PT2022517E

PT2022517E - Sistema tubular de circulação de sangue para utilização extra-corporal, como aparelhos de diálise, incluindo uma câmara de expansão com uma pequena superfície de contacto sangue-ar.

Info

Publication number: PT2022517E
Application number: PT08013711T
Authority: PT
Inventors: Franz Ferdinand Becker; Thomas Ryzlewicz; Reinhold H Herbst
Original assignee: Franz Ferdinand Becker; Thomas Ryzlewicz; Reinhold H Herbst
Priority date: 2007-08-01
Filing date: 2008-07-31
Publication date: 2010-08-16
Also published as: ATE464924T1; DE102007036125A1; EP2022517B1; ES2345301T3; EP2022517A1; US20090036816A1; DE502008000554D1; US8142384B2; DK2022517T3; PL2022517T3

Description

DESCRIÇÃO

Sistema tubular de circulação de sangue para utilização extra-corporal, como aparelhos de diálise, incluindo uma câmara de expansão com uma pequena superfície de contacto sangue-ar. 0 invento refere-se a um sistema tubular de circulação de sangue para utilizações extra-corporais, como aparelhos de diálise. 0 invento será, seguidamente, descrito exemplarmente em conexão com a sua utilização num sistema tubular de circulação de sangue para aparelhos de diálise.

Um sistema tubular de circulação de sangue deste tipo é publicado no documento EP 1 787 666.

Num tratamento de diálise é, até agora, aplicada uma quantidade substancial de heparina, em que também é ministrada uma quantidade considerável de EPO (=eritropoietina), para evitar tromboses. Estas substâncias podem, a longo prazo, prejudicar a saúde do paciente e correspondem a custos importantes.

Ao presente invento é colocada a tarefa de descrever uma solução, na qual a quantidade necessária de heparina e de EPO pode ser reduzida.

Esta tarefa será, em conformidade com o invento, solucionada através das particularidades da reivindicação 1.

Aperfeiçoamentos vantajosos do invento são assinalados nas reivindicações secundárias. 0 invento prevê que o sistema tubular de circulação de sangue tenha uma câmara de expansão arterial, que apresente um sector inferior para admissão de sangue, no qual desemboca um canal de entrada de sangue e do qual parte um canal de saída de sangue e que contém um sector superior para admissão de ar, em que do sector superior parte um canal de ventilação equipado com uma válvula de exaustão de ar. Em conformidade com o invento, a câmara de expansão tem um sector central essencialmente em forma tubular com medidas do corte transversal substancialmente reduzidas, em que durante um tratamento, o nível do sangue na câmara de expansão arterial é regulado através da válvula de exaustão de ar, de modo que o contacto de sangue-ar se verifica neste sector central contraído. Nesta situação, o sector central tem, de preferência, a forma dum tubo cilíndrico com uma secção circular ou oval e pode ser designado como "tubo ascendente". 0 sector contraído pode, no entanto e como exemplo, decorrer ligeiramente cónico em sentido vertical. 0 diâmetro deste sector essencialmente em forma tubular pode coincidir, aproximadamente, com o diâmetro do canal de entrada de sangue e do canal de saída de sangue, sem que o invento seja limitado acerca disto. 0 sangue na operação de enchimento, através duma manga de acesso, a qual de preferência, atravessando a base da câmara de expansão, sobressaindo para o interior do sector inferior da câmara de expansão, circula para dentro da câmara de expansão, em que, com a válvula de exaustão de ar, o nível do sangue é regulado de modo que se localize aproximadamente a meio do tubo ascendente. Durante um tratamento de diálise o nível do sangue, movimenta-se para cima e para baixo no tubo ascendente, condicionado por uma bomba de pulsação do sistema tubular de circulação do sangue, em que o tubo ascendente (ou em geral desacoplado: o sector central contraído), tem um comprimento que o nível do sangue se mantém na área do tubo ascendente. A regulação de precisão tem lugar no início dum tratamento, através da abertura da válvula de exaustão de ar. 0 comprimento do tubo ascendente e o seu diâmetro dependem do respectivo sistema tubular de circulação de sangue e do aparelho de diálise e podem ser determinados através de testes experimentais. Num aperfeiçoamento preferido a superfície do corte transversal do sector central, essencialmente em forma tubular, comporta aproximadamente 1/7 da superfície transversal do sector inferior da câmara de expansão.

