PT728293E - Bala para caca de dupla penetracao e de alcance reduzido - Google Patents

Bala para caca de dupla penetracao e de alcance reduzido Download PDF

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PT728293E
PT728293E PT95930577T PT95930577T PT728293E PT 728293 E PT728293 E PT 728293E PT 95930577 T PT95930577 T PT 95930577T PT 95930577 T PT95930577 T PT 95930577T PT 728293 E PT728293 E PT 728293E
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Sauvestre Jean Claude
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Description

DESCRIÇÃO
"BALA PARA CAÇA DE DUPLA PENETRAÇÃO E DE ALCANCE REDUZIDO" O presente invento diz respeito às munições para armas de pequeno, médio ou grande calibre, e mais em particular a uma nova bala de penetração dupla e de alcance reduzido, do tipo que compreende um sub-projéctil associado a um lançador, accionado por um sistema propulsor.
As munições do tipo flecha são conhecidas nos domínios desportivos e militares, e por exemplo, a patente FR-A-2.335.818 descreve uma munição de caça que compreende um projéctil sub-calibrado estabilizado por empenagem, associado a um calço lançador. Sendo este último feito a partir de um material susceptível de se fragmentar à saída do cano da arma, pelo que a dispersão dos fragmentos representa um risco para a segurança do utilizador. A patente FR-A-2.555.728 descreve uma munição do mesmo tipo, o quer dizer que compreende um sub-projéctil estabilizado por empenagem, associado a um lançador separável que tem por efeito assegurar o guiamento e a estanqueidade durante o trajecto dentro do cano da arma. O sub-projéctil apresenta uma forma afilada, e é feito a partir de um material de grande densidade, que lhe confere uma energia à superfície importante aquando do impacto. Esta característica apresenta no entanto, o inconveniente de só causar frequentemente pequenas feridas na caça, podendo o sub-projéctil atravessar com efeito as carnes moles da caça sem encontrar as partes duras. Além disso, o projéctil pode ser levado até uma grande distância se falhar o alvo, em -2- consequência da boa estabilidade da sua trajectória, podendo assim constituir um perigo para as pessoas que estiverem na proximidade. A patente FR-A-2.627.854 diz respeito a uma munição de caça que compreende um projéctil constituído por um elemento interior cuja parte anterior e as paredes laterais estão cobertas por um elemento exterior em forma de manga. O elemento interior metálico compreende uma cabeça com uma forma neutralizante, solidária com uma haste posterior sobre a qual pode correr uma massa de martelo para aumentar o efeito neutralizante do projéctil aquando do impacto. No entanto, o elemento exterior fica fixo ao elemento interior ao longo de toda a trajectória do projéctil; não se podendo assimilar a um lançador tal como aquele que é utilizado nas balas flecha e não pode proporcionar as mesmas vantagens.
Além disso, os projécteis deste tipo têm o inconveniente de apresentarem uma forte resistência aerodinâmica e sensibilidade ao vento transversal. Eles têm também uma certa propensão em fazer ricochete sobre os obstáculos tais como os troncos de árvores. O presente invento tem por objectivo uma munição do tipo flecha, que compreende um sub-projéctil associado a um lançador com o calibre da arma que se separa sob o efeito das forças aerodinâmicas à saída do cano da arma. O conjunto constituído pelo sub-projéctil (uma bala nua) e o lançador está incluído dentro de um cartucho que compreende além disso um invólucro com escorva e uma carga propulsora. Esta munição possui características que lhe permitem evitar os inconvenientes dos projécteis conhecidos anteriormente referidos, e ela pode ser utilizada nomeadamente nas armas de caça assim como nas armas para treino militar. -3-
De acordo com a característica essencial do invento, o sub-projéctil compreende: - um corpo de material duro, associado a - um elemento energético de revolução que compreende uma tubo central anterior que comunica com pelo menos dois canais anelares que canalizam o escoamento do ar.
De acordo com o presente invento, o elemento energético que constitui a parte anterior do sub-projéctil, e que é constituído de preferência por um elemento exterior oco e por um elemento interior pleno, interligados entre eles por alhetas, sendo o elemento interior de menor diâmetro e estando disposto na parte posterior do elemento exterior.
