PT81799B - Para-raios de descarga de coroa impulsional intermitente - Google Patents

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Descreve-se um pára-raios de descarga de coroa, que compreende uma ponta isolada da terra e ligada, pela sua base, a esta, por meios de descarga, estando 0 pára -raios apto a produzir uma ionização da atmosfera ambiente na extremidade da ponta.
De acordo com o invento, prevêm-se meios para abaixar periodicamente o potencial da ponta para um valor insuficiente para a manutenção da descarga de coroa, de maneira a produzir descargas de coroa intermitentes e periódicas.
Num modo de realização preferencial, a pon ta encontra-se ligada electricamente, a meios geradores de potencial, de tal modo que o potencial (VQ) aplicado à ponta seja um potencial variável em forma de sequências de ondas recurrentes e, de tal modo que, tendo em conta, eventualmente, a amplificação natural (V^) provocada pelo campo eléctri co ambiente, existente em caso de trovoada, tendo a amplitude de cristã da primeira- semí-alternância da sequência, uma polaridade oposta à da atmosfera ambiente que seja superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
Figura 1
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Descrição cio objecto do invento que
CENTRE NATIONAL DE LA RECHERCHE SCIENTIFIQUE (CNRS), francesa, industrial, com sede em 15 Quai Anatole France, 75007 PARIS, França, pretende obter em Portugal, para:
RARA-RAIOS DE DESCARGA DE COROA IMPULSIONAI, INTERMITENTE .
presente invento refere-se a um pára-raios de efeito de coroa.
A patente EP-A-0 060 756 descreve um pára -raios deste tipo, o qual compreende uma ponta isolada da terra, à qual ele está ligado na sua base por meios de descarga, estando essa ponta ligada electricamente a um gerador de tensão contínua positiva, suficientemente elevada para produzir uma ionização da atmosfera ambiente na sua extremidade (descarga coroa).
A zona de plasma do ar ionizado assim for mada na extremidade da ponta possui unsa condutividade eléctrica muito superior à do ar ambiente, tanto que favorece a descarga da faísca para a ponta, melhorando assim a eficácia e o raio de acção do pára-raios.
Em contrapartida, este aumento de condut£ vidade na vizinhança da ponta tem por efeito a redução local do campo eléctrico e, ao fazer isso, desempenha um papel ini bidor sobre o desenvolvimento dos penachos luminosos, característicos do efeito de coroa no caso de uma ponta levada a um potencial positivo, que podem constituir um elemento favo rável à eficácia do pára-raios.
Além disso, esse positivo nao pode desem-
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D 10954/332893 penhar o seu papel senão no caso de nuvens negativas (faíscas de tipo negativo), o que corresponde a cerca de 90% dos casos nos países europeus e mesmo mais se nos colocarmos fora das regiões montanhosas.
Para responder a estes objectivos, o presente invento propõe um pára-raios tal que a descarga de coroa nao se produza de forma contínua, mas antes de forma intermitente de maneira que, quando se d'ê uma descarga, não subsistam já em quantidade notável, na vizinhança da ponta, cargas residuais das descargas anteriores; o potencial aplicado poderá ser de uma e/ou outra polaridade, segundo as necessidades..
Para esse efeito, o pára-raios de acordo com o invento caracteriza-se por comportar meios aptos a bai. xar periodicamente da ponta a um valor insuficiente para a manutenção do efeito de coroa, de forma a produzir descargas de coroa intermitentes e periódicas.
Desta maneira, esta onda (ou esta primeira alternância no caso de uma sequência de ondas) vai produzir uma impulsão de corrente que se extinguirá muito rapidamente, uma vez que o potencial da ponta, que volta a descer abaixo do limiar, nao permite a manutenção da descarga. Este fenómeno transitório muito breve vai permitir a emissão de correntes instantâneas máximas e a produção de outros fenóme nos favoráveis (streamer, germes-electrónicos,...) que asseguram uma eficácia máxima ao pára-raios.
Muito vanatjosamente, a frequência de recurrência das descargas intermitentes é pelo menos igual a 20 Hz.
