PT2119478E - Arnês anti-queda e saco de recolha associado - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "ARNÊS ΑΝΤΙ-QUEDA E SACO DE RECOLHA ASSOCIADO" A presente invenção refere-se a um arnês destinado à realização de trabalhos que necessitam de uma protecção individual contra as quedas em altura, encordando-se e ligando-se a um ponto de ancoragem fixo com vista a efectuar trabalhos em postes, fachadas, armações, etc.

Um arnês deste tipo, conhecido do Documento FR 2847171, pode ser igualmente utilizado para a segurança de pessoas que praticam escalada, espeleologia, ou alpinismo. São conhecidos, na técnica anterior, arneses que têm um destino deste tipo, que compreendem, de maneira conhecida, uma parte superior constituída por um conjunto de correias torácicas anteriores e posteriores, que se prolongam para uma parte inferior, para constituir correias de coxa, estando as correias ligadas entre si, por um lado, numa zona de ligação dorsal na qual é ligado, de maneira amovível, um cabresto de fixação, num ponto fixo, e, por outro lado, nas suas extremidades livres ao nível das correias de coxa, por órgãos de ligação.

Se bem que sendo geralmente satisfatório, este tipo de arnês encerra, todavia, um certo número de inconvenientes na sua conceção, assim como na sua realização prática.

Com efeito, neste tipo de arnês conhecido é necessário acrescentar um certo número de acessórios para o realizar. É assim que, ao nível dorsal, as correias são mantidas entre si de maneira cruzada, por intermédio de um cubo de 2 amarração. Este cubo prolonga-se por uma zona superior de fixação, destinada à fixação de um mosquetão que constitui a extremidade de um cabresto amovível. É igualmente conhecida a integração no cabresto de um amortecedor de choques, que termina, ele próprio, por um órgão de ligação a um ponto fixo. 0 inconveniente é, portanto, a multiplicidade das peças separadas necessárias para constituir um arnês deste tipo.

Além disso, um outro inconveniente principal reside no facto deste arnês não estar absolutamente protegido da sujidade, quando não é utilizado e quando deve ser arrumado. É então que o arnês se suja por falta de protecção, e que as correias associadas com o cabresto têm tendência a emaranhar-se, o que torna fastidiosa a próxima utilização do arnês. A presente invenção tem por objectivo resolver o conjunto destes inconvenientes e refere-se, para este efeito, a um arnês anti-queda do tipo que compreende uma parte superior constituída por um conjunto de correias torácicas anteriores e posteriores, que se prolongam para uma parte inferior para constituir correias de coxa, estando as correias torácicas anteriores e posteriores e as correias de coxa ligadas entre si, por um lado, numa zona de ligação dorsal da qual sai um cabresto de fixação a um ponto fixo, e, por outro lado, nas suas extremidades livres ao nível das correias de coxa, por órgãos de ligação, a zona de ligação dorsal é constituída por uma placa semirrígida que forma, pelo menos em parte, o fundo de um saco de recolha associado, para constituir um conjunto multifuncional 3 indissociável, que integra todos os componentes do arnês de maneira operacional permanente, nomeadamente, as correias torácicas anteriores e posteriores e as correias de coxa, os órgãos de ligação destas, o cabresto de fixação e o próprio saco de recolha, que integra a referida placa semirrigida das correias. A invenção refere-se igualmente às caracteristicas que ressaltarão no decurso da descrição que vai seguir-se, e que deverão ser consideradas isoladamente ou de acordo com todas as suas combinações técnicas possíveis.

Esta descrição, dada a titulo de exemplo não limitativo, fará compreender melhor de que modo a invenção pode ser realizada, com referência aos desenhos anexos, nos quais: a figura 1 é uma vista em perspectiva do conjunto do arnês de acordo com a invenção, em posição operacional, numa vista de frente; a figura 2 é uma vista de um arnês de acordo com a figura 1, visto de trás, quando é usado; a figura 3 é uma vista em perspectiva do arnês, na posição de recolha no saco que lhe está associado; a figura 4 é uma vista de pormenor, em planta, da placa de ligação dorsal, representada isoladamente; a figura 5 é uma vista em planta, em escala ampliada, de uma fivela dupla que assegura a ligação dorsal das correias ao nível da placa de ligação. 0 arnês 1 compreende uma parte superior, constituída por um conjunto de correias torácicas anteriores 2 e posteriores 4 3, que se prolongam para uma parte inferior para constituir correias de coxa 4 e 5, estando as correias 2, 3 e 4, 5 ligadas entre si, por um lado, numa zona de ligação dorsal 6, da qual sai um cabresto de fixação 7 num ponto fixo, e, por outro lado, nas suas extremidades livres ao nível das correias de coxa 4, 5, pelos órgãos de ligação 8, 9 e 10, 11.

