PT93253A - Caixa empilhavel para o transporte de frutas e similares - Google Patents

Description

FRUTAS BALLESTER, S.A. "CAIXA EMPILHÂVEL PARA 0 TRANSPORTE DE FRUTAS E SIMILARES"

OBJECTO DA INVENÇÃO 0 objecto da presente invenção é uma caixa empilhável para o transporte de frutas e similares, obtida a partir de uma lâmina de cartão cunhada e fendida, a fim de se obter o empilha mento, de maneira que as caixas se apoiam umas sobre outras com toda a segurança e eficácia, melhorando as condições de transporte dos produtos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

No estado actual da técnica conhecem-se numerosas caixas obtidas a partir de uma lâmina de cartão cunhada e fendida que, por meio de dobragem e pregueamento das suas diversas partes, formam uma estrutura com a forma aproximada de uma bandeja. .

Geralmente, todas as caixas têm forma paralelepipédica rectangular, e, por meio de dobragem de abas interiores obtém-se a formação de ângulos mortos interiores que constituem colunas angulares sobre as quais assentam as caixas no empilhamento. -2

Noutros casos, obtem-se sobre os extremos ou lado mais estreito da caixa, umas plataformas destinadas ao assentamento de umas caixas sobre outras em posição empilhada, e, para fixar esta posição, colocam-se nos extremos umas abas ou linguetas o que é muito fraco porque as referidas abas são meros prolongamentos verticais de cartão. Quando as caixas são manipuladas no transporte, é normal que se produzam deformações nas referidas abas, e ainda mais quando as caixas são humedecidas pelos sumos que se desprendem da própria fruta.

Daqui se deduz que o referido sistema de retenção não i suficientemente seguro e estivei.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

Para resolver o referido problema, a presente invenção propõe uma caixa empilhável para o transporte de frutas e similares que, tal como a maioria das construídas com cartão, é obtida a partir de uma lâmina cunhada e fendida, com a qual se formam todos os elementos de uma caixa com a forma de bandeja. A particularidade desta caixa reside no facto de a sua forma final ser determinada pela base ou fundo com comprimento menor que o da parte superior ou boca, e pelo facto de na referida boca serem produzidos dois bordos resistentes, prolongamento vertical dos respectivos extremos, entre os quais se encaixa ajustadamente a base de uma caixa sobreposta em empilha mento. -3

Neste empilhamento, a caixa sobreposta apoia-se em plataformas parciais obtidas nas esquinas da boca da caixa e solidárias com o extremo e com as partes laterais da caixa simultânea mente.

Consegue-se tudo isto com a concepção que se deu especialmente à lâmina de cartão por meio de cunhos e fendas, com que se obtêm as partes a dobrar pelas linhas de pregueamento.

Efectivamente, a partir de uma folha de cartão obtim-se o fundo da caixa, as partes laterais, com abas de reforço dos extremos correspondentes, abas estas que têm a sua parte superior prolongada para formar uma dobra dentro dos extremos, solidários com os lados menores do fundo, extremos estes que se prolongam numa extensão da mesma largura que o extremo, dobragem na qual se forma um lombo que oculta na sua parte interior as extensões das abas laterais.

Convém notar que as linhas de pregueamento das abas das partes laterais, têm uma direcção ligeiramente divergente, para que, na montagem, a boca da caixa seja mais comprida do que o fundo, concretamente uma distância igual à soma da espessura do lombo dos dois extremos.

Entre os extremos e o seu prolongamento, existe um recorte que determina quatro zonas triangulares, duas de cada extremo, que constituem plataformas angulares ao nível do bordo da boca da caixa e mais baixas do que os lombos dos extremos. -4- -4- r

Estas abas triangulares sao solidarias com outras de forma rectangular que se unem exteriormente sobre as partes laterais, e estão equipadas com linguetas com ponta de arpão, por meio da qual se fixam em recortes previstos na confluência das partes laterais com o fundo, recortes estes que têm abas de retenção dos arpões.

As abas por que se prolongam os extremos e que ao dobrarem-se para o interior formam os lombos de retenção, estão equipadas com extensões opostas à maneira de unhas, para o seu ajustamento e retenção em olhais abertos junto da linha de dobragem das partes laterais com as abas que ficam dentro do extremo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A fim de proporcionar uma melhor compreensão do exposto, a presente memória descritiva é acompanhada por um conjunto de desenhos nos quais se representa o seguinte:

Figura 1. - Planta do desenvolvimento da folha de cartão, a partir da qual se dá forma à caixa.

Figura 2. - Perspectiva da folha no momento em que se inicia o pregueamento das suas partes para a formação da caixa.

Figura 3. - Perspectiva de uma caixa montada, pronta para ser utilizada vendo-se os lombos de retenção e as plataformas -5-

angulares de apoio para uma caixa sobreposta.

