PT91055B - Aperfeicoamentos nos aparelhos de producao de agua quente - Google Patents

Description

CHAFFOTEAUX ET MAURY

Aperfeiçoamentos nos aparelhos de produção de água quente

A presente invenção refere-se aos aparelhos de produção de água quente tais como aquecedores de água, esquentadores de banho, caldeiras de aquecimento central, etc.

Mais particu 1 armente a presente invenção diz respeito, entre estes aparelhos, aos que compreendem um queimador alimentado com gás combustível sob pressão e com ar comburente e um permutador de calor, por sua vez constituído por uma conduta de água que se estende de uma entrada para a água a aquecer até uma saída para a água aquecida e por um circuito de gás que compreende um troço de admissão para o ar comburente e um troço de guiamento para os gases de combustão no qual estes gases são enviados na conduta de água de modo a ceder-lhe as suas calorias antes de ser evacuados arrefecidos.

A presente invenção tem por objecto, sobretudo, o aperfeiçoamento dos aparelhos do género em questão, em especial no que se refere à eficácia da permuta do calor - o que permite reduzir as dimensões e o peso do aparelho para uma potência calorífica dada - a simplicidade do fabrico e a longevidade.

Para isso, os aparelhos de produção de água quente do género em questão segundo a presente invenção são caracterizados essencialmente por a sua conduta de água ser constituída por um feixe de tubos rectilíneos, idênticos e paralelos distribuídos segundo uma coroa cilíndrica de eixo vertical e estendendo-se cada um deles entre dois anéis coaxiais, por o troço de admissão do ar comburente compreender uma camisa anular que envolve o feixe de tubos, por o troço de guiamento dos gases de combustão compreender uma manga anular intermédia atravessada pelo feixe de tubos, manga essa cuja base é ligada à base de uma chaminé de evacuação central aberta para cima e por o queimador se estender anularmente, na entrada superior da manga anular, em torno da porção superior da chaminé e estar disposto de modo tal que as chamas produzidas pelo mesmo são orientadas para baixo.

Em formas de realização preferidas, recorre-se além disso a uma e/ou outra das disposições seguintes:

- o permutador de calor do aparelho compreende duas condutas de água independentes afectadas respectivamente à água sanitária e à água de aquecimento, compreendendo cada conduta uma parte de cada tubo rectilíneo e uma parte de cada anel, estando cada parte de anel de uma conduta dada ligada de maneira estanque exclusivamente às partes de tubo correspondentes a esta conduta, e tendo os anéis interiormente divisórias de modo cada conduta em partes de tubo, ou 8, de modo se efectua a 1a decompor o conjunto das £ partes de tubo de £ lençóis contíguos compreendendo cada um n/p sendo £ um número par, de preferência igual a que a circulação da água nos lençóis contíguos ternadamente para cima e para baixo;

num aparelho segundo a alínea anterior, os tubos rectilíneos são tubos duplos que incluem um primeiro tubo de secção recta elíptica, com o eixo maior da elipse estendendo-se radialmente em relação ao eixo do aparelho, e um segundo tubo de secção recta circular alojado unido sem folga na zona central do primeiro tubo, sendo a porção de cada tubo duplo assim formado destinada à água sanitária o volume interior ao tubo interior e sendo a porção restante do volume interior ao primeiro tubo destinada à água de aquecimento,

- o aparelho compreende na proximidade das faces de jusante dos tubos, isto é das faces destes tubos situadas do lado das saídas dos gases quentes, deflectores perfilados, de modo a aumentar a permuta térmica entre estes gases e estas faces de jusante,

- o aparelho compreende chicanas dispostas de través em relação à manga intermédia de modo a melhorar a permuta térmica entre os gases quentes e os tubos, a manga anular intermédia compreende uma porção superior alargada que forma uma câmara anular de combustão,

- a totalidade do ar comburente admitido através da camisa anular é enviada para a manga anular intermédia através dos orifícios do queimador em cujos centros é admitido o gás combustível

- a grelha na qual são abertos os orifícios do queimador anular encontra-se ao nível do vértice do anel superior que constitui a conduta de água,

- a zona de ligação entre a base da manga anular intermédia e a base da chaminé é delimitada inferiormente por uma parede inclinada, própria para recolher os condensados e ligada a uma peça terminal de evacuação inferior.