De acordo com um modelo de realização preferencial, o elemento energético exterior forma, com a cabeça cónica do corpo do sub-projéctil, um tubo central que comunica com os canais anelares que se formam no elemento energético de revolução, em tomo da cabeça cónica. O elemento energético pode ser feito de acordo com o invento de tal forma que o diâmetro exterior do seu elemento exterior tenha sensivelmente o calibre da arma. Neste modelo de realização, o lançador fica colocado sobre o sub-projéctil, por trás do elemento energético exterior. De acordo com uma variante, o elemento energético exterior pode ser ele próprio também sub-calibrado, mas o seu diâmetro exterior continua superior ao do corpo do sub-projéctil. Nesta variante do modelo de realização, a forma do lançador está adaptada de modo a cobrir inteiramente o sub-projéctil, o que quer dizer o corpo do elemento energético de revolução. O diâmetro interior do elemento energético exterior em forma de -4- tubo pode ser superior, igual ou inferior ao diâmetro exterior do elemento energético interior. O elemento energético de revolução pode ser separável do corpo sobre o qual ele está montado, mas de acordo com uma variante, o corpo do elemento energético pode ser realizado de uma peça única homogénea, do mesmo material.
Além disso, o elemento energético pode ser realizado de maneira a ser fragmentável aquando do impacto sobre o alvo. Este efeito pode ser obtido utilizando um material que apresente uma resistência apropriada ao choque, e neste caso o corpo do sub-projéctil e o elemento energético são feitos de dois materiais diferentes e são montados em conjunto aquando do fabrico. Por exemplo, pode-se prever que o elemento energético de revolução seja feito de um material de menor resistência ao choque que o corpo do sub-projéctil que é feito r de um material mais duro. E também possível prever escorvas para a rotura do elemento energético, por exemplo ao nível da ligação entre o elemento exterior e o elemento interior, e de preferência na base das alhetas que separam os canais anelares ou na espessura do tubo central. Neste modelo de realização, o corpo do sub-projéctil e o elemento energético de revolução podem ser fabricados de uma peça única.
Por outro lado, é vantajoso de acordo com o invento, que a face dianteira do elemento energético de revolução apresente um chanfro interior. De acordo com uma outra forma vantajosa de modelo de realização, a superfície interior do elemento energético de revolução possui uma forma troncocónica de acordo com a qual o diâmetro interior da sua parte anterior é ligeiramente superior ao diâmetro interior da sua parte posterior. -5-
Uma bala completa (projéctil) de acordo com o invento é composta por dois elementos essenciais constituídos pela bala nua (sub-projéctil), e pelo lançador. O lançador pode ser realizado de acordo com as técnicas conhecidas, e pode ser construído de um só elemento em monobloco ou por vários elementos que se juntam longitudinalmente. Pode também ser partido em pelo menos dois elementos em monobloco separados transversalmente. De acordo com o invento, poderá ser vantajoso que o lançador compreenda uma face posterior apresentando recortes com uma forma que correspondente à da empenagem do sub-projéctil.
Pode ser prevista uma junta de estanqueidade entre o corpo da bala (sub-projéctil) e o lançador, e de preferência uma junta anelar de estanqueidade é posta no seu lugar sobre uma placa de impulsão situada entre a cabeça e a empenagem do corpo da bala, a fim de assegurar a estanqueidade aos gases de propulsão depois de se ter lançado fogo à carga. A estanqueidade entre o lançador e o cano da arma pode ser assegurada, de acordo com o invento, por meio de um lábio anelar que se forma sobre a periferia da face posterior do lançador, ou com pelo menos um elemento do lançador, de tal forma que este lábio anelar fique aderente à parede do cano por acção da pressão do gás depois de se ter disparado a carga. A munição de acordo com o presente invento apresenta várias vantagens em relação às munições conhecidas do mesmo domínio de aplicação. Mais em particular, ele permite: - gerar feridas nas partes moles da caça por fragmentação do elemento energético segundo um cone de estilhaços mais ou menos aberto; -6- - uma penetração rápida da flecha, constituída pelo corpo e o elemento energético interior, para agredir as partes duras do esqueleto da caça e para criar uma onda de choque importante; - um alcance reduzido da bala, sendo a redução do alcance predeterminada e associada eventualmente a uma destabilização da referida bala. Este resultado pode ser obtido de maneira conhecida por meio de um efeito aerodinâmico interno; - uma separação rápida do lançador baseada igualmente num efeito aerodinâmico interno; - que o lançador monobloco fique no plano de tiro depois da separação da bala; - uma fraca propensão ao ricochete da bala; - uma dispersão balística melhorada; - a redução da massa de chumbo posta em jogo; - o tiro em todas as armas lisas do tipo “full-choque”, pouco estriadas e muito estriadas; - a utilização da mesma bala para diferentes calibres (por exemplo para os calibres 12, 16, 20, etc.).