De acordo com o conceito inventivo da invenção, a zona de ligação dorsal 6 é constituída por uma placa semirrígida que forma, pelo menos em parte, o fundo de um saco de recolha associado 12, para constituir um conjunto multifuncional indissociável, que integra todos os componentes do arnês 1 de maneira operacional permanente, nomeadamente, as correias 2, 3-4, 5, os órgãos de ligação destas 8, 9 - 10, 11, o cabresto de fixação 7 e o próprio saco de recolha 12, que integra a referida placa de ligação 6 das correias.

Como é bem visível nas figuras 1, 2 e 4, as correias 2, 3, na sua parte toráxica posterior, cruzam-se sobre a placa dorsal 6, formando um X, por intermédio de passadores 13, 14 - 15, 16 desta, pelo menos em número de dois acima do ponto de cruzamento e pelo menos em número de dois abaixo do mesmo.

De acordo com o exemplo de realização da figura 4, está intercalado um par de outros passadores 15a, 16a entre os passadores superiores 13, 14 e os passadores inferiores 15, 16.

Preferencialmente, as correias torácicas 2, 3, que se prolongam pelas correias de coxa 4, 5, são de policloreto de vinilo de 1,2 mm de espessura. 5

De acordo com as figuras 1 e 2, no ponto de cruzamento dorsal das correias está associada a estas uma fivela dupla 17, que forma duas aberturas de passagem 18, 19, nas quais se cruzam livremente as correias torácicas posteriores 2, 3, numa zona situada entre dois passadores superiores 13, 14 da placa 12 e dois passadores inferiores 15, 16 da mesma placa 12. A fivela dupla 7 impede o deslizamento das correias 2, 3 em caso de queda.

De acordo com uma outra caracteristica da invenção, no ponto de cruzamento dorsal das correias 2, 3, ao nível de uma lingueta central 20 da fivela dupla 17, é amarrada livremente uma extremidade 7a, fechada sobre si própria, do cabresto 7, assim integrada de maneira não desmontável no conjunto do arnês 1.

Desta maneira, de acordo com uma das vantagens da presente invenção, não é necessário recorrer a um mosquetão de ligação a este nível, nem a um cubo de amarração.

Como se mostra na figura 1, o cabresto 7 compreende, na sua extremidade livre oposta ao ponto de ligação dorsal das correias 2, 3, um mosquetão de fixação 21 num ponto fixo, não desmontável. O mosquetão 21 é cosido na extremidade do cabresto 7.

Este poderá ter um comprimento compreendido entre um e dois metros.

Por outro lado, está interposto um amortecedor de energia 22 entre o mosquetão de fixação 21 e o cabresto 7, de maneira não desmontável. 6 0 amortecedor de energia 22 está disposto o mais perto possível do mosquetão 21.

Um conjunto deste tipo 1 é, pois, constituído por elementos indissociáveis, mas completamente reguláveis, permitindo uma adaptação à morfologia de qualquer utilizador.

Com efeito, a placa de ligação 6 é encaixada por costura no fundo interno do saco 12, quando o arnês 1 está na posição de recolha, efectuando-se a sua colocação na posição operacional por inversão do saco 12 sobre si próprio.

Se bem que não esteja representado, o fecho do saco 12, tanto na posição de recolha como na posição operacional, efectua-se por intermédio de abas 12a, 12b sobrepostas, provenientes do fundo, compreendendo meios de retenção que se prendem entre si.

Bem entendido, poderão ser concebidos outros meios de fecho, como botões de pressão, fechos de correr, etc.

Para uma melhor manutenção, e para facilitar o transporte do mesmo, o saco de recolha 12 associado ao arnês 1 compreende, na sua parte superior, um punho de transporte 23.

Preferencialmente, o saco de recolha 12 associado ao arnês 1 é feito de um material sintético fluorescente.

Tal como o saco de recolha 12, as correias 2, 3 - 4, 5 são também de material fluorescente, para fins de segurança.