Além compreende rência ao adiante.

destas disposições principais, a presente invenção certas outras disposições que se utilizam de prefemesmo tempo e que serão tratadas mais exρ11citamente

A seguir vão descrever-se dois modos de realização da presente invenção, com referência aos desenhos anexos, de uma maneira evidentemente não limitativa.

As fig. 1 e 2 destes desenhos mostram, respectivamente em corte vertical axial feito por (í-I) na fig. 2 e em corte transversal horizontal feito por ( II —I I ) na fig. 1, um aparelho de produção de água quente construído segundo a presente invenção

- 5 Α fig. 3 mostra de maneira análoga à fig. 1, mas um pouco mais esquematicamente, uma variante de um tal aparelho também segundo a presente invenção.

As fig. 4 e 5 são esquemas relativos à circulação da água no aparelho da fig. 3.

aparelho representado nas fig. 1 e 2 apresenta-se sob a forma geral de um cilindro de revolução de eixo vertical (X).

Compreende uma conduta para a água a aquecer, um queimador de gás alimentado com um gás combustível sob pressão e um circuito para os gases, que são constituídos a montante pelo ar comburente e a jusante ou, mais precisamente, a partir do nível do queimador, onde o ar comburente é misturado com o gás combustível para formar as chamas de aquecimento, pelos gases da combus tão .

A conduta de água compreende:

- um barrilete ou feixe de tubos (1) paralelos, rectilíneos e idênticos que se estendem segundo uma coroa cilíndrica de eixo (X) entre um anel inferior (2) e um anel superior (3),

- uma tubuladora (4) de admissão de água fria ligada ao anel inferior (2) num ponto (A),

- e uma tubuladora (5) de evacuação da água quente ligada ao anel superior (3) num ponto (B).

Os pontos de ligação (A) e (B) estão dispostos em sítios tais dos anéis (2) e (3) que cada gota de água a aquecer seja obrigada a percorrer no barrilete não só um dos tubos (1) como também pelo menos metade da extensão circular de um anel (2) ou ( 3 ) .

E vantajoso para esse efeito prever em cada um destes anéis uma divisória radial (6) que impede a água de seguir um circuito demasiado curto: de preferência colocam-se essas divisórias (6) respectivamente nos dois anéis (2) e (3) em duas zonas sobrepostas de um mesmo plano vertical, sendo então o ponto (A) de admissão inferior colocado de um lado deste plano e o ponto (B) do outro lado.

A secção recta de cada tubo (1) apresenta de preferência a forma de uma elipse cujo eixo maior se estende radialmente ao eixo (X): a adopção de uma tal forma apresenta a vantagem dupla de conferir aos tubos uma boa resistência às deformações e obter um bom coeficiente de permuta térmica entre os tubos e os gases que circulam entre estes tubos.

A porção de montante do circuito de gases compreende uma camisa cilíndrica exterior (7) de parede dupla que envolve o feixe de tubos (1).

Esta camisa é delimitada exteri ormente pela porção lateral periférica (8^) da tampa de protecção (8) do aparelho.

Esta tampa (8) compreende igualmente duas porções planas horizontais (8^) θ (8^) que prolongam inferior e superiormente a porção lateral (8^) e constituem o fundo e o tecto do aparelho fundo (8^) θ recortado por um orifício (25) que comunica com o ar livre, orifício este que constitui a abertura de admissão do ar comburente para a camisa (7).

A porção de jusante do circuito dos gases compreende:

- uma manga intermédia (9) disposta no interior da camisa (7) e que é atravessada pelos tubos (1),

- e uma chaminé central (10) cuja base está ligada à base da manga (9) e cuja parte superior, em forma de colo cilíndrico e estreitado (11), está ligada superiormente a uma conduta exterior de evacuação.

A base comum de ligação entre a manga (9) e a camisa (10) é delimitada inferiormente por uma parede (12) inclinada em forma de funil, própria para recolher os condensados e vazá-los para uma peça terminal de evacuação inferior central (13).

queimador (14) apresenta uma forma anular que envolve o colo (11) e está disposto de modo a produzir chamas (15) orientadas para baixo.

Mais precisamente compreende aqui um alimentador (16) alimentado com gás combustível sob pressão e ligado a várias a

agulhas de distribuição (17) que desembocam no centro de furos (18) abertos abertos na parede (19).

Esta parede perfurada (19) apresenta a forma geral de uma anilha plana horizontal que liga transversalmente o colo (11) ao anel (3 ) .