Os ensaios efectuados com balas realizadas de acordo com o presente invento, em comparação com as balas conhecidas, puseram em evidência os excelentes resultados pretendidos com o invento.
Com efeito, uma vez que se compare a trajectória de uma bala sem tubo (alcance a) com a de uma bala somente com travagem aerodinâmica disparada nas mesmas condições (alcance b), e com a de uma bala de acordo com o invento com travagem por obstrução aerodinâmica e destabilização na trajectória (alcance c) constata-se que c < b < a, o que quer dizer que o alcance está nitidamente limitado no caso do invento. -7- A vantagem constituída pela travagem e a destabilização, associada ao alcance reduzido, é particularmente útil no caso das munições para treino, enquanto que a dupla penetração do elemento energético e da flecha constituem uma vantagem importante no caso das munições de caça. Além disso, as energias cinéticas em superfície destes dois elementos são muito elevadas, de acordo com o invento, conforme se indica adiante.
As características e vantagens do invento aparecerão mais claramente com a leitura da descrição que se segue, fazendo referência aos desenhos anexos, relativos a modelos preferenciais de realização, que representam:
Figura 1: um corte esquemático de um cartucho completo de acordo com o presente invento, que compreende uma bala completa, constituída por uma bala nua e um lançador, e um invólucro com escorva assim como uma carga propulsora.
Figura 2: é um corte longitudinal da bala nua da Figura 1 Figura 3: é uma vista de topo de uma variante simples da bala nua da Figura 2.
Figura 4: é um corte do lançador associado à bala nua representada na Figura 1.
Figuras 5-8: são variantes do modelo de realização de acordo com o presente invento. 3 -8-
Estes exemplos de modelos de realização referem-se todos a munições de caça ou de pequeno calibre, mas é claro que o invento pode ser adaptado às munições para treino sem se sair do âmbito da presente descrição.
Conforme mostra a Figura 1, o cartucho (C) compreende uma bala nua (2), um lançador (3), assim como o invólucro com escorva (D), que contém uma carga propulsora, constituída aqui por pólvora (P) do tipo clássico. A bala nua (2), representada mais em pormenor na Figura 2, compreende essencialmente dois elementos: - o corpo (4), de material duro (por exemplo latão) que compreende uma cabeça cónica (5), um núcleo (7), uma placa de impulso (11), e uma empenagem (18) que serve de estabilizador do projéctil na sua trajectória; - um elemento energético de revolução (25) constituído por um elemento interior (10) e um elemento exterior (26) ligados entre eles pelas nervuras (27), que formam assim os canais anelares (6) em tomo da cabeça cónica (5), estando o elemento interior (10), de diâmetro menor, recolhido e atrás do elemento exterior (26). A forma dos canais anelares (6) delimitados pelas nervuras (27) vê-se mais claramente na Figura 3, que representa uma bala nua, que compreende um elemento exterior (26) de forma cilíndrica e quatro canais anelares. A cabeça cónica (5) do corpo (4) da bala nua (2) está concebida de acordo com o presente invento de modo a assegurar várias funções, e mais em particular para favorecer o escoamento do ar através dos canais anelares (6), permitir uma boa fixação da bala nos alvos que encontrar, e penetrar no material com um poder neutralizante muito importante. -9- O núcleo (7) está munido dos encaixes (8) que cooperam com as ranhuras circulares (9) do elemento energético interior (10). A placa de impulso (11) assegura: a - o comportamento do elemento energético interior (10) ao nível da interface (12) durante a fase de propulsão da bala nua (2), assim como durante a fase de penetração no alvo; b - a estanqueidade aos gases propulsores entre o lançador (3) e o corpo (4) graças à junta de estanqueidade (13) em material deformável que coopera com a ranhura (14); c - o guiamento do lançador (3) na sua parte exterior cilíndrica (15); d - o