Constata-se com efeito que, neste caso, o penacho ne produzido a partir da ponta polarizada positivamen te retoma o mesmo canal espacial que a do n-le, indo este f£ nómeno chamado memória de canal” crescendo à medida que a frequência aumenta.
Este fenómeno transitório foi estudado,
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nomeadamente, por G.BERGER nos seus artigos: Influence of an electrical discharge on the development of a subsequent discharge in a positive point-to-plane gap” (Second International Conference on Gas Discharges, I.E.E. Bublication nr 90, LONDON 1974) e por G.HARTMANN e I.GALLIMBERTI no seu artigo The influence of metastable molecules on streamer progression (J.BHYS.D., 8, 1975, P. 670-680).
Igual mente com muita vantagem, a frequência de recorrência das descargas intermitentes é, no máximo, igual a 2000 Hz.
Constata-se, com efeito, que, para frequências superiores a alguns j^Hz, o acréscimo de eficácia do pára-raios vai diminuindo, aproximando-se cada vez mais do de um pára-raios que produza uma descarga contínua.
De preferência, a duração do tempo durante o qual o potencial da ponta é superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa é pelo menos igual a lps e no máximo igual a 100 ps; esta gama de valores permite obter uma descarga de coroa com uma quase certeza, paliando todas as flutuações dos parâmetros aliatórios susceptíveis de impe, direm a aparição do efeito de coroa.
De preferência, a amplitude de coroa do potencial da ponta é pelo menos igual a 110^ do limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
Colocamo-nos assim precisamente acima do limiar, aumentando na mesma extensão o carácter transitório do fenómeno de descarga, o que favorece a obtenção de corren tes instantâneas máximas em todos os casos. (Aqui e no segui mento, considera.-se que o limiar em questão é o mesmo seja, qual for a poliradade, negativa ou positiva, o que correspon de geralmente aos valores encontrados na prática. Se, no entanto, os limiares respectivos apresentassem, em valor absoluto, uma diferença importante, proceder-se-ia aos ajustamen tos necessários para que as condições enunciadas fossem preenchidas, sem por isso se sair do quadro do presente invento).
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Uma primeira possibilidade consiste em ligar electricamente a ponta a meios geradores de corrente aptos a produzirem ondas recurrentes de corrente, descarrega das na atmosfera circundante da ponta, de maneira a produzir descargas de coroa intermitentes com a mesma frequência da recurrência.
Uma outra possibilidade consiste em ligar electricamente a ponta a meios geradores de potencial, de tal fornia que o potencial aplicado à ponta pelos meios geradores seja um potencial variável, em forma de ondas recurren tes ou de conjuntos de ondas recurrentes, e tais que, tendo eventualmente em conta a amplificação natural causada pelo campo eléctrico ambiente existente em caso de trovoada, tendo a amplitude da cristã da onda ou da primeira semi-alternância da sequência uma polaridade oposta à da atmosfera ambiente, ou seja, em valor absoluto, superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
Neste caso, o potencial aplicado à ponta pode ser tal que, seja qual for a amplificação natural eventualmente provocada pelo campo eléctrico ambiente, a amplitu de da cristã da onda ou da primeira alternância da sequência que tenha uma polaridade oposta à da atmosfera ambiente seja sempre, em valor absoluto, superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
Além disso, no caso de um conjunto de ondas, as amplitudes de cristã de todas as semi-alternâncias subsequentes da mesma polaridade que a nuvem são, em valor absoluto, vantajosamente inferiores ao dito limiar.
Num primeiro modo de realização, os meios geradores que produzem sequências de ondas alternativas amor tecidas e o valor absoluto da amplitude de cristã das duas primeiras semi-alternâncias, é superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa, de maneira a produzir sempre esse efeito seja qual for a polaridade da atmosfera ambiente.
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D 10954/332893 . kWKI Num segundo modo de realização, os meios geradores produzem dentes de serra ou sequências de dentes de serra sem passagem por zero, de polaridade positiva.
Particularmente, os meios geradores comportam, neste caso, um circuito do tipo RLC ou RC, ligado, por um lado, à ponta e pelo outro a um gerador de potencial elevado; a resistência R pode ser, nomeadamente, uma resistência interposta entre a ponta e o gerador e a capacidade C ser constituída pela capacidade repartida parasita do pára-raios entre a sua ponta e a terra.