Cada um dos furos (18) é pois alimentado no seu centro por gás combustível e no restante da sua secção recta por ar comburente proveniente da camisa (7).

As diferentes cotas e configurações das agulhas (17) e dos furos (18) são escolhidas de modo tal que a mistura ar comburente-gás combustível projectada para baixo através da cada furo (18) tenha a composição que conduz a uma boa combustão (ligeiro excesso de ar).

Na patente de invenção portuguesa N9. 90 045 da requerente encontra-se descrito um queimador deste tipo.

A câmara de combustão anular (20), na qual são formadas as chamas (15) dirigidas para baixo, é a zona superior alargada da manga (9) que envolve a base do colo de chaminé (11).

Para evitar uma transferência térmica muito importante das calorias geradas nesta câmara para o colo (11), forra-se com um revestimento refractário e termicamente isolante (21) a parede que separa o colo desta câmara, apresentando essa parede um troço superior cilíndrico e um troço inferior tronco-cónico divergente para baixo.

Nos desenhos vê-se ainda:

- um eléctrodo de ignição (22),

- um detector de chama (23) situado numa posição diametral mente oposta do acendedor (22) relativamente ao eixo (X),

- e uma junta de estanqueidade anular (24) interposta entre o funil (12) e o anel inferior (2).

Os diferentes elementos que constituem a conduta de água e o circuito de gás do aparelho são vantajosamente constituídos por folhas finas embutidas de aço inoxidável que são rebordeadas ou soldadas umas nas outras.

funcionamento do aparelho atrás descrito é o seguinte:

Considere-se que o funcionamento corresponde a um regime normal de cruzeiro, depois do acendimento do queimador: este acendimento é comandado de uma maneira conhecida, ou pela circulação da água na conduta (1-5), ou por ultrapassagem de um limiar de temperatura. Este comando traduz-se pela abertura de uma válvula de alimentação do alimentador (16) com gás combustível, sendo a ignição da mistura ar-gás então feita através dos furos (18) por meio de faíscas provenientes do acendedor (22) com controlo pelo detector (23).

A água a aquecer circula de acordo com as setas (E).

ο

Essa água é admitida através da tubuladura (4) para o anel inferior (2).

Daí eleva-se através dos tubos (1) até ao anel (3) e depois sai do aparelho aquecida através da tubuladura (5).

Dada a igualdade das perdas de carga sofridas pela água em todos os circuitos em paralelo susceptíveis de serem utilizados por este água, o caudal de água distribui-se igualmente entre todos os tubos (1) e o volume de água em circulação eleva-se pois simultaneamente através da totalidade destes tubos.

Os gases circulam segundo as setas (G) ar ambiente é primeiramente introduzido na base do aparelho em (25) e é aquecido de alguns graus, subindo na camisa (7), depois do que ultrapassa o anel superior (3) mudando de direcção e descendo para chegar ao queimador.

E então ejectado através dos furos (18), ao nível dos quais se junta aos jactos centrais de gás combustível que sai das agulhas (17).

A combustão da mistura ar-gases assim projectada gera as chamas (15) na câmara de combustão (20).

Os gases de combustão muito quentes provenientes desta câmara (20) passam em seguida ao longo dos tubos (1), envolvendo estes tubos segundo uma corrente descendente.

1

s

Na base destes tubos, os gases arrefecidos passam ainda ao longo do anel inferior (2), antes de retrocederem mais uma vez para se escaparem para cima através da chaminé central (10-11)

No aparelho de produção de água quente segundo as fig. 3 a 5 encontram-se um certo número de características que foram anteriormente descritas a propósito do aparelho das fig. 1 e 2 e os elementos correspondentes têm as mesmas referências que anteriormente .

Este novo aparelho difere do anterior nos descritos a seguir:

diversos pontos

Em vez de ser admitido na base da chaminé cilíndrica exterior (7), o ar comburente é admitido aqui nesta camisa a partir da sua parte superior, através de um colo (26) que envolve com folga a parte superior (11) da chaminé central, prolongando o referido colo para cima a cobertura (8^) da tampa.

ar em questão circula então de cima para baixo na referida camisa (7) e é retomado na base desta camisa, através de um furo aberto no centro do fundo (8^), por um ventilador (27) disposto por baixo deste furo, sendo depois descarregado através de uma canalização (28) por cima do queimador anular (14).