impulso da parte central da bala nua (2) [corpo (4) + elemento energético interior (10)] graças à cooperação da parte posterior do lançador (3) e da face posterior (16) compreendendo ela própria o ressalto (17) a fim de permitir um melhor guiamento do lançador (3). A empenagem (18) serve para estabilizar a bala nua (2) na sua trajectória. Ela é realizada quer a partir do mesmo material que o corpo (4), o que quer dizer de preferência em latão, quer de um material do tipo tecnopolímero. A empenagem é constituída de forma clássica e compõem-se de: a — das alhetas (19) cujo número e a forma estão ligadas às condições de voo da bala nua (2), segunda uma técnica usual. De um modo geral, é preferível que a empenagem tenha quatro alhetas. Cada alheta compreende um chanfro no bordo de fuga (20) a fim de permitir que a bala nua (2) rode ligeiramente na sua trajectória. A parte da anterior (21) das alhetas (19) pode-se imbricar nas ranhuras correspondentes feitas no lançador (3) de modo a permitir assim o bloqueio angular da bala nua (2) em relação ao lançador (3). Sendo o diâmetro exterior (a) das alhetas (19) de preferência ligeiramente inferior ao - 10- diâmetro exterior (b) do elemento energético interior (10) que é ele próprio igual ao diâmetro exterior da placa de impulso (11); b - do corpo da empenagem (23) que serve igualmente de guiamento ao lançador (3) ao nível da interface (24). O elemento energético (25) é feito a partir de um material denso, como por exemplo o chumbo, mas qualquer outro material metálico com grande massa por volume pode convir, e por exemplo uma liga metálica de densidade apropriada ou ainda uma liga mista orgânica e metálica.
Os dois elementos (10) e (26) do elemento energético (25) estão ligados entre eles pelas nervuras (27) cujo número é função das características do voo, do comportamento mecânico da bala completa (1) durante a fase de propulsão, assim como do comportamento da bala nua (2) aquando da penetração no alvo. O número de nervuras está de uma maneira geral compreendido entre 2 e 8 e é de preferência igual a 4. Estas nervuras apresentam, na sua parte exterior, um parte desligada (28) que coopera com a parte interior (29) do lançador (3), sendo este último guiado deste modo na sua parte anterior. O elemento energético exterior (26) compreende na sua parte exterior as partes circulares (30) assim como as golas (31). A fim de evitar que o cano da arma seja revestido por chumbo, é preferível que as partes circulares (30) tenham um diâmetro (c) inferior ou quando muito igual ao diâmetro exterior do lançador (3), que o número e a largura respectivas sejam o menor possível, e que as golas (31) possuam um diâmetro (d) inferior ao diâmetro de saída do cano de uma arma “plein choke”. A face anterior (32) do elemento exterior (26) apresenta uma superfície o menor possível. Sendo esta última condicionada pela dimensão do
J - 11 - chanfro interior (33) que tem ainda a função de favorecer por um lado a penetração do ar no tubo central (34) e por outro lado a fragmentação em cone aberto no início da penetração da bala nua (2) no alvo pela cisão do elemento (26). A face posterior (35) do elemento exterior (26) conjuga-se com a parte anterior (36) do lançador (3) a fim de assegurar o comportamento mecânico do elemento energético exterior (26) durante a fase de propulsão, da bala completa (1). A parte interior (37) do elemento exterior (26) delimita o tubo central (34) de forma cilíndrica-cónica cooperando com os canais anelares (6) em número igual ao número de nervuras (27). O diâmetro interior (e) da parte posterior do tubo central (34) é superior ou pelo menos igual ao diâmetro exterior (b) do elemento energético interior (10) e ao da placa de impulsão (11). Bem entendido, que este tubo central (34) pode ter uma forma simplesmente cilíndrica, com um diâmetro interior constante desde a frente até trás. A fim de melhorar a fragmentação do elemento energético exterior (26), podem ser feitas