Além disso, a presença da resistência, além da sua participação na produção de variações periódicas de alta-tensão na ponta do pára-raios, vai, por um lado, limitar o consumo e aumentar a autonomia do gerador de potencial e, por outro lado, protegê-lo contra as faíscas, fazendo derivar a corrente de descarga da faísca para os meios de descarga, tanto mais eficazmente quanto o seu valor seja mais elevado.
Além disso, dado que o potencial da ponta não ultrapassa o zero (é suficiente que volte a descer muito rapidamente abaixo do limiar de extinção do fenómeno coroa), a tensão residual vai assegurar a drenagem dos iões após a extinção da descarga; a frequência de funcionamento do pára-raios poderá ser então correlativamente aumentada.
Outras características e vantagens do invento ressaltarão da leitura da descrição detalhada que segue, feita com referência aos desenhos anexos, nos quais:
A figura 1 mostra as variações de tensão e de corrente na ponta, no caso desta estar submetida a um potencial em forma de sequências de ondas alternativas amortecidas,
A figura 2 é uma variante à figura 1, no caso de se utilizar a amplificação natural produzida pelo meio ambiente,
A figura 3 ilustra o caso em que o poten- 5 -
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D 10954/332893 ciai aplicado à ponta é um potencial em forma de dentes de serra sem passagem por zero,
As figuras 4 a 6 ilustram esquematicamente diferentes circuitos que permitem obter os efeitos propo£ tos pelo invento,
As figuras 7 e 8 mostram o esquema eléetrico e uma disposição dos elementos, por meio de um exemplo de realização em que a ponta é submetida a um potencial variável em dentes de serra.
A figura 1 refere-se ao modo de realização em que a ponta é submetida a um potencial variável em forma de conjuntos de ondas alternativas amortecidas.
As curvas de tensão e de corrente correspondem aos parâmetros seguintes:
-V : tensão presente na ponta na ausência de campo eléctrico ambiente (sendo portanto esta tensão igual ao poten ciai fornecido à ponta pelo gerador), potencial da ponta tendo em conta a amplificação produ zida pelo campo eléctrico ambiente existente em caso de trovoada; colocamo-nos na hipótese de uma nuvem negativa, por exemplo; como se pode constatar, a semi-al. ternância positiva vai encontrar-se amplificada, enquanto que a semi-alternância negativa se vai encontrar atenuada,
-IQ: corrente que percorre a ponta (e portanto corrente dejs carregada na atmosfera ambiente) na ausência de campo eléctrico ambiente; note-se que, de cada vez que o potencial Vo da ponta ultrapasse, em valor absoluto, o limiar de aparecimento da descarga de coroa (aqui inâi cado, por exemplo, em 13 kV), se produz uma descarga brusca de corrente, positiva ou negativa conforme o p£ tencial da ponta.
-Iq: corrente que percorre a ponta, tendo em conta a amplificação produzida pelo campo eléctrico ambiente (nuvem
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D 10954/332893 negativa neste exemplo): constata-se que a primeira im pulsão, positiva, é amplificada, enquanto que a segunda impulsão, que era negativa, desapareceu praticamente, já que o valor de cristã da primeira semi-alternân cia se encontrava daí para a frente acima do limiar de tensão.
A periodicidade dos conjuntos de ondas es tá compreendida entre 0,5 e 50 ms, o que corresponde a uma frequência de recurrência compreendida entre 20 e 200 Hz.
A amplitude de cristã da primeira semi-al ternância positiva e da primeira semi-alternância negativa são escolhidas de maneira a situarem-se, na ausência de campo eléctrico ambiente, muito ligeiramente acima do limiar de tensão que produz a descarga, tendo as outras semi-alternâncias do conjunto de ondas uma amplitude sempre inferior à do limiar. Assim, não se obterá senão um único impulso de corrente eficaz por cada conjunto de ondas, ficando o primeiro impulso negativo (no exemplo) abafado logo que apareça um campo eléctrico ambiente; sendo o ponto importante conseguir -se uma duração T suficiente para que o colchão de cargas acumuladas na proximidade da ponta se possa dissipar.