□ fundo (29) destinado a recolher os condensados é ainda cónico, mas apresenta aqui a sua ponta voltada para cima e não para baixo, sendo os condensados recolhidos evacuados através de uma abertura excêntrica (30).

Em vez de estarem distribuídos por cima e por baixo do aparelho, a totalidade das uniões de ligação para a água e para o gás combustível estão aqui dispostas na base do aparelho, o que facilita as montagens e as desmontagens.

Em vez de ser constituído por um aparelho com circuito de água único do tipo do aquecedor de água, o aparelho aqui considerado é uma caldeira mista que permite efectuar ao mesmo tempo o aquecimento central por circulação de água quente em radiadores e o aquecimento de água sanitária.

seu permutador compreende para isso duas condutas de água independentes compreendendo, cada uma, uma parte de cada tubo de água (1) e uma parte de cada anel (2,3).

Mais precisamente, cada tubo (1) é aqui um tubo duplo constituído por um primeiro tubo (1 ) de secção elíptica do género dos anteriormente descritos e um segundo tubo (1^) de secção circular alojado sem folga no interior da zona central do tubo ⁽¹Λ volume interior a cada tubo duplo assim definido pode ser então considerado como sendo formado por duas partes, uma(s) interior ao tubo circular central (1 ), reservada á circulação da água sanitária e a outra (c) reservada à circulação da água de aquecimento e compreendendo os dois volumes restantes dispostos ¹ ' no interior do tubo

de um lado e do outro do tubo central (1 elíptico ( 1 ,] ) .

Além disso, cada anel (2,3) é aqui um anel duplo constituído por dois anéis elementares ou metades anulares sobrepostos uerticalmente um ao outro e cada conduta compreende uma metade de cada anel duplo, apenas ligado de maneira estanque às partes de tubo (s) ou (c) em questão.

No que segue, o índice (s) refere-se ao circuito de água sanitária e o indíce (c) ao circuito de água de aquecimento.

Assim, na forma de realização representada, a metade inferior (2_g) do anel inferior (2) e a metade superior (3 ) do anel superior (3) são destinadas à água sanitária, enquanto as outras metades de anel (2_g) e (3 ) se destinam à água de aquecimento.

Além disso, cada coroa cilíndrica de £ partes de tubo (s) e (c) está decomposta em £ lençóis sucessivos de tais partes de tubo, lençóis esses que são definidos como segue:

- o £ é um número par, de preferência igual a 6 ou 8,

- a água circula no mesmo sentido ascendente ou descendente em todas as partes de tubo num mesmo lençol,

- a água circula em dois sentidos opostos nos lençóis contíguos dois a dois.

Para se obter um tal esquema, cada um dos anéis elementares está dividido perifericamente, por meio de divisórias diametrais (31) e (32), do género das divisórias (6) anteriores, em p/2 troços idênticos sucessivos, estando as posições respectivas das divisórias (31) no anel inferior desfasadas angularmente de 360°/p em torno do eixo do aparelho relativamente às das divisórias (32) no anel superior.

Com uma tal distribuição, representada na fig. 4 para a água sanitária, a água admitida fria ou relativamente fria na extremidade inferior de montante 03 ) de um lençol utiliza primeiramente um troço de anel inferior (2 ), sobe depois nas n/p partes de tubo (s) paralelas do primeiro lençol até ao anel superior correspondente (3 ), percorre depois um troço deste anel superior, antes de voltar a descer através das partes de tubo paralelas do segundo lençol, e assim por diante, sendo a água aquecida que chega ao fim do percurso finalmente evacuada na extremidade inferior de jusante (34 ) do último lençol de ordem £·

Esta circulação sinuosa da água por passagens sucessivas, alternadamente ascendentes e descendentes, apresenta sobre a circulação segundo a fig. Ί a vantagem de uma maior velocidade, sendo esta velocidade multiplicada pelo coeficiente £, o que evita a formação de camadas limites nos tubos, melhorando portanto o coeficiente de transferência térmica entre os gases quentes e estes tubos.

5

Para todos os fins úteis, indica-se que, numa forma de realização que proporcionou uma satisfação completa, os valores adoptados respectivamente para os parâmetros n e £ foram 56 e

8, compreendendo portanto cada lençol 7 tubos.

Cada uma das duas circulações de água sanitária e de água de aquecimento está organizada segundo o esquema sinuoso atrás descrito .