escorvas, em diferente número e forma na espessura da parede cilíndrica, para a rotura longitudinal desse elemento. A forma dos canais anelares (6) apresenta contornos curvilíneos. O dimensionamento preciso do tubo (34) e dos canais (6) é determinado pelos métodos usuais da técnica em função das características do voo que se pretendem obter, das características de penetração no alvo assim como do comportamento mecânico do elemento energético (25) durante a fase de lançamento da bala completa. O tubo e os canais podem ter qualquer forma geométrica, como por exemplo, quadrada, triangular, redonda, oblonga ou cónica. O elemento energético interior (10) possui um diâmetro exterior (b) inferior ou pelo menos igual ao diâmetro interior (e) da parte posterior do tubo central (34). Ele apresenta na sua face interior as ranhuras circulares (9) que cooperam com os encaixes (8) do núcleo (7). A sua face anterior (38) compreende uma parte cónica (39) que forma a parte interior dos canais anelares (6) em continuidade da cabeça cónica (5) do corpo (4) da bala nua (2). A sua face posterior conjuga-se com a face anterior da placa de impulso (11) ao nível da interface (12). O corpo (4) associado ao elemento energético interior (10) compõe a flecha (40) da bala nua (2). A flecha (40) é dirigida em toda a sua trajectória até ao alvo pelo elemento energético exterior (26). O lançador (3), representado na Figura 4, é fabricado a partir de um material de pequena massa volumétrica e de grande flexibilidade (por exemplo, um tecnopolímero tal como uma poliamida). O lançador (3) é monobloco e pode deslizar livremente até que fique em contacto com o elemento exterior (26), com a parte desligada das nervuras (27) e a placa de impulso (11). Ele compreende na sua parte exterior os encaixes (41) de pequena largura que permitem o guiamento da bala completa (1) no cano da arma. As golas de descompressão (42) asseguram a boa estanqueidade aos gases propulsores, sendo também a estanqueidade assegurada em grande parte pelo lábio (43) por meio da aderência deste último contra a parede do cano da arma sob o efeito da pressão. Esta organização permite atirar em todos os canos “Full-Chokes” sem degradação da dispersão balística da bala nua (2) e aumenta igualmente a longevidade das armas. A face anterior (36) do lançador (3) coopera com face posterior (35) do elemento energético exterior (26) a fim de assegurar essencialmente o comportamento mecânico do elemento (26) durante a fase de propulsão da bala completa (1). A parte interior do lançador (3) compreende na sua parte anterior uma parte desligada (29) que se conjuga com a parte desligada correspondente (28) das nervuras (27) permitindo assim o guiamento anterior do lançador (3). Este lançador (3) apresenta uma zona cilíndrica interior (44) cujo diâmetro (f) é superior ao diâmetro (b) do elemento energético interior (10) (folga de alguns décimos de milímetro), e uma zona cilíndrica interior (45) que coopera com a parte exterior (15) da placa de impulso (11), o que permite assegurar em parte o guiamento posterior do lançador (3). Além disso, a parte desligada (46) coopera com a face posterior (16) e o ressalto (17) da placa de impulso (11) permitindo, também assim, assegurar em parte o guiamento posterior do lançador (3) e o comportamento mecânico do conjunto durante a fase de propulsão.
As zonas cilíndricas interiores (44) e (45) estão ligadas pela parte cónica (62). A zona cilíndrica interior (47) coopera com o corpo da empenagem (23) o que permite assim completar o guiamento posterior do lançador (3). As ranhuras (22), de número igual ao número de alhetas (19) da empenagem (18), asseguram por cooperação com a parte anterior (21) das alhetas (19), o bloqueio angular da bala nua (2) em relação ao lançador (3), sendo o diâmetro (g) do fundo das ranhuras ligeiramente superior ao diâmetro exterior (a) das alhetas (19).
Descreve-se em seguida o funcionamento da munição de acordo com o presente invento.