Na figura, o potencial da ponta ultrapassa, no decurso da primeira semi-alternância positiva, o limiar de aparecimento do efeito de coroa durante uma duraçéc de cerca de 5 ps, sendo a tensão de cristã atingida de cerca de 15 kV. Esta duração muito curta permite conservar o impulso da corrente o seu carácter transitório que, conforme indi cado mais acima, é um factor importante do desempenho do pára-raios.
A figura 2 ilustra uma variante da figura 1 na qual o potencial na ausência de campo ambiente é mais fraco que no caso precedente (o que é aliás, do ponto de vista técnico, mais fácil de realizar), mas mantém-se aci ma do limiar de aparecimento do efeito de coroa. 0 valor de cristã desse potencial é escolhido de tal maneira que, em
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D 10954/332893 presença do campo eléctrico ambiente existente em caso de trovoada, o potencial resultante V| venha a ultrapassar o li_ miar de aparecimento do efeito de coroa, Obter-se-à uma impulsão de corrente como no caso precedente; notar-se-à que a corrente na ausência do campo eléctrico ambiente é nula, pois a descarga não aparece senão se um campo eléctrico ambiente estiver presente.
Na figura 3 ilustraram-se as curvas de tensão e de corrente no caso de o gerador produzir uma tensão em dentes de serra, sem passarem por zero. 0 valor de cristã do dente de serra é escolhido com um valor (15 kV por exemplo) ligeiramente superior ao limiar de tensão que dispa ra o efeito de coroa (13 kV neste exemplo) de modo a produzir, como precedentemente, breves impulsos de corrente.
As figuras 4 a 6 ilustram exemplos de cir-: cuitos para a execução do invento.
Nos três casos, está prevista uma ponta pára-raios 1, isolada da terra e ligada a esta por meios de descarga 2, que podem ser meios puramente estáticos (dois elementos metálicos separados por um intervalo de ar), ou dinâmicos que funcionam como um interruptor comandado.
Esta ponta está ligada a meios geradores de alta tensão 3 a jusante de um sistema oscilador 4 alimentado por uma fonte de energia 5·
No caso da figura 4, o oscilador 4 é um oscilador do tipo clássico, que cria sinais da frequência de recurrência procurada, e o gerador de alta tensão 3 é um transformador do tipo transformador de impulsos. 0 dispositi. vo de alimentação 5 retira, com vantagem, a sua energia do campo eléctrico ambiente, o que dá ao dispositivo uma comple ta autonomia. Para, isso recupera-se e transforma-se a corren te que se obtém quando se mergulha uma ponta relativamente longa num campo eléctrico muito grande e em crescimento acelerado, o que é o caso do campo eléctrico ambiente que existe em caso de trovoada.
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No caso da figura 5, o dispositivo de alimentação 5 é um painel solar que carrega uma bateria 6, que alimenta selectivamente o oscilador 4 por intermédio de um detector de trovoadas 7 que impede um funcionamento contínuo do sistema fora dos períodos de risco.
A figura 6 corresponde ao modo de realização em que uma tensão em dentes de serra se produz (curvas de tensão e corrente da figura 3)s a estrutura é idêntica à do dispositivo da figura 5, sendo o transformador de impulsos 3 substituído por uma sequência constituída por um trans formador de alta tensão e um rectificador 3& para reproduzir uma tensão contínua (ou, pelo menos, rectificada) que alimen ta um cirouito RC 3b que produz os dentes de serra aplicados à ponta do pára-raios.
Uma realização particular do dispositivo da figura 6 está ilustrada na figura 7 (esquema equivalente) e 8 (disposição dos elementos), sendo esta realização notável por se utilizar nela a capacidade repartida do pára-raios entre a sua ponta e a terra como elemento constitutivo do circuito RC.
