transbordo e armazenagem de bobinas de aço para inúmeros problemas existentes.

[003] Devido ao atraso logístico dos pátios de produtos acabados e de embarques das siderúrgicas os demorados processos de carregamento de bobinas sobre vagões ou caminhões, incluindo fixação, amarração e proteção das mesmas revelaram-se extremamente demorados, caros e geradores de alto risco de acidentes de trabalho.

[004] Os custos dispensáveis devidos às más práticas logísticas elevaram os preços desses produtos.

[005] Estes custos dispensáveis são, principalmente, a demora dos carregamentos em vagões e caminhões - o que implica em grandes custos de material rodante parado esperando hora de carregar - os danos causados às bobinas por acidentes na movimentação das mesmas, os custos de equipamentos envolvidos na sua movimentação e a necessidade de se protegê-las com elementos de fixação e proteção de aplicação demorada e cara, cuja retirada no destino se constitui em grave problema de descarte.

Problemas típicos do estado da técnica

[006] Movimentação de cargas e repetição de manuseio. Por se tratar de bobinas de baixo peso, são necessários de 12 a 20 movimentos para se carregar ou descarregar uma carreta com bobinas. Tal fato potencializa os riscos de avaria dos produtos, tendo em vista a necessidade de manusear o produto por várias vezes durante a execução da logística.

[007] As repetidas movimentações de bobinas, executada por empilhadeiras dotadas de aríetes, pórticos ou pontes rolantes com diversas ferramentas, é uma das causas de frequentes danos às bobinas.

[008] Processos demorados de carregamento de bobinas sobre bases móveis de apoio, considerados processos de elevado risco quanto à segurança do trabalho.

[009] Fixação da carga junto aos meios de transporte. A estabilização das cargas e a fixação das mesmas sobre os veículos transportadores se constitui em processos de altos custos, uma vez que as bobinas são extremamente instáveis.

[010] Produtos siderúrgicos não planos fornecidos em forma de bobinas são de baixa densidade aparente (grande volume e pequeno peso); a bobina possui miolo oco muito grande para evitar deformações do produto.

[011] Tal fato faz com que a bobina ocupe muito espaço junto aos veículos de transporte, sendo necessária a utilização de veículos de grande porte para realizar o transporte, veículos estes que geralmente são incompatíveis com determinados trechos rodoviários.

[012] As bobinas em suas condições naturais não permitem empilhamento adequado, sob pena de agressão à sua integridade física, fato que leva a ocupação de grandes áreas de armazenagem, tanto nas áreas de estocagem, como nas usinas de produção.

[013] O autor desta Patente, com 30 anos de atuação no mercado de soluções logísticas e de transporte, investiu em pesquisas para eliminar os gargalos dos processos de logística e de transporte de bobinas tendo chegado a soluções econômicas e seguras, como a seguir será apresentado.

Inovações da invenção

[014] O objeto desta patente se consubstancia num "container" alveolar, cuja estrutura física permite que o mesmo tenha altura e centro de gravidade compatíveis com os veículos rodoviários e ferroviários, que podem ou não obedecer às dimensões padrões ISO para "containers" de 20 pés de comprimento.

[015] Conforme será mostrado nas ilustrações, o espaço entre as vigas longitudinais permite a passagem das bobinas que serão acomodadas na parte inferior e a posição dos elementos transversais de suporte das bobinas acomodadas na parte superior permite que elas fiquem encaixadas com a porção inferior ocupando espaço entre o cume das bobinas da parte inferior e o infradorso da viga longitudinal superior, permitindo um conjunto de menor altura.

[016] Estes containers de 20 pés de comprimento são empilháveis em até 06 unidades na vertical, com a capacidade individual de receber 08 bobinas de aço, de diâmetros entre 1200 e 1.350 mm de diâmetro — que são os diâmetros padrões das laminações das siderúrgicas — podendo ser adequados dentro do mesmo princípio, para bobinas de diâmetros diversos, de acordo com a concepção aqui apresentada, o que lhes permite: 1 - A colocação, no mesmo "container", de bobinas de diâmetros variáveis entre as medidas acima; 2 - Que as bobinas não se toquem, mesmo no caso de serem de diâmetros diferentes e, portanto, não sofram danos; 3 - O acesso bilateral para colocar as bobinas no interior do "container", o que significa maior mobilidade e produtividade; 4 - A possibilidade de enchimento prévio dos "containers", independente da presença dos veículos de transporte rodoviário ou ferroviário, permitindo uma operação ininterrupta dos equipamentos e do pessoal de expedição; 5 - Grande economia de tempo de carga e descarga, com a diminuição dos custos de espera para carga e descarga em pátios de origem, destino, estocagem e transbordo; 6 - Enchimento ou esvaziamento dos mesmos por mais de uma empilhadeira, ao mesmo tempo, em cada lado do mesmo, pois, este sendo de acesso bilateral para carga e descarga, dispensa manobras de vagões, o que é caro e demorado; 7 - Grande economia com materiais, mão de obra e tempo de colocação de elementos de proteção, fixação e amarração entre as bobinas, pois não exige isolamento, amarração ou fixação das mesmas; 8 - Eliminação do tempo de operação de retirada dos elementos de proteção, amarração e fixação, incluindo descarte dos mesmos; 9 - Facilidade de carga, descarga, transbordo e empilhamento de bobinas, pois, com o objeto desta patente, em apenas uma operação, são movimentadas, com segurança, 8 bobinas; 10 - Rápido esvaziamento dos pátios de embarque das siderúrgicas; 11 - A compatibilidade do centro de gravidade do conjunto da carga conteinerizada sobre vagões, o que implica em grandes economias em transporte, principalmente o ferroviário, pois, pelo Estado da Técnica, vagões para carregarem cargas compostas por duas bobinas empilhadas, sem se tocarem, necessitam de um lastro extra de cerca de 35% da tara do vagão, que é de 20 toneladas, lastro este que acrescenta ao peso do mesmo, mais 7 toneladas, geralmente conseguido por blocos de concreto fundidos nas bases dos vagões, o que é dispensável quando se utiliza o objeto desta Patente; 12 - Transporte rodoviário com acesso urbano, em função do tamanho do "container", que é de 9 pés de altura por 20 pés de comprimento, isto é, 297 cm de altura por 660 cm de comprimento, ou seja, compatível com as alturas de túneis ferroviários e rodoviários e com o trânsito urbano; 13 - Intermodalidade total de transporte — ferroviário, rodoviário e aquaviário — com empilhamento de 6 unidades, no caso de portarem os equipamentos padrão ISO - 20' - HC; 14 - Mobilidade ou fixação do “container” às plataformas de base dos diversos meios de transporte — tais como vagões ferroviários elou caminhões ou carretas — pois o objeto desta patente pode ser incorporado a estes, definitivamente, por soldagem, provisoriamente, por parafusos, ou ser totalmente livre; 15 - Ter baixo peso próprio (tara) equivalente a aproximadamente 10% do peso transportado.