No início do tiro e depois do aumento da pressão, a libertação do invólucro realiza-se por intermédio do elemento energético exterior (26). Durante - 14- a fase de propulsão da bala completa (1), a bala nua (2) e o lançador (3) estão intimamente ligados. Desde a saída do cano da arma, o lançador (3) desliza sobre a bala nua (2) graças à diferença da resistência aerodinâmica por atrito sobre a bala nua (2) e sobre o lançador (3), e à pressão de ar gerada no tubo central (34) e nos canais anelares (6) e que se exerce essencialmente sobre a parte desligada (29) do lançador.
As zonas de deslizamento da bala nua (2)-lançador (3)- têm dimensões diferentes, devendo realizar-se o último ponto de contacto à frente do centro de gravidade da bala nua (2) e o mais próximo possível deste último. Esta disposição permite compensar em parte as pequenas perturbações ligadas à separação lançador (3ybala nua (2). O lançador (3) monobloco assim liberto permanece no plano de tiro até à queda para o solo que se observa a uma distância média de 30 a 40 metros do atirador. Confere-se assim toda a segurança do tiro em relação a outros caçadores, por exemplo.
Na trajectória, a estabilização da bala nua (2) é assegurada pela empenagem (18) da flecha (40), desempenhando esta última igualmente o papel de empenagem para o elemento energético exterior (26). O dimensionamento do tubo central (34) e dos canais anelares (6) pode ser realizado de forma a criar uma obstrução ou desobstrução aerodinâmica. Há uma desobstrução aerodinâmica quando, para uma dada velocidade Vj há circulação de ar no tubo central (34) para o exterior passando pelos canais anelares (6) com a única condição que essa velocidade Vi seja superior à velocidade “crítica” Vc. Há obstrução aerodinâmica para uma velocidade V2 inferior à velocidade Vj. Neste caso, o ar não pode circular no tubo e nos canais. -15-
Esta obstrução aerodinâmica caracteriza-se por um forte aumento da resistência aerodinâmico que pode ir até ao factor 2 conduzindo assim a um alcance mais curto da bala nua (2). Por outro lado, esta obstrução aerodinâmica gera o deslocamento do centro das forças aerodinâmicas aplicadas sobre a bala nua (2) para o centro de gravidade da referida bala. A diminuição dessa distancia pode conduzir a uma desestabilização completa da bala a uma dada distância. Este fenómeno, associado a uma forte resistência aerodinâmica permite obter alcances muito curtos. O mecanismo de agressão realiza-se em duas fases:
Numa primeira fase, o elemento energético exterior (26) percute primeiro no alvo com a sua face anterior (32) com a energia total da bala nua (2).
Nesse momento preciso aparecem três fenómenos cronologicamente: a - um primeiro efeito neutralizante graças à energia cinética em superfície (1/2 m.V2: secção transversal anelar do elemento energético exterior (26)) muito elevada que permite deste modo gerar uma onda de choque importante com dilaceração. b - um segundo efeito neutralizante pela fragmentação do elemento energético exterior (26) segundo um cone de estilhaços aberto. c - a libertação da flecha (40). Esta última, muito sub-calibrada em relação ao elemento energético exterior (26) não é perturbada pela fragmentação do referido elemento.
Numa segunda fase, a flecha (40). cuja libertação não absorveu praticamente qualquer energia, percute assim no alvo com a energia total da bala nua (2). Tendo-se tomado o alvo menos duro pelo facto do trabalho produzido - 16- pelo elemento energético exterior (26) no decurso da primeira fase, a flecha (40) pode entrar facilmente no alvo com a sua energia total. Graças em parte ao elemento energético interior (10), o poder neutralizante de dilaceração, de inibição, de rotura das partes duras é excepcional. Deve-se notar, que no momento da penetração no alvo, a energia cinética em superfície da parte da Λ flecha (40) (1/2 m.V : secção transversal máxima do corpo da flecha) é excepcionalmente elevada.
Este mecanismo de agressão em duas fases permite obter energias cinéticas em superfície muito elevadas do elemento energético exterior (26) e da flecha (40). O presente invento permite além disso controlar muito facilmente o valor das energias cinéticas em superfície a impor ao elemento energético exterior (26) e à flecha (40).