Sendo estas duas circulações independentes, podem escolher-se à vontade os seus sentidos respectivos, bem como as suas posições angulares de admissão de água fria, ou relativamente fria, e de evacuação de água quente bem como os números de partes de tubo que constituem cada lençol.

Por exemplo, podem escolher-se, como no caso da fig. 5:

- números £ idênticos para os dois circuitos,

- sentidos de circulação opostos para a água nos dois circuitos, circulando então a água em contracorrente nos referidos ci rcuitos,

- posições angulares diametralmente opostas na coroa cilíndrica formada pelos diferentes tubos para as admissões correspondentes aos dois circuitos, bem como para as suas evacuações

- e posições angulares idênticas duas a duas para as divisórias de separação - tais como (31 ) e (31 „ ) , ou (32 ) e sc s (32 ) - correspondentes respectivamente aos dois circuitos de

extraçção sanitária e de aquecimento e pertencentes a um mesmo anel duplo (2) ou (3), com excepção evidentemente das divisórias extremas .

De uma maneira já conhecida, para melhorar o rendimento das permutas térmicas, prevêm-se meios para fazer circular a água de aquecimento no circuito correspondente quando de cada extraçção de água sanitária.

Para melhorar a permuta térmica entre os gases quentes e os tubos, recorre-se além disso vantajosamente a chicanas e/ou a deflectores apropriados para desviar de maneira apropriada a corrente dos referidos gases.

As chicanas são vantajosamente dois discos metálicos (35) e (36) montados na manga inferior (9) e entalhadas de modo a serem atravessadas pelos tubos: um destes discos, o superior (35), é suportado pela divisória que define a chaminé central (10) de modo a descarregar os gases radialmente para fora, enquanto o outro disco, o inferior (36), é suportado pela divisória que delimita interiormente a camisa exterior (7) de modo a descarregar os gases radialmente para dentro, sendo estes gases de novo impelidos para fora na parte inferior da manga (9), de modo a contornar o anel inferior (2).

Os deflectores são, por sua vez, constituídos por anteparos perfilados (37) (fig. 2) dispostos na proximidade das faces de jusante dos tubos, isto é, das faces destes tubos dispostas do lado da saída dos gases quentes que passam radialmente entre os referidos tubos.

perfil dos anteparos (37) é previsto de modo a enviar os referidos gases contra as referidas faces de jusante e aumentar a sua velocidade de circulação.

Além disso, abrem-se furos (37^) nos referidos anteparos de modo a formar passagens para os gases.

Os deflectores (37) podem ser montados nas chicanas (36) e apoiar-se lateralmente contra os tubos.

Podem também ser limitados apenas nas suas porções encurvadas compreendidas entre os tubos, estando essas porções ligadas entre si por fitas contínuas pelo menos na vizinhança das suas extremidades axiais.

Na fig. 3 vêm-se, reunidas na parte inferior do aparelho:

- as peças terminais de ligação (33_g), (33^), (34 ) e ( 34 ) correspondentes, respectivamente, às entradas de água sanitária e de água de aquecimento e às saídas de água sanitária e de água de aquecimento,

- uma peça terminal (38) que prolonga para baixo o orifício (30) de evacuação dos condensados,

- e uma tubuladora (39) apropriada para a admissão do gás

combustível para o alimentador (16) por intermédio de um órgão de regulação ( 40 ) .

Por conseguinte, qualquer que seja a forma de realização adoptada, dispõe-se finalmente de um aparelho de produção de água quente cuja construção e funcionamento resultam suficientemente do que atrás se expôs.

Este aparelho apresenta numerosas vantagens em relação aos anteriormente conhecidos e, em especial, as seguintes:

- o rendimento da permuta térmica é muito elevado,

- a fabricação do aparelho é particularmente simples,

- e este apresenta uma robustez e uma longevidade notáveis bem como um espaço ocupado reduzido.

Como é evidente e resulta aliás do exposto, a presente invenção não se limita de modo algum às suas formas de realização e de aplicação que foram consideradas em especial: abrange, pelo contrário todas as variantes.