Mais precisamente, o pára-raios representa do compreende, de maneira conhecida, uma ponta aguçada condu, tora 11 e um gerador de potencial contínuo 12. Este último está ligado electricamente, por um lado à terra T, por outro lado à ponta 11 por um cabo condutor 13· 0 condutor 13 é a alma de um cabo coaxial cuja blindagem, ou seja a bainha exterior condutora 14, está ligada electricamente, por um lado directamente à terra T e por outro lado, via um descarregador 15, à ponta 11. A ponta e o descarregador são por exemplo do tipo descrito na patente EP-A-O.O6O.756 anteriormente citada.
De acordo com o invento, o pára-raios está. munido de uma resistência de valor elevado, designada por 16, interposta no condutor 13, entre o gerador 12 e a ponta 11, junto da qual está colocada.
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D 10954/332893 circuito equivalente representado na figura 7 compreende o disparador de protecção A, o circuito de carga B e o circuito de descarga C.
Desde logo a ponta 11 está ligada ao gerador de potencial 12 pela resistência 16 de valor R; a partir de uma certa tensão presente na ponta, correspondente ao apa recimento do efeito de coroa, esse circuito vai fechar-se pa ra a terra pela impedância equivalente z da atmosfera ambien te. A corrente que circula então nessa malha corresponde à corrente criada na vizinhança da ponta.
A capacidade em paralelo com o gerador apresentada pelo cabo coaxial 13» 14 é da ordem de 50 a 100 pF por metro de cabo e intervém pouco no funcionamento eléctrico do dispositivo, em regime permanente.
meio de descarga 15 é equivalente a um condensador em paralelo com uma resistência variável e uma indutancia montados em série. Este ramo foi representado a tracejado, para referência, já que a sua função apenas se exerce no momento da faísca enquanto que, pelo contrário, o arranjo que constitui o objecto do presente invento intervém antes da faísca, para, no momento desejado, favorecer a cana lização da faísca para o pára-raios e aumentar o raio de acção deste com o máximo de eficácia.
Finalmente, a referência 17 designa a capa cidade parasita que existe entre a ponta e a massa (com efei to esta massa é repartida, efectuando-se o fecho do circuito de forma difusa); aquela é da ordem dos picofarads, por exem pio 5pF. Foderá ser eventualmente modificada pela posição da resistência 16 ou por uma capacidade adicional, seja aumenta da para ampliar a energia dissipada nos impulsos de descar ga, inerentes ao funcionamento desta, seja reduzida para assegurar a queda de tensão na ponta, necessária à desenergiza ção da descarga.
Quando o gerador 12 é posto - manual ou au tomaticamente - em movimento, a capacidade C vem carregar-se
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pela corrente do gerador que atravessa a resistência R; o lji miar de aparecimento do efeito de coroa ainda não é atingido, pelo que a impedância z pode efectivamente ser considerada como quase infinita (ausência de fluxo de ar ionisado). Quando esse limiar é atingido, a capacidade C é 'bruscamente descarregada na impedância z, provocando uma breve ionisação do ar na vizinhança da ponta do pára-raios.
Notar-se-á que esta ionisação e a corrente que ela induz no pára-raios são temporárias, sendo a resistência R demasiado elevada para permitir uma circulação permanente da corrente na impedância z, como era o caso dos pára-raios ionisantes da técnica anterior. Aqui, pelo contrário, a corrente permanente que transitaria pela impedância z na ausência do fenómeno de relaxamento, tem um valor negligenciável em relação à corrente de descarga da capacidade C.
Uma vez a descarga desenegizada, a capacidade 17 recarrega-se através de R e o ciclo recomeça de maneira periódica.
valor R da resistência 16 é, vantajosamente, de algumas centenas de méga homs, por exemplo 400 ΪΙΛ. A capacidade C é da ordem dos picofaracLs, por exemplo de 5 pF.
Neste exemplo, a constante de tempos RC do circuito é portanto de 2,10 Js, o que dá uma frequência de impulsos de cerca de 500 Hs.
potencial (em relação à terra) produzido pelo gerador 2 está compreendido entre alguns quilovóltios e algumas dezenas de quilovóltios, ou mesmo algumas centenas de quilovóltios. Este gerador é do mesmo tipo que o utilizado para um pára-raios ionizante em regime de descarga permanente.
depósito do primeiro pedido para o inven to acima descrito foi efectuado em França, em 9 de Janeiro de 1985 sob 0 ns. 85 00239 e Patente Europeia n9. 85402358.7 em 29 de Novembro de 1985.