Em seguida são descritos vários exemplos de munições de acordo com o invento e realizados pelas técnicas de fabricação clássicas. EXEMPLO 1
Características de uma bala de calibre 12:
Mt = 30,0 g Ml= 4,5 g Mb = 25,5 g Mp = 18,5 g Mc = 7,0 g - Massa total da bala completa (1) - Massa do lançador (3) - Massa total da bala nua (2) - Massa do elemento energético (25) - Massa do corpo da bala (4) - V0 = 500 m/s - 17- - Energias da bala nua (2) na boca do cano:
Energia cinética: Ec = 3200 J
Energia cinética em superfície do elemento energético exterior (26):
Ec/ Si = 32 J/mm2
Energia cinética superficial da flecha (40): Ec/ S2 = 33 J/mm 2
Nesta realização, podem-se observar valores de Ec/ S praticamente idênticos.
Fabricaram-se várias variantes tecnológicas da bala de acordo com o presente invento, que são precisadas em seguida. Bem entendido, que se podem aqui fazer modificações sem se sair do quadro do presente invento. EXEMPLO 2
Este exemplo descreve um lançador realizado a partir de vários elementos que se juntam. A bala nua (2) pode ser disparada com um lançador constituído por vários elementos com planos de ligação conforme se representa na Figura 5. A Figura 5 descreve uma bala completa dotada com um tal lançador composto por dois elementos (49). Estes últimos cooperam com a bala nua (2) com o auxílio dos encaixes e das ranhuras circulares (50).
Conforme mostra a Figura 6, sob o efeito das componentes aerodinâmicas, os elementos (49) do lançador destacam-se da bala nua (2) que, uma vez libertos atingem o alvo. Os elementos (49) caiem a uma distância média de 30 metros com um afastamento máximo de 7 metros em relação ao plano de tiro. -18- EXEMPLO 3
Conforme se representa na Figura 7, o lançador (3) de acordo com o invento está montado sobre a bala nua (2) cujo elemento energético exterior (26) tem um diâmetro exterior muito inferior ao diâmetro exterior do lançador (3) e um diâmetro interior sensivelmente igual ao diâmetro do corpo da flecha (40) (diâmetro c < diâmetro exterior do lançador, e diâmetro e = diâmetro b).
Nesta configuração, o lançador (3) compreende uma parte de centragem (48) conjugada com o bordo exterior das partes circulares (30) do elemento energético exterior (26). O lançador (3) é assim aumentado da altura do elemento (26). O engaste do invólucro faz-se sobre a face anterior (36) do lançador (3). A fim de impedir que a bala nua (2) deixe livremente o lançador (3) no início do tiro sob a pressão p de desligação, um dispositivo de bloqueio (51) é colocado diante de uma das partes circulares (30) do elemento (26) e é entalada entre o invólucro e a gola circular (31) do elemento (26). Sendo este dispositivo de bloqueio livre longitudinalmente, fica deste modo livre no exterior desde que saia do cano. Ele pode assim sair do seu alojamento e libertar a bala nua (2). EXEMPLO 4 O presente invento pode igualmente aplicar-se para o tiro de balas em canos fortemente listrados, conforme mostra a bala representada na Figura 8. A bala nua (2) de acordo com o presente invento é estabilizada pela empenagem. Só é autorizada uma ligeira rotação na trajectória graças aos chanfros (20) feitos no bordo de fuga das alhetas (19). Para conservar este modo de estabilização, é necessário libertar-se da velocidade de rotação dada por um -19- cano fortemente listrado. A Figura 8 descreve um exemplo de modelo de realização que corresponde a estas condições. Nesta realização, o lançador (3) está dividido em dois elementos segundo uma secção transversal: o elemento anterior (52) e o elemento posterior (53). O elemento anterior (52) é monobloco e de revolução. Ele já não tem as partes circulares e as golas de descompressão exteriores. O seu diâmetro exterior (54) é ligeiramente inferior ao diâmetro interior do cano listrado (55). É feito um chanfro exterior (56) na parte anterior deste elemento a fim de permitir uma boa introdução do cartucho. O elemento (52) pode deslizar livremente sobre a bala nua (2). O elemento posterior (53) é igualmente monobloco e de revolução. O seu diâmetro exterior (h) é muito pouco superior ao diâmetro (i) do fundo do listrado do cano (55). O seu diâmetro interior (k) é superior (em alguns décimos de milímetro) em relação ao diâmetro (j) da placa de impulso (11). Ele tem também na sua parte exterior uma garganta de engaste (57) na qual a gola do invólucro (60) metálica se imbrica por deformação.