Claims (9)

1.- Aparelho de produção de água quente que compreende um queimador alimentado com gás combustível sob pressão e com ar comburente e um permutador de calor, por sua vez constituído por uma conduta de água que se estende de uma entrada para a água a aquecer até uma saída para a água aquecida e por um circuito de gãs que compreende um troço de admissão do ar comburente e um troço de guiamento para os gases de combustão para o qual estes gases são enviados sobre a conduta de água de modo a ceder-lhe as suas calorias antes de serem evacuados arrefecidos, caracterizado por a sua conduta de água ser constituída por um feixe de tubos rectilíneos, idênticos e paralelos (1), distribuídos segundo uma coroa cilíndrica de eixo vertical e estendendo-se, cada um, entre dois anéis coaxiais (2,3), por o troço de admissão do ar comburente compreender uma camisa anular (7) que envolve o feixe de tubos, por o troço de guiamento dos gases de combustão compreender uma manga anular intermédia (9) atravessada pelo feixe de tubos, e cuja base está ligada ã base de uma chaminé de evacuação central (10,11) aberta para cima e por o queimador (14) se estender anularmente, na entrada superior da manga anular, em torno da porção superior (11) da chaminé e estar disposta de modo tal que as chamas (15) produzidas por ele sejam orientadas para baixo.

2. - Aparelho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o seu permutador de calor compreender duas condutas de água independentes destinadas respectivamente à água sanitária e à água de aquecimento, compreendendo cada conduta uma parte (s,c) de cada tubo rectilínea e uma oarte (2 ,3 ;2 ,3 ) de cada anel, estan sscc — do cada parte de anel de uma conduta dada ligada de maneira estanque exclusivamente ãs partes de tubo correspondentes a esta conduta, e por os anéis estarem interiormente providos de divisórias (em 31_s,31_c,32θ,32_c) de modo a decompor o conjunto das n partes de tubo de cada conduta em £ feixes contíguos cada um com partes de tubo, representando p um numero par, de preferência igual a 6 ou 8, de modo que a circulação da água nos feixes contíguos se efectua alternadamente para cima e para baixo.

3. - Aparelho de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por os tubos rectilíneos (1) serem tubos duplos que compreendem um primeiro tubo (1^) de secção recta elíptica, estendendo-se o eixo maior da elipse radialmente relativamente ao eixo (X) do aparelho, e um segundo tubo (lg) de secção recta circular alojado

-21sem folga na zona central do primeiro tubo, sendo a parte de cada tubo duplo assim formado destinada ã água sanitária o volume (^) interior ao tubo interior e sendo a parte restante (c) do volume interior ao primeiro tubo destinada à água de aquecimento.

4.- Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 e 3, caracterizado por compreender, na proximidade das faces de jusante dos tubos, isto é, das faces destes tubos situadas do lado das saídas dos gases quentes, deflectores (37) perfilados de modo a aumentar a permuta térmica entre estes gases e as faces de jusante.

5.- Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender chicanas (35,36) dispostas através da manga intermédia (9) de modo a melhorar a permuta térmica entre os gases quentes e os tubos.

6. - Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a manga anular intermédia (9) compreender uma porção superior alargada que forma uma câmara anular de combustão (20).

7, - Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a totalidade do ar comburente admitido através da camisa anular (7) ser enviado para a manga anular intermédia através dos orifícios (18) do queimador, em cujo centro se faz a admissão do gãs combustível.

8. - Aparelho de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a grelha (19) na qual são abertos os orifícios (18) do queimador anular (14) se encontrar ao nível do cume do anel superior (3) que constitui a conduta de água.

9. - Aparelho de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a zona de ligação entre a base da manga anular intermédia (9) e a base da chaminé (10) ser delimitada inferiormente por uma parede inclinada (12,29) apropriada para recolher os condensados e ligada a uma peça terminal de evacuação inferior (13,30),

Lisboa, 4 de Julho de 1989 O Agcníe Oficiai dc Propriedade industrial

RESUMO

Aperfeiçoamentos nos aparelhos de produção de ãgua quente

A invenção refere-se a um aparelho para a produção de água quente, com circuito simples ou duplo, que compreende, por um lado, para a ãgua, um ou dois feixes de tubos paralelos verticais coaxiais (1) que ligam dois anéis também coaxiais (2,3) e, por outro lado, para o ar comburente admitido, uma camisa exterior (7) de parede dupla e, finalmente, para os gases de combustão, uma manga anular intermédia (9) e uma chaminé central de evacuação (10,11). 0 queimador (14), alimentado com gãs combustível sob pressão / em (16) _7 estã disposto anularmente entre o anel superior (3) e a parte superior da chaminé (11) e encontra-se disposto de modo a produzir chamas (15) orientadas para baixo. Um fundo inclinado (29) recolhe os condensados.