Ilustrações e funcionamento da invenção

[017] A Figura 1 é uma vista lateral, esquemática da forma preferencial do container (1) carregado com 8 bobinas (2), que mostra a estrutura alveolar do mesmo, na qual se vê, também, sua concepção e realização, constante de vigas metálicas de dimensões adequadas para a função, conformando assim, o chassis do container, formado pelas vigas verticais (3), vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5) — não marcadas todas nesta Figura 1, pois se repetem em padrão —, as vigas superiores de reforço (6), viga longitudinal inferior (7), as vigas de reforço vertical (8) e a viga longitudinal superior (9). A simples observação da Figura 1 permite perceber que as bobinas (2) não ultrapassam nem as vigas longitudinais inferiores (7) nem à altura das vigas verticais (3), isto é, as bobinas de carga são mantidas conteinerizadas; esta Figura 1 permite também concluir que empilhadeiras com aríetes podem colocar e retirar cargas lateralmente, em ambos os lados, operando mais de uma, ao mesmo tempo em cada lado do mesmo, para maior velocidade de carga e descarga dos "containers", ou seja, no caso de carga do mesmo, primeiramente são introduzidas as bobinas inferiores e, após isto as superiores, sendo a descarga feita, primeiramente pelas superiores e após isto, são retiradas as inferiores.

[018] A Figura 2 é uma vista superior em perspectiva, que ilustra a estrutura alveolar do container (1) mostrando o chassis composto das vigas verticais (3), as vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5), as vigas superiores de reforço (6), as vigas longitudinais inferiores (7), as vigas de reforço vertical (8), as vigas longitudinais superiores (9) e unindo as vigas verticais (3), as vigas de interligação transversal (10), sendo que as peças de ocorrência múltipla não são apontadas todas, por motivos de clareza e simplicidade.

[019] A Figura 3 mostra, em vista superior em perspectiva, um container (1), carregado com bobinas (2), o chassi composto das vigas verticais (3) do container, as vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5), as vigas superiores de reforço (6), as vigas longitudinais inferiores (7) as vigas de reforço vertical (8), uma das vigas longitudinais superiores (9) e as vigas de interligação transversal (10) unindo as vigas de reforço vertical (8).

[020] A Figura 4 mostra uma variante construtiva do container (1) que se difere da forma construtiva preferencial, anteriormente descrita, por ser construída em vigas longitudinais de maior resistência aos esforços mecânicos, dispensando as vigas de reforço vertical (8), o que confere a essa variante construtiva mais facilidade para carga e descarga das bobinas.

[021] Na Figura 4, percebe-se a ausência das vigas de reforço vertical (8), sendo mostradas apenas as vigas verticais (3), as vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5), vigas superiores de reforço (6), vigas longitudinais inferiores (7) e vigas longitudinais superiores (9).

Claims

1. CONTAINER ALVEOLAR DE BAIXO CENTRO DE GRAVIDADE PARA LOGÍSTICA E TRANSPORTE DE BOBINAS, caracterizado por ser constituído de vigas metálicas conformando o chassis, formado pelas vigas verticais (3), vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5), vigas superiores de reforço (6), vigas longitudinais inferiores (7), vigas de reforço vertical (8), vigas longitudinais superiores (9) e vigas de interligação transversal (10).

2. CONTAINER ALVEOLAR DE BAIXO CENTRO DE GRAVIDADE PARA LOGÍSTICA E TRANSPORTE DE BOBINAS, caracterizado por opcionalmente ser construído em vigas longitudinais, possuindo vigas verticais (3), as vigas de berço (4), vigas de reforço externo (5), vigas superiores de reforço (6), vigas longitudinais inferiores (7), vigas longitudinais superiores (9) e vigas de interligação transversal (10).