Um chanfro (58) é também feito a fim de permitir uma boa prisão nas listras do referido elemento (53). Um grânulo (59) de baixo coeficiente de atrito é intercalado entre os dois elementos (52) e (53). Um dispositivo de bloqueio (61), que coopera com a placa (11), assegura a mesma função que o dispositivo de bloqueio (51) descrito na Figura 7. Trava o elemento (53) em translação mas permite-lhe uma total liberdade de rotação. O funcionamento deste dispositivo é o seguinte. -20-
Desde o aumento da pressão, que se efectua o desengate, a bala nua (2) e o elemento (52) não podem avançar pelo facto de eles estarem bloqueados em translação pelo dispositivo de bloqueio (51). O elemento (53) apanha assim a estriagem do cano (55) e roda com a velocidade permitida por essa estriagem. No seu movimento arrasta a bala nua (2) e o elemento (52) com uma pequena rotação apenas por atrito. À saída do cano, o elemento (53) parte-se por centrifugação deixando a possibilidade do elemento (52) se libertar da bala nua (2) por deslizamento.
Lisboa, 11 de Abril de 2000
Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA

Claims (14)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Munição para arma de pequeno, médio ou grosso calibre, que compreende um sub-projéctil (2) associado a um lançador (3) com o calibre da arma, o qual se separa sob o efeito das forças aerodinâmicas à saída da arma, encontrando-se o conjunto incluído num cartucho (C) que compreende além do mais um invólucro com escorva e uma carga propulsora, caracterizado por o projéctil (2) compreender: - um corpo (4) de material duro associado a - um elemento energético de revolução (25) que compreende um tubo central anterior (34) que comunica com pelo menos dois canais anelares (6) que canalizam o escoamento do ar.
  2. 2. Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o elemento (25) formar a parte anterior do sub-projéctil (2), e ser constituído por um elemento exterior (26) oco e por um elemento interior pleno (10), ligados entre eles pelas nervuras (27).
  3. 3. Munição de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o elemento interior (10) ter um diâmetro menor e estar por trás do elemento exterior (26).
  4. 4. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a parte anterior do elemento exterior (26) formar com a cabeça cónica (5) do corpo do sub-projéctil (2) o tubo central (34) que comunica com os canais anelares (6), que se formam no elemento de revolução (25), em tomo da cabeça cónica (5).
  5. 5. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado por o diâmetro interior (e) do elemento exterior (26) ser superior ou igual ao diâmetro exterior (b) do elemento interior (10).
  6. 6. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizado por o diâmetro interior (e) do elemento exterior (26) ser inferior ou igual ao diâmetro exterior (b) do elemento interior (10).
  7. 7. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a face anterior do elemento de revolução (25) apresentar um chanfro interior.
  8. 8. Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o elemento de revolução (25) ser feito a partir de um material de menor resistência ao choque do que o corpo (4) do sub-projéctil (2).
  9. 9. Munição de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o elemento de revolução (25) compreender escorvas para rotura as quais se formam nas nervuras (27) ou na espessura do tubo central.
  10. 10. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o lançador (3) ser feito de um elemento único monobloco ou por vários elementos que se juntam longitudinalmente.
  11. 11. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por o lançador ser constituído por pelo menos dois elementos monoblocos separados transversalmente. -3-
  12. 12. Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o lançador compreender uma face posterior que apresenta um recorte com forma que corresponde ao da empenagem (18) do sub-projéctil (2).
  13. 13. Munição de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 e 11, caracterizado por o lançador (3) compreender um lábio anelar (43) que se forma na periferia da face posterior de pelo menos um dos elementos do lançador.
  14. 14. Munição de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma junta anelar de estanqueidade (13) estar colocada sobre uma placa de impulso (11) situada entre a cabeça (5) e a empenagem (18) do corpo (4) do sub-projéctil. Lisboa, 11 de Abril de 2000
    Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
PT95930577T 1994-09-13 1995-09-13 Bala para caca de dupla penetracao e de alcance reduzido PT728293E (pt)

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