Através da formação da câmara de expansão em conformidade com o invento, forma-se uma pequena superfície de contacto de sangue-ar, através do que se reduz claramente o perigo de tromboses. Constatou-se que na aplicação desta câmara de expansão o consumo de heparina e de EPO e de outras substâncias pode ser claramente reduzido por paciente e por tratamento. 0 sector inferior da câmara de expansão transforma-se numa forma ondulada, de preferência, na forma dum segmento esférico, através do qual o sangue é agitado no sector inferior da câmara de expansão. Isto é reforçado pelo facto da circulação do sangue se processar, de preferência, na proximidade do bordo do sector inferior.

Numa forma de execução preferida está previsto que o sector central contraído da câmara de expansão seja limitado por meio duma guarnição em forma de anel que está fixada na câmara de expansão a uma altura adequada. Esta guarnição em forma de anel, assim como a própria câmara de expansão pode ser formada em plástico. A câmara de expansão tem, em termos funcionais, uma forma cilíndrica com bordos arredondados na transição das paredes superior e inferior na parede periférica. A câmara de expansão cilíndrica tem, de preferência, uma forma de secção oval ou circular.

Além disso, é proposto com vantagem que a guarnição em forma de anel, na parte superior e na parte inferior apresentando superfícies de parede moldadas côncavas, se localize no centro do canal de passagem em forma de tubo ascendente. A guarnição em forma de anel é, em termos funcionais, um corpo oco que, com a sua parede periférica, está fixo de forma adequada na parede interior da câmara de expansão, com o auxílio duma substância adesiva ou através duma soldadura térmica.

Em conformidade com outra proposta do invento, a câmara de expansão pode ser equipada com um punho de enchimento lateral que, em termos funcionais, está moldado ou aplicado lateralmente no sector inferior. Este punho de enchimento permite que a câmara de expansão arterial seja ligeiramente inclinada durante o enchimento, o que facilita a operação de enchimento. Além disso, o punho de enchimento também pode servir para alinhar a câmara de expansão num apoio previsto para o efeito numa posição definida. Também isto representa uma comodidade para o utilizador.

Segundo uma outra proposta do invento, o sistema tubular de circulação de sangue também pode ter uma câmara de expansão venosa, de preferência em plástico que, como acontece com a câmara de expansão arterial, se localiza no sector de sobrepressão, onde a entrada de ar do ambiente pode ser impedida. A câmara de expansão venosa tem, em conformidade com o invento, um sector superior cilíndrico com um volume de câmara que é reduzido para dois terços duma câmara de expansão venosa tradicional e um sector inferior cónico, do qual parte o canal de saída do sangue. Através dum canal de alimentação de sangue, a câmara de expansão venosa é cheia completamente de sangue, sendo que através dum tubo de medição de pressão, igualmente disposto na parte superior da câmara de pressão venosa é medida a pressão. Este tubo de medição de pressão tem um comprimento de, pelo menos, 60 mm, através do que se evita que o sangue atinja o conector do sangue. Além disso a câmara de expansão venosa tem, na parte superior, uma entrada de infusão, através da qual podem ser conduzidas infusões necessárias. No funil de câmara inferior pode ser suprimido o filtro causador de tromboses, através do que, a quantidade de heparina necessária igualmente num tratamento de sangue extra-corporal, pode ser substancialmente reduzida.

Outros pormenores do invento resultam da descrição seguinte, bem como do auxílio dos desenhos. Neste caso, mostram:

Fig. 1 uma forma de execução duma câmara de expansão arterial em conformidade com o invento; fig. 2 um corte A-A através da câmara de expansão arterial em conformidade com a fig.l e fig. 3 uma forma de execução duma câmara de expansão venosa em conformidade com o invento. A câmara de expansão arterial tem uma forma cilíndrica com secção oval, sendo que na câmara de expansão arterial está aplicada uma guarnição 1 em forma de anel. Esta guarnição em forma de anel tem, em baixo e em cima, superfícies 2 arredondadas côncavas que desembocam num canal central 3 em forma de tubo ascendente. 0 canal 3 em forma de tubo ascendente liga um sector inferior 4 da câmara de expansão que é cheio de sangue, com um sector superior 5 que está cheio de ar. Do sector superior 5 parte um canal de exaustão de ar 6, que está equipado com uma válvula de exaustão de ar 7 e na parte de cima pode ser fechado por uma capa 8 amovível.