Figura 4. - Pormenor do empilhamento de duas caixas, onde está representado o efeito de retenção exercido pelos lombos salientes dos extremos, quando ficam ajustados exteriormente sobre a base dos da caixa sobreposta.

DESCRIÇÃO DE DMA FORMA. DE REALIZAÇÃO PREFERIDA

Como se descreveu anteriormente e se ilustra nos referidos desenhos, a caixa que constitui o objecto da presente invenção é formada a partir de uma folha de cartão, da qual se obtém, numa única peça, o fundo (1); partes laterais (2) e (3), com linha de dobragem sobre o fundo, que se prolongam por abas respectivas (4) e (5), que ficam assinaladas com linhas de dobragem (6) e (7), que formam bordos divergentes das partes laterais que determinam, na dobragem para o interior dos extremos (8) e (9), respectiva-mente, que a boca da caixa seja de maior comprimento do que o fundo.

Os prolongamentos (4) e (5) têm por sua vez, no bordo superior, um prolongamento (10) por cada aba, que abrange apro-ximadamente metade do seu bordo. Esta aba dobra-se angularmente dentro dos extremos, reforçando interiormente o lombo (11) que se forma ao dobrar sobre o extremo correspondente âs abas (12) e (13) de cada um. 0 lombo ocupa a parte central do extremo, e de cada um dos seus extremos sai um prolongamento triangular (14) que, ao dobrar-se para o interior, dá forma a plataformas -6 ί angulares correspondentes (ver figura 3).

As próprias plataformas prolongam-se solidariamente, em abas (15) que se abatem por fora das partes laterais (2) e (3), cobrindo-as totalmente e reforçando-as com a forma de parede dupla. A fixação destas abas produz-se por meio de lin-guetas em ponta de arpão (16) que se introduzem em recortes (17) previstos na aresta do fundo com as partes laterais, recortes estes nos quais se formam dentes de retenção (18) e (19).

As abas (12) e (13), que reforçam interiormente os extremos, estão providas nos seus lados opostos de aletas, (20) e (21) que se encaixam em recortes (22) e (23) previstos na vizinhança das arestas (5) e (6) das partes laterais.

As vantagens que se obtêm com esta caixa derivam principalmente da estrutura determinada pela conjunção das diversas partes que reforçam as paredes laterais e extremos, assim como da segurança que os lombos proporcionam no empilhamento ao reter pela sua base a caixa sobreposta.

Claims (4)

1. -7- REIVINDICAÇÕES 1. - Caixa empilhãvel para o transporte de frutas e similares, constituída a partir de uma lâmina de cartão, com cunhos e fendas pelos quais tomam forma as diversas partes que, por dobragem, con£ tituem as paredes e extremos, e caracterizada por a caixa montada ter o fundo ou base (2) com um comprimento menor do que o da boca, pelo facto de se ter dado aos extremos (8) uma inclinação divergen te, ao passo que os extremos propriamente ditos (8) se prolongam superiormente por dois bordos resistentes (11), entre os quais se une a base (1) de uma caixa sobreposta, â qual servem de base de apoio quatro plataformas triangulares (14), que fecham parcialmente os ângulos da boca da caixa, a uma altura inferior â dos bordos resistentes (1).
2. 2, - Caixa de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a posição divergente dos extremos ser obtida por maio de -8- / linhas de pregueagem divergentes (6) e (7) realizadas entre as partes laterais (2) e (3) e as abas (4) e (5) nas quais se prolongam pelos seus extremos.
3. 3. - Caixa de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracteri-zada por os bordos resistentes (11) entre os quais se une a base (1) de uma caixa sobreposta, serem obtidos num prolongamento central que une os extremos (8) e (9) a extensões extremas (12) e (13) , que se dobram para o interior, aprisionando as abas (4) e (5) das partes laterais, em cuja parte superior se produzem extensões (10), uma para cada aba, que se dobram angularmente com o lombo (11) que forma o bordo, com o que se proporciona uma grande resistência.
4. 4. - Caixa de acordo com as reivindicações 1, 2e3, caracterizada por as plataformas triangulares (14) que fecham parcialmente os ângulos da boca da caixa a uma altura menor do que a dos bordos resistentes (11) e que servem para apoiar uma caixa sobreposta, serem obtidas solidariamente com o bordo superior dos extremos (8) e (9) na sua parte extrema, limitando-os a uma linha de dobra-gem; sendo estas plataformas prolongadas pelo seu lado maior noutra aba (15) com dimensões iguais a metade das partes laterais (2) e (3) f âs quais se encosta exteriormente para formar uma parede dupla; fixando-se na sua posição por meio de linguetas em arpão (16) que se fazem entrar em ranhuras (17) feitas nas arestas de confluência da base e das partes laterais, Lisboa O Ag: 23 de Fevereiro de 1990 ie Oficial do Propriedade !nd-!?fria!

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