Claims (13)

  1. -REIVINDICAÇÕESlê - Pára-raios de descarga de coroa que comporta uma ponta isolada da terra, estando a base dessa ponta ligada à terra por meios de descarga, estando esse pára-raios apto a produzir uma ionização da atmosfera na extre midade da ponta, caracterizado pelo facto de compreender meios aptos a baixar, periodicamente, o potencial da ponta para um valor insuficiente para a manutenção da descarga. de coroa, de maneira a produzir descargas de coroa intermitentes e periódicas.
  2. 2& - Pára-raios de acordo com a reivindica ção 1, caracterizado pelo facto de a frequência de recurrência das descargas intermitentes ser pelo menos igual a 20 Hz.
  3. 3® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo facto da frequência, de recurrência das descargas intermitentes ser pelo menos igual a 2000 Hz.
  4. 4§ - Pára-raios de acordo cora qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de a duração do tempo durante o qual o potencial da ponta é superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa ser pelo menos igual a 1 jis.
  5. 5® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de a duração durante a qual o potencial da conta é superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa ser pelo menos, igual a 100 ps.
    - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de a amplitude de cristã do potencial da ponta ser pelo menos igual a 110$ do limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
  6. 7® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo facto de a ponta es.
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    D 10954/332893 tar ligada electricamente a meios geradores de corrente aptos a produzirem ondas recurrentes de corrente, descarregadas na atmosfera circundante da ponta, de maneira a produzir descargas de coroa intermitentes com a mesma frequência que a recurrência,
  7. 8® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo facto de a ponta es tar ligada electricamente a meios geradores de potencial de tal modo que o potencial aplicado à ponta pelos meios gerado res seja um potencial variável em forma de ondas recurrentes ou sequências de ondas recurrentes, de tal modo que, tendo-se em conta, eventualmente, a amplificação natural provocada pelo campo eléctrico ambiente existente em caso de trovoa da, a amplitude da cristã da onda ou da primeira semi-alternância da sequência que tem uma polaridade oposta à da atmos fera ambiente seja, em valor absoluto, superior ao limiar de tensão que produz o efeito de coroa.
  8. 9® - Pára-raios de acordo com a reivindica ção 8, caracterizado pelo facto de, seja qual for a amplificação natural eventualmente provocada pelo campo eléctrico ambiente, a amplitude de cristã da onda ou da primeira, alter nância da sequência que tem uma polaridade oposta à da atmos_ fera ambiente seja sempre, em valor absoluto, superior ao li miar de tensão que produz o efeito de coroa.
  9. 10® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 8 e 9, caracterizado pelo facto de, ainda no caso de uma sequência de ondas, as amplitudes de cristã de todas as semi-alternâncias subsequentes da mesma polarida de que a nuvem, serem, em valor absoluto, inferiores ao refe rido limiar.
  10. 11® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 8 a 10, caracterizado pelo facto de os meios geradores produzirem conjuntos amortecidas e de o valor absoluto da duas primeiras semi-alternâncias ser de ondas alternativas amplitude de cristã das superior ao limiar de
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    D 10954/332:893 tensão que produz o efeito de coroa, de maneira a produzirem sempre esse efeito seja qual for a polaridade da atmosfera ambiente.
    '
  11. 12® - Pára-raios de acordo com qualquer das reivindicações 8 a 10, caracterizado pelo facto de os meios geradores produzirem dentes de serra ou sequências de dentes de serra sem passagem por zero, de polaridade positiva.
  12. 13® - Pára-raios de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de os meios geradores com preenderem um circuito de tipo RLC ou RC, ligado por um lado à ponta e, por outro lado, a um gerador de potencial elevado .
  13. 14® - Pára-raios de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo facto de a resistência ser uma resistência interposta entre a ponta e o gerador e a capacidade C ser constituída pela capacidade repartida parasita do pára-raios, entre a sua ponta e a terra.
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