Como se pode ver na figura 1, as correias de coxa 4, 5 estão ligadas entre si por uma correia traseira 24. 7 0 arnês 1 assim composto compreende igualmente um cinto de peito 25, que se decompõe em duas partes 25a, 25b, reguláveis em altura por simples deslizamento sobre as correias torácicas 2, 3 e que ligam estas à frente, com um órgão de regulação e de fecho e de abertura 26, 27, constituído de facto, respetivamente, pela parte macho de uma fivela e pela sua parte fêmea, bloqueáveis uma em relação à outra. A ligação entre as correias 2, 3, chamadas torácicas, e as correias 4, 5, chamadas correias de coxa, é efectuada por intermédio de duas fivelas simples 28, 29.

Por fim, o cabresto 7 compreende, na proximidade da sua extremidade, um punho 30 fixado na referida extremidade e que compreende os meios de fixação que se prendem entre si, que permitem a recolha do cabresto 7.

Lisboa, 15 de Setembro de 2010

Claims (10)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Arnês anti-queda (1), do tipo que compreende uma parte superior constituída por um conjunto de correias torácicas anteriores (2) e posteriores (3), que se prolongam para uma parte inferior para constituir correias de coxa (4 e 5), estando as correias torácicas anteriores e posteriores e as correias de coxa (2, 3 e 4, 5) ligadas entre si, por um lado, numa zona de ligação dorsal (6) da qual sai um cabresto de fixação (7) a um ponto fixo, e, por outro lado, nas suas extremidades livres ao nível das correias de coxa (4, 5) por órgãos de ligação (8, 9 e 10, 11), a zona de ligação dorsal (6) é constituída por uma placa semirrígida que forma, pelo menos em parte, o fundo de um saco de recolha associado (12), para constituir um conjunto multifuncional indissociável que integra todos os componentes do arnês (1) de maneira operacional permanente, nomeadamente, as correias torácicas anteriores e posteriores e as correias de coxa (2, 3 - 4, 5), os órgãos de ligação destas (8, 9 - 10, 11), o cabresto de fixação (7) e o próprio saco de recolha (12), que integra a referida placa semirrígida das correias.

2. Arnês de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as correias (2, 3) , na sua parte toráxica posterior, se cruzarem sobre a zona de ligação dorsal (6), formando um X, por intermédio de passadores da mesma (13, 14 - 15, 16), pelo menos em número de dois acima do ponto de cruzamento e pelo menos em número de dois abaixo do mesmo. 2

3. Arnês de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por, no ponto de cruzamento dorsal das correias, estar associado a estas uma fivela dupla (17) que forma duas aberturas de passagem (18, 19), nas quais se cruzam livremente correias torácicas posteriores (2, 3), numa zona situada entre dois passadores superiores (13, 14) da placa (12) e dois passadores inferiores (15, 16) da mesma placa (12).

4. Arnês de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por ser amarrada livremente no ponto de cruzamento dorsal das correias (2, 3), ao nível de uma lingueta central (20) da fivela dupla (17), uma extremidade (7a), fechada sobre si própria, do cabresto (7), assim integrada de maneira não desmontável no conjunto do arnês (1).

5. Arnês de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o cabresto (7) compreender, na sua extremidade livre oposta ao ponto de ligação dorsal das correias (2, 3) , um mosquetão de fixação (21) a um ponto fixo, não desmontável.

6. Arnês de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por ser interposto um amortecedor de energia (22) entre o mosquetão de fixação (21) e o cabresto (7), de maneira não desmontável.

7. Arnês de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a placa de ligação (6) ser encaixada por costura no fundo interno do saco (12) quando o arnês (1) está na posição de recolha, efectuando-se a sua colocação na posição operacional por inversão do saco (12) sobre si próprio. 3

8. Arnês de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o fecho do saco (12), tanto na posição de recolha como na posição operacional, se efetuar por intermédio de abas (12a, 12b) que se sobrepõem, provenientes do fundo, compreendendo meios de retenção que se prendem entre si.

9. Arnês de acordo com uma das reivindicações 7 ou 8, caracterizado por o saco de recolha associado (12) compreender, na sua parte superior, um punho de transporte (23).

10. Arnês de acordo com uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado por o saco de recolha (12) associado ser feito de um material sintético fluorescente. Lisboa, 15 de Setembro de 2010