Através da base da câmara de expansão passa uma manga de admissão de sangue 9 que sobressai dentro do sector inferior 4 e através da qual entra sangue na câmara de expansão arterial que volta a sair através dum canal de saída de sangue 10. O canal de saída de sangue não está saliente dentro do sector inferior 4. O sangue circula para dentro da câmara de expansão na fase de enchimento, através da manga de alimentação 9 mais longa dotada duma inclinação, em que através da abertura da válvula de exaustão de ar 7 (depois de retirada a capa 8), o nível de sangue 11 dentro da câmara de expansão é regulado, de modo que se localize aproximadamente a meio da altura do tubo ascendente 3. O tubo ascendente 3 tem um comprimento, de modo que o nível de sangue 11, durante o seu movimento de pulsação ascendente e descendente, se mantém sempre no sector do tubo ascendente 3. Isto tem como consequência que a superfície de contacto entre o sangue e o ar existente no sector superior 5 da câmara de expansão é minimizada.

Na parte lateral da câmara de expansão está aplicado um punho de enchimento 12, o qual facilita a operação de enchimento e possibilita que a câmara de expansão seja aplicada, numa posição definida, num apoio não apresentado no desenho. A fig. 2 mostra uma câmara de expansão venosa que contém uma câmara superior cilíndrica 13 com um volume reduzido comparado com câmaras de expansão venosas tradicionais e um funil de câmara 14 inferior. Através dum canal de admissão de sangue 15 a câmara de expansão venosa é completamente cheia de sangue, cuja pressão é medível por meio dum tubo de medição de pressão 16 superior.

Através da parede superior da câmara de expansão venosa passa, além disso, um acesso de infusão 17.

Da base do funil de câmara 14 parte um canal de saída de sangue 18 que está alinhado com o canal de admissão de sangue 15.

No funil de câmara 14 pode ser suprimido o filtro causador de tromboses até agora normalmente utilizado, através do que a quantidade de heparina, que é necessária durante o tratamento de diálise, pode ser reduzida.

Realça-se que o invento não se limita às formas de execução descritas e apresentadas. Pelo contrário, todas as características publicadas são, deste modo, combináveis entre si.

Lisboa, 19 de Julho de 2010.

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Sistema tubular de circulação de sangue para utilização extra-corporal, como aparelhos de diálise, com uma câmara de expansão arterial que apresenta um sector inferior para admissão de sangue, no qual desemboca um canal de entrada de sangue e do qual parte um canal de saida de sangue, além disso com um sector superior para admissão de ar, em que do sector superior parte um canal de exaustão de ar equipado com uma válvula de exaustão de ar (7), caracterizado por, ser formado um sector (3) da câmara de expansão, essencialmente, em forma de tubo em sentido vertical central, que em comparação com os sectores superior e inferior adjacentes da câmara de expansão, tem medidas de secção inferiores e por o nivel de sangue (11) ser regulável em altura por meio da válvula de exaustão de ar (7), de modo que o contacto de sangue-ar, durante uma diálise, tem lugar no sector (3) central em forma de tubo.
2. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com a reivindicação 1, caracterizado por o sector central ter a forma dum tubo ascendente (3) cilíndrico.
3. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o sector central ser limitado por uma guarnição (1) em forma de anel, a qual está fixada na câmara de expansão.
4. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com a reivindicação 3, caracterizado por a guarnição (1) em forma de anel apresentar superfícies de parede (2) moldadas côncavas na sua parte superior e na parte inferior.
5. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o canal de entrada de sangue (9) com uma manga de acesso a partir de baixo e atravessando a base da câmara de expansão sobressair no interior do sector inferior (4) da câmara de expansão.
6. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com a reivindicação 5, caracterizado por o terminal da manga de acesso (9) ser chanfrado.
7. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com uma das reivindicações 1-6, caracterizado por a câmara de expansão estar equipada, lateralmente, com um punho de enchimento (12).
8. Sistema tubular de circulação de sangue em conformidade com a reivindicação 1, caracterizado por, além disso estar prevista uma câmara de expansão venosa que apresenta um sector superior (13) cilíndrico, no qual desemboca o canal de afluência de sangue (15) e um sector inferior (14) cónico do qual parte um canal de saída de sangue (18). Lisboa, 19 de